Moral da história: jamais teremos controle quanto à forma como nossas criações serão recebidas. E quem insistir em criar e publicar qualquer coisa que seja, vai se tornar tão ranzinza quanto o Alan Moore (que errado não tá MESMO! XDDD)
tem coisa que abra margem pra interpreetação, mas tem coisa que o criador realmente idealizou de uma unica maneira o Alan Moore é o mago, e magos são implacaveis!!!!!
sejam como alan moore: Criem os gibis de super-herois mais importantes do século e depois que falem que super-herói é coisa de otário. Meu Herói, inclusive.
Teoria da Morte do Autor meio que define isso. Você só é dono da interpretação de alguma obra (ou discurso) até ele atingir a esfera pública e sair do seu íntimo. Dali em diante não há como controlar como cada um vai receber a obra. Agora, é aquela coisa - se você lança algo publicamente refletir a respeito é uma obrigação sua também. Não só na época como depois. Alan Moore já disse publicamente de se arrepende de ter feito o que fez com a Bárbara Gordon em A Piada Mortal apenas para usar a tragédia dela como trampolim emocional pro Batman. Provavelmente ajudou a essa reflexão dele as críticas que a obra recebeu ao longo do tempo. Esse retorno é positivo no sentido de ampliar horizontes até para os autores. Então a crítica e análise são importantes. A Piada Mortal é considerado um clássico dos quadrinhos mas dada a consciência maior sobre a questão da violência de gênero eu absolutamente entendo alguma leitora não se sentir a vontade lendo. Eu mesmo como leitor já estou bem cansado da violência usada como valor de choque apenas.
Nem toda interpretação é verdade, as imagens de ilusão de ótica são um bom exemplo. Uma foto de uma mulher jovem/velha só pode ser uma dessas opções. _"Ah mas eu vi uma águia",_ viu o que não existe, simples assim :p
Eu e minha namorada somo músicos, e em 2020 ela lançou um álbum de Jazz Tropical, nele, tinham 2 músicas que era Jazz Tropical Caótico Pt. 1 e 2, a 1 era um Jazz bem latino, quase tilha de filme, a parte 2 foi feita com vários brinquedos, sons de trem e um coral cantando "É jazz", lembro que quando lançou um cara fez um texto dizendo que essas duas músicas eras duas faces do Brasil, uma representando a riqueza latinoamericana e a outra com esses sons de brinquedo era a representação da pobreza e principalmente da miséria e decadência durante o governo Bolsonaro. Ela ficou: "Cara, agora vou falar que foi isso que eu pensei quando fiz essa..."
O one-shot do autor de Chainsaw Man não está criticando quem ignora a intenção do autor, ele está criticando quem ignora a obra em si. Às vezes (muitas, na verdade) as pessoas estão tão eufóricas pra encontrar um GRANDE SIGNIFICADO nas obras que esquecem justamente de LER (ou, no caso do one-shot, ESCUTAR) as obras. Resultado: hiper-interpretação.
@@pedroo2149 por isso que por mais a versão trash lá da tradução tenho vários defeitos ela me passou essa sensação de ser mais um mangá com umas coisa de fundo do que esse super significado que o pessoal acha que existem
CARAIO! ERA EXATAMENTE ESSE VIDEO QUE EU PRECISAVA!! obrigado por realmente ensinar a ler! Como que nós passamos a vida sem entender como raciocinar a leitura de qualquer obra.... Tu com certeza é o cara que mais merece contribuição para manter o canal e crescer.
"Explicar o final" é uma frase que não significa mais a mesma coisa faz tempo, no contexto de youtube hoje significa: Curiosidades sobre o final. Mas como qualquer pessoa cria conteúdo hoje, então as pessoa não pensam muito nas coisas que postam não, querem só postar e ver as reações
Me fez pensar na aplicação dos signos da linguagem conforme a teoria de Bakhtin, onde a enunciação depende do enunciado. A interpretação talvez se mostre excessiva quando o contexto é ignorado, fazendo com que o significado se molde a qualquer coisa. Já quando há contextualização, passa a ser válido.
Bakhtin é legal, mas veja o Gadamer em duas citações de dois ensaios que deixei num comentário, acho que complementam acidentalmente com o que você disse sobre Bakhtin.
