irmão em Cristo, seu canal virou uma chave pra mim em concepção à forma que vejo debates. Eu já vi seu debate contra os 9 ateus umas 3 vezes, e cada vez me surpreendo mais, com certeza o video mais importante que vi esse ano, porque você consegue quebrar a ofensiva de cada um ali de uma forma que só alguém com uma exímia paciência o faria, quando um deles tenta te mostrar o "deus de Israel", o rapaz com certeza não esperava um "obrigado", esperava uma reação ofensiva... Enfim, eu realmente espero que você faça mais conteúdos como aqueles, pois infelizmente o meio ateísta cresce, mas, ao meu ver, você com certeza despertou a curiosidade de vários, naquele seu debate, à verdade, principalmente o Giovani, que te elogiou ao fim. Excelente, por favor traga mais debates com ateus, seria interessante com o egocêntrico Antonio Miranda.
00:00:00 - Introdução ao Debate: Cinco Vias de Santo Tomás 00:05:00 - Ato e Potência: Ciência e Realidade 00:10:00 - Aplicações da Distinção Ato-Potência 00:15:00 - Movimento e Impulso na Física Aristotélica 00:20:00 - Movimento e a Causa Primeira 00:25:00 - Deus como a Causa Não-Causada 00:30:00 - Cinco Vias e o Universo Finito 00:35:00 - Paradoxo da Pedra e o Argumento Ontológico 00:40:00 - Provas de Atributos Divinos
com esse vídeo aprendi que não importa o quão grande é seu QI, se você não estudou muito uma questão, você não a dominará, e o Melão claramente tem dificuldade em entender algumas questões.
O equívoco do Himderburg nesse debate é que ele está usando a terminologia da física para "movimento", que é movimento mecânico, isto é, translação espacial. O problema é que para Sto. Tomás "movimento" não é apenas isso... E justamente para evitar confusão de termos qdo eu exponho a 1ª Via, prefiro usar a palavra MUDANÇA (potência de X para Ato de X).
Sobre o minuto 33:00, em relação a como analisar a definição aristotélica de movimento com o MRU, acredito que os dois são plenamente conciliáveis dentro do seu escopo. A definição aristotélica de movimento, focada na mudança pela causa inicial, não entra em contradição com o MRU, que aborda o movimento contínuo após essa causa. Aristóteles trata da origem do movimento, enquanto o MRU descreve a continuidade sob o princípio da inércia, complementando-se em vez de se contradizerem.
Excelente vídeo. É impressionante como voce consegue em 43 minutos trazer tanta informação relevante e com boa explicação. Desejo que o canal cresça cada vez mais
Se assumirmos que existem infinitas causas matérias que se sucederam por toda uma eternidade, todos os elementos materiais que causam seus posteriores, por não serem causa primeira, foram também causados, e, por terem sido causados, também tem potência, logo, o conjunto de todos os elementos que existiram, existem e existirão, teriam potência, sendo assim, toda a existência teria potência, logo, toda a existência necessitaria de algo extrínseco a ela (inexistente - que jamais existiu) para vir a existir, o que é contraditório, já que as coisas existem e não podem ter se originado por algo que jamais existiu, pois, se fossem, já não haveriam sucessões de causas eternas, pois elas teriam uma origem e, seria impossível toda a nossa existência ser causado pelo que jamais existiu, logo, precisa-se de um ato puro primeiro!
@@gbalestrin9 é o próprio ato puro necessário! E como já foi argumentado, uma sucessão infinita de entes com potência seria absurdo, logo necessita se do ato puro como causa primeira. E, como o nada (ausência de existência) não pode gerar algo (pois, se gerasse, ele teria existência e não poderia ser sua ausência), então, o ato puro, não poderia ter sido gerado, tanto por não ter potência, como, pelo fato de o NADA não poder tê-lo gerado. Sendo assim, ele é eterno. E, como o ato puro não tem potência (não padece de nada), então, não pode ser material, já que toda a matéria tem potência. Portanto, é imaterial. E, dado que a partir do ato puro, tudo se originou, até mesmo um coração humano, que existe com uma finalidade estabelecida, da manutenção da vida do indivíduo, é mais plausível que o ato puro tenha intencionalidade, pois gerou sistemas dotados de finalidade com propósito. E, dado que somos indivíduos dotados de consciência e teleologia, e o ato puro, por não padecer de nada, tem todas as qualidades em grau máximo, implica que ele tem onisciência (consciência em grau absoluto). Você poderia objetar pensando “se o ato puro tem todas as qualidades em grau máximo, então ele tem maldade em grau máximo, ignorância em grau máximo e etc.”, mas, este não seria um raciocínio válido, já que, essas ditas “qualidades” são na verdade, a privação de qualidades. A ignorância é a privação do exclarecimento, a inconsciência é a privação da consciência. A maldade é a privação de bem. Portanto, o ato puro, por não padecer de nada, ou seja, não ter privação alguma, necessariamente é onisciente, onibenevolente, onipotente e etc. Que são predicados entendidos como os do Deus Cristão!
