Daniel, se eu pudesse sugerir um tema, será que você poderia falar um pouco sobre pós-ironia (retorno à sinceridade), e metaxy. Eu penso que aí temos algumas chaves interpretativas que vão permitir fazer uma leitura que não está preocupada em superar a condição pós-moderna necessariamente, mas disposta a viver no meio, oscilando entre a sinceridade moderna e a ironia pós-moderna.
Eu não vejo a ironia pós-moderna como falta de sinceridade, pelo menos não nos termos em que Rorty descreve. Não sei se você tá pensando em mais alguém. Na verdade, não tenho base teórica pra esses termos "pós-ironia" e "metaxy". Se você puder me indicar pra eu entender melhor, vou ficar muito feliz.
@@iluminismoposmoderno sobre ironia, quem eu conheço que faz uma crítica bem grande a ela é David Foster Wallace. Ele não usa exatamente o termo pós-ironia, entretanto, até onde eu sei do assunto, os artigos dele e as sua reflexões sobre a televisão estadunidense e o fato de todo show a partir de uma certa época ser "self-aware" e saber que na verdade é muito ruim e brincar com isso levaram a criação do termo "pós-ironia" meio que de forma organica na internet. Ao longo dos anos, o conceito foi crescendo (se você procurar vídeos aqui você acha vários tocando no assunto, alguns mais sérios, outros menos sérios, etc.) e hoje se estabeleceu meio que como um retorno à sinceridade. Seria uma forma de organizar a ironia em camadas. A primeira camada é a sinceridade total, a segunda é a ironia de nível um (você diz uma coisa querendo dizer outra) e a terceira chamada é onde chegamos a pós-ironia, onde há um retorno à sinceridade, ou seja, você até performa uma opinião ou ato de forma irônica, mas na verdade está sendo sincero. Um exemplo meio de mal gosto que dão é se você for um comediante que começa a, ironicamente, viver como uma pessoa em situação de rua viciada em alcool e beber todo dia. Se essa "piada" durar tempo demais a ponto se você começar a gostar de morar como uma pessoa em situação de rua e beber todo dia, aí chegamos num cenário pós-irônico, pois você começou nessa situação só pela zueira, mas sinceramente engajou com a situação e entendeu de fato o que faz, muitas vezes, uma pessoa querer morar na rua. Não é o melhor dos exemplos, creio que tem outros, como, sei la, eu ficar falando para as pessoas beberem água de forma irônica, por exemplo. A forma é irônica, mas o conteúdo é sincero, então temos uma forma de pós-ironia. Mas a questão é que esse conceito começou a ser usado de todas as formas possíveis (boas e ruins) principalmente pela geração Z. É o recurso que utilizado para explicar muitos dos memes sem sentido que existem hoje, em que, às vezes, existem tantas camadas de ironia, sátira e etc que fica difícil para as gerações mais antigas sequer entender o que está acontecendo nas imagens. Quanto à Metaxy, aqui eu me refiro ao conceito platônicos mesmo, que ele utiliza para descrever a Khôra, ou seja, esse espaço intermediário, entre o mundo sensível e o mundo inteligível. Esse conceito foi resgatado pelo filósofo Eric Vogelin para descrever a tensão entre imanência e transcendência, mas também foi utilizado por Timotheus Vermeulen e Robin van den Akke para criar os conceitos de meta-moderno, que seria essa oscilação entre moderno e pós-moderno. Eu concordo com você que é complicado reduzir o pós-modernismo à ironia, porque existe muita sinceridade no projeto pós-moderno. O próprio ceticismo frequentemente associado ao pós-modernismo, não é um ceticismo gigantesco que não acredita em nada nem na própria realidade. Pelo contrário né. Se a gente lê de fato o que muitos dos pós-modernos estão escrevendo, vemos que é um projeto calcado na sinceridade, na vontade de transformar o mundo, e onde há uma desconfiança de tudo que se diz absoluto e tudo mais. Daí eu concordo contigo que não dá pra reduzir pós-modernismo a falta de sinceridade ou excesso de ironia