1:11:37 Drácula é definitivamente meu livro favorito, há tantos pontos para se analisar e entender aquela sociedade vitoriana, uma obra impecável! Inclusive estou desenvolvendo meu TCC sobre ela! 🖤🍷
Absolutamente, Aimê. É um livro primoroso e não é gratuito o fato dele ganhar edições novas até hoje. Mesmo sendo uma obra secular, as gerações mais novas ainda se interessam por Drácula e tal constatação fala por si. Você é um exemplo disso, pois ficou inspirada a escrever um trabalho acadêmico sobre a obra em pleno 2021. Como colocou, o livro é um recorte de época. Mas este é extremamente rico para fazer uma leitura do que foi a era vitoriana, principalmente no que diz respeito aos papéis sociais. Jamais vi com bons olhos a postura de Anne Rice de desmerecer frequentemente o vampirismo clássico das obras de Polidori, Le Fanu e Bram Stoker. Ela demonstra muita empáfia quando faz isso. São obras de outro período histórico e que podemos ler com a lente daquela época, aprender com o passado para não repetir as barbáries do mesmo. Admiro a postura progressista da Rice: ela é muito necessária neste mundo tão intolerante, mas o fato do vampirismo clássico exibir de forma tão transparente o machismo e o patriarcalismo de época torna tais obras muito didáticas também, assim como os livros dela. Os livros isoladamente não transformam o mundo... o fator chave é o pensamento a posteriori, feito após a leitura. E isso é possível tanto com o paradigma clássico como o contemporâneo do vampirismo. Se pode ler ambas as obras com o mesmo olhar crítico, pois a crítica é possível em ambas, inclusive na obra dela.
Ah gostando desse conteúdo, li metade desse livro a anos atras, e to revendo para seguir a leitura...um ponto bem interessante qje vc levantou foi sobre os momentos diferentes de anne rice na escrita dos livros, e isso faz sentido de comp me sinto triste, assistindo o filme de entrevista com vampiro, e ate mesmo a serie rescente do prime, ficaram incríveis ambas! Mas ja quando assisto rainha dos condenado, q é um filme distorcido, e ja nao tao bom quanto entrevista ( tambe pq a A.R nao se envolveu nesse folme) ja nao me sinto tristr
@@carolinepaiva7563 Por mais que um autor evite misturar a vida pessoal com a ficção, o momento da escrita é algo sensível demais. Em maior ou menor grau, as palavras e ideias acabam sendo marcadas por nossas emoções, pelo lugar onde estamos, pelas nossas relações interpessoais e perdas. Com Anne foi assim. Ela estava ainda em um processo de luto quando escreveu Entrevista com o Vampiro e tê-lo escrito ajudou muito com a dor dela. Esta é um das razões deste ser o meu livro preferido dentre todos que ela escreveu: por mais dolorido que este possa ser, é também muito transparente, colado na alma dela. É um livro de alma, o que para mim é lindo. Pessoalmente eu não fico triste lendo: fico simpático, entende? Simpático com a dor da autora, desejoso do acolhimento, do conforto. O trágico na literatura tende a ser muito sincero e eu aprecio isso. Obrigado por ouvir, Caroline. Grato pelo seu tempo e por suas palavras.
Realmente seria legal ver Lestat voltando a sanidade num estilo meio de estágios do luto. Adoro a forma como você comenta os livros. As vezes eu vejo o Lestat ficar até um tanto cômico com essa questão do narcisismo. Eu gosto do Lestat, mas não sinto nem um incômodo quando você critica esse personagem, diferentemente de quando você faz o mesmo com o Armand. O querubim de Michelangelo. Rs
Obrigado pelo elogio, Tuballkain. Sobre as críticas, o segredo é não levar para o lado pessoal. O amor que alguns leitores tem por certos personagens penso ser um pouquinho acima do tom, platônico. E alguns inevitavelmente vão ficar chateados com os meus comentários. Mas se colocar os vídeos em perspectiva, perceberá que não há um personagem sequer que, em algum momento, não tenha recebido um comentário ácido da minha parte 😄. Alguns apenas são mais criticados porque, bem... dão mais motivo rsrs.
