Romantização do Autismo | Introvertendo
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- เผยแพร่เมื่อ 6 ก.พ. 2025
- É muito comum ver pessoas reclamando da chamada "romantização do autismo". Mas o que é isso? Nosso vídeo tenta explicar o que está por trás dessa discussão e como podemos, talvez, amadurecer o debate de como enxergamos o autismo.
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sou autista e também noto essa romantização dentro da comunidade e fora.
As pessoas tem o péssimo hábito de achar que duas verdades são as únicas e isso que faz tudo virar uma "briga"
Definições
Significados
No meu ponto de vista, as pessoas se prendem a interpretação errada das terminologias das questões. Por exemplo, a palavra TRANSTORNO: normalmente as pessoas entendem essa palavra como perturbação mental, o que não corresponde ao seu significado. Isso fica claro quando vejo alguém usar a expressão: TRANSTORNADO(A).
Ao meu ver, o autismo pode ser bom ou ruim. Mas causa transtornos no sentido real, ou seja, dificuldades ao longo da vida devido ao mundo e a sociedade não estarem configurados para pessoas assim. Então essas pessoas sofrem por consequência disso: transtorno.
A gente precisa aprender a ver simplesmente como a questão é.
Uma boa analogia é a vida de um anão. Não deve ser fácil viver em um mundo onde tudo é feitos para pessoas bem mais altas: transtorno.
Tem-se que remover esse peso do preconceito que classifica o autismo como algo doentio e que deve ser erradicado. Mas também não podemos romantizar para mostrar que é algo lindo e florido que só tem coisas boas.
Autistas são pessoas diferentes. É importante entender que mesmo que elas consigam se encaixar bem socialmente, isso gera um esforço enorme, esforço que pessoas não autistas não fazem.
Eu, mesmo com todas as dificuldades e transtornos que tive e ainda tenho na vida, gosto de ser assim. Não me imagino sendo de outra forma, pois não seria eu, seria outra pessoa que eu talvez nem gostasse. Mas essa opinião é somente minha. Falo somente por mim, com autismo leve (Asperger). Já quanto aos autistas mais severos, temos que ouvi-los também.
Mas existem pessoas não autistas que também se esforçam pra se encaixar na sociedade.
@@mundodenora eu disse “esforço enorme” e não somente “esforço”.
Claro que todos se esforçam. Tipo dirigir carro automático ou carro manual. Ambos requerem esforço. Mas o manual é mais complexo. Escolhi esse exemplo de propósito. Como consequência se não ter esse bom tradutor social, acabo ruminando comportamentos, expressões e reações de todo mundo que interage comigo. Isso me traz ansiedade e muitos outros transtornos.
Detesto a celebração extrema do autismo dentro da própria comunidade, gente, é uma deficiência, um transtorno, não vejo ninguém celebrando por ser paraplégico ou bipolar.
Eu, claro que me aceito, e me amo do jeito que sou, mas não considero uma benção ser transtornada.
É porque tendem a romantizar o autismo leve, quando a pessoa tem inteligência acima da média, tem altas habilidades. Ai acaba invisbilizando os autistas graves, de família de baixa renda, que não tem condições de pagar pelos melhores psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos. E muitos julgam quando os pais chegam ao extremo de acorrentar o filho com deficiência intelectual grave, agressivo, que chega agredir os outros ou a si mesma.
É fácil julgar quando não estamos no lugar do outro.
E tem filhos asperger, com altas habilidades, tem que ter cuidado com o que fala, não ficar se vangloriando pelo filho ser superdotado, pois as pessoas podem acabar achando que eles, estão se gabando dos talentos, habilidades do filho, fazendo com que os pais de autistas graves, fiquem decepcionados, pelo filho não conseguir alcançar o nível do outro.
Vi uma apresentação teatral sobre a síndrome de asperger, algumas características faziam sentido mas outras eram muito fantasiosas. Acho que o que falta é divulgar mais informações sobre o espectro do autismo.
Pois eu estava procurando justamente as palavras chaves “ romantização “ e autismo. Essa representaçao “ romântica” as vezes atrapalha demais! É claro que eu compreendo que essa coisa romântica ajuda na aceitação da família , os anjos azuis estarem ligados a super poderes como se fosse a coisa mais maravilhosa do mundo sendo que o dia a dia não é assim. Tenho o maior cuidado aqui em casa com isso. Existem dificuldades sim e não tem nada de lindo nisso. Não é o bicho de 7 cabeças, mas também não é uma viagem no paraíso. Ter consciência das dificuldades para uma melhor qualidade de vida é importante demais. E Autistas podem se tornar sim extremamente egocêntricos , o que não ajuda em nada.
