Ótimo vídeo, Daniel! Adorei! Bem mastigadinho pra ver se os identitários de esquerda e de direita percebem que não são as minorias que são identitárias. Admiro muito seu posicionamento a este respeito.
Hahaha não são identitárias (ou Identitaristas) as minorias e nem podem ser porque o Daniel disse e porque se trata de anjos na Terra, gente irrepreensível, perfeita. Quanta ousadia dizer que gente dessa ou daquela outra minoria erra né?! Onde já se viu isso, só pode ser coisa da "esquerda conservadora" e do capitalismo.
Toda forma de existência é absolutamente legítima. Como posso dizer que algo que existe é absolutamente ilegítimo, se é a própria realidade que "permite" sua manifestação? Toda forma de dominação humana, seguindo essa lógica, é absolutamente legítima, pois negar a legitimidade de sua existência é o mesmo que constatar sua realidade enquanto se afirma sua impossibilidade absoluta. Somente pelos critérios humanos e, portanto, relativos, podemos selecionar as dominações que nos interessam e excluir outras. Toda forma de sociabilidade pressupõe algum tipo de dominação. Obs: Quero uma sociedade efetivamente cooperativa, onde TODOS os seus integrantes possam participar do processo de produção das condições materiais da existência e, principalmente, do processo de distribuição da riqueza produzida.
Concordo que há um discurso raso que quer meter tudo na sacola do "identitarismo" e esse conceito posto negativamente, sendo que quem defende pautas identitárias estariam todos nessas sacola. Mas isso não muda a questão dos problemas de que há grupos, ou sujeitos, que se colocam em defesa de determinadas pautas identitárias e demonstram-se incapazes de ver além delas. Meu problema com essas pessoas é modo de elas agirem como uma especie de policia, acusando e condenados as pessoas achando que não precisam apresentar provas das acusações, cancelando e destruindo a vida de outras pessoas, o discurso vitimista que essa policia usa para perseguir as pessoas que são apresentados como culpados, o egocentrismo e a falta de um olhar comunitário, uma vez que ao se fecharem de forma dura em o torno da pauta ou grupo ao qual pertencem, o olhar deixa de ser comunitário, uma vez que a comunidade é formada por diferentes sujeitos. AO defenderem pautas importantes, mas de uma forma que mais causa divisão do que união e que só fala para a própria bolha, acabam ganhando o ranço da maioria das pessoas que não fazem parte da bolha, e fortalecem a direita jogando muitas dessas pessoas no colo da direita. Daí também digo que há uma grande inabilidade política dessas pessoas e uma dificuldade de relação com as alteridades. Todos que defendem pautas identitárias são assim? Não. Mas hoje esse é um problema de muitos dos grupos identitários, sobretudo muita gente da universidade que parece que só sabe enxergar a realidade desse lugar. A universidade não é mundo. É só uma micro parte dele. É preciso tirar os pés dessa ilha e atuar na comunidade, entender a comunidade e saber lidar com as alteridades.
Quando digo que 'Tudo é identitario ' , esse é o ponto absoluto, porém , ele disseminado de forma relativistica. Quando explodiu no cérebro humano o fenômeno abstrato do pensamento , ele passou a discriminar as coisas. Os primeiros grupos humanos , cada um tinha sua própria identidade, seu modo de ser , de caçar , e do tipo de cultura de cada um . Tenho quatro irmãos, mas somente um deles tem minha identidade, o meu 'identitarismi', ele gosta basicamente de tudo que eu gosto , na música , na literatura, por isso , já conversamos milhões de dias sobre esses temas , porém , com meus outros dois irmãos, a conversa se esvazia em poucos minutos . Minha irmã diz que eu só penso doidice , logo ela encontrou sua identidade em uma prima nossa : elas conversam sobre aquelas questões delas , ouvem aquelas músicas que eu não ouço , festas que eu não gosto ... Mesmo um.solitario , ele se identifica com aqueles que são solitários , porque essa é a identidade dele .
Bons elementos para reflexão. Particularmente, acho que um dos problemas do debate sobre "identitarismo" é precisamente a confusão com a própria ideia de "identidade". Isso pode levar ao anacronismo de considerar tudo "identitário", já que as identidades sempre estão em jogo (como citado, a identidade grega, ou melhor helênica, do mundo grego antigo). Esse é o mesmo erro que, por exemplo, vê comunismo na antiguidade, porque comunismo é a defesa do "comum". Ou, igualmente, que vê Diógenes como anarquista, já que ele não nutria respeito pela autoridade/modelo (arkhé) social. Com isso, retira-se o caráter histórico e social da construção do "identitarismo" atual, considerando-o como o simples "convencimento de que algumas 'identidades' são superiores a outras" (os gregos antigos achavam-se melhor que os 'bárbaros', portanto são identitários). Fazendo isso, apaga-se os elementos propriamente moderno e contemporâneo daquilo que se tem chamado de "identitarismo". Esse é o método idealista de analise, porque materialismo é o modo de proceder com a análise do real, e não apenas dizer que "questões materiais são importantes". Não podemos perder de vista o caráter histórico e social, portanto, liberal e burguês do "identitarismo" contemporâneo e sua relação com o florescimento do pensamento pós-moderno (que também não quer assumir o filho).
