@@weverton.pereirademedeiros5598 A fonte Q é uma fonte hipotética, ou seja, ninguém sabe realmente se ela existiu. É tudo especulação, aliás, como é quase toda a metodologia em torno do "Jesus histórico".
@@DeboraSantosAraujo Pois é!!!👍👍👍 Vc sabia que ela me bloqueou das redes sociais dela por eu falar exatamente isso daí que vc disse?🤔🤔🤔 Esse povo não aceita o contraditório, infelizmente!!!👎👎👎
Minha vizinha, sempre uma honra te ouvir. Aproveito o espaço para não só parabenizar o canal, mas sugerir a presença do Osvaldo Luiz Ribeiro, da Tenda do Necromante, sempre uma aula!
Fico muito feliz por esse diálogo do canal do Matheus de quem eu acompanho e ja li seu livro sobre "Ser Ateu" e da notável professora Juliana Cavalcanti minha amiga. Ela é referência sobre o Jesus histórico e cristianismos antigo e parabéns para os dois e que a divulgação científica, filosófica, histórica possa prosperar em meio às fakes news, pseudociência nas redes sociais📚☕️🧡
Como um dos maiores entusiastas deste encontro, eu tinha absoluta certeza que seria fantástico. Meus parabéns à ambos. Dois gigantes importantes e necessários.
Excelente vídeo. Sempre questionei as narrativas religiosas. Todas as religiões surgiram com o objetivo de controlar mentes e corpos das pessoas. Um mínimo de raciocínio, de lógica e muita coisa cai por terra.
Pois é, as cartas de Paulo que historicamente são reconhecidas verdadeiras, explica bem a o porquê da crucificação de Jesus Cristo. Ele se fez maldito por vcs e por mim. Ele é a nossa esperança. Jesus Cristo é a nossa Salvação. Desde que creiamos no Seu sacrifício.”Sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados.”
Professora Juliana. Impressiona seu conhecimento sobre Religião. Oferece como resultado a certeza de que estou revendo o meu velho conhecimento sobre o Jesus de uma maneira honesta e sem trauma.trauma.
Gostaria muito que vc colocasse Juliana pra debater com Caio Fábio, pois no ambiente da fé ele me representa. Entendo ser muito forte as falas científicas que ela trás. Seria possível?
Eu é q agradeço o encontro e vídeo de vcs, admiramos o trabalho de ambos e esse encontro foi mto esperado por todos que reconhecem a importância da divulgaçao de conhecimento crítico para combater obscurantismos
Na Encíclica Divino Afflane Spiritu, Pio XII esclarece a posição da Igreja Católica sobre a Bíblia é entendemos porque a Igreja Católica excomungou Lutero e sua Sola Escritura.
Jesus Cristo existiu sem dúvida. Personagem histórico. Os relatos do novo testamento é histórico, da mesma forma o Sócrates, Platão e Aristóteles. As pessoas podem crer em Jesus místico ou não.
Juliana gostaria de fazer uma pergunta......em 1 corintios cap 15 Paulo fala que Jesus foi sepultado e ressucitou segundo as escrituras.....Paulo mentiu para corinto que Jesus foi sepultado?os apostolos nao falaram nada sobre Jesus n ter sido sepultado para Paulo?
Quando o apóstolo Paulo fala "segundo as escrituras", ele está se referindo ao Antigo Testamento (Tanach, para os judeus). Ou seja, dá a entender que Paulo está querendo dizer que a morte e ressurreição de Jesus era um cumprimento de algo que estava escrito no Antigo Testamento. Só que em nenhuma parte do AT diz que o Mashiah deveria morrer e ressuscitar!!!👎👎👎
Outra interpolação é em 1 Jo 5:7 onde diz que o Pai, o Filho e o Espirito estao de acordo e os três são um. Contudo, esse texto não aparece nos textos mais antigos, sendo uma clara adulteração na tentiva de validar a ideia de Jesus como Deus e pertencente a uma Trindade
@@brunobarzotto3575 Em nenhum texto primitivo o "comma Johanneum", nome dado a adição espúria, aparece. Surgiu por volta do fim do quarto século por um líder de seita da Espanha. Depois é citada por algumas obras no século V. Contudo, era inicialmente uma interpretação do texto original. Com o tempo se infiltrou nas entrelinhas do texto original até que se tornou parte integrante do texto. Tanto que as traduções bíblicas católicas e protestantes mais atuais mesmo sendo declaradamente trinitarias não adicionam esse versículo.
@@brunobarzotto3575a minha Bíblia é uma edição de 1969 e fala que tudo que está entre colchetes é matéria do tradutor não constam no texto original,1 João 5:7,8 estão entre colchetes.
@@sideneapimentellopes5342 Arrume uma biblia que se baseie pelo menos em partes na Vulgata senhora, a mais acessível e mais comum é a própria Ave Maria, São Jeronimo para escrever a Vulgata consultou sucessores diretos de terceira geração dos apóstolos. Quem a senhora acha que é mais confiável, as pessoas que viveram poucas centenas de anos após os eventos ocorridos ou 2 mil anos ?
Existem 4 critérios para se buscar os ditos de Jesus. 1• MÚLTIPLAS FONTES 2• CONSTRANGIMENTOS 3. DESCONTINUIDADES 4. CONTRADIÇÕES Os Evangelhos nasceram de Comunidades diferentes e foram escritos porque a geração que conheceu Jesus foi morrendo. Lucas organizou seu evangelho de acordo com sua crença num Jesus mesericordioso. Marco como filho de Deus. Matheus como um líder João como Deus encarnado.
Acho que pra doutorar sobre os mantos antigos sendo aprovado, só terá minha credibilidade se houver debate com Caio Fábio. Digo o por quê: ele afirma que discutir arqueologia de certo tempo pra cá é fácil, difícil é discutir é o contrário. É aí que ele desafia.
A Igreja Católica sempre ensinou que cada evangelho tem sua versão de Jesus e nunca aceitou que tudo que está na Biblia aconteceu literalmente. Foi Lutero que disse que tudo aconteceu literalmente e foi excomungado.
As contradições ratifica a honestidade da Igreja Católica. Ela não mandou fazer concordar os Evangelhos e foi contra os que tentaram. Essas contradições não inválida a Doutrina Católica.
Não foi ela kem levou 7 concilios para acabar com os CODES e os pergaminhos escritos em hebraicos e sinistro ebizarro coisa medonha essa mulher de Apocalipise cap 17 ao cap 19 há leia Apocalipise cap 2 cap 3 Daniyyayu cap 12 vers 8 e sinistro o império Romano
E Vdd. Qd.comessei a pegar aulas falando sobre Jesus as verdades foi um susto! Meu Deus como pode viver enganada tanto tempo , gosto muito das aulas de Juliana ela fala com respeito as religiões e a fé ....