Sim... ele se revigora como se tivessem jogado um "pó de pirlimpimpim" sobre ele. Pessoalmente, penso que o processo deveria ter sido mais lento e custoso. Afinal, esta é uma obra vampiresca e supostamente gótica. Resoluções mágicas não combinam muito com este tipo de cenário.
39:43 Poxa, corvo, se atualiza 😂 • Balzaquianas na época de Balzac: +30 anos • Balzaquianas da 2a metade do séc. 20 em diante: +50 anos e olhe lá pois é um rótulo machista que hoje não se sustenta, tendo em vista maior expectativa de vida, o casamento e a maternidade tardios e a normalização da inexistência destes, o feminismo reformulando o papel da mulher na sociedade e o prolongamento da adolescência por questões culturais/sociais. Vlw pelo vídeo 👍
Vivendo e aprendendo, Karina. Fico satisfeito que tenha adicionado uma informação relevante ao contexto do vídeo. Minha área de interesse é o comportamento humano e ao estudo dele me dediquei. Meu contato com o feminismo se deu mais por vias filosóficas e literárias (Simone de Beauvoir e Clarice Lispector foram minhas referências; não cheguei a ter contato com as autoras pós-estruturalistas). Sendo assim, eu não tenho muito conhecimento sobre as bases históricas e seu complemento foi pertinente neste sentido. Eu não sabia que o termo "balzaquiana" passou a se referir a mulheres com mais de 50 anos no século XX (não fazia a menor ideia). Há realmente consenso sobre isso? Eu conheço feministas que utilizam o termo para se referir a si nos mesmos moldes anteriores (+30 anos) e sem nenhuma restrição. Dito isso, me referir a Gabrielle como uma balzaquiana não está equivocado, de todo o modo (mesmo com seu apontamento): ela é uma personagem do século XVIII (mais velha que Balzac, mas que cronologicamente passou pela época dele) e, sendo assim, nos referirmos a ela como balzaquiana, do ponto de vista histórico, faz sentido. De todo modo não se esqueça, por gentileza, de comentar sobre a pejoração do termo balzaquiana, se realmente existe consenso. Reforço que conheço feministas (que estudam a pauta) que não têm problema algum com o termo e até o utilizam em sentido lúdico para se referir a si. Como o feminismo tem vertentes diferentes (e discordâncias entre elas), me interessa saber se houve consenso acerca do tema. Abraço!
Os britânicos, em comparação com os americanos, tiveram séries bem mais longevas. O "Doctor Who" é um bom exemplo. Porém, isso se estendia para os programas de TV também. O "Top Of The Pops" foi um programa musical, de auditório, que começou em janeiro de 1964 e durou até 2005! Aí ele acabou, mas poucos meses depois decidiram dar uma repaginada e voltar. E assim o programa continua até hoje. É no Top Of The Pops que o Lestat fala que vai se apresentar aqui no livro (e realmente, era um programa ótimo para marketing na Europa). Para você ter ideia, olha qual foi uma das primeiras bandas a fazer uma apresentação no programa: th-cam.com/video/q611_AHu570/w-d-xo.html É realmente um programa dinossauro🤣!