Daniel, concordo contigo, principalmente no quarto final do seu vídeo. Eu como marxista sempre vou me inclinar por uma abordagem dialética, em termos dialéticos não é sensato compreender a unidade como uma "unidade abstrata", ou seja, unilateral, toda unidade real precisa ser compreendida em termos de conexão e interação de múltiplos fenômenos que formem parte de, por assim dizer, uma totalidade concreta definida. Porém, uma interação forte requisita que os objetos encontrem entre si um complemento que lhes falta. A semelhança é claramente um requisito importante, mas como descrevi acima a diferença é essencial, a unidade concreta jamais se realiza através da mesmice. A unidade real se realiza precisamente pela diferença, tal fato é muito importante para compreender a interação entre as nossas lutas e também para a formação de um projeto comum de emancipação.
Mais ou menos, até porque,essas questões não eram debatidos publicamente ao público no século 20,mas existia sim dominação contra qualquer pessoas de diferentes identidades,no mundo inteiro.
Muito bom. Muito bom mesmo. Essa ideia de que o identitarismo de esquerda é na verdade uma resistencia ao identitarismo da direita é ótima. Outra ideia importante e até certo ponto, inovadora, é a de que a materialidade não é monopólio da luta de classes tambem é importante. Existe materialidade no racismo, na homofobia, no machismo e isso foi muito bem explicado por Silvio de Almeida no conceito de racismo estrutural (mas tambem poderiamos falar em machismo estrutural, em homofobia estrutural, etc). As estrtutras sociais são a materialidade que mantem os preconceitos funcionando. O racismo psicológico de cada racista é menos importante do que as estruturas sociais que dificultam as vidas dos afrodescentes, porque estas estruturas são materiais. O racista, embora seja uma figura nojenta, deve ser entendido com o mesmo nojo que temos de excrementos humanos. Ou seja, o racista é meramente um ser humano idiotizado pelas estruturas materiais que regulam a divisão de pessoas a partir da cor de suas peles. Assim como a palavra "entidade" que vem do latim e indica a característica do "ser" ("ens"), a palavra identididade indica o "mesmo ser" (idio + ens = idem, que resulta em identidade). No mundo da filosfia análitica ou na matemática, a identidade é a proriedade dos idênticos, mas nas contruções sociais, ninguem é idêntico a nenhuma outra pessoa. A identiddade social é uma metáfora farsesca. Uma tentativa farsante de dizer que uma pessoa pode encontrar seus idênticos num determinado grupo social. Como você mesmo disse, as classes dominantes sempre presaram pela construção da identidade dominante, ou seja: há um certo grupo de pessoas que podem ser consideradas socialmente idênticas ao grupo dominante, mas para isso, precisam ter certas características, por exemplo: serem brancos, homens, heteronormativos, dono de meios de produção, ricos, nascidos no pais, etc. Quem não pertence a este grupo é "outra coisa", portanto sua identidade não é reconhecida. Inspirado no seu video, eu resolvi brincar com a etimologia latina, e vou criar o neologismo "aliensidade" (alius + ens) para me referir a plebe rude que não possui a "identidade" da elite dominante. Se não disponho de todas as características que formam as identidades das elites, então tenho certo grau de aliensidade. Por exemplo: Suponha que eu tenha a brancura, a riqueza, a masculinidade, mas não seja heternormativo. Neste caso eu não sou idêntico à elite dominante (não posso resguardar a minha identidade dominante). Possuo certo grau de aliensidade (um característica que me exclui parcialmente do grupo dos socailmente idênticos entre si e domindantes). Quanto menos características das elites eu tiver, maior será a minha aliensidade, mas independentemente do meu grau de aliensidade, eu serei psico-socialmente excluido e materialmente (estruturalmente) excluído. Não há erros políticos na construção da identidade dominante. Quero dizer: se um grupo define quais são as características identitárias que circunscrevem seus membros, isto se torna politicamente poderoso e facilita o processo de dominação daqueles que possuem algum grau de aliensidade. Já no caso do enfrentamento da identidade dominante, eu não tenho certeza se é politicamnete conveniente criar identidades oprimidas. Explico porque penso isso: Suponha que eu seja afrodescendente, mas ao mesmo tempo seja um homem heteronormaitvo rico (ou pelo menos não pobre). Quem são os meus idênticos? Pareceria conveniente politicamente dizer que qualquer afrodescendente é um idêntico, mas sabemos que isto não funciona assim. Entre os afrodescententes, vamos encontrar muitos homofóbicos, muitos machistas, muitos aporofóbicos, etc. Como criar uma identidade que reuna pretos homofíbicos com pretos gays? ou mulheres pobres com mulheres aporofóbicas? ou gay racistas com gay pretos? Nós tendemos a valorizar nossas características que fazem parte do espectro dominante, ainda que não sejamos integralmente aceitos como membros das elites, as estruturas sociais valorizam nas caracerísticas que se aproximam da identidade dominante e isso acaba nos aprisionando numa estrutura de dominação identitária. O fato é que, quando nos reunimos atrás de uma única característica (mulher; pobre; preta; LGBTQIA+; imigrante ou trabalhadora) não conseguimos construir uma identidade político social relevante, pois mesmo dentro dos grupos de luta representativos, os acordos são tão complexos, com tantas nuances de compromissos envolvendo preconceitos, interesses e representatividades diferentes, que perde-se a efetividade política. Mas o que acontece quando queremos formar identidades combinadas (Interseccionais)? Por exemplo: Podemos pensar num movimento de mulheres pretas que considere a interseccionanalidade de duas lutas (o feminismo e o anti-racismo), combatendo inclusive o machismo no interior dos movimentos negros e o racismo que poderia estar presente em certas feministas. ESte movimetno integra pessoas quem são prejudicadas por conta de duas aliensidades. De fato, podemos pensar em combinções intereseccionais de todos os tipos, buscando reunir identidades dos mais variados agrupamentos, mas isto resultaria numa miríade de movimentos interseccionais. Considerando apenas as seis características (feminismo, pobreza, antiracismo; LGBTQIA+; imigração e trabalhadores), seria necessario construir 62 diferentes movimentos identitários. Se considerarmos 7 características seriam 126 grupos identitários. Se considerarmos 20 características seriam mais de um milhão de grupos identitários. E de fato não seria superendentes encontrar pelo menos 20 características que fazem parte da definição da identidade dominante. Na pratica, não conseguiríamos montar grupos identitários interseccionais capazes de serem homogeneamente representativos e efetivos, pois a número de agrupamento formados seria abusrdamente elevado e cada um teria uam parecela de poder de negociação muito pequena, alem de nos metermos numa guera de minorias contra minorias. (infelizmente isto já acontece numna escala mais reduzida) O que fazer então? Não parece pratico formar grupos identitários agrupados por uma só característica (por causa das divergencia internas dentro do grupo) e tambem não parece muito efeitvo criar grupos interseccionais (por causa do grande número de grupso representativos que seriam criados). A solução, na minha humilde opinião não envolve escolher uma características como se fosse prioritária, como querem alguns comunistas tradicionalistas que acham que todo mundo deveria lutar somente a luta de classes e deixar o resto pra depois. A materialidade, como você mesmo bem desmonstrou, não é responsa´vel apenas por prejuizos a classe trabalhadora, mas é tambem reponsável por todas as outras formas de exclusão social. E o pior é que não estamos falando dos mesmo elementos de materialidade quando falmos de diferentes formas de exlcusão. Nada impede que uma sociedade seja bem sucedida numa revolução socialista e ainda assim pemaneça racista, homofóbica e machista. A materialidade que controi essas formas de exclusão é diferente da materialidade que constrói a luta de classes. Mas como conseguir reunir todos numa única luta? Simples: O que nos une não são as nossas identidades. São as nossas aliensidades. Um movimento aliensitário não pode ser um movimento de integração de grupos, mas uma movimento de combate. O que nos une é o inimigo comum. Todos aqueles que se orgulhem de pertencer a identidade dominante devem ser demovidos de sua situação de poder. Primeiro destruir, para depois construir. Homens brancos, ricos, heterossexuais, natos e empresários. Tremam. Seu dia vai chegar.
Eu sou calvo, eu estou dentro dos grupos excluídos da sociedade! Quero criar um movimento anti-calvofobia! Vc poderia fazer um vídeo falando do movimento calvo e da filosofia dos calvos?
Obrigado pelo excelente vídeo, Daniel. Podes, por favor, fornecer algumas referências de textos sobre o assunto? Gostaria de ler mais sobre o tema a partir da tua curadoria. Grande abraço.
O problema é um universalismo em si ou a atitude universalizante? Eu não acho que todo universalismo seja necessariamente ruim, o problema é se ele for universalizante, isto é, quiser impor o seu modo de ser a todos, que assume que todos de um grupo X apresentam comportamento Y porque alguns indivíduos do grupo X apresentaram o comportamento Y. Mas tbm só sei que nada sei. Em outras palavras, um universalismo focado na diferença não pode existir? Pensando na diferença não só como uma condição relacional, mas como essa força ontológica mesmo, meio que basilar para a realidade.
Pelo que vi esse Luiz Felipe se dedicou, de fato, em explicar o que entende por "identitarismo", não ficou fazendo salada e foi mais direto ao ponto, mais coeso (embora se tenha apontado uma linguagem proveniente dele que seria um tanto enredada, difícil - isso quando de uma publicação numa das redes sociais da Boitempo Editorial sobre o livro "O que é identitarismo?" que trazia um excerto ao lado da imagem).
Universal no Brasil: Distribuição de renda mais cagada que existe no mundo... Não tem como existir favela no Brasil, somos grandes produtores mundiais de cimento, aço, temos grandes faculdades de engenharia e arquitetura...
Oi Daniel. Maravilhoso vídeo. Só acho que tem algumas questões que não estão precisas. Os primeiros seres que foram escravizados foram os animais. As mulheres também como seres frágeis e com força física menor. Mas de resto gosto de quase tudo.
