O que eu compreendo disso é que a Pós Modernidade mostrou que o pensamento moderno tinha que baixar a bola, que o mundo é mais complexo e não dá pra fechar um monte de questões, talvez a maioria!! Porém, muita gente fez disso um ultra relativismo que transforma tudo em narrativa e passa a negar a existência de verdades objetivas. Aí fica uma dicotomia entre esses ultra relativistas e (o Iluminismo?). Pra mim a questão seria mais dialética, haveriam verdades objetivas, mas o acesso a elas é extremamente difícil devido a complexidade cultural, as tais lentes através das quais enxergamos o mundo, bem como todas as nossas limitações enquanto espécie. Porém, pelo jeito esse ultra relativismo se tornou dominante, aí me parece que quem tenta debater de uma forma mais séria sofre com espantalhos o tempo todo. Talvez seja por isso que Bauman se dizia um pensador da Pós Modernidade e não um Pensador Pós Moderno.
Não há verdades objetivas. Tudo são interpretações e metafóras. Ocorre que algumas interpretações, ao longo da história, se provaram mais úteis do que outras, mais recorrentemente, no processo de manutenção da vida.
@@Lab.53 pensando em culturas diversas e seus códigos de crenças pode ser, mas isso não se aplica a tudo. Estamos debatendo na seção de comentários de um canal de TH-cam, através do tráfego de dados, usando nossos dispositivos eletrônicos. Isso é uma verdade objetiva, não?
@Lab.53 se não houvesse verdade objetiva, essa afirmação não seria uma verdade objetiva, o que gera uma flagrante contradição lógica. Mas o problema não é apenas essa contradição, pois, a própria existência dos outros não seria uma verdade objetiva, e tudo se reduziria a uma solipsismo radical, onde o outro é uma ilusão de uma mente solitária, e a ética, que só se justifica pela existência objetiva do outro, passa a ser desnecessária e arbitrária. O solipsismo é a filosofia que justifica a sociopatia.
Fala Daniel, muito bom o vídeo. Já fiz parte do meio acadêmico e me decepciona muito a noção Popperiana da Ciência que muitos dos cientistas ainda têm. Apesar das diversas falhas que vejo na obra de Kuhn, ela me parece muito mais próxima do funcionamento da ciência na realidade. Gostaria muito de um vídeo abordando a obra de Kuhn, caso seja possível! E creio que seja importante trazer essa outra perspectiva, que é desconhecida por muita gente. Abraços
Meu unico problema com alguns marxistas é justamente o rigor com o campo teorico deles e a caricatura com outras epistemologias. Jones manoel é um grande comunicador e estudioso, sempre fala da necessidade de usar conceitos com propriedade e definições claras, entretanto ele SEMPRE faz uma caricatura do pos-modernismo. Defendo que a boa crítica deve ser imanente, e como o próprio Jones diz, é preciso criticar um pensamento pelo que de mais sofisticado existe nele... só falta aplicar.
Estou começando a acompanhar o canal, cheguei a partir do react ao vídeo da Senhorita Bira. Estou achando extremamente interessante a pós-modernidade e seu conteúdo está ajudando nessa jornada!
A crítica as metanarrativas produzida por autores ditos "pós-modernistas" não levaria a concepções irracionalistas, fragmentárias e particularistas da realidade o que em última instância, daria espaço para que discursos com variadas camadas de complexidade e rigor estatístico/analítico disputassem espaço com senso comum e teorias conspiratórias?
Existe esse debate, mas não existe essa repulsa ao conhecimento objetivo q muitos dizem q autores pós modernos tem. Pelo contrário, a ideia é entender q a realidade é mais complexa q o conhecimento objetivo e a técnica, e q existe um fator político e interpretativo q é inerente ao ser do qual na da pra fugir.