Vamos aos fatos: • A suposta fonte Q é hipotética, não existem evidências concretas que atestem a existência desse (suposto) evangelho. A hipótese da fonte Q surgiu como uma teoria que buscava explicar a produção textual dos evangelhos canônicos. • Não existe consenso a respeito do índice de analfabetismo na Galiléia. Se por um lado, o índice de analfabetismo nas sociedades antigas era alto (o que a Juliana deixou bem claro), a cultura judaica era uma cultura onde o letramento era necessário para o aprendizado e memorização da Torá, além disso o número de inscrições gregas, latinas e aramaicas encontradas na Galiléia é considerável, evidenciando atividades literárias significativas naquela região (o que não prova que o povo em si fosse letrado, mas quebra esse visão homogênea e simplista de que os galileus fossem amplamente analfabetos). • A divinização de Jesus não está restrita ao Evangelho de João. Mateus, Marcos e Lucas também apresentam Jesus como Deus, como prova podemos citar a expressão "Filho do Homem" que aparece no livro de Daniel para denotar um ser com características divinas e não humanas. Ademais, a ideia de que o Messias seria um ser divino aparece num hino contido dentro dos manuscritos do Mar Morto. Portanto, não seria surpreendente que os primeiros seguidores de Jesus o visse como um messias divino, já que essa era uma crença presente na comunidade essênia (que, por sua vez, não era uma comunidade realmente helenizada). • Em sua fala, a historiadora dá a entender que a formação do cânon do NT foi algo que surgiu do "nada" no século IV (embora talvez não seja a intenção dela, já que isso é grosseiramente anti-histórico e ela sabe disso). Na verdade, a formação do cânon neotestamentário foi algo gradual, e já no século II já estava bem estabelecido (apesar de algumas divergências). • Essa leitura de que o evangelho de João é um evangelho helenístico e até platônico é uma leitura obsoleta. Com a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto percebeu-se que o Evangelho de João contém muitas expressões e ideias dicotômicas nitidamente judaicas, tais como a Luz e as Trevas, Verdade e Falsidade, Filhos de Deus e Filhos do Diabo e etc. Além disso, a metáfora da mulher presente em João 16.21 foi encontrada nesses documentos. • A distinção que a Juliana faz entre "epístolas" e "cartas" é superficial. A carta aos Romanos (uma carta considerada autenticamente paulina) não faz jus a ideia de uma mera carta ou correspondência pessoal; é um verdadeiro "tratado teológico", onde Paulo faz uma sistematização da sua teologia. • A historiadora Juliana rejeita a autoria tradicional dos evangelhos tendo como base apenas o preconceito que ela tem em relação aos Pais da Igreja, sem se ater para as evidências linguísticas, históricas e manuscritológicas que justifiquem essa rejeição e essa datação tardia pós 70. • A explicação que ela dá para a ressureição de Jesus é fraquíssima. A crucificação (ou a morte) de rebeldes tidos como messiânicos era comum na Palestina do século I. Portanto, a morte de mais "um" não ia gerar muita comoção ao ponto de ocorrer alucinações. Aliás, é muito difícil explicar as 500 pessoas que tiveram visões de Jesus ressurreto e que são citadas por Paulo em 1 Coríntios 15 (ou seja, em uma carta "autêntica") através da ideia de que houve alucinações ou algo do tipo. E mais difícil ainda é explicar a conversão de Tiago após a visão que ele teve de Jesus ressurreto, uma vez que ele não cria em Jesus durante o seu ministério, apesar dele ter sido irmão do Nazareno. Enfim... vou parar por aqui.
R: A fonte Q é uma dedução lógica para resolver o chamado “problema sinótico”, cuja raiz é justamente as semelhanças e diferenças explícitas entre os três primeiros evangelhos, quais sejam: Marcos, o primeiro evangelho e que serviu de fonte para os dois posteriores, Mateus e Lucas. Em Mateus e Lucas há semelhanças inegáveis e irrefutáveis com o evangelho de Marcos, inclusive sintaticamente. Ora, é impossível pensar que os dois evangelhos subsequentes a Marcos, escritos em momentos diferentes e em locais diferentes, apresentariam estruturas iguais. É evidente como a luz do Sol que tanto Mateus quanto Lucas copiaram informações de Marcos. Porém, não é só isso. Há outras semelhanças estruturais e sintáticas em outros momentos nos evangelhos de Mateus e Lucas, mas que não estão em Marcos. Por questão de raciocínio básico, chega-se à conclusão de que tanto a comunidade que produziu Mateus quanto a comunidade que produziu Lucas expiraram-se em outra fonte, aparentemente escrita. Um debate existe a respeito da possibilidade da fonte Q ter sido apenas uma fonte de ditos, assim como o evangelho de Tomás (inclusive esse evangelho, apesar de apresentar um fundo gnóstico, traz fortes informações de quem Jesus achava que era), ou se apresentava uma narrativa. Seu comentário deu a entender que a fonte Q é apenas uma opinião. Não, não é. É tomada como real pela maior parte da academia. R: Não há consenso sobre o índice de analfabetismo. Que ele era enorme é fato. O analfabetismo era generalizado em todo o Império Romano. Na melhor das hipóteses, talvez 10% da população fosse aproximadamente alfabetizada. E esses 10 por cento seriam as classes ociosas - pessoas da classe alta que tinham tempo e dinheiro para obter educação (e os seus escravos e servos ensinados a ler em benefício de tais serviços aos seus senhores). Todos os outros trabalharam desde cedo e não tinham condições de arcar com o tempo ou as despesas de uma educação. Jesus e seus seguidores eram de uma área rural da Galileia, falavam aramaico e absolutamente nada indica que falassem grego ou dominassem alguma língua escrita. Aliás, em Atos 4:13 temos: “Então, eles, vendo a ousadia de Pedro e João e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus.” Traduções modernas tentam, infelizmente, esconder isso, mas a palavra “agramatoi” significa, literalmente, analfabeto. Toda as relações dos galileus não eram convidativas ao aprendizado de línguas, apenas se comunicavam em aramaico no boca a boca. Eu afirmei mais acima que havia pessoas que dominavam as letras, mas também disse que apenas pessoas de alta classe tinham acesso a elas. Ora, os galileus definitivamente não se encaixavam nessa classe. Pedro, por exemplo, era pescador. Os evangelhos foram escritos em grego, apresentam estrutura lógica e linearidade nos escritos. As cartas também. É hilariante pensar que galileus poderiam ter escrito essas histórias, com alto domínio da língua e versados em estilística, como apresenta a carta de Judas, por exemplo. R: A divinização de Jesus não está restrita apenas ao evangelho de João, mas é em João que há uma alta cristologia mais avançada. Não há, em quaisquer fontes mais primitivas, uma acentuação tão grande na divinização de Jesus. A mensagem de Jesus era apocalíptica e sua visão era de que o mundo já estava em processo final. Nunca foi o foco sua divinização. Já em João, essa carga apocalíptica diminui consideravelmente, justamente porque ele é o último evangelho e Jesus não havia voltado ainda. Já parecia datado. Esse título “filho do homem” é problemático, já que nas fontes L e M (conteúdos exclusivos dos evangelhos de Lucas e Mateus, respectivamente) trazem ditos atribuídos a Jesus que não aparentam uma identificação entre Jesus e o filho do homem. Vejamos algumas informações de fontes individuais mais antigas que corroboram