In the current/modern caipira accent we have the three Rs, with the caipira R appearing only in coda position (before consonants or word-final), exemple: Carro /kahu/ Caro /kaɾu/ Carta /kaɹta/
A História por trás das palavras e suas pronunciações! Adoro, adoro, adoro! Excelente vídeo uma vez mais, sempre claro, informativo, rigoroso, com toda a paixão contagiante pelo tema. Muitos parabéns! Como sugestão, adoraria um vídeo sobre a pronúncia do Norte de Portugal, que adoro, por estar tão próxima ainda do Galaico-Português. A imaginação leva-me atrás no tempo até aos sons que seriam produzidos pelos nossos mais longínquos ancestrais. Embora, tenho, claro, a consciência, que com intensificarão dos meios de comunicação, esta pronuncia esteja a desaparecer cada vez mais e de que as línguas são mesmo assim, evoluem. Obrigada por este vídeo e por este canal.
Agradecido pelo elogio! O tema do Norte, mais especificamente do Minho e Trás-os-Montes é algo que me interessa e pretendo estudar inclui-lo num vídeo, quer próprio, quer como parte de um futuro vídeo sobre o galego e a sua relação com o português atualmente.
@@SachaDoesPortuguese subscrevo as palavras da rapariga acima. Há várias provas, aqui no TH-cam, por vídeos de comparação, que mostram o galego como uma língua quase indestinguivel do português. Se precisares de ajudar diz-me
@@afonsoferreira2652 aprecio o interesse, se tiveres comentários a respeito de qualquer tema dos vídeos ou sugestões para futuros temas, sempre podes entrar em contacto comigo nas redes sociais, os links das quais estão no canal ou na descrição dos vídeos! :)
@@SachaDoesPortuguese Muito obrigada! Sim, seria perfeito! Galegos e Portugueses do Minho e Trás-os-Montes, são um mesmo povo divididos politicamente desde 1124. Para trás ficaram milhares de anos de uma evolução conjunta. Cultura, língua, maneira de ser e olhar o mundo mantêm ainda hoje muito em comum. Fico a aguardar, ansiosa, por esse video. Vou enviar-te alguns textos e vídeos sobre o tema, como sugeriste ao @Afonso Ferreira. Obrigada uma vez mais.
@@SachaDoesPortuguese On a related note, I would enjoy seeing your reaction video to the recent LangFocus Portuguese video. Your expertise is nonpareil!
When Chinese people learn Portuguese, they also tend to pronounce most R's in the caipira way, due to lack of similar consonants as well. I studied for 5 months in Macau and I made many Chinese friends who studied European Portuguese at the university. They were extremely surprised to hear me, a native speaker of Portuguese, speaking with that Chinese-like-R they were told since the beginning it was wrong to do. 😅
Certainly! It has to do with how the tongue raises in compensation for the lack of that phoneme coming from the primary language of a speaker, in cases like speakers of the Chinese languages and other East Asian languages. When I studied Portuguese in Lisbon, some of the Chinese students would still get flummoxed by that sound, even at higher levels!
great video once again! 2 suggestions: Keep those notes for a bit longer so I don't have to pause the video so much Why not a video about the french influence in the azorean accent? I've heard that's because of french and belgian immigration during the colonization of the archipelago that they developed they're peculiar accent. In particular in regards to the letter u.
Thanks! With regard to the notes, I certainly have made a full effort to extend them as much as possible, but in many cases, for pacing and other reasons, it's not possible to extend them. My apologies for the need to pause the video, but it is the best way to get the extra information :) I would like to make a video about the European island accents and dialectal features one day, it will just require a bit of separate research into the subject!
Adoro seus vídeos. Eu sou do nordeste, Piauí mais especificamente e aqui realmente não pronunciamos o R no fim das palavras e muitas vezes até o S se falado mais informalmente.
+João Pedro Eu sou do Maranhão e aqui também ocorre isso de não pronunciar o R. Sobre o S também, 'mesmo' vira basicamente "mermo" quando falado de forma bem informal.
Excelente sua explicação. Estava faltando alguém na Internet que se dispusesse a explicar, com o cuidado necessário e com conhecimento de fonologia, as peculiaridades do português do Brasil. Parabéns, vou usar seus vídeos para ajudar meus alunos.
Conteúdo excelente pra variar! É muito bom que você não fala nada referente ao Brasil em termos absolutos, é sempre contextualizando nas dimensões continentais do nosso país. Parabéns pelo trabalho!
O Brasil tem o mesmo tamanho dos EUA continental, porém muito mais variedades linguísticas regionais. Eu atribuo isso à falta de ligação terrestre entre as regiões e de redes de TV até os anos 1960. Você concorda?
Não acho que haja muito mais diversidade de variação linguística no Brasil que nos EUA, duvido muito sobre a veracidade de qualquer afirmação da existência de mais dialetos regionais. Não obstante, é certo afirmar que as caraterísticas dialetais das variantes regionais no Brasil têm algo a ver com uma história colonial um século mais longa e mais dispersa territorialmente do que os EUA, que pode ter o efeito de as diferenças parecerem mais nítidas. Mas por certo lado é uma questão de familiaridade-um falante lusófono vai dar mais conta das diferenças no falar regional em português do que em inglês, o mesmo é verdade vice-versa com anglófonos.
Amo demais esse canal. Obrigado por explicar que não houve influência francesa na pronúncia portuguesa. Já tinha pensado nisso por causa do R e do E, os resultados desses processos independentes são bem similares mesmo. Boa indicação com o canal Buenas Ideias, acho que poderia rolar uma collab, hein? Fala com o Peninha, história e linguística andam de mãos dadas, tem muito potencial!
