É POSSÍVEL SEPARAR O AUTOR DA OBRA? O crime de Nobuhiro Watsuki e Samurai X (Rurouni Kenshin)
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- เผยแพร่เมื่อ 15 เม.ย. 2022
- É uma discussão sem fim nas redes sobre se podemos ou devemos separar o autor da obra. Principalmente, quando o autor é um crápula criminoso. Cometo nesse vídeo de onde veio essa conversa da relação autor e obra no ocidente (dos pensadores clássicos aos modernos), trago exemplos problemáticos dos quadrinhos (Héctor Oesterheld, Steve Ditko, Nobuhiro Watsuki) e lanço, por fim, a pergunta: o que fazer diante da obra de monstros?
Edição: Cauby Monteiro
Thumb: Thais Campos
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#SamuraiX #RurouniKenshin #NobuhiroWatsuki - บันเทิง
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ERRATA. Na foto quando falo que se trata de Eiichiro Oda é na verdade Eiji Aonuma. Obrigado a todos que avisaram e desculpem-nos o vacilo. No mais, fica o convite: APOIE-NOS no Catarse, ajude a Sarjeta a continuar independente, conheça as recompensas!
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Valeu por dá sua contribuição para o meme
Essa eu deixo passar pq existe um esforço consciente dos fãs de tentar vincular os dois pra confundir as pessoas que não são familiarizadas
Mestre Oda está limpo então né?🙏
@@ChannelWalter Não, só trocaram a foto. Japonês é taradão aceita isso
Eiji Aonuma não é o diretor da série The Legend of Zelda?
"Engenheiro só não é o grupo com maior ego porque existe médico e advogado". Frase que eu já ouvi em obras. Hahahahah
Médico acha que é Deus, Arquiteto tem certeza e Engenheiro sabe que corrige o Arquiteto.
Juiz e militares>
@@heitorsantoslima9289 Pior que têm médico que têm o rei na barriga mesmo.
@@matheusimbiriba736 eu curso direito, meu professor advogado brincou uma vez:
- Meritíssimo o senhor não é um semideus.
- Tem razão, eu sou um deus mesmo.
E sobre o doutor, é mera arrogância, tipo o advogado se referir ao colega de profissão como doutor é uma formalidade, um jeito educado de se referir aos profissionais da área, basicamente é chamar o pessoal de mano e etc, o problema é esse pessoal do direito que acha que isso é algum título.
@@AgentUltimate7 teve um caso de um desembargador que desrespeitou uma lei de trânsito e destratou a fiscal que o atuou, ela disse que ele não era Deus. Ele a processou e ganhou o processo.
Na faculdade, de fato, é uma discussão interminável. No curso de Letras, participei por dois anos de um projeto sobre Práticas de Leitura (área que, ao mesmo tempo, entrelaça-se e se choca com os estudos de Teoria Literária) no qual analisei o pertencimento do autor à sua obra. É importante ressaltar que, partindo desse ponto de vista, um autor não escreve para um leitor, e sim um narrador escreve para um narratário, ambos situados no plano ficcional. Ainda que a crítica psicanalítica, ainda muito controversa (tema do meu trabalho de conclusão de curso), estabeleça uma relação entre o escritor, sua obra e sua psique, as práticas de leitura postulam que a partir do momento em que uma obra é lançada ao mundo (ou seja, publicada, independentemente do veículo, e lida), o autor não tem como dar conta do sentido inicial que quis atribuir inicialmente à obra, visto que o leitor produz, e não reproduz sentido. É através da sua pequena e grande histórias, da sua condição socioeconômica e de suas leituras e experiências prévias, entre tantas outras características, que se constrói sentido. Por isso, uma vez lida, a obra passa a pertencer ao leitor, é uma experiência unicamente dele, com suas impressões digitais. Segundo essas premissas (jamais absolutas), "cancelar" uma obra por conta dos crimes do autor não anula o impacto intelectual, emocional e afetivo que ela teve no leitor.
Comentário com muita informação de quem tem experiência.
Tem como partir de outro ponto de vista? Porque me parece uma premissa individualista, como a que serviu de sustentáculo para o droit d'auteur em França, e isso até foi explicado no vídeo (pela proximidade com as revoluções liberais). Existiria uma visão acadêmica mais "socializada ou objetiva" a respeito do tema?
E outra, o que você falou "faz sentido" (entre aspas não por desdém, mas pela minha ignorância na sua area de conhecimento), desde que a conduta antisocial do autor não se comunique com a obra. Exemplo clássico: o hate speech. Em alguns casos mais óbvios, como Mein Kampf e Monteiro Lobato, em outros mais sutil, como na obra do Lovecraft. Se você puder, traga o debate acadêmico sobre as decisões judiciais sobre Mein Kampf, que acabou virando case por conta o estrato social que o judeu ocupa no Brasil: branco e explorador. O lobby foi forte. Até!
@@Chablinho Em primeiro lugar, grato pela réplica. Sim, de fato, você está corretíssimo: é uma premissa individualista porque o campo das Práticas de Leitura, embora engaje o social, é sempre dentro do microcosmo do leitor (para ser mais preciso, de uma "imagem" de leitor e de uma "imagem" de leitura que pode ser depreendida a partir de determinadas análises). São, em resumo, fruto do Formalismo Russo (1910) e o New Criticism (1920). A partir do Estruturalismo, em especial de Affonso Romano de Sant'Anna e Antonio Candido, passa-se a admitir que, embora o sentido inicial se perca em partes no cabedal cognitivo do leitor, as intenções do autor (e aí deixamos de falar de narrador para falar especificamente do sujeito que produz a narrativa) sempre se manifestam de alguma forma - sempre fica o rastro dos vícios e virtudes de quem fala através da obra. É aí que entra a até hoje controversa Crítica Psicanalítica, que começa a germinar quando Freud diz que todo texto é psicanálise porque psicanálise se dá através de verbalização e interpretação. Justamente nessa época, o livro deixa de ser objeto estético e passa a ser mais claramente produto a ser consumido. Ainda, passamos a ter autores que se consagram em vida, com os quais podemos interagir sobre as obras que escrevem. Segundo Píngaro, "o autor escreve para outros e dentro eles está ele mesmo", modelo a partir do qual começou a surgir a Crítica Social, que estabelece essa dialética entre obra e autor e passa a delimitar (moral e criminalmente, como no caso Mein Kampf) as responsabilidades do autor. Essa foi apenas uma pincelada histórica; sem dúvida, essa conversa sequer começou, mas já me delonguei demais. Grato pela troca. Até!
não acho... muitas da ideas pode ter partido de sua experiencia ou modo de pensar....
é como dizer psique do autor nunca existe na obra mesmo tendo obras q tem pensamento do autor... como do monteiro lobato
@@chocotoniOi, por quê você interage de maneira tão formal em comentários do TH-cam? Só por curiosidade mas isso foi um hábito que tu adquiriu durante seu curso de letras ou você sempre foi assim?
Pedofilia é relativizada na cultura ocidental e mais ainda é na cultura japonesa. Especialmente se o abuso for com mulheres e homens adolescentes. É interessante como os consumidores dessas obras costumam perdoar fácil esse tipo de "deslize" do autor. Talvez, se fosse o caso de uma xenofobia explícita contra brasileiros ou uma autora que espancasse/abusasse um rapaz, a reação fosse diferente. Haveria identificação e a percepção moral seria diferente
Mc carol é POP e ela tem em suas musicas pedofilia de mulheres adultas contra garotos muito jovens e ninguem diz nada a respeito, é tudo relativo.
La no japão ainda existe a cultura lolicon presente nos animes, fora que faz pouco tempo que surgiram leis para reduzir a pedofilia por lá.
Então é um negócio bem pior por la.