com a ideia de que Jesus não se considerava o filho do homem: Marcos 13:24-27;30; Fonte Q (Lucas 17:24, 26-27,30 e Mateus 24:27, 37-39); Fonte M (Mateus 13:40-43) e de L (Lucas 21:34-36). São fontes distintas e antigas, as quais são próximas da vida de Jesus. Trata-se de um profeta apocalíptico. Os textos de João refletem justamente essa ideia: do não abandono de Jesus, mas suas profecias apocalípticas praticamente são apagadas, porque não aconteceram. O foco mudou, ainda mais pelo processo do helenismo mais profundo. R: A primeira tentativa de criar uma escritura foi no Cânone Muratori. Inclusive alguns pais da igreja duvidaram da autenticidade de algumas cartas atribuídas aos apóstolos. Não havia consenso algum naquele tempo. Eram tempos de falsificações e qualquer pessoa honesta sabe disso. R: De forma alguma. Esses textos circulavam anonimamente e foram escritos por comunidades. Não há razões para aceitarmos uma identificação muito posterior. Não compreendi a sua afirmação final. O evangelho de João é obviamente pós 70, assim como o de Lucas. R: Jesus foi um profeta apocalíptico e utópico. Por que não haveria comoção ao ponto de ocorrer alucinações? Precisamente por qual razão? Engraçado que os religiosos sempre são tendenciosos quanto à régua que usam para analisar eventos chamados “sobrenaturais”. Um protestante negará a veracidade do “milagre do Sol”, apesar de ter sido observado por muitas pessoas. Não temos sequer um escrito de Tiago ou Pedro dizendo que viram Jesus, não temos essas fontes escritas por 500 pessoas, temos uma fonte escrita por Paulo que diz isso. Isso não é tão forte assim. Pode ser simplesmente uma tentativa de dizer que ele foi o último a ver Jesus ressurreto. O historiador trabalha com FONTES. É possível que Pedro, Tiago e Paulo tenham passado por uma experiência dessa, mas não se pode afirmar nada sobre os demais. Eles surgem do nada. No máximo temos aqui 3 ou 4 pessoas que supostamente testemunharam isso. Um historiador precisa tratar figuras ou eventos desse tipo de forma crítica e neutra. Um católico/protestante negará a veracidade do mormonismo e da visita de Moroni a Joseph Smith, apesar do tal evento ter tido 11 testemunhas. Isso fortalece algo para você?
@@guilhermea.9415 R1: A fonte Q é uma hipótese que, como você disse, surgiu justamente para explicar o problema sinótico (em nenhum momento eu neguei isso, muito pelo contrário). O problema da historiadora do vídeo é a falta de transparência. Ora, qual é o problema de dizer que a fonte Q é uma dedução? Por que colocar esse "evangelho fantasma" em pé de igualdade com os evangelhos reais sem esclarecer do que realmente se trata? No comentário eu nem sequer discuti a natureza dessa fonte e muito menos neguei categoricamente a existência dela. Apenas escrevi o óbvio. Não há evidências concretas de que essa fonte de fato tenha existido. A natureza fantasmagórica desse evangelho é tão patente, que a própria historiadora do vídeo tem dificuldades de responder para seus seguidores acerca da fonte Q, digo isso porque eu já vi. R2: Não há consenso acadêmico a respeito do índice de analfabetismo na Galiléia. Em nenhum momento eu neguei o alto índice de analfabetismo no mundo antigo, e nem mencionei essas inscrições como "prova" de que os galileus eram letrados (muito pelo contrário, eu deixei uma ressalva no final). O meu ponto, novamente, foi a falta de transparência por parte da historiadora, que pega um elemento controverso para concluir a partir daí que Jesus era analfabeto (com toda a convicção do mundo), o que se caracteriza como uma falácia da generalização. A ideia de que os discípulos de Jesus eram meros "camponeses analfabetos" é fortemente questionada. Na narrativa bíblica, Mateus é apresentado como cobrador de impostos, então evidentemente ele sabia ler e escrever. Quatro, dos doze discípulos de Jesus, tinham nomes gregos, o que mostra uma influência da língua grega mesmo entre esses pescadores. Tanto a Mishná quanto os manuscritos do Mar Morto incentivam os pais a educarem os seus filhos na Torá, e esse aprendizado envolvia leitura e memorização. Ademais, o mesmo evangelista que afirma que Pedro e João eram iletrados (a palavra grega não significa necessariamente analfabeto, no sentido moderno), também mostra Jesus lendo e ensinando nas sinagogas. Além disso, os evangelhos canônicos e as cartas de Judas e de Pedro foram escritas dezenas de anos depois de Jesus, o que seria tempo suficiente para que eles adquirissem maior letramento, dado o fato de que eles estavam mais expostos a pessoas de diferentes culturas que poderiam ter um nível muito maior de educação formal (um bom exemplo disso é Tiago, o irmão de Jesus, um galileu, que era líder da Igreja em Jerusalém e que teve um encontro com Paulo, como relatado na carta aos Gálatas).
@@guilhermea.9415 R3: Em nenhum momento eu neguei isso. É evidente que no Evangelho de João há uma maior acentuação da divindade de Jesus do que nos outros evangelhos. Disso ninguém discorda. A minha crítica é que em todos os evangelhos a divindade de Jesus está presente, seja de modo implícito ou explícito. Os versículos que você citou não provam que há uma separação entre a identidade de Jesus e a do Filho do Homem; apenas revela Jesus proferindo o sermão em terceira pessoa (o que Iavé também faz nos livros proféticos). Ademais, eu também citei a crença da comunidade essênia de que o Messias seria divino (e humano ao mesmo tempo), o que você ignorou completamente. R4: O meu comentário foi escrito tendo em mente justamente o cânon mencionado, e foi com o objetivo de corrigir a impressão errônea que a historiadora passou. É um exagero dizer que não havia consenso nenhum naquele tempo. Na verdade, apenas sete livros foram objeto de disputa acirrada nos primeiros séculos.
@@guilhermea.9415 R5: Não é verdade que os evangelhos circulavam anonimamente. Erich Mauerhofer, em seu livro "uma introdução aos escritos do Novo Testamento", conta que todos os quatro evangelhos vinham com o nome do autor no final, inclusive trazendo informações relevantes sobre eles. Além disso, não há evidência de que os quatro evangelhos foram produzidos por comunidades. Sobre a datação pós 70, eu não especifiquei que estava me referindo aos evangelhos sinóticos e por isso que deu esse mal entendido. Mesmo assim, diferentemente do que você afirmou, é possível datar esses três evangelhos em um período anterior a 70. Existem boas evidências para isso, que infelizmente não são exploradas, pois muitos já tomam como ponto de partida a datação pós 70, seja pelo desconforto sobrenaturalista, seja pelo ceticismo extremo em relação as tradições patrísticas. R5: A explicação que a professora deu não foi realmente histórica, mas 'psicológica'. Portanto, falar de fontes e do papel do historiador não é muito relevante para essa discussão. Nenhum dos dois exemplos que você trouxe faz jus as características da ressureição, já que outros fatores devem ser considerados, tais como a conversão dramática de Paulo e Tiago, o número alto de testemunhas (muito maior do que onze) e os escritos produzidos apenas vinte anos depois do evento. Além disso, a historiadora do vídeo não trabalha com a hipótese de que Jesus fosse um profeta apocalíptico (para ela, essa pegada apocalíptica começa com Paulo e não com o Jesus histórico), considerando inclusive os sermões apocalípticos dos evangelhos sinóticos como "não históricos".