Concordo com você....para quem convive com um autista ás vezes é muito difícil para ambas as partes e não tem nada de li ndo e maravilhoso como você diz, sobretudo aqueles autistas chamados também asperger que são adultos e nunca tiveram um diagnóstico
@@denisepinto1065 quais sao as maiores dificuldades?
@@eric18993 As maiores dificuldades na minha experiência são a comunicação, quer na linguagem comunicativa quer na receptiva. Além de tudo existem problemas cognitivos. Problemas na função executiva, posso esperar por exemplo que uma tarefa de complexidade mínima seja efectuada ao fim de anos. Para não falar das cormobilidades associadas de certeza, num autista tipo 1 de funcionamento e que só vem agravar o quadro clínico.
Bom dia a todos! Passando parabéns pelo canal!❤
Me ajuda a entender melhor o TEA.
Estou procurando material para fazer uma campanha, exatamente sobre a romantização do autismo e esse vídeo me ajudou. Tocou em pontos bem interessantes
Obg
Autismo não é uma coisa só, é um expectro. Assim, é como discutir inteligência, que também é um espectro no sentido que existem vários níveis. As pessoas com menos inteligência precisam ser "ajudadas" pela sociedade e está tarefa cabe as pessoas com "mais" inteligência. Com relação ao autismo é a mesma coisa, cabe as pessoas com graus mais leves, bem como aos neurotipicos, auxilar as com graus mais severos.
Enfim estamos em uma sociedade em que todos precisam se ajudar mutuamente independente de qual seja a características de cada um. Quanto a romantizar um ou outro grau de autismo depende da crença pessoal de cada um e cada um na sua. Eu como autista leve não romantizo mas sou grata por ser independente, inteligente e ter menos limitações que autistas mais severos ou que outros tipos de deficiência. Sabemos que a vida não é fácil pra nós em muitos aspectos que é para os neurotipicos mas afinal a vida não é fácil pra ninguém e cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.
É o mesmo caso do comentário de que o mundo é mudado na sua casa, na sua rua.
Confesso que nunca ouvi falar desse tema: romantização do autismo...
Não sou autista mas também acho isso bizarro.
Nossa Tiago, ótimo vídeo!
Concordo.
não gosto de como o autismo é representado nas mídias de entretenimento, apesar de ter acompanhado poucas obras que abordam o assunto, mas sempre noto um padrão especifico uma receita de bolo todos eles são mega intelectuais com um conhecimento acima da média sinceramente eu me sinto mal representado pois kkkkk sou autista e confesso não ter um Qi tão acima da média assim.
Sou um autista diagnosticado aos 62 anos. Ainda acho que autistas são transformadores. Este é o motivo da romantização.
Mas qual o problema de vc se aceitar como é se vc não pode mudar isso? Ja que não posso mudar tento focar nos meus pontos fortes, não acho que issl seja romantizar.
está falando das pessoas que deixam de lado os autistas severos, que se agridem, não sabem se higienizar sozinhos, não falam, não absorvem quase nada.
E as pessoas tendem a achar que ou autista é leve e funcional, genial ou que o autistas severo/moderado são eternas crianças. Elas esquecem ou não sabem que mesmo autistas severos passam pela puberdade, os hormônios e desejos aflorando.
O vídeo ficou ótimo e pra mim super engraçado kkkkk
Concordo!! romantizam mesmo com esse termo anjo azul e sobre ser inteligente também. Autismo é uma síndrome, ou seja, um conjunto de sintomas. No meu ponto de vista poderiam simplesmente tentar conhecer a característica de cada um, assim como os neurótipcos, cada um é único. A comunidade autista deve andar na mesma linha, procurando conhecer as características pessoais de cada um, dialogarem mais com as famílias, no caso dos terapeutas e também não deveria existir competição por leve ou severo.
Cada um sabe onde o calo aperta e seria legal ter consciência que estamos no mesmo barco na questão políticas públicas.
É o que vocês se propõem a fazer com os seus videos. Não é?
Eu sou um deles que falar pra não romantiza o autismo