Adoraria aprender mais sobre pós modernidade. Já suspeitava q as divergências do Jones sobre talvez não estivessem na mesma sintonia de definição. Particularmente não curto live. Pra mim dispersa demais (questões com audio, cumprimentos, demora pra começar de fato, perguntas de quem tá acompanhando q cortam o raciocínio...), mas sei q é uma dificuldade/sensibilidade minha... de verdade, seria ótimo mais conteúdo sobre no formato q fosse possível. ✌🏽
Eu entendo que é sempre uma leitura errada. Quando o Foucault defende que a verdade está em disputa ele não está relativizando a realidade, mas como o status quo e as instituições lutam para que a sua ideia de verdade seja a dominante. Sempre pensei que isso não se diferencia em nada da ideia de Marx de que a ideologia da época é a ideologia da classe dominante, pelo contrário, isso dá ferramentas para entender como isso se capilariza. Foucault pulveriza essa disputa pela verdade, utilizando principalmente as instituições, mas essas também são cooptadas ideologicamente pelas estruturas de dominação. No âmbito sensível, subjetivo, discursivo e psicológico essa noção de "sua visão de mundo" faz muito sentido, daí a importância de Deleuze, Lacan e etc para a psicologia, mas nenhum deles falou que se você se deitar na frente de um caminhão e pensar que ele é um cachorro você vai poder fazer carinho nele ao invés de ser atropelado, quando saímos da esfera subjetiva, a materialidade ainda se impõe. AGORA existe uma leitura MUITO RASA e MUITO DISSEMINADA que retira essa visão da esfera individual e parte para: "mas essa é a sua visão sobre o tema", "mas isso é a sua vivência" e que colabora com a criação de narrativas da extrema direita e cai num ultra-relativismo tosco. Além disso, há uma tradição filosófica estadunidense ultra-individualista, coloco a Butler nesse grupo, que também acredita que o importante é "mudar as visões dos indivíduos", como se problemas estruturais fossem um problema de perspectiva. Essa visão serve como uma luva para o pensamento neoliberal e domina o campo left-liberal dos EUA. O maior problema disso é que abandona qualquer ideia de que seja possível pensar um sistema (metanarrativa) que gere menos sofrimento e coloca na atitude individual a possibilidade de mudança, o que nunca se verificou na história.
Penso como voce, Daniel. Fiz um video sobre pós-modernismo há uns anos. Só acho que precisamos diferenciar Platão e platonismo. O platonismo é o problema, já Platão, talvez seja mais complexo do que o platonismo fez ser. Nietzsche tambem dizia que usava Socrates (de Platão) como um meio para uma crítica - da metafisica dominante, do cristianismo dominante, etc.
Me parece que o problema é tático circunstancial. O socialismo é uma resposta a um estado de coisas, utilizando-se das posssibilidades dentro desse estado de coisas. Embora eu goste da concepção que vc apresenta, ela está póstuma e é sim prejudicial a um empreendimento revolucionário. Acaba sim servindo ao conservadorismo ou dependendo de um certo determinismo otimista. Não chega a um niilismo ativo e se chegar, vira socialista.... se a burguesia fosse adepta dessa compreensão, aí quem sabe lol, mas não será justamente porque o atual estado de coisas lhe beneficia particularmente. O pós moderno é uma forma de imitar as sombras na parede e acreditar que é em si a realização do poder...
Desculpe minha extrema ignorância em filosofia, mas a primeira vez que ouvi falar em pós-modernismo foi em um livro de Alan Sokal e Jean Bricmont, chamado "Imposturas Intelectuais". Esse livro deixa qualquer um da área das ciências naturais com birra do pós-modernismo. Você conhece esse livro? Caso conheça, poderia falar sobre?
O problema gravíssimo desse livro é que os próprios autores são como vc se intitula, extremamente ignorantes em filosofia, pegam trechos descontextualizados dos livros e esculhambam o uso Supostamente indevido de conceitos científicos, como se invalidassem o pensamento filosófico dos autores, sem ao menos tentar entender qual o funcionamento conceitual q tais autores tentam dar as referências científicas . mesmo q os filósofos no caso possam ter entendido mal oque então usando , muitas vezes o tipo de uso da linguagem e conceitos que é feito pelos filósofos drpende mais de como eles entenderam e quais relações analogias conseguem fazer com seus prorios conceitos, ja que seus livros sao sobre filosofia e nao estao tendo ensinar alguma ciência, mas construir seu próprio pensamento que independe de terem compreendido corretamente como se aplica nas ciências, e , oque ficou patente pra mim é que a grande impostura intelectual foi o livro dos próprios autores.agora o fato fe terem feito a pegadinha com uma revista acadêmica, mostra que há muita gente despreparada no meio acadêmico, oque nao é novidade e tem muita lenga lenga no meio usando jargao filosofico pos moderno é fato, o negocio é ler os autores e tentar compreender o pensamento deles e ser capaz de distinguir lenga lenga de contribuições pertinentes . Espero ter contribuído em estimular a ler os filósofos por eles mesmos e tirar suas próprias conclusões.Abs
@@marcoscastro4993 oi Marcos! quando eu li o livro, vi que os autores fazem ressalvas reconhecendo textualmente que os usos incorretos de linguajar pseudocientífico pelos autores pós-modernistas não invalidavam o conjunto de seus estudos filosóficos, os quais eles (Sokal e Bricmont) não teriam condições de avaliar. A crítica deles era focada no fato desse mau hábito específico obscurecer o discurso a ponto de gerar uma espécie de "poesia cubista" (analogia minha) onde o leitor é que dava o sentido que quisesse ao texto. Eles também citam exemplos de autores que realmente assumiam que os termos usados NÃO eram analogias ou metáforas, e deveriam sim ser interpretados literalmente. Talvez por esses abusos de linguagem, uma revista tão importante na área de estudos sociais, não apenas deixou passar um artigo no estilo "gerador de lero-lero", como deu ênfase, publicando em um número especial. Na época que li o livro eu honestamente concordei com eles, pois as ressalvas no início do livro (se não me engano no prefácio) o redimem do que você os acusa.