Eu concordo com grande parte. Mas nao existe um universal? A exploracao da classe trabalhadora nao seria o universal? O que eu penso eh que o que a Marilena Chaui critica eh importante. A gente ve o extremo disso quando uma feminista se poe contra os direitos das pessoas trans. O problema, na minha opinao, eh que a "esquerda" americana se constroe em cima das defesas das bandeiras das minorias, que sao sem duvida fundamentais e devem sempre fazer parte da luta da esquerda, mas eles o fazem em detrimento da luta de classes. As bandeiras das minorias - la - se tornam a esquerda. Aqui, a gente se pauta por la. Eu acho que o discurso serve aa burguesia uma vez que causa ruptura e conflito entre as diferentes minorias. Outra evidencia da importancia dessa critica, eu acredito, eh o crescimento do facismo, que faz uso dos preconceitos historicos para se fortalecer. Posso ta sendo completamente cego na minha leitura e guiado pelos meus proprios preconceitos. Se for o caso, adoraria ser esclarecido.
" Construção social "e um conceito contemporâneo, no mundo antigo não existia nem o conceito de "construção social" em teoria e nem na prática. O que tinha era o desenvolvimento normal da sociedade
A lógica de que o Identitarismo dominante se traveste de Universalismo é interessante e vou caminhar por está lógica com base somente no seu vídeo. E o seu vídeo está afirmando exatamente a mesma coisa que afirmam os avessos ao "Identitarismo de minorias". Se temos um Identitarismo dominante invisibilizado pelo Universalismo e este nos ataca através das relações de poder que exercem sobre nós, é o mesmo que dizer que a luta de classes não se sebrepõe à luta dos Negros, das Mulheres, dos LGBTQIA+ ou quaisquer outras minorias que se organizem para reivindicar direitos porque, ao fim, a Luta de Classes é exatamente a luta destas minorias. Então note que sua crítica a Marilena Chauí, por exemplo, se volta contra o seu argumento, porque quando ela diz que a Esquerda está muito identitária, ela quer dizer que a Esquerda deveria unir todas as suas minorias em torno da Luta de Classes porque isto a tornaria mais forte e porque é exatamente o que faz o Identitarismo Dominante ou Universalismo que você cita acima. Agora, se daremos o nome de Identitarismo ou o que quer que seja a estas divisões que observamos na Esquerda pouco importa. Importa que haja unidade dentro do movimento emtorno de algo que abarque todos os anseios das pessoas, que é exatamente a Luta de Classes. Se entre os Conservadores vemos que o Universalismo garante unidade para manter o Status quo, porque entendemos que o pensamento divisivo dos progressistas é mais eficiente do que a Luta de classes que nos abarca atodos? Enfim, era isso. Gostei muito de pensar sobre o seu vídeo e espero que meu comentário gere antes mais reflexão do que ódio. Abraço.
Quem é você para achar que a cultura do pajé é igual em capacidade de resolver problemas de saúde que a indústria farmacêutica russa, chinesa e indiana!....
Quem é você para chamar de "vontade de verdade" a afirmação de que "a ciência ocidental é superior em resolver problemas do que as outras formas de obter conhecimento do mundo"...
E quem é você para achar que a Ética das Virtudes de Aristóteles não é PRAGMATICAMENTE superior a todas as outras (como dizia a filósofa Phellipa Foot). Acha que a moralidade ianomami de eliminar certas pessoas é tão legítima quanta a ética Aristotélica....
E quem é você para desconsiderar um antifoucaultino como Avram Noam Chomsky que escreveu inúmeros artigos desmascarando Foucault como "A verdadeira face da crítica pós-moderna" e Noam Chomsky e o pós-modernismo do blog Universo Racionalista....
Ele fala o tempo inteiro que também se classifica como identitário. Todos somos, não tem como não ser. Se você tivesse prestado mais atenção no vídeo e tivesse aplacado mais sua vontade de "lacrar" você nem precisaria ter escrito tudo isso.
obrigada pelo trabalho Iluminismo Pós-Moderno.
Ótimo vídeo, Daniel! Adorei! Bem mastigadinho pra ver se os identitários de esquerda e de direita percebem que não são as minorias que são identitárias. Admiro muito seu posicionamento a este respeito.
Hahaha não são identitárias (ou Identitaristas) as minorias e nem podem ser porque o Daniel disse e porque se trata de anjos na Terra, gente irrepreensível, perfeita. Quanta ousadia dizer que gente dessa ou daquela outra minoria erra né?! Onde já se viu isso, só pode ser coisa da "esquerda conservadora" e do capitalismo.
Toda forma de existência é absolutamente legítima. Como posso dizer que algo que existe é absolutamente ilegítimo, se é a própria realidade que "permite" sua manifestação? Toda forma de dominação humana, seguindo essa lógica, é absolutamente legítima, pois negar a legitimidade de sua existência é o mesmo que constatar sua realidade enquanto se afirma sua impossibilidade absoluta.
Somente pelos critérios humanos e, portanto, relativos, podemos selecionar as dominações que nos interessam e excluir outras. Toda forma de sociabilidade pressupõe algum tipo de dominação.