Simone de Beauvoir assinou petições e cartas abertas para exigir a abolição da idade de consentimento (que na França é de 15 anos).
Xenofobia contra brasileiros é praticada por brasileiros de certas classes sociais que se acham a última bolacha do pacote. Até elegem presidente
Não, apenas no meio Yaoi é muito comum e não celado, quem acopanha vê como é comum.
Esse é um assunto que rende... Eu costumava ter essa visão de que "não se deve deixar de consumir e avaliar uma obra por conta do seu autor; devemos fazer essa separação". No entanto, passei a ouvir alguns argumentos que demonstram uma seguinte lógica, que é até considerável: um ponto a ser muito considerado é se o autor continua se beneficiando do consumo do público após ter seus podres revelados. Porque, por mais que Lovecraft fosse um antisemita e racista, o fato é que ele já está morto! Ele não pode mais usufruir diretamente das compras de suas obras. Muita gente pode querer "cancelar" Monteiro Lobato, mas no fim das contas, ele não tem como ganhar mais nada se você comprar Sítio do Pica-Pau Amarelo.
No entanto, e quando o artista é vivo, escapou uma punição mais adequada, e continua a trabalhar e fazer dinheiro com suas obras? Será que deveríamos simplesmente fazer uma separação total entre "artista e pessoa" e seguir financiando esse indivíduo? Nem estou tentando cravar nada, como disse no começo, são ponderações que algumas pessoas trouxeram e para as quais honestamente não tenho respostas claras...
Com certeza, é um assunto que rende muita reflexão.
Também ouvi esse argumento recentemente. É interessante, mas penso que, mesmo depois da morte do autor, se as ideias controversas estão presentes na obra, pode ter algum impacto negativo. Uma leitura contextualizada pode melhorar esse aspecto, mas aí depende do leitor. Agora, até que ponto uma obra pode influenciar ou estamos subestimando quem lê? Também tenho minhas dúvidas se uma uma empresa ou familiares lucrararem com a distribuição da obra seria mesmo menos pior, ou é só um malabarismo lógico que fazemos.
Tem um argumento muito fácil que quase derruba isso por completo
Pirataria
Não gosta de um autor, mas ainda quer ler uma obra sem apoia-lo diretamente? Só pagar de graça
Lembro que certa vez um amigo meu compartilhou sketches de uma história em que havia uma cena sobre abuso, e, obviamente o herói combatia tal ato; o negócio é que meu amigo é professor de desenho e um dos pais se indignou ao ver os rascunhos, dizendo que não gostava de saber que seu filho estava recebendo instrução de alguém que "abordava" algo como estupro. Claro que tentamos defendê-lo, explicando que fazia parte da narrativa - como vamos combater algo sem abordar esse mesmo algo, ainda que superficialmente? - e confesso que não sei como terminou, mas às vezes me assusta a incapacidade de se dispôr a interpretar algo que andamos tendo... não era algo que necessitasse de uma genialidade absurda; isso me marcou muito
Da distância que estou das obras, consigo separar tranquilamente. Mas imagino que se surgisse um escândalo horroroso com meu artista favorito, Paul McCartney, eu não conseguiria mais ouvir suas músicas de tanto aperto no peito.
Lamentavelmente, a empatia tem relação muito forte com a memória. Se o artista fizer parte da sua bagagem intelectual, da construção do seu repertório musical, etc, daí fica difícil.
Mas se for aquele fulano lá que fez uma obra interessante, bem, ou você já não consumiria mais mesmo ou passar a não consumir não tirará seu sono.
Para nós mortais, a Arte e a vida costumam ser difíceis de separar.
Mas sempre procuro usar um pensamento de Goethe:
"A Arte e a vida são coisas diferentes. Por isso, uma se chama Arte e a outra se chama vida".
Bem simples na verdade haha
Fim da discussão. Resumiu tudo👌.
É complicado... Acho que cada pessoa reage de uma forma. Eu não consigo ler Rurouni Kenshin desde a época e repudio o crime, mas querendo ou não, é uma das minhas obras favoritas, pelos dilemas e debates de ideais que eram promovidos. Não consegui vender os quadrinhos que já tinha, mas não comprei mais nada do autor. Busou Renkin, que é outra obra dele, eu já não tenho o mínimo interesse em conhecer. Enfim, é confuso... mesmo sendo algo de anos atrás, nunca chego a uma conclusão.
Adorei a sua reflexão, estava pensado agora no oposto: autores 'boa gente' que fazem obras monstruosas e pesadas, como um Junji Ito ou Bret Easton Ellis (até onde eu sei). Acho interessante o fato que vc falou da obra ter como que uma vida própria, e da dificuldade de achar os motivos dela existir- realmente parece que as criações são seres autônomos.
Eu discordo de vc sobre o exemplo de obras pesadas com tema horror.
@@stefanyalveslaurindo894 não entendi
@@aleszol eu disse que discordo de vc sombre a questão de usar o exemplo do oposto da obra,para me obras de Horror/pesadas tem o propósito na maioria das vezes de de críticas certas coisas.
@@stefanyalveslaurindo894 blz
Me lembra aquela frase: A única coisa que diferencia o "Gênio" do "Louco", é o sucesso.
Eu tinha um cartão autografado pelo Nobuhiro Watsuki, foi uma decepção quando surgiu essa noticia, eu acabei guardando o autografo e recentemente vendi.
Eu ainda acho valido ler a obra, desde que os crimes ou preconceitos do autor não sejam reproduzidos na mesma, mas recomendo a pirataria caso o autor ainda esteja vivo e receba dinheiro por isso.
Minha opinião é exatamente essa, até pensei que era um comentário meu kkkkk
Eu acho que a receita é essa mesmo, vai sabaer se ele não vai usar o seu dinheiro, para consumir mais material infantil?! É melhor não arriscar! Se ele já estivesse morto ai seria outra situação.
Cara, mas falando serio agora! Sempre achei essa fetichização da cultura japonesas por colegias, algo muito estranho! Eu sei, que é algo da cultura deles essa iconoclastizaçãoo da pedofilia, mas influencia todo um imaginario popular. Acho que o governo japônes deveria interferir nessa questão, de forma mais seria. Para, que aos pouco o jovem Otaku, que hoje ainda pode ser reeducado não tenha essa influencia cutural.
Podia ter vendido pra mim. Kkkkk
Eu consumo tudo de samurai X, preferência pelo oficial sempre
@@wesleypereira9994 uer então só pq o cara foi pego ele é um MONSTRO ABOMINÁVEL, enquanto os outros milhares de mangakas famosos que tbm curtem colegiais adolescentes e veem o conteúdo nas intoca são pessoas santas? Hipócrita vose, é errado é, mas dai: AIINNN OVO VENDER MEUS MANGA E RASGAR O AUTÓGRAFO DELE, então tu vai ter que fazer isso com a todas as obra japonesa que tu tem, se liga doidaum, 98% dos japa curtem ser pedo
Bem, o tema de fato é espinhoso.
Durante 98% da minha vida, pouco me importava o que o autor fazia em sua vida pessoal. Honestamente eu não tinha interesse dos motivos para a ideia ter surgido ou tentar fazer uma interpretação de algo pelo o estilo de vida do autor ou seus gostos pessoais.
Portanto, para mim, a obra fala mais do que o autor na maioria dos casos, até porque como você bem mencionou no vídeo, majoritariamente conhecemos a obra primeiro e o autor depois.
Porém, isso mudou pra mim um pouco com relação a música. Eu curtia muito uma banda de Black Metal chamada Burzum, que ficou muito conhecida por causa de uns crimes que aconteceram na Noruega. Ela foi um marco na minha adolescencia por representar uma descoberta de um estilo novo e etc.
Recentemente descobri que o autor por trás dessa banda tinha ideiais dos quais eu não subscrevo (não que não tivesse antes, mas desconhecia algumas delas) e isso me fez pensar sobre qual a mensagem eu transmito quando ostento algo dessa banda como uma camisa ou algo do gênero.
