A lógica pela qual você parte para discursar é material? Qual é o seu critério para a escolha que benefícia a materialidade do oprimido em detrimento da materialidade do opressor se ambas são meras materialidades? Se não há nada como justiça, o que permite você escolher senão por uma arbitrariedade pragmática? Nessa caso, a coerência do raciocínio postula algo que transcenda a própria materialidade envolvida, caso contrário uma escolha legítima não é possível (materialismo não conduz valor). Se não é possível, o opressor não está errado moralmente em oprimir: principalmente se você afirma que a razão humana é capaz de identificar somente o que é ou não vantajoso.
Este tipo de questão é insolúvel para ideólogos como este rapaz. É a raiz de um problema para os sistemas filosóficos que eles assumem e é também o que eles sempre vão fingir ter resposta, embora fique notável que são respostas evasivas e nada contundentes.
@@alexivanovitch3831 Não existe um critério moral absoluto. A Realidade não se importa com a sociedade humana a ponto de nos entregar um critério axiológico e moral por meio do qual possamos valorar os comportamentos humanos em termos absolutos. Não existe superioridade moral do ponto de vista da natureza. Somos nós que inventamos a noção de superioridade e de moralidade. É tudo uma grande luta entre forças opostas. Sempre foi e sempre será. Prove para mim a existência de um critério moral absoluto - isto é, um critério transcendente e, portanto, anterior à própria condição humana.
Não caia no discurso pós-moderno! O pós-modernismo é ELE MESMO uma tentativa de tomar o PODER! O pós-moderno odeia a biologia, a neurociência, a química e a física. O objetivo do pós-moderno é "provar" por A + B de forma sofística de que f3m1n1, LGBTs, não-brancos são "santos" e iguais em qualidades MORAIS que os homens, heterossexuais e brancos. Não são! Há artigos estatísticos mostrando que existem 2 gênios homens para cada gênia d4ma. Há artigos científicos mostrando que caucasianos são mais inteligentes que não-caucasianos.
Olá, meu caro! Gostei bastante do seu vídeo. Mas para alguns sofistas existe a verdade, sim (sofistas não são um movimento, são filósofos com pensamentos distintos, uns dos outros: sócrates, pitágoras e até os 7 sábios já foram chamados de sofistas). Falando sobre aquele conhecido como o maior de todos os sofistas (os sofistas para Platão), Protágoras sabidamente defendia que "o homem é a medida de todas as coisas". A verdade, para Protágoras (que tinha um livro chamado "a verdade"), é fruto da convenção humana, de acordo com critérios também estabelecidas pelos humanos do que é melhor, mais refinado, etc. Ocorre que para o mestre de Abdera a verdade não está fora da materialidade, não é algo absoluto, imutável (sim, ele era tributário do pensamento de Heráclito, além de seu "materialismo" se dever ao atomista Demócrito) assim como os valores morais, como justiça, também são convenção social e mutáveis (sim, Protágoras é o primeiro juspositivista da história a fazer a distição entre nomos e phisys). O problema é justamente a verdade ser uma força discursiva que ressignifica a vida e a ação das pessoas. Nietzsche no “Verdade e Mentira no Sentido Extramoral” volta ao Protágoras ao admitir o homem como medida, até tem umas referências do grande discurso de protágoras (da criação dos animais com defesas naturais e do homem, indefeso, com a razão, como arma para sobreviver) mas nega a existência da verdade (concordando com uma leitura horrível de Platão sobre Protágoras, que no próprio teeteto o Sócrates admite que está desvirtuando os ensinamentos dele lhe dotando de um relativismo imbecil - que não possuia). Por quê Nietzsche nega a verdade e mergulha no irracionalismo?! Ora, Protágoras é também o primeiro teórico da democracia de que se tem notícia (defendendo que a virtude é ensinável a todos e que todos são dotados de aidós e diké, podendo aprender excelências e se refinar na arte política), era um verdadeiro defensor da democracia - para você ter ideia, o agnosticismo juspositivista dele embasou o questionamento da escravidão como natural, no século IV ac. A verdade como consenso e socialmente construída é uma arma democrática. E Nietzsche, assim como Platão, era adversário da democrácia, ambos eram aristocratas. A crítica de Nietzsche ao cristianismo se dá principalmente porque Nietzsche considera o cristianismo SOCIALISTA. O problema de nietzsche não é com a superstição, é com a igualdade. Tanto Nietzsche quanto Platão são defensores da aristocracia... Platão legitima a aristocracia como sendo poucos os espíritos filosóficos voltados para liderar pela razão e uma verdade fora da materialidade, perfeita, imutável e absoluta, e nietzsche defende a aristocracia com o oposto (irracionalidade e ausência de verdade): a razão, a verdade, as leis de uma democracia, os discursos fortes da verdade construídos por uma maioria de iguais, são armas de homens "fracos" para derrubar os homens heróicos, míticos, instintivos, e blá-blá-blá. Nietzsche escreve no século XIX ASSOMBRADO com as conquistas dos movimentos socialistas. Esse homem simplesmente era um paga pau de privilégios. Por isso ele ODEIA com todas as forças a racionalidade e o planejamento socialista. Nietzsche acha que homens excelentes como ele, melhores, diferenciados, necessitam da servidão de uma maioria de homens inferiores a ele. Ao invés da aristocracia da verdade absoluta de Platão e da aristocracia individualista de ausência de verdade de Nietzsche, precisamos sim da verdade socialmente construída pelo humanismo protagórico, por meio da cooperação entre homens capazes de serem refinados pela formação social (paideia)... Um relativismo muito parecido com o que você afirmou defender ao se dizer apoiador da tese de Thomas Khun, para quem a ciência é uma criação social humana, uma convenção de um grupo de cientistas que trabalham com determinados paradigmas, mas nada absoluto, imutável. Se não há alethea (desvelamento), não se descobre mentira, ludibriação, enganação vendida como verdade. E se toda verdade é apenas uma vontade, um jogo de poder, não há diferença qualitativa entre a convenção de uma sociedade democrática deliberativa e a vontade do mais forte imposto como verdade de forma violenta.
Daniel, Daniel, Daniel! Você está chegando à mesma conclusão de Bakunin de que a ciência moderna/cartesiana vem para ocupar o nicho dogmático do cristianismo! (Deus e o Estado)
Me parece que o argumento é: (A) toda a busca de verdade que já houve eventualmente é usada para imposição de poder (B) essa imposição se dá em base racional Se A + B, logo, abandonemos a busca da verdade. Mas me parece que B é falso: o que se descobre ao longo do tempo é que a imposição opressiva vem da falta de razão, do uso cínico das razões ancorado nas lacunas que ainda não são compreendidas. Nesse caso, abandonar a busca pela verdade é entregar-se inteiramente a esse cinismo, usando qualquer coisa para se fazer qualquer coisa. Morre a capacidade humana de encontrar uma base comum de convivência usando a memória coletiva e a realidade do mundo em si. Isso me parece um argumento que atrapalha o objetivo final de uma sociedade menos violenta, menos opressiva e mais fraterna.
Ótimo debate Daniel! Sobre o Materialismo Histórico Dialético é importante notar que a concepção original de "verdade" difere da Aristotélica, Platônica, Positivista ou Pós-Estruturalista, por exemplo. Para o MHD, a noção de "verdade", por primeiro, me parece conectada ao "realismo crítico", partindo ideia de que a realidade existe independentemente de nós. E depois à ideia de produzir uma "representação intelectual/ideal" do "movimento real" dos eventos. Trata-se, então, de uma verdade constituída de categorias ontológicas e históricas (relativas à sua época). E que, para além da "estrutura" pretende expor a gênese, contradições, mediações e condições de crise de um objeto, em suas conexão com um todo estruturado e processual. Nós marxistas chamamos isto de "concreticidade". Estas sínteses teóricas, só se completam no enfrentamento das tarefas históricas de cada época, ou seja, na práxis coletiva e transformadora. Abraços, tenho acompanhado seu canal e tem conteúdos legais. Parabéns!