Obs: Quero uma sociedade efetivamente cooperativa, onde TODOS os seus integrantes possam participar do processo de produção das condições materiais da existência e, principalmente, do processo de distribuição da riqueza produzida.
Excelente
Alarmante
Excelente reflexão.
Obrigado
Identidade é uma discussão que remonta até a antiguidade. É um assunto loooooooongo. Bom video, Daniel
Concordo que há um discurso raso que quer meter tudo na sacola do "identitarismo" e esse conceito posto negativamente, sendo que quem defende pautas identitárias estariam todos nessas sacola. Mas isso não muda a questão dos problemas de que há grupos, ou sujeitos, que se colocam em defesa de determinadas pautas identitárias e demonstram-se incapazes de ver além delas. Meu problema com essas pessoas é modo de elas agirem como uma especie de policia, acusando e condenados as pessoas achando que não precisam apresentar provas das acusações, cancelando e destruindo a vida de outras pessoas, o discurso vitimista que essa policia usa para perseguir as pessoas que são apresentados como culpados, o egocentrismo e a falta de um olhar comunitário, uma vez que ao se fecharem de forma dura em o torno da pauta ou grupo ao qual pertencem, o olhar deixa de ser comunitário, uma vez que a comunidade é formada por diferentes sujeitos. AO defenderem pautas importantes, mas de uma forma que mais causa divisão do que união e que só fala para a própria bolha, acabam ganhando o ranço da maioria das pessoas que não fazem parte da bolha, e fortalecem a direita jogando muitas dessas pessoas no colo da direita. Daí também digo que há uma grande inabilidade política dessas pessoas e uma dificuldade de relação com as alteridades. Todos que defendem pautas identitárias são assim? Não. Mas hoje esse é um problema de muitos dos grupos identitários, sobretudo muita gente da universidade que parece que só sabe enxergar a realidade desse lugar. A universidade não é mundo. É só uma micro parte dele. É preciso tirar os pés dessa ilha e atuar na comunidade, entender a comunidade e saber lidar com as alteridades.
Cara suas aulas devem ser do caralho, sorte dos seus alunos.
Excelente!!! 🎉
Como havia dito : Tudo é Identitarismo
Erro crasso; se algo é tudo, então, não é nada. Mas, já estou acostumado com a "sacanagem" pós-moderna.
@@joaocfernandes627 a sacanagem pós-moderna é uma totalidade? Pq se é tudo é nada...
@@thalesleao4122 A "sacanagem" pós-moderna é bem típica.
@@joaocfernandes627 identitários são os outros? Você acaba de afirmar que não existem universais
Quando digo que 'Tudo é identitario ' , esse é o ponto absoluto, porém , ele disseminado de forma relativistica.
Quando explodiu no cérebro humano o fenômeno abstrato do pensamento , ele passou a discriminar as coisas. Os primeiros grupos humanos , cada um tinha sua própria identidade, seu modo de ser , de caçar , e do tipo de cultura de cada um .
Tenho quatro irmãos, mas somente um deles tem minha identidade, o meu 'identitarismi', ele gosta basicamente de tudo que eu gosto , na música , na literatura, por isso , já conversamos milhões de dias sobre esses temas , porém , com meus outros dois irmãos, a conversa se esvazia em poucos minutos .
Minha irmã diz que eu só penso doidice , logo ela encontrou sua identidade em uma prima nossa : elas conversam sobre aquelas questões delas , ouvem aquelas músicas que eu não ouço , festas que eu não gosto ...
Mesmo um.solitario , ele se identifica com aqueles que são solitários , porque essa é a identidade dele .
Uauuuuuuuuuu brilhante! Como sempre 👏🏻👏🏻👏🏻🔥❤
Muito bom!
Bons elementos para reflexão.
Particularmente, acho que um dos problemas do debate sobre "identitarismo" é precisamente a confusão com a própria ideia de "identidade". Isso pode levar ao anacronismo de considerar tudo "identitário", já que as identidades sempre estão em jogo (como citado, a identidade grega, ou melhor helênica, do mundo grego antigo).
Esse é o mesmo erro que, por exemplo, vê comunismo na antiguidade, porque comunismo é a defesa do "comum". Ou, igualmente, que vê Diógenes como anarquista, já que ele não nutria respeito pela autoridade/modelo (arkhé) social.
Com isso, retira-se o caráter histórico e social da construção do "identitarismo" atual, considerando-o como o simples "convencimento de que algumas 'identidades' são superiores a outras" (os gregos antigos achavam-se melhor que os 'bárbaros', portanto são identitários). Fazendo isso, apaga-se os elementos propriamente moderno e contemporâneo daquilo que se tem chamado de "identitarismo". Esse é o método idealista de analise, porque materialismo é o modo de proceder com a análise do real, e não apenas dizer que "questões materiais são importantes".
Não podemos perder de vista o caráter histórico e social, portanto, liberal e burguês do "identitarismo" contemporâneo e sua relação com o florescimento do pensamento pós-moderno (que também não quer assumir o filho).