Só ignorou que as cartas de Paulo, que os próprios historiadores dizem ser os textos mais antigos do novo testamento, já fala claramente que Jesus é Deus, mesmo bem antes dos evangelhos serem escritos kkkkk
Há várias incoerências envolvendo o deus cristão. Uma delas, além das ditas no vídeo, é sobre João Batista e o batismo de Jesus. João Batista, ao que consta na bíblia, foi degolado pelo imperador da época há dois anos antes de batizar Jesus.
Temos 4 criterios 1 Varias fontes 2 Descontinuidade 3 Constrangimento 4 contraditórios 1 Fontes independentes 2 Jesus foi batizado, Pedro Negou Jesus Jesus disse que voltaria para aquela geração 3. Contraditorios. Aa tradições são variadas e se contradizem
Os Evangelhos nasceram nas tradições orais de cada comunidade. Os redatores escreveram e organizaram ditos e fatos de acordo com sua Teologia. A Igreja Católica nunca disse que os Evangelhos são perfeitos. Lutero com sua Sola Escritura, levou os Protestantes a acreditar que tudo é verdadeiro. Não disse que a versão é a verdadeira. A Igreja Católica diz que há contos, alegorias, fantasias, erros.
Então você acha que a elite que controlava o mundo na época que escreveram o velho testamento é diferente da elite que controlava o mundo quando escreveu o novo testamento.
A ressurreição é um ato de Fé. Os discípulos ou os seus seguidores como Paulo e entre os demais não morreriam por uma mentira ou mito. Experiência traumática q vc fala, é uma inferência, ou seja, está dando uma interpretação com métodos de hoje, com o pensamento de hoje, é o mesmo que julgar as pessoas da época q acreditaram e viram a Jesus ressurreto. É o mesmo q dizer q um grupo muito grande de pessoas tiveram o mesmo sentimento, ou traumas iguais, seria ilógico isso, e a própria Psicologia não defende essa perspectiva coletiva de traumas iguais ou alucinação coletiva de um grupo enorme que creram ou viram a Jesus ressurreto.
Bom dia! A sua fala merece resposta A experiência que cada um tem com o Divino é o que revela à sua existência. Se vc não busca ou tem experiência aí já revela sua concepção sobre a existência do Divino.
De não acreditar na existência de Deus eu respeito e um direito seu Agora se Deus não existe ou o divino não existe Como vc explica a axistencia de todas as coisas como surgiu como aconteceu? Do nada sem o nada Se o nada é uma evidência ou não? O nada é nada e por traz do nada tem algo? Se a ciência nis afirma que o setgimrnto do inverso aconteceu por meio da explosão do magma Que se espetacular em pequenas partículas e daí aconteceu o surgimento do universo A teoria do bog Ben Agora como aconteceu essa explosão que firca o levou a isso? Será que foi o nada Ou sem o nada não é nada não teria acontecido Se existe o nada é o nada levou a força que ouve a explosão de onde veio essa força? Como é essa força? Quem é essa força? A quem atribuir essa força? Se não a divindade O que seria?
Foi um prazer conhecê-lo. Pessoal, em breve tem mais. 😉🤫
Foi todo meu!
@@MatheusBenites Ela só faltou mostrar a fonte Q dos evangelhos, já que ela diz que existiu!!!👍👍👍
Cadê a fonte Q, Juliana?🤔🤔🤔
@@weverton.pereirademedeiros5598 A fonte Q é uma fonte hipotética, ou seja, ninguém sabe realmente se ela existiu. É tudo especulação, aliás, como é quase toda a metodologia em torno do "Jesus histórico".
@@DeboraSantosAraujo Pois é!!!👍👍👍 Vc sabia que ela me bloqueou das redes sociais dela por eu falar exatamente isso daí que vc disse?🤔🤔🤔 Esse povo não aceita o contraditório, infelizmente!!!👎👎👎
Minha vizinha, sempre uma honra te ouvir. Aproveito o espaço para não só parabenizar o canal, mas sugerir a presença do Osvaldo Luiz Ribeiro, da Tenda do Necromante, sempre uma aula!
O Evangelho de João é uma obra de arte. Organizou os ditos de Jesus numa alta cristologia.
Fico muito feliz por esse diálogo do canal do Matheus de quem eu acompanho e ja li seu livro sobre "Ser Ateu" e da notável professora Juliana Cavalcanti minha amiga. Ela é referência sobre o Jesus histórico e cristianismos antigo e parabéns para os dois e que a divulgação científica, filosófica, histórica possa prosperar em meio às fakes news, pseudociência nas redes sociais📚☕️🧡
Obrigado pelo carinho. Tamo unto!
Como um dos maiores entusiastas deste encontro, eu tinha absoluta certeza que seria fantástico. Meus parabéns à ambos. Dois gigantes importantes e necessários.
Assim como André fui um divisor para Juliana , ela é para mim🎉 Foi uma confirmação do qual eu suspeitava, um outro Jesus.
Sou fã da Dr Juliana Cavalcanti que é muito competente.
Juliana ótima historiadora do cristianismo, já acompanho seu trabalho, parabéns pela entrevista.
Excelente entrevista, parabéns!
Valeu, Valter!
Juliana Cavalcanti é da melhores...
Encontro Monumental!
Juliana Cavalcanti é muito bom te ouvir você tem muito conhecimento. Parabéns
Excelente vídeo. Sempre questionei as narrativas religiosas. Todas as religiões surgiram com o objetivo de controlar mentes e corpos das pessoas.
Um mínimo de raciocínio, de lógica e muita coisa cai por terra.
Pois é, as cartas de Paulo que historicamente são reconhecidas verdadeiras, explica bem a o porquê da crucificação de Jesus Cristo.
Ele se fez maldito por vcs e por mim. Ele é a nossa esperança. Jesus Cristo é a nossa Salvação. Desde que creiamos no Seu sacrifício.”Sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados.”
Professora Juliana. Impressiona seu conhecimento sobre Religião. Oferece como resultado a certeza de que estou revendo o meu velho conhecimento sobre o Jesus de uma maneira honesta e sem trauma.trauma.
Top👏🏽👏🏽
Ótimo vídeo. parabéns ao canal, a Dra Juliana é uma autoridade no assunto.
Gostaria muito que vc colocasse Juliana pra debater com Caio Fábio, pois no ambiente da fé ele me representa.
Entendo ser muito forte as falas científicas que ela trás. Seria possível?
Que conversa muito boua com inteligência e muito estudo
Vídeo incrível! Já me inscrevi no canal da Pesquisadora. Bom demais ver cientistas no TH-cam, amei!