Sokral falou sobre os Irmãos Bogdanov? Eles simplesmente conseguiram um doutorado em Física só com lero-lero. Esse problema não é das Ciências Humanas, apenas
@@Alansouz10 sim, o problema de artigos que passam sem revisão não é exclusividade das ciências humanas, infelizmente. No caso do livro citado, o Sokal publicou em 1998, antes do caso dos irmãos Bogdanov vir à tona. Portanto não dava para ele citar. Mas a questão que eles denunciaram no livro não se resume apenas ao famigerado artigo de "pegadinha", e sim de um mau hábito de obscurecer o discurso deliberadamente com jargão científico fora de contexto e sem nessecidade por vários autores importantes e já consagrados.
Colocar Kuhn e Feyerabend juntos é bem estranho por parte do Harvey, não sabia disso. O Feyerabend vai atacar, sem nenhuma clemência, o trabalho do Kuhn justamente acusando ele de pretender apenas mostrar a história como ela aconteceu e de fingir que a interpretação dele da historia da ciência é neutra. Em carta o Feyerabend explicitamente diz que o Kuhn tem uma ideologia a favor do status quo e esconde isso do leitor. Em defesa do Kuhn, ele passou 30 anos reclamando que todo mundo entendeu o livro dele errado, então o Harvey seria só mais um
Fractais são objetos geométricos não euclidianos, caracterizados pela auto-similaridade. É um bom exemplo de contraponto ao platonismo. A Itália é uma bota, mas se tu levar em consideração um maior nível de precisão de sua costa, ao desdobre dessa rugosidade, qual a forma final do tecido?
Gostaria de dar uma dica para o canal, mas eu sei que isso talvez dê trabalho. Quando você citar um autor ou um livro, poderia colocar por escrito no vídeo ou nas descrições porque muitas vezes não dá para entender a referência.
O conteúdo desse vídeo é um pouco mais complexo, mesmo assim, consegui entender alguma coisa rsrsrsr... Vou compartilhar e em breve retornarei aqui de novo! 👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿
Ta ai um vídeo que me deixou curioso, eu entendi oq disse mas não tenho bases o suficiente para dizer se concordo ou não, 2 ou 3 comentários interessantes que me ajudaram a ter um norte e ver outras opiniões, mas qualquer fala pergunta vai ser muito superficial ao tema que me parece exigir mais leitura da minha parte
Entendi nada. Colocou no mesmo balaio um monte de filósofos q discordam uns dos outros sobre o assunto especificamente, imputou a eles pensamentos q categoricamente afirmaram o oposto. Nietzsche até discordava d Platão, mas não por esses argumentos apresentados. Terry Eagleton junto c Richard Sorry... Putz... Quero muito saber onde esse profissional se formou. Muito inovador
Já que citou o nascimento da biopolítica, trago um trecho do livro, que discute um pouco a questão da verdade falada no vídeo: “A crítica que lhes proponho consiste em determinar em que condições e com quais efeitos se exerce uma veridição, isto é, mais uma vez, um tipo de formulação do âmbito de certas regras de verificação e de falsificação. Por exemplo, quando digo que a crítica consistiria em determinar em que condições e com quais efeitos se exerce uma veridição, vocês veem que o problema não consistiria em dizer, portanto: vejam como a psiquiatria é opressiva, já que é falsa. Não consistiria nem mesmo em ser um pouco mais sofisticado e dizer: olhem como ela é opressiva, já que é verdadeira. Consistiria em dizer que o problema está em trazer à luz as condições que tiveram de ser preenchidas para que se pudessem emitir sobre a loucura - mas a mesma coisa valeria para a delinquência, a mesma coisa valeria para o sexo - os discursos que podem ser verdadeiros ou falsos de acordo com as regras que são as da medicina ou as da confissão ou as da psicologia, pouco importa, ou as da psicanálise” (O nascimento da biopolítica, Michel Foucault, p. 48).