@@CantinhodoCorvo mds 🤣🤣🤣 mano eu acho que o Lestat ama ser vampiro, ele só guarda esse ressentimento justamente por ser muito orgulho. A própria história dele fez ele ser um pouco assim, igual o Louis melancólico ou outros personagens com características bem marcantes. Lestat ama ser amado (insegurança?) ele não teve muito isso quando jovem, então ele tem essa blindagem que como vampiro congelou com ele e amplificou
Ele é extremamente inseguro. Ele tenta se reafirmar o tempo todo e isto é um sintoma claro disso. E é algo que tem relação sim com os relacionamentos amorosos dele, primeiro com o Nicolas de Lefent e depois com a Gabrielle (complexo de Édipo forte e bizarro, aqui). Ele se frustrou com ambos, mas o problema é que para o Lestat ele nunca está errado, a culpa é sempre só dos outros e ele é a vítima. Ele é centralizador, tudo tem que girar em torno dele e ele nunca faz uma autocrítica. Ele já começa esse livro chamando o Louis de desonesto e mentiroso, não aprendeu nada!!! Não dá para viver muito com uma pessoa assim... é insuportável. Não chega a ser nenhuma surpresa que todos os relacionamentos amorosos dele fracassaram retumbantemente.
35:17 Fiquei imaginando o Lestat como uma espécie de Gastón, da Bela e a Fera, visto como exemplo e homem ideal, ô grande matador de lobos. shahshahshsb
A idealização é perceptível mesmo, né? A expressão "matador de lobos" ou o termo "Lelio" acho que comunicam muito bem o que você sugeriu. Esta postura do fantasiar-se a si, o mundo, os outros...
Man, ainda estou ouvindo a sua introdução e discordo de quase 100% rs. Como faz mais de 15 anos que eu li, eu vou ouvir e/ou ler de novo e volto aqui p comentar se ainda acho a mesma coisa de décadas atrás. Rs
Discordâncias são normais e fazem parte do jogo. Mas minha leitura (e consequente abordagem) tem um acento psicológico bastante crítico. Quando utilizo o termo "ego", por exemplo, não estou fazendo isso dentro do senso comum, mas abordando o próprio conceito e o refletindo nas posturas do Lestat. Minha fala desagrada e vai continuar desagradando quase 100% dos leitores que tem uma relação quase amorosa com o personagem (isso eu já esperava e sempre esperei). Mas não é apenas com o Lestat que eu sou crítico. Nos vídeos sobre o livro "Entrevista com o Vampiro", minha mão pesou também sobre o Louis, a Claudia e o Armand. Uma coisa que acho extremamente enfadonha e cansativa no fandom das crônicas vampirescas é a relação platônica que muitas pessoas criam com estes personagens, a ponto de se cegar para as monstruosidades que cometeram em nome de suas vaidades (não estou dizendo que é o seu caso). Neste sentido, me dispus a comentar com uma abordagem mais visceral e ácida, sem muito espaço para relativizações. Há quem vai gostar e há quem vai se enfurecer me ouvindo e faz parte! Não há problema algum nisso. Abraço!
@@CantinhodoCorvo Sua fala não me desagradou de nenhuma forma, tanto que vou ler novamente a obra como eu disse para ver se ainda vou achar a mesma coisa. Sua análise despertou minha curiosidade. Personagens de livros são assim mesmo, pegamos o que o autor dispõe e completamos com nossas experiência, a fase que estamos passando no momento, desejos .. e completamos com a nossa imaginação. Nunca vai ser a mesma coisa ;D. Ainda não vi todos seus vídeos? Já fez algo sobre o livro de Armand,? foi um dos q mais gostei e completa um pouco o Lestat. ,🥰
De fato, o que diz é muito real. Em nossas leituras, a compreensão e a forma de reação a cenários, eventos e comportamentos é algo que se mistura com nossa própria trajetória. O que torna o exercício da isenção um pouquinho mais complicado (pois no fundo é isso mesmo... um exercício). Nossa visão fica um pouco mais fosca quando estamos enamorados, né? A sensação é boa, mas é algo que tem lá suas desvantagens rsrsrs... Ainda não abordei o livro de Armand. Os comentários sobre as crônicas é um projeto em andamento e sem um cronograma fixo. É algo que estava fazendo porque estava muito inclinado a ligar o gravador e divagar junto à releitura desses livros. Desde a morte de Anne Rice eu entrei, digamos, num hiato... mas pretendo retomar futuramente, sem garantias de que cobrirei a série toda (até porque não são muitos livros dela que me inspiraram a este ponto). Mas pretendo terminar o que comecei, dando conclusão (no mínimo) a trilogia original. Os livros de Anne que tenho uma real admiração são "Entrevista com o Vampiro" e "A Hora da Bruxa". Neste sentido, após obter um sentimento de conclusão com a trilogia nesta minhas divagações, é bem provável que eu comece dar uma atenção novamente a este segundo.