Nesse momento ficou um pouco mais complicado de seperar o autor da obra justamente porque nesse caso, em especifico, o autor, para muita gente, fala mais alto do que a própria banda, ou seja, as pessoas poderiam me associar a ideias que não defendo simplesmente por estar usando algo que remeta a banda e o seu autor.
Resolvi parar de usar camisas dessa banda porque não me senti mais parte daquela ideia inicial que eu tinha. Antes significava algo puramente pessoal e para mim estava tudo bem. Porém, quando refleti a respeito e sobre o que isso significada, percebi que não era esse o caminho que queria seguir.
Nesse caso não consegui mais seperar o autor da obra.
TL; DR: Se a obra não se conecta com o autor e forma indissociável, acredito ser possível tolerar algumas coisas/ideias que o autor defede faz em sua vida pessoal. Uma vez que, isso de nada interfira na interpretação ou no valor da obra individualmente.
No caso do autor de Samurai X acho relevante citar o contexto relacionado a pedofilia e pornografia infantil no Japão.
As leis sobre pornografia infantil são bem recentes, apenas em 1999 foi proibida a produção e distribuição do material, e em 2014 foi proibida a posse, até lá você poderia ter vídeos de menores de idades em atos sexuais, mas não poderia ter sido distribuído ou produzido para você, basicamente entre 1999 e 2014 se criou um mercado negro para esse acesso. (o mercado negro é suposição minha, pois parece ser comum essas distribuição no Japão)
O Japão só restringiu o acesso a esses materiais por pressões ocidentais, demonstrando uma falta de engajamento da população no assunto. Óbvio, é abertamente comercializado material pornográfico de lolis em obras de ficção como animes e mangas, pois no Japão não há leis que proíbem essa produção.
No Japão ainda existe um mercado onde criação são fotografadas e filmadas em roupas de banho como uma forma de burlar as leis de pornografia infantil, desde que a criança não participe de atos sexuais e não tenha a genitália exposta está tudo legalizado.
A cultura do país também é moldada pelo desejo masculino deturpado, sendo comum a extrema infantilização de mulheres adultas como forma de agradarem parceiros sexuais, inclusive isso é um dos motivos da popularidade da moda Kawaii e Loli.
Por fim era até previsível que iriam passar pano para o autor, lá de certeza forma, de uma forma meio velada é só esquisito ter atração por crianças, não é algo nojento como se considera no ocidente. Lógico, não torna isso menos grave, e como consumidores potências dessas obras temos responsabilidade, mesmo sabendo que geramos pouco impacto ou quase nenhum sobre o mercado japonês.
Caso tenha uma má interpretação. Não, eu não estou dizendo que é mais aceitável a pedofilia por lá pq as leis são recentes ou por conta da cultura. Só tento explicar como conseguiram naturalizar tanto algo que aqui é uma coisa hedionda, passando pano para um autor abertamente pedófilo.
Por fim, não apóiem obras de autores criminosos vivos, pirataria é a solução, não vamos incentivar monstros a se tornarem monstro ricos (por mais que sabemos que dificilmente um artista fica rico).
Tem tbm o fator da baixa estatura japonesa. Um tema comumente levantado nesse debate para se referir a deturpação de idade.
Outro ponto interressante é qnd levantam obras da cultura moe pra referenciar loli, o q é pura desinformação.
@@danielmalikovskidealmeida2323 Interessante, não conhecia esse termo. Sobre a altura eu até já ouvi falar e vi em um ou dois animes isso sendo abordado, mas bem superficialmente, mas com certeza é um ponto bem relevante.
@@danielmalikovskidealmeida2323 acho esse fator da baixa estatura meio nada haver. Se fosse verdade países como China e Coréia teriam o mesmo problema, e não é como se no Brasil geral tivesse 1.80, quando nossa média é bem próxima da média japonesa.
@@kodaikoda6254 Coréia tava tendo um problemas assim no passado, as penas sobre essas coisas eram muito leves e muita gente saia impune, pesquisa um pouco sobre a lei dogani que só foi colocada em 2011 depois do filme silenced
Vídeo bom do CARALHO. Como é bom ter você nessa plataforma, professor.
Não creio que seja verdade que "no ocidente a obra dele não saiu mais". A nova série de Nobuhito "hokaido" começou a sair agora em Espanha. A série clássica continua saindo em Portugal. Nos EUA, os livros continuam saindo (série clássica e nova) e estão disponíveis na Amazon e por aí fora.
Na época realmente deu uma parada. Mas é aquilo, depois que a poeira abaixa, a obra retorna aos poucos aonde antes havia parado.
Torcendo para que a nova saga chegue logo aqui. Estou louco para comprá-la e adicioná-la a minha coleção
@Inkuro Será? Acho difícil
@Inkuro nao tô te entendo. Acho que tá querendo dizer alguma coisa?
É um assunto espinhoso sim, mas acredito que antes de se separar o físico do jurídico, deve-se fazer uma análise do conteúdo que o monstro produzia. É como deixar de comprar uma casa em que aconteceu um assassinato. Se o trabalho da pessoa servia como panfletagem de suas reais intenções, o negócio é cancelamento mesmo, o complicado é como fazer essa análise.
Acho que seu exemplo é um pouco errado.
Tenta ver assim: Uma casa em que morava um assassino.
A casa em si, não tinha nada de especial, era uma casa comum, igual todas as outras.
Porém, o Dono era um assassino.
não é necessário ir muito além.
Samurai X, não tinha nada demais, era uma obra como qualquer outra, se tivesse algo errado nela, já teriam falado a tempos.
Logo..
Você viveria nessa casa?
Bom, eu to cagando, eu viveria.
Acho que dois anos atrás, aconteceu uma ocorrência com autor da Jump, de Act-Age, foi preso por assédio, pois ele andava de bike pela rua e dava tapas na bundas das mulheres que passava na rua. Só que nesse os japoneses não passaram pano pra ele não.
Act Age não é uma puta marca tipo Rurouni Kenshin.
@@heitorsantoslima9289 Sim, isso é fato. Pode soar babaca, mas tem um fator que além disso que não houve perdão. Tanto no caso de Act-Age e Shimabukuro (que tava com obra bem popular em 2002) que ambos tocaram numa pessoa real. Novamente pode soar babaca, levam mais a sério se tocou, pois consideram "houve vítima real", possuir foto é conaiderado "crime leve" geralmente resulta nessas multas.
@@heitorsantoslima9289
Existe uma GRANDE diferença entre possuir material pornográfico e em passar a mão em estudantes que voltam da escola.
@@renato7999 Isso não faz o que o Watsuki fez menos condenável. Rurouni Kenshin é uma marca estabelecida, Act Age não era. A moralidade desses caras começa e acaba onde a grana manda.
Aguardando o segundo vídeo, para ter uma visão completa dos teus pontos.
A uns dois ou três anos atrás eu li um artigo no El País Brasil de uma autora que discutia justamente isso da perspectiva de gênero. Ela usou como exemplos o Woody Allen e o Roman Polanski (eu n faço ideia de como escreve o sobrenome dele, enfim) entre alguns outros autores/artistas americanos, citando crimes que eles cometeram, em sua maioria sexuais, e autoras/artistas femininas que eram sempre hostilizadas porpriorizarem suas carreiras em detrimento da família. A discussão é bem interessante e tb não tem uma conclusão específicamente, apesar de ter muitas considerações. Pouco tempo depois eu vi discussões sobre a relação do Caetano Veloso com a esposa, que era menor de idade quando eles começaram a se relacionar e ele é bem mais velho que ela. Eu acho que o importante é que haja debate qualificado sobre a questão, pq se esgotar mesmo é que não vai, e poderíamos pensar isso inclusive em outros campos que não as artes.
