Todas as resenhas e a maioria dos moderadores falam do relacionamento dos personagens principais que na verdade não houve. O filme não trata da solidão nem do relacionamento gay. Trata sim da cura que o personagem principal persegue para as dores da sua criança. Na verdade não há fantasmas no filme. Esse processo normalmente não é feito só pelo personagem mas sim acompanhado por um psicanalista. No caso do filme o processo é feito sozinho. Finalizando, não houve romance entre os dois personagens. Isso é mostrado logo no início quando o Mescal não entra no apartamento e após rejeição, se mata, o que aparece no fim. Isso tudo é o processo Hoffman. Gonzaguinha escreveu De volta ao começo logo após a terapia do Processo. A música que Gal imortalizou inicia com a frase: E O MENINO COM O BRILHO DO SOL NA MENINA DOS OLHOS, SORRI E ESTENDE A MÃO ... Se a sua criança precisar, estenda a mão, leve-a ao fundo do fim, compreenda seus algozes, se compadeça deles e finalmente os perdoe e perdoe a si mesmo, solte todas as amarras e seja feliz.
Me emocionei demais , demais com este filme , chorei muito justamente porque me identifiquei com o Adam , que na minha opinião não via fantasmas e sim imaginava diálogos, ele imagina cenas, com os pais e com o Harry, provavelmente com outras pessoas também, ou seja, ele viaja mentalmente. Creio que Adam, no início do filme, depois de bater a porta na cara do Harry, ficou imaginando como seria se relacionar com ele, tipo uma projeção como você mesmo disse, até que no final , ao tentar realmente ir ao apartamento do Harry , descobrir que ele havia morrido naquela noite que eles se conheceram. Putz , isso me devastou!
*SOLIDÃO PURA E LATENTE!!!* - É esse ser gay da década de 80 carregado de toda forma de preconceito em família, na escola,etc etc, que permeava a época. Esse revisitar "os pais" foi a catarse que a personagem encontrou(escrevendo o roteiro) de dizer quem ele se tornou. Triste e solitário por anos, sem ao menos conseguir se relacionar com outro homem. Contratempo, surge a personificação do Amor em sua frente, e envolto em medos, traumas, e sem perceber a rapidez do tempo, paulatinamente se deixa encantar na possibilidade de amar e se deixar amar, de preencher o vazio que o Ser Humano tem como sua maior tragédia! Só que a crueldade temporal, da forma mais vil e real, porque a Morte é o "game over", somente vislumbra a gostosura de ter alguém à Personagem Central... O fim, na Escuridão do Tempo, em plano que vai se abrindo, temos mantido lá no infinito, a multiplicidade da finitês, a pluralidade de Todo nós! É pra chorar, sim..... 😥😥😥😥
No filme todas as personagens estão mortas. Adam morreu de sida, daí a febre, a perda de consciência na discoteca. Harry também morreu, de alcool, de solidão. Os pais de Adam está esclarecido por que morreram. É um encontro entre fantasmas que tentam resolver os problemas que tiveram em vida, muito ao estilo do filme "Os Outros" com Nicole Kidman, onde a mãe, os filhos, os criados e o pai estavam todos mortos. Muito dificilmente Andrew Haigh realizaria um filme com final feliz, exceptuando Looking. Tambem acho muito estranho que nenhum dos comentaristas tenha focado a questão de Harry ter sido encontrado morto e já em decomposicao com uma garrafa ao lado por Adam. No final, os fantasmas são luzes no universo, no espaço sideral que é onde os fantasmas devem estar. I do hope you've enjoyed the film as much as I did. It is a piece of art. Eu digo que Adam morreu de sida porque o tempo da narrativa são os anos 90, com a música de Petshop Boys e de FRANKY GOES TO HOLLYOOD, as únicas referências temporais do filme. No início dos anos 90 morriam centenas de milhar de homens homossexuais pelo mundo fora.
Se eu não interpretasse pela linha espiritualista não teria me impactado e emocionado tanto. Todos mortos deste o início, ao longo do filme é possível captar que Adam tb estava morto (inclusive, só assim teria contato com outros mortos). Mesma vibe do final de "Lost", a questão do purgatório, e das almas se ajudando a ir em direção a luz (e foi o que aconteceu nas duas obras). O bacana é que a obra original tb é espiritualista. Melhor filme que vi em muuuuito tempo.
Filme maravilhoso! Toca em muitos assuntos relevantes. A solidão é uma questão que todos, em alguma esfera da vida, entendem bem. A solidão do homem gay tem peculiaridades muito interessantes de serem estudadas. Todos podem sentir a dor dos personagens independente de serem gays, héteros ou qualquer outra expressão da sexualidade humana. Imagina a dor que é o personagem passar a vida se perguntando se os pais amariam o adulto. Excelente vídeo, Gustavo.
Valeu, Lucas! Eu adorei todos os diálogos entre o Harry e o Adam, principalmente suas reflexões sobre a diferença entre queer e gay, ou mesmo quando falam "naquela época isso era pior"... foi uma construção muito rica de como eles enxergam o mundo. Até podia ter falado mais disso no vídeo, mas às vezes gosto de me manter ao tema principal que tô discutindo. :D Um abraço!
Eu que agradeço pelas resenhas! Você será grande como a Isabela Boscov e o Dalenogare. Ah sim, esse diálogo foi bem colocado. O personagem do Paul Mescal também tem dores imensas. Quando ele chega brincando que é um vampiro, dá pra ver que ele está desesperado por algum tipo de conexão com alguém.