Daniel, concordo contigo, principalmente no quarto final do seu vídeo. Eu como marxista sempre vou me inclinar por uma abordagem dialética, em termos dialéticos não é sensato compreender a unidade como uma "unidade abstrata", ou seja, unilateral, toda unidade real precisa ser compreendida em termos de conexão e interação de múltiplos fenômenos que formem parte de, por assim dizer, uma totalidade concreta definida. Porém, uma interação forte requisita que os objetos encontrem entre si um complemento que lhes falta. A semelhança é claramente um requisito importante, mas como descrevi acima a diferença é essencial, a unidade concreta jamais se realiza através da mesmice.
A unidade real se realiza precisamente pela diferença, tal fato é muito importante para compreender a interação entre as nossas lutas e também para a formação de um projeto comum de emancipação.
Nas revolução socialista russas e chinesas havia identitarismo?
Mais ou menos, até porque,essas questões não eram debatidos publicamente ao público no século 20,mas existia sim dominação contra qualquer pessoas de diferentes identidades,no mundo inteiro.
@HeryckWallyson o debate era classe trabalhadora x burguesia, e não homem x mulher, branco x negro, hetero x lgbt.
Você é NECESSÁRIO!!
Bom demais te ouvir falar!
Muito obrigado.
Identitarismo é a seara da direita e da esquerda conservadora.
Muito bom. Muito bom mesmo.
Essa ideia de que o identitarismo de esquerda é na verdade uma resistencia ao identitarismo da direita é ótima.
Outra ideia importante e até certo ponto, inovadora, é a de que a materialidade não é monopólio da luta de classes tambem é importante. Existe materialidade no racismo, na homofobia, no machismo e isso foi muito bem explicado por Silvio de Almeida no conceito de racismo estrutural (mas tambem poderiamos falar em machismo estrutural, em homofobia estrutural, etc). As estrtutras sociais são a materialidade que mantem os preconceitos funcionando. O racismo psicológico de cada racista é menos importante do que as estruturas sociais que dificultam as vidas dos afrodescentes, porque estas estruturas são materiais.
O racista, embora seja uma figura nojenta, deve ser entendido com o mesmo nojo que temos de excrementos humanos. Ou seja, o racista é meramente um ser humano idiotizado pelas estruturas materiais que regulam a divisão de pessoas a partir da cor de suas peles.
Assim como a palavra "entidade" que vem do latim e indica a característica do "ser" ("ens"), a palavra identididade indica o "mesmo ser" (idio + ens = idem, que resulta em identidade). No mundo da filosfia análitica ou na matemática, a identidade é a proriedade dos idênticos, mas nas contruções sociais, ninguem é idêntico a nenhuma outra pessoa. A identiddade social é uma metáfora farsesca. Uma tentativa farsante de dizer que uma pessoa pode encontrar seus idênticos num determinado grupo social.
Como você mesmo disse, as classes dominantes sempre presaram pela construção da identidade dominante, ou seja: há um certo grupo de pessoas que podem ser consideradas socialmente idênticas ao grupo dominante, mas para isso, precisam ter certas características, por exemplo: serem brancos, homens, heteronormativos, dono de meios de produção, ricos, nascidos no pais, etc. Quem não pertence a este grupo é "outra coisa", portanto sua identidade não é reconhecida.
Inspirado no seu video, eu resolvi brincar com a etimologia latina, e vou criar o neologismo "aliensidade" (alius + ens) para me referir a plebe rude que não possui a "identidade" da elite dominante.
Se não disponho de todas as características que formam as identidades das elites, então tenho certo grau de aliensidade. Por exemplo:
Suponha que eu tenha a brancura, a riqueza, a masculinidade, mas não seja heternormativo. Neste caso eu não sou idêntico à elite dominante (não posso resguardar a minha identidade dominante). Possuo certo grau de aliensidade (um característica que me exclui parcialmente do grupo dos socailmente idênticos entre si e domindantes).
Quanto menos características das elites eu tiver, maior será a minha aliensidade, mas independentemente do meu grau de aliensidade, eu serei psico-socialmente excluido e materialmente (estruturalmente) excluído.
Não há erros políticos na construção da identidade dominante. Quero dizer: se um grupo define quais são as características identitárias que circunscrevem seus membros, isto se torna politicamente poderoso e facilita o processo de dominação daqueles que possuem algum grau de aliensidade.
Já no caso do enfrentamento da identidade dominante, eu não tenho certeza se é politicamnete conveniente criar identidades oprimidas. Explico porque penso isso:
Suponha que eu seja afrodescendente, mas ao mesmo tempo seja um homem heteronormaitvo rico (ou pelo menos não pobre). Quem são os meus idênticos?
Pareceria conveniente politicamente dizer que qualquer afrodescendente é um idêntico, mas sabemos que isto não funciona assim. Entre os afrodescententes, vamos encontrar muitos homofóbicos, muitos machistas, muitos aporofóbicos, etc. Como criar uma identidade que reuna pretos homofíbicos com pretos gays? ou mulheres pobres com mulheres aporofóbicas? ou gay racistas com gay pretos?