Sou recém formado em história, e o meu TCC foi sobre as permanências do universo Lovecraftiano na cultura pop, olhando como os produtos de mídia contemporâneos absorveram as obras do h.p lovecraft. Mesmo sabendo do caráter racista de alguns de seus contos e a própria persona que era o autor, o intuito do meu trabalho se focava muito mais nas obras do que na biografia.
Muito do que foi apresentado no vídeo vai de encontro com a abordagem que tentei dar ao meu trabalho, tentando olhar para além da figura racista do autor e buscando entender como esse gênero se consolida.
De todo modo, é uma discussão complexa, mas que abre caminhos e perspectivas interessantes sobre obras com tamanho apelo nas culturas de massa, sem ignorar sua gênese problemática.
Ótimo vídeo 👌
Lembro quando saiu a notícia. Foi o caso que mais refleti sobre a separação da obra e autor. Mas o filho de uma pessoa não pode pagar pelos crimes dos pais, de forma semelhante a obra não deve pagar pelos erros dos autores
mas isso não acaba sendo uma forma indireta, de ajudar um pedófilo a continuar bancando suas nojeiras e crimes?, ele nem punido foi.
Compre em sebo, pega de um amigo, leia scan...
@@rodrigosb3071 dai é cm a legislação japonesa...
O que poderia ser feito é usar os custos das obras dele dando-os para alguma instrução ou coisa do tipo...
@@rodrigosb3071 Ele é réu primário, ele fica em anos de observação e paga uma multa se vacilar outra vez, vai pra cadeia definitivamente... pelo assim que lei por lá
@@rodrigosb3071 E do que adianta punir o criminoso de outras formas?
Punir como um vigilante e agredir como o Batman ou Kira do Death Note?
Punir com a cultura do cancelamento e exclusão social?
Punir em não comprar mangas e produtos associados a ele que também pagam a salário de outras pessoas?
A "melhor" punição deve ser realizada pelo sistema judiciário, códigos penais, leis, etc ... e somente isso.
Mesmo se essa forma não traz a sua devida satisfação que a punição não foi dada ou não deu em nada.
É o separa das outras formas de justiça "injustas". Linchamento. Apedrejamento. Cadeira elétrica. Guilhotina. Olho por olho e dente por dente....
Eu adoro a forma que vc escolhe os temas e debate. Tem uma forma mt crítica e analítica. Parabéns pelo conteúdo
Eu acho que esse tipo de boicote é mais um tipo de escape de consciência do leitor, do que um protesto real.
A verdade é que ninguém nunca conhece os autores de fato. Sinalizar esse tipo de virtude é uma ilusão.
Existem sim quem conheça dependendo do autor, tipo as controvérsias da JK Rowling. Boicotar pode sim ser uma forma de protesto e não acho que seja sempre um "escape", afinal se comprar um produto pode ser uma forma de apoio, o ato de boicotar alguém que ativamente comete crimes ou é problemático é afetar o autor por causa de um determinado motivo.
@@UmTois isso é só uma pequena fração do mercado. A JK decidiu expor a opinião dela justamente pq ela não se vê dependente econômica da própria fama (não atualmente). Logo ela já imaginava essa repercussão negativa.
Quantos autores, artista uma única pessoa pode consumir? Imagine o tamanho das indústrias de entretenimento e a quantidade de envolvidos.
@@UmTois na minha visão, boicote tem um efeito sim, mas como eu disse, apenas para benefício da própria consciência.
Até em caso de crime, o correto seria um julgamento e condenação; porém a obra em si, transcende o homem.
Poderia continuar com um novo autor, ou mesmo seguir as publicações em cárcere.
Pelo menos é assim que eu penso.
Tenho a impressão que o conflito Autor vs. Obra parte de uma confusão entre BOM e BELO (de forma bem reduzida). Explico: ainda hoje, rola um esforço bastante grande, em especial das industrias culturais, de sintetizar esses conceitos num único pacote que vende bem. O artista/autor é talentoso, virtuoso... bom. Isso contrasta com a realidade complexa do que é ser humano. Cada vez mais frequentemente, pelos lapsos de informação de realidade que as industrias não conseguem controlar, essas complexidades emergem e o público fica atônito, paralisado em confusão, acostumados a lutar e fugir do monstro (outro condicionamento reducionista que abastece todo um gênero narrativo). Talvez fôssemos uma sociedade melhor (ou pelo menos melhor preparada) pra lidar com os monstros não fosse essa confusão (que deriva até dessa ideia de gênio, de artista a serviço do divino e etc).
Que canal absurdo de bom !! Parabéns pelo trabalho
Um dos melhores e mais objetivos, além de necessários, vídeos do canal. Parabéns. Como introdução à discussão em sala de aula será bem utilizado.
Apenas corrigindo que, no minuto 12:06, a imagem que você inseriu quando mencionou o Oda não é ele, e sim o Eiji Aonuma.
Sim. Essa imagem é um falso Oda bem conhecido até kkk
Sempre usam ela, não sei se foi de propósito mas já é quase um meme
No japão existe um culto a essa tara por colegiais/menores de idade. O baka gaijin comenta sobre isso em alguns de seus vídeos.
Olá. Bom acredito que análise é necessário antes de cancelar, vetar ou difamar qualquer tipo de arte, seja na literatura, pintura, na música. A história da homem e seus julgamentos nos mostra o quão prejudicial aos nossos semelhantes ela foi e é. Quando a obra produzida pelo artista imperfeito vem com a intenção e inspiração de divertir, informar, colorir e agradar os nossos dias e NÃO faz menção e nem incentiva atos e atitudes mundanas prejudiciais não vejo motivo para repudiar. Apenas nessas circunstâncias. Amooo Samurai X e vou continuar amando!!❤
Rurouni Kenshin ainda é uma das obras favoritas. Esses autores que homenagearam o Watsuki é porque alguns deles eram assistentes dele.
Rapaz... Que vídeo bom!
Na área da historiografia esse debate é muito importante, ainda mais quando se trata de tratamento de fontes. Há muitas falsas polêmicas levantadas por anacronismos e muito debate que só existe no Twitter sendo levado pra sala de aula. Hahahahahaha
Ótimo vídeo para se qualificar o debate! Não dá respostas prontas, contextualiza e trazendo fontes e escolas de pensamento sobre o assunto.
Assim que conseguir uma grana extra vou apoiar o canal! Esse trabalho PRECISA continuar!
Esse assunto foi discutido em um vídeo do canal Nautilus sobre a obra de Lovecraft. O que se concluiu naquele vídeo era que a obra, para um leitor que tem acesso a vida do autor, passa a apresentar "manchas", no entanto isso não deve impedir de ser lida, mas não ignora-las de modo a fazer uma leitura crítica ou ressignificada, invertida. É claro que depende muito daquilo que você busca fazer com a obra. No caso da sua orientação voce tinha um uso direcionado e delimitado para utilizar aspectos xis em que o mangá de Nobuhiro Watsuki foi bastante útil. Outro problema é isso passa a ser também mais uma manobra de mercado, mas o mercado tende a absorver, tanto a rejeição, como a adoração ou mesmo a ressignificação da obra. No entanto, quando uma obra deixa de ser lida, creio que só há perda. E quando passa a ser lida, temos diferentes direções possíveis a partir dessa leitura.
Cara, acompanho a pouco tempo seu canal, mas gostei muito pela abordagem acadêmica. Gostaria de vê lo discorrer um dia sobre Corpo Fechado de Shyamalan. Acho a ideia do filme inovadora pra época. Nos outros dois acho que o diretor se perdeu. Obrigado. Abraço
Mas já tem! Assiste "Super-herói é coisa de criança!"