Haha obrigado! Não sei se uma tal colaboração seria no meu alcance de momento, mas com certeza o canal Buenas Ideias é de muita qualidade para seguir! Conheci-o através dos seus livros de história do Brasil e depois vi que tinha um canal!
@@SachaDoesPortuguese Também sigo esse canal ... mas há um outro que também considero muito bom , é o canal do Paulo Rezutti ... Para breves resumos , também é muito bom o canal " Impérios AD " ... Não sei se também aprecia História de Portugal , mas deixo-lhe aqui duas sugestões ... Num tom um pouco divertido tem de se procurar por " Conta-me História " ... Num tom mais sério , tem de se procurar , também aqui no youtube , pelos programas do excelente Professor José Hermano Saraiva ...
em Portugal o R forte tem 3 sons possiveis, vibrante alveolar, vibrante na uvula, e fricativa na uvula. Uma curiosidade por exemplo é o sotaque de Setúbal, onde o "r" singular brando se pronuncia como "r" forte. Dizem parar como "parrarr"
Minha família materna é do interior de São Paulo, e o R caipira se manifesta em algumas situações: 1) Ao final de sílaba, como em "armar" (sendo os dois Rs nas sílabas ar e mar); 1.1) Em algumas cidades, como Porto Feliz, o R caipira ocorre nos R simples intervocálicos, como em "parado", "caro", etc, soando bem parecido com o que um anglófono diria, exceto pela pronúncia das vogais, ou seja, sem a redução do "a" para um shwa e do "o" sendo pronunciado com glide, como /ou/, mas como /u/. Assim, /pa.Ra.du/ e /ca.Ru/, 2) Esse som, principalmente pelos mais antigos e pelos que têm menos influência da pronúncia mais padrão, costumava ser mais realizado também com a letra L. Assim ao invés do som uvular (cada vez mais raro de se ouvir) e do som vocalizado (como o w), é vertido como o R caipira, de forma que palavras como "alma" e "arma" eram homófonas /aR.ma/. O meu falecido avô costumava falar assim e minha avó ainda fala assim. Ele dizia "aRma com erre e aRma com ele". O mais interessante é que junto ao fenômeno de redução de fonemas nesse dialeto caipira, ele dizia "arco" e "álcool" com o mesmo som, /'aR.cu/, assim o segundo L nem chegava a ser pronunciado. Detalhe, ele também pronunciava algumas palavras com V com som de B, e o ch às vezes como tch, lembrando muito a pronúncia galega (essa pronúncia é atestada entre vaqueiros do pantanal no Mato Grosso, em que têm a pronúncia caipira e falam tchuba ou tchuva ao invés de chuva). Também dizem em algumas palavras o ditongo "au" como "o", de forma que "saudade" soa como /so.'da.de/, sem a palatização do "de" como /dji/, porém há variações nisso, sendo alguns diziam /de/, outros como /di/, com um i bem fraco e breve ou palatizam tal como o padrão atualmente. Agora, ainda no dialeto caipira, o R inicial ou o RR costuma ser pronunciado, pelos mais velhos, como meus avós e algumas tias minhas, como o R vibrante, o rolled R, como em "rua" e "carro". Já os mais novos, eu percebo que fazem um R bem gutural, muito parecido com o equivalente lusitano nessas posições, e isso me surpreende muito, porque na capital paulistana, o R nessas posições (no início ou duplicado) costuma ser mais brando, como o /h/ do inglês. Já ainda na capital de São Paulo, o R ao fim de sílaba, como em "falar" dependendo da região ou bairro, pode ser ouvido tal como o lusitano ou como o caipira e alguns alternam essas pronúncias de forma inconsistente, dependendo das influências que tem tido, e também pode nem ser pronunciado, como em /fa.lá/.
Muito detalhado, parabéns. De fato, podemos ouvir o R caipira em todo o território que antigamente pertencia a São Paulo, chegando até Lages em Santa Catarina, formando uma imensa isoglossa bandeirante. Santa Catarina é um exemplo incrível, pois nas cidades por onde os bandeirantes ou tropeiros passavam, as pessoas mantêm o retroflexo, ao passo que as regiões açorianas ou de imigração recente de alemães e italianos possuem um R totalmente distinto. Tal isoglossa bandeirante acompanha outras peculiaridades paulistas: "você" generalizado em oposição à díade "tu/você" típica do litoral catarinense, por exemplo, onde se preservou o sistema binário lusitano de solidariedade e distanciamento, respectivamente. Já em relação à hipótese de hipercorreção dos tupis ao imitarem o R português, já não há dúvidas, se você for ao Paraguai, onde o guarani é uma língua cooficial e amplamente falada, perceberá a retroflexidade do R deles ao falarem espanhol, o que evidencia uma influência tupi-guarani na pronúncia caipira. Sacha, recomendo o Atlas Linguístico do Brasil que foi lançado recentemente após décadas de pesquisa linguística, você iria amar!
Sobre o R caipira, os índios não conseguiam falar é a letra L, tentavam fazer o som e saía errado. Tanto é q até hoje não é raro ouvir no interior faRta, poRvilho, devoRvê, úRtimo etc Também tem o LH q substitui por I, muié, trabaiá, etc
A pronuncia do "r forte" como o r do espanhol ainda é presente até algum nível entre falantes mais velhos em São Paulo, especialmente aqueles com uns 70+ anos usam como forma mais comum, além disso, geralmente as pessoas com mais de ~40 anos aqui não tem dificuldade de produzir um R vibrante, as vezes usando como um substituído do R forte para colocar ênfase em palavras especificas. E entre as gerações mais novas, quase ninguém consegue pronunciar um R vibrante. Acho que isso indica que o R vibrado só despareceu da pronuncia em São Paulo como uma forma comum relativamente recentemente, provavelmente nos últimos 50 anos, talvez tenha durado mais do que em outros lugares por influencia italiana.