Nós tendemos a valorizar nossas características que fazem parte do espectro dominante, ainda que não sejamos integralmente aceitos como membros das elites, as estruturas sociais valorizam nas caracerísticas que se aproximam da identidade dominante e isso acaba nos aprisionando numa estrutura de dominação identitária.
O fato é que, quando nos reunimos atrás de uma única característica (mulher; pobre; preta; LGBTQIA+; imigrante ou trabalhadora) não conseguimos construir uma identidade político social relevante, pois mesmo dentro dos grupos de luta representativos, os acordos são tão complexos, com tantas nuances de compromissos envolvendo preconceitos, interesses e representatividades diferentes, que perde-se a efetividade política.
Mas o que acontece quando queremos formar identidades combinadas (Interseccionais)?
Por exemplo: Podemos pensar num movimento de mulheres pretas que considere a interseccionanalidade de duas lutas (o feminismo e o anti-racismo), combatendo inclusive o machismo no interior dos movimentos negros e o racismo que poderia estar presente em certas feministas. ESte movimetno integra pessoas quem são prejudicadas por conta de duas aliensidades.
De fato, podemos pensar em combinções intereseccionais de todos os tipos, buscando reunir identidades dos mais variados agrupamentos, mas isto resultaria numa miríade de movimentos interseccionais. Considerando apenas as seis características (feminismo, pobreza, antiracismo; LGBTQIA+; imigração e trabalhadores), seria necessario construir 62 diferentes movimentos identitários. Se considerarmos 7 características seriam 126 grupos identitários. Se considerarmos 20 características seriam mais de um milhão de grupos identitários. E de fato não seria superendentes encontrar pelo menos 20 características que fazem parte da definição da identidade dominante.
Na pratica, não conseguiríamos montar grupos identitários interseccionais capazes de serem homogeneamente representativos e efetivos, pois a número de agrupamento formados seria abusrdamente elevado e cada um teria uam parecela de poder de negociação muito pequena, alem de nos metermos numa guera de minorias contra minorias. (infelizmente isto já acontece numna escala mais reduzida)
O que fazer então?
Não parece pratico formar grupos identitários agrupados por uma só característica (por causa das divergencia internas dentro do grupo) e tambem não parece muito efeitvo criar grupos interseccionais (por causa do grande número de grupso representativos que seriam criados).
A solução, na minha humilde opinião não envolve escolher uma características como se fosse prioritária, como querem alguns comunistas tradicionalistas que acham que todo mundo deveria lutar somente a luta de classes e deixar o resto pra depois. A materialidade, como você mesmo bem desmonstrou, não é responsa´vel apenas por prejuizos a classe trabalhadora, mas é tambem reponsável por todas as outras formas de exclusão social. E o pior é que não estamos falando dos mesmo elementos de materialidade quando falmos de diferentes formas de exlcusão. Nada impede que uma sociedade seja bem sucedida numa revolução socialista e ainda assim pemaneça racista, homofóbica e machista. A materialidade que controi essas formas de exclusão é diferente da materialidade que constrói a luta de classes.
Mas como conseguir reunir todos numa única luta?
Simples:
O que nos une não são as nossas identidades. São as nossas aliensidades.
Um movimento aliensitário não pode ser um movimento de integração de grupos, mas uma movimento de combate. O que nos une é o inimigo comum.
Todos aqueles que se orgulhem de pertencer a identidade dominante devem ser demovidos de sua situação de poder.
Primeiro destruir, para depois construir.
Homens brancos, ricos, heterossexuais, natos e empresários. Tremam. Seu dia vai chegar.
Muito boa sua reflexão.
Eu sou calvo, eu estou dentro dos grupos excluídos da sociedade! Quero criar um movimento anti-calvofobia! Vc poderia fazer um vídeo falando do movimento calvo e da filosofia dos calvos?
Obrigado pelo excelente vídeo, Daniel. Podes, por favor, fornecer algumas referências de textos sobre o assunto? Gostaria de ler mais sobre o tema a partir da tua curadoria. Grande abraço.
É como eu comentei no seu outro vídeo: Não existe identitarismo maior que o da branquitude.
Concordo. A branquitude, a patriarcal, a burguesa. É um combo de identitarismo.
Gostei, devo depois fazer algum texto sobre identitarismo
O problema é um universalismo em si ou a atitude universalizante? Eu não acho que todo universalismo seja necessariamente ruim, o problema é se ele for universalizante, isto é, quiser impor o seu modo de ser a todos, que assume que todos de um grupo X apresentam comportamento Y porque alguns indivíduos do grupo X apresentaram o comportamento Y. Mas tbm só sei que nada sei. Em outras palavras, um universalismo focado na diferença não pode existir? Pensando na diferença não só como uma condição relacional, mas como essa força ontológica mesmo, meio que basilar para a realidade.
Socorro.
Querem jogar teus monstros para o colo dos outros. Já sabemos como é isso...😂
Olá professor tudo bem? Vc tem acompanhado a série de posts do professor Luis Felipe Miguel sobre o identitarismo no Instagram?
