Livros relacionados: História da Filosofia Ocidental (de Russell) - amzn.to/44J3TiI Box Nietzsche - amzn.to/3QPa5jB Genealogia da moral (de Nietzsche) - amzn.to/4ar16My Assim falou Zaratustra (de Nietzsche) - amzn.to/4bDt1K7
Depois de 2 décadas ruminando Nietzche e me encontrando somente hoje aos pés da Filosofia - pois é extremamente difícil trazer essa postura de vida pro nosso dia a dia, pra forma como habitualmente encaramos as coisas - posso dizer que qualquer coisa que Nietzsche tenha escrito sobre qualquer assunto tem bem pouca ou nenhuma relevância para mim. Quanto mais "filosófico " sinto que me torno mais me apaixono pelos analíticos e pela Ciência.
Contudo, não foi uma leitura vã. Ele próprio tinha em sua obra a pretensão de ser uma espécie de martelo iconoclasta e, de fato, veio em minha direção como um verdadeiro petardo (sempre será assim para qualquer um que leia Filosofia com uma boa dose de reflexão e seriedade) . Normalmente, termina-se uma leitura das obras completas de Nietzsche com um certo senso de extrema urgência e uma boa dose de conspiração paranoica acerca de como religião e sociedade jogaram , em conluio uma com a outra, toneladas de feno em cima dos supostos úbermensch que seríamos, .... Afinal, Nietzche nos elogia o tempo todo por sermos seus leitores... Entretanto , tal qual drummonds diante da Máquina do Mundo , seguimos nessa via pedregosa como que de mãos pensas, ou atadas, sem propriamente nada de verdadeiramente über que não a pretensão. O fato é: há muita grandeza onde Nietzsche não enxergou nem poderia enxergar grandeza... Há salvação (no sentido particular que Nietzsche dá a redenção humana pela projeção dos feitos dos descendentes da espécie ) onde Nietzsche não enxergou , nem poderia enxergar a salvação - ao menos no que podemos inferir de seus escritos mais controversos em Genealogia da Moral e o talvez desvirtuado A Vontade de Poder. Hoje , graças a Ciência sabemos que nos recônditos do "coração das trevas" africano caminha, trabalha e faz sexo a maior reserva de biodiversidade humana; sabemos que os "grandes homens" (cientistas, estadistas e mega capitalistas) já puseram a humanidade a beira da extinção com a possibilidade de uma guerra termonuclear de efeitos globais. Parece-me um equívoco ser seduzido pela autopromoção que Nietzsche fez de si próprio como "homem a frente de seu tempo". Não foi. Nietzche foi um homem de seu tempo: estava entre os milhares de europeus que se ateizaram (ou mais acertadamente, se descristianizaram); um homem que não pode dizer em sua Gaia Ciência nada melhor e nem além do Auguste Comte tinha dito décadas antes; um homem que estava como muitos de seu tempo desconcertado , e não deixa de haver certa ironia nisso, com a "transvaloração" que a democracia, ou os movimentos de democratização representavam para a ordem social e tal qual qualquer criatura da Era dos Impérios que sentia medo (sim, Russel usa palavra certa: medo) , caiu em reacionarismos , idealizações do passado que prenunciaram o solo em que o nazifascismo viria a grassar. Se seu conteúdo veio a ser posto a serviço do nazismo, algo de seu cerne se prestava a isso . Afinal a ideologia nazista (entendida aqui ideologia em seu conceito puro e original de falseamento da realidade) não se resumia tão somente a seu aspecto antissemita. Nietzche: um homem de seu tempo... Eu, como pessoa humana de meu tempo, o enxergo claramente.
Eu me pergunto se seria algo benéfico para nós, apreciadores da filosofia, se estes dois filósofos de pensamentos tão distintos chegassem a um consenso. São dois pensadores originais e densos na formação de suas obras e com caminhos próprios. Me parece bem plausível que seus pensamentos tivessem mesmo de se chocar. Gostei muito da distinção entre a filosofia experimental de Nietzsche e a filosofia analítica; realmente Nietzsche é um filósofo de impacto no cotidiano e nas relações de quem o lê. Novamente um excelente vídeo!
Tenho um livro dele ( Porque não sou cristão e outros ensaios) e que tem um "apendice" no qual um outro autor descreve a dificuldade e B Russell em lecionar nos EUA. Nada mais do que "mccartismo puro". Russel foi acusado de corromper as juventude americana!
Nenhuma visão da história da filosofia é totalmente impessoal, mas deveria ser o máximo possível, se a intenção é apenas expor. A do Bertrand, para quem está interessado em fazer um estudo sobre a história da filosofia em si, não aconselho a ninguém. É a coleção mais tendenciosa que já li, a impressão que passa é que ele escreveu uma suposta "história da filosofia" com o simples intuito de mostrar a opinião própria e suas próprias observações sobre os diversos filósofos
A visão dele é bastante ideológica, quando li os volumes isso estava claro em cada pagina, não é esse tipo de aristocracia que Nietzsche defende. Elas não existiam mais, elas não estão marcadas no sangue, afinal o “espírito livre”, caso existisse, deixaria pra tras essa descendência humano, demasiado humano”.
essa coleção de Bertrand Russel é de fácil compreensão Matheus ? Poderia fazer um video sobre o Que Nietzsche pensa sobre Livre arbítrio seria interessante procurei em alguns sites e não encontro algo claro como os vídeos que vc faz
@@wesleypeixotocosta talvez um pouco dos dois, mas sim!, leram errado N. Publicaram muita coisa depois que ele morreu (Vontade de Poder, por exemplo). Parte da culpa é da irmã de N., que ele detestava.