Velho por causa do filme da Barbie fui ler o livro do Lestat pela 4 vez e quando li como.ele se descreveu no livro tudo que vinha na minha mente era SOU AH BARBIE GIRL SE VC QUER SER MEU NAMORADO
O que acaba de dizer não está equivocado... é por aí, mesmo. Às vezes eu costumo chamar o Lestat de "Barbie Francesa" em tom de humor, mas o termo carrega um fundo de verdade por muitas razões. 😂
Eu li esse livros (todos) e as crônicas das bruxas faz muito tempo. Quando li a entrevista eu odiei o Lestat. Porém depois de ler Lestat e Armand eu passei a gostar, são personagens complexos. Anne foi incrível nas narrativas que alteram os personagens dependendo do pondo de vista do narrador.
E o interessante nisso não é mudar de lado a partir do momento que outra ótica foi apresentada. Levando em consideração como os vampiros de Anne Rice são autocentrados, investem emocionalmente muito em suas próprias necessidades, a verdade dos seus relatos não reside necessariamente nos relatos em si, mas em algum lugar entre eles. Sabe aquela história sobre "a minha verdade, a sua verdade e a verdade verdadeira"? Eu ainda coloco uma quarta vertente: a verdade segundo a ótica de um terceiro que não está diretamente envolvido (ou seja, mais isento). Os discursos de cada naturalmente vão ser tendenciosos (a sardinha é puxada por conveniência quando o calo de cada aperta). Nesse sentido, como em toda análise de discurso, o mais importante não é o que é falado (o aparente), mas o que está subjacente a essas falas. O que elas atendem, o que querem justificar? O que as motivou? Os vampiros riceanos são manipuladores (não é apeans a Claudia que é assim). E o mais seguro em suas narrativas é contrapor os testemunhos (fazê-los se chocar) e não eliminar um anterior porque um novo apareceu. Não há inocentes no meio desses vampiros. Suas lamúrias e justificativas podem muito bem deturpar a realidade e o caminho mais seguro para abordar tais histórias é o fato concreto em si. Para além das interpretações pessoais deles (o modo como enxergam e tentam aliviar suas barras), há o fato cru, concreto, o que de fato aconteceu. E sendo assim, creio eu ser mais prudente avaliar a história, seus relatos com um pé atrás, com uma pontinha de desconfiança, sem abraçar totalmente e inquestionavelmente seus relatos individuais. Abraço!
Na minha avaliação, o filme "A Rainha dos Condenados" não deveria ter sido feito. Considero-o um erro. Penso que nem mesmo o Tom Cruise salvaria um roteiro tão ruim.
PADRIM: www.padrim.com.br/cantinhodocorvo
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1:11:37 Drácula é definitivamente meu livro favorito, há tantos pontos para se analisar e entender aquela sociedade vitoriana, uma obra impecável! Inclusive estou desenvolvendo meu TCC sobre ela! 🖤🍷
Absolutamente, Aimê. É um livro primoroso e não é gratuito o fato dele ganhar edições novas até hoje. Mesmo sendo uma obra secular, as gerações mais novas ainda se interessam por Drácula e tal constatação fala por si. Você é um exemplo disso, pois ficou inspirada a escrever um trabalho acadêmico sobre a obra em pleno 2021. Como colocou, o livro é um recorte de época. Mas este é extremamente rico para fazer uma leitura do que foi a era vitoriana, principalmente no que diz respeito aos papéis sociais.