@@LucasFerreira-ep3pl eu adorei o olhar de dor silenciosa que ele lança, muitas vezes, pro Adam. Entendendo sua dor própria, mas ainda assim escolhendo não jogar ela em cima dele. Dois atores incríveis mesmo.
gustavo, parabéns pelos seus vídeos, que eu adoro e assisto sempre! acho o filme bastante sofisticado em diversos aspectos técnicos que não preciso comentar, mas sobretudo no quanto ele consegue criar uma atmosfera muito específica que é, ao mesmo tempo, o espírito da experiência de determinando grupo (especificamente homens gays cis, e pessoas queer, de certo modo) numa determinada época, que conversa conosco no presente, para todas as pessoas, tratando de sentimentos como a solidão, a angústia, e certo desamparo impossível de ser nomeado, que atravessa todos nós humanos em algum momento da vida. entretanto, pessoas queer podem entender melhor certas camadas do filme que talvez pessoas hétero negligenciem porque simplesmente não passaram por esse tipo de experiência, sobretudo numa sociedade extremamente heteronormativa. por exemplo: o fato dos dois personagens serem gays é uma escolha de roteiro bastante inteligente que dá sentido às aparições desses “fantasmas” (e acho que não é relevante discutir a sua natureza porque isso não é uma questão nem mesmo na construção do próprio roteiro) uma vez que, sobretudo na geração do adam, meados de 80, ser gay era um tabu e muitos se tornavam órfaos de pais vivos, uma vez que muitas famílias rompiam relações com seus filhos (os “fantasmas” no filme, eu acho, são uma alegoria desse abandono e uma oportunidade de apaziguar essas relações no sentido do que significa “ser aceito” e as violências que a rejeição produz). adam e harry são de gerações diferentes e isso fica claro no modo como os dois lidam com esse encontro: enquanto adam tem muito receio (uma leitura para isso seria a epidemia de aids que a geração dele viveu e que mesmo no momento do filme, onde as coisas já haviam melhorado bastante, até mesmo do ponto de vista de políticas públicas, fazia com que ele tivesse receio de ter encontros - ele chega a verbalizar isso de forma indireta numa das cenas com harry), harry é muito mais aberto justamente porque a sua geração já não cresceu sob a égide desse estigma, embora sofra desse mesmo abandono familiar. pra mim existe no filme uma grande discussão da solidão de pessoas queer que durante muito tempo, por exemplo, não puderem constituir família nem verem suas histórias representadas no cinema. acho justo que exista certo romantismo escancarado na cena final, por exemplo. fica claro que é o adam, agora adolescente, se projetando no clipe da banda que serve de inspiração pra cena e pode, naquele momento, voltar ao passado e se imaginar numa cena muito romântica com seu parceiro, umas vez que, de novo, no momento de descoberta da sua sexualidade não pôde viver experiências tão comuns a pessoas heterossexuais, pelos motivos que já comentei acima. pessoas queer tem muitas experiências roubadas durante o seu processo de descoberta e é natural que isso impacte em suas relações e em suas experiências, inclusive no sentido delas só poderem experimenta-las muito mais tarde do que pessoas heterossexuais. pensando de uma perspectiva mais psicológica, digamos assim, o adam vive uma espécie de processo terapêutico no qual reencena parte da sua história pra, quem sabe, fazer as pazes com os fantasmas do seu passado e seguir em frente, senão resolvido, sabendo lidar melhor com eles…
Ótimos pontos, João! Inclusive, acredito que ancorar essa história numa relação entre dois homens a torna muito mais interessante, muito mais bem embasada pensando nos traumas e reflexões que o filme aborda. :)
Olá, youtubers! Gostei bastante da análise do Girotto. Assim, quero compartilhar com vocês algumas reflexões sobre o quanto este filme "Todos nós Desconhecidos" me lembrou outro. Estou falando de **"Me Chame Pelo Seu Nome" (Call Me by Your Name)**, dirigido por Luca Guadagnino e lançado em 2017. Este filme, ambientado na bela paisagem italiana durante o verão, explora a intensa relação entre Elio, um jovem de 17 anos, e Oliver, um acadêmico mais velho que veio para ajudar na pesquisa do pai de Elio. O que começa como uma amizade casual logo se transforma em algo muito mais profundo, à medida que Elio descobre sua sexualidade e se apaixona por Oliver. O que realmente me impressionou neste filme foi a maneira como ele abordou a homossexualidade. Em vez de retratá-la como algo proibido ou pecaminoso, o filme mostra que a homossexualidade é uma parte natural e bela da experiência humana. Os pais de Elio, ao contrário de muitos filmes que retratam pais rejeitando filhos homossexuais, são compreensivos e amorosos, aceitando Elio por quem ele é. A narrativa do filme é intensa e emocionalmente carregada, explorando a profundidade e ambiguidade das emoções humanas. Ele se concentra fortemente nas lembranças formativas da juventude de Elio, lembrando-nos de como esses anos podem ser ao mesmo tempo maravilhosos e dolorosos. Este filme me lembrou bastante outro que eu gostei muito, chamado **"Maurice"**. Assim como "Me Chame Pelo Seu Nome", "Maurice" também explora a descoberta da sexualidade e o amor entre dois homens. Ambientado na Inglaterra do início do século 20, o filme segue Maurice, um jovem que tenta aceitar sua sexualidade após ser rejeitado por seu amante¹. Ambos os filmes, embora ambientados em épocas e lugares diferentes, lidam com temas semelhantes de amor, aceitação e autodescoberta. Eles nos lembram que, independentemente de quem somos ou de quem amamos, todos nós merecemos ser aceitos e amados. Espero que vocês tenham gostado desta análise e reflexão sobre "Me Chame Pelo Seu Nome" junto com "Maurice". Se você ainda não assistiu a eles, eu altamente recomendo. Até a próxima, youtubers!
Acabei de assistir ao filme e caí por acaso no seu vídeo e canal. Gostei muito! Vou ficar. Além de toda a identificação que o filme provocou em mim - homem gay / roteirista / pai falecido -, o que me fascinou é que ele abriu margem para inúmeras interpretações. De um lado, podemos pensar que ele via e interagia com espíritos, sim. Por outro, podemos achar que ele projetou tudo na sua mente, exatamente como você falou no vídeo. E tem aquela hipótese de que ele também morreu e, quando vira estrela com o Harry, representa isso. E ainda uma outra possibilidade é a de que tudo que assistimos, na verdade, é o roteiro que ele começou a escrever no início do filme. Simplesmente fantástico.