No Paraguai onde falam o Guarani tb tem o R muito forte, o caipira. Aliás esss marca do R associado ao mundo rural é indevida. O estado de São Paulo todo fala assim. Variando apenas o grau. Inclusive o litoral ocupado há quase 500 anos. Paraná idem. Goiás tb entra. Minas Gerais, estado maior que a França e com população igual a da Holanda ou Austrália, entretanto destoa, por possuir regiões como o Sul e o Triângulo Mineiro ondr o R é pronunciado muito forte e outras regiões onde é preciso lupa para detectar o R, como em Belo Horizonte, bem ao centro do estado
You're the first English native speaker I've ever heard acknowledge the fact that you DO have a tapped R in your language in words like "butter"! ahah love it
@@SachaDoesPortuguese absolutely! always done it like that when helping English speakers learn my native language (italian) :) great video btw, super interesting and informative
@@alovioanidio9770 I specifically referenced American English in the video as you will notice, but plenty of British and Irish dialects have a tap in a wide range of phonemic positions.
Bem, eu ainda acredito que para um idioma mudar drasticamente em tão pouco tempo é nescessário falantes isolados com outros falantes do mesmo idioma e contato com uma língua nova, por isso ainda penso que o gutural veio dos franceses, principalmente aqui no Brasil que temos o maior vocabulário francês. Ou mesmo do "Dji" e "Tchi" que veio dos escravos falantes de quimbundo e umbundo, que além de serem a maioria dos ancestrais brasileiros tinham e têm uma língua que como características principal é fricatizar o "D" e o "T" antes de "i", eles também não falavam português, mas um crioulo que foi falado numa cidade da Bahia até 1980...
Excelente vídeo como sempre Sacha, mas se me permites uma observação, existe uma espécie de "r caipira" no Norte de Portugal. Conheço várias pessoas da região do Porto que dizem falaR, correR etc. Tentei pesquisar sobre o assunto mas infelizmente não encontrei nenhuma informação acerca desse R😟
Sei do que estás a falar e é uma espécie de levantamento do rótico! Não obstante, preciso pesquisar mais para poder dar uma explicação definitiva sobre esta realização rótica.
@@SachaDoesPortuguese Obrigado pela resposta, espero que consigas encontrar uma explicação e que a possas incluir num futuro vídeo, fiquei mesmo muito curioso sobre esse fenómeno, haha😁
J Pmf Tem uma portuguesa no TH-cam, cujo canal se chama Marhgurl, que faz conteúdo sobre matemática. Ela fala com esse R caipira. Alguém escreveu um comentário num dos seus vídeo informando que esse R é o R da da região do Minho (norte de Portugal), e também é falado nalgumas regiões da Galícia (na Espanha).
It's not true that people using the caipira 'r' use it in all positions except for intervocalic r. I have traveled all around Brazil and most of my friends are Brazilians from different regions, and I have never heard anyone use the approximant r at the beginning of a word. It only occurs at the end and before consonants. Furthermore, you seem to overlook that Brazilians do use the alveolar flap (which you call 'r brando' at the beginning of the video), which in most accents occurs exclusively intervocalically, except for the São Paulo city and Rio Grande do Sul accents, which put it at the end of words and before consonants as well.
Although that may be your experience, you should recognize that personal experience is by definition anecdotal. This video focuses mostly on the hard r in Portuguese, which is why not much was said about the soft r. At no point did I overlook or, in fact, state that the alveolar flap is not used in Brazil. Thanks for watching!
@@SachaDoesPortuguese Primeiro, parabéns pelo vídeo excelente e por tanto conhecimento sobre a língua portuguesa. Sou brasileiro, nascido em Fortaleza-CE, morei por diversos anos em Manaus-AM, Campinas-SP, São Paulo-SP e atualmente moro há 6 anos em Piracicaba-SP. Posso dizer que, de fato, o 'r' caipira tem muitas variações, tanto na forma de pronúncia quanto na abrangência de utilização do mesmo em diferentes posições nas palavras. Mas, realmente, mesmo o "mais caipira dos caipiras", ninguém pronuncia o 'r' caipira em absolutamente todas as posições, em alguns casos, quase todas, mas não todas. Se tiver alguma referência bibliográfica de 'r' caipira iniciando palavras (rato, raio, roma), gostaria de saber a fonte. Muito obrigado.
Sacha, completamente fora do contexto, mas notei o uso de "interior" ao invés de "countryside". Elas são completamente intercambiáveis no inglês, ou pode existir motivos para preferir uma ou outra? Aspectos geográficos, talvez? Obrigado.
Em geral, 'countryside' e 'interior' não são intercambiáveis, sendo sinónimos só nos contextos em que essa distinção litoral (ou limítrofe)-interior se mantém paralela com a distinção campo-cidade, como é o caso da pronúncia caipira. Diz-se então 'interior' para contrastar com 'coastal', pois embora a origem e maior difusão do dialeto caipira seja rural, não se limita mais a esse meio. Boa pergunta!
O R gutural é tão bem difundido no português brasileiro que acho difícil que seja uma inovação tão tardia quanto final de 1800 a 1900 em diante. Está até nas áreas mais distantes e isoladas dos grandes centros entre o povo, sendo que em áreas mais desenvolvidas e cosmopolitas ele não existe em finais de sílaba. É verdade que entre os mais velhos era muito mais comum, mas mesmo assim, não acho que rádio, TV ou mesmo os sotaques dos grandes centros seriam capazes de fazer tamanha alteração. O mesmo vale para a pronúncia do ti=tji e di=dji.