@@Gabriel.Pilger Mas isso não responde a minha pergunta. Esse argumento metafísico pode ser usado para qualquer coisa. Agora sobre o argumento do coração aí vc viajou completamente, não existe nenhuma relação com o argumento de primeira causa e o processo biológico é explicado de forma material e sem intencionalidade.
@@gbalestrin9 como um argumento que descreve a necessidade de uma consciência onisciente e onipotente pode se aplicar a qualquer coisa? Isso é contrário a qualquer noção de materialismo, por exemplo! O que já mostra que sua primeira afirmação é infundada! E sobre o coração, fica claro aqui que você não foi capaz de entender o argumento e contra argumentou com uma falsa dicotomia. Causas segundas se derivam da causa primeira. Você dizer que o coração se explica biologicamente não implica que não haja um ordenamento teleológico nele! E é evidente que há! Portanto, a finalidade do coração constituinte do corpo, com um propósito específico, ainda persiste. O que ainda dá mais plausibilidade para a ideia de uma intencionalidade implicando na sua geração, mesmo que por meio de processos biológicos (causas segundas). Você confunde a explicação de um aspecto da coisa com a coisa em sua totalidade. O fato de o coração ter uma explicação biológica, que sequer pretende compreender o aspecto teleológico da coisa, apenas descrever as causas orgânicas percebidas, não implica que não haja teleologia na própria coisa, o que é evidente que há! Do contrário, explique o coração ou qualquer órgão corporal DESTITUÍDO DA IDEIA de que haja uma FUNÇÃO em prol de uma FINALIDADE, com o propósito de garantir a manutenção e permanência do corpo! ***E pelo argumento das qualidades, que devem existir em grau máximo no ato puro, já se deriva que tal ato tem consciência em grau máximo.*** E os predicados do Deus Cristão, que é o único que se denomina como incontingente, são compatíveis com a noção de ato puro. É só reler que talvez você entenda.
@@Gabriel.Pilger Bom, vamos lá... Esse argumento cosmológico ele é um bom argumento clássico, dado que não sabemos quase nada nem referente ao início do universo e provavelmente nunca saberemos, principalmente quando chegamos no ponto de singularidade onde nenhuma explicação plausível existe e todas as leis que conhecemos não funcionam mais. Mas ao falar que "o nada (ausência de existência) não pode gerar algo", vc parte de uma premissa que o "nada" existe e dá um salto lógico para o imaterial. Nesse ponto acho que existe uma fragilidade no argumento. A partir daí vc se perde pq entra na área biológica e usa o coração humano como exemplo que se originou com uma finalidade, propósito e intencionalidade divina. Essa afirmação é bem problemática, uma vez que estruturas biológicas ao longo da escala evolutiva se desenvolvem, adaptam e até perdem suas funções com base em diversos fatores biológicos e ambientais. Se vc defende que todos esses fatores já foram predeterminados a partir da primeira causa então aí vc entrará no determinismo.
Sobre a questão de que Aristóteles defendia tanto a existência do primeiro motor e também que o cosmo é eterno me faz lembrar de um texto bíblico que diz que Deus é pai da eternidade. Parece ilógico algo que é eterno ter um pai, ou seja, ter vindo de uma instância anterior, mas como Deus é o único que não é precedido por algo então isto que chamamos de eterno é de fato uma criação que só é enquanto tal para nós que não temos como esgotar a realidade que nos envolve e por isto a chamamos de eterna.
Essa questão de ato e potência me lembra a questão de referencial na física. Ainda não vi o vídeo todo. Todo evento ocorre em algum lugar e para o medir, se coloca um referencial. Acontece que diferentes referenciais, podem, gerar diferentes resultados. E.g.: Uma pessoa em um ônibus, ela está parada se o referencial for o ônibus mas em movimento se for a estada.
Sobre essa questão de o tempo ser infinito "para trás": se isso fosse verdade, hoje não teria chegado ainda. Existe alguma refutação a essa lógica que parece muito simples?