Nao sei quem é, mas um bom exemplo é death note onde nao sabemos de fato quem é o certo e quem é o errado mas tbm tem a editora que muitas vezes prefere um final em aberto pq da chance pra novas edições eu escrevo mas nunca pensei em interpretação dessa forma a culpa nao é do leitor muitas vezes é do proprio escritor que quer deixar um dilema em aberto ai sempre vem um tentando lacrar simples assim nao sou im grande leitor mais tá na cara
Uma obra é o que é e pode ser que não seja aquilo que o autor quer que seja. Quando autor cria a obra ele coloca nela a sua visão de mundo, que pode vir com preconceitos, críticas, apologias, etc... que o próprio autor as vezes não tem consciência que tem.
E autor não tem controle de todos as variáveis, o formato da obra, a data de lançamento, e até o marketing geram um novo contexto. No fim a obra nunca é o que o autor idealizou, mas uma coleção de todos os estimulos que chegam até o seu leitor.
Lovecraft é um exemplo disso Call of Cthulhu é a representação da visão racista de Lovecraft contra imigrantes, tanto que muito dos monstros que tem lá são analogias aos imigrantes que ele tanto odiava. As adaptações mais recentes de Call of Cthulhu abandonam esse viés racista e focam mais na interpretação do horror cósmico
Tô assistindo este vídeo hoje, mas tem uns dias que venho notando (que pelo menos eu) em que há a necessidade de tudo ter de ser útil, não existe o prazer em relaxar ao ler/assistir/ouvir algo. Sempre tem que haver uma motivação e por isso tudo precisa ser explicado.
eu realmente sinto isso, principalmente quando eu vou ver vídeo sobre um conteúdo que eu gosto e em vez de um video que acrescenta em qualquer coisa é so uma narração do que aconteceu
Normalmente eu sou favorável ao maior número de interpretações possíveis, mas sempre tem uma coisinha aqui e ali que olho como devaneio mesmo, em último caso como analfabetismo funcional. Por exemplo, recentemente vi um cara falando que o 2º arco de Vinland Saga, em adaptação agora para a 2ª temporada do anime, é sobre agronegócio e incentiva o desmatamento através do personagem do Thorfinn. O que faz ZERO sentido hahahaha
Por favor, gostaria de mais vídeos ou informações sobre interpretações. Por exemplo, até onde vai a interpretação sobre o que a obra pode passar e onde começa o que eu tô enxergando (o que pode não ter nada a ver com a obra). Juro que fiquei um tanto confuso.
Venho aqui depois de assistir esse vídeo umas 500 vezes para simplesmente enaltecer sua qualidade, simplesmente um dos meus vídeos favoritos do canal e que foi um marco muito importante para que eu começasse a ver as ciências humanas de outra forma, dando seu devido valor e respeito.
Cara, eu sempre me senti mal por não saber interpretar direito as obras de arte, sempre achei minhas visões muito superficiais se comparadas às "grandes interpretações intelectuais" focadas nos mínimos detalhes, cheguei a pensar que eu poderia ter até mesmo algum tipo de deficit de QI. Mas com esse vídeo percebi que eu estava apenas sendo normal e que são as pessoas que querem ter uma visão muito aprofundada de determinada coisa que na maioria das vezes não tem nada demais, o clássico "enxergar cabelo em ovo". Por outro lado, eu admiro a habilidade do ser humano de colocar um significado em tudo o que vê, cada um apresentar a própria visão sobre determinada coisa torna tudo mais interessante.
nao necessariamente, as vezes vc so é limitada msm, claro q existe mt gente q quer pagar de intelectual e bota o tony ramos em ovo, MAS tb tem gente q nao pega as paradas mais obvias, assim como tem gente q nao pega um subtexto um pouco mais sutil e por ai vai, tem varios niveis de limitaçao. Espero que seu comentario nao seja com intuito de menosprezar analises mais a fundo e sim reconhecer que tem gente que faz analise profunda em coisa rasa e gente q faz analise rasa em coisa profunda quando o certo é fazer uma analise de mesmo/semelhante nivel da obra, mas TAMBÉM na orientaçao certa, ou seja, nao adianta fazer uma analise complexa mal direcionada ou uma analise precisa e insuficiente
@@evilpussi9705 você dizer que ´espera que o comentario dele não tenha o intuito de menosprezar analises ´´so mostrou sua limitação até pra ler o texto ate o final mostra o como você é limitado até pra entender antes de falar ele claramente disse que admira quem faz analises profundas
uma viagem minha mas acho que justamente essa saturação de busca do conteúdo em tudo, que fez com que vídeos de dancinha, ou "besterol" ou meme viralize pq é quando conseguimos ter uma experiência mais leve mais erótica com as coisas sejam prazer, ou desprazer o permitir se afetar sem uma busca ou gente falando de significados por trás do significado daquilo.