@@QuadrinhosNaSarjeta Sim, eu vi. Muito bom o vídeo, mas abrange outras questões . É que posso estar viajando, mas vejo questões de conflito de classe, representação e racismo imbutidas nele bem interessantes. Mas valeu só por responder. Seu canal é foda!
Quem leu "Negrinha" de Monteiro Lobato, que realmente teve discursos eugenistas em artigos, não ficção, sabe que o conto é uma narrativa anti-escravagista. A representação da "dona" imperial, por exemplo, é uma caricatura instigante da princesa Isabel. Portanto, a obra tem uma autonomia que vai além do autor. Não é discurso, é arte.
Muitas obras de arte dizem mais que a intenção do autor.
Excelente análise! Gostaria de mais sobre esse tema
Tenho inclusive uma tatuagem do kenshin e nunca me arrependi dela, afinal, eu tatuei foi o Kenshin, nao o Watsuki.
Samurai X sempre vai ser uma otima obra, assim como o Sitio do Pica Pau Amarelo e tantas outras, que querem "cancelar". Assim como musica, tem caras horriveis que produziram obras maravilhosas, eu vou parar de ouvir? Vou nada.
O que não quer dizer que está errado quem decide boicotar o autor também.
Discordo de vc em alguns pontos.
@@UmTois então não é errado boicota o autor?
Samurai x tem uma das lutas mais profundas e poéticas que lembro da minha infância e uma obra maravilhosa , infelizmente o autor cometeu crimes
Sim, ao mesmo tempo traziam conflito de visões de mundo de cada personagem. É mesmo uma pena.
Canal excelente...elucida muitas questões.
Achei interessante o ângulo levantado, embora eu discorde que analisar uma obra levando em conta o que é conhecido da vida de um autor seja algo preguiçoso. É sim uma das abordagens mais utilizadas, o que não a torna pior. Como um leitura que busque encontrar modelos de representação - como a situação que trouxe no vídeo - ela também é válida, mas apenas uma faceta ou entendimento do trabalho.
Isso dito, como consumidor tenho um default: passar longe de pagar por trabalhos de autores vivos que poderiam ser validados pelo meu consumo legal. Isso tem funcionado, embora eu creia que seja fácil pra mim, que nunca fui um fã fervoroso de nada por muito tempo. O exemplo levantado, Samurai X é um desses casos de algo que adorei na adolescência (fiz até cosplay aos 15), mas que como foi algo que passou, quando eu descobri o crime do autor não tive problemas ou grandes conflitos de ter que forçar a mim mesmo de fazer algo a despeito da minha paixão pela obra. O mesmo com HP que nunca gostei, tentei ler já adulto, achei tosco e larguei. Lovecraft é outro, que eu acho meio maçante, mas que inspirou obras que acho legais... fora que ele tá morto.
O que me preocupa é que vejo muita gente abraçando isso de "separar autor da obra" como um mecanismo de alienação de si mesmo. Uma forma de fugir da verdade, fugir do confronto configurado por o dilema moral de continuar amando algo que foi criado por uma figura cruel e corrupta.
Enfim, comentário grande que é mais para eu solidificar minhas ideias do que para ser lido por alguém kkkk
O assunto é muito interessante, então é sempre legal ver pessoas trazendo perspectivas que apresentem algum nuance. Agora que eu acho chatão que o povo tá sempre brigando sobre isso e com os mesmos argumentos eu acho, nossasinhoraaaa
Acho que dá pra separar e ao mesmo tempo não dá separar. Acho que vai do quão que "conhece" o autor, entre aspas msm pq conhecer conhecer msm n conhecemos nenhum hahaha. Boa parte de autor de mangá é neutro de presença, com raras ou nenhuma foto, quase nenhuma opinião seja política ou não. Tem autores que até hj não sabemos se é homem ou mulher.
Não se isso "suaviliza" cancelamento, mas com essa falta de presença, sem uma imagem para atingimos desses autores, como cancelar "autores inexistentes". Acaba sendo diferente de autores ocidentais que alguns acabam sendo mais ativos, a pedrada vem mais forte como a caso da J. K. Rowling, Enfim, apenas achismos meu e nem sei se faz sentido.
Então entendo quem não quer mais ler Samurai X, eu não tenho carinho pela obra e gostei dos volumes que eu li e seria fácil pra mim cancelar, mas n consigo sentir a repulsa por não conhecer o autor mas sempre ficará na minha mente a obra do autor FDP
Depois desse escândalo eu consegui entender pq o autor vivia dizendo que a personagem favorita dele era a Misao…
Eu cresci assistindo samurai x, desde os 9 anos, viciadona mesmo, noveleira de chorar naquela cena de despedida do Kenshin e a Kaoru. De recorrer aos fanfics do casal 🤣🤣🤣
Eu via e revia os eps, gravava tudo em vhs de tanto vício. Hoje em dia não acompanho muito, algo que uns tempos atrás eu nem imaginaria ser possível.
Queria saber se já saiu o vídeo continuação desse, estou maratonando os vídeos do canal e fiquei interessada em saber mais sobre o assunto
Um vídeo falando mais sobre Barthes seria legal, heim! Material interessantíssimo.
Quanto a obras mais antigas e de autores q já morreram eu acho importante contextualizar e reconhecer os problemas das obras. Quanto a autores ainda vivos, não sei oq pensar? Gosto da obra? Vou financiar o autor?
Pirataria kkkk
Ótimos argumentos contra, ótimos argumentos a favor...mas não me sinto confortável admirar, comprar algo de um artista, sabendo que ele é um ser abominável.
Não sabia que ele era abominável 🤔
Acho isso complicado, porque se você for ver o histórico da pessoa por trás da obra toda vez que for consumi-la, fica meio insustentável, porque você nunca vai saber o quão podre aquela pessoa pode ser, apesar da aparência de pessoa descente. Já cansei de ver casos de autores de obras que só foram desmascarados anos depois de sua morte, quem não garante que esses que consideramos "autores sérios" são uns monstros em suas vidas pessoais?
amei seu vídeo! eu, por exemplo, não consigo assistir nenhum filme do Wood Allen, mesmo sabendo que a cinematografia dele é muito única e bonita.
Excelente vídeo, realmente um assunto com vieses difíceis de arrematar. Acabo achando que, se a pessoa foi ruim em sua vida, que ao menos tenha deixado algum legado positivo, haja vista que a maioria que pratica o mal, jamais se redime. Abraço!
Acho interessantíssima essa análise, e realmente MUITO difícil de ter uma posição definida sobre o assunto. Esse é o caso, por exemplo, para mim, de Woody Allen, ao mesmo tempo um dos meus cineastas favoritos e... um monstro! E aí? Devo simplesmente deixar de apreciar sua belíssima obra? Ou devo ignorar o autor e me focar em sua qualidade artística? Eis aí uma resposta que não tenho e que me atormenta...
Fique com a obra.
Fácil, segunda opção.
Eu gostava muito de Brumas de Avalon, mas depois que descobrir a as cagadas da Marion Zimmer Bradley nunca mais consegui olhar da mesma forma para obra. Acho que porque diferente do Nobuhiro aquilo que ela pensava quanto abusadora estava na sua obra, o Nobu você não vê exploração infantil no mangá, onde você olha na verdade nem tem sexualização, só relações normais da época (tanto que beijo da Kaoru com o Kenshin demora). Aí você fica mais na dúvida de consumir para não dar dinheiro para o autor... É diferente da Marion, porque ela abusava dos filhos e Brumas (por mais que tenha um contexto histórico) se apoia de certa forma em incesto e isso quanto poema criado no universo para mim fazia tanto sentido, mas depois de saber o passado dela isso me quebrou
Desde que descobri sobre a polêmica envolvendo a Marion, eu cortejo adquirir a obra pelo impacto da estória, mas lembro disso e prefiro não adentrar...