Você só se esqueceu de mencionar que esse R caipira nao surgiu paralelo ao R com som de H. Esse R é jma evolução do R brando, no qual a língua foi indo cada vez mais para o fundo da boca. Algo semelhante ao inglês. Então palavras como PORTA acabaram sendo pronunciadas com esse R inglês (POwrTA) Também o R no meio da palavra podia às vezes ter esse som, como CARO, que acabava sendo pronunciada como CAwru. Entretanto o R forte vibrante, como no espanhol, era sim bem pronunciado no centro-sul. Então era sempre RATO, ROMA, CARRO com a mesma pronúncia do espanhol. ROBERTO acabava sendo pronunciado como RRROBEwrTO ou RRROBEwrtu.
Sacha, mesmo em sotaques com erres diferentes (caipira, são paulo, sul, etc) praticamente todos não pronunciam o R final em *verbos* no Brasil. Onde essa tendência surgiu?
Essa tendência é uma forma alofónica da eliminação do R final, que tem variabilidade geográfica de origem, mas provavelmente estendeu-se pelo país independentemente da pronúncia local graças aos meios de comunicação na primeira metade do século 20.
@@SachaDoesPortuguese, o orgulho é meu, é gratificante ver como os estadunidenses e outros povos se interessam pelo ramo de línguas indo-europeias. Um ramo riquíssimo, já que o latim é farto em palavras. Até.
Sasha, não foi uma grande emigração dos franceses, foram só alguns que foram chamados para A corte portuguesa para trabalhar com as famílias mais abastadas. Eram pessoas que tinham como principal missão educar os filhos na prenúncia das vogais. É melhorar a dicção e fonética. Neste momento nas nossas escolas já não se explica mais essa matéria. Tenho pena. A minha antiga professora primária tinha uma enorme paixão pela nossa linguagem. Ela tinha um dos primeiros livros de língua portuguesa. Desculpa eu estar aqui a corrigir - te. Bjs grandes Ana😘
Olá Ana :) Creio que o Sacha se referia ao período de D. Sancho I, O Povoador. Com a Reconquista, muito do território ficou deserto. A convite do Rei, Holandeses e Francos, vieram para Portugal povoar as zonas desertas. Isto porque o Rei iniciou o projecto de povoar o território com Cristãos e estando a população Portuguesa muito reduzida em consequência das guerras, foi a solução encontrada. Sendo, avô de D.Sancho I, o Conde D. Henrique natural da Borgonha, D. Afonso Henriques casado com D. Mafalda de Saboia para fortalecer aliança politica, a a ligação com Borgonha, actual França, era muito forte e perdurou durante a 1ª Dinastia, até 1385. Contudo, nessa altura, a língua franca era o Latim. Não creio que tenha influenciado a Língua Portuguesa pela Língua Francesa, desse modo. Facto é, que por toda a Europa o Francês era uma língua chique, muitos francesismos e vocabulário ficaram. Isso é visível na Língua portuguesa, mas quanto ao vocabulário, é ainda mais visível na Língua Inglesa. Contudo, concordo com o Sacha, a influencia da Língua Francesa na pronúncia portuguesa é inexistente. Sim, no Século XIX atingiu o seu pico, mas chegava mais através de livros para as elites, amas francesas na aristocracia, mas, a população, que representam uns 98% dos falantes da língua, sem TV, Rádio ou Internet, não foi minimamente influenciada. Esta é a minha visão apenas :)
Thanks for watching! If you want to learn more, with access to fun extras, support my channel on Patreon! www.patreon.com/sashyenka
In the current/modern caipira accent we have the three Rs, with the caipira R appearing only in coda position (before consonants or word-final), exemple:
Carro /kahu/
Caro /kaɾu/
Carta /kaɹta/
Great video Sacha, your knowledge of Portuguese is fantastic.
Thank you! I'm glad you're enjoying my videos!
A História por trás das palavras e suas pronunciações! Adoro, adoro, adoro!
Excelente vídeo uma vez mais, sempre claro, informativo, rigoroso, com toda a paixão contagiante pelo tema. Muitos parabéns!
Como sugestão, adoraria um vídeo sobre a pronúncia do Norte de Portugal, que adoro, por estar tão próxima ainda do Galaico-Português. A imaginação leva-me atrás no tempo até aos sons que seriam produzidos pelos nossos mais longínquos ancestrais. Embora, tenho, claro, a consciência, que com intensificarão dos meios de comunicação, esta pronuncia esteja a desaparecer cada vez mais e de que as línguas são mesmo assim, evoluem.
Obrigada por este vídeo e por este canal.
Agradecido pelo elogio! O tema do Norte, mais especificamente do Minho e Trás-os-Montes é algo que me interessa e pretendo estudar inclui-lo num vídeo, quer próprio, quer como parte de um futuro vídeo sobre o galego e a sua relação com o português atualmente.
@@SachaDoesPortuguese subscrevo as palavras da rapariga acima. Há várias provas, aqui no TH-cam, por vídeos de comparação, que mostram o galego como uma língua quase indestinguivel do português. Se precisares de ajudar diz-me
@@afonsoferreira2652 aprecio o interesse, se tiveres comentários a respeito de qualquer tema dos vídeos ou sugestões para futuros temas, sempre podes entrar em contacto comigo nas redes sociais, os links das quais estão no canal ou na descrição dos vídeos! :)
@@SachaDoesPortuguese Muito obrigada! Sim, seria perfeito!
Galegos e Portugueses do Minho e Trás-os-Montes, são um mesmo povo divididos politicamente desde 1124. Para trás ficaram milhares de anos de uma evolução conjunta. Cultura, língua, maneira de ser e olhar o mundo mantêm ainda hoje muito em comum. Fico a aguardar, ansiosa, por esse video.
Vou enviar-te alguns textos e vídeos sobre o tema, como sugeriste ao @Afonso Ferreira.