Ótimas interpretações diferentes da trama! Olha, quanto mais tempo passa, mais tenho gostado desse filme… talvez mais do que eu tenha deixado transparecer nessa crítica…haha. Valeu pelo comentário e inscrição! ;)
@@gustavogirotto é bem bom quando um filme gera tantas possibilidades. Eu gosto da ideia de que tudo fazia parte do roteiro que ele estava escrevendo. No início ele tava com bloqueio criativo, e passam a surgir elementos que despertam a criatividade: as fotos da infância + o vizinho que bate à parte. A partir dali, tudo foi criação dele. Será?
Pro homem gay acho que esse filme tem uma potência maior, não somente por retratar a solidão - naquele predio vivia somente ele e o Paul - mas também a questão da aceitação e medos da família. Aquela cena da mãe montando a árvore de natal e recitando a música do Pet Shop Boys é devastadora. No meu entendimento, o que ele viveu ta mais no plano da imaginação ou da ideia de um roteiro que no plano do sobrenatural. O livro, diferentemente do filme, flerta o tempo todo com o sobrenatural por meio de fantasmas e assombrações e nao consegui identificar isso no filme ao contrário de 6° sentido que desde o começo ta na nossa cara que o personagem tá morto. Em Todos nos desconhecidos, não identifiquei nenhuma dessas pistas ou elementos. Otima análise, Gustavo.
Com certeza, Felipe! E sobre os elementos sobrenaturais, até o filme de 1988 investe bem mais nisso, e aqui o Andrew Haigh simplesmente deixa isso bem de lado em prol das emoções que importam ali. Vira algo mais elegante, e eu acho que funciona muito bem. :)
Na minha humilde opinião, a melhor atuação masculina do ano. Pena que foi ignorada pelas principais premiações. A trilha sonora muito cativante também, bem new romantics anos 80
Alguém reparou que o filme faz inúmeros closes na mão do Harry e na aliança que ele usava? Será que é só para ilustrar o final? Ou alguma mensagem desenhada?
Este filme me pegou de surpresa com a sua história melancólica e vidas interrompidas, relações, possibilidades. Fiquei triste e chorei com o desfecho do roteiro , muito emocionado com a maneira de conforto com os pais . Bateu uma bad de como as situações vista nele sao corriqueiras na vida da comunidade. A musica de encerramento foi perfeita. Ainda estou digerindo tido . Parabéns pelo canal e a resenha ...ganhou mais um seguidor!
Confesso que essa construção pela busca de conexões, auto conhecimento, enfrentar cara a sua solidão interna me pegou e pra mim fez com que o filme se tornasse uma experiência muito boa. E oq dizer do final sem plavras😢❤
Gostei do filme e interpretei parecido com você. Adoro suas críticas exatamente por você não se importar em se colocar em dúvida. Acho alguns críticos meio prepotentes com explicações técnicas desinteressantes. Só uma dica: Não tenha medo de admirar o piegas em pequenas doses. Além de sermos desafiados queremos ser felizes. ❤❤❤
Legal que pensamos parecidos, Cristina! E você foi certeira, muitas vezes eu gosto mesmo de assumir esses sentimentos conflitantes com filmes, e isso vai muito na linha do que penso sobre cinema: filmes nunca são números absolutos, 100% bons ou ruins. :) Quanto a abraçar o piegas, eu adoro fazer isso...hehe. Só nesse caso talvez não tenha funcionado tanto, mas ainda assim esses elementos tão bem inseridos no filme. Grande abraço! ;)
Excelente análise, Gustavo! E é claro que você tem lugar de fala sim, porque se trata de serem humanos buscando conexões (reais / imaginárias / espirituais) para vencer a solidão.
Obrigado, Flávio! Concordo contigo! Lugar de fala é só um jeito de identificar de onde tiramos nossa percepção do assunto, mas não deve nos impedir de aborda-lo mesmo. Grande abraço! :)
Uma impressão que tinha ficado é que o edifício com suas janelas foi um jeito de representar tantos estranhos que compartilham um mesmo aplicativo de relacionamento em seus respectivos quadrados. O mundo real é nostálgico, simbólico, cheio de memórias. E o edifício é onde reina a estranheza, aquelas vidas solitárias buscando aproximação no plano físico. Como o filme transita entre o real e o fictício, achei o final triste e otimista ao mesmo tempo, o que me encantou de certa forma. Tipo uma amostra de como superar essa relação entre estranhos no concreto é possível, quando depois daquela jornada "interior" e do acerto de contas com o passado, você seja capaz de responder com intimidade ao apelo de um estranho batendo à porta.
Adorei sua leitura do prédio e as janelinhas. Inclusive, eu escolhi o poster que mostra isso pra colocar no cenário justamente pelo apelo estético e simbólico desses quadradinhos isolados. É um visual que fala muito, né.
@@gustavogirotto Sim! Foi o pôster que mais gostei também. Aproveitando, apenas os dois moravam naquele prédio? Não sei se o filme responde, mas li em algum lugar.
@@gustavogirotto nem tinha pensado nisso quando assisti, achei que era no meio da madrugada e os dois estavam acordados (nem me dei conta de que um alarme daqueles acenderia mais luzes, afinal kk). A história agora fica mais confusa (havia algo real?!), mas nem por isso menos interessante.
Para mim, tal qual em Sexto Sentido , Adam está morto e só entende isso quando constata que seu relacionamento amoroso se dá com um ser no estado desencarnado
Eu adorei sua análise! Escrevi sobre esse filme e vc mostrou outras coisas interessantes. Acho bárbaro o final fazer alusão ao clipe da música The power of love com a questão da estrela. De fato, piegas, mas muito amplo em significados.