Saber que os atos dela podem estar de alguma forma refletidos na obra... Não consigo até esse momento separar atos do autor e obra..
@@Lucassoares-kn7js nem queira saber para mim como é então... Porque eu li todos os livros 😒 ... Me apaixonei pelo personagens e dói isso, porque corrompe ideias que eu achava bonitas, mas agora se tornam problemáticas pela cabeça doente dela
essa frase qualificar o debate é errônea, porque não é o cara que faz o vídeo que qualifica o debate, é o público que decide isso, se debate foi qualificado.
acho este canal o mais importante dos que analisam o universo das HQs, o mais construtivo
Eu continuo fã do Rurouni Kenshin, até pq eu nunca tinha visto nem a cara do autor! Pra mim a vida pessoal do autor nada tem a ver com o Mangá... Acho que cada um tem que tomar conta da sua vida e deixar as penas e julgamentos para os órgãos competentes!!!!
Já tive uma crise existencial pesadíssima quando me descobri grande entusiasta da filosofia heideggeriana.
Caramba, vim preparado para emitir a minha opinião e vendo o vídeo percebi que já estou representado.
Arrasou demais!
Só uma observação: não consigo deixar de consumir Rurouni Kenshin, a obra é tão significativa pra mim que deixar de consumí-lá me faria mais mal do que bem...
Ótimo video, e um assunto mto recorrente, inclusive no meu dia a dia.
Mas uma coisa que não foi dita, mas é mto comun nessas discussoes é...
Quem continua consumindo a obra de um autor, não está automáticamente aprovando seus atos, ao contrário do que muitos afirmam.
O maior problema dentro desse assunto são as pessoas que culpabilizam quem consome a obra como se ela fosse a autora dos atos errados do autor, como de costume nos dias atuais, apontar o dedo é mais facil do que ter opinião própria.
Então fica o lembrete, separar Obra de Autor é uma opção, separar Consumidor do Autor é bom senso.
Eu tenho dificuldade de separar, mas não deixo de consumir. Nesses casos costumo recorrer a pirataria pra não financiar.
Samurai X é muito bom mas o autor...
Obra mt marcante porém oq o autor fez n tem perdão, ainda n cheguei a uma conclusão do q fzr com a minha coleção de rurouni kenshin
Se quiser doar eu tô aceitando kkk
@@gabrielrocha5673 Pois é, no caso do Warren Ellis um amigo não quis me doar os encadernados dele infelizmente
@@talitacosta2790 se quiser vender por moralismo vai estar ganhando dinheiro com a obra de um pedo, então doar é o jeito kk
@@talitacosta2790 Como assim? Não tem nada o que decidir. A obra é a obra e o autor é o autor, ponto final.
Eu tenho todos os mangas de samurai X, tanto os antigos qnto os novos e não me desfaço de nenhum. Pelo contrário, continuo comprando produtos licenciados da marca com muito prazer. Amo muito!!
Vendo esse video antes de participar de um debate exatamente sobre o tema. Acredito que o que mais me incomoda não é autores criminosos mas como eles não são punidos. Ler as obras parece que eu estou colaborando para a normalização disso, sabe? Mas fica dificil seguir essa linha da etica quando tantas empresas/produtos são regados disso em qualquer buraco. Disney é um ótimo exemplo
Realmente é um tema bem interessante, temos que saber separar o crime do autor da sua contribuição artística, levar em consideração o contexto da obra e sua concepção, uma pessoa deve ser punida somente pelo seu crime, se a sua obra não faz nenhum tipo de apologia a esse crime seria injusto o cancelamento dela. Acho até um raciocínio parecido quando falamos sobre as falácias. Mas também entendo perfeitamente quem não se sente confortável em continuar consumindo os trabalhos dele.
Para mim se a pessoa não propaga aquilo o que o desmerece na sociedade em sua obra, a obra não merece ser rechaçada.
como no final das contas é uma questão de opinião/gosto/adquirir a única coisa aqui é a obra estar disponível ou ser acessível de algum modo.
A solução é muito simples: se aproxime o máximo possível da obra, se afaste o máximo possível do autor. Um filho não tem culpa dos atos dos pais
Esse é um assunto que eu vejo que jamais vai acabar e que para sempre irá existir, eu percebe que nem sequer existe um senso comum desde assunto, acredito que isso vá de ser humano para ser humano.
Sou contra cancelar obras por conta de crimes do autor. Principalmente se for uma obra em que outras pessoas trabalharam (editora, artista colorista capista etc). Parece uma coisa medieval quando se quebrava o comércio do devedor.
em nome de uma pretensa preocupação com terceiros, devo me sujar, não sei não viu?, se ao menos ele tivesse tido uma punição dura e exemplar.
@@rodrigosb3071 e so tu fazer um simples raciocinio, tudo de terror que existe principalmente o terror cosmico, vieram do HP Lovecraft, mas o acara era extremamente racista, eu vou parar de ler e de reconhecer a grandeza dessas obras para o mundo?
@@davivalente6491 Para mim, desde que não afete efetivamente terceiros e desde que eu não apoie o autor (ele esteja morto), o consumo da obra é justificado. Uma coisa é ler um conto de um racista, outra coisa é dar dinheiro a um racista.
@@wesleypereira9994 exato, mas querendo ou não, voce vai consumir a obra do cara, esse é meu ponto
Isso valeria para Hitler?
Pra mim, é possível separar o artista da obra. Se o conteúdo da obra for bom, relevante e trazer boas reflexões ou sentimentos ao espectador, nao tem porque deixar de gostar. Se o autor é um criminoso, tem que ser penalizado como qualquer criminoso, mas o que ele fez de BOM, continua sendo.. BOM.
Pois é
Sem contar que hoje em dia muitas obras não envolvem apenas o autor, mas também uma equipe de centenas de pessoas que trabalharam nela. O cinema é um exemplo: uma cadeia enorme de profissionais criativos, com muito tempo e trabalho investidos, que chega a ser uma sacanagem resumir a obra apenas ao seu diretor ou ao ator principal
Acho que o que você disse, cada caso é um caso. Eu pessoalmente consumo uma obra mais por gostar dela, tento desvincular do autor, embora muitas vezes é difícil. Eu por exemplo adoro Pokemon e Mario Bros. Se algum dos autores da obra se mostrar como um monstro, eu não vou deixar de consumí-las por isso, até porque quando eu comecei a consumi-las, nem sabia quem eram os autores.
Muito complicado pois tudo o que nos consumimos ao decorrer da vida são criadas em lugares onde existem pessoas e monstros no mesmo espaço, e infelizmente pessoas mau caráter também tem criatividade.
Acho que no meu caso, não consigo separar o autor da obra. A um tempo atrás, eu assiti um anime não muito famoso que amei, o nome é "Soul Eater". Achava o estilo lindo, e com personagens femininas incríveis. Até que fui ler o mangá. Acho que rolou uma censura do mangá pro anime, pois o autor sexualizava tipo MUITO suas personagens de, tipo, 13, 14, 16 anos de idade KKKK no anime não tinha isso, mas eu comecei a assistir o anime e só conseguia lembrar das cenas mostrando a calcinha de uma mina de 13 anos, e fiquei com um puta nojo do autor... não consigo mais ler essa obra sem ficar com nojo.
Acontece na maioria dos animes eles censuram bastante isso, é tanto q tem bastante manga q tu pegar pra ler e até se assusta, mas esse lance de sexualização infantil é um problema social do Japão int é meio complicado esperar algo do autor sendo q lá isso é bem normal e n é visto como errado, mas nesse caso aí do soul eater acho q é só por causa do público alvo msm, n necessárianente o autor goste disso mas desenha pq sabe q tem público q geralmente é adolescente.