ou qualquer simplificação dessas. Tudo isso pra gente chegar no conceito de meta-ironia, que seria um estágio ainda superior da pós-ironia. Meta-ironia seria um estágio de dúvida, em que você não sabe se a pessoa está sendo irônica ou não. É uma característica fundamental dos nossos tempos aqui no século XXI, especialmente depois dos anos 2010. Parece que a ironia virou o padrão na nossa comunicação. E a meta-ironia está inundando a internet e o mundo real. Da mesma forma que vivemos uma espécie de hiperreal, onde fica difícil distinguir verdade e mentira, também vivemos uma espécie de hiper-iromia ou meta-ironia, em que não da mais pra saber o nível de sinceridade dos discursos. É daí que surge essa desconfiança gigantesca nos políticos, por exemplo. Eu li muito Deleuze e Guatarri e, assim como eles, penso que a filosofia, muitas vezes, é o ato de criar conceitos, de desterritorializar e reterritorializar de modo a criar algo novo, mesmo que essa novidade não seja nada muito além de uma repetição com diferença. Por isso, nos últimos meses, tenho me dedicado ao projeto meta-antropofágico de canibalização linguística (parte do meu devir-canibal) e estou escrevendo todos os dias no meu blog The Brazilian Mutt. Já escrevi um texto enorme sobre A Condição Meta-Irônica, que é pra ser meio que uma sátira sincera de A Condição Pós-Moderna. Se você ler, pode parecer, em certos momentos, que eu to sendo extremamente crítico, mas já aviso que não necessariamente. Muitas das coisas que eu falo nesse texto são só descrições mesmo desse mundo em que simulação e simulacra já se fundiram faz tempo. Também fiz um video no meu canal do TH-cam falando um pouco sobre em Portugues. Se vc entrar aqui hj, vai ver muita coisa em inglês, mas isso faz parte do meu devir-canibal, do meu projeto meta-antropofagico de canibalização linguística. Eu peço desculpas pela surra de conceito, sei que muita gente não gosta, mas você perguntou, ai me dei ao trabalho de explicar. Se quiser conversar mais sobre, temos conversas parassociais no seu instagram e alguns emails não respondidos que eu já te mandei, porque não quero apoiar no TH-cam, acho que eles ficam com uma parcela mto grande da grana. Obrigado pela atenção e pelo interesse. Seu trabalho aqui é fundamental. Continue postando e pensando. Abraços.
Não pratico nenhuma forma criminalizada e tipificada como crime mas eu sou racista. Não consigo não ser... Reconheço que ele, o racismo, existe e sou a favor dele porque de certa maneira ele me beneficia. Então como eu não vou ser? Ao contrário da maioria que diz que não ver ele e que não existe porque também é beneficiada por ele ou porque a pessoa é burra mesma ou vive numa bolha. Kk
A direita só passou a reduzir as questões a pautas identitarias pq viu que parte grande da esquerda estava se apoiando excessivamente nisso. Essa armadilha foi a gente que criou.
Só que o identitarismo de esquerda alimenta ou dá margem pro da direita. Quantas vezes a cartada da identidade foi usada pra invalidar o argumento do outro?
Sempre. O simples fato de a maioria esmagadora das pessoas no poder serem homens brancos é a maior carteirada da identidade que existe. E olha como funciona.
cara não entendi o poste do cara sobre o dia da consciência negra , sei lá a parte das cotas eu discordo ate um pouco da esquerda que ele fala que nunca ajudou os negros posso pensar mas ele não esta falando merda e nem sendo racista tendi foi nada
@@JustanotherOne-s7r A mim não incomoda. Mas esse não é o ponto. Outro dia repreendi meu filho pq viu um cadeirante na rua e falou em voz alta "oooolha, um aleijado". O comentário do meu filho e o seu estão no mesmo patamar. Entende?
@@gugumedeiros curioso como “aleijado” consta no vocabulário do seu filho.. veja, ah quem possa sugerir chamar um cadeirante de aleijado no mesmo patamar que chamar um negro de macaco, qualquer um pode esticar conceitos a sua vontade.