Nietzsche, Marx e Freud são essenciais e os mais influentes do Séc XX ( alguns homens nascem póstumos ). Muitos autores criticam o Nietzsche, justamente pela importância e relevância dele.
Acompanhando a exposicao da interpretacao de Russel sobre Nietzsche com os comentarios do expositor sobre essa interpretacao, me lembrei que a filosofia na opiniao de Nietzsche e sempre uma interpretacao do proprio filosofo. Com isso, ele estava afirmando que a filosofia deve ser compreendida psicologicamente. Dependendo portanto do sentimento de cada um, teremos a expressao do que ele acha o que e a vida. A partir deste principio basico, para ele, por sua experiencia, havia duas posicoes, a dos negadores e afirmadores da vida. Se aceitarmos estes fundamentos, sobretudo o referente a vida, poderemos pessoalmente concordar ou discordar das avaliacoes que ele fez dos que classificou como negadores ou afirmadores da vida... Quanto a Bertrand Russel, daria para simplesmente classifica-lo assim? Tenho minhas duvidas, acho que isso seria forcado... Seja como for, nao acho que se possa coloca-lo no nivel de Nietzsche. Russel como bem lembrou o expositor era um grande intelectual sem duvida atuando politicamente num momento historico de grandes ameacas quanto a paz, coisa que Nitzsche nem poderia imaginar.
Uma reflexão... Será que Russell não entendeu Nietzsche porque estava contaminado pela dor da guerra ou será que a gente não entendeu Nietzsche e Russell está nos alertando com um olhar da época? Quase que como um vizinho de um rapaz falando pra namoradinha dele "cuidado, ele não é uma boa pessoa. Eu sou vizinho e conheço o dia-a-dia, ele está te enganando".
@@francyscharlie7317 Me ensina, Francys. E aproveita e casa comigo. Ouviremos jazz fusion nas tardes ensolaradas. Nos finais de semana, tomaremos vinho, comeremos umas bobagens e leremos repetidas vezes o Livro do Desassossego. Etc.
@@Lab.53 Bem, pode começar pelas críticas de Bunge à psicanálise, ao existencialismo, ao pós-modernismo, à fenomenologia etc. Filosoficamente não há nada útil no irracionalismo. Literatura não é filosofia e uma distinção clara entre as duas coisas é necessária.
@@francyscharlie7317 Parece interessante. Mas lembremos que as críticas de Bunge não estão livres de serem criticadas. O conceito de filosofia, inclusive, não é unanimidade. Obviamente ela não pode ser confundida com ciência, embora muitos o façam. Há até quem de fato a considere um tipo de literatura. Derrida manda lembranças. Quanto à psicanálise, ela é a resposta para (quase) tudo. Acontece que a humanidade ainda não está preparada. Ei...e sobre a minha proposta: o jazz fusion, o vinho, as tardes ensolaradas, Fernando Pessoa, o casamento etc? Vamos conversar pessoalmente?
Matheus, parabéns pela sua ótima entrevista, em um determinado podcast. Difícil, hein. Não quero ser cruel, mas, quando a entrevistadora, com a percepção crítica de uma colegial, trocou a palavra "aura", por "áurea", eu desisti.
Só ler o alem do bem e do mal Nietzsche escreve que os anti semitas são aqueles com piores prognósticos (na visao dele), mais que comunistas etc, opinião dele. Critica o nacionalismo alemão da mesma forma, emancipação.
Podemos aprender muito com os grandes pensadores, mas não me parece sensato tomar como inquestionáveis as suas teorias (ou devaneios) filosóficas ou cair na sua sobrevalorização. A filosofia não é uma ciência exata porque nem sequer é uma ciência. Se fosse, todos estariam de acordo entre si e apontariam na mesma direção. No fim das contas, filósofos ou pessoas comuns, andamos todos perdidos à procura de respostas que às vezes julgamos encontrar, até nos tirarem o tapete debaixo dos pés.
Russel com certeza gostaria da crítica de Nietzsche ao cristianismo e da análise pscicólogica que ele faz dele. Se ele tivesse estudado mais a fundo Nietzsche - principalmente os livros mais fáceis dele, como a Genealogia, o Crepúsculo e o Anticristo - essa "análise" que ele faz da filosofia nietzscheana com certeza seria mais favorável. A caracterização raza que ele faz dos santos e os critérios pueris que ele usa para diferenciar os santos "admiráveis" dos "não admiráveis" são provas de que ele não leu a Genealogia, nem o Anticristo e muito menos Humano, Demasiado Humano.
De fato. Russel, para atacar Nietzsche, utilizou o moralismo - o que é quase que uma ofensa a Nietzsche. Imagino qual seria a reação de Russel se visse Nietzsche referenciando o Código de Manu...Kkkkkkk
@@Luiz-qu2uf de certa forma ele julga niet em um padrão de moral sim, a diferença é que ele usa como base pra isso os ideais humanitarios e dos direitos humanos e nao uma doutrina religiosa. Consegue ver a diferença?