Gostei muito do vídeo. Sempre tive medo de extrapolar nas minhas interpretações. Por mais vídeos como esse! Acho legal quando você nos ajuda a instrumentalizar melhor nossas leituras. Valeu !
Cai em um vídeo do qual agora nem sei como e acabei vendo esse. E sou artista contemporânea e é muito interessante ver a complexidade das análises do observador sobre uma obra. Pois, também me coloca em uma sinuca de bico do qual, simplifico minha peça para impor minha leitura/mensagem, ou deixo a cargo do observador. É sempre um jogo mental de morde e assopra, entre minhas peças e eu. E teu vídeo foi enriquecedor porque eu vi que faço com as obras alheias o que fazem nas minhas e não tinha notado
Ótimo video Serve muito bem pra refletir sobre essas disputas envolvendo interpretações de obras e o quão válidas ou relevantes elas podem ser e certos erros que podem fazer certas análises serem apenas buscar pelo em ovo. Também é bom essa honestidade em dizer que é uma leitura/interpretação da obra e que não necessariamente era a intenção original do autor, sendo o modo como ele constrói a obra algo que pode escapar das intenções dele (inclusive como o canal Ora Thiago diz, o risco das armadilhas semióticas que podem fazer alguma suposta crítica social foda ir pelo ralo e algum personagem que era pra ser mostrado como problemático virar antiheroi badass demais que inspira legiões de caras sedentos por ícones brutamontes). Aliás esse é um ponto que me incomoda em certas leituras feitas por algumas minorias sobre querer praticamente forçar canonicidade sobe identidades de certos personagens quando a obra nunca escancarou isso ou quando o mais provável seja outro tipo de identidade. Me acostumei a ver mais esse tipo de coisa em certos segmentos LGBTs de fandoms, mas as vezes também vejo isso em alguns segmentos de minorias raciais, e ai não reconhecerem que não é algo inequívoco e sim no máximo ambiguo a depender de certos personagens e que provavelmente o autor nunca pensou nisso e não firmou como algo canônico. Se fosse falado por parte desses segmentos que isso é uma possivel interpretação mas não algo confirmado aí seria mais honesto Aliás, valeria um video sobre o conceito de headcanon e essas interpretações mais intensas ou até forçadas sobre a identidade de personagens ficcionais, pq isso já é uma discussão mais intensa nos meios nerds de língua inglesa
Eu não sei se é uma coisa só da minha experiência mas sinto que a crítica de cultura pop nas redes sociais em alguns lugares já havia maturado mais cedo. TH-cam tem muitos ensaístas que fazem um trabalho de pesquisa absurdo para balizar as leituras deles. Isso acabou me estimulando a ter um olhar menos passivo sobre as coisas que eu consumo e repensar alguns conceitos. No Brasil sinto que o volume não é tão grande quanto no mercado anglófono mas já haviam antes da Pandemia iniciativas assim. Espero que esse fenômeno que você citou, que passa um pouco ao largo da minha esfera mas a gente tá procurando se inserir nesses espaços nacionais também, aumentem não só a quantidade de análises mas a resposta do público. Infelizmente quase toda cultura pop é fechada numa bolha de tribalismos. "Ah você só tá criticando porque é a Marvel!", "Ah porque videogame X é melhor que Y" e bobagens do tipo. Infelizmente muita gente tá mais preocupada com essas bobagens de explicar o óbvio do que em fazer análises além do raso. Não consigo conceber um texto ou um vídeo inteiro ser produzido em torno de uma informação que cabe numa manchete/tweet e não se aprofunda em nada depois. Mas pra muita gente isso é só o que importa, por ora.
@@MasterBait. em inglês - canais Just Write, Cold Crash Pictures, Pop Culture Detectives, Tough Slime, Lindsay Ellis, Yara Zhaid, Princess Weekes, Accented Cinema, Jack Saint, Big Joel, Jessie Gender, Broey Deschanel, Mina Le ... Entre outros, acho que esses são os que eu mais assisto.