Pesquisadora?🤣🤣🤣 Fala pra ela sobre a fonte Q dos evangelhos!!! 👍👍👍 Ela te bloquea na hora!!!👎👎👎
Muito bom. Adorei essa live. Juliana em entrevistas eu até gosto mais que no canal, ela bota o humor dela pra fora e é lindo
Boa tarde! Sigo a professora Juliana 🎉🎉🎉
Os Judeus do século I nunca negaram que Jesus foi crussificado.
Juliana é fera!!! Vida longa e próspera!
Dois maravilhosos professores juntos. Adoro! Ju e Matheus ❤
Que participação maravilhosa
A Juliana realmente é massssa é fera nesta área.
Hahahahahah a doutora Juliana alem de inteligência tem um humor maravilhoso. Amo quando ela daz as referenfias a cultura pop.
Boa noite 🌃
Parabéns, Matheus, pelo canal¡! Sou fã!!!
Eu é q agradeço o encontro e vídeo de vcs, admiramos o trabalho de ambos e esse encontro foi mto esperado por todos que reconhecem a importância da divulgaçao de conhecimento crítico para combater obscurantismos
Ótimo trabalho
João coloca nas falas de Jesus sua crença no Jesus Divino.
Uau!! Que live !! Fantástico!! 👏👏👏👏👏👏👏😘❤🌹🌹🌹🌹🌹
A divinização ocorreu na liturgia. Joanina.
Excelente bate-papo.
Juliana é muito show!
Essa leitura com concordância entre Evangelhos sempre foi combatida de pela Igreja Católica.
Parabéns pelo vídeo!!!
Na Encíclica Divino Afflane Spiritu, Pio XII esclarece a posição da Igreja Católica sobre a Bíblia é entendemos porque a Igreja Católica excomungou Lutero e sua Sola Escritura.
Clemente I é uma carta que deveria ter entrado na Bíblia.
Melhor sotaque 💙👏🏻
Fascinante!
Disse Jesus: Antes de Abraão existir. Eu Sou ! João 08:58
Paulo foi o primeiro Papa. Foi sua teologia que dominou.
Muito bom❤
Oi Ju sou seu fã, e o seu sotaque é top !!!
Os Concílios da Igreja são os responsáveis em divinizar Jesus.
Muito bom demais
Jesus Cristo existiu sem dúvida.
Personagem histórico.
Os relatos do novo testamento é histórico, da mesma forma o Sócrates, Platão e Aristóteles.
As pessoas podem crer em Jesus místico ou não.
Juliana gostaria de fazer uma pergunta......em 1 corintios cap 15 Paulo fala que Jesus foi sepultado e ressucitou segundo as escrituras.....Paulo mentiu para corinto que Jesus foi sepultado?os apostolos nao falaram nada sobre Jesus n ter sido sepultado para Paulo?
Quando o apóstolo Paulo fala "segundo as escrituras", ele está se referindo ao Antigo Testamento (Tanach, para os judeus). Ou seja, dá a entender que Paulo está querendo dizer que a morte e ressurreição de Jesus era um cumprimento de algo que estava escrito no Antigo Testamento. Só que em nenhuma parte do AT diz que o Mashiah deveria morrer e ressuscitar!!!👎👎👎
Jesus é maior que Deus.
Nos contos sobre meta-humanos, me identifico mais com a história de Kal-El
Vulgo Super-Man!!!👍👍👍
Gosto do Goku kkkkkkk
@@Tedio33 Digo, meta-humanos com vocação pra santo. Kal-El, Jesus...
@@marcioarbex168 mas o Goku teve a sua vocação 🙃
Outra interpolação é em 1 Jo 5:7 onde diz que o Pai, o Filho e o Espirito estao de acordo e os três são um. Contudo, esse texto não aparece nos textos mais antigos, sendo uma clara adulteração na tentiva de validar a ideia de Jesus como Deus e pertencente a uma Trindade
Quais textos antigos ? O primeiro evangelho de João quase completo que temos é do século III, mais de 100 anos depois da escrita do original.
@@brunobarzotto3575 Em nenhum texto primitivo o "comma Johanneum", nome dado a adição espúria, aparece. Surgiu por volta do fim do quarto século por um líder de seita da Espanha. Depois é citada por algumas obras no século V. Contudo, era inicialmente uma interpretação do texto original. Com o tempo se infiltrou nas entrelinhas do texto original até que se tornou parte integrante do texto. Tanto que as traduções bíblicas católicas e protestantes mais atuais mesmo sendo declaradamente trinitarias não adicionam esse versículo.
@@brunobarzotto3575a minha Bíblia é uma edição de 1969 e fala que tudo que está entre colchetes é matéria do tradutor não constam no texto original,1 João 5:7,8 estão entre colchetes.
@@sideneapimentellopes5342 Arrume uma biblia que se baseie pelo menos em partes na Vulgata senhora, a mais acessível e mais comum é a própria Ave Maria, São Jeronimo para escrever a Vulgata consultou sucessores diretos de terceira geração dos apóstolos. Quem a senhora acha que é mais confiável, as pessoas que viveram poucas centenas de anos após os eventos ocorridos ou 2 mil anos ?
Existem 4 critérios para se buscar os ditos de Jesus.
1• MÚLTIPLAS FONTES
2• CONSTRANGIMENTOS
3. DESCONTINUIDADES
4. CONTRADIÇÕES
Os Evangelhos nasceram de Comunidades diferentes e foram escritos porque a geração que conheceu Jesus foi morrendo. Lucas organizou seu evangelho de acordo com sua crença num Jesus mesericordioso.
Marco como filho de Deus.
Matheus como um líder
João como Deus encarnado.
Adoroo o sotaque dos cariocas.
Eu sou carioca, não moro no Rio e acho bem enjoativo o sotaque carioca mas sei que meus conterrâneos são ótimos como pessoa.
Quem contou para João os diálogos de Jesus?
Acho que pra doutorar sobre os mantos antigos sendo aprovado, só terá minha credibilidade se houver debate com Caio Fábio.
Digo o por quê: ele afirma que discutir arqueologia de certo tempo pra cá é fácil, difícil é discutir é o contrário. É aí que ele desafia.
Os historiadores dos séculos anteriores ao Iluminismo não verificavam se os fatos contados aconteceram ou não.
Sobre os porquinhos atletas foi hilário 😂😂😂😂😂
A Igreja Católica sempre ensinou que cada evangelho tem sua versão de Jesus e nunca aceitou que tudo que está na Biblia aconteceu literalmente.
Foi Lutero que disse que tudo aconteceu literalmente e foi excomungado.
As contradições ratifica a honestidade da Igreja Católica. Ela não mandou fazer concordar os Evangelhos e foi contra os que tentaram. Essas contradições não inválida a Doutrina Católica.
A Igreja Católica nunca disse que os Evangelhos se complementam.
A Igreja Católica não fez alterações que mudassem a versão dos evangelhos.