Ótima forma de "apoia" a consciência negra é apagar o meu comentário um jovem negro que não concorda com o que foi falado no seu vídeo, hipocrisia não existe kkkkk
@@iluminismoposmoderno Se não foi você, peço desculpas. Talvez tenha sido o TH-cam. De qualquer forma, é uma situação estranha, pois não apareceu nenhuma notificação, e o comentário era apenas inocente, sem intenção de criar confusão. Sucesso para você.
@@JuventudeAtuante é estrutura não no sentido das leis ou do estado, é na subjetividade das pessoas. Um negro de terno as pessoas pensam que é segurança, a policia para mais negros do que brancos, mesmo que esse negro não esteja fazendo nada suspeito, as pessoas inconscientemente pensam que um profissional branco é mais competente que um negro. Isso não é racional, às vezes a pessoa não acha racionalmente que um negro é inferior, mas esse pensamento inconsciente influencia julgamentos, escolhas etc.
@@JuventudeAtuante, tá sabendo bastante... É estrutural e estruturante! Se há leis específicas para a população negra, isso já diz que se vive numa sociedade em que certos grupos sociais têm muito mais dificuldade que outros para gozar de certos direitos fundamentais. Ou seja, há uma estrutura desigual que precisa ser emendada por normas que garantam um mínimo de possibilidades comuns. E ainda tem hipócrita que chama essas leis de privilégio ou acredita que elas são a evidência de que negros são "bem" tratados no Brasil...
Nem engraçado ele é, é um fracasso total.
não é não kkkkkk
@@bccvtcorrea Concordo plenamente.
@@iluminismoposmoderno concorda que ele não é fracasso total.
Daniel, se eu pudesse sugerir um tema, será que você poderia falar um pouco sobre pós-ironia (retorno à sinceridade), e metaxy. Eu penso que aí temos algumas chaves interpretativas que vão permitir fazer uma leitura que não está preocupada em superar a condição pós-moderna necessariamente, mas disposta a viver no meio, oscilando entre a sinceridade moderna e a ironia pós-moderna.
Eu não vejo a ironia pós-moderna como falta de sinceridade, pelo menos não nos termos em que Rorty descreve. Não sei se você tá pensando em mais alguém. Na verdade, não tenho base teórica pra esses termos "pós-ironia" e "metaxy". Se você puder me indicar pra eu entender melhor, vou ficar muito feliz.
@@iluminismoposmoderno sobre ironia, quem eu conheço que faz uma crítica bem grande a ela é David Foster Wallace. Ele não usa exatamente o termo pós-ironia, entretanto, até onde eu sei do assunto, os artigos dele e as sua reflexões sobre a televisão estadunidense e o fato de todo show a partir de uma certa época ser "self-aware" e saber que na verdade é muito ruim e brincar com isso levaram a criação do termo "pós-ironia" meio que de forma organica na internet. Ao longo dos anos, o conceito foi crescendo (se você procurar vídeos aqui você acha vários tocando no assunto, alguns mais sérios, outros menos sérios, etc.) e hoje se estabeleceu meio que como um retorno à sinceridade. Seria uma forma de organizar a ironia em camadas. A primeira camada é a sinceridade total, a segunda é a ironia de nível um (você diz uma coisa querendo dizer outra) e a terceira chamada é onde chegamos a pós-ironia, onde há um retorno à sinceridade, ou seja, você até performa uma opinião ou ato de forma irônica, mas na verdade está sendo sincero. Um exemplo meio de mal gosto que dão é se você for um comediante que começa a, ironicamente, viver como uma pessoa em situação de rua viciada em alcool e beber todo dia. Se essa "piada" durar tempo demais a ponto se você começar a gostar de morar como uma pessoa em situação de rua e beber todo dia, aí chegamos num cenário pós-irônico, pois você começou nessa situação só pela zueira, mas sinceramente engajou com a situação e entendeu de fato o que faz, muitas vezes, uma pessoa querer morar na rua. Não é o melhor dos exemplos, creio que tem outros, como, sei la, eu ficar falando para as pessoas beberem água de forma irônica, por exemplo. A forma é irônica, mas o conteúdo é sincero, então temos uma forma de pós-ironia. Mas a questão é que esse conceito começou a ser usado de todas as formas possíveis (boas e ruins) principalmente pela geração Z. É o recurso que utilizado para explicar muitos dos memes sem sentido que existem hoje, em que, às vezes, existem tantas camadas de ironia, sátira e etc que fica difícil para as gerações mais antigas sequer entender o que está acontecendo nas imagens.