Oi André! Eu aviso no vídeo que vou entrar nos spoilers, por volta de 1:50… mas se mesmo assim acabei te entregando algo que você não queria saber, peço desculpas. ;)
@@AndreFerreira-ck6tq puts, entendo. Mas recomendo ver o filme ainda assim, ele é muito mais impactante pelos sentimentos, diálogos e clima do que só pelo que acontece. :)
Eu tinha assistido o filme antes da sua crítica.. o seu vídeo que vi na rua e me passou desapercebida a informação de que tinha spoiler. Me desculpe. Abraço
A música The Power Of Love de Frankie Goes To Hollywood (tocada no ap de Adam ao Harry bater a porta no começo e na cena final) cita justamente o desfecho: “O amor é a luz assustando a escuridão.” Sinto a dor do Adam realmente o encontrando morto, o vazio de não ter mais uma chance. A abraço em que Adam promete que irá afastar todos os vampiros na porta de Harry me destruiu, era só do que Harry precisava pra viver. 💔😭
After Sun não me destruiu em nada... Achei tão... Só assisti mesmo até o final, na esperança de que algo inusitado pudesse acontecer. Em todos Nós Desconhecidos, gosto muito da interpretação dos 4 atores. Talvez isso tenha feito eu me interessar mais e me preocupar menos com o roteiro ou com o que pudesse ser surreal demais.
Salve Gustavo. Muito do filme e mais da sua análise e comentários. O que me chamou a atenção foi o cuidado do diretor em recriar o ambiente imaginado pelo autor da obra e pela delicada atuação de todo elenco . Atuações marcantes dos atores sendo "humanos" no sentido literal do termo. A solidão é para os fortes e mesmos esses tremem às vezes diante dela e da dor que ela causa.. A relação do filho com os pais e a sua busca pela aprovação da mãe pela sua opção afetiva é de uma delicadeza aquecedora e frustrante no fundo para ela.. Belo filme, ótimo roteiro e imagens superlativas que emolduram a estória. É disso e muito mais disso que precisamos agora, na minha modesta opinião, quando fica cada vez mais difícil ler os jornais e ver e ouvir televisão com os seus noticiários e comentaristas de plantão. Tá brabo! Ver e ouvi-lo nas suas observações e análises faz bem aos ouvidos e ao coração. Existe uma réstia de esperança para nós humanos e para nossa evolução. Avante!. Grande abraço
Oi Gabriel! Bom te ver por aqui! Gostei de como você definiu o filme com a expressão “delicadeza aquecedora e frustrante”. Ótima síntese dos sentimentos principais que o filme provoca. Grande abraço!
Excelente crítica, com narrativas diferentes da que já assisti, e muito bem colocadas. O que convenceu seguir seu canal ( não conhecia), o filme tem muito o que dizer das relações humanas.
Acho que as linhas entre real ou não ficam totalmente borradas. Os sentimentos que o filme levantou através dessas relações do Adam com os personagens são super reais, então acho que isso supera qualquer racionalização mais concreta da trama. :)
Eu achei esse filme teve uma direção única. Cada personagem foi muito bem construído e como minha prima diz “ onde Andrew Scott entra a tensão sexual acontece.”
Eu voltei aqui só pra comentar depois de assistir: chorei na maior parte do filme. O último filme que me fez chorar foi Past Lives, mas só no final. Obs: o Harry não foi uma imaginação do Adam, ele morreu no final 😢
Ah sim, eu também acho que ele morreu. A parte da imaginação que eu comentei é sobre ele imaginar as conversas póstumas com ele, não imaginar que ele nunca existiu. Mas é apenas uma escolha pessoa de olhar...hehe. O filme emociona mesmo, e tem muito a ver com Past Lives, mesmo. É um clima e uma reflexão semelhante. :)
O que achou de Todos Nós Desconhecidos? Comenta aqui! ;)
Todas as resenhas e a maioria dos moderadores falam do relacionamento dos personagens principais que na verdade não houve. O filme não trata da solidão nem do relacionamento gay. Trata sim da cura que o personagem principal persegue para as dores da sua criança. Na verdade não há fantasmas no filme. Esse processo normalmente não é feito só pelo personagem mas sim acompanhado por um psicanalista. No caso do filme o processo é feito sozinho. Finalizando, não houve romance entre os dois personagens. Isso é mostrado logo no início quando o Mescal não entra no apartamento e após rejeição, se mata, o que aparece no fim. Isso tudo é o processo Hoffman. Gonzaguinha escreveu De volta ao começo logo após a terapia do Processo. A música que Gal imortalizou inicia com a frase: E O MENINO COM O BRILHO DO SOL NA MENINA DOS OLHOS, SORRI E ESTENDE A MÃO ... Se a sua criança precisar, estenda a mão, leve-a ao fundo do fim, compreenda seus algozes, se compadeça deles e finalmente os perdoe e perdoe a si mesmo, solte todas as amarras e seja feliz.
Me emocionei demais , demais com este filme , chorei muito justamente porque me identifiquei com o Adam , que na minha opinião não via fantasmas e sim imaginava diálogos, ele imagina cenas, com os pais e com o Harry, provavelmente com outras pessoas também, ou seja, ele viaja mentalmente. Creio que Adam, no início do filme, depois de bater a porta na cara do Harry, ficou imaginando como seria se relacionar com ele, tipo uma projeção como você mesmo disse, até que no final , ao tentar realmente ir ao apartamento do Harry , descobrir que ele havia morrido naquela noite que eles se conheceram. Putz , isso me devastou!