Sim existem verdades absolutas Como a Morte,ou como se qualquer ser Humano vivo for decapitado necessariamente morrerá em 100 por cento dos casos em qualquer lugar do Mundo.
É incrível como quanto mais próximo da filosofia as pessoas tendem a achar que é menos "ciência", quando até nas ciências exatas as ideias de consenso são frequentemente desafiadas. Talvez o negacionismo seja mais sobre a negação da materialidade do que sobre essa ideia de ciência cartesiana.
Entendo suas críticas a Platão e Aristóteles, no entanto, se por acaso um Sofista estivesse na posição de "poder" que esteve Platão e Aristóteles, será que ele não agiria da mesma forma e também criaria uma vontade de verdade e com isso não teria sentido criticarmos Platão e Aristóteles ?... mas uma pergunta, o que seria da cultura ocidental se na verdade nossa influência cultural em vez de Aristóteles e Platão fosse de Sofistas?.. outra pergunta será que a ¨"vontade de verdade", não poderia também ser compreendida como uma " vontade de potência", será que a busca de uma vontade de verdade não é apenas uma tentativa de transcender a realidade material e alcançar com isso uma própria vontade de potência, será que isso não seria a própria força motriz que conduz uma sociedade ?
Ótimo vídeo, Daniel, vou amar a resposta do Pedro kkk oq vc acha dos materialistas mais recentes como Meillassoux e Latour? quais autores vc usa pra conciliar o pós modernismo com o materialismo? queria saber pq os materialistas que eu conheço só n chamam o pós modernismo de bonito
O vídeo faria mais sentido se a expressão "vontade de verdade" fosse trocada por "vontade de mentira". Todos os exemplos de vontade de verdade citados são imposições de mentiras....
Como são mentiras? São só perspectivas diferentes, descartar a fenologia, o darwinismo social, a verdade cristã e etc, são só vontade de verdade da parte das que as negam ;)
Todos sabemos que existe uma verdade maior que todas as outras verdades. Ela é do tamanho da realidade, portanto inalcançável. Não seria mais o foco da discussão chegar a um conceito melhor de verdade objetiva? Essa existe, pra que ou pra quem?
gostei......... como dizia a morsa alemã....: CHAMAIS DESEJO DE VERDADE AO QUE VOS IMPELE E INCENDEIA, A VÓS, OS MAIS SÁBIOS.... DESEJO DE IMAGINAR TUDO QUANTO EXISTE... DESEJO DE IMAGINAR TUDO QUANTO EXISTE.... PORQUE JULGAIS COM JUSTA DESCONFIANÇA QUE TUDO SEJA IMAGINÁVEL..... assim falava.... hahahhahaha
Daniel: a busca por igualdade material, isto é, por equanimidade entre os indivíduos, seria vontade de Verdade? Estou falando de tratar os desiguais de maneira desigual na medida de suas desigualdades materiais. Além disso, estou falando também de buscar por condições de vida minimamente dignas para TODOS, como alimentação, moradia, emprego, lazer, ócio, educação, saúde, etc. Acesso gratuito, universal e de qualidade. Esse horizonte de luta, essa busca por equanimidade, seria considerada vontade de Verdade, segundo a visão apresentada no seu vídeo?
Acho que é o canal mais de ponta que existe em termos filosóficos que impacta muita coisa. Seria legal...se vc domina...tratar do método científico.. como é difícil e frágil chegar no fato científico. A desmontagem do binário causa e efeito. A soluções que nem sempre solucionam o que se espera. E Bordier... essa "verdade" que se cristaliza dentro das regras internas e diversas de cada instituição.
Daniel, dúvida genuína: essa vontade de Verdade, que se impõe de cima pra baixo, hierarquizante, ao longo dos diversos períodos históricos, não chega nos dias de hoje se confundindo com a ideologia dominante? Em outras palavras, nos dias de hoje, essa vontade de Verdade não seria apenas uma outra acepção de ideologia, no que diz respeito a relações de dominação?
Ótimo video!! Estou fazendo mestrado agora em Nietzsche, e esse video está ótimo para confrontar o pânico moral feito aqui no youtube por muita gente de esquerda sobre a pós modernidade e críticos da modernidade como Nietzsche.
Vc é universalista (não é crítica e nem elogio, só uma constatação) Homossexuais não abdicam da masculinidade, tá - associar atração sexual a gênero tbm é moderno A vontade é um item da natureza, se sujeitar a vontade é se sujeitar a natureza
Camarada, você teria uma lista de obras, artigos e textos de autorias no campo do pós-modernismo? [eu já leio inclusive, mas é pra saber se tem mais para que possa conhecer ainda mais]. Penso que as críticas pós-modernas e marxistas são boas para que possamos entender os problemas de nosso mundo e como buscar resolvê-los.
Unica vantagem do pós-moderno é que ele é honesto, confirma tudo aquilo que o criticam. Tudo que o Pedro Ivo apontou foi confirmado ponto-a-ponto neste vídeo.
@@iluminismoposmoderno É porque o erro não está na sua posição, e sim que você abandona sua posição para fazer sua crítica. Apenas no momento em que você critica um aspecto da modernidade, você se transforma nesse mesmo aspecto. O pós-moderno se torna o vilão que ele argumenta que o outro é, apenas durante o momento em que está descrevendo este mesmo outro. Apenas no momento em que fala sobre a modernidade, o pós-moderno é mais moderno que o moderno. O moderno ao qual você se refere existe sim, mas não é só isso. A modernidade criou os manicômios mas também os enciclopedistas. A pós-modernidade produziu anti-intelectualismo, mas também colocou produções cultuais periféricas nas universidades. O problema é que quem me disse isso foi o Pedro Ivo, um moderno, e não há nada sobre isso no seu canal. Ao querer ser brabo, o pós moderno não faz o balanço adequado. Ao não fazer balanço nenhum, o pós-moderno carrega a Verdada com V maiúsculo. No seu canal, parece que falar em verdade é ser o demônio, não há nenhum parentesis ou virgula que ressalve essa postura. Durante a crítica da vontade de verdade, o pós-moderno coloca a verdade no bolso num nível que você não vê nenhum moderno fazendo. Fala-se muito em marxismo e materialismo, mas falta dialética.
Daniel, mas esse método contra a vontade de verdade não restringe a produção de verdades dos trabalhadores para os trabalhadores? É impossível seguir esse método e produzir a ditadura do proletariado, nem qualquer tipo de milicias populares ou exército popular. Seria legal se vc pudesse falar sobre produções de verdade baseada em produção de conhecimento das massas para as massas.