@@MasterBait. em português - ainda preciso melhorar mas tem alguns O Poder do Algoritmo, Mimimidias, Meteoro - embora não seja o foco principal de vez em quando rola lá, Papo de Pretas e o próprio Quadrinho na Sarjeta Tem um canal que não sei se é a onda principal dele mas rola essas intercessões que é o do Load.
Eu (ainda) estudo Cinema e Audiovisual. Um dia desses, na faculdade, convidaram um produtor envolvido com Tropa de Elite, e ele disse que o Mathias deveria ser o protagonista do filme. No entanto, durante a pós-produção, o carisma do Wagner Moura atraiu tanta atenção para o Capitão Nascimento, que eles remodelaram o filme para transformá-lo no protagonista. Aquelas narrações do Cap. Nascimento (em voice over) foram gravadas depois. Infelizmente eu não tenho mais nada para assegurar a veracidade do meu relato. Naquele dia, eu pensei que eu fosse participar de uma aula extremamente chata, então eu nem me atentei em me lembrar do nome do convidado.
@@Redshief1 O Rodrigo Pimentel(Capitão Nascimento da vida real) falou sobre isso em algum podcast, vc ta certo, o Mathias era pra ser o protagonista mesmo. Mas se o Capitão Nascimento foi tão "massavéio" a culpa não foi só do "carisma" do Wagner Moura. Inclusive ambos (Wagner e Padilha) fracassaram miseravelmente se for parar pra pensar. As falas do personagem, as cenas, tudo isso foi feito de forma errada. O Milhem Cortaz fez o Coronel Fábio de forma brilhante tbm, super carismático mas todo mundo q assistiu teve a noção "O Coronel Fábio não é exemplo pra ninguém, não é heroi" com o Capitão Nascimento foi tudo o contrário. Ou seja Falharam muito aí. E não admitem o erro. Tanto o Wagner quanto o Padilha jogam a culpa da má interpretação no expectador.
Padilha falhou muito, mas isso se deve muito à escola cinematográfica também, que ainda é impregnada de linguagem fascista, o cinema mais mainstream como um todo, bebe muito Leni Riefenstahl desde posicionamento de câmeras a escolha de trilha sonora, consciente ou não disso. E é exatamente ai que o Padilha erra, embora estejam presentes na obra denuncia da violência polícial, até no treinamento dos polícias, críticas sociais e etc. As escolhas do Padilha seguindo o mainstream do cinema acabam por transformar o Capitão Nascimento no "Salvador da pátria".
Sinto que o Fujimoto mais tem medo de que a mensagem principal se perca no meio de outras interpretações, do que nescesariamente não querer que os outros interpretem. O cara talvez não esperava tanta fama e se assustou. Mas ai pode ser só eu passando pano.
Se olhar dessa perspectiva, isso também aconteceu com o Tolkien, na época o pessoal zaralhou muito ele, pq achavam que havia algum significado oculto nas obras dele.
Dos vídeos que vi até agora nesse canal, este se tornou o meu favorito. Sou fã de Sons of Anarchy, assisto 2 a 3 vezes por ano e toda vez que assisto tenho uma percepção diferente da série, um detalhe que havia ignorado etc. É verdade que SoA é uma série sem barriga, não tem episódio arrastado e tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, ainda assim duvido que Kurt Sutter tenha colocado tanto easter egg, tanta entrelinha. A real é que vemos as coisas de acordo com a nossa perspectiva, sob influência das nossas experiências, que por sua vez é diferente do autor, fora que temos muitos roteiristas e diretores, cada um pondo um pouco do seu ser. O belo da arte é isso, ser uma coisa diferente pra cada um e até mesmo uma coisa diferente a cada momento da nossa vida.
Muito bom! A cada vídeo assistido, mais cresce a minha paixão pelo canal e pelo conteúdo! E sobre a hiper-interpretação, lembrei de um termo usado até no meio psicanalítico, com relação a analistas obcecados por "desvendar" conteúdos dos pacientes: interpretose!
Eu acho triste como o termo "lacração" é usado para invalidar toda a diversão que alguém pode ter com uma obra, como é o caso do episódio 3 de The Lost Of Us, fizeram vários e vários vídeos chamando de lacração. O que me fez querer entender como um hetero, que faz esse tipo de reclamação, deseja ver representatividade nas obras, pq sempre que é feito uma menção sobre isso, o termo "lacração" é usado para reclamar.