Eu li o filme exatamente da mesma forma que você, Márcio. E foi muito mais potente assim. É realmente emocionante. :)
*SOLIDÃO PURA E LATENTE!!!* - É esse ser gay da década de 80 carregado de toda forma de preconceito em família, na escola,etc etc, que permeava a época. Esse revisitar "os pais" foi a catarse que a personagem encontrou(escrevendo o roteiro) de dizer quem ele se tornou. Triste e solitário por anos, sem ao menos conseguir se relacionar com outro homem. Contratempo, surge a personificação do Amor em sua frente, e envolto em medos, traumas, e sem perceber a rapidez do tempo, paulatinamente se deixa encantar na possibilidade de amar e se deixar amar, de preencher o vazio que o Ser Humano tem como sua maior tragédia! Só que a crueldade temporal, da forma mais vil e real, porque a Morte é o "game over", somente vislumbra a gostosura de ter alguém à Personagem Central... O fim, na Escuridão do Tempo, em plano que vai se abrindo, temos mantido lá no infinito, a multiplicidade da finitês, a pluralidade de Todo nós! É pra chorar, sim..... 😥😥😥😥
No filme todas as personagens estão mortas. Adam morreu de sida, daí a febre, a perda de consciência na discoteca. Harry também morreu, de alcool, de solidão. Os pais de Adam está esclarecido por que morreram. É um encontro entre fantasmas que tentam resolver os problemas que tiveram em vida, muito ao estilo do filme "Os Outros" com Nicole Kidman, onde a mãe, os filhos, os criados e o pai estavam todos mortos. Muito dificilmente Andrew Haigh realizaria um filme com final feliz, exceptuando Looking. Tambem acho muito estranho que nenhum dos comentaristas tenha focado a questão de Harry ter sido encontrado morto e já em decomposicao com uma garrafa ao lado por Adam. No final, os fantasmas são luzes no universo, no espaço sideral que é onde os fantasmas devem estar. I do hope you've enjoyed the film as much as I did. It is a piece of art. Eu digo que Adam morreu de sida porque o tempo da narrativa são os anos 90, com a música de Petshop Boys e de FRANKY GOES TO HOLLYOOD, as únicas referências temporais do filme. No início dos anos 90 morriam centenas de milhar de homens homossexuais pelo mundo fora.
Além disso Adam só se relaciona com os mortos … pois está morto
Se eu não interpretasse pela linha espiritualista não teria me impactado e emocionado tanto. Todos mortos deste o início, ao longo do filme é possível captar que Adam tb estava morto (inclusive, só assim teria contato com outros mortos). Mesma vibe do final de "Lost", a questão do purgatório, e das almas se ajudando a ir em direção a luz (e foi o que aconteceu nas duas obras). O bacana é que a obra original tb é espiritualista. Melhor filme que vi em muuuuito tempo.
Filme maravilhoso! Toca em muitos assuntos relevantes. A solidão é uma questão que todos, em alguma esfera da vida, entendem bem. A solidão do homem gay tem peculiaridades muito interessantes de serem estudadas. Todos podem sentir a dor dos personagens independente de serem gays, héteros ou qualquer outra expressão da sexualidade humana. Imagina a dor que é o personagem passar a vida se perguntando se os pais amariam o adulto. Excelente vídeo, Gustavo.
Valeu, Lucas! Eu adorei todos os diálogos entre o Harry e o Adam, principalmente suas reflexões sobre a diferença entre queer e gay, ou mesmo quando falam "naquela época isso era pior"... foi uma construção muito rica de como eles enxergam o mundo. Até podia ter falado mais disso no vídeo, mas às vezes gosto de me manter ao tema principal que tô discutindo. :D
Um abraço!
Eu que agradeço pelas resenhas! Você será grande como a Isabela Boscov e o Dalenogare. Ah sim, esse diálogo foi bem colocado. O personagem do Paul Mescal também tem dores imensas. Quando ele chega brincando que é um vampiro, dá pra ver que ele está desesperado por algum tipo de conexão com alguém.
@@LucasFerreira-ep3pl eu adorei o olhar de dor silenciosa que ele lança, muitas vezes, pro Adam. Entendendo sua dor própria, mas ainda assim escolhendo não jogar ela em cima dele. Dois atores incríveis mesmo.
gustavo, parabéns pelos seus vídeos, que eu adoro e assisto sempre! acho o filme bastante sofisticado em diversos aspectos técnicos que não preciso comentar, mas sobretudo no quanto ele consegue criar uma atmosfera muito específica que é, ao mesmo tempo, o espírito da experiência de determinando grupo (especificamente homens gays cis, e pessoas queer, de certo modo) numa determinada época, que conversa conosco no presente, para todas as pessoas, tratando de sentimentos como a solidão, a angústia, e certo desamparo impossível de ser nomeado, que atravessa todos nós humanos em algum momento da vida. entretanto, pessoas queer podem entender melhor certas camadas do filme que talvez pessoas hétero negligenciem porque simplesmente não passaram por esse tipo de experiência, sobretudo numa sociedade extremamente heteronormativa. por exemplo: o fato dos dois personagens serem gays é uma escolha de roteiro bastante inteligente que dá sentido às aparições desses “fantasmas” (e acho que não é relevante discutir a sua natureza porque isso não é uma questão nem mesmo na construção do próprio roteiro) uma vez que, sobretudo na geração do adam, meados de 80, ser gay era um tabu e muitos se tornavam órfaos de pais vivos, uma vez que muitas famílias rompiam relações com seus filhos (os “fantasmas” no filme, eu acho, são uma alegoria desse abandono e uma oportunidade de apaziguar essas relações no sentido do que significa “ser aceito” e as violências que a rejeição produz). adam e harry são de gerações diferentes e isso fica claro no modo como os dois lidam com esse encontro: enquanto adam tem muito receio (uma leitura para isso seria a epidemia de aids que a geração dele viveu e que mesmo no momento do filme, onde as coisas já haviam melhorado bastante, até mesmo do ponto de vista de políticas públicas, fazia com que ele tivesse receio de ter encontros - ele chega a verbalizar isso de forma indireta numa das cenas com harry), harry é muito mais aberto justamente porque a sua geração já não cresceu sob a égide desse estigma, embora sofra desse mesmo abandono familiar. pra mim existe no filme uma grande discussão da solidão de pessoas queer que durante muito tempo, por exemplo, não puderem constituir família nem verem suas histórias representadas no cinema. acho justo que exista certo romantismo escancarado na cena final, por exemplo. fica claro que é o adam, agora adolescente, se projetando no clipe da banda que serve de inspiração pra cena e pode, naquele momento, voltar ao passado e se imaginar numa cena muito romântica com seu parceiro, umas vez que, de novo, no momento de descoberta da sua sexualidade não pôde viver experiências tão comuns a pessoas heterossexuais, pelos motivos que já comentei acima. pessoas queer tem muitas experiências roubadas durante o seu processo de descoberta e é natural que isso impacte em suas relações e em suas experiências, inclusive no sentido delas só poderem experimenta-las muito mais tarde do que pessoas heterossexuais. pensando de uma perspectiva mais psicológica, digamos assim, o adam vive uma espécie de processo terapêutico no qual reencena parte da sua história pra, quem sabe, fazer as pazes com os fantasmas do seu passado e seguir em frente, senão resolvido, sabendo lidar melhor com eles…
Ótimos pontos, João! Inclusive, acredito que ancorar essa história numa relação entre dois homens a torna muito mais interessante, muito mais bem embasada pensando nos traumas e reflexões que o filme aborda. :)
Cara esse filme fala tanto sobre a solidão do homem gay e os traumas que a gente carrega desde cedo, me rasgou, chorei, é ótimo
Imagino que seja muito mais forte pra homens gays mesmo. Eu já acho ele tocante, mas deve bater bem fundo em quem, de fato, viveu tudo isso.