@@matheusnunes3325 "de certa forma ele julga niet em um padrão de moral sim, a diferença é que ele usa como pra isso os ideias humanitarios e dos direitos humanos e nao uma doutrina religiosa" Eu mesmo afirmei que ele o faz sob conceitos moralistas, tal qual os direitos humanitários, supracitados. Todavia, como apontava o próprio Russel, em toda argumentação que se proponha a ser formal, deve-se justificar aquilo que se diz - afinal, se não o fizermos, estaremos afirmando, sem que, no entanto, expliquem-se as afirmações. Ora, rebatendo a Nietzsche, citam-se os direitos humanos e valores humanitários; não se justifica, porém, a validade dessas objeções moralistas contra a filosofia nietzscheana. Nietzsche, sendo antirrealista moral, crítico da ideologia de igualdade, favorável à aristocracia, estará completamente justificado em simplesmente rejeitar as súplicas moralistas e humanitárias, que caem quase que sempre naquilo que o filósofo aponta como "moral do ressentimento". Nietzsche considerava-se moralista; criticá-lo sob preceitos moralistas é quase uma ofensa. Propondo-se a perscrutar a origem das avaliações morais e das ações humanas, Nietzsche próprio reconhece o humanitarismo, como qualquer outra forma de valoração, como algo humano, demasiado humano, e, portanto, nada em si mesmo. E vejo, sim, a diferença, tanto que a apontei aqui mesmo.
"Influenciou" me parece um termo muito forte. É verdade que Wittgenstein leu "O Anticristo" e numa de suas anotações concorda com Nietzsche quando este diz que o cristianismo não deveria ser tomado como uma questão de crença mas uma questão de prática. Na verdade, no mais o filósofo mais importante do século XIX para Wittgenstein, como certa vez disse, é Kierkegaard (apesar de achar que Schopenhauer, em relação à composição do Tractatus, teve uma influência fundamental, principalmente quando trata da questão do místico).
00:15 Essa leitura de "aristocracia" em Nietzsche é altamente questionável. A aristocracia de Nietzsche JAMAIS foi a de Russell. As palavras nos enganam.
É incorreto dizer que Nietzsche era apenas e predominantemente um esteta. Ele era um filósofo, poeta, filólogo e crítico da cultura. Como crítico da cultura, falando muito de arte, é possível considerá-lo também um esteta. Foi músico também.
Com todo respeito ao pensamento do Prof. Benites, considero Nietzsche um pensador impiedoso e amargurado, cujo único mérito está no amor à liberdade e ao papel da vontade no crescimento da Humanidade. Mas alguém tão desumano, só podia mesmo ter o melancólico fim que teve.
Então o seu comentário é prova de que com certeza nunca se debruçou na obra do mesmo. E que repete os mesmos comentários errôneos que os pós estudiosos de Nietzsche em 1945 fizeram 😅
@@joaoalexandremouragomes9405 Os pós estudiosos são filósofos da envergadura de B. Russell e o fato de não concordarem com o professor não significam que não conheceram sua obra. Se os filósofos que o criticaram podem ter sido influenciados por sua época, Nietzsche tampouco estava livre do mesmo problema. Teve seus méritos, mas também teve graves limitações pelo seu tempo de descrédito e preconceito, por uma visão demasiadamente eurocêntrica de mundo e sua crítica à religião, muitas vezes era mais emocional do que dirigida pela razão.
Nietzsche pra mim é um dos filósofos mais fáceis de se entender. E um dos pontos para que se entenda a filosofia dele é exatamente essa que o Bertrand apresenta, ou seja, são apenas as visões de mundo de um megalomaníaco
@Ricardo, esse seu comentário é a prova inconteste de que você não entende Ntz. Aliás, parafraseando Deleuze, quando alguém começa falando que um tal pensamento desse ou daquele autor é fácil, pode esperar que lá vem bobagem.
@@Lab.53 coisa mais fácil, só basta inverter os valores e premissas cristãs, ou religiosas de uma maneira geral. Nisso se resume a filosofia de NT. Outros filósofos pode-se estudar dessa maneira também, por exemplo, Marx, basta apenas inverter a filosofia de Hegel para entende-lo 😂😂😂. Tô sendo reducionista, claro! eles tiveram suas contribuições para a filosofia 😅
@@Ricardo.Gomes.S. Longe de mim ir de encontro ao 'simplismo', mas NT não se restringe à aversão cristã. A megalomania dele era de implodir toda a filosofia clássica e anunciar uma nova. Abordou muitos pontos para além da filosofia cristã, assim como Marx não inverteu Hegel, mas, na vdd, aplicou o método dialético hegeliano para um argumento: materialismo dialético / luta de classes. Não obstante, Marx analisa muitas coisas que Hegel sequer pensou. Ele foi apenas uma premissa de um material muito mais profundo e direcionado a outro campo.
Fica muito evidente, que tu pega um aspecto do Bertrand criticando Nietzsche e usa para difamar o pensamento Nietzscheniano como um todo! Isto é covardia de um adolescente apenas, está com ódio do Filósofo porque pensa diferente de você e do rebanho humano.
Seu comentário falando que Nietzsche era quase um virgem foi, no mínimo, desnecessário. E com base sólida falando contra, aliás. A doença mental degenerativa de Nietzsche foi muito provavelmente fruto de síflis que ele pegou na juventude... Você tem uma biografia boa escrita sobre ele que comprove essa sua afirmação de que "Nietzsche era quase um virgem e não tinha praticamente nenhum contato com as mulheres"?