Mano perdão, eu não sei se entendi, posso só ser muito burro, mas a sua crítica a ideia de "buscar a verdade" tá ligada a ideia de que a verdade de cada época vem de grupos dominantes? Portanto as nossas verdades de hoje são de grupos dominantes? Mas aí, na prática o que isso significa? Como que a gnt para de usar a ideia de verdade? Tipo, como isso se materializaria no mundo real? Eu não sei se eu compreendo o que significa "verdade" pra vc, também, você usou a palavra como "ponto de vista", "ideias de um tempo" e "ideologia" durante o vídeo, é como se fosse um termo abrangente que não fala do que existe no mundo real, mas nesse mundo imaginário que pode existir diversas verdades. Qual seria então a ideia de verdade? Se esse termo tem uma abrangencia tão grande e confusa porque usar ele? Não seria mais fácil usar outra palavra sem ser "Verdade"? Não cria uma confusão muito maior você falar que deveriamos abandonar a busca da verdade? Porque fica parecendo que você tá falando que existe uma verdade, que seria todo esse seu discurso, mas que ao mesmo tempo isso é apenas mais uma verdade pela sua própria lógica. Sinto que vc acredita que oq vc fala é "verdade", então existe uma verdade pra vc tbm não? Isso realmente me deixou confuso No papo da modernidade e pós-modernidade, eu honestamente acho só confusa, pq que a modernidade é o problema no final? Eu fiquei sentindo no final que vc tá criando um problema e vendendo uma solução. Pq vc diz que existem milhares de verdades e por isso deveriamos deixar de falar em verdades ai nao existiriam mais verdades e sim apenas oq existe(?). Sofro de burrice, não sei se entendi seu ponto final, não entendi a ligação da terra plana ou do Olavo com a modernidade, pareceu um ataque meio solto, ate pq sinto q eles se aproveitam justamente da ideia de existirem diversas verdades que a pós-modernidade criou pra falar que eles tem a "verdade" Me falta muita leitura, com certeza, eu nem tenho problemas com a pós-modernidade, até onde eu li eles eu convordei com muita coisa, mas essa brisa da verdade me deixa muito confuso
@@luizguilhermeferreiramacha627 tenho a mesma impressão que você, mas nós que somos burros e não esse discurso que beira o esoterico é faz questão de ser misterioso, eu vi 2 vezes o vídeo onde ele diz que vai ficar claro o que é "vontade de verdade" e não fica, pq chamar assim? Do que você tá falando? Me incomoda profundamente
Codificar demais o discurso cria uma nuvem no texto que afasta mesmo. Será q tem justificativa pra falar tão difícil? Não dá pra fazer uma frase inteligível e pronto? Pode ser que tenha haver com abandonar a Verdade, a vontade de descobrir ela, e manter o verdadeiro, o que a natureza responde. As ideia posmod teriam q ser verdadeiras e não a Verdade como as modernas. Verdade eterna x verdade hoje? O nazismo é moderno? aquecimento global? capitalismo? Talvez sejam expressões do moderno. Acho q já deu pra ver q n manjo 😅
Daniel, pergunta sincera: o Foucault chegou a se declarar "pós-moderno"? Eu penso que não. Pelo menos não como conceito, como algo que se elabora e se defende no campo teórico.
Platão também foi escravo. Esta mísera frase acima já tira a credibilidade de praticamente metade do que é exposto neste vídeo. Mas claro, infelizmente, muita gente não conseguiria perceber o erro no fundamento da argumentação a partir dela...
Gostei do vídeo, só não entendo a necessidade que vocês têm de colocar Freud no meio desse balaio 'bom' de autores. No meu curso de psicologia, Freud e a psicanálise eram vistos como supostos detentores de uma metanarrativa mal justificada, e definitivamente ele/eles possuíam muito, mas muito uma vontade de verdade. Os autores na psicologia que eram considerados mais próximos ao pós-modernismo eram sempre os existencialistas e humanistas, que por sua vez diferiam em essência dos princípios da psicanálise. E aí, por outra via, tinhamos os behavioristas, dotados de uma base claramente positivista, e a neurociência, dotada de uma base de ciência Popperiana/Lakatosiana.
Vamos acabar com a "vontade de verdade" sim, eba! Comecemos primeiro com a vontade de verdade dos Foucaultianos que acreditam piamente na "Verdade" de Foucault ou dos Nietzscheanos que tomam fanática, sisuda e férreamente as palavras de um cara (claro, não era um cara qualquer, era um gênio alemão) que já dizia preferir ser um bufão à um santo.
@@paulofurtado7548 sim, mas essa não é no vacuo. Nesse caso somente para alguns observadores é válida. Então é a velocidade da onda elétromagnética mais a interação com os elétrons, ou seja, luz interferindo com o meio.
Ué, não entendi pq a "vontade de verdade" precisa ser combatida. O termo vontade me parece um desejo de confirmar uma pré-crença, não um desejo de chegar de modo preciso à percepção do real. Se alguém com transtorno mental atacasse um familiar seu, seria ok não entender como um transtorno esse comportamento? O único modo de combater uma verdade estabelecida é refutar essa verdade com outra verdade. Por ex, os trovões existem pq o deus thor não sei o que, refutado pelo conhecimento das cargas elétricas na atmosfera. Pode essa última ser refutada? Talvez possa, mas o caminho deve ser esse, o de exigir o rigor observativo dos fenomenos. Também não concordo com dizer que o ocidente é mais violento que qualquer coisa. Faltam pesquisas pra confirmar isso. Teve muita violência antes também. O negacionismo é a oposição à evidencias científicas que não são convenientes, dessa forma, a ignorancia também tem uma utilidade. Isso não quer dizer que o conhecimento, mesmo quando serve ao poder, está no mesmo patamar da ignorancia ou negacionismo. O conhecimento literalmente pode libertar, aliás é o modo de sustentar a contestação da opressão. O negacionismo pode? Quero ver.
Gostaria que você fizesse um vídeo sobre pós modernismo e ciência. Você diz que pós moderno anticiência é um mito mas toda vez que vejo seus vídeos, quando você fala de ciência, me parece que seu discurso confirma ou pelo menos se aproxima a essa afirmação. Teria alguma diferença entre ciência e terraplanismo? Ou ambos se resumem somente a discurso? A ciência não consegue dizer absolutamente nada sobre o mundo material e a produção de conhecimento? Não estou querendo atacar , só queria entender melhor a sua posição com relação a ciência.
Só ouvi verdades kkk Ótimo vídeo, mas fica uma questão: você parece sustentar que há sim verdade, e que ela é necessária de ser buscada. Não parece acreditar que o seu discurso seja só mais uma retórica, mas que ele se baseia no conhecimento real de como a materialidade social produz “as verdades” e os discursos. Assim, você parece traçar uma divisão entre a vontade de verdade que dá causa a discursos que estruturam relações de poder e dominação (independente de pretender rotular-se como “científico”, moral, religioso etc.), por um lado, e o conhecimento da materialidade histórica que permite conhecer a verdade desses discursos, isto é, sua base material, por outro. Eis, a grosso modo, o conceito marxista de ideologia. A verdade que pregam os discursos da moral, da religião, e mesmo dos que possam se intitular científicos (inclusive, para exemplificar, o da economia política que você mencionou - o valor verdadeiro de uma mercadoria), são ideologias, pois têm por função a legitimação de práticas sociais que visam sobretudo à reprodução de estruturas de dominação sobre os quais se ancoram e sobre as quais são ancorados. Muito longe isso está de considerar que não há nada além de vontade de verdade e poder, coisa que levaria ao absurdo de não poder sustentar que sequer a dominação e as estruturas concretas de poder possam ser conhecidas para além dos jogos de linguagem, que são simplesmente produto do “mindset” de cada qual. Acho que seria legal desenvolver a crítica de Foucault ao conceito de ideologia marxista, para saber em que lugar posicionar a tese pós-moderna acerca da verdade. Em seguida, valeria dar uma olhada no conceito althusseriano de ideologia, que escapa à crítica de Foucault, na medida em que não considera a ideologia como um falso real, mas a própria forma como os sujeitos lidam com suas relações materiais reais, isto é, a forma como a imaginam ser. Bastante interessante seria, indo adiante, trazer ao debate a relação entre ideologia e ciência no pensamento de Althusser. Recomento, de cara para você, Daniel, o texto “De O Capital à filosofia de Marx”, de Althusser, presente no primeiro volume do livro “ler o capital”, em que ele menciona Foucault e Nietchzsche.
Muito obrigado pelas considerações. Assino embaixo da maioria do que disse. Althusser tá na lista. Neste momento tô escrevendo sobre Foucault para abordar essas questões de maneira mais profunda. Me aguarde. Hahaah
Esqueceu de ouvir o principal: ele desacredita da verdade enquanto tal. Materialismo é uma concepção geral que se propõe verdadeira e que é pressuposta, mas, nisso ele não toca. Se vc diz que todo discurso é criação advinda da materialidade para servir à manipulação, então, o que Marx e vc diz é o quê? São discursos acima dessas coisas, posições privilegiadas desde as quais um Marx e um Engels - que não eram operários e no caso do segundo se tratava de alguém rico - podem teorizar?