Para mim, Deus não criar uma pedra tão pesada que Ele mesmo não conseguiria levantar faz parte de Sua atuação perfeita. Isto é, Deus cria tudo com um propósito bom e claro, e se assim não fosse, Ele não o faria. Deus ama a si mesmo, logo, se Ele criasse uma pedra tão pesada que não conseguisse levantar, isso faria com que Deus se machucasse ao tentar levantá-la e, portanto, Ele não o faria. Deus também é eterno e imortal e jamais se “mataria”, pois Ele ama a si mesmo e as criaturas que criou, que, com a morte de Deus, também morreriam. No entanto, se o sofrimento e a morte de Deus têm um propósito bom e são de Sua vontade, Deus é capaz de sofrer e até mesmo morrer, como o Deus Filho fez para a remissão de nossos pecados. Assim sendo, se existisse um propósito bom e fosse da vontade de Deus criar uma pedra tão pesada que nem Ele conseguisse carregar (aqui podemos pensar em Jesus, que não “conseguiu” carregar a cruz sozinho até o Calvário e precisou de ajuda), isso ocorreria. Não creio que isso fira a onipotência de Deus, pois a onipotência divina não é a capacidade de fazer tudo, mas sim a capacidade de fazer tudo o que leva ao supremo bem. O sofrimento de Deus pode levar ao supremo bem, e é de Sua vontade sofrer? Deus sofrerá (e sofreu ao ser flagelado). A morte de Deus pode levar ao supremo bem, e é de Sua vontade morrer? Deus morrerá (e morreu na cruz por nós). Assim sendo, se criar uma pedra tão pesada que o próprio Deus não conseguisse levantar tivesse um propósito bom e fosse da Sua vontade criá-la, creio que Deus o faria. E, como Hindenburg falou, também creio que no momento em que fosse da vontade de Deus levantá-la, Ele a levantaria, assim como foi da vontade de Deus “estar” morto, mas ressuscitar no terceiro dia. Enfim, talvez eu esteja falando asneiras, e se for o caso, retiro o que disse.
O que você falou tem um certo sentido, mas me permita complementar o raciocínio. Esse paradoxo de "Deus crirar uma pedra que ele não seja capaz de carregar" parte de um erro comum sobre o conceito de onipotência. A pessoa que propôs esse "paradoxo" partiu do pressuposto que onipotência = fazer qualquer coisa. Porém, na realidade, onipotência é a capacidade de fazer coisa segundo a sua natureza. Exemplo: Em tese, Deus poderia criar um unicórnio, porque um cavalo com chifre não fere a natureza desses seres. Porém, Deus não pode fazer "água seca", não porque ele não seja poderoso, mas porque isso é uma contradição. Ser "seco" vai contra a natureza da água. Da mesma forma, Deus não faz uma série de coisas por conta de sua natureza, mesmo sendo onipotente. Mesmo se quisesse, Deus não poderia pecar, deixar de existir ou se tornar imperfeito, por exemplo. Dessa forma, o questionamento da pedra não faz sentido porque 1. Deus, sendo perfeito, não teria porque testar a sua onipotência 2. O autor do paradoxo não entendia o que era onipotência
Compreendo. De fato, Deus não pode agir contraditoriamente à essência das coisas, como, por exemplo, criar um círculo quadrado. Eu quis abordar um raciocínio enraizado na fé (pressupondo o consenso de que Deus não atenta contra a essência das coisas, que é imutável), tendo como fundamento um Deus uno e trino - algo que não conseguiríamos conceber se não fosse revelado a nós por Deus - contemplando a possibilidade de Deus agir de tal modo que, a priori, parecesse contraditório e ilógico, como criar uma pedra que nem mesmo Deus seria capaz de levantar, e esse agir não ferir Sua onipotência.
@@Liwano27 Totalmente errado! O paradoxo em questão se refere a questão das tarefas indexicais. Esse paradoxo é um dos problemas tradicionais que auxiliou na sofisticação e na motivação das definições de onipotência e era essencialmente um problema contra aqueles que realmente tinham uma definição muito ampla de onipotência. Ele não se ressume a um mal entendimento do significado de onipotência! O problema se ressume em saber se a questão proposta é uma tarefa de fato (em relação às tarefas essencialmente indexicais - se existem ou não). É uma questão bem diferente de criar "água seca", pois isso é algo que ninguém pode fazer, uma vez que não é uma tarefa de fato. Da mesma forma, um "Deus perfeito pecador, imperfeito ou que pode inexistir" é algo inconcebível. Enquanto que a tarefa de "criar/construir uma pedra de modo a não conseguir levantá-la" é uma tarefa perfeitamente realizável por mim ou por você, sendo estranho que deixe de ser uma tarefa quando aplicada a um ser onipotente. O problema dos indexicais, tal como o paradoxo da pedra, ainda tem relevância na definição de onipotência. Ele também afeta as definições onisciência, mas isso é algo mais sutil para se tratar.