Olá, youtubers!
Gostei bastante da análise do Girotto. Assim, quero compartilhar com vocês algumas reflexões sobre o quanto este filme "Todos nós Desconhecidos" me lembrou outro. Estou falando de **"Me Chame Pelo Seu Nome" (Call Me by Your Name)**, dirigido por Luca Guadagnino e lançado em 2017.
Este filme, ambientado na bela paisagem italiana durante o verão, explora a intensa relação entre Elio, um jovem de 17 anos, e Oliver, um acadêmico mais velho que veio para ajudar na pesquisa do pai de Elio. O que começa como uma amizade casual logo se transforma em algo muito mais profundo, à medida que Elio descobre sua sexualidade e se apaixona por Oliver.
O que realmente me impressionou neste filme foi a maneira como ele abordou a homossexualidade. Em vez de retratá-la como algo proibido ou pecaminoso, o filme mostra que a homossexualidade é uma parte natural e bela da experiência humana. Os pais de Elio, ao contrário de muitos filmes que retratam pais rejeitando filhos homossexuais, são compreensivos e amorosos, aceitando Elio por quem ele é.
A narrativa do filme é intensa e emocionalmente carregada, explorando a profundidade e ambiguidade das emoções humanas. Ele se concentra fortemente nas lembranças formativas da juventude de Elio, lembrando-nos de como esses anos podem ser ao mesmo tempo maravilhosos e dolorosos.
Este filme me lembrou bastante outro que eu gostei muito, chamado **"Maurice"**. Assim como "Me Chame Pelo Seu Nome", "Maurice" também explora a descoberta da sexualidade e o amor entre dois homens. Ambientado na Inglaterra do início do século 20, o filme segue Maurice, um jovem que tenta aceitar sua sexualidade após ser rejeitado por seu amante¹.
Ambos os filmes, embora ambientados em épocas e lugares diferentes, lidam com temas semelhantes de amor, aceitação e autodescoberta. Eles nos lembram que, independentemente de quem somos ou de quem amamos, todos nós merecemos ser aceitos e amados.
Espero que vocês tenham gostado desta análise e reflexão sobre "Me Chame Pelo Seu Nome" junto com "Maurice". Se você ainda não assistiu a eles, eu altamente recomendo. Até a próxima, youtubers!
Acabei de assistir ao filme e caí por acaso no seu vídeo e canal. Gostei muito! Vou ficar.
Além de toda a identificação que o filme provocou em mim - homem gay / roteirista / pai falecido -, o que me fascinou é que ele abriu margem para inúmeras interpretações. De um lado, podemos pensar que ele via e interagia com espíritos, sim. Por outro, podemos achar que ele projetou tudo na sua mente, exatamente como você falou no vídeo. E tem aquela hipótese de que ele também morreu e, quando vira estrela com o Harry, representa isso. E ainda uma outra possibilidade é a de que tudo que assistimos, na verdade, é o roteiro que ele começou a escrever no início do filme. Simplesmente fantástico.
Ótimas interpretações diferentes da trama! Olha, quanto mais tempo passa, mais tenho gostado desse filme… talvez mais do que eu tenha deixado transparecer nessa crítica…haha.
Valeu pelo comentário e inscrição! ;)
@@gustavogirotto é bem bom quando um filme gera tantas possibilidades. Eu gosto da ideia de que tudo fazia parte do roteiro que ele estava escrevendo. No início ele tava com bloqueio criativo, e passam a surgir elementos que despertam a criatividade: as fotos da infância + o vizinho que bate à parte. A partir dali, tudo foi criação dele. Será?
eu achei um tremendo filmasso, mesmo nao sendo lgbt, os dialogos sao extremamente poderosos e machucam! meu top5 de 2023
Esse filme me pegou de tantas maneiras diferentes. Além disso, o elenco é maravilhoso.
Sim, elenco incrível mesmo! :)
Pro homem gay acho que esse filme tem uma potência maior, não somente por retratar a solidão - naquele predio vivia somente ele e o Paul - mas também a questão da aceitação e medos da família. Aquela cena da mãe montando a árvore de natal e recitando a música do Pet Shop Boys é devastadora. No meu entendimento, o que ele viveu ta mais no plano da imaginação ou da ideia de um roteiro que no plano do sobrenatural. O livro, diferentemente do filme, flerta o tempo todo com o sobrenatural por meio de fantasmas e assombrações e nao consegui identificar isso no filme ao contrário de 6° sentido que desde o começo ta na nossa cara que o personagem tá morto. Em Todos nos desconhecidos, não identifiquei nenhuma dessas pistas ou elementos. Otima análise, Gustavo.
Com certeza, Felipe! E sobre os elementos sobrenaturais, até o filme de 1988 investe bem mais nisso, e aqui o Andrew Haigh simplesmente deixa isso bem de lado em prol das emoções que importam ali. Vira algo mais elegante, e eu acho que funciona muito bem. :)
Na minha humilde opinião, a melhor atuação masculina do ano. Pena que foi ignorada pelas principais premiações. A trilha sonora muito cativante também, bem new romantics anos 80
Nossa, ignorado totalmente mesmo... ele tá sensacional no filme!