Excetuando experiências muito pontuais, como a do bordel na juventude, ele levava sim um modo de vida muito solitário e casto. Por que saber disso te incomoda? Rs
@@MatheusBenitesMe incomodar não, mas me parece um comentário no mínimo tendencioso e estranho. Você não ter uma namorada/relacionamento de longo prazo te faz ser um "quase virgem"? É uma maneira infantil de se ver as coisas.
@@MatheusBenitesE sim, depois que ele parou de dar aulas, ele basicamente só se dedicou a filosofia. Por isso passou a ser "casto" e solitário. Não sei como isso faz ele ser um "quase virgem".
Alias, já que levantou esse debate: por que alguém que tem mais experiência em reprodução seria melhor que outra que não teve? “Hihihi, eu acasalei mais que você, seu perdedor”. Que pensamento primitivo.
Assistindo aos seus vídeos, fico com a impressão de que você está em busca de justicativas para si mesmo que lhe encoragem a tomar duas decisões que lhe inquietam: abandonar suas leituras de Nietzsche compreendendo finalmente que aquilo tudo é um mero exercício estético-retórico muito pouco factível E aceitar a existência do Deus cristão, convertendo-se ao cristianismo. Para o seu bem (no sentido espinosista) eu espero estar equivocado. Mas enfim...é só uma impressão.
Qualquer um que tenha lido Nietzsche, minamenre de boa vontade (para depois concordar ou discordar), sabe que as críticas de Russell foram tacanhas e mostraram mais dele do que da filosofia "técnica" que ele mesmo apregoava como analítico.
@@Guilherme-mg5fn o super homem super herói que usa capa não existiu mesmo rsrsrs Nietzsche considerou Jesus um homem de espírito livre, característica de seu conceito de "super-homem". Jesus não se submeteu aos ditames de sua época e contexto, talvez por isso foi tão odiado e perseguido e até morto. A mesma coisa com Buda. Ele viveu conforme seu espírito livre.
@@samuelsena28Nietzsche considerava Jesus e Buda acima da média sim, mas nenhum deles era o super-homem pregado por Zaratustra. No próprio anticristo, Nietzsche fala que o budismo e o cristianismo (cristianismo aqui entendido como o verdadeiro cristianismo, não aquele que foi instrumentalizado pela moral dos escravos...) são religiões da decadence. O próprio Nietzsche chama Jesus de produto da decadence no anticristo... Ambos (Buda e Cristo) fundaram religiões que ajudaram certos tipos de homens a viver e suportar a própria vida e isso por si só já serve como uma objeção a eles por parte de Nietzsche; os ensinamentos deles se baseiam no cansaço e esgotamento e apequenam a exiatência, é um respirar por aparelhos. O que eles pregam está muito longe do teor aristocrático e sobre-humano que o Zaragustra prega. Na verdade, nem mesmo Napoleão ou Cesar Borgia seriam o super-homem. Acredito que o super-homem que o Zaratustra prega seria algo alcançável somente através de um esforço consciente. Seria a humanidade inteira com o objetivo único para produzir tal indivíduo.
Sinto que o pessoal faz um esforço tremendo para justificar/perdoar as perversidades de Nietzsche. Definitivamente não teriam essa boa vontade com outro qualquer.
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Depois de 2 décadas ruminando Nietzche e me encontrando somente hoje aos pés da Filosofia - pois é extremamente difícil trazer essa postura de vida pro nosso dia a dia, pra forma como habitualmente encaramos as coisas - posso dizer que qualquer coisa que Nietzsche tenha escrito sobre qualquer assunto tem bem pouca ou nenhuma relevância para mim. Quanto mais "filosófico " sinto que me torno mais me apaixono pelos analíticos e pela Ciência.
Contudo, não foi uma leitura vã. Ele próprio tinha em sua obra a pretensão de ser uma espécie de martelo iconoclasta e, de fato, veio em minha direção como um verdadeiro petardo (sempre será assim para qualquer um que leia Filosofia com uma boa dose de reflexão e seriedade) . Normalmente, termina-se uma leitura das obras completas de Nietzsche com um certo senso de extrema urgência e uma boa dose de conspiração paranoica acerca de como religião e sociedade jogaram , em conluio uma com a outra, toneladas de feno em cima dos supostos úbermensch que seríamos, .... Afinal, Nietzche nos elogia o tempo todo por sermos seus leitores... Entretanto , tal qual drummonds diante da Máquina do Mundo , seguimos nessa via pedregosa como que de mãos pensas, ou atadas, sem propriamente nada de verdadeiramente über que não a pretensão. O fato é: há muita grandeza onde Nietzsche não enxergou nem poderia enxergar grandeza... Há salvação (no sentido particular que Nietzsche dá a redenção humana pela projeção dos feitos dos descendentes da espécie ) onde Nietzsche não enxergou , nem poderia enxergar a salvação - ao menos no que podemos inferir de seus escritos mais controversos em Genealogia da Moral e o talvez desvirtuado A Vontade de Poder. Hoje , graças a Ciência sabemos que nos recônditos do "coração das trevas" africano caminha, trabalha e faz sexo a maior reserva de biodiversidade humana; sabemos que os "grandes homens" (cientistas, estadistas e mega capitalistas) já puseram a humanidade a beira da extinção com a possibilidade de uma guerra termonuclear de efeitos globais. Parece-me um equívoco ser seduzido pela autopromoção que Nietzsche fez de si próprio como "homem a frente de seu tempo". Não foi. Nietzche foi um homem de seu tempo: estava entre os milhares de europeus que se ateizaram (ou mais acertadamente, se descristianizaram); um homem que não pode dizer em sua Gaia Ciência nada melhor e nem além do Auguste Comte tinha dito décadas antes; um homem que estava como muitos de seu tempo desconcertado , e não deixa de haver certa ironia nisso, com a "transvaloração" que a democracia, ou os movimentos de democratização representavam para a ordem social e tal qual qualquer criatura da Era dos Impérios que sentia medo (sim, Russel usa palavra certa: medo) , caiu em reacionarismos , idealizações do passado que prenunciaram o solo em que o nazifascismo viria a grassar. Se seu conteúdo veio a ser posto a serviço do nazismo, algo de seu cerne se prestava a isso . Afinal a ideologia nazista (entendida aqui ideologia em seu conceito puro e original de falseamento da realidade) não se resumia tão somente a seu aspecto antissemita. Nietzche: um homem de seu tempo... Eu, como pessoa humana de meu tempo, o enxergo claramente.