Essa questao do samurai x mora na minha cabeca faz anos, mais um video excelente
Na boa, eu não acho que devemos dar força para pessoas criminosas apenas pelo fato de serem gêniais precisamos entender que gênio também comete crimes, pode ser perigoso e um lixo de pessoa. Até porque, quanto mais força e credibilidade e status estas pessoas alcançam, mais crimes e perversidade elas cometem ou podem cometer, e o pior é, que quase sempre elas conseguem se safar e sair ilesas, de todas as atrocidades que cometeram, simplesmente pelo fato de serem consideradas Gênios.
Não sei se depende quando estamos falando de criminosos.
Excelente vídeo, conteúdo de qualidade em um assunto relevante, discussão polêmica que mexe com nossas paixões (hqs). Meus parabéns! Minha opinião: eu tenho facilidade em separar autor de obra. Se amanhã descobrirem que Neil Gaiman tem uma fazenda com escravos, por exemplo, ficarei triste por ser fã, mas tudo o que ele escreveu continua tendo brilhantismo; ele não perde talento por ser escroto. Sou pai de uma menina de 7 anos, e os crimes do Nobuhiro Watsuki são imperdoáveis. Mas afeta o que ele escreveu? Torna a obra pior? Se eu comprar um mangá do Samurai X não vou estar dando dinheiro para o cara se envolver com pedofilia, mas sim pagando para adquirir um produto de qualidade. Os crimes dele devem ser punidos pela lei, não por mim. Quando o cara sai da cadeia tem de trabalhar com alguma coisa, e se ele é um bom artista/escritor não deixaremos mais ele escrever, ou deixaremos de adquirir o que escreveu/escrever em razão dos crimes cometidos? Eu tenho o direito de punir o cara para sempre?
Acho que devemos entender a relação criminoso x crime
O crime sempre esteve no criminoso, ou nasceu a partir de alguma evento, desejo, conceito?
O watsuki escrevendo rurouni Kenshin era quem? O watsuki de agora é quem?
Entendo os potenciais perigos que esse pensamento pode ter 'nas mãos erradas', mas acho importante que a gente se aprofunde nesse olhar de alguma maneira também
Nem vi o vídeo ainda e fugindo do título polêmico: As thumbs do QNS estão fodas demais, parabéns pro responsável!
Cara...fantástico....vc é foda...isso explodiu minha mente.....temos monstros rm nossa mente.
Lembrei do caso Harvey Weinstein. Creio que foi a Juliette Binoche que falou que o Weistein, apesar de tudo, foi um grande produtor.
Além do mais, um filme tem centenas de pessoas envolvidas, boicotar um filme por causa de uma pessoa, prejudicaria o restante dos trabalhadores.
Realmente um assunto complicado.
ainda mais complicado quando alguns dos filmes que ele produziu tenham sido com o intuito de abusar as atrizes, por exemplo ele fez Frida pra Salma Hayek ficar devendo favores pra ele
Irônico que ele foi produtor de Pânico 3, que fala de abuso em holywood
Sempre achei muito complicado isso. Continuo vendo filmes de Jackie Chan (mesmo sabendo que ele é um reacionário) ou Woody Allen.
Jackie Chan é reacionário? Me falaram uma vez que ele era comunista(sem ironia) kakaakkka
@@WHO476 Ele já foi defensor ferrenho da liberdade de expressão e da autonomia do povo chinês e de Hong Kong. Mas nos anos 90 ele se associou ao Estado e é totalmente contra os movimentos de libertação de Hong Kong, Tibet (etc) e totalmente a favor do governo chinês. Se a gente considerar que a China é comunista então sim. Jackie Chan é comunista!
@@Sobreversivo é, comunista naquelas, vou procurar me informar mais sobre ele, mas muito obrigado!
Apenas no espírito da reflexão coloco a pergunta: e se fosse descoberto hoje um crime horrível do criador do Superman? Ou do Batman? Só para pensar em vários dos pontos que o vídeo abordou e também para vincular com a discussão que ele fez no vídeo sobre o Spawn.
Acho impressionante como essa discussão sempre é em torno de artistas mas geralmente as grandes empresas conseguem se livrar, ou escapar, desse cancelamento facilmente (quando n manipulam a narrativa). Por exemplo? O escândalo envolvendo a participação de pessoas grandes da Ford (se n me engano) na ditadura. As pessoas esquecem quw o problema da sociedade são as grandes empresas e o capital e polêmicas como essa (mesmo sendo imensas e problemáticas) deveriam estar em segundo plano (e obviamente, se culpado, punido)
Concordo plenamente.
Apesar do Nobuhiro ser um criminoso, eu gostaria de ver Rurouni Kenshin sendo relançado no Brasil. Ainda não tive a oportunidade de ler a obra e nem assisti o anime, mas por tudo que já ouvi falar sobre ela me faz querer que ela volte a circular no mercado.
Para mim dá para separar autor e obra sim é algo muito natural e vou dizer porque: Como existe muita gente boa sem talento nenhum ,natural existam gente ruim que fazem coisas Belas.
Existe também uma tendência humana a querer ver um vilão perfeito e um herói perfeito. A gente tem uma tendência a ver alguém que cometeu um erro a cometer erro em tudo o que faz.
É um caso complicado, igual a escritora Marion Zimmer Bradley (autora de As brumas de Avalon) que junto com o parceiro abusou sexualmente da própria filha -e segunda a mesma vários garotos e meninas também foram vítimas .
O trabalho dela era genial ,extremamente influente e a frente do tempo.Mas o que ela fez foi abominável.
Serio isso Tenho? Tenho esse box e não sabia dessa história, que horror
Se fizer um segundo vídeo, podia lembrar de Monteiro Lobato e a Kukluxklan
É o mesmo caso do autor do filme "Olhos Famintos", a obra é boa mas desanima acompanhar a série, infelizmente..
Pra mim, a solução é a pirataria. Além de você consumir a obra, ajuda a matar um escroque de fome. E, morrendo mais cedo, mais cedo a obra cai em domínio público.
Você tocou num bom ponto. O domínio público.
@@jeangomes2900 sim. nem todo mundo tem lobby pra esticar indefinidamente, igual a Disney.Sei que é radical e, fora do fair use, é crime. Mas, a meu ver, é a única forma de separar, definitivamente, a obra do artista. Eivando ela de um de seus propósitos, que é gerar lucro.
@@RodrigoPikatron Eu nem digo na questão do consumir a obra e enriquecer o autor, mas na questão do domínio público, porque veja, mesmo quando entra em domínio público, a oba continua sendo do autor, e não há diferença entre consumir a obra agora (enquanto o autor está vivo) e quando ele está morto, visto que as ações do autor não mudam. Então, não sei, acho que há um pouco de hipocrisia nisso tudo.
Pode-se dizer que há a questão monetária. Não consumir a obra do autor é não ajudar a enriquecê-lo. Mas no fundo, uma coisa não tem muito a ver com a outra, porque se assim é, deveríamos parar de usar muitas coisa que foram feitas por pessoas e empresas evidentemente sujas. Todo trabalhador (e o autor é um trabalhador) tem direito a seu soldo.
Se der pra piratear, melhor, sou adepto da pirataria, mas acho, pelo menos no caso dos artistas, o melhor a se fazer é assumir a seguinte postura: "Sabe aquele autor, ele é uma merda, mas pelo menos fez uma coisa boa, a obra x". Isso tem os seguintes efeitos:
i) Separa o autor da sua obra, ii) não dá crédito ao autor para que ele assuma respeitabilidade em outras áreas (isso é muito comum, veja como os artistas, só porque são respeitados num campo, acham que podem opinar sobre tudo), iii) não fere a justiça ao, pelo menos, excluir a coisa boa que o autor, apesar de fazer coisas ruins, fez, iv) nos lembrar sempre que podemos fazer coisas boas e ruins e dar nos humildade e vigilância.