@@herrisouza Até porque esse cara é um gênio e o melhor diretor de cinema do nosso século.
4 หลายเดือนก่อน +2
A lacração é quando ocorre militância. Não contra diversidade. Um exemplo, ninguém acusa Blade de ser lacrador por ser negro ou a Sarah Connor de ser lacradora. Mas acusam Capitã Marvel e a Meeva da série Obi Wan. Mas sim a galera chamada "Nerdola" percebeu que falar mal de tudo que não faz aceno a eles, dá view. Assim como a galera lacradora taz com tudo que mesmo com diversidade, não faça militância. Então os dois lados são duas maçãs podres formados por identitários, ideólogos e quem se aproveita da fanbase QI sub 83 para lucrar com views. Existem racistas, sexistas e tudo mais que não presta dos dois lados, a galera simplesmente escolhe um lado e finge que o outro é oposto. Exemplo, a galera nerdola até hoje acusa Predador Pray de ser lacrador só porque a heroína é uma jovem mulher indígena. E a galera lacradora em vão tenta falar mal de Deadpool 3 só porque ele zoa os lacrolas.
Qual a fronteira entre lacração e ações de inclusão e representatividade? Por que justamente a "nova direita" (que fica histérica sendo chamada de extrema) acusa qualquer ação de inclusão e representação da diversidade como mera lacração para desqualificar TODAS as ações nesse campo para "conservar" as coisas como eram: mulheres submissas, pretos em sub empregos e sem educação, inidios enclausurados em parques restritos, LGTB varridos para debaixo do tapete como se não existissem... O engajamento (militância vc acusa), muitas vezes pode pecar no excesso. Mas melhor excesso nisso do que nada e as coisas serem "conservadas" com eram....
Kkkk eu vi esse vídeo e por algum motivo lembrei de um vídeo, que uma vez eu vi, de um cara tecendo toda uma crítica loga detalhada e cheia de firulas sobre pra no final ser só um bolo de padaria sem muito trabalho kkkkkkkk adorei o vídeo
Descobri o canal hoje por indicação. Adorei. E eu to longe de ter a profundidade acadêmica do apresentador sobre o assunto, mas me lembro de um livro do filósofo Jacaques Ranciêre chamado O espectador emancipado. Nesse livro, ele tem um argumento que eu considero importante, e dialoga muito com a perspectiva do Barthes, talvez mais com Foucault em O que é um autor, na libertação do espectador da intencionalidade do autor ou da. normatização de uma forma correta de interpretar ou de uma interpretação correta de uma obra. Ele defende que o próprio ato de interpretar a obra é um ato criativo que pode ser muito prolífico,. Isso foi importante para reduzir meus constrangimentos em exercitar o pensar, muitas vezes eu me via tentando chegar nas mesmas conclusões dos outros. Claro, dito isso, não é um vale tudo, mas um ato de recepção também criativa (e consciente desse aspecto). Sucesso!
As ferramentas cognitivas que usei ao interepretar o seu texto são: memória, intuição, relação afetiva (como Baruch Espinosa descreve), linguagem, foco, imaginação, e no fim reflexão, não sei em qual ordem, mas todas essas foram usadas. esse vídeo foi uma brisa e tanto kkk, como consegui pensar nisso? palavras como cognição,razão,pensamento, minha cabeça ta viajando na capacidade em que temos para aprender coisas
Gostei muito desse video, excelente como sempre! Acabei me questionando conforme assistia, se no caminho oposto nao tem autores/criadores que justamente nos deixaram "mal acostumados" inserindo uma serie de subtextos muitas vezes confusos ou que exigem um estudo que eu como pessoa mediocre nao tenho pra entender a "real mensagem" que o filme/hq/item de cultura queria passar. Dai nascem esses conteudos de "entenda o final" ou "entenda a historia" porque de fato existem inclusive obras que eu gosto muito, mas que so consegui entender quando recorri a gente aparentemente mais inteligente que eu na internet. Dai pra gente passar a enxergar isso em todo lugar é um pulo.
Essa mania de explicar e interpretar não é só na arte ou cultura popular. Veja, por exemplo, o futebol, tem a imagem do pessoal jogando e mesmo assim precisa de meia dúzia ou mais de pessoas explicando e comentando uns caras chutando bola!
Olhando pela perspectiva da forma acho que o filme do Hulk de 2003 merecia um vídeo seu. Até hoje sinto que poucas pessoas captaram como aquele filme é uma grande homenagem à dinâmica visual dos quadrinhos.