@@martasilva8036 Não, você está errado. Deus pode tudo mesmo, isso significa onipotência. Não dizemos que Deus "não pode" pecar, pois pecar não é próprio da Onipotência em-si-mesma. E também da mesma forma, não dizemos que Deus "não pode" criar uma pedra que ele não levante, pois isso não existe. É como pensar que o escudo que defende todo martelo pode defender o martelo que quebra todo escudo, é uma contradição; mais um exemplo: o crítico incriticável ser criticado. Essas coisas não existem. Pois são contraditórias a primeira afirmação. Assim como, Deus se fazer menor não existe; e dessa forma, o escudo para ser o mais poderoso, deve defender TODOS os martelos, de forma que os martelos devem ser mais fracos que os escudos, Deus deve ser ABSOLUTAMENTE PODEROSO, Onipotente e sem limites. E diferentemente do caso do escudo, podemos provar que Deus é o Senhor, assim como, podemos provar que Ele Pode Tudo. E se é assim, necessariamente Ele não pode ser limitado por isso. Ele deve ser ONIPOTENTE. Argumento circular? Que nada; Deus é Onipotente e podemos provar que O é; e dentro dessa prova, não cabe a pergunta se há uma contradição em ser Onipotente, pois há uma solução para tal contradição. E se ora, provamos sua Onipotência, como provamos, a contradição é falsa.
@@Senhor_Bolacha Você claramente não entende o mérito da questão, referente a se existem tarefas essencialmente indexicais. Já tratei de expor como a tarefa em questão não se trata de uma contradição tal como o exemplo do escuto e do crítico que você fornece, pois, como mencionei, ela pode ser realizada a depender do indexical (coisa que não existe nos seus exemplos - são tarefas realmente impossíveis). Ademais, o conceito de onipotência como "absolutamente poderoso" e "sem limites" já está mais que abandonado pelas correntes filosóficas teístas. Hoje o conceito de onipotência é de caráter mais stricto em vez de lato tal como era a muito tempo. Obviamente que a exemplificação de uma contradição em um conceito vai indicar que talvez a prova proposta de um Deus onipotente tenha falhas e imprecisões (lembre-se dos paradoxos da teoria dos conjuntos que ocorriam no século XIX e XX). E, além disso, tipicamente a contradição é avançada por aqueles que veem a tentativa de prova da onipotência como falha.
Mas nem o Newton acreditava no MRU como um dado da realidade. Ele só criou isso como uma espécie de modelo de partícula em um espaço absoluto para explicar coisas teológicas. A mecânica era só um apêndice da sua obra.
Desculpe a ignorância da pergunta. Mas sou um Católico iniciando o Tomismo. A morte, seria o final do impulso ou o início de um novo impulso? Já que, a alma sem matéria também existe em movimento, mas a morte da matéria não cria uma mudança do ato? Seria o fim do ato temporal e o início de um impulso que já co-existia na matéria? Não sei nem se isso faz sentido. Mas veio na minha cabeça! De qualquer forma, obrigado.
Estou iniciando os estudos de filosofia e teologia. Onde posso encontrar para ler a explicação de 36:43 sobre a "questão da pedra"? Grato desde já, fique com Deus.
A razão é a característica da alma, e é uma característica metafísica, e pode ser verificada. Um triângulo perfeito é uma característica metafísica, e pode ser verificado na sua realidade. Etc
@@luccaqui_ rlx, já até editei comentário, parecia q era reclamação, mas eu estava é rindo. ótimo vídeo. Se arranjar tempo, seria ótimo ter mais videos seus. Força e fé. vitam et sanguinem pro Rege nostro Cristo!
Obrigado pelo vídeo
Professor, continue com as promoções da editora caravelas em parceria com a sua escola de história
Parabéns, professor! Leve o Miorim mais vezes ao seu podcast.
Convida ele pro Caravelas, professor! Seria muito interessante!
ele é muito bom, professor
Disponha!
irmão em Cristo, seu canal virou uma chave pra mim em concepção à forma que vejo debates. Eu já vi seu debate contra os 9 ateus umas 3 vezes, e cada vez me surpreendo mais, com certeza o video mais importante que vi esse ano, porque você consegue quebrar a ofensiva de cada um ali de uma forma que só alguém com uma exímia paciência o faria, quando um deles tenta te mostrar o "deus de Israel", o rapaz com certeza não esperava um "obrigado", esperava uma reação ofensiva... Enfim, eu realmente espero que você faça mais conteúdos como aqueles, pois infelizmente o meio ateísta cresce, mas, ao meu ver, você com certeza despertou a curiosidade de vários, naquele seu debate, à verdade, principalmente o Giovani, que te elogiou ao fim. Excelente, por favor traga mais debates com ateus, seria interessante com o egocêntrico Antonio Miranda.
Realmente. Aquele vídeo foi um marco. Acho que lembraremos dele no futuro 😁
Vc é de qual denominação?