Alguém reparou que o filme faz inúmeros closes na mão do Harry e na aliança que ele usava? Será que é só para ilustrar o final? Ou alguma mensagem desenhada?
Este filme me pegou de surpresa com a sua história melancólica e vidas interrompidas, relações, possibilidades. Fiquei triste e chorei com o desfecho do roteiro , muito emocionado com a maneira de conforto com os pais . Bateu uma bad de como as situações vista nele sao corriqueiras na vida da comunidade. A musica de encerramento foi perfeita. Ainda estou digerindo tido . Parabéns pelo canal e a resenha ...ganhou mais um seguidor!
Valeu, Mario! Realmente, é um filme impactante, e o final é lindo mesmo. Grande abraço!
Confesso que essa construção pela busca de conexões, auto conhecimento, enfrentar cara a sua solidão interna me pegou e pra mim fez com que o filme se tornasse uma experiência muito boa. E oq dizer do final sem plavras😢❤
Gostei do filme e interpretei parecido com você.
Adoro suas críticas exatamente por você não se importar em se colocar em dúvida. Acho alguns críticos meio prepotentes com explicações técnicas desinteressantes. Só uma dica: Não tenha medo de admirar o piegas em pequenas doses. Além de sermos desafiados queremos ser felizes. ❤❤❤
Legal que pensamos parecidos, Cristina! E você foi certeira, muitas vezes eu gosto mesmo de assumir esses sentimentos conflitantes com filmes, e isso vai muito na linha do que penso sobre cinema: filmes nunca são números absolutos, 100% bons ou ruins. :)
Quanto a abraçar o piegas, eu adoro fazer isso...hehe. Só nesse caso talvez não tenha funcionado tanto, mas ainda assim esses elementos tão bem inseridos no filme. Grande abraço! ;)
@@gustavogirotto Você definitivamente é um amor! ❤️💋
Excelente análise, Gustavo! E é claro que você tem lugar de fala sim, porque se trata de serem humanos buscando conexões (reais / imaginárias / espirituais) para vencer a solidão.
Obrigado, Flávio! Concordo contigo! Lugar de fala é só um jeito de identificar de onde tiramos nossa percepção do assunto, mas não deve nos impedir de aborda-lo mesmo. Grande abraço! :)
Porra, você produz um conteúdo MUITO BOM. Sucesso! 👏
Valeu! 😆👍
Que foda que eu acho esse teu cenário, colocando o filme como se fosse um adereço do cenário. Muito bom.
Sempre curto fazer isso…hehe 😆👍
Uma impressão que tinha ficado é que o edifício com suas janelas foi um jeito de representar tantos estranhos que compartilham um mesmo aplicativo de relacionamento em seus respectivos quadrados. O mundo real é nostálgico, simbólico, cheio de memórias. E o edifício é onde reina a estranheza, aquelas vidas solitárias buscando aproximação no plano físico. Como o filme transita entre o real e o fictício, achei o final triste e otimista ao mesmo tempo, o que me encantou de certa forma. Tipo uma amostra de como superar essa relação entre estranhos no concreto é possível, quando depois daquela jornada "interior" e do acerto de contas com o passado, você seja capaz de responder com intimidade ao apelo de um estranho batendo à porta.
Adorei sua leitura do prédio e as janelinhas. Inclusive, eu escolhi o poster que mostra isso pra colocar no cenário justamente pelo apelo estético e simbólico desses quadradinhos isolados. É um visual que fala muito, né.
@@gustavogirotto Sim! Foi o pôster que mais gostei também. Aproveitando, apenas os dois moravam naquele prédio? Não sei se o filme responde, mas li em algum lugar.
@@novaescaduu eu acho que sim, e isso até nos leva a questionar se o próprio Adam não estaria nesse limbo sobrenatural também…
@@gustavogirotto nem tinha pensado nisso quando assisti, achei que era no meio da madrugada e os dois estavam acordados (nem me dei conta de que um alarme daqueles acenderia mais luzes, afinal kk). A história agora fica mais confusa (havia algo real?!), mas nem por isso menos interessante.
Só tem gente burra dando palpite no filme pqp
Assistir em 2x? Sim. E como sempre posso dizer que sua análise foi impecável.
Valeu, como sempre!
Eu amei! me emocionei muito com o filme. Chorei demais. Ótima análise. Beijão
Que legal, Jorge! É bom demais se emocionar assim com um filme. E fico feliz que tenha curtido a análise. ;)
Para mim, tal qual em Sexto Sentido , Adam está morto e só entende isso quando constata que seu relacionamento amoroso se dá com um ser no estado desencarnado
É uma boa leitura do filme! ;)
Ele veste as roupas do pai.
Eu adorei sua análise! Escrevi sobre esse filme e vc mostrou outras coisas interessantes. Acho bárbaro o final fazer alusão ao clipe da música The power of love com a questão da estrela. De fato, piegas, mas muito amplo em significados.
Quanto mais tempo passa desse vídeo que fiz, mais eu penso no final piegas e adoro que ele foi assim…haha. É maravilhoso mesmo. :)
Achei "Ótimo "!
Gustavo, sugiro vc colocar no título que há spoiler. Pq vc deu o maior de todos.
Oi André! Eu aviso no vídeo que vou entrar nos spoilers, por volta de 1:50… mas se mesmo assim acabei te entregando algo que você não queria saber, peço desculpas. ;)
Ah sim, eu assisti quando estava na rua e me passou despercebida a informação. De toda forma, já tinha assistido. Vlw!
@@AndreFerreira-ck6tq puts, entendo. Mas recomendo ver o filme ainda assim, ele é muito mais impactante pelos sentimentos, diálogos e clima do que só pelo que acontece. :)
Eu tinha assistido o filme antes da sua crítica.. o seu vídeo que vi na rua e me passou desapercebida a informação de que tinha spoiler. Me desculpe. Abraço
@@AndreFerreira-ck6tq boa, resolvido então…haha. Grande abraço, André!