Pelo que vi esse Luiz Felipe se dedicou, de fato, em explicar o que entende por "identitarismo", não ficou fazendo salada e foi mais direto ao ponto, mais coeso (embora se tenha apontado uma linguagem proveniente dele que seria um tanto enredada, difícil - isso quando de uma publicação numa das redes sociais da Boitempo Editorial sobre o livro "O que é identitarismo?" que trazia um excerto ao lado da imagem).
Indentitarismo pode ser literalmente qualquer coisa 😅
Universal no Brasil: Distribuição de renda mais cagada que existe no mundo... Não tem como existir favela no Brasil, somos grandes produtores mundiais de cimento, aço, temos grandes faculdades de engenharia e arquitetura...
❤❤❤
Oi Daniel. Maravilhoso vídeo. Só acho que tem algumas questões que não estão precisas. Os primeiros seres que foram escravizados foram os animais. As mulheres também como seres frágeis e com força física menor. Mas de resto gosto de quase tudo.
Eu concordo com grande parte. Mas nao existe um universal? A exploracao da classe trabalhadora nao seria o universal? O que eu penso eh que o que a Marilena Chaui critica eh importante. A gente ve o extremo disso quando uma feminista se poe contra os direitos das pessoas trans. O problema, na minha opinao, eh que a "esquerda" americana se constroe em cima das defesas das bandeiras das minorias, que sao sem duvida fundamentais e devem sempre fazer parte da luta da esquerda, mas eles o fazem em detrimento da luta de classes. As bandeiras das minorias - la - se tornam a esquerda. Aqui, a gente se pauta por la. Eu acho que o discurso serve aa burguesia uma vez que causa ruptura e conflito entre as diferentes minorias. Outra evidencia da importancia dessa critica, eu acredito, eh o crescimento do facismo, que faz uso dos preconceitos historicos para se fortalecer. Posso ta sendo completamente cego na minha leitura e guiado pelos meus proprios preconceitos. Se for o caso, adoraria ser esclarecido.
Vc está completamente certo! Abs!
" Construção social "e um conceito contemporâneo, no mundo antigo não existia nem o conceito de "construção social" em teoria e nem na prática. O que tinha era o desenvolvimento normal da sociedade
semântica
ismos costumam mortificar o desejo....daí ser indesejável...rs
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A lógica de que o Identitarismo dominante se traveste de Universalismo é interessante e vou caminhar por está lógica com base somente no seu vídeo. E o seu vídeo está afirmando exatamente a mesma coisa que afirmam os avessos ao "Identitarismo de minorias".
Se temos um Identitarismo dominante invisibilizado pelo Universalismo e este nos ataca através das relações de poder que exercem sobre nós, é o mesmo que dizer que a luta de classes não se sebrepõe à luta dos Negros, das Mulheres, dos LGBTQIA+ ou quaisquer outras minorias que se organizem para reivindicar direitos porque, ao fim, a Luta de Classes é exatamente a luta destas minorias.
Então note que sua crítica a Marilena Chauí, por exemplo, se volta contra o seu argumento, porque quando ela diz que a Esquerda está muito identitária, ela quer dizer que a Esquerda deveria unir todas as suas minorias em torno da Luta de Classes porque isto a tornaria mais forte e porque é exatamente o que faz o Identitarismo Dominante ou Universalismo que você cita acima.
Agora, se daremos o nome de Identitarismo ou o que quer que seja a estas divisões que observamos na Esquerda pouco importa. Importa que haja unidade dentro do movimento emtorno de algo que abarque todos os anseios das pessoas, que é exatamente a Luta de Classes.
Se entre os Conservadores vemos que o Universalismo garante unidade para manter o Status quo, porque entendemos que o pensamento divisivo dos progressistas é mais eficiente do que a Luta de classes que nos abarca atodos?
Enfim, era isso. Gostei muito de pensar sobre o seu vídeo e espero que meu comentário gere antes mais reflexão do que ódio. Abraço.
Relaxe sua garganta🎉
E QUEM É VOCÊ para se colocar cpomo o único não identitário do universo!...
Quem é você para achar que a cultura do pajé é igual em capacidade de resolver problemas de saúde que a indústria farmacêutica russa, chinesa e indiana!....
Quem é você para chamar de "vontade de verdade" a afirmação de que "a ciência ocidental é superior em resolver problemas do que as outras formas de obter conhecimento do mundo"...
E quem é você para achar que a Ética das Virtudes de Aristóteles não é PRAGMATICAMENTE superior a todas as outras (como dizia a filósofa Phellipa Foot). Acha que a moralidade ianomami de eliminar certas pessoas é tão legítima quanta a ética Aristotélica....
E quem é você para desconsiderar um antifoucaultino como Avram Noam Chomsky que escreveu inúmeros artigos desmascarando Foucault como "A verdadeira face da crítica pós-moderna" e Noam Chomsky e o pós-modernismo do blog Universo Racionalista....
Ele fala o tempo inteiro que também se classifica como identitário. Todos somos, não tem como não ser. Se você tivesse prestado mais atenção no vídeo e tivesse aplacado mais sua vontade de "lacrar" você nem precisaria ter escrito tudo isso.
Referencia bibliográfica??
Daniel Cidade