Os ateus crescem em número e em soberba
00:00:00 - Introdução ao Debate: Cinco Vias de Santo Tomás
00:05:00 - Ato e Potência: Ciência e Realidade
00:10:00 - Aplicações da Distinção Ato-Potência
00:15:00 - Movimento e Impulso na Física Aristotélica
00:20:00 - Movimento e a Causa Primeira
00:25:00 - Deus como a Causa Não-Causada
00:30:00 - Cinco Vias e o Universo Finito
00:35:00 - Paradoxo da Pedra e o Argumento Ontológico
00:40:00 - Provas de Atributos Divinos
com esse vídeo aprendi que não importa o quão grande é seu QI, se você não estudou muito uma questão, você não a dominará, e o Melão claramente tem dificuldade em entender algumas questões.
Esse Hind não tem QI, ele é só uma farsa mesmo.
O equívoco do Himderburg nesse debate é que ele está usando a terminologia da física para "movimento", que é movimento mecânico, isto é, translação espacial. O problema é que para Sto. Tomás "movimento" não é apenas isso... E justamente para evitar confusão de termos qdo eu exponho a 1ª Via, prefiro usar a palavra MUDANÇA (potência de X para Ato de X).
Por favor, Lucca, traga o vídeo sobre movimento retilíneo uniforme. Obrigado.
Essa intro é muito massa...
Continua com os vídeos, pq tá top!
Conteúdo de primeira
Esse canal é muito bom
Sobre o minuto 33:00, em relação a como analisar a definição aristotélica de movimento com o MRU, acredito que os dois são plenamente conciliáveis dentro do seu escopo. A definição aristotélica de movimento, focada na mudança pela causa inicial, não entra em contradição com o MRU, que aborda o movimento contínuo após essa causa. Aristóteles trata da origem do movimento, enquanto o MRU descreve a continuidade sob o princípio da inércia, complementando-se em vez de se contradizerem.
Marcando presença.
Excelente vídeo. É impressionante como voce consegue em 43 minutos trazer tanta informação relevante e com boa explicação.
Desejo que o canal cresça cada vez mais
Se assumirmos que existem infinitas causas matérias que se sucederam por toda uma eternidade, todos os elementos materiais que causam seus posteriores, por não serem causa primeira, foram também causados, e, por terem sido causados, também tem potência, logo, o conjunto de todos os elementos que existiram, existem e existirão, teriam potência, sendo assim, toda a existência teria potência, logo, toda a existência necessitaria de algo extrínseco a ela (inexistente - que jamais existiu) para vir a existir, o que é contraditório, já que as coisas existem e não podem ter se originado por algo que jamais existiu, pois, se fossem, já não haveriam sucessões de causas eternas, pois elas teriam uma origem e, seria impossível toda a nossa existência ser causado pelo que jamais existiu, logo, precisa-se de um ato puro primeiro!
Certo. E onde entra o Deus cristão nessa história?
@@gbalestrin9 é o próprio ato puro necessário!
E como já foi argumentado, uma sucessão infinita de entes com potência seria absurdo, logo necessita se do ato puro como causa primeira. E, como o nada (ausência de existência) não pode gerar algo (pois, se gerasse, ele teria existência e não poderia ser sua ausência), então, o ato puro, não poderia ter sido gerado, tanto por não ter potência, como, pelo fato de o NADA não poder tê-lo gerado. Sendo assim, ele é eterno.
E, como o ato puro não tem potência (não padece de nada), então, não pode ser material, já que toda a matéria tem potência. Portanto, é imaterial.
E, dado que a partir do ato puro, tudo se originou, até mesmo um coração humano, que existe com uma finalidade estabelecida, da manutenção da vida do indivíduo, é mais plausível que o ato puro tenha intencionalidade, pois gerou sistemas dotados de finalidade com propósito. E, dado que somos indivíduos dotados de consciência e teleologia, e o ato puro, por não padecer de nada, tem todas as qualidades em grau máximo, implica que ele tem onisciência (consciência em grau absoluto).
Você poderia objetar pensando “se o ato puro tem todas as qualidades em grau máximo, então ele tem maldade em grau máximo, ignorância em grau máximo e etc.”, mas, este não seria um raciocínio válido, já que, essas ditas “qualidades” são na verdade, a privação de qualidades. A ignorância é a privação do exclarecimento, a inconsciência é a privação da consciência. A maldade é a privação de bem. Portanto, o ato puro, por não padecer de nada, ou seja, não ter privação alguma, necessariamente é onisciente, onibenevolente, onipotente e etc. Que são predicados entendidos como os do Deus Cristão!
@@Gabriel.Pilger Mas isso não responde a minha pergunta. Esse argumento metafísico pode ser usado para qualquer coisa.
Agora sobre o argumento do coração aí vc viajou completamente, não existe nenhuma relação com o argumento de primeira causa e o processo biológico é explicado de forma material e sem intencionalidade.