A música The Power Of Love de Frankie Goes To Hollywood (tocada no ap de Adam ao Harry bater a porta no começo e na cena final) cita justamente o desfecho: “O amor é a luz assustando a escuridão.” Sinto a dor do Adam realmente o encontrando morto, o vazio de não ter mais uma chance. A abraço em que Adam promete que irá afastar todos os vampiros na porta de Harry me destruiu, era só do que Harry precisava pra viver. 💔😭
Verdade, bem observado sobre a música. É um final belo mas de cortar o coração também. :/
Para mim o tema central desse filme é a solidão do homem contemporâneo.
Total! Muito solitário mesmo... estamos todos isolados, de um jeito ou de outro.
After Sun não me destruiu em nada... Achei tão... Só assisti mesmo até o final, na esperança de que algo inusitado pudesse acontecer. Em todos Nós Desconhecidos, gosto muito da interpretação dos 4 atores. Talvez isso tenha feito eu me interessar mais e me preocupar menos com o roteiro ou com o que pudesse ser surreal demais.
É necessário estofo para compreender o filme. Com análises rasas é impossível.
Salve Gustavo. Muito do filme e mais da sua análise e comentários. O que me chamou a atenção foi o cuidado do diretor em recriar o ambiente imaginado pelo autor da obra e pela delicada atuação de todo elenco . Atuações marcantes dos atores sendo "humanos" no sentido literal do termo. A solidão é para os fortes e mesmos esses tremem às vezes diante dela e da dor que ela causa.. A relação do filho com os pais e a sua busca pela aprovação da mãe pela sua opção afetiva é de uma delicadeza aquecedora e frustrante no fundo para ela.. Belo filme, ótimo roteiro e imagens superlativas que emolduram a estória. É disso e muito mais disso que precisamos agora, na minha modesta opinião, quando fica cada vez mais difícil ler os jornais e ver e ouvir televisão com os seus noticiários e comentaristas de plantão. Tá brabo! Ver e ouvi-lo nas suas observações e análises faz bem aos ouvidos e ao coração. Existe uma réstia de esperança para nós humanos e para nossa evolução. Avante!. Grande abraço
Oi Gabriel! Bom te ver por aqui! Gostei de como você definiu o filme com a expressão “delicadeza aquecedora e frustrante”. Ótima síntese dos sentimentos principais que o filme provoca. Grande abraço!
Excelente crítica, com narrativas diferentes da que já assisti, e muito bem colocadas. O que convenceu seguir seu canal ( não conhecia), o filme tem muito o que dizer das relações humanas.
Valeu Francisco! É sempre bom quando um filme explora essas nuances de relacionamento; nossas emoções mais silenciosas, etc… um abraço!
Tb gosto da ideia de projeção . Mas e o final ? Acho que por isso não curti o final , imaginar que aquilo não foi real.
Acho que as linhas entre real ou não ficam totalmente borradas. Os sentimentos que o filme levantou através dessas relações do Adam com os personagens são super reais, então acho que isso supera qualquer racionalização mais concreta da trama. :)
Adorei suas impressões sobre o filme. Quero ver em breve no cinema!
Aproveita que ainda tá passando em algumas salas! :)
acabei de descobrir o seu canal, Gustavo, e já estou virando fã.
Parabéns pelo seu trabalho!
Valeu, Gilliard! Fico feliz em saber que você tá curtindo. ;)
Conheço Paul Mescal desde Normal People (serie que recomendo muito)
Adoro Normal People! Tem vídeo aqui no canal sobre ela. ;)
Queria saber onde vc comprou esse cardigã. Amei 😅
Num site chamado Cutterman. Da uma olhada lá que acho que ainda tem no estoque. ;)
Eu achei esse filme teve uma direção única. Cada personagem foi muito bem construído e como minha prima diz “ onde Andrew Scott entra a tensão sexual acontece.”
Hahah sua prima é sábia!
@@gustavogirotto minha prima é uma tarada mesmo.
Estou louca pra ver esse filme mas ainda não entrou aqui na minha cidade 😢
Ele tá com uma distribuição bem chatinha mesmo... mas tem na internet, em lugares alternativos. :)
❤
Achei esse filme uma mistura de sacanagem com drama existencial
Olha, definiu bem...haha ;)
Amei a sua resenha desse filme, me implantou o desejo de assisti-lo.. Parece ser um bom filme, obrigada!
Eu estava justamente esperando a análise desse filme 🗣️
Aí sim! hehe. Eu recebi muitos pedidos pra comentar esse filme, e que bom que deu pra encaixar aqui na pauta do canal. :)
Vc é hetero?! Que triste 😞 rs
A perfeição é conceito abstrato. Infelizmente.
😅👍
@@gustavogirotto 😍
Oxe, e não era amanhã?
Resolvi dar um gás aqui e saiu hoje! hehe
Resumindo, achei o filme bom e ruim
Q lugares d fala são esses 😭
Eu voltei aqui só pra comentar depois de assistir: chorei na maior parte do filme. O último filme que me fez chorar foi Past Lives, mas só no final.
Obs: o Harry não foi uma imaginação do Adam, ele morreu no final 😢
Ah sim, eu também acho que ele morreu. A parte da imaginação que eu comentei é sobre ele imaginar as conversas póstumas com ele, não imaginar que ele nunca existiu. Mas é apenas uma escolha pessoa de olhar...hehe. O filme emociona mesmo, e tem muito a ver com Past Lives, mesmo. É um clima e uma reflexão semelhante. :)
@@gustavogirotto Ah entendi! :) Pensei que tu tinha olhando pro lado nessa hora haha🤣
@@anepantoja_ só se fosse pra engolir o choro…hehe
@@gustavogirotto hahahaha ;)
Pense na paulada.... Que filme maravilhoso! Chorei de me acabar, mas amei cada segundo dele