Cara me parece que tu confunde uma posição dogmática a respeito da Verdade e neste caso na realidade trata-se de uma Certeza que tu chamas de Vontade de Verdade com a Verdade Mesma que tu bem exemplificou com o Vulcão.
Meu caro, eu sei q o video tem uma série de simplificações intencionais para pôr o seu ponto, mas tem uma camada de falsidade no argumento q é gritante e tbm intencional, como no caso da frenologia msm q não é ciência mas sim, como vc aponta, apenas uma justificativa mal feita pra a barbárie colonial e escravista, mas ao msm tempo reforça um argumento super presente de q por isso a ciência não tem valor, q é só uma questão de opinião, de uma vontade abstrata, q não existe razão para acreditarmos na ciência, enquanto na real a gente tá tratando de cientificismo, esse sim deve ser, e é, combatido. A forma com q tá posto o discurso reforça essa visão, uma ode ao irracionalismo, q parece ser hegemônica por quem não pratixa ciência. No seu discurso fica parecendo q nenhum acadêmico se preocupa em fazer a denuncia do cientificismo, q seria uma posição muito anormal dentro da acadêmia, q se vc bater em qlqr departamento de universidade federal vai ter um monte de gente preocupada apenas em defender seu ponto de vista, sem nenhum rastro material. É como no caso das mudanças climáticas, por exemplo, não é pq a ciência não faz esse alerta há decadas, não é pq não sabemos como combater, pq existe uma vontade de vdd a respeito dos eventos climáticos, que a burguesia opera de forma a destruir o planeta, é a despeito da ciência!! E o argumento usado tbm se apoia justamente no q vc nos propõe, duzer q a ciência é apenas mais um discurso, q a visão deles é igualmente válida!! Tem um segundo senso q é tá muito expresso por volta de 14:00 min, que é apenas um discurso msm, assim como vc diz q quem acha o seu ponto um discurso relativista é apenas pq não entendeu ainda, pq na verdade tá imerso em ideologia, posso virar o argumento e dizer q vc não enxerga q seu ponto é idealista pq tá imerso até a tampa de pós-modernismo! Aí fica difícil pq isso tbm é uma vontade de vdd, não? Sei q tem um falso debate aqui, mas não deixa de ser válido enquanto retórica, pq esse é o problema de ficar apenas nesse ponto. Todos os pontos postos como frutos de um pensamento pós-moderno, a crítica ao irracionalismo burguês, da cientificidade, da lei, da polícia... São feitos tbm, e por vezes de forma mais exitosa e interessante, por outros campos, vc msm fala q Marx já denuncia a economia burguêsa em termos parecidos. Me parece q é exatamente o contrário, a ciência, por falta de um termo melhor, um iluminismo, a gente ainda precisa de uma população esclarecida, justamente para ter consciência das falsas verdades, do cientificismo barato q é usado enquanto argumento para controlar e piorar as nossas vidas. Mesmo sabendo q isso não é suficiente, é necessário, mas não suficiente! Sem esse esclarecimento não temos bases onde construir a mobilização popular, sem criticidade, sem conhecimento real não temos como nos livrar dessas armadilhas
Isso ficou tão lindo que roubei: "A gente pode fazer o que quiser. A natureza quando não quer que a gente faça alguma coisa, ela nos impede. Um ser humano não pode sair voando porque a natureza o proíbe. Tudo o que podemos fazer é natural. "
Não conhecia essa frase, mas tenho uma parecida, " Toda forma de existência é ontologicamente legítima. Se disser que não, então estará afirmando que a existência de algo é absolutamente ilegítima, mesmo que seja a própria Realidade que tenha "permitido" sua existência."
Posso roubar, posso assalariar, posso violentar o trabalhador, posso explorar a mão de obra de alguém, posso segregar minorias, etc. A natureza não me impede, logo, está tudo bem fazê-los? Aposto que tua resposta a esta pergunta seria não, caso contrário, entraria em contradição com as supostas ideias emancipatorias que o detentor do canal possui. E inevitavelmente, sendo não, você deveria perceber O ERRO de uma argumentação que segue por essa linha, já que ela nega a si mesma...
@@Gabrielsilvamesquita - Você, evidentemente, não entendeu o que está sendo dito. Toda forma de existência, em absoluto, é legítima. Negar essa proposição é assumir que uma forma de existência qualquer pode ser absolutamente ilegítima, mesmo que a própria REALIDADE tenha permitido sua manifestação. Ora, para que algo possa ser absolutamente ilegítimo, é necessário que sua manifestação seja impossível em todas as configurações possíveis da Realidade. Ou seja, a ilegitimidade do Ser é o Nada. Trata-se de uma constatação ontológica, e não moral! Nós, como uma forma de existência específica, não podemos, obviamente, aceitar qualquer coisa, pois isso significaria aceitar coisas que possam promover nossa destruição. No entanto, isso não torna as coisas que negamos ontologicamente um erro, mas apenas socialmente um erro. Trata-se de uma luta entre forças conflitantes. Não existe um critério moral absoluto, apenas ontológico. Você está querendo que a Realidade valide as condutas humanas como se Ela se importasse conosco em especial. Não somos especiais; somos tão importantes quanto um tardígrado perdido no ombro de um carrapato.
Professor, vc disse que Marx e Engels não tinham vontade de verdade... A ciência do proletariado ou socialismo científico não é uma vontade de verdade?
Eu sou evangélica mais gosto muito de aprender com os seus vídeos
@Lipe_Nvsmuito contraditório. Mas da contradição nasce a verdade.
Parabéns @joaoedavizinho2497 vc transcendeu rsrs
Se é evangelia e estuda filosofia tá no limiar da libertação cognitiva. ❤
🙌🏼🙌🏼levei 🌷🌷
Oi professor, obrigado pela clareza na explicação. Entendi cada parte de sua explicação e não concordei atoa. Obrigado pela coerência.
A lógica pela qual você parte para discursar é material?
Qual é o seu critério para a escolha que benefícia a materialidade do oprimido em detrimento da materialidade do opressor se ambas são meras materialidades? Se não há nada como justiça, o que permite você escolher senão por uma arbitrariedade pragmática? Nessa caso, a coerência do raciocínio postula algo que transcenda a própria materialidade envolvida, caso contrário uma escolha legítima não é possível (materialismo não conduz valor). Se não é possível, o opressor não está errado moralmente em oprimir: principalmente se você afirma que a razão humana é capaz de identificar somente o que é ou não vantajoso.
Este tipo de questão é insolúvel para ideólogos como este rapaz. É a raiz de um problema para os sistemas filosóficos que eles assumem e é também o que eles sempre vão fingir ter resposta, embora fique notável que são respostas evasivas e nada contundentes.
@@alexivanovitch3831
Não existe um critério moral absoluto. A Realidade não se importa com a sociedade humana a ponto de nos entregar um critério axiológico e moral por meio do qual possamos valorar os comportamentos humanos em termos absolutos. Não existe superioridade moral do ponto de vista da natureza. Somos nós que inventamos a noção de superioridade e de moralidade. É tudo uma grande luta entre forças opostas. Sempre foi e sempre será.
Prove para mim a existência de um critério moral absoluto - isto é, um critério transcendente e, portanto, anterior à própria condição humana.
Uma moral consequencialista em rota constante de aprendizagem é uma saída.
Não caia no discurso pós-moderno! O pós-modernismo é ELE MESMO uma tentativa de tomar o PODER! O pós-moderno odeia a biologia, a neurociência, a química e a física.
O objetivo do pós-moderno é "provar" por A + B de forma sofística de que f3m1n1, LGBTs, não-brancos são "santos" e iguais em qualidades MORAIS que os homens, heterossexuais e brancos. Não são!