Muito interessante este debate, parabéns, Matheus, abraço 🙋🏻♂️
Faça mais videos lendo livros e clarificando pontos/dando suas opinioes conforme lê. Ficou muito bom este modelo
Eu me pergunto se seria algo benéfico para nós, apreciadores da filosofia, se estes dois filósofos de pensamentos tão distintos chegassem a um consenso. São dois pensadores originais e densos na formação de suas obras e com caminhos próprios. Me parece bem plausível que seus pensamentos tivessem mesmo de se chocar. Gostei muito da distinção entre a filosofia experimental de Nietzsche e a filosofia analítica; realmente Nietzsche é um filósofo de impacto no cotidiano e nas relações de quem o lê. Novamente um excelente vídeo!
Obrigado pelo comentário!
Confesso que, do que li de Nietzsche até aqui, concordo com Russell
Explica aí a crítica de nietzche ao cristianismo.
ele quer superar o cristianismo com ele como profeta de Dionísio
Tenho um livro dele ( Porque não sou cristão e outros ensaios) e que tem um "apendice" no qual um outro autor descreve a dificuldade e B Russell em lecionar nos EUA. Nada mais do que "mccartismo puro". Russel foi acusado de corromper as juventude americana!
Talvez eles falassem de coisas semelhantes, mas com outro formato: Russell, Nietzsche, Spinoza, Pascal...etc, etc, etc 💚💚💚
Excelente conteúdo. Mas, apenas uma observação, o narrador deveria ser menos advogado do Nietzsche e apresentar com mais isenção
Agradeço as observações.
Você é ótimo. MISICA AO FUNDO ATRAPALHA A CONCENTRAÇÃO
Chata
Nenhuma visão da história da filosofia é totalmente impessoal, mas deveria ser o máximo possível, se a intenção é apenas expor. A do Bertrand, para quem está interessado em fazer um estudo sobre a história da filosofia em si, não aconselho a ninguém. É a coleção mais tendenciosa que já li, a impressão que passa é que ele escreveu uma suposta "história da filosofia" com o simples intuito de mostrar a opinião própria e suas próprias observações sobre os diversos filósofos
Penso a mesma coisa, no Dicionario de Filosofia, o José Ferrater Mora dá o seu pitaco sobre o que ele realmente pensa sobre Russell.
Muito bom. Você deveria voltar a fazer vídeos nesse estilo e se afastar de tretas infrutíferas. 😀
Ótimo conteúdo! Parabéns, apenas a trilha está um alta demais na minha opinião
A visão dele é bastante ideológica, quando li os volumes isso estava claro em cada pagina, não é esse tipo de aristocracia que Nietzsche defende. Elas não existiam mais, elas não estão marcadas no sangue, afinal o “espírito livre”, caso existisse, deixaria pra tras essa descendência humano, demasiado humano”.
Eu gosto muito do Nietzsche ! Porém, eu sei que o pensamento dele é sim perigoso .
Perigoso? Pq?
@@jeangomes2920o cara dizia que os fracos e os malogrados deveriam perecer.
É um pensamento bem individualista e realista.
@@luantavaresxNietzsche preza pelo amor à vida… não entendi onde você entendeu que ele disse que: “os fracos mereciam perecer”
@@luantavaresxmas, apenas disso, se ele falou nesse sentido ou não… ele não está errado.
essa coleção de Bertrand Russel é de fácil compreensão Matheus ? Poderia fazer um video sobre o Que Nietzsche pensa sobre Livre arbítrio seria interessante procurei em alguns sites e não encontro algo claro como os vídeos que vc faz
Boa noite,com este avanço da extrema direita no mundo ,estarrecedor,mais próximo da iconoclasta filosofia De zarastutra
Se Bertrand Russell tivesse vivido até a década de 1990, ele teria entendido melhor Nietzsche.
Será que se passou a entender melhor Nietzsche ou fez-se uma releitura dele ao longo do tempo para adaptar sua obra ao desenrolar da história?
@@wesleypeixotocosta talvez um pouco dos dois, mas sim!, leram errado N. Publicaram muita coisa depois que ele morreu (Vontade de Poder, por exemplo). Parte da culpa é da irmã de N., que ele detestava.
Em que sentido? Pq a percepção que eu tenho é totalmente o contrário
Profeta curioso! Isso, isso, isso 💚💚💚💚💚💚
Muito bom te ouvir, Matheus!