@@gbalestrin9 como um argumento que descreve a necessidade de uma consciência onisciente e onipotente pode se aplicar a qualquer coisa? Isso é contrário a qualquer noção de materialismo, por exemplo! O que já mostra que sua primeira afirmação é infundada!
E sobre o coração, fica claro aqui que você não foi capaz de entender o argumento e contra argumentou com uma falsa dicotomia. Causas segundas se derivam da causa primeira.
Você dizer que o coração se explica biologicamente não implica que não haja um ordenamento teleológico nele! E é evidente que há! Portanto, a finalidade do coração constituinte do corpo, com um propósito específico, ainda persiste. O que ainda dá mais plausibilidade para a ideia de uma intencionalidade implicando na sua geração, mesmo que por meio de processos biológicos (causas segundas).
Você confunde a explicação de um aspecto da coisa com a coisa em sua totalidade.
O fato de o coração ter uma explicação biológica, que sequer pretende compreender o aspecto teleológico da coisa, apenas descrever as causas orgânicas percebidas, não implica que não haja teleologia na própria coisa, o que é evidente que há! Do contrário, explique o coração ou qualquer órgão corporal DESTITUÍDO DA IDEIA de que haja uma FUNÇÃO em prol de uma FINALIDADE, com o propósito de garantir a manutenção e permanência do corpo!
***E pelo argumento das qualidades, que devem existir em grau máximo no ato puro, já se deriva que tal ato tem consciência em grau máximo.***
E os predicados do Deus Cristão, que é o único que se denomina como incontingente, são compatíveis com a noção de ato puro. É só reler que talvez você entenda.
@@Gabriel.Pilger Bom, vamos lá...
Esse argumento cosmológico ele é um bom argumento clássico, dado que não sabemos quase nada nem referente ao início do universo e provavelmente nunca saberemos, principalmente quando chegamos no ponto de singularidade onde nenhuma explicação plausível existe e todas as leis que conhecemos não funcionam mais. Mas ao falar que "o nada (ausência de existência) não pode gerar algo", vc parte de uma premissa que o "nada" existe e dá um salto lógico para o imaterial. Nesse ponto acho que existe uma fragilidade no argumento.
A partir daí vc se perde pq entra na área biológica e usa o coração humano como exemplo que se originou com uma finalidade, propósito e intencionalidade divina. Essa afirmação é bem problemática, uma vez que estruturas biológicas ao longo da escala evolutiva se desenvolvem, adaptam e até perdem suas funções com base em diversos fatores biológicos e ambientais. Se vc defende que todos esses fatores já foram predeterminados a partir da primeira causa então aí vc entrará no determinismo.
BRAVÍSSIMO
Sobre a questão de que Aristóteles defendia tanto a existência do primeiro motor e também que o cosmo é eterno me faz lembrar de um texto bíblico que diz que Deus é pai da eternidade. Parece ilógico algo que é eterno ter um pai, ou seja, ter vindo de uma instância anterior, mas como Deus é o único que não é precedido por algo então isto que chamamos de eterno é de fato uma criação que só é enquanto tal para nós que não temos como esgotar a realidade que nos envolve e por isto a chamamos de eterna.
Muito bom professor 👏🏻👏🏻👏🏻
Lucca, conheci seu canal ontem e fiquei impressionado com a qualidade dos debates e ideias que você propaga. Parabéns.
Que abertura primorosa
Essa questão de ato e potência me lembra a questão de referencial na física. Ainda não vi o vídeo todo.
Todo evento ocorre em algum lugar e para o medir, se coloca um referencial. Acontece que diferentes referenciais, podem, gerar diferentes resultados. E.g.: Uma pessoa em um ônibus, ela está parada se o referencial for o ônibus mas em movimento se for a estada.
Excelente análise!
Muito boom cara!
Silêncio! Estou aprendendo ❤
28:25 por favor, faça esse video
Canal muito bom 👏
Conhecendo o canal agora 😅
Alguém tem que enviar este vídeo pro Hindemburg!
Só acho que você posta pouco! Obrigado pelo conteúdo.
Eu como criador de conteúdo entendo que postar freguentemente é fácil, difícil é postar com qualidade, para isso requer tempo mesmo.
@@francesco.jansen Isso! Foi um elogio.
Muito bom!
Sobre essa questão de o tempo ser infinito "para trás": se isso fosse verdade, hoje não teria chegado ainda. Existe alguma refutação a essa lógica que parece muito simples?
muito bom
Brabo
26:30 Por favor, faça este vídeo!
poderia fazer um vídeo explicando por que Hume "rejeita" a causalidade?
Porque ele era burro.
Faz o vídeo do MRU de Newton, please.
Ótimo vídeo! bela analise.