Obrigada uma vez mais.
Thanks for making this video! I’ve been curious about Portuguese r for years.
I'm glad it was able to answer some of your curiosity!
@@SachaDoesPortuguese On a related note, I would enjoy seeing your reaction video to the recent LangFocus Portuguese video. Your expertise is nonpareil!
I don't normally do reaction-type videos, but I'll consider it! Haha. We also have the Discord for topics like that!
Fantástico! I am Brazilian and I have learned a lot. Thank you this master class, Sacha!
When Chinese people learn Portuguese, they also tend to pronounce most R's in the caipira way, due to lack of similar consonants as well.
I studied for 5 months in Macau and I made many Chinese friends who studied European Portuguese at the university. They were extremely surprised to hear me, a native speaker of Portuguese, speaking with that Chinese-like-R they were told since the beginning it was wrong to do. 😅
Certainly! It has to do with how the tongue raises in compensation for the lack of that phoneme coming from the primary language of a speaker, in cases like speakers of the Chinese languages and other East Asian languages. When I studied Portuguese in Lisbon, some of the Chinese students would still get flummoxed by that sound, even at higher levels!
great video once again! 2 suggestions:
Keep those notes for a bit longer so I don't have to pause the video so much
Why not a video about the french influence in the azorean accent? I've heard that's because of french and belgian immigration during the colonization of the archipelago that they developed they're peculiar accent. In particular in regards to the letter u.
Thanks! With regard to the notes, I certainly have made a full effort to extend them as much as possible, but in many cases, for pacing and other reasons, it's not possible to extend them. My apologies for the need to pause the video, but it is the best way to get the extra information :) I would like to make a video about the European island accents and dialectal features one day, it will just require a bit of separate research into the subject!
Azorean really can bearly be considered Portuguese. I think most monolingual Brazilians would find Spanish at lot easier to understand.
Adoro seus vídeos. Eu sou do nordeste, Piauí mais especificamente e aqui realmente não pronunciamos o R no fim das palavras e muitas vezes até o S se falado mais informalmente.
Obrigado, fico contente que continuas a seguir o canal! O Nordeste apresenta uma panóplia de caraterísticas dialetais bastante interessantes!
+João Pedro Eu sou do Maranhão e aqui também ocorre isso de não pronunciar o R. Sobre o S também, 'mesmo' vira basicamente "mermo" quando falado de forma bem informal.
tava esperando um tempinho por esse vídeo, muito bom
Obrigado, contente que gostaste!
Finally, I get the video que tenho esperado por muito tempo. Muito Obrigado. Gosto muito de teus vídeos.
Everything in its time! Obrigado, fico contente que continuas a gostar dos vídeos e seguir o canal :)
Excelente sua explicação. Estava faltando alguém na Internet que se dispusesse a explicar, com o cuidado necessário e com conhecimento de fonologia, as peculiaridades do português do Brasil. Parabéns, vou usar seus vídeos para ajudar meus alunos.
Muito obrigado! Feliz que a minha explicação possa ajudar!
Congratulations, Sacha! That's a really good job! I'm from Brasil and I learned with your vídeos!
Thank you, I'm glad you did! Welcome to my channel!
You're a highly intelligent person. Perfect phonetic description of the Brazilian 'r's
Thank you!
@@SachaDoesPortuguese Not at all! You're welcome!
Conteúdo excelente pra variar! É muito bom que você não fala nada referente ao Brasil em termos absolutos, é sempre contextualizando nas dimensões continentais do nosso país. Parabéns pelo trabalho!
Obrigado! Acho muito importante contextualizar o que se diz sobre um país tão vasto quanto o Brasil!
O Brasil tem o mesmo tamanho dos EUA continental, porém muito mais variedades linguísticas regionais. Eu atribuo isso à falta de ligação terrestre entre as regiões e de redes de TV até os anos 1960. Você concorda?
Não acho que haja muito mais diversidade de variação linguística no Brasil que nos EUA, duvido muito sobre a veracidade de qualquer afirmação da existência de mais dialetos regionais. Não obstante, é certo afirmar que as caraterísticas dialetais das variantes regionais no Brasil têm algo a ver com uma história colonial um século mais longa e mais dispersa territorialmente do que os EUA, que pode ter o efeito de as diferenças parecerem mais nítidas. Mas por certo lado é uma questão de familiaridade-um falante lusófono vai dar mais conta das diferenças no falar regional em português do que em inglês, o mesmo é verdade vice-versa com anglófonos.
You are an amazing teacher. Very good video.
Thank you! I'm glad you enjoyed it!
A sua pronúncia é perfeita!!!!!
Obrigado!
Amo demais esse canal. Obrigado por explicar que não houve influência francesa na pronúncia portuguesa. Já tinha pensado nisso por causa do R e do E, os resultados desses processos independentes são bem similares mesmo.
Boa indicação com o canal Buenas Ideias, acho que poderia rolar uma collab, hein? Fala com o Peninha, história e linguística andam de mãos dadas, tem muito potencial!
Haha obrigado! Não sei se uma tal colaboração seria no meu alcance de momento, mas com certeza o canal Buenas Ideias é de muita qualidade para seguir! Conheci-o através dos seus livros de história do Brasil e depois vi que tinha um canal!
@@SachaDoesPortuguese Também sigo esse canal ... mas há um outro que também considero muito bom , é o canal do Paulo Rezutti ...
Para breves resumos , também é muito bom o canal " Impérios AD " ...
Não sei se também aprecia História de Portugal , mas deixo-lhe aqui duas sugestões ... Num tom um pouco divertido tem de se procurar por " Conta-me História " ... Num tom mais sério , tem de se procurar , também aqui no youtube , pelos programas do excelente Professor José Hermano Saraiva ...