Gosto de um estudo que, se não me engano, é da Leyla Perrone-Moíses, falando sobre o "Cantos de Maldoror" do escritor Lautreamont. O livro era uma obra que não se sabe bem como foi feita, não se conhece o autor, o livro não dialoga diretamente com os contextos dados da época... mas mesmo assim, como identificamos ele como literatura? Gosto da profusão desse estudo. Também gosto das classificações do Ezra Pound, do ABC da Literatura, para ponderar aspectos estéticos em obras. Até hoje, a simplicidade realmente conclusiva que ele resolve muitas discussões é algo notável!
Sou Intérprete e Tradutora por profissão. Sou também professora para Intérpretes e Tradutores, viajo o mundo, dando palestras e mini cursos para esta profissão. Vou levar este seu vídeo para dividir com meus alunos mundo afora. Penso que daria uma tônica bem humorada a uma profissão que necessita de bons profissionais. Obrigada.
Vendo seu vídeo lembrei de um exercício que fazia com meus amigos: se você for desenhar a Vida (por exemplo) como uma pessoa, como desenharia? Ou a dor? Ou a luz? -- A vida é o mais contraditório dos exemplos, pois enquanto uns podem descrever como um canastrão jogador/ladrão de poker (sim, teve um que mandou essa), houveram outros que descreveram como uma mulher semelhante a Hera Venenosa - bela porém mort4l, reclusa porém sensível. Ou seja: cada um vê as coisas de formas diferentes. Criar padrões de interpretação sobre as obras e se deter sobre o que o autor diz é ignorar nossa própria criatividade ou, ainda, nossa própria essência. É claro que se deve haver um respeito com o autor, mas ele fez sua obra pro mundo e não pra ele. Se fosse pra ele, e tão somente ele, ele não teria publicado.
Não fala assim, Ilha Kaiju é dessa forma🤣. Eu gosto bastante dele, mas confesso que preciso voltar algumas vezes, pois eu me distraiu e me perco. E ainda sim eu amo os vídeos dele, assim como os seus 🤗
O Rafael do Ilha é sensacional! Na verdadade, o Link falava de maneira mais serena lá nos primeiros vídeos, eu gostava mais - esse aqui ainda é um dos melhores canais, mas essa pegada de animador de festa infantil me incomoda um pouco, eu penso devagaaaar, ha, ha!
Uma das melhores, senão a MELHOR edição feita pelo CAUBI. PARABÉNS!!!! Alias, que quadrinho bacana que o Linck trouxe pra discutir isso. E finalizando, essa discussão FOI MUITO FODA. Me lembrou os tempos onde eu tinha aulas fodas na Faculdade. Parabéns Linck pela aula, e por embasar em obras e autores tão pertinentes.
Tem pouco tempo q estou no canal, então estou assistindo coisa atual e coisa mais antiga e a questão da forma de comunicação fica bem marcada, pq os vídeos mais antigos tendem a ser menos enérgicos (o q não acho ruim) em comparação com os mais atuais e já tinha me passado pela cabeça q tem a ver justamente com o meio em q eles são postados, no caso o TH-cam, legal ter a confirmação no vídeo
Eu acho extremamente interessante essa discussão, de fato, um dia desses foi até um tópico entre uma colega e eu, e tenho o mesmo questionamento, não é problemático abrirmos o campo dessa forma? Porque a gente acaba abrindo margem para gente bem...olavete, bostejar, e o sentido da obra não acaba se perdendo dessa forma tbm? Eu tenho uma dificuldade imensa em limpar a imagem do que o autor quis dizer, e focar aó na interpretação a parte dele.
Excelente conteúdo, acontece muito na fotografia a hiper interpretação também, e em muitos casos com alto teor de blá blá blá, com muita gente forçando uma densidade onde não tem, ou não precisa ter, pode, mas não precisa. E não que eu proponha uma fixação apenas no obviamente visível, mas deve existir um meio termo bom onde não viajamos demais na interpretação mas também não só descrevemos o óbvio.
Adorei o vídeo, cheio de referências, ótimo para pegar e estudar depois e aprofundar mais no tema. Mas um ponto que pensei tb enquanto assistia, as vezes o próprio autor pode não perceber o que está posto em sua obra, pois ele como uma pessoa ao longo da vida aprende coisas e coloca na obra de forma que para ele é normal e juntamente com toda a extrapolação que a história pode ter sobre um aspecto banal tomar outra visão.