Não foi ela kem levou 7 concilios para acabar com os CODES e os pergaminhos escritos em hebraicos e sinistro ebizarro coisa medonha essa mulher de Apocalipise cap 17 ao cap 19 há leia Apocalipise cap 2 cap 3 Daniyyayu cap 12 vers 8 e sinistro o império Romano
E Vdd. Qd.comessei a pegar aulas falando sobre Jesus as verdades foi um susto! Meu Deus como pode viver enganada tanto tempo , gosto muito das aulas de Juliana ela fala com respeito as religiões e a fé ....
Sim Jesus afirmou ser Deus , ele é o filho unigênito do Pai, e filho de peixe peixinho é!
Jesus era um comilão. Apareceu nas refeições coletivas.
Quem tem fé não precisa de provas.
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Vamos aos fatos:
• A suposta fonte Q é hipotética, não existem evidências concretas que atestem a existência desse (suposto) evangelho. A hipótese da fonte Q surgiu como uma teoria que buscava explicar a produção textual dos evangelhos canônicos.
• Não existe consenso a respeito do índice de analfabetismo na Galiléia. Se por um lado, o índice de analfabetismo nas sociedades antigas era alto (o que a Juliana deixou bem claro), a cultura judaica era uma cultura onde o letramento era necessário para o aprendizado e memorização da Torá, além disso o número de inscrições gregas, latinas e aramaicas encontradas na Galiléia é considerável, evidenciando atividades literárias significativas naquela região (o que não prova que o povo em si fosse letrado, mas quebra esse visão homogênea e simplista de que os galileus fossem amplamente analfabetos).
• A divinização de Jesus não está restrita ao Evangelho de João. Mateus, Marcos e Lucas também apresentam Jesus como Deus, como prova podemos citar a expressão "Filho do Homem" que aparece no livro de Daniel para denotar um ser com características divinas e não humanas. Ademais, a ideia de que o Messias seria um ser divino aparece num hino contido dentro dos manuscritos do Mar Morto. Portanto, não seria surpreendente que os primeiros seguidores de Jesus o visse como um messias divino, já que essa era uma crença presente na comunidade essênia (que, por sua vez, não era uma comunidade realmente helenizada).
• Em sua fala, a historiadora dá a entender que a formação do cânon do NT foi algo que surgiu do "nada" no século IV (embora talvez não seja a intenção dela, já que isso é grosseiramente anti-histórico e ela sabe disso). Na verdade, a formação do cânon neotestamentário foi algo gradual, e já no século II já estava bem estabelecido (apesar de algumas divergências).
• Essa leitura de que o evangelho de João é um evangelho helenístico e até platônico é uma leitura obsoleta. Com a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto percebeu-se que o Evangelho de João contém muitas expressões e ideias dicotômicas nitidamente judaicas, tais como a Luz e as Trevas, Verdade e Falsidade, Filhos de Deus e Filhos do Diabo e etc. Além disso, a metáfora da mulher presente em João 16.21 foi encontrada nesses documentos.
• A distinção que a Juliana faz entre "epístolas" e "cartas" é superficial. A carta aos Romanos (uma carta considerada autenticamente paulina) não faz jus a ideia de uma mera carta ou correspondência pessoal; é um verdadeiro "tratado teológico", onde Paulo faz uma sistematização da sua teologia.
• A historiadora Juliana rejeita a autoria tradicional dos evangelhos tendo como base apenas o preconceito que ela tem em relação aos Pais da Igreja, sem se ater para as evidências linguísticas, históricas e manuscritológicas que justifiquem essa rejeição e essa datação tardia pós 70.
• A explicação que ela dá para a ressureição de Jesus é fraquíssima. A crucificação (ou a morte) de rebeldes tidos como messiânicos era comum na Palestina do século I. Portanto, a morte de mais "um" não ia gerar muita comoção ao ponto de ocorrer alucinações. Aliás, é muito difícil explicar as 500 pessoas que tiveram visões de Jesus ressurreto e que são citadas por Paulo em 1 Coríntios 15 (ou seja, em uma carta "autêntica") através da ideia de que houve alucinações ou algo do tipo. E mais difícil ainda é explicar a conversão de Tiago após a visão que ele teve de Jesus ressurreto, uma vez que ele não cria em Jesus durante o seu ministério, apesar dele ter sido irmão do Nazareno.
Enfim... vou parar por aqui.
Up
R: A fonte Q é uma dedução lógica para resolver o chamado “problema sinótico”, cuja raiz é justamente as semelhanças e diferenças explícitas entre os três primeiros evangelhos, quais sejam: Marcos, o primeiro evangelho e que serviu de fonte para os dois posteriores, Mateus e Lucas. Em Mateus e Lucas há semelhanças inegáveis e irrefutáveis com o evangelho de Marcos, inclusive sintaticamente. Ora, é impossível pensar que os dois evangelhos subsequentes a Marcos, escritos em momentos diferentes e em locais diferentes, apresentariam estruturas iguais. É evidente como a luz do Sol que tanto Mateus quanto Lucas copiaram informações de Marcos. Porém, não é só isso. Há outras semelhanças estruturais e sintáticas em outros momentos nos evangelhos de Mateus e Lucas, mas que não estão em Marcos. Por questão de raciocínio básico, chega-se à conclusão de que tanto a comunidade que produziu Mateus quanto a comunidade que produziu Lucas expiraram-se em outra fonte, aparentemente escrita. Um debate existe a respeito da possibilidade da fonte Q ter sido apenas uma fonte de ditos, assim como o evangelho de Tomás (inclusive esse evangelho, apesar de apresentar um fundo gnóstico, traz fortes informações de quem Jesus achava que era), ou se apresentava uma narrativa. Seu comentário deu a entender que a fonte Q é apenas uma opinião. Não, não é. É tomada como real pela maior parte da academia.
R: Não há consenso sobre o índice de analfabetismo. Que ele era enorme é fato. O analfabetismo era generalizado em todo o Império Romano. Na melhor das hipóteses, talvez 10% da população fosse aproximadamente alfabetizada. E esses 10 por cento seriam as classes ociosas - pessoas da classe alta que tinham tempo e dinheiro para obter educação (e os seus escravos e servos ensinados a ler em benefício de tais serviços aos seus senhores). Todos os outros trabalharam desde cedo e não tinham condições de arcar com o tempo ou as despesas de uma educação. Jesus e seus seguidores eram de uma área rural da Galileia, falavam aramaico e absolutamente nada indica que falassem grego ou dominassem alguma língua escrita. Aliás, em Atos 4:13 temos: “Então, eles, vendo a ousadia de Pedro e João e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus.” Traduções modernas tentam, infelizmente, esconder isso, mas a palavra “agramatoi” significa, literalmente, analfabeto. Toda as relações dos galileus não eram convidativas ao aprendizado de línguas, apenas se comunicavam em aramaico no boca a boca. Eu afirmei mais acima que havia pessoas que dominavam as letras, mas também disse que apenas pessoas de alta classe tinham acesso a elas. Ora, os galileus definitivamente não se encaixavam nessa classe. Pedro, por exemplo, era pescador. Os evangelhos foram escritos em grego, apresentam estrutura lógica e linearidade nos escritos. As cartas também. É hilariante pensar que galileus poderiam ter escrito essas histórias, com alto domínio da língua e versados em estilística, como apresenta a carta de Judas, por exemplo.