Por fim, se o autor fez merda, tem que ser julgado e condenado pelas merdas, e não na obra, a coisa boa que fez.
O que acha?
Eu não me importo. Eu, enquanto leitor, não tenho nada com isso. O cara é adulto. Se cometeu crimes e foi pego, que arque legalmente com as consequências. Agora, a obra do cara e sua importância não deixam, nem devem deixar de existir por isso.
A introdução é maravilhosa. Ela já resume o problema todo. XD
Lembro do autor de Blade o imortal, que é extremamente cancelado até entre japoneses, pois ele faz artes com estu*** de forma fetichista e extrema, e pra piorar em sua obra o tema mesmo que faça sentido narrativo é recorrente
Sou da escola que o leitor define mais a obra. Olha quantos tipos diferentes de cristãos vieram da Bíblia. Sem falar que uma mesma obra que você lê em várias épocas, sempre terá conclusões diferentes. Além do mas todo mundo é multifacetado, ninguém é apenas um crime, um estereótipo, um arquétipo. E da mesma forma que pessoas se tornam melhores com o tempo, tem outras que vão piorando com o envelhecer.
Eu sinceramente não gosto da ideia de colocar o ideal/comportamentos sociais do autor como pauta... creio que em uma escala Maior, isso empobreceria a literatura, pessoas deixando de ler "X" autor por conta de biografia ou ideologia política diferente, oque convenhamos já acontece muito no debate de cursos superiores. Hoje existe um polarização é demonização da cultura principalmente com viés político.
Excelente vídeo 😊
É cacoete da minha área das ciências sociais, que é a economia, mas em filosofia e ética que muitas vezes tem perguntas insolúveis o meu instinto acaba sendo refazer a pergunta com outro enfoque. Eticamente a separação da obra do autor é um tema muitíssimo complicado como você deixou claro, por isso eu proponho e encaro num outro viés: é possível separar o produtor da obra da obra enquanto mercadoria?
Nessa luz a questão é bem mais simples, porque no caso o copyright e a trademark me dão uma resposta mais concretra: Não, não dá. Claro que há motivos para usar em certos escopos e em última instância, existe uma forma "menos que legal" de forçar essa separação.
Durante cannes de 2019 Lucrecia Martel lutou pela inserção da última obra do Polanski no festival mas se recusou a ir ao almoço dos diretores. Vejo que esse e o caminho
Samurai X é Incrivel estou vendo depois do ocorrido com ele, e estou adorando, não tem nada a ver uma coisa com a outra
Sim um dos primeiros animes que acompanhei em TV Aberta tanto o mangá quanto o anime são bem feitos e completos além dos personagens que são bem cativantes.
Além de representar muito bem o período a qual se passa no Japão o anime trás personagens com narrativas super interessantes.
Foda q o anime só é fiel até o ep 61
Dps só filler
Fora as ovas q são fodas
Mas segue só no manga após o cap 149
Eu gosto e lembro que li scans na faculdade enquanto esperava ônibus,
MAS
Watsuki é criminoso, uma coisa não exclui outra e não é como se eu fosse comprar o mangá também.
Como fica claro no vídeo, tudo depende de como recebemos as obras. É uma questão de recepção, que é algo verificável (individual e socialmente), porém, como podemos observar nos demais comentários, bastante variável. De minha parte, sou bastante influenciado por este movimento crítico, descrito por Alexandre, de descentramento do autor; e, citando outra figura importante nesse sentido, Paul Valéry, entendo que:
"Não há significado real para um texto. Nenhuma autoridade do autor. O que quer que ele quisesse dizer, ele escreveu o que escreveu. Uma vez publicado, um texto é como um dispositivo, que qualquer pessoa pode usar como quiser e de acordo com seus meios." (1953, p. 68).
Penso que o mesmo vale, não apenas para a literatura, mas para qualquer obra de arte. Para mim, se um autor é uma má pessoa, criminoso ou o que quer que seja, isto é um mero detalhe biográfico. A priori, não busco em sua figura uma referência para a minha conduta pessoal, sequer alguém com quem deveria simpatizar. Se acontecer, ótimo. Se não acontecer, ótimo também.
Quer dizer, continuarei a apreciar as obras de Watsuki, Sade, Lovecraft, Polanski e tantos outros, sem qualquer peso na consciência. Se traços de má conduta são verificados em suas obras, são apenas traços, mera aparência, pura estética. De resto, é caso de polícia, da justiça e afins, como deve ser com qualquer cidadão comum - e o artista, por mais sensível e genial que seja, não importa o quão incensado pelo nosso romantismo residual; no campo do direito, é, sim, um cidadão comum e deve responder judicialmente por seus atos. Mas nada disto, entendo eu, deveria interferir no acesso normal às obras de arte que produziram, e que, no campo da interpretação, pertencem mais ao público que a eles próprios.
Não consigo separar. Exceto se o autor já tiver morrido. Ou talvez eu consiga até consumir uma ou outra coisa, mas sem ser oficial e se no processo não tiver envolvimento direto do autor. Inclusive, na música, já deixei de ouvir vários artistas por isso.
Esse autor de Toriko já cometeu uns crimes semelhantes também
Encontrar esse canal foi uma pérola, me fez repensar muito sobre como consumo quadrinhos em geral
Lembrei na hora do que ouvi falar do Mário Varga Llosa (de direita), "um bom escritor, com más ideias".
Para mim é difícil separar mas no momento decido focar só na obra tenho paixão pelo o Pantera desde adolescente, mas tb temos Monteiro Lobato, Wagner...
O que importa é a obra! Os desvios de caráter quem julga é a justiça.
E vc comprando as obras fornece mais $ p/ o cara adquirir vídeos e fotos de crianças...
No fim tudo gira em torno do ponto de vista econômico, não filosófico; não é sobre o qnto da obra pertence ou reflete seu autor mas o qnto o enriquece e portanto o qnto desse lucro será revertido em mais crimes.
@@andiaraha1 Quando compro um DVD do samurai X não compro com intuito de financiar nada além da obra, idiota é quem não sabe separar as coisas e quer se "responsabilizar" (essa geração babaca) por um crime cometido por outra pessoa. A partir do momento que ele recebe o dinheiro que paguei no DVD é de responsabilidade DO AUTOR o que ele vai fazer com o dinheiro, afinal de contas... Tu acha que você nunca comprou nada na mão de alguém e o dinheiro usado por você nas mãos de outro acabou sendo utilizado para comprar drogas ilícitas? Prostituição? Ou qualquer outra coisa que seu código moral e civil repudia? Por isso concordo com o Ricardo ai em cima, quem deve julgar o crime é a justiça, se eu gostou ou não de Samurai X nada tenho de ligação com os crimes cometidos pelo autor da obra. Essa cultura de lacração e cancelamento é absolutamente idiota e sem sentido, pura fachada de "justiça social".
@@Orffeuglaucius se a sua consciência não te incomoda de SABER que está financiado crimes continue, com sorte nunca vai cair na tua cabeça... e no dia que sua filha estiver em um vídeo "de entretenimento" contra a vontade dela, financiado com esse $ vc coloca ela de castigo ou abandona ela à própria sorte.
Em 64 a sociedade civil financiou o golpe no Brasil, na década de 30 judeus financiaram o partido nazista, sem esse $ esses movimentos teriam chegado onde chegaram? nunca iremos saber pq não existe "e se" em história.
Ah, sim só p/ constar: sobre essa "geração babaca" pelas referências que vc usou no seu post só se vc estiver falando sua geração pq a minha veio muito antes.
@@andiaraha1 Você acha que seu dinheiro depois de sair da sua mãos não acabou financiando qualquer tipo de crime ? Larga de ser hipocrita e "justiceiro social". Uma coisa é comprar aobra outra é financiar um crime, VAI ESTUDAR!