Obrigado!
Nietzsche, Marx e Freud são essenciais e os mais influentes do Séc XX ( alguns homens nascem póstumos ). Muitos autores criticam o Nietzsche, justamente pela importância e relevância dele.
Gostaria que falasse de Schopenhauer. Pensador relevante que apresentou interessante leitura de Platão e Kant e influenciou muitos autores.
Acompanhando a exposicao da interpretacao de Russel sobre Nietzsche com os comentarios do expositor sobre essa interpretacao, me lembrei que a filosofia na opiniao de Nietzsche e sempre uma interpretacao do proprio filosofo. Com isso, ele estava afirmando que a filosofia deve ser compreendida psicologicamente.
Dependendo portanto do sentimento de cada um, teremos a expressao do que ele acha o que e a vida.
A partir deste principio basico, para ele, por sua experiencia, havia duas posicoes, a dos negadores e afirmadores da vida.
Se aceitarmos estes fundamentos, sobretudo o referente a vida, poderemos pessoalmente concordar ou discordar das avaliacoes que ele fez dos que classificou como negadores ou afirmadores da vida...
Quanto a Bertrand Russel, daria para simplesmente classifica-lo assim?
Tenho minhas duvidas, acho que isso seria forcado...
Seja como for, nao acho que se possa coloca-lo no nivel de Nietzsche. Russel como bem lembrou o expositor era um grande intelectual sem duvida atuando politicamente num momento historico de grandes ameacas quanto a paz, coisa que Nitzsche nem poderia imaginar.
Essa música de fundo não dá, estraga a experiência do vídeo.
Concordo.
Uma reflexão...
Será que Russell não entendeu Nietzsche porque estava contaminado pela dor da guerra ou será que a gente não entendeu Nietzsche e Russell está nos alertando com um olhar da época? Quase que como um vizinho de um rapaz falando pra namoradinha dele "cuidado, ele não é uma boa pessoa. Eu sou vizinho e conheço o dia-a-dia, ele está te enganando".
Russel quer papo.cada um na sua , fica melhor.
Professor. Vc é show..,
P
Mim a leitura é cansativa … prefiro sua explanação . Música no fundo tira o foco da atenção do conteúdo narrado
muito bomm!!!
Obrigado!
Além de Bertand Russell, o irracionalismo de Nietzsche também é apontado por nomes como Mário Bunge, Georg Lukács e Domenico Losurdo.
Mas o que Nietzsche tem de melhor é justamente o irracionalismo.
@@Lab.53 Acho que você não sabe o que é irracionalismo.
@@francyscharlie7317 Me ensina, Francys. E aproveita e casa comigo. Ouviremos jazz fusion nas tardes ensolaradas. Nos finais de semana, tomaremos vinho, comeremos umas bobagens e leremos repetidas vezes o Livro do Desassossego. Etc.
@@Lab.53 Bem, pode começar pelas críticas de Bunge à psicanálise, ao existencialismo, ao pós-modernismo, à fenomenologia etc. Filosoficamente não há nada útil no irracionalismo. Literatura não é filosofia e uma distinção clara entre as duas coisas é necessária.
@@francyscharlie7317 Parece interessante. Mas lembremos que as críticas de Bunge não estão livres de serem criticadas. O conceito de filosofia, inclusive, não é unanimidade. Obviamente ela não pode ser confundida com ciência, embora muitos o façam. Há até quem de fato a considere um tipo de literatura. Derrida manda lembranças. Quanto à psicanálise, ela é a resposta para (quase) tudo. Acontece que a humanidade ainda não está preparada. Ei...e sobre a minha proposta: o jazz fusion, o vinho, as tardes ensolaradas, Fernando Pessoa, o casamento etc? Vamos conversar pessoalmente?
Matheus, parabéns pela sua ótima entrevista, em um determinado podcast. Difícil, hein. Não quero ser cruel, mas, quando a entrevistadora, com a percepção crítica de uma colegial, trocou a palavra "aura", por "áurea", eu desisti.
Só ler o alem do bem e do mal Nietzsche escreve que os anti semitas são aqueles com piores prognósticos (na visao dele), mais que comunistas etc, opinião dele. Critica o nacionalismo alemão da mesma forma, emancipação.
Podemos aprender muito com os grandes pensadores, mas não me parece sensato tomar como inquestionáveis as suas teorias (ou devaneios) filosóficas ou cair na sua sobrevalorização. A filosofia não é uma ciência exata porque nem sequer é uma ciência. Se fosse, todos estariam de acordo entre si e apontariam na mesma direção. No fim das contas, filósofos ou pessoas comuns, andamos todos perdidos à procura de respostas que às vezes julgamos encontrar, até nos tirarem o tapete debaixo dos pés.
Por que todos tem sentidos de viver diferentes. Como Sartre afirmou que: “a vida não tem sentido, nós que damos sentido a ela”.
Não lembro se foi ele que recitou, então me desculpe qualquer erro.
@@Szmall-r4f Até apurarmos "novas provas", podemos aceitar isso.
Like aplicado!
Valeu, Marcos!