R: A divinização de Jesus não está restrita apenas ao evangelho de João, mas é em João que há uma alta cristologia mais avançada. Não há, em quaisquer fontes mais primitivas, uma acentuação tão grande na divinização de Jesus. A mensagem de Jesus era apocalíptica e sua visão era de que o mundo já estava em processo final. Nunca foi o foco sua divinização. Já em João, essa carga apocalíptica diminui consideravelmente, justamente porque ele é o último evangelho e Jesus não havia voltado ainda. Já parecia datado. Esse título “filho do homem” é problemático, já que nas fontes L e M (conteúdos exclusivos dos evangelhos de Lucas e Mateus, respectivamente) trazem ditos atribuídos a Jesus que não aparentam uma identificação entre Jesus e o filho do homem. Vejamos algumas informações de fontes individuais mais antigas que corroboram com a ideia de que Jesus não se considerava o filho do homem: Marcos 13:24-27;30; Fonte Q (Lucas 17:24, 26-27,30 e Mateus 24:27, 37-39); Fonte M (Mateus 13:40-43) e de L (Lucas 21:34-36). São fontes distintas e antigas, as quais são próximas da vida de Jesus. Trata-se de um profeta apocalíptico. Os textos de João refletem justamente essa ideia: do não abandono de Jesus, mas suas profecias apocalípticas praticamente são apagadas, porque não aconteceram. O foco mudou, ainda mais pelo processo do helenismo mais profundo.
R: A primeira tentativa de criar uma escritura foi no Cânone Muratori. Inclusive alguns pais da igreja duvidaram da autenticidade de algumas cartas atribuídas aos apóstolos. Não havia consenso algum naquele tempo. Eram tempos de falsificações e qualquer pessoa honesta sabe disso.
R: De forma alguma. Esses textos circulavam anonimamente e foram escritos por comunidades. Não há razões para aceitarmos uma identificação muito posterior. Não compreendi a sua afirmação final. O evangelho de João é obviamente pós 70, assim como o de Lucas.
R: Jesus foi um profeta apocalíptico e utópico. Por que não haveria comoção ao ponto de ocorrer alucinações? Precisamente por qual razão? Engraçado que os religiosos sempre são tendenciosos quanto à régua que usam para analisar eventos chamados “sobrenaturais”. Um protestante negará a veracidade do “milagre do Sol”, apesar de ter sido observado por muitas pessoas.
Não temos sequer um escrito de Tiago ou Pedro dizendo que viram Jesus, não temos essas fontes escritas por 500 pessoas, temos uma fonte escrita por Paulo que diz isso. Isso não é tão forte assim. Pode ser simplesmente uma tentativa de dizer que ele foi o último a ver Jesus ressurreto. O historiador trabalha com FONTES. É possível que Pedro, Tiago e Paulo tenham passado por uma experiência dessa, mas não se pode afirmar nada sobre os demais. Eles surgem do nada. No máximo temos aqui 3 ou 4 pessoas que supostamente testemunharam isso. Um historiador precisa tratar figuras ou eventos desse tipo de forma crítica e neutra. Um católico/protestante negará a veracidade do mormonismo e da visita de Moroni a Joseph Smith, apesar do tal evento ter tido 11 testemunhas. Isso fortalece algo para você?
@@guilhermea.9415 R1: A fonte Q é uma hipótese que, como você disse, surgiu justamente para explicar o problema sinótico (em nenhum momento eu neguei isso, muito pelo contrário). O problema da historiadora do vídeo é a falta de transparência. Ora, qual é o problema de dizer que a fonte Q é uma dedução? Por que colocar esse "evangelho fantasma" em pé de igualdade com os evangelhos reais sem esclarecer do que realmente se trata? No comentário eu nem sequer discuti a natureza dessa fonte e muito menos neguei categoricamente a existência dela. Apenas escrevi o óbvio. Não há evidências concretas de que essa fonte de fato tenha existido. A natureza fantasmagórica desse evangelho é tão patente, que a própria historiadora do vídeo tem dificuldades de responder para seus seguidores acerca da fonte Q, digo isso porque eu já vi.
R2: Não há consenso acadêmico a respeito do índice de analfabetismo na Galiléia. Em nenhum momento eu neguei o alto índice de analfabetismo no mundo antigo, e nem mencionei essas inscrições como "prova" de que os galileus eram letrados (muito pelo contrário, eu deixei uma ressalva no final). O meu ponto, novamente, foi a falta de transparência por parte da historiadora, que pega um elemento controverso para concluir a partir daí que Jesus era analfabeto (com toda a convicção do mundo), o que se caracteriza como uma falácia da generalização. A ideia de que os discípulos de Jesus eram meros "camponeses analfabetos" é fortemente questionada. Na narrativa bíblica, Mateus é apresentado como cobrador de impostos, então evidentemente ele sabia ler e escrever. Quatro, dos doze discípulos de Jesus, tinham nomes gregos, o que mostra uma influência da língua grega mesmo entre esses pescadores. Tanto a Mishná quanto os manuscritos do Mar Morto incentivam os pais a educarem os seus filhos na Torá, e esse aprendizado envolvia leitura e memorização. Ademais, o mesmo evangelista que afirma que Pedro e João eram iletrados (a palavra grega não significa necessariamente analfabeto, no sentido moderno), também mostra Jesus lendo e ensinando nas sinagogas. Além disso, os evangelhos canônicos e as cartas de Judas e de Pedro foram escritas dezenas de anos depois de Jesus, o que seria tempo suficiente para que eles adquirissem maior letramento, dado o fato de que eles estavam mais expostos a pessoas de diferentes culturas que poderiam ter um nível muito maior de educação formal (um bom exemplo disso é Tiago, o irmão de Jesus, um galileu, que era líder da Igreja em Jerusalém e que teve um encontro com Paulo, como relatado na carta aos Gálatas).
@@guilhermea.9415 R3: Em nenhum momento eu neguei isso. É evidente que no Evangelho de João há uma maior acentuação da divindade de Jesus do que nos outros evangelhos. Disso ninguém discorda. A minha crítica é que em todos os evangelhos a divindade de Jesus está presente, seja de modo implícito ou explícito. Os versículos que você citou não provam que há uma separação entre a identidade de Jesus e a do Filho do Homem; apenas revela Jesus proferindo o sermão em terceira pessoa (o que Iavé também faz nos livros proféticos). Ademais, eu também citei a crença da comunidade essênia de que o Messias seria divino (e humano ao mesmo tempo), o que você ignorou completamente.
R4: O meu comentário foi escrito tendo em mente justamente o cânon mencionado, e foi com o objetivo de corrigir a impressão errônea que a historiadora passou. É um exagero dizer que não havia consenso nenhum naquele tempo. Na verdade, apenas sete livros foram objeto de disputa acirrada nos primeiros séculos.