Me responde: é possível ser comunista cristão? Acho q não...é ser comunista e pós-moderno? Num tem um colonialismo, um ocidentalismo, um pensamento com uma superioridade q não nos interessa?
Oxi, mas claro que é possível ser comunista e cristão. Lenin mesmo já escreveu que não importa se o trabalhador acredita no paraíso pós-morte, o que importa é que o trabalhador queira construir o paraíso também aqui na Terra.
@@italobraga5251o que não quer dizer que o próprio Lênin fosse contra a divulgação do ateísmo. Ele não tinha nada contra o trabalhador ter crença pessoal, mas era fervorosamente a favor da divulgação do ateísmo.
Mano, o que tu tá chamando de 'cristianismo'? A parte onde Jesus fala 'vá e não peques mais!"? Se for isso, perceba que Maria Madalena se juntou ao rolê... a religião é a centralização da nossa intuição enquanto entidades no mundo. Concordo com a crítica ao seu caráter estanque (institucional), mas não pode misturar as coisas...
Cristianismo é uma grande meta-narrativa. Querer reduzir o cristianismo a uma simples mensagem de amor e aceitação não condiz nem com a história nem com a realidade atual. Não que o "amor" não seja uma parte fundamental no pensamento cristão, o amor de Deus a seus filhos é um dos grandes pontos de sustentação e apelo em favor, mas o problema é o que vem acompanhado disso, principalmente com a ideia de um Deus único, absoluto, eterno, infinito com toda onisciência, onipotência e onipresença, em que a lei d'Ele não muda, o que é uma ideia extremamente metafísica, e parando pra analisar, totalmente influência pelo pensamento platônico. Você pode até dizer que pessoas que usam o discurso pra manipulação não são cristãs de verdade, mas aí tem o risco de cair numa falácia do "falso escocês".
@@robinfailure então, você precisa sustentar a idéia de meta narrativa, porque é o monstro que pretende combater. Você é um interlocutor útil do conservadorismo. O mais correto, adianto, é tratar a questão no mínimo com suas paraconsistências (como tentou fazer na ressalva). Paradoxalmente, você sustenta o cristianismo como metanarrativa, tornando a tua posição ideológica apenas trivial.
O que eu compreendo disso é que a Pós Modernidade mostrou que o pensamento moderno tinha que baixar a bola, que o mundo é mais complexo e não dá pra fechar um monte de questões, talvez a maioria!! Porém, muita gente fez disso um ultra relativismo que transforma tudo em narrativa e passa a negar a existência de verdades objetivas. Aí fica uma dicotomia entre esses ultra relativistas e (o Iluminismo?). Pra mim a questão seria mais dialética, haveriam verdades objetivas, mas o acesso a elas é extremamente difícil devido a complexidade cultural, as tais lentes através das quais enxergamos o mundo, bem como todas as nossas limitações enquanto espécie. Porém, pelo jeito esse ultra relativismo se tornou dominante, aí me parece que quem tenta debater de uma forma mais séria sofre com espantalhos o tempo todo. Talvez seja por isso que Bauman se dizia um pensador da Pós Modernidade e não um Pensador Pós Moderno.
Não há verdades objetivas. Tudo são interpretações e metafóras. Ocorre que algumas interpretações, ao longo da história, se provaram mais úteis do que outras, mais recorrentemente, no processo de manutenção da vida.
@@Lab.53 pensando em culturas diversas e seus códigos de crenças pode ser, mas isso não se aplica a tudo. Estamos debatendo na seção de comentários de um canal de TH-cam, através do tráfego de dados, usando nossos dispositivos eletrônicos. Isso é uma verdade objetiva, não?
Boa, camarada: ficaram presos, antidialéticos, nos polos Universitotais × Ultrarrelativistas
@Lab.53 se não houvesse verdade objetiva, essa afirmação não seria uma verdade objetiva, o que gera uma flagrante contradição lógica. Mas o problema não é apenas essa contradição, pois, a própria existência dos outros não seria uma verdade objetiva, e tudo se reduziria a uma solipsismo radical, onde o outro é uma ilusão de uma mente solitária, e a ética, que só se justifica pela existência objetiva do outro, passa a ser desnecessária e arbitrária. O solipsismo é a filosofia que justifica a sociopatia.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK@@Lab.53
Fala Daniel, muito bom o vídeo.