Jamais vi com bons olhos a postura de Anne Rice de desmerecer frequentemente o vampirismo clássico das obras de Polidori, Le Fanu e Bram Stoker. Ela demonstra muita empáfia quando faz isso. São obras de outro período histórico e que podemos ler com a lente daquela época, aprender com o passado para não repetir as barbáries do mesmo. Admiro a postura progressista da Rice: ela é muito necessária neste mundo tão intolerante, mas o fato do vampirismo clássico exibir de forma tão transparente o machismo e o patriarcalismo de época torna tais obras muito didáticas também, assim como os livros dela. Os livros isoladamente não transformam o mundo... o fator chave é o pensamento a posteriori, feito após a leitura. E isso é possível tanto com o paradigma clássico como o contemporâneo do vampirismo. Se pode ler ambas as obras com o mesmo olhar crítico, pois a crítica é possível em ambas, inclusive na obra dela.
Ah gostando desse conteúdo, li metade desse livro a anos atras, e to revendo para seguir a leitura...um ponto bem interessante qje vc levantou foi sobre os momentos diferentes de anne rice na escrita dos livros, e isso faz sentido de comp me sinto triste, assistindo o filme de entrevista com vampiro, e ate mesmo a serie rescente do prime, ficaram incríveis ambas! Mas ja quando assisto rainha dos condenado, q é um filme distorcido, e ja nao tao bom quanto entrevista ( tambe pq a A.R nao se envolveu nesse folme) ja nao me sinto tristr
@@carolinepaiva7563 Por mais que um autor evite misturar a vida pessoal com a ficção, o momento da escrita é algo sensível demais. Em maior ou menor grau, as palavras e ideias acabam sendo marcadas por nossas emoções, pelo lugar onde estamos, pelas nossas relações interpessoais e perdas. Com Anne foi assim. Ela estava ainda em um processo de luto quando escreveu Entrevista com o Vampiro e tê-lo escrito ajudou muito com a dor dela. Esta é um das razões deste ser o meu livro preferido dentre todos que ela escreveu: por mais dolorido que este possa ser, é também muito transparente, colado na alma dela. É um livro de alma, o que para mim é lindo. Pessoalmente eu não fico triste lendo: fico simpático, entende? Simpático com a dor da autora, desejoso do acolhimento, do conforto. O trágico na literatura tende a ser muito sincero e eu aprecio isso.
Obrigado por ouvir, Caroline. Grato pelo seu tempo e por suas palavras.
Realmente seria legal ver Lestat voltando a sanidade num estilo meio de estágios do luto. Adoro a forma como você comenta os livros. As vezes eu vejo o Lestat ficar até um tanto cômico com essa questão do narcisismo. Eu gosto do Lestat, mas não sinto nem um incômodo quando você critica esse personagem, diferentemente de quando você faz o mesmo com o Armand. O querubim de Michelangelo. Rs
Obrigado pelo elogio, Tuballkain. Sobre as críticas, o segredo é não levar para o lado pessoal. O amor que alguns leitores tem por certos personagens penso ser um pouquinho acima do tom, platônico. E alguns inevitavelmente vão ficar chateados com os meus comentários. Mas se colocar os vídeos em perspectiva, perceberá que não há um personagem sequer que, em algum momento, não tenha recebido um comentário ácido da minha parte 😄. Alguns apenas são mais criticados porque, bem... dão mais motivo rsrs.
17:44 De fato, Anne Rice representou como se em um passe de mágica, Lestat estivesse revigorado...
Sim... ele se revigora como se tivessem jogado um "pó de pirlimpimpim" sobre ele. Pessoalmente, penso que o processo deveria ter sido mais lento e custoso. Afinal, esta é uma obra vampiresca e supostamente gótica. Resoluções mágicas não combinam muito com este tipo de cenário.
@@CantinhodoCorvo Inclusive teria sido muito mais interessante, um livro sentimental igual ao primeiro.