Lucca fala sobre o M.R.U em relação a 1 via
muito bacana
Massa de mais😊
Like
Para mim, Deus não criar uma pedra tão pesada que Ele mesmo não conseguiria levantar faz parte de Sua atuação perfeita. Isto é, Deus cria tudo com um propósito bom e claro, e se assim não fosse, Ele não o faria. Deus ama a si mesmo, logo, se Ele criasse uma pedra tão pesada que não conseguisse levantar, isso faria com que Deus se machucasse ao tentar levantá-la e, portanto, Ele não o faria. Deus também é eterno e imortal e jamais se “mataria”, pois Ele ama a si mesmo e as criaturas que criou, que, com a morte de Deus, também morreriam.
No entanto, se o sofrimento e a morte de Deus têm um propósito bom e são de Sua vontade, Deus é capaz de sofrer e até mesmo morrer, como o Deus Filho fez para a remissão de nossos pecados. Assim sendo, se existisse um propósito bom e fosse da vontade de Deus criar uma pedra tão pesada que nem Ele conseguisse carregar (aqui podemos pensar em Jesus, que não “conseguiu” carregar a cruz sozinho até o Calvário e precisou de ajuda), isso ocorreria. Não creio que isso fira a onipotência de Deus, pois a onipotência divina não é a capacidade de fazer tudo, mas sim a capacidade de fazer tudo o que leva ao supremo bem. O sofrimento de Deus pode levar ao supremo bem, e é de Sua vontade sofrer? Deus sofrerá (e sofreu ao ser flagelado). A morte de Deus pode levar ao supremo bem, e é de Sua vontade morrer? Deus morrerá (e morreu na cruz por nós).
Assim sendo, se criar uma pedra tão pesada que o próprio Deus não conseguisse levantar tivesse um propósito bom e fosse da Sua vontade criá-la, creio que Deus o faria. E, como Hindenburg falou, também creio que no momento em que fosse da vontade de Deus levantá-la, Ele a levantaria, assim como foi da vontade de Deus “estar” morto, mas ressuscitar no terceiro dia. Enfim, talvez eu esteja falando asneiras, e se for o caso, retiro o que disse.
O que você falou tem um certo sentido, mas me permita complementar o raciocínio.
Esse paradoxo de "Deus crirar uma pedra que ele não seja capaz de carregar" parte de um erro comum sobre o conceito de onipotência. A pessoa que propôs esse "paradoxo" partiu do pressuposto que onipotência = fazer qualquer coisa. Porém, na realidade, onipotência é a capacidade de fazer coisa segundo a sua natureza.
Exemplo:
Em tese, Deus poderia criar um unicórnio, porque um cavalo com chifre não fere a natureza desses seres. Porém, Deus não pode fazer "água seca", não porque ele não seja poderoso, mas porque isso é uma contradição. Ser "seco" vai contra a natureza da água.
Da mesma forma, Deus não faz uma série de coisas por conta de sua natureza, mesmo sendo onipotente. Mesmo se quisesse, Deus não poderia pecar, deixar de existir ou se tornar imperfeito, por exemplo. Dessa forma, o questionamento da pedra não faz sentido porque
1. Deus, sendo perfeito, não teria porque testar a sua onipotência
2. O autor do paradoxo não entendia o que era onipotência
Compreendo. De fato, Deus não pode agir contraditoriamente à essência das coisas, como, por exemplo, criar um círculo quadrado. Eu quis abordar um raciocínio enraizado na fé (pressupondo o consenso de que Deus não atenta contra a essência das coisas, que é imutável), tendo como fundamento um Deus uno e trino - algo que não conseguiríamos conceber se não fosse revelado a nós por Deus - contemplando a possibilidade de Deus agir de tal modo que, a priori, parecesse contraditório e ilógico, como criar uma pedra que nem mesmo Deus seria capaz de levantar, e esse agir não ferir Sua onipotência.
@@Liwano27 Totalmente errado!
O paradoxo em questão se refere a questão das tarefas indexicais. Esse paradoxo é um dos problemas tradicionais que auxiliou na sofisticação e na motivação das definições de onipotência e era essencialmente um problema contra aqueles que realmente tinham uma definição muito ampla de onipotência.
Ele não se ressume a um mal entendimento do significado de onipotência! O problema se ressume em saber se a questão proposta é uma tarefa de fato (em relação às tarefas essencialmente indexicais - se existem ou não). É uma questão bem diferente de criar "água seca", pois isso é algo que ninguém pode fazer, uma vez que não é uma tarefa de fato. Da mesma forma, um "Deus perfeito pecador, imperfeito ou que pode inexistir" é algo inconcebível. Enquanto que a tarefa de "criar/construir uma pedra de modo a não conseguir levantá-la" é uma tarefa perfeitamente realizável por mim ou por você, sendo estranho que deixe de ser uma tarefa quando aplicada a um ser onipotente.