Já fiz parte do meio acadêmico e me decepciona muito a noção Popperiana da Ciência que muitos dos cientistas ainda têm. Apesar das diversas falhas que vejo na obra de Kuhn, ela me parece muito mais próxima do funcionamento da ciência na realidade. Gostaria muito de um vídeo abordando a obra de Kuhn, caso seja possível! E creio que seja importante trazer essa outra perspectiva, que é desconhecida por muita gente.
Abraços
Meu unico problema com alguns marxistas é justamente o rigor com o campo teorico deles e a caricatura com outras epistemologias. Jones manoel é um grande comunicador e estudioso, sempre fala da necessidade de usar conceitos com propriedade e definições claras, entretanto ele SEMPRE faz uma caricatura do pos-modernismo. Defendo que a boa crítica deve ser imanente, e como o próprio Jones diz, é preciso criticar um pensamento pelo que de mais sofisticado existe nele... só falta aplicar.
Estou começando a acompanhar o canal, cheguei a partir do react ao vídeo da Senhorita Bira. Estou achando extremamente interessante a pós-modernidade e seu conteúdo está ajudando nessa jornada!
Tbm
Muito bom, Daniel. Acompanho sempre seus vídeos. Eu não concordo com suas posições marxistas e antineoliberalismo porém seus vídeos são bastante bons.
O vídeo me ajudou muito, Daniel. Já quero a live (ou um video) sobre o Kuhn.
A crítica as metanarrativas produzida por autores ditos "pós-modernistas" não levaria a concepções irracionalistas, fragmentárias e particularistas da realidade o que em última instância, daria espaço para que discursos com variadas camadas de complexidade e rigor estatístico/analítico disputassem espaço com senso comum e teorias conspiratórias?
Existe esse debate, mas não existe essa repulsa ao conhecimento objetivo q muitos dizem q autores pós modernos tem. Pelo contrário, a ideia é entender q a realidade é mais complexa q o conhecimento objetivo e a técnica, e q existe um fator político e interpretativo q é inerente ao ser do qual na da pra fugir.
Adoraria aprender mais sobre pós modernidade. Já suspeitava q as divergências do Jones sobre talvez não estivessem na mesma sintonia de definição.
Particularmente não curto live. Pra mim dispersa demais (questões com audio, cumprimentos, demora pra começar de fato, perguntas de quem tá acompanhando q cortam o raciocínio...), mas sei q é uma dificuldade/sensibilidade minha... de verdade, seria ótimo mais conteúdo sobre no formato q fosse possível. ✌🏽
Canal excelente. Por tags pra ver demais pessoas conhecem. ❤
Que bom que curtiu. :)
Eu entendo que é sempre uma leitura errada. Quando o Foucault defende que a verdade está em disputa ele não está relativizando a realidade, mas como o status quo e as instituições lutam para que a sua ideia de verdade seja a dominante. Sempre pensei que isso não se diferencia em nada da ideia de Marx de que a ideologia da época é a ideologia da classe dominante, pelo contrário, isso dá ferramentas para entender como isso se capilariza. Foucault pulveriza essa disputa pela verdade, utilizando principalmente as instituições, mas essas também são cooptadas ideologicamente pelas estruturas de dominação.
No âmbito sensível, subjetivo, discursivo e psicológico essa noção de "sua visão de mundo" faz muito sentido, daí a importância de Deleuze, Lacan e etc para a psicologia, mas nenhum deles falou que se você se deitar na frente de um caminhão e pensar que ele é um cachorro você vai poder fazer carinho nele ao invés de ser atropelado, quando saímos da esfera subjetiva, a materialidade ainda se impõe.
AGORA existe uma leitura MUITO RASA e MUITO DISSEMINADA que retira essa visão da esfera individual e parte para: "mas essa é a sua visão sobre o tema", "mas isso é a sua vivência" e que colabora com a criação de narrativas da extrema direita e cai num ultra-relativismo tosco. Além disso, há uma tradição filosófica estadunidense ultra-individualista, coloco a Butler nesse grupo, que também acredita que o importante é "mudar as visões dos indivíduos", como se problemas estruturais fossem um problema de perspectiva. Essa visão serve como uma luva para o pensamento neoliberal e domina o campo left-liberal dos EUA. O maior problema disso é que abandona qualquer ideia de que seja possível pensar um sistema (metanarrativa) que gere menos sofrimento e coloca na atitude individual a possibilidade de mudança, o que nunca se verificou na história.