22:40 Narcisista sempre hahahah eu até me divirto com isso
Personagenzinho cativante hehehe ^^
39:43
Poxa, corvo, se atualiza 😂
• Balzaquianas na época de Balzac: +30 anos
• Balzaquianas da 2a metade do séc. 20 em diante: +50 anos e olhe lá pois é um rótulo machista que hoje não se sustenta, tendo em vista maior expectativa de vida, o casamento e a maternidade tardios e a normalização da inexistência destes, o feminismo reformulando o papel da mulher na sociedade e o prolongamento da adolescência por questões culturais/sociais.
Vlw pelo vídeo 👍
Vivendo e aprendendo, Karina. Fico satisfeito que tenha adicionado uma informação relevante ao contexto do vídeo. Minha área de interesse é o comportamento humano e ao estudo dele me dediquei. Meu contato com o feminismo se deu mais por vias filosóficas e literárias (Simone de Beauvoir e Clarice Lispector foram minhas referências; não cheguei a ter contato com as autoras pós-estruturalistas). Sendo assim, eu não tenho muito conhecimento sobre as bases históricas e seu complemento foi pertinente neste sentido.
Eu não sabia que o termo "balzaquiana" passou a se referir a mulheres com mais de 50 anos no século XX (não fazia a menor ideia). Há realmente consenso sobre isso? Eu conheço feministas que utilizam o termo para se referir a si nos mesmos moldes anteriores (+30 anos) e sem nenhuma restrição.
Dito isso, me referir a Gabrielle como uma balzaquiana não está equivocado, de todo o modo (mesmo com seu apontamento): ela é uma personagem do século XVIII (mais velha que Balzac, mas que cronologicamente passou pela época dele) e, sendo assim, nos referirmos a ela como balzaquiana, do ponto de vista histórico, faz sentido.
De todo modo não se esqueça, por gentileza, de comentar sobre a pejoração do termo balzaquiana, se realmente existe consenso. Reforço que conheço feministas (que estudam a pauta) que não têm problema algum com o termo e até o utilizam em sentido lúdico para se referir a si. Como o feminismo tem vertentes diferentes (e discordâncias entre elas), me interessa saber se houve consenso acerca do tema. Abraço!
Está começando a esquentar! J'adore !! 😏🖤🖤🖤🖤
Quando vc falou em programa britânico que parou e depois voltou eu já imaginei "DOCTOR WHO"
Os britânicos, em comparação com os americanos, tiveram séries bem mais longevas. O "Doctor Who" é um bom exemplo. Porém, isso se estendia para os programas de TV também. O "Top Of The Pops" foi um programa musical, de auditório, que começou em janeiro de 1964 e durou até 2005! Aí ele acabou, mas poucos meses depois decidiram dar uma repaginada e voltar. E assim o programa continua até hoje. É no Top Of The Pops que o Lestat fala que vai se apresentar aqui no livro (e realmente, era um programa ótimo para marketing na Europa).
Para você ter ideia, olha qual foi uma das primeiras bandas a fazer uma apresentação no programa: th-cam.com/video/q611_AHu570/w-d-xo.html
É realmente um programa dinossauro🤣!
@@CantinhodoCorvo mds 🤣🤣🤣 mano eu acho que o Lestat ama ser vampiro, ele só guarda esse ressentimento justamente por ser muito orgulho. A própria história dele fez ele ser um pouco assim, igual o Louis melancólico ou outros personagens com características bem marcantes. Lestat ama ser amado (insegurança?) ele não teve muito isso quando jovem, então ele tem essa blindagem que como vampiro congelou com ele e amplificou
Ele é extremamente inseguro. Ele tenta se reafirmar o tempo todo e isto é um sintoma claro disso. E é algo que tem relação sim com os relacionamentos amorosos dele, primeiro com o Nicolas de Lefent e depois com a Gabrielle (complexo de Édipo forte e bizarro, aqui). Ele se frustrou com ambos, mas o problema é que para o Lestat ele nunca está errado, a culpa é sempre só dos outros e ele é a vítima. Ele é centralizador, tudo tem que girar em torno dele e ele nunca faz uma autocrítica. Ele já começa esse livro chamando o Louis de desonesto e mentiroso, não aprendeu nada!!!