O problema dos indexicais, tal como o paradoxo da pedra, ainda tem relevância na definição de onipotência. Ele também afeta as definições onisciência, mas isso é algo mais sutil para se tratar.
@@martasilva8036 Não, você está errado. Deus pode tudo mesmo, isso significa onipotência. Não dizemos que Deus "não pode" pecar, pois pecar não é próprio da Onipotência em-si-mesma. E também da mesma forma, não dizemos que Deus "não pode" criar uma pedra que ele não levante, pois isso não existe. É como pensar que o escudo que defende todo martelo pode defender o martelo que quebra todo escudo, é uma contradição; mais um exemplo: o crítico incriticável ser criticado. Essas coisas não existem. Pois são contraditórias a primeira afirmação. Assim como, Deus se fazer menor não existe; e dessa forma, o escudo para ser o mais poderoso, deve defender TODOS os martelos, de forma que os martelos devem ser mais fracos que os escudos, Deus deve ser ABSOLUTAMENTE PODEROSO, Onipotente e sem limites. E diferentemente do caso do escudo, podemos provar que Deus é o Senhor, assim como, podemos provar que Ele Pode Tudo. E se é assim, necessariamente Ele não pode ser limitado por isso. Ele deve ser ONIPOTENTE.
Argumento circular? Que nada; Deus é Onipotente e podemos provar que O é; e dentro dessa prova, não cabe a pergunta se há uma contradição em ser Onipotente, pois há uma solução para tal contradição. E se ora, provamos sua Onipotência, como provamos, a contradição é falsa.
@@Senhor_Bolacha Você claramente não entende o mérito da questão, referente a se existem tarefas essencialmente indexicais. Já tratei de expor como a tarefa em questão não se trata de uma contradição tal como o exemplo do escuto e do crítico que você fornece, pois, como mencionei, ela pode ser realizada a depender do indexical (coisa que não existe nos seus exemplos - são tarefas realmente impossíveis). Ademais, o conceito de onipotência como "absolutamente poderoso" e "sem limites" já está mais que abandonado pelas correntes filosóficas teístas. Hoje o conceito de onipotência é de caráter mais stricto em vez de lato tal como era a muito tempo.
Obviamente que a exemplificação de uma contradição em um conceito vai indicar que talvez a prova proposta de um Deus onipotente tenha falhas e imprecisões (lembre-se dos paradoxos da teoria dos conjuntos que ocorriam no século XIX e XX). E, além disso, tipicamente a contradição é avançada por aqueles que veem a tentativa de prova da onipotência como falha.
Mas nem o Newton acreditava no MRU como um dado da realidade. Ele só criou isso como uma espécie de modelo de partícula em um espaço absoluto para explicar coisas teológicas. A mecânica era só um apêndice da sua obra.
A intro desse canal é doida. Não corta ela
Analisa a “refutação” das 5 vias pelo antonio miranda
Onde eu posso encontrar material pra pesquisa sobre a mru refutar a primeira via?
Lucca, vc já ouviu falar sobre Idealismo Analítico? Conhece o Dr. Bernardo Kastrup? Acho que vc vai gostar da filosofia dele.
Desculpe a ignorância da pergunta. Mas sou um Católico iniciando o Tomismo.
A morte, seria o final do impulso ou o início de um novo impulso? Já que, a alma sem matéria também existe em movimento, mas a morte da matéria não cria uma mudança do ato? Seria o fim do ato temporal e o início de um impulso que já co-existia na matéria? Não sei nem se isso faz sentido. Mas veio na minha cabeça! De qualquer forma, obrigado.
Estou iniciando os estudos de filosofia e teologia. Onde posso encontrar para ler a explicação de 36:43 sobre a "questão da pedra"? Grato desde já, fique com Deus.
O problema da metafisica é que ela é meramente especulativa. Nada fora da nossa experiência sensorial pode ser verificado.
A razão é a característica da alma, e é uma característica metafísica, e pode ser verificada. Um triângulo perfeito é uma característica metafísica, e pode ser verificado na sua realidade. Etc
Então pare de escrever.
Quero ser como vc irmão...
A pergunta que não quer calar: quem mediu todos os qis do Brasil e quem deu o título pra esse rapaz? 😂😂
Por isso eu entendo que Deus é finito, uma vez que conhece o início é o fim. Já a forma é infinita.
eu realmente não entendi o exemplo da gramática.
porra os barulho de msg no watts me fudeo, toda hr to abrindo watts aqui pra ver se é no meu....xD kkkk
Mb
@@luccaqui_ rlx, já até editei comentário, parecia q era reclamação, mas eu estava é rindo. ótimo vídeo. Se arranjar tempo, seria ótimo ter mais videos seus. Força e fé. vitam et sanguinem pro Rege nostro Cristo!