Nossa!! Que interessante!! Eu realmente tinha uma visão negativa sobre pós modernidade justamente por causa do David Harvey.
Penso como voce, Daniel. Fiz um video sobre pós-modernismo há uns anos. Só acho que precisamos diferenciar Platão e platonismo. O platonismo é o problema, já Platão, talvez seja mais complexo do que o platonismo fez ser. Nietzsche tambem dizia que usava Socrates (de Platão) como um meio para uma crítica - da metafisica dominante, do cristianismo dominante, etc.
Me parece que o problema é tático circunstancial. O socialismo é uma resposta a um estado de coisas, utilizando-se das posssibilidades dentro desse estado de coisas. Embora eu goste da concepção que vc apresenta, ela está póstuma e é sim prejudicial a um empreendimento revolucionário. Acaba sim servindo ao conservadorismo ou dependendo de um certo determinismo otimista. Não chega a um niilismo ativo e se chegar, vira socialista.... se a burguesia fosse adepta dessa compreensão, aí quem sabe lol, mas não será justamente porque o atual estado de coisas lhe beneficia particularmente. O pós moderno é uma forma de imitar as sombras na parede e acreditar que é em si a realização do poder...
Excelente análise.
Desculpe minha extrema ignorância em filosofia, mas a primeira vez que ouvi falar em pós-modernismo foi em um livro de Alan Sokal e Jean Bricmont, chamado "Imposturas Intelectuais".
Esse livro deixa qualquer um da área das ciências naturais com birra do pós-modernismo.
Você conhece esse livro? Caso conheça, poderia falar sobre?
O problema gravíssimo desse livro é que os próprios autores são como vc se intitula, extremamente ignorantes em filosofia, pegam trechos descontextualizados dos livros e esculhambam o uso Supostamente indevido de conceitos científicos, como se invalidassem o pensamento filosófico dos autores, sem ao menos tentar entender qual o funcionamento conceitual q tais autores tentam dar as referências científicas . mesmo q os filósofos no caso possam ter entendido mal oque então usando , muitas vezes o tipo de uso da linguagem e conceitos que é feito pelos filósofos drpende mais de como eles entenderam e quais relações analogias conseguem fazer com seus prorios conceitos, ja que seus livros sao sobre filosofia e nao estao tendo ensinar alguma ciência, mas construir seu próprio pensamento que independe de terem compreendido corretamente como se aplica nas ciências, e , oque ficou patente pra mim é que a grande impostura intelectual foi o livro dos próprios autores.agora o fato fe terem feito a pegadinha com uma revista acadêmica, mostra que há muita gente despreparada no meio acadêmico, oque nao é novidade e tem muita lenga lenga no meio usando jargao filosofico pos moderno é fato, o negocio é ler os autores e tentar compreender o pensamento deles e ser capaz de distinguir lenga lenga de contribuições pertinentes . Espero ter contribuído em estimular a ler os filósofos por eles mesmos e tirar suas próprias conclusões.Abs
@@marcoscastro4993 oi Marcos! quando eu li o livro, vi que os autores fazem ressalvas reconhecendo textualmente que os usos incorretos de linguajar pseudocientífico pelos autores pós-modernistas não invalidavam o conjunto de seus estudos filosóficos, os quais eles (Sokal e Bricmont) não teriam condições de avaliar. A crítica deles era focada no fato desse mau hábito específico obscurecer o discurso a ponto de gerar uma espécie de "poesia cubista" (analogia minha) onde o leitor é que dava o sentido que quisesse ao texto. Eles também citam exemplos de autores que realmente assumiam que os termos usados NÃO eram analogias ou metáforas, e deveriam sim ser interpretados literalmente. Talvez por esses abusos de linguagem, uma revista tão importante na área de estudos sociais, não apenas deixou passar um artigo no estilo "gerador de lero-lero", como deu ênfase, publicando em um número especial. Na época que li o livro eu honestamente concordei com eles, pois as ressalvas no início do livro (se não me engano no prefácio) o redimem do que você os acusa.