Não dá para viver muito com uma pessoa assim... é insuportável. Não chega a ser nenhuma surpresa que todos os relacionamentos amorosos dele fracassaram retumbantemente.
Geralmente quando olhamos aquilo que não gostamos é pq temos muito dentro de nós 😅
35:17 Fiquei imaginando o Lestat como uma espécie de Gastón, da Bela e a Fera, visto como exemplo e homem ideal, ô grande matador de lobos. shahshahshsb
A idealização é perceptível mesmo, né? A expressão "matador de lobos" ou o termo "Lelio" acho que comunicam muito bem o que você sugeriu. Esta postura do fantasiar-se a si, o mundo, os outros...
E mesmo e yo vejo ah Barbie ou o.Encantado do sherek
Meu irmão tu é incrivel
Muito obrigado, Matheus! Grato por ouvir!
O Lestat ensinou os vampiros do teatro incluindo Armand a Roubarem suas vitimas apos se alimentarem delas e assim juntarem fortunas fazendo isso.
Eu Nasci em 78 então eu vivi os anos 80 e 90 gostava da MTv assistia direto o Teleguiado do Cazé kkkkkk.
Aaaaa
Man, ainda estou ouvindo a sua introdução e discordo de quase 100% rs. Como faz mais de 15 anos que eu li, eu vou ouvir e/ou ler de novo e volto aqui p comentar se ainda acho a mesma coisa de décadas atrás. Rs
Discordâncias são normais e fazem parte do jogo. Mas minha leitura (e consequente abordagem) tem um acento psicológico bastante crítico. Quando utilizo o termo "ego", por exemplo, não estou fazendo isso dentro do senso comum, mas abordando o próprio conceito e o refletindo nas posturas do Lestat. Minha fala desagrada e vai continuar desagradando quase 100% dos leitores que tem uma relação quase amorosa com o personagem (isso eu já esperava e sempre esperei). Mas não é apenas com o Lestat que eu sou crítico. Nos vídeos sobre o livro "Entrevista com o Vampiro", minha mão pesou também sobre o Louis, a Claudia e o Armand.
Uma coisa que acho extremamente enfadonha e cansativa no fandom das crônicas vampirescas é a relação platônica que muitas pessoas criam com estes personagens, a ponto de se cegar para as monstruosidades que cometeram em nome de suas vaidades (não estou dizendo que é o seu caso). Neste sentido, me dispus a comentar com uma abordagem mais visceral e ácida, sem muito espaço para relativizações. Há quem vai gostar e há quem vai se enfurecer me ouvindo e faz parte! Não há problema algum nisso. Abraço!
@@CantinhodoCorvo Sua fala não me desagradou de nenhuma forma, tanto que vou ler novamente a obra como eu disse para ver se ainda vou achar a mesma coisa. Sua análise despertou minha curiosidade.
Personagens de livros são assim mesmo, pegamos o que o autor dispõe e completamos com nossas experiência, a fase que estamos passando no momento, desejos .. e completamos com a nossa imaginação. Nunca vai ser a mesma coisa ;D. Ainda não vi todos seus vídeos? Já fez algo sobre o livro de Armand,? foi um dos q mais gostei e completa um pouco o Lestat.
,🥰
De fato, o que diz é muito real. Em nossas leituras, a compreensão e a forma de reação a cenários, eventos e comportamentos é algo que se mistura com nossa própria trajetória. O que torna o exercício da isenção um pouquinho mais complicado (pois no fundo é isso mesmo... um exercício). Nossa visão fica um pouco mais fosca quando estamos enamorados, né? A sensação é boa, mas é algo que tem lá suas desvantagens rsrsrs...