Russel com certeza gostaria da crítica de Nietzsche ao cristianismo e da análise pscicólogica que ele faz dele. Se ele tivesse estudado mais a fundo Nietzsche - principalmente os livros mais fáceis dele, como a Genealogia, o Crepúsculo e o Anticristo - essa "análise" que ele faz da filosofia nietzscheana com certeza seria mais favorável. A caracterização raza que ele faz dos santos e os critérios pueris que ele usa para diferenciar os santos "admiráveis" dos "não admiráveis" são provas de que ele não leu a Genealogia, nem o Anticristo e muito menos Humano, Demasiado Humano.
De fato. Russel, para atacar Nietzsche, utilizou o moralismo - o que é quase que uma ofensa a Nietzsche. Imagino qual seria a reação de Russel se visse Nietzsche referenciando o Código de Manu...Kkkkkkk
Guilherme e vc já leu as criticas de russell sobre o cristianismo e outras religiões?
@@Luiz-qu2uf de certa forma ele julga niet em um padrão de moral sim, a diferença é que ele usa como base pra isso os ideais humanitarios e dos direitos humanos e nao uma doutrina religiosa. Consegue ver a diferença?
@@matheusnunes3325 "de certa forma ele julga niet em um padrão de moral sim, a diferença é que ele usa como pra isso os ideias humanitarios e dos direitos humanos e nao uma doutrina religiosa"
Eu mesmo afirmei que ele o faz sob conceitos moralistas, tal qual os direitos humanitários, supracitados. Todavia, como apontava o próprio Russel, em toda argumentação que se proponha a ser formal, deve-se justificar aquilo que se diz - afinal, se não o fizermos, estaremos afirmando, sem que, no entanto, expliquem-se as afirmações.
Ora, rebatendo a Nietzsche, citam-se os direitos humanos e valores humanitários; não se justifica, porém, a validade dessas objeções moralistas contra a filosofia nietzscheana. Nietzsche, sendo antirrealista moral, crítico da ideologia de igualdade, favorável à aristocracia, estará completamente justificado em simplesmente rejeitar as súplicas moralistas e humanitárias, que caem quase que sempre naquilo que o filósofo aponta como "moral do ressentimento". Nietzsche considerava-se moralista; criticá-lo sob preceitos moralistas é quase uma ofensa. Propondo-se a perscrutar a origem das avaliações morais e das ações humanas, Nietzsche próprio reconhece o humanitarismo, como qualquer outra forma de valoração, como algo humano, demasiado humano, e, portanto, nada em si mesmo. E vejo, sim, a diferença, tanto que a apontei aqui mesmo.
Nietzsche influenciou Wittgeinstein, seguramente um filósofo "técnico" mais importante para o século que Russell.
"Influenciou" me parece um termo muito forte. É verdade que Wittgenstein leu "O Anticristo" e numa de suas anotações concorda com Nietzsche quando este diz que o cristianismo não deveria ser tomado como uma questão de crença mas uma questão de prática. Na verdade, no mais o filósofo mais importante do século XIX para Wittgenstein, como certa vez disse, é Kierkegaard (apesar de achar que Schopenhauer, em relação à composição do Tractatus, teve uma influência fundamental, principalmente quando trata da questão do místico).
Boa noite 🌃
Com a devida vênia, o mais estudado é Foucault
00:15 Essa leitura de "aristocracia" em Nietzsche é altamente questionável. A aristocracia de Nietzsche JAMAIS foi a de Russell. As palavras nos enganam.
Nietzsche spinosa e deleuze, eis a santíssima trindade ❤
Resumindo, você acabou com o texto do Russell
Pode, alguem ser quase virgem?
É incrível como o Russel tinha mts interpretações errad4s do Nietzsche
...o pensamento de Russell
Podemos dizer que Nietzsche era um esteta?
É incorreto dizer que Nietzsche era apenas e predominantemente um esteta. Ele era um filósofo, poeta, filólogo e crítico da cultura. Como crítico da cultura, falando muito de arte, é possível considerá-lo também um esteta. Foi músico também.
Com todo respeito ao pensamento do Prof. Benites, considero Nietzsche um pensador impiedoso e amargurado, cujo único mérito está no amor à liberdade e ao papel da vontade no crescimento da Humanidade. Mas alguém tão desumano, só podia mesmo ter o melancólico fim que teve.
Então o seu comentário é prova de que com certeza nunca se debruçou na obra do mesmo. E que repete os mesmos comentários errôneos que os pós estudiosos de Nietzsche em 1945 fizeram 😅
@@joaoalexandremouragomes9405 Os pós estudiosos são filósofos da envergadura de B. Russell e o fato de não concordarem com o professor não significam que não conheceram sua obra. Se os filósofos que o criticaram podem ter sido influenciados por sua época, Nietzsche tampouco estava livre do mesmo problema. Teve seus méritos, mas também teve graves limitações pelo seu tempo de descrédito e preconceito, por uma visão demasiadamente eurocêntrica de mundo e sua crítica à religião, muitas vezes era mais emocional do que dirigida pela razão.
Nietzsche pra mim é um dos filósofos mais fáceis de se entender. E um dos pontos para que se entenda a filosofia dele é exatamente essa que o Bertrand apresenta, ou seja, são apenas as visões de mundo de um megalomaníaco
@Ricardo, esse seu comentário é a prova inconteste de que você não entende Ntz. Aliás, parafraseando Deleuze, quando alguém começa falando que um tal pensamento desse ou daquele autor é fácil, pode esperar que lá vem bobagem.
@@Lab.53 coisa mais fácil, só basta inverter os valores e premissas cristãs, ou religiosas de uma maneira geral. Nisso se resume a filosofia de NT.