Sokral falou sobre os Irmãos Bogdanov? Eles simplesmente conseguiram um doutorado em Física só com lero-lero. Esse problema não é das Ciências Humanas, apenas
@@Alansouz10 sim, o problema de artigos que passam sem revisão não é exclusividade das ciências humanas, infelizmente. No caso do livro citado, o Sokal publicou em 1998, antes do caso dos irmãos Bogdanov vir à tona. Portanto não dava para ele citar.
Mas a questão que eles denunciaram no livro não se resume apenas ao famigerado artigo de "pegadinha", e sim de um mau hábito de obscurecer o discurso deliberadamente com jargão científico fora de contexto e sem nessecidade por vários autores importantes e já consagrados.
Colocar Kuhn e Feyerabend juntos é bem estranho por parte do Harvey, não sabia disso. O Feyerabend vai atacar, sem nenhuma clemência, o trabalho do Kuhn justamente acusando ele de pretender apenas mostrar a história como ela aconteceu e de fingir que a interpretação dele da historia da ciência é neutra. Em carta o Feyerabend explicitamente diz que o Kuhn tem uma ideologia a favor do status quo e esconde isso do leitor. Em defesa do Kuhn, ele passou 30 anos reclamando que todo mundo entendeu o livro dele errado, então o Harvey seria só mais um
Sectarismo marxista
Fractais são objetos geométricos não euclidianos, caracterizados pela auto-similaridade. É um bom exemplo de contraponto ao platonismo. A Itália é uma bota, mas se tu levar em consideração um maior nível de precisão de sua costa, ao desdobre dessa rugosidade, qual a forma final do tecido?
Um cu
Aula incrível! ❤
Pós-modernidade é uma expressão tão vaga quanto indefinida.
Gostaria de dar uma dica para o canal, mas eu sei que isso talvez dê trabalho. Quando você citar um autor ou um livro, poderia colocar por escrito no vídeo ou nas descrições porque muitas vezes não dá para entender a referência.
Muito bom, Daniel.
O conteúdo desse vídeo é um pouco mais complexo, mesmo assim, consegui entender alguma coisa rsrsrsr... Vou compartilhar e em breve retornarei aqui de novo! 👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿
Seu vídeo apareceu no momento exato em que entrei no yt para procurar sobre este tema 😮
Ótima aula
Estou desejoso por seu vídeo camaradaaaaaaa aaaaaaa
Pra quem é do campo da educação, o texto "O adeus às metanarrativas educacionais" do Tomaz Tadeu da Silva dialoga bastante com o vídeo.
Poderia colocar o livro do seu professor sobre epstemologia ou um livro para quem tem interesse pelo epstemologia?
Ta ai um vídeo que me deixou curioso, eu entendi oq disse mas não tenho bases o suficiente para dizer se concordo ou não, 2 ou 3 comentários interessantes que me ajudaram a ter um norte e ver outras opiniões, mas qualquer fala pergunta vai ser muito superficial ao tema que me parece exigir mais leitura da minha parte
6:30 Quanto Mais se Ama a Humanidade, Menos se Ama o Indivíduo em Particular.
________ Dostoiévski, in Os irmãos Karamazov
Prof.. e possível colocar os links para compra destes livros, ou nominar ao menos, por favor.
A Verdade é um mito clássico.
Excelente 👏👏👏
Chama a Clari de Luma para falar sobre filosofia da ciência.
"porque a gente quer emancipar a humanidade"
-porque?
"porque a gente quer"
Taí, explicou direitinho...
@@barchilon E eu quero uma viagem lá para a Terra do Nunca e quero que queiramos todos isso também, quero que "a gente" queira querendo por querer.
@@joaocfernandes627 kkkkk
Bom dia Pessoal!
Entendi nada.
Colocou no mesmo balaio um monte de filósofos q discordam uns dos outros sobre o assunto especificamente, imputou a eles pensamentos q categoricamente afirmaram o oposto. Nietzsche até discordava d Platão, mas não por esses argumentos apresentados. Terry Eagleton junto c Richard Sorry... Putz...
Quero muito saber onde esse profissional se formou. Muito inovador
Você pode falar qualquer coisa. A humanidade continua dividida por classes. Fato irrefutável.