Quanto à Metaxy, aqui eu me refiro ao conceito platônicos mesmo, que ele utiliza para descrever a Khôra, ou seja, esse espaço intermediário, entre o mundo sensível e o mundo inteligível. Esse conceito foi resgatado pelo filósofo Eric Vogelin para descrever a tensão entre imanência e transcendência, mas também foi utilizado por Timotheus Vermeulen e Robin van den Akke para criar os conceitos de meta-moderno, que seria essa oscilação entre moderno e pós-moderno.
Eu concordo com você que é complicado reduzir o pós-modernismo à ironia, porque existe muita sinceridade no projeto pós-moderno. O próprio ceticismo frequentemente associado ao pós-modernismo, não é um ceticismo gigantesco que não acredita em nada nem na própria realidade. Pelo contrário né. Se a gente lê de fato o que muitos dos pós-modernos estão escrevendo, vemos que é um projeto calcado na sinceridade, na vontade de transformar o mundo, e onde há uma desconfiança de tudo que se diz absoluto e tudo mais. Daí eu concordo contigo que não dá pra reduzir pós-modernismo a falta de sinceridade ou excesso de ironia ou qualquer simplificação dessas.
Tudo isso pra gente chegar no conceito de meta-ironia, que seria um estágio ainda superior da pós-ironia. Meta-ironia seria um estágio de dúvida, em que você não sabe se a pessoa está sendo irônica ou não. É uma característica fundamental dos nossos tempos aqui no século XXI, especialmente depois dos anos 2010. Parece que a ironia virou o padrão na nossa comunicação. E a meta-ironia está inundando a internet e o mundo real. Da mesma forma que vivemos uma espécie de hiperreal, onde fica difícil distinguir verdade e mentira, também vivemos uma espécie de hiper-iromia ou meta-ironia, em que não da mais pra saber o nível de sinceridade dos discursos. É daí que surge essa desconfiança gigantesca nos políticos, por exemplo. Eu li muito Deleuze e Guatarri e, assim como eles, penso que a filosofia, muitas vezes, é o ato de criar conceitos, de desterritorializar e reterritorializar de modo a criar algo novo, mesmo que essa novidade não seja nada muito além de uma repetição com diferença. Por isso, nos últimos meses, tenho me dedicado ao projeto meta-antropofágico de canibalização linguística (parte do meu devir-canibal) e estou escrevendo todos os dias no meu blog The Brazilian Mutt. Já escrevi um texto enorme sobre A Condição Meta-Irônica, que é pra ser meio que uma sátira sincera de A Condição Pós-Moderna. Se você ler, pode parecer, em certos momentos, que eu to sendo extremamente crítico, mas já aviso que não necessariamente. Muitas das coisas que eu falo nesse texto são só descrições mesmo desse mundo em que simulação e simulacra já se fundiram faz tempo. Também fiz um video no meu canal do TH-cam falando um pouco sobre em Portugues. Se vc entrar aqui hj, vai ver muita coisa em inglês, mas isso faz parte do meu devir-canibal, do meu projeto meta-antropofagico de canibalização linguística.
Eu peço desculpas pela surra de conceito, sei que muita gente não gosta, mas você perguntou, ai me dei ao trabalho de explicar. Se quiser conversar mais sobre, temos conversas parassociais no seu instagram e alguns emails não respondidos que eu já te mandei, porque não quero apoiar no TH-cam, acho que eles ficam com uma parcela mto grande da grana.
Obrigado pela atenção e pelo interesse. Seu trabalho aqui é fundamental. Continue postando e pensando. Abraços.
Não pratico nenhuma forma criminalizada e tipificada como crime mas eu sou racista. Não consigo não ser... Reconheço que ele, o racismo, existe e sou a favor dele porque de certa maneira ele me beneficia. Então como eu não vou ser?
Ao contrário da maioria que diz que não ver ele e que não existe porque também é beneficiada por ele ou porque a pessoa é burra mesma ou vive numa bolha. Kk
Até quando será aceitável existir influencer identitário e racista no Brasil?