Sou natural de São Paulo Capital e moro atualmente no sul do Brasil e em ambos lugares falamos o R no final das palavras e um R vibrante..
i like too much ur videos, i`m brazzilian , and is very interesting when i see a person from another country teaching portuguese .
Obrigado, grato que estás a gostar!
em Portugal o R forte tem 3 sons possiveis, vibrante alveolar, vibrante na uvula, e fricativa na uvula.
Uma curiosidade por exemplo é o sotaque de Setúbal, onde o "r" singular brando se pronuncia como "r" forte. Dizem parar como "parrarr"
O R setubalense é curioso. Dizem que existe em Setúbal, mas pessoalmente nunca conheci um falante natural de lá que falasse assim!
Sacha Está a desaparecer. Vá ao mercado de Setúbal e fale com as pessoas mais idosas.
My sister uses uvular R and it sounds like G pagag
Awww man I’ve been looking for the rules and reasons to this for so long! Thank you so much. Practicing EU not BP
Thank you! I'm glad the video was helpful to you, welcome to my channel!
Minha família materna é do interior de São Paulo, e o R caipira se manifesta em algumas situações:
1) Ao final de sílaba, como em "armar" (sendo os dois Rs nas sílabas ar e mar);
1.1) Em algumas cidades, como Porto Feliz, o R caipira ocorre nos R simples intervocálicos, como em "parado", "caro", etc, soando bem parecido com o que um anglófono diria, exceto pela pronúncia das vogais, ou seja, sem a redução do "a" para um shwa e do "o" sendo pronunciado com glide, como /ou/, mas como /u/. Assim, /pa.Ra.du/ e /ca.Ru/,
2) Esse som, principalmente pelos mais antigos e pelos que têm menos influência da pronúncia mais padrão, costumava ser mais realizado também com a letra L. Assim ao invés do som uvular (cada vez mais raro de se ouvir) e do som vocalizado (como o w), é vertido como o R caipira, de forma que palavras como "alma" e "arma" eram homófonas /aR.ma/.
O meu falecido avô costumava falar assim e minha avó ainda fala assim.
Ele dizia "aRma com erre e aRma com ele".
O mais interessante é que junto ao fenômeno de redução de fonemas nesse dialeto caipira, ele dizia "arco" e "álcool" com o mesmo som, /'aR.cu/, assim o segundo L nem chegava a ser pronunciado.
Detalhe, ele também pronunciava algumas palavras com V com som de B, e o ch às vezes como tch, lembrando muito a pronúncia galega (essa pronúncia é atestada entre vaqueiros do pantanal no Mato Grosso, em que têm a pronúncia caipira e falam tchuba ou tchuva ao invés de chuva).
Também dizem em algumas palavras o ditongo "au" como "o", de forma que "saudade" soa como /so.'da.de/, sem a palatização do "de" como /dji/, porém há variações nisso, sendo alguns diziam /de/, outros como /di/, com um i bem fraco e breve ou palatizam tal como o padrão atualmente.
Agora, ainda no dialeto caipira, o R inicial ou o RR costuma ser pronunciado, pelos mais velhos, como meus avós e algumas tias minhas, como o R vibrante, o rolled R, como em "rua" e "carro".
Já os mais novos, eu percebo que fazem um R bem gutural, muito parecido com o equivalente lusitano nessas posições, e isso me surpreende muito, porque na capital paulistana, o R nessas posições (no início ou duplicado) costuma ser mais brando, como o /h/ do inglês.
Já ainda na capital de São Paulo, o R ao fim de sílaba, como em "falar" dependendo da região ou bairro, pode ser ouvido tal como o lusitano ou como o caipira e alguns alternam essas pronúncias de forma inconsistente, dependendo das influências que tem tido, e também pode nem ser pronunciado, como em /fa.lá/.
Muito bem detalhado, obrigado pelo comentário!
Parabéns, Sasha! É isso aí!
Always very informative :D keep them coming!!! :D
Thank you, glad you're continuing to enjoy the videos!
Um vídeo excelente😊 Muito bom mesmo👏👏
Obrigado! Contente que gostaste!
Muito detalhado, parabéns. De fato, podemos ouvir o R caipira em todo o território que antigamente pertencia a São Paulo, chegando até Lages em Santa Catarina, formando uma imensa isoglossa bandeirante. Santa Catarina é um exemplo incrível, pois nas cidades por onde os bandeirantes ou tropeiros passavam, as pessoas mantêm o retroflexo, ao passo que as regiões açorianas ou de imigração recente de alemães e italianos possuem um R totalmente distinto. Tal isoglossa bandeirante acompanha outras peculiaridades paulistas: "você" generalizado em oposição à díade "tu/você" típica do litoral catarinense, por exemplo, onde se preservou o sistema binário lusitano de solidariedade e distanciamento, respectivamente.
Já em relação à hipótese de hipercorreção dos tupis ao imitarem o R português, já não há dúvidas, se você for ao Paraguai, onde o guarani é uma língua cooficial e amplamente falada, perceberá a retroflexidade do R deles ao falarem espanhol, o que evidencia uma influência tupi-guarani na pronúncia caipira.
Sacha, recomendo o Atlas Linguístico do Brasil que foi lançado recentemente após décadas de pesquisa linguística, você iria amar!
O retroflexo não para em Santa Catarina! Há gaúchos que falam com isso também. Conheço bem o ALiB, obrigado pela dica!
Amazing
Thank you, I'm glad you enjoyed it!
Que show tua explicação 👏🏼
Sobre o R caipira, os índios não conseguiam falar é a letra L, tentavam fazer o som e saía errado.