Já que citou o nascimento da biopolítica, trago um trecho do livro, que discute um pouco a questão da verdade falada no vídeo:
“A crítica que lhes proponho consiste em determinar em que condições e com quais efeitos se exerce uma veridição, isto é, mais uma vez, um tipo de formulação do âmbito de certas regras de verificação e de falsificação. Por exemplo, quando digo que a crítica consistiria em determinar em que condições e com quais efeitos se exerce uma veridição, vocês veem que o problema não consistiria em dizer, portanto: vejam como a psiquiatria é opressiva, já que é falsa. Não consistiria nem mesmo em ser um pouco mais sofisticado e dizer: olhem como ela é opressiva, já que é verdadeira. Consistiria em dizer que o problema está em trazer à luz as condições que tiveram de ser preenchidas para que se pudessem emitir sobre a loucura - mas a mesma coisa valeria para a delinquência, a mesma coisa valeria para o sexo - os discursos que podem ser verdadeiros ou falsos de acordo com as regras que são as da medicina ou as da confissão ou as da psicologia, pouco importa, ou as da psicanálise” (O nascimento da biopolítica, Michel Foucault, p. 48).
Mano, vamos fazer um curso sobre Deleuze e Guattari juntos?
Aliás, excelente vídeo!
eu sou tão fascinado pelas fractais que se fundassem uma religião disso eu cairia facinho 😁
Então, esses conceitos metafísicos as pessoas não abandonam por culpa da religião, penso eu. É uma boa pergunta para ser explorada.
e eu jurando que Laval era marxiano
Vídeo MUITO BOM!!!!
Muito BOM!!!!!!
massa!!
Dá pra ser iluminista e pos moderno? 😅
Não. Mas, dá pra fingir ser haha
Assisti Foucault ao vivo.Vigiar e punir Paris 81
.......comentando para engajar.......
👏👏👏👏
Richard o que? 00:29
Rorty
Teus vídeos sobre conceitos teóricos são muito bons. Prefiro esses do que os vídeos de opinião (sei que é por causa de engajamento). Sucesso! Abraços!
Eu gosto desse vídeo do Nerdologia sobre fractais.
th-cam.com/video/nMyoA4OrlT0/w-d-xo.html
Tenho certeza que será útil!
O Ghiraldelli manja de pós modernidade. Ele tem um vídeo sobre
Um bom crítico é o Rouanet.
Poderia falar menos apressado. Quero aprender com você.
Esse canal tá longe da qualidade do canal do Pondé e o do Carnal .
Oi
Me responde: é possível ser comunista cristão? Acho q não...é ser comunista e pós-moderno? Num tem um colonialismo, um ocidentalismo, um pensamento com uma superioridade q não nos interessa?
Oxi, mas claro que é possível ser comunista e cristão. Lenin mesmo já escreveu que não importa se o trabalhador acredita no paraíso pós-morte, o que importa é que o trabalhador queira construir o paraíso também aqui na Terra.
@@italobraga5251o que não quer dizer que o próprio Lênin fosse contra a divulgação do ateísmo. Ele não tinha nada contra o trabalhador ter crença pessoal, mas era fervorosamente a favor da divulgação do ateísmo.
A ciência pesquisa e tenta entender todas as coisas criadas por Deus .
Mano, o que tu tá chamando de 'cristianismo'? A parte onde Jesus fala 'vá e não peques mais!"? Se for isso, perceba que Maria Madalena se juntou ao rolê... a religião é a centralização da nossa intuição enquanto entidades no mundo. Concordo com a crítica ao seu caráter estanque (institucional), mas não pode misturar as coisas...
cristianismo enquanto transcendência, essa ideia de pecado universal, um Deus Cosmopolita, etc
Cristianismo é uma grande meta-narrativa. Querer reduzir o cristianismo a uma simples mensagem de amor e aceitação não condiz nem com a história nem com a realidade atual. Não que o "amor" não seja uma parte fundamental no pensamento cristão, o amor de Deus a seus filhos é um dos grandes pontos de sustentação e apelo em favor, mas o problema é o que vem acompanhado disso, principalmente com a ideia de um Deus único, absoluto, eterno, infinito com toda onisciência, onipotência e onipresença, em que a lei d'Ele não muda, o que é uma ideia extremamente metafísica, e parando pra analisar, totalmente influência pelo pensamento platônico. Você pode até dizer que pessoas que usam o discurso pra manipulação não são cristãs de verdade, mas aí tem o risco de cair numa falácia do "falso escocês".
@@robinfailure então, você precisa sustentar a idéia de meta narrativa, porque é o monstro que pretende combater. Você é um interlocutor útil do conservadorismo. O mais correto, adianto, é tratar a questão no mínimo com suas paraconsistências (como tentou fazer na ressalva). Paradoxalmente, você sustenta o cristianismo como metanarrativa, tornando a tua posição ideológica apenas trivial.
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