Guto Zaca é um negro adestrado, aquele que sempre diz, sim senhor, e a sociedade ama esse tipo de negro.
Par perfeito para a Jojo Gadinho.
Pois é! 😢
A direita só passou a reduzir as questões a pautas identitarias pq viu que parte grande da esquerda estava se apoiando excessivamente nisso. Essa armadilha foi a gente que criou.
Disse tudo. Eu também percebi isso. Agora é tarde.
A direita sempre foi identitária.
Só que o identitarismo de esquerda alimenta ou dá margem pro da direita. Quantas vezes a cartada da identidade foi usada pra invalidar o argumento do outro?
Sempre. O simples fato de a maioria esmagadora das pessoas no poder serem homens brancos é a maior carteirada da identidade que existe. E olha como funciona.
@@iluminismoposmodernoVocê é um homem branco, vai pedir desculpa por isso? Tem vergonha de se olhar no espelho?
cara não entendi o poste do cara sobre o dia da consciência negra , sei lá a parte das cotas eu discordo ate um pouco da esquerda que ele fala que nunca ajudou os negros posso pensar mas ele não esta falando merda e nem sendo racista tendi foi nada
lá vem o chilique 🤣🤣🤣
Gente não consegui, que voz insuportável 😩
Que comentário infantil.
@@gugumedeiros infantil mas real! E você sabe
@@JustanotherOne-s7r A mim não incomoda. Mas esse não é o ponto.
Outro dia repreendi meu filho pq viu um cadeirante na rua e falou em voz alta "oooolha, um aleijado".
O comentário do meu filho e o seu estão no mesmo patamar. Entende?
@@gugumedeiros curioso como “aleijado” consta no vocabulário do seu filho..
veja, ah quem possa sugerir chamar um cadeirante de aleijado no mesmo patamar que chamar um negro de macaco, qualquer um pode esticar conceitos a sua vontade.
@@JustanotherOne-s7r para de ser tchola
Ótima forma de "apoia" a consciência negra é apagar o meu comentário um jovem negro que não concorda com o que foi falado no seu vídeo, hipocrisia não existe kkkkk
Não apaguei nenhum comentário.
@@iluminismoposmoderno Se não foi você, peço desculpas. Talvez tenha sido o TH-cam. De qualquer forma, é uma situação estranha, pois não apareceu nenhuma notificação, e o comentário era apenas inocente, sem intenção de criar confusão. Sucesso para você.
Léo Lins é racista, não identitário. Todo mundo é identitário agora?
SIm. Todo mundo é identitário. Leo Lins é um dos maiores identitários que existe, porque ele não se vê como identitário.
@iluminismoposmoderno então todo mundo é racista (estruturalmente) e identitário? Fudeu então
O racismo existe? Sim. É estrutural ? Não.
O racismo que age no inconsciente não seria o estrutural?
@rob_v_te Qual é essa estrutura racista? O Brasil é um dos países com mais leis em favor dos negros.
@@JuventudeAtuante é estrutura não no sentido das leis ou do estado, é na subjetividade das pessoas.
Um negro de terno as pessoas pensam que é segurança, a policia para mais negros do que brancos, mesmo que esse negro não esteja fazendo nada suspeito, as pessoas inconscientemente pensam que um profissional branco é mais competente que um negro.
Isso não é racional, às vezes a pessoa não acha racionalmente que um negro é inferior, mas esse pensamento inconsciente influencia julgamentos, escolhas etc.
@@JuventudeAtuante Ah sim, por isso tem a mesma camada de pessoas ricas negras e brancas.
@@JuventudeAtuante, tá sabendo bastante... É estrutural e estruturante! Se há leis específicas para a população negra, isso já diz que se vive numa sociedade em que certos grupos sociais têm muito mais dificuldade que outros para gozar de certos direitos fundamentais. Ou seja, há uma estrutura desigual que precisa ser emendada por normas que garantam um mínimo de possibilidades comuns. E ainda tem hipócrita que chama essas leis de privilégio ou acredita que elas são a evidência de que negros são "bem" tratados no Brasil...