Ainda não abordei o livro de Armand. Os comentários sobre as crônicas é um projeto em andamento e sem um cronograma fixo. É algo que estava fazendo porque estava muito inclinado a ligar o gravador e divagar junto à releitura desses livros. Desde a morte de Anne Rice eu entrei, digamos, num hiato... mas pretendo retomar futuramente, sem garantias de que cobrirei a série toda (até porque não são muitos livros dela que me inspiraram a este ponto). Mas pretendo terminar o que comecei, dando conclusão (no mínimo) a trilogia original.
Os livros de Anne que tenho uma real admiração são "Entrevista com o Vampiro" e "A Hora da Bruxa". Neste sentido, após obter um sentimento de conclusão com a trilogia nesta minhas divagações, é bem provável que eu comece dar uma atenção novamente a este segundo.
Velho por causa do filme da Barbie fui ler o livro do Lestat pela 4 vez e quando li como.ele se descreveu no livro tudo que vinha na minha mente era SOU AH BARBIE GIRL SE VC QUER SER MEU NAMORADO
O que acaba de dizer não está equivocado... é por aí, mesmo. Às vezes eu costumo chamar o Lestat de "Barbie Francesa" em tom de humor, mas o termo carrega um fundo de verdade por muitas razões. 😂
@@CantinhodoCorvo sim também me lembra a madona ou o pato Donald depois de ter ir ido passear em Chernobyl
Danilo? Rs
@@Galahhads1 Bom ouvido 😉.
Eu li esse livros (todos) e as crônicas das bruxas faz muito tempo. Quando li a entrevista eu odiei o Lestat. Porém depois de ler Lestat e Armand eu passei a gostar, são personagens complexos. Anne foi incrível nas narrativas que alteram os personagens dependendo do pondo de vista do narrador.
E o interessante nisso não é mudar de lado a partir do momento que outra ótica foi apresentada. Levando em consideração como os vampiros de Anne Rice são autocentrados, investem emocionalmente muito em suas próprias necessidades, a verdade dos seus relatos não reside necessariamente nos relatos em si, mas em algum lugar entre eles. Sabe aquela história sobre "a minha verdade, a sua verdade e a verdade verdadeira"? Eu ainda coloco uma quarta vertente: a verdade segundo a ótica de um terceiro que não está diretamente envolvido (ou seja, mais isento).
Os discursos de cada naturalmente vão ser tendenciosos (a sardinha é puxada por conveniência quando o calo de cada aperta). Nesse sentido, como em toda análise de discurso, o mais importante não é o que é falado (o aparente), mas o que está subjacente a essas falas. O que elas atendem, o que querem justificar? O que as motivou?
Os vampiros riceanos são manipuladores (não é apeans a Claudia que é assim). E o mais seguro em suas narrativas é contrapor os testemunhos (fazê-los se chocar) e não eliminar um anterior porque um novo apareceu. Não há inocentes no meio desses vampiros. Suas lamúrias e justificativas podem muito bem deturpar a realidade e o caminho mais seguro para abordar tais histórias é o fato concreto em si. Para além das interpretações pessoais deles (o modo como enxergam e tentam aliviar suas barras), há o fato cru, concreto, o que de fato aconteceu. E sendo assim, creio eu ser mais prudente avaliar a história, seus relatos com um pé atrás, com uma pontinha de desconfiança, sem abraçar totalmente e inquestionavelmente seus relatos individuais. Abraço!
Acho que no filme A Rainha dos condenados o Tom Cruise devia fazer o Lestat de novo e vcs?
Na minha avaliação, o filme "A Rainha dos Condenados" não deveria ter sido feito. Considero-o um erro. Penso que nem mesmo o Tom Cruise salvaria um roteiro tão ruim.
@@CantinhodoCorvo hoje depois de ler o livro penso o mesmo. O livro é superior ao filme.
👏👏👏👏⚰️⚰️⚰️⚰️😠😠
Os Millenials não nasceram nos anos 2000, nasceram entre 85 a 95. Qm nasceu nos 2000 é a GenZ
@@robertabravo7336 De fato. Confundi-me na terminologia. Grato pela correção.
Hello