@@guilhermea.9415 R5: Não é verdade que os evangelhos circulavam anonimamente. Erich Mauerhofer, em seu livro "uma introdução aos escritos do Novo Testamento", conta que todos os quatro evangelhos vinham com o nome do autor no final, inclusive trazendo informações relevantes sobre eles. Além disso, não há evidência de que os quatro evangelhos foram produzidos por comunidades. Sobre a datação pós 70, eu não especifiquei que estava me referindo aos evangelhos sinóticos e por isso que deu esse mal entendido. Mesmo assim, diferentemente do que você afirmou, é possível datar esses três evangelhos em um período anterior a 70. Existem boas evidências para isso, que infelizmente não são exploradas, pois muitos já tomam como ponto de partida a datação pós 70, seja pelo desconforto sobrenaturalista, seja pelo ceticismo extremo em relação as tradições patrísticas.
R5: A explicação que a professora deu não foi realmente histórica, mas 'psicológica'. Portanto, falar de fontes e do papel do historiador não é muito relevante para essa discussão. Nenhum dos dois exemplos que você trouxe faz jus as características da ressureição, já que outros fatores devem ser considerados, tais como a conversão dramática de Paulo e Tiago, o número alto de testemunhas (muito maior do que onze) e os escritos produzidos apenas vinte anos depois do evento. Além disso, a historiadora do vídeo não trabalha com a hipótese de que Jesus fosse um profeta apocalíptico (para ela, essa pegada apocalíptica começa com Paulo e não com o Jesus histórico), considerando inclusive os sermões apocalípticos dos evangelhos sinóticos como "não históricos".
Jesus nunca se revoltou contra Roma.
🎃Certa vez escutei o pastor Silas Malafaia falar nessa suposta língua estranha. Ele dizia: "CHAMAOTATUPRATOMARABACATADA"🎃
😂😂😂😂
Acho que ela em alguuns ponto!
Se ela manda lermos Paulo e faz certas criíticas, logo acredito que ela tem fé. Paulo nos aproxima da fé.
Eu e minha família estão fora dessagrande mentira.
Só ignorou que as cartas de Paulo, que os próprios historiadores dizem ser os textos mais antigos do novo testamento, já fala claramente que Jesus é Deus, mesmo bem antes dos evangelhos serem escritos kkkkk
Marcos claramente foi escrito em Roma.
Não há uma narração de aparição de Jesus a Pedro. Pedro sempre aparece como o primeiro apóstolo.
Há várias incoerências envolvendo o deus cristão. Uma delas, além das ditas no vídeo, é sobre João Batista e o batismo de Jesus. João Batista, ao que consta na bíblia, foi degolado pelo imperador da época há dois anos antes de batizar Jesus.
Temos 4 criterios
1 Varias fontes
2 Descontinuidade
3 Constrangimento
4 contraditórios
1 Fontes independentes
2 Jesus foi batizado, Pedro Negou Jesus
Jesus disse que voltaria para aquela geração
3. Contraditorios. Aa tradições são variadas e se contradizem
Eu penso que somente iluminado pelo Espírito Santo acredita que Jesus é o Cristo, que é Deus. Porém, os ateus ou ateia não acreditam.
Se Jesus é Deus. Fala, lê e escreve em todas as línguas e em qualquer forma de comunicação. Afinal, Ele as criou...certo ?
O Jesus de João é uma criação Teológico.
Os Evangelhos nasceram nas tradições orais de cada comunidade. Os redatores escreveram e organizaram ditos e fatos de acordo com sua Teologia. A Igreja Católica nunca disse que os Evangelhos são perfeitos. Lutero com sua Sola Escritura, levou os Protestantes a acreditar que tudo é verdadeiro. Não disse que a versão é a verdadeira. A Igreja Católica diz que há contos, alegorias, fantasias, erros.
A ressurreição de Lázaro tb é uma interpolação. Lá os judeus são bonzinhos e no evangelho de João são maldosos.
As interpolações foram feitas para ratificar a Teologia do escritor.
Há contradição
Não entendi.
Saulo caiu de onde?
No geral ficou claro, mas algumas coisas também não entendi. No entanto ,talvez seja pela brevidade...
Diz a lenda que ele caiu do cavalo, mas não há menção a nenhum texto sobre isso.
Vc está cobrando demais pra uma época de mais 2000 anos.
Devemos ter muita cautela e sensibilidade pra podermos reprovar fatos de um tempo antigo
O verbo era Deus
Tem que estudar a História da Igreja Católica.
Paulo diz num aparecimento a 500.
Jesus este será assunto tanto na terra e no céus
Quem escreveu o novo testamento?
Os mesmos que escreveram o velho testamento
Claro que não. Se o NT foi escrito muito após o AT, obviamente não foram os mesmos.
Então você acha que a elite que controlava o mundo na época que escreveram o velho testamento é diferente da elite que controlava o mundo quando escreveu o novo testamento.
O Evangelho mais verossimel é o de Marcos.
Nenhuma dessas contradições muda a importância de Jesus. A Igreja Católica existe até hoje e vive de Pregar o seu Jesus.
A ressurreição é um ato de Fé.
Os discípulos ou os seus seguidores como Paulo e entre os demais não morreriam por uma mentira ou mito.
Experiência traumática q vc fala, é uma inferência, ou seja, está dando uma interpretação com métodos de hoje, com o pensamento de hoje, é o mesmo que julgar as pessoas da época q acreditaram e viram a Jesus ressurreto.
É o mesmo q dizer q um grupo muito grande de pessoas tiveram o mesmo sentimento, ou traumas iguais, seria ilógico isso, e a própria Psicologia não defende essa perspectiva coletiva de traumas iguais ou alucinação coletiva de um grupo enorme que creram ou viram a Jesus ressurreto.
Jesus foi preso e condenado em Jerusalém porque agiu violentamente contra o Templo.
Para mim já é tão claro que deus não existe. Impressionante como isso não é evidente para a maioria da população brasileira.
Bom dia!
A sua fala merece resposta
A experiência que cada um tem com o Divino é o que revela à sua existência.
Se vc não busca ou tem experiência aí já revela sua concepção sobre a existência do Divino.
De não acreditar na existência de Deus eu respeito e um direito seu
Agora se Deus não existe ou o divino não existe
Como vc explica a axistencia de todas as coisas como surgiu como aconteceu?
Do nada sem o nada
Se o nada é uma evidência ou não?
O nada é nada e por traz do nada tem algo?
Se a ciência nis afirma que o setgimrnto do inverso aconteceu por meio da explosão do magma
Que se espetacular em pequenas partículas e daí aconteceu o surgimento do universo
A teoria do bog Ben
Agora como aconteceu essa explosão que firca o levou a isso?
Será que foi o nada
Ou sem o nada não é nada não teria acontecido
Se existe o nada é o nada levou a força que ouve a explosão de onde veio essa força?
Como é essa força?
Quem é essa força?
A quem atribuir essa força?
Se não a divindade
O que seria?
Apesar disso ser claro eu entendo quem acredita. Acreditei por 39 anos.
@@yungvietnam eu não sei nada sobre vc. Sei que se eu sou feliz, pois sei q ele é e sempre será alguém que o ama
Jesus era um desconhecido. Tão desconhecido que Judas deve que identificar Jesus entre seus seguidores.