Há artigos estatísticos mostrando que existem 2 gênios homens para cada gênia d4ma. Há artigos científicos mostrando que caucasianos são mais inteligentes que não-caucasianos.
Olá, meu caro! Gostei bastante do seu vídeo. Mas para alguns sofistas existe a verdade, sim (sofistas não são um movimento, são filósofos com pensamentos distintos, uns dos outros: sócrates, pitágoras e até os 7 sábios já foram chamados de sofistas). Falando sobre aquele conhecido como o maior de todos os sofistas (os sofistas para Platão), Protágoras sabidamente defendia que "o homem é a medida de todas as coisas". A verdade, para Protágoras (que tinha um livro chamado "a verdade"), é fruto da convenção humana, de acordo com critérios também estabelecidas pelos humanos do que é melhor, mais refinado, etc. Ocorre que para o mestre de Abdera a verdade não está fora da materialidade, não é algo absoluto, imutável (sim, ele era tributário do pensamento de Heráclito, além de seu "materialismo" se dever ao atomista Demócrito) assim como os valores morais, como justiça, também são convenção social e mutáveis (sim, Protágoras é o primeiro juspositivista da história a fazer a distição entre nomos e phisys). O problema é justamente a verdade ser uma força discursiva que ressignifica a vida e a ação das pessoas. Nietzsche no “Verdade e Mentira no Sentido Extramoral” volta ao Protágoras ao admitir o homem como medida, até tem umas referências do grande discurso de protágoras (da criação dos animais com defesas naturais e do homem, indefeso, com a razão, como arma para sobreviver) mas nega a existência da verdade (concordando com uma leitura horrível de Platão sobre Protágoras, que no próprio teeteto o Sócrates admite que está desvirtuando os ensinamentos dele lhe dotando de um relativismo imbecil - que não possuia). Por quê Nietzsche nega a verdade e mergulha no irracionalismo?! Ora, Protágoras é também o primeiro teórico da democracia de que se tem notícia (defendendo que a virtude é ensinável a todos e que todos são dotados de aidós e diké, podendo aprender excelências e se refinar na arte política), era um verdadeiro defensor da democracia - para você ter ideia, o agnosticismo juspositivista dele embasou o questionamento da escravidão como natural, no século IV ac. A verdade como consenso e socialmente construída é uma arma democrática. E Nietzsche, assim como Platão, era adversário da democrácia, ambos eram aristocratas. A crítica de Nietzsche ao cristianismo se dá principalmente porque Nietzsche considera o cristianismo SOCIALISTA. O problema de nietzsche não é com a superstição, é com a igualdade. Tanto Nietzsche quanto Platão são defensores da aristocracia... Platão legitima a aristocracia como sendo poucos os espíritos filosóficos voltados para liderar pela razão e uma verdade fora da materialidade, perfeita, imutável e absoluta, e nietzsche defende a aristocracia com o oposto (irracionalidade e ausência de verdade): a razão, a verdade, as leis de uma democracia, os discursos fortes da verdade construídos por uma maioria de iguais, são armas de homens "fracos" para derrubar os homens heróicos, míticos, instintivos, e blá-blá-blá. Nietzsche escreve no século XIX ASSOMBRADO com as conquistas dos movimentos socialistas. Esse homem simplesmente era um paga pau de privilégios. Por isso ele ODEIA com todas as forças a racionalidade e o planejamento socialista. Nietzsche acha que homens excelentes como ele, melhores, diferenciados, necessitam da servidão de uma maioria de homens inferiores a ele. Ao invés da aristocracia da verdade absoluta de Platão e da aristocracia individualista de ausência de verdade de Nietzsche, precisamos sim da verdade socialmente construída pelo humanismo protagórico, por meio da cooperação entre homens capazes de serem refinados pela formação social (paideia)... Um relativismo muito parecido com o que você afirmou defender ao se dizer apoiador da tese de Thomas Khun, para quem a ciência é uma criação social humana, uma convenção de um grupo de cientistas que trabalham com determinados paradigmas, mas nada absoluto, imutável.
Se não há alethea (desvelamento), não se descobre mentira, ludibriação, enganação vendida como verdade.
E se toda verdade é apenas uma vontade, um jogo de poder, não há diferença qualitativa entre a convenção de uma sociedade democrática deliberativa e a vontade do mais forte imposto como verdade de forma violenta.
Daniel, Daniel, Daniel! Você está chegando à mesma conclusão de Bakunin de que a ciência moderna/cartesiana vem para ocupar o nicho dogmático do cristianismo! (Deus e o Estado)
Excelente video professor. Obrigado.
"É...
Na vida a gente tem que entender
Que um nasce pra sofrer
Enquanto o outro ri"
- Aristóteles
Era um falastrão 😂😢😮
Quem diria, Tim Mairistóteles
Me parece que o argumento é:
(A) toda a busca de verdade que já houve eventualmente é usada para imposição de poder
(B) essa imposição se dá em base racional
Se A + B, logo, abandonemos a busca da verdade.
Mas me parece que B é falso: o que se descobre ao longo do tempo é que a imposição opressiva vem da falta de razão, do uso cínico das razões ancorado nas lacunas que ainda não são compreendidas.
Nesse caso, abandonar a busca pela verdade é entregar-se inteiramente a esse cinismo, usando qualquer coisa para se fazer qualquer coisa. Morre a capacidade humana de encontrar uma base comum de convivência usando a memória coletiva e a realidade do mundo em si.
Isso me parece um argumento que atrapalha o objetivo final de uma sociedade menos violenta, menos opressiva e mais fraterna.
Esse vídeo foi o maior argumento a favor da posição do Pedro
A cada video novo isso vai se repetindo kkkkkk
A vida acontece nos dias comuns, enquanto fazemos planos e esperamos verdades absolutas...as microrevoluções Tb!
Ótimo debate Daniel! Sobre o Materialismo Histórico Dialético é importante notar que a concepção original de "verdade" difere da Aristotélica, Platônica, Positivista ou Pós-Estruturalista, por exemplo. Para o MHD, a noção de "verdade", por primeiro, me parece conectada ao "realismo crítico", partindo ideia de que a realidade existe independentemente de nós. E depois à ideia de produzir uma "representação intelectual/ideal" do "movimento real" dos eventos. Trata-se, então, de uma verdade constituída de categorias ontológicas e históricas (relativas à sua época). E que, para além da "estrutura" pretende expor a gênese, contradições, mediações e condições de crise de um objeto, em suas conexão com um todo estruturado e processual. Nós marxistas chamamos isto de "concreticidade". Estas sínteses teóricas, só se completam no enfrentamento das tarefas históricas de cada época, ou seja, na práxis coletiva e transformadora. Abraços, tenho acompanhado seu canal e tem conteúdos legais. Parabéns!
acho que seria legal um video dos problemas de vocabulário em marx
Fantástica análise
Sim existem verdades absolutas Como a Morte,ou como se qualquer ser Humano vivo for decapitado necessariamente morrerá em 100 por cento dos casos em qualquer lugar do Mundo.
É incrível como quanto mais próximo da filosofia as pessoas tendem a achar que é menos "ciência", quando até nas ciências exatas as ideias de consenso são frequentemente desafiadas. Talvez o negacionismo seja mais sobre a negação da materialidade do que sobre essa ideia de ciência cartesiana.
Então a solução é jogar o conceito de verdadeiro e falso no lixo junto com toda a ciência, porque isso não passa de um discurso de poder?
E quando a maioria da população for terraplanista e anti vacina a gente faz cara de chocado
Entendo suas críticas a Platão e Aristóteles, no entanto, se por acaso um Sofista estivesse na posição de "poder" que esteve Platão e Aristóteles, será que ele não agiria da mesma forma e também criaria uma vontade de verdade e com isso não teria sentido criticarmos Platão e Aristóteles ?... mas uma pergunta, o que seria da cultura ocidental se na verdade nossa influência cultural em vez de Aristóteles e Platão fosse de Sofistas?.. outra pergunta será que a ¨"vontade de verdade", não poderia também ser compreendida como uma " vontade de potência", será que a busca de uma vontade de verdade não é apenas uma tentativa de transcender a realidade material e alcançar com isso uma própria vontade de potência, será que isso não seria a própria força motriz que conduz uma sociedade ?