Tanto é q até hoje não é raro ouvir no interior faRta, poRvilho, devoRvê, úRtimo etc
Também tem o LH q substitui por I, muié, trabaiá, etc
Amo seu canal..simplesmente D+ obg!
Muito obrigado, fico contente!
The page oplingo.com offers texts in Brazilian Portuguese with audio to check pronunciation.
A pronuncia do "r forte" como o r do espanhol ainda é presente até algum nível entre falantes mais velhos em São Paulo, especialmente aqueles com uns 70+ anos usam como forma mais comum, além disso, geralmente as pessoas com mais de ~40 anos aqui não tem dificuldade de produzir um R vibrante, as vezes usando como um substituído do R forte para colocar ênfase em palavras especificas. E entre as gerações mais novas, quase ninguém consegue pronunciar um R vibrante.
Acho que isso indica que o R vibrado só despareceu da pronuncia em São Paulo como uma forma comum relativamente recentemente, provavelmente nos últimos 50 anos, talvez tenha durado mais do que em outros lugares por influencia italiana.
No Nordeste do Brasil e no Rio se usa o "R" como em Portugal
I think for German native speakers its very Natural
No Paraguai onde falam o Guarani tb tem o R muito forte, o caipira. Aliás esss marca do R associado ao mundo rural é indevida. O estado de São Paulo todo fala assim. Variando apenas o grau. Inclusive o litoral ocupado há quase 500 anos. Paraná idem. Goiás tb entra. Minas Gerais, estado maior que a França e com população igual a da Holanda ou Austrália, entretanto destoa, por possuir regiões como o Sul e o Triângulo Mineiro ondr o R é pronunciado muito forte e outras regiões onde é preciso lupa para detectar o R, como em Belo Horizonte, bem ao centro do estado
Ótimo vídeo
Obrigado, contente que gostaste!
My older university professors in Brazil tend to have the /r/ hard r.
I tend myself to drop the final -r. When I utter it, it comes out as a [ x ].
Nice video
You're the first English native speaker I've ever heard acknowledge the fact that you DO have a tapped R in your language in words like "butter"! ahah love it
It's one of the surest ways to help teach an English speaker to pronounce it in other contexts!
@@SachaDoesPortuguese absolutely! always done it like that when helping English speakers learn my native language (italian) :) great video btw, super interesting and informative
@@alovioanidio9770 I specifically referenced American English in the video as you will notice, but plenty of British and Irish dialects have a tap in a wide range of phonemic positions.
Bem, eu ainda acredito que para um idioma mudar drasticamente em tão pouco tempo é nescessário falantes isolados com outros falantes do mesmo idioma e contato com uma língua nova, por isso ainda penso que o gutural veio dos franceses, principalmente aqui no Brasil que temos o maior vocabulário francês.
Ou mesmo do "Dji" e "Tchi" que veio dos escravos falantes de quimbundo e umbundo, que além de serem a maioria dos ancestrais brasileiros tinham e têm uma língua que como características principal é fricatizar o "D" e o "T" antes de "i", eles também não falavam português, mas um crioulo que foi falado numa cidade da Bahia até 1980...
2:09 - In Portugal it isn't. That's the standard pronunciation of it in the North of the country, and older people in general.
Sacha, no IPA, qual é o símbolo para o R forte de Lisboa e o R forte do Rio de Janeiro?
Geralmente é escrito /χ/! Chama-se fricativa uvular surda em linguagem técnica.
Very interesting
Even in English the english produce the r different to americans Thanks
Por que você não faz um vídeo em português??
Excelente vídeo como sempre Sacha, mas se me permites uma observação, existe uma espécie de "r caipira" no Norte de Portugal. Conheço várias pessoas da região do Porto que dizem falaR, correR etc. Tentei pesquisar sobre o assunto mas infelizmente não encontrei nenhuma informação acerca desse R😟
Sei do que estás a falar e é uma espécie de levantamento do rótico! Não obstante, preciso pesquisar mais para poder dar uma explicação definitiva sobre esta realização rótica.
@@SachaDoesPortuguese Obrigado pela resposta, espero que consigas encontrar uma explicação e que a possas incluir num futuro vídeo, fiquei mesmo muito curioso sobre esse fenómeno, haha😁
J Pmf Tem uma portuguesa no TH-cam, cujo canal se chama Marhgurl, que faz conteúdo sobre matemática. Ela fala com esse R caipira. Alguém escreveu um comentário num dos seus vídeo informando que esse R é o R da da região do Minho (norte de Portugal), e também é falado nalgumas regiões da Galícia (na Espanha).
@@andfmandfm4954 Muito interessante, obrigado pela informação
é o "r" retroflexo
It's not true that people using the caipira 'r' use it in all positions except for intervocalic r. I have traveled all around Brazil and most of my friends are Brazilians from different regions, and I have never heard anyone use the approximant r at the beginning of a word. It only occurs at the end and before consonants. Furthermore, you seem to overlook that Brazilians do use the alveolar flap (which you call 'r brando' at the beginning of the video), which in most accents occurs exclusively intervocalically, except for the São Paulo city and Rio Grande do Sul accents, which put it at the end of words and before consonants as well.
Although that may be your experience, you should recognize that personal experience is by definition anecdotal. This video focuses mostly on the hard r in Portuguese, which is why not much was said about the soft r. At no point did I overlook or, in fact, state that the alveolar flap is not used in Brazil. Thanks for watching!
@@SachaDoesPortuguese Primeiro, parabéns pelo vídeo excelente e por tanto conhecimento sobre a língua portuguesa. Sou brasileiro, nascido em Fortaleza-CE, morei por diversos anos em Manaus-AM, Campinas-SP, São Paulo-SP e atualmente moro há 6 anos em Piracicaba-SP. Posso dizer que, de fato, o 'r' caipira tem muitas variações, tanto na forma de pronúncia quanto na abrangência de utilização do mesmo em diferentes posições nas palavras. Mas, realmente, mesmo o "mais caipira dos caipiras", ninguém pronuncia o 'r' caipira em absolutamente todas as posições, em alguns casos, quase todas, mas não todas. Se tiver alguma referência bibliográfica de 'r' caipira iniciando palavras (rato, raio, roma), gostaria de saber a fonte. Muito obrigado.