Outros filósofos pode-se estudar dessa maneira também, por exemplo, Marx, basta apenas inverter a filosofia de Hegel para entende-lo 😂😂😂. Tô sendo reducionista, claro! eles tiveram suas contribuições para a filosofia 😅
@@Ricardo.Gomes.S. Longe de mim ir de encontro ao 'simplismo', mas NT não se restringe à aversão cristã. A megalomania dele era de implodir toda a filosofia clássica e anunciar uma nova. Abordou muitos pontos para além da filosofia cristã, assim como Marx não inverteu Hegel, mas, na vdd, aplicou o método dialético hegeliano para um argumento: materialismo dialético / luta de classes.
Não obstante, Marx analisa muitas coisas que Hegel sequer pensou. Ele foi apenas uma premissa de um material muito mais profundo e direcionado a outro campo.
@@Lab.53concordo. Também desconfio dessa visão simplificada/simplificadora.
Fica muito evidente, que tu pega um aspecto do Bertrand criticando Nietzsche e usa para difamar o pensamento Nietzscheniano como um todo! Isto é covardia de um adolescente apenas, está com ódio do Filósofo porque pensa diferente de você e do rebanho humano.
Seu comentário falando que Nietzsche era quase um virgem foi, no mínimo, desnecessário. E com base sólida falando contra, aliás. A doença mental degenerativa de Nietzsche foi muito provavelmente fruto de síflis que ele pegou na juventude... Você tem uma biografia boa escrita sobre ele que comprove essa sua afirmação de que "Nietzsche era quase um virgem e não tinha praticamente nenhum contato com as mulheres"?
Excetuando experiências muito pontuais, como a do bordel na juventude, ele levava sim um modo de vida muito solitário e casto. Por que saber disso te incomoda? Rs
@@MatheusBenitesMe incomodar não, mas me parece um comentário no mínimo tendencioso e estranho. Você não ter uma namorada/relacionamento de longo prazo te faz ser um "quase virgem"? É uma maneira infantil de se ver as coisas.
@@MatheusBenitesE sim, depois que ele parou de dar aulas, ele basicamente só se dedicou a filosofia. Por isso passou a ser "casto" e solitário. Não sei como isso faz ele ser um "quase virgem".
@@Guilherme-mg5fncara, no que muda ele ser Virgen ou não? Que besteira.
Alias, já que levantou esse debate: por que alguém que tem mais experiência em reprodução seria melhor que outra que não teve?
“Hihihi, eu acasalei mais que você, seu perdedor”. Que pensamento primitivo.
A história da filosofia ocidental é cheio de erros. Terrível.
Assistindo aos seus vídeos, fico com a impressão de que você está em busca de justicativas para si mesmo que lhe encoragem a tomar duas decisões que lhe inquietam: abandonar suas leituras de Nietzsche compreendendo finalmente que aquilo tudo é um mero exercício estético-retórico muito pouco factível E aceitar a existência do Deus cristão, convertendo-se ao cristianismo. Para o seu bem (no sentido espinosista) eu espero estar equivocado. Mas enfim...é só uma impressão.
Exercício estético-retórico? Sério, acho possível dizer isso somente da Filosofia Medieval.
Qualquer um que tenha lido Nietzsche, minamenre de boa vontade (para depois concordar ou discordar), sabe que as críticas de Russell foram tacanhas e mostraram mais dele do que da filosofia "técnica" que ele mesmo apregoava como analítico.
Eu sou o único que consegue misturar as ideias de nietzsche com as cristãs?
Para Niet, Napoleão, Buda e até Jesus são exemplos de super homem
Não. O super-homem nunca existiu até hoje.
@@Guilherme-mg5fn o super homem super herói que usa capa não existiu mesmo rsrsrs Nietzsche considerou Jesus um homem de espírito livre, característica de seu conceito de "super-homem". Jesus não se submeteu aos ditames de sua época e contexto, talvez por isso foi tão odiado e perseguido e até morto. A mesma coisa com Buda. Ele viveu conforme seu espírito livre.
@@samuelsena28Nietzsche considerava Jesus e Buda acima da média sim, mas nenhum deles era o super-homem pregado por Zaratustra. No próprio anticristo, Nietzsche fala que o budismo e o cristianismo (cristianismo aqui entendido como o verdadeiro cristianismo, não aquele que foi instrumentalizado pela moral dos escravos...) são religiões da decadence. O próprio Nietzsche chama Jesus de produto da decadence no anticristo... Ambos (Buda e Cristo) fundaram religiões que ajudaram certos tipos de homens a viver e suportar a própria vida e isso por si só já serve como uma objeção a eles por parte de Nietzsche; os ensinamentos deles se baseiam no cansaço e esgotamento e apequenam a exiatência, é um respirar por aparelhos. O que eles pregam está muito longe do teor aristocrático e sobre-humano que o Zaragustra prega.
Na verdade, nem mesmo Napoleão ou Cesar Borgia seriam o super-homem. Acredito que o super-homem que o Zaratustra prega seria algo alcançável somente através de um esforço consciente. Seria a humanidade inteira com o objetivo único para produzir tal indivíduo.
Sinto que o pessoal faz um esforço tremendo para justificar/perdoar as perversidades de Nietzsche. Definitivamente não teriam essa boa vontade com outro qualquer.
A ponto de se dizer: “é estranha sua admiração pelo Napoleão”. Não, não é estranha não.