Ótimo vídeo, Daniel, vou amar a resposta do Pedro kkk
oq vc acha dos materialistas mais recentes como Meillassoux e Latour? quais autores vc usa pra conciliar o pós modernismo com o materialismo? queria saber pq os materialistas que eu conheço só n chamam o pós modernismo de bonito
O vídeo faria mais sentido se a expressão "vontade de verdade" fosse trocada por "vontade de mentira". Todos os exemplos de vontade de verdade citados são imposições de mentiras....
Mas a vontade de verdade gera isso mesmo, mentiras. Por isso precisamos acabar com ela.
Como são mentiras? São só perspectivas diferentes, descartar a fenologia, o darwinismo social, a verdade cristã e etc, são só vontade de verdade da parte das que as negam ;)
@@AuroraHumanista 😅
Todos sabemos que existe uma verdade maior que todas as outras verdades. Ela é do tamanho da realidade, portanto inalcançável.
Não seria mais o foco da discussão chegar a um conceito melhor de verdade objetiva? Essa existe, pra que ou pra quem?
gostei......... como dizia a morsa alemã....: CHAMAIS DESEJO DE VERDADE AO QUE VOS IMPELE E INCENDEIA, A VÓS, OS MAIS SÁBIOS.... DESEJO DE IMAGINAR TUDO QUANTO EXISTE... DESEJO DE IMAGINAR TUDO QUANTO EXISTE.... PORQUE JULGAIS COM JUSTA DESCONFIANÇA QUE TUDO SEJA IMAGINÁVEL..... assim falava.... hahahhahaha
Daniel, o que você acha de Feyerabend?
Verdade absoluta não existe. Verdade é apenas o ponto de vista de alguém sobre alguma coisa. Acabemos, portanto, com essa "verdade".
Daniel: a busca por igualdade material, isto é, por equanimidade entre os indivíduos, seria vontade de Verdade? Estou falando de tratar os desiguais de maneira desigual na medida de suas desigualdades materiais. Além disso, estou falando também de buscar por condições de vida minimamente dignas para TODOS, como alimentação, moradia, emprego, lazer, ócio, educação, saúde, etc. Acesso gratuito, universal e de qualidade.
Esse horizonte de luta, essa busca por equanimidade, seria considerada vontade de Verdade, segundo a visão apresentada no seu vídeo?
Sim. Daí o perigo de abrir mão da verdade.
Acho que é o canal mais de ponta que existe em termos filosóficos que impacta muita coisa. Seria legal...se vc domina...tratar do método científico.. como é difícil e frágil chegar no fato científico. A desmontagem do binário causa e efeito. A soluções que nem sempre solucionam o que se espera. E Bordier... essa "verdade" que se cristaliza dentro das regras internas e diversas de cada instituição.
Precisamos acabar com a pós-modernidade isso sim
O choro é livre.
Daniel, dúvida genuína: essa vontade de Verdade, que se impõe de cima pra baixo, hierarquizante, ao longo dos diversos períodos históricos, não chega nos dias de hoje se confundindo com a ideologia dominante? Em outras palavras, nos dias de hoje, essa vontade de Verdade não seria apenas uma outra acepção de ideologia, no que diz respeito a relações de dominação?
Você pode ter razão, ou não... no fim tanto faz.
O que você quer dizer por "materialidade"?
Ótimo video!! Estou fazendo mestrado agora em Nietzsche, e esse video está ótimo para confrontar o pânico moral feito aqui no youtube por muita gente de esquerda sobre a pós modernidade e críticos da modernidade como Nietzsche.
Sim… dói saber que “verdade” = poder.
Ótimo vídeo, parabéns!
Belo vídeo camarada! Parabéns!
Fantástica explanação !
Vc é universalista (não é crítica e nem elogio, só uma constatação)
Homossexuais não abdicam da masculinidade, tá - associar atração sexual a gênero tbm é moderno
A vontade é um item da natureza, se sujeitar a vontade é se sujeitar a natureza
Camarada, você teria uma lista de obras, artigos e textos de autorias no campo do pós-modernismo? [eu já leio inclusive, mas é pra saber se tem mais para que possa conhecer ainda mais]. Penso que as críticas pós-modernas e marxistas são boas para que possamos entender os problemas de nosso mundo e como buscar resolvê-los.
Unica vantagem do pós-moderno é que ele é honesto, confirma tudo aquilo que o criticam. Tudo que o Pedro Ivo apontou foi confirmado ponto-a-ponto neste vídeo.
Só falta agora me refutarem, hahaha.
@@iluminismoposmoderno É porque o erro não está na sua posição, e sim que você abandona sua posição para fazer sua crítica. Apenas no momento em que você critica um aspecto da modernidade, você se transforma nesse mesmo aspecto. O pós-moderno se torna o vilão que ele argumenta que o outro é, apenas durante o momento em que está descrevendo este mesmo outro. Apenas no momento em que fala sobre a modernidade, o pós-moderno é mais moderno que o moderno. O moderno ao qual você se refere existe sim, mas não é só isso.
A modernidade criou os manicômios mas também os enciclopedistas. A pós-modernidade produziu anti-intelectualismo, mas também colocou produções cultuais periféricas nas universidades. O problema é que quem me disse isso foi o Pedro Ivo, um moderno, e não há nada sobre isso no seu canal. Ao querer ser brabo, o pós moderno não faz o balanço adequado. Ao não fazer balanço nenhum, o pós-moderno carrega a Verdada com V maiúsculo.
No seu canal, parece que falar em verdade é ser o demônio, não há nenhum parentesis ou virgula que ressalve essa postura. Durante a crítica da vontade de verdade, o pós-moderno coloca a verdade no bolso num nível que você não vê nenhum moderno fazendo.
Fala-se muito em marxismo e materialismo, mas falta dialética.
Daniel, mas esse método contra a vontade de verdade não restringe a produção de verdades dos trabalhadores para os trabalhadores?
É impossível seguir esse método e produzir a ditadura do proletariado, nem qualquer tipo de milicias populares ou exército popular.
Seria legal se vc pudesse falar sobre produções de verdade baseada em produção de conhecimento das massas para as massas.
Acho que eu tenho uma metodologia para resolver esse problema. E usando essa metodologia, tenho uma tese de o que fazer para a revolução brasileira.
Eles podem odiar Foucault o quanto quiserem mas não podem negar ou refutar sua filosofia revolucionária.
putz, daniel, pra mim voce lacrou.... queor ver respostas ehin!
Relativismo absoluto é areia movediça 🤔
💐
Se dependesse dos sofistas, os mistagogos da dialética (pós-modernos avant la lettre), não teríamos vacina.
Bora vulgarizar o pós-modernismo. Ótimo video, Daniel.
Massa camarada
Roberto Machado faleceu?
Sim… ficou a obra.
Queremos Voar pra Fora daqui
Pra o Anarchico planet
Mano perdão, eu não sei se entendi, posso só ser muito burro, mas a sua crítica a ideia de "buscar a verdade" tá ligada a ideia de que a verdade de cada época vem de grupos dominantes?
Portanto as nossas verdades de hoje são de grupos dominantes?
Mas aí, na prática o que isso significa? Como que a gnt para de usar a ideia de verdade? Tipo, como isso se materializaria no mundo real?
Eu não sei se eu compreendo o que significa "verdade" pra vc, também, você usou a palavra como "ponto de vista", "ideias de um tempo" e "ideologia" durante o vídeo, é como se fosse um termo abrangente que não fala do que existe no mundo real, mas nesse mundo imaginário que pode existir diversas verdades. Qual seria então a ideia de verdade? Se esse termo tem uma abrangencia tão grande e confusa porque usar ele? Não seria mais fácil usar outra palavra sem ser "Verdade"?