O Governator usa a relação pai e filha de desculpa pra justificar cair matando, o que ele já faria de todo modo. A leitura vai pra além da obra, e recai no campo de produção da narrativa fílmica como um todo - toda história do governator tem a mesma direção, e nessa se tenta de modo tímido e quase largado uma justificativa familiar e afetiva, tal como na contemporaneidade se dizem que as grandes narrativas perderam sua função ordenadora do mundo, mas seguem sendo instrumento retórico para justificação de atrocidades a posteriori. (faz tantos anos que li Bauman que nem lembro mais da argumentação dele, e faz tantos anos que vi Comando pra Matar que só lembro que é uma comédia disfarçada de ação que quase ninguém percebe ser comédia, então isso aqui não é análise nem de um elemento nem de outro)
Me da raiva aqueles shorts do TH-cam onde o cara fica falando, vc viu isso nesse filme da marvel no minuto tal e tal, isso é por causa disso e daquilo ali, normalmente é um detalhe irrelevante e fazem uma explicação toda mirabolante sem pé nem cabeça
Nesse sentido, me incomoda muito as teorias sobre os filmes Disney/Pixar, é só um easter egg pô. E pra quem é mais desocupado kkk os vídeos explicando as celebridades se cutucando nos stories com músicas aleatórias
Eu parei no momento 2:03 deste vídeo pra fazer esse comentário. Eu só assisto os seus vídeos pq vc da essas voltas, dá esse lado interpretativo e politizado das obras. Eu gosto de notar oque não notei, perceber q aquele personagem tinha um "lado socialista" essas coisas, gosto das menções q faz. GOSTO DESSA VISÃO QUE VC DA SOBRE AS OBRAS! Não pare! Nós, gostamos do sarjeta,por causa disso! Forte abraço man!
gostei do final com a legenda, até mesmo produtores de conteúdo como youtubers, são obra e autor, autor que por mais que tenha roteiro e um objetivo, acaba quando é visto de outra forma subjetiva e afetiva. Será que eu analisei bem de acordo o vídeo mostrou? 🙃
Lembro que uma vez um amigo pouco acostumado com animes foi inventar de assistir Evangelion por ver o quanto o anime era considerado "inteligente" por um bando de otaku pé no saco da internet e achado uma bosta. Resumi para ele em poucas palavras porque tanta gente achava esse anime a coisa mais genial já criada e ainda fui além ao dizer que todo aquele drama do anime poderia ter sido amenizado se os pilotos de EVA tivessem acompanhamento psicológico (sendo que eu inclusive sou psicólogo)
@@edmarfilho9446Além do fator dos protagonistas não procurarem ajuda psiquiatra, os fãs de Evangelion não sabem nada sobre simbologia cristã, e acham que aquela maneira retratada no anime é genial, sendo que é tosca.
Alberto Caeiro, um dos nomes que Fernando Pessoa usava para assinar poemas, já falava de gente que entende mal ou não entende nem um pouco o que os outros dizem: “TU, MÍSTICO, vês uma significação em todas as cousas. Para ti tudo tem um sentido velado Há uma cousa oculta em cada cousa que vês. O que vês, vê-lo sempre para veres outra cousa." (Obra Poética. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986, p. 233.)
Então agora quando a gente ver uma pessoa falando algo sobre uma obra que não faça sentido podemos dizer: ´´Diga! Diga onde está a materialidade/a forma dessa sua interpretação! Diga imediatamente!``
Parabéns muito bom. Alguém sabe onde vende pastel bom além da das feiras do Belenzinho Tatuapé? Fui na Liberdade mas a fila do yakisoba tava muito grande
Mas isso é apreciar a arte, fora que seu tom é tão imponente quanto do autor desse vídeo, só devemos ver uma obra só pra se divertir e apreciar? Não podem refletir? Criticar? Nas verdade não vejo ninguém impedindo de se divertir ou apreciar, isso é papo pra boi dormir, ele só explicou sobre interpretação de uma obra e não censurou ou impôs que ninguém deve se divertir você que está falando e sentindo isso ao se desanimar!!!
O que faz as análises de Chainsaw Man (inclusas as feitas pelo Quadrinhos na Sarjeta) sempre descambarem na hiper-interpretação