Sacha, completamente fora do contexto, mas notei o uso de "interior" ao invés de "countryside". Elas são completamente intercambiáveis no inglês, ou pode existir motivos para preferir uma ou outra? Aspectos geográficos, talvez? Obrigado.
Em geral, 'countryside' e 'interior' não são intercambiáveis, sendo sinónimos só nos contextos em que essa distinção litoral (ou limítrofe)-interior se mantém paralela com a distinção campo-cidade, como é o caso da pronúncia caipira. Diz-se então 'interior' para contrastar com 'coastal', pois embora a origem e maior difusão do dialeto caipira seja rural, não se limita mais a esse meio. Boa pergunta!
O R gutural é tão bem difundido no português brasileiro que acho difícil que seja uma inovação tão tardia quanto final de 1800 a 1900 em diante. Está até nas áreas mais distantes e isoladas dos grandes centros entre o povo, sendo que em áreas mais desenvolvidas e cosmopolitas ele não existe em finais de sílaba. É verdade que entre os mais velhos era muito mais comum, mas mesmo assim, não acho que rádio, TV ou mesmo os sotaques dos grandes centros seriam capazes de fazer tamanha alteração. O mesmo vale para a pronúncia do ti=tji e di=dji.
Você só se esqueceu de mencionar que esse R caipira nao surgiu paralelo ao R com som de H.
Esse R é jma evolução do R brando, no qual a língua foi indo cada vez mais para o fundo da boca. Algo semelhante ao inglês.
Então palavras como PORTA acabaram sendo pronunciadas com esse R inglês (POwrTA)
Também o R no meio da palavra podia às vezes ter esse som, como CARO, que acabava sendo pronunciada como CAwru.
Entretanto o R forte vibrante, como no espanhol, era sim bem pronunciado no centro-sul. Então era sempre RATO, ROMA, CARRO com a mesma pronúncia do espanhol.
ROBERTO acabava sendo pronunciado como RRROBEwrTO ou RRROBEwrtu.
Sacha, mesmo em sotaques com erres diferentes (caipira, são paulo, sul, etc) praticamente todos não pronunciam o R final em *verbos* no Brasil. Onde essa tendência surgiu?
Essa tendência é uma forma alofónica da eliminação do R final, que tem variabilidade geográfica de origem, mas provavelmente estendeu-se pelo país independentemente da pronúncia local graças aos meios de comunicação na primeira metade do século 20.
🇵🇹🇵🇹🇵🇹🇵🇹🇵🇹 Portuguese the greatest and roll your Rs it's not that hard
I just noticed...all these years my English "R" sounds are not correct,it's only a fake r☻ MY LIFE IS A LIE
Ótimo vídeo, a língua portuguesa é riquíssima em detalhes! Assim como todas as línguas indo-europeias.
Obrigado, fico contente que gostaste!
@@SachaDoesPortuguese, o orgulho é meu, é gratificante ver como os estadunidenses e outros povos se interessam pelo ramo de línguas indo-europeias. Um ramo riquíssimo, já que o latim é farto em palavras. Até.
Sasha, não foi uma grande emigração dos franceses, foram só alguns que foram chamados para A corte portuguesa para trabalhar com as famílias mais abastadas. Eram pessoas que tinham como principal missão educar os filhos na prenúncia das vogais. É melhorar a dicção e fonética. Neste momento nas nossas escolas já não se explica mais essa matéria. Tenho pena. A minha antiga professora primária tinha uma enorme paixão pela nossa linguagem. Ela tinha um dos primeiros livros de língua portuguesa. Desculpa eu estar aqui a corrigir - te. Bjs grandes Ana😘
Olá Ana :)
Creio que o Sacha se referia ao período de D. Sancho I, O Povoador. Com a Reconquista, muito do território ficou deserto. A convite do Rei, Holandeses e Francos, vieram para Portugal povoar as zonas desertas. Isto porque o Rei iniciou o projecto de povoar o território com Cristãos e estando a população Portuguesa muito reduzida em consequência das guerras, foi a solução encontrada.
Sendo, avô de D.Sancho I, o Conde D. Henrique natural da Borgonha, D. Afonso Henriques casado com D. Mafalda de Saboia para fortalecer aliança politica, a a ligação com Borgonha, actual França, era muito forte e perdurou durante a 1ª Dinastia, até 1385. Contudo, nessa altura, a língua franca era o Latim. Não creio que tenha influenciado a Língua Portuguesa pela Língua Francesa, desse modo.
Facto é, que por toda a Europa o Francês era uma língua chique, muitos francesismos e vocabulário ficaram. Isso é visível na Língua portuguesa, mas quanto ao vocabulário, é ainda mais visível na Língua Inglesa. Contudo, concordo com o Sacha, a influencia da Língua Francesa na pronúncia portuguesa é inexistente. Sim, no Século XIX atingiu o seu pico, mas chegava mais através de livros para as elites, amas francesas na aristocracia, mas, a população, que representam uns 98% dos falantes da língua, sem TV, Rádio ou Internet, não foi minimamente influenciada. Esta é a minha visão apenas :)
Assista as entrevistas do príncipe Dom Bertrand que nasceu na França e você vai perceber claramente como seria o português com influência francesa.
Forget Spanish forget Russian forget Italian
You didn't talk about African portuguese
Em geral , segue o português europeu ...