Não cria uma confusão muito maior você falar que deveriamos abandonar a busca da verdade?
Porque fica parecendo que você tá falando que existe uma verdade, que seria todo esse seu discurso, mas que ao mesmo tempo isso é apenas mais uma verdade pela sua própria lógica.
Sinto que vc acredita que oq vc fala é "verdade", então existe uma verdade pra vc tbm não? Isso realmente me deixou confuso
No papo da modernidade e pós-modernidade, eu honestamente acho só confusa, pq que a modernidade é o problema no final?
Eu fiquei sentindo no final que vc tá criando um problema e vendendo uma solução. Pq vc diz que existem milhares de verdades e por isso deveriamos deixar de falar em verdades ai nao existiriam mais verdades e sim apenas oq existe(?).
Sofro de burrice, não sei se entendi seu ponto final, não entendi a ligação da terra plana ou do Olavo com a modernidade, pareceu um ataque meio solto, ate pq sinto q eles se aproveitam justamente da ideia de existirem diversas verdades que a pós-modernidade criou pra falar que eles tem a "verdade"
Me falta muita leitura, com certeza, eu nem tenho problemas com a pós-modernidade, até onde eu li eles eu convordei com muita coisa, mas essa brisa da verdade me deixa muito confuso
@@luizguilhermeferreiramacha627 tenho a mesma impressão que você, mas nós que somos burros e não esse discurso que beira o esoterico é faz questão de ser misterioso, eu vi 2 vezes o vídeo onde ele diz que vai ficar claro o que é "vontade de verdade" e não fica, pq chamar assim? Do que você tá falando? Me incomoda profundamente
Codificar demais o discurso cria uma nuvem no texto que afasta mesmo. Será q tem justificativa pra falar tão difícil? Não dá pra fazer uma frase inteligível e pronto?
Pode ser que tenha haver com abandonar a Verdade, a vontade de descobrir ela, e manter o verdadeiro, o que a natureza responde. As ideia posmod teriam q ser verdadeiras e não a Verdade como as modernas. Verdade eterna x verdade hoje?
O nazismo é moderno? aquecimento global? capitalismo? Talvez sejam expressões do moderno.
Acho q já deu pra ver q n manjo 😅
Daniel, pergunta sincera: o Foucault chegou a se declarar "pós-moderno"? Eu penso que não. Pelo menos não como conceito, como algo que se elabora e se defende no campo teórico.
Platão também foi escravo.
Esta mísera frase acima já tira a credibilidade de praticamente metade do que é exposto neste vídeo. Mas claro, infelizmente, muita gente não conseguiria perceber o erro no fundamento da argumentação a partir dela...
Achei o video clarissimo.... Talvez tenha entendido tudo errado hahaha
Se num fosse o café 18:08
Caramba... vídeo MUITO BOM!!! Vou assistir mais algumas vezes, pois é bastante denso.
Considero um dos mais densos até hoje.
Gostei do vídeo, só não entendo a necessidade que vocês têm de colocar Freud no meio desse balaio 'bom' de autores. No meu curso de psicologia, Freud e a psicanálise eram vistos como supostos detentores de uma metanarrativa mal justificada, e definitivamente ele/eles possuíam muito, mas muito uma vontade de verdade. Os autores na psicologia que eram considerados mais próximos ao pós-modernismo eram sempre os existencialistas e humanistas, que por sua vez diferiam em essência dos princípios da psicanálise. E aí, por outra via, tinhamos os behavioristas, dotados de uma base claramente positivista, e a neurociência, dotada de uma base de ciência Popperiana/Lakatosiana.
tão dificil sair de relações dicotomicas.
Coringano 🤡
Vamos acabar com a "vontade de verdade" sim, eba! Comecemos primeiro com a vontade de verdade dos Foucaultianos que acreditam piamente na "Verdade" de Foucault ou dos Nietzscheanos que tomam fanática, sisuda e férreamente as palavras de um cara (claro, não era um cara qualquer, era um gênio alemão) que já dizia preferir ser um bufão à um santo.
♥
No mundo físico, a única verdade é: a velocidade da luz é a mesma para todos os observadores. Eu não consigo pensar em outra.
A velocidade da luz não é sempre a mesma, pois varia de acordo com o meio em que propaga. Os observadores teriam que está no mesmo meio
@@paulofurtado7548 sim, mas essa não é no vacuo. Nesse caso somente para alguns observadores é válida. Então é a velocidade da onda elétromagnética mais a interação com os elétrons, ou seja, luz interferindo com o meio.
@@MTd2três observadores, um no espaço (vácuo), um na terra, um na água. Os 3mediriam a velocidade da luz com valores diferentes
@@MTd2 e outra a velocidade da luz pode ser superada no plasma.
No mundo físico não. No mundo imaginário das fórmulas matemáticas e das constantes físicas sim.
Ué, não entendi pq a "vontade de verdade" precisa ser combatida. O termo vontade me parece um desejo de confirmar uma pré-crença, não um desejo de chegar de modo preciso à percepção do real. Se alguém com transtorno mental atacasse um familiar seu, seria ok não entender como um transtorno esse comportamento?
O único modo de combater uma verdade estabelecida é refutar essa verdade com outra verdade. Por ex, os trovões existem pq o deus thor não sei o que, refutado pelo conhecimento das cargas elétricas na atmosfera. Pode essa última ser refutada? Talvez possa, mas o caminho deve ser esse, o de exigir o rigor observativo dos fenomenos.
Também não concordo com dizer que o ocidente é mais violento que qualquer coisa. Faltam pesquisas pra confirmar isso. Teve muita violência antes também. O negacionismo é a oposição à evidencias científicas que não são convenientes, dessa forma, a ignorancia também tem uma utilidade. Isso não quer dizer que o conhecimento, mesmo quando serve ao poder, está no mesmo patamar da ignorancia ou negacionismo. O conhecimento literalmente pode libertar, aliás é o modo de sustentar a contestação da opressão. O negacionismo pode? Quero ver.
Caraca! Melhor vídeo de todos os tempos!!!! Por favor, continue filosofando… please!!!
Iiih, falou positivismo. Não pode falar em positivismo.
Achei esse vídeo bom e que foi bem
Que bom. Fico feliz.
Teu discurso tem vontade de quê? Se não quer produzir verdade, é pura retórica, isto é, vontade de poder.
Tão claro que muitos ficam cegos.
Laiqui, repassando e.........
Forte abraço, mano véi.
Valeuu. Grande abraço.
Talvez a terra seja plana mesmo
👍
Acho vc o único da rede com coragem de falar sobre isso. É nossa maior fraqueza nas teorias e práticas e me coloco dentro dessa roda também.
Gostaria que você fizesse um vídeo sobre pós modernismo e ciência.
Você diz que pós moderno anticiência é um mito mas toda vez que vejo seus vídeos, quando você fala de ciência, me parece que seu discurso confirma ou pelo menos se aproxima a essa afirmação. Teria alguma diferença entre ciência e terraplanismo? Ou ambos se resumem somente a discurso? A ciência não consegue dizer absolutamente nada sobre o mundo material e a produção de conhecimento?
Não estou querendo atacar , só queria entender melhor a sua posição com relação a ciência.
X
Só ouvi verdades kkk
Ótimo vídeo, mas fica uma questão: você parece sustentar que há sim verdade, e que ela é necessária de ser buscada. Não parece acreditar que o seu discurso seja só mais uma retórica, mas que ele se baseia no conhecimento real de como a materialidade social produz “as verdades” e os discursos.
Assim, você parece traçar uma divisão entre a vontade de verdade que dá causa a discursos que estruturam relações de poder e dominação (independente de pretender rotular-se como “científico”, moral, religioso etc.), por um lado, e o conhecimento da materialidade histórica que permite conhecer a verdade desses discursos, isto é, sua base material, por outro. Eis, a grosso modo, o conceito marxista de ideologia. A verdade que pregam os discursos da moral, da religião, e mesmo dos que possam se intitular científicos (inclusive, para exemplificar, o da economia política que você mencionou - o valor verdadeiro de uma mercadoria), são ideologias, pois têm por função a legitimação de práticas sociais que visam sobretudo à reprodução de estruturas de dominação sobre os quais se ancoram e sobre as quais são ancorados.
Muito longe isso está de considerar que não há nada além de vontade de verdade e poder, coisa que levaria ao absurdo de não poder sustentar que sequer a dominação e as estruturas concretas de poder possam ser conhecidas para além dos jogos de linguagem, que são simplesmente produto do “mindset” de cada qual.
Acho que seria legal desenvolver a crítica de Foucault ao conceito de ideologia marxista, para saber em que lugar posicionar a tese pós-moderna acerca da verdade.
Em seguida, valeria dar uma olhada no conceito althusseriano de ideologia, que escapa à crítica de Foucault, na medida em que não considera a ideologia como um falso real, mas a própria forma como os sujeitos lidam com suas relações materiais reais, isto é, a forma como a imaginam ser.
Bastante interessante seria, indo adiante, trazer ao debate a relação entre ideologia e ciência no pensamento de Althusser.
Recomento, de cara para você, Daniel, o texto “De O Capital à filosofia de Marx”, de Althusser, presente no primeiro volume do livro “ler o capital”, em que ele menciona Foucault e Nietchzsche.
Muito obrigado pelas considerações. Assino embaixo da maioria do que disse. Althusser tá na lista. Neste momento tô escrevendo sobre Foucault para abordar essas questões de maneira mais profunda. Me aguarde. Hahaah
Esqueceu de ouvir o principal: ele desacredita da verdade enquanto tal. Materialismo é uma concepção geral que se propõe verdadeira e que é pressuposta, mas, nisso ele não toca. Se vc diz que todo discurso é criação advinda da materialidade para servir à manipulação, então, o que Marx e vc diz é o quê? São discursos acima dessas coisas, posições privilegiadas desde as quais um Marx e um Engels - que não eram operários e no caso do segundo se tratava de alguém rico - podem teorizar?
Que prazer de ver uma linha de raciocínio tão retilínea
Cara me parece que tu confunde uma posição dogmática a respeito da Verdade e neste caso na realidade trata-se de uma Certeza que tu chamas de Vontade de Verdade com a Verdade Mesma que tu bem exemplificou com o Vulcão.
Meu caro, eu sei q o video tem uma série de simplificações intencionais para pôr o seu ponto, mas tem uma camada de falsidade no argumento q é gritante e tbm intencional, como no caso da frenologia msm q não é ciência mas sim, como vc aponta, apenas uma justificativa mal feita pra a barbárie colonial e escravista, mas ao msm tempo reforça um argumento super presente de q por isso a ciência não tem valor, q é só uma questão de opinião, de uma vontade abstrata, q não existe razão para acreditarmos na ciência, enquanto na real a gente tá tratando de cientificismo, esse sim deve ser, e é, combatido. A forma com q tá posto o discurso reforça essa visão, uma ode ao irracionalismo, q parece ser hegemônica por quem não pratixa ciência. No seu discurso fica parecendo q nenhum acadêmico se preocupa em fazer a denuncia do cientificismo, q seria uma posição muito anormal dentro da acadêmia, q se vc bater em qlqr departamento de universidade federal vai ter um monte de gente preocupada apenas em defender seu ponto de vista, sem nenhum rastro material. É como no caso das mudanças climáticas, por exemplo, não é pq a ciência não faz esse alerta há decadas, não é pq não sabemos como combater, pq existe uma vontade de vdd a respeito dos eventos climáticos, que a burguesia opera de forma a destruir o planeta, é a despeito da ciência!! E o argumento usado tbm se apoia justamente no q vc nos propõe, duzer q a ciência é apenas mais um discurso, q a visão deles é igualmente válida!!
Tem um segundo senso q é tá muito expresso por volta de 14:00 min, que é apenas um discurso msm, assim como vc diz q quem acha o seu ponto um discurso relativista é apenas pq não entendeu ainda, pq na verdade tá imerso em ideologia, posso virar o argumento e dizer q vc não enxerga q seu ponto é idealista pq tá imerso até a tampa de pós-modernismo! Aí fica difícil pq isso tbm é uma vontade de vdd, não? Sei q tem um falso debate aqui, mas não deixa de ser válido enquanto retórica, pq esse é o problema de ficar apenas nesse ponto.
Todos os pontos postos como frutos de um pensamento pós-moderno, a crítica ao irracionalismo burguês, da cientificidade, da lei, da polícia... São feitos tbm, e por vezes de forma mais exitosa e interessante, por outros campos, vc msm fala q Marx já denuncia a economia burguêsa em termos parecidos. Me parece q é exatamente o contrário, a ciência, por falta de um termo melhor, um iluminismo, a gente ainda precisa de uma população esclarecida, justamente para ter consciência das falsas verdades, do cientificismo barato q é usado enquanto argumento para controlar e piorar as nossas vidas. Mesmo sabendo q isso não é suficiente, é necessário, mas não suficiente! Sem esse esclarecimento não temos bases onde construir a mobilização popular, sem criticidade, sem conhecimento real não temos como nos livrar dessas armadilhas
Excellente, grato, um vídeo para poucos.
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Isso ficou tão lindo que roubei: "A gente pode fazer o que quiser. A natureza quando não quer que a gente faça alguma coisa, ela nos impede. Um ser humano não pode sair voando porque a natureza o proíbe. Tudo o que podemos fazer é natural. "
Não conhecia essa frase, mas tenho uma parecida, " Toda forma de existência é ontologicamente legítima. Se disser que não, então estará afirmando que a existência de algo é absolutamente ilegítima, mesmo que seja a própria Realidade que tenha "permitido" sua existência."
Que bom que gostou. ❤
Posso roubar, posso assalariar, posso violentar o trabalhador, posso explorar a mão de obra de alguém, posso segregar minorias, etc. A natureza não me impede, logo, está tudo bem fazê-los? Aposto que tua resposta a esta pergunta seria não, caso contrário, entraria em contradição com as supostas ideias emancipatorias que o detentor do canal possui. E inevitavelmente, sendo não, você deveria perceber O ERRO de uma argumentação que segue por essa linha, já que ela nega a si mesma...
@@Gabrielsilvamesquita
- Você, evidentemente, não entendeu o que está sendo dito.
Toda forma de existência, em absoluto, é legítima. Negar essa proposição é assumir que uma forma de existência qualquer pode ser absolutamente ilegítima, mesmo que a própria REALIDADE tenha permitido sua manifestação. Ora, para que algo possa ser absolutamente ilegítimo, é necessário que sua manifestação seja impossível em todas as configurações possíveis da Realidade. Ou seja, a ilegitimidade do Ser é o Nada.
Trata-se de uma constatação ontológica, e não moral!
Nós, como uma forma de existência específica, não podemos, obviamente, aceitar qualquer coisa, pois isso significaria aceitar coisas que possam promover nossa destruição. No entanto, isso não torna as coisas que negamos ontologicamente um erro, mas apenas socialmente um erro. Trata-se de uma luta entre forças conflitantes. Não existe um critério moral absoluto, apenas ontológico.
Você está querendo que a Realidade valide as condutas humanas como se Ela se importasse conosco em especial. Não somos especiais; somos tão importantes quanto um tardígrado perdido no ombro de um carrapato.
@@Gabrielsilvamesquita se você é bilionário, pode sim.
Professor, vc disse que Marx e Engels não tinham vontade de verdade... A ciência do proletariado ou socialismo científico não é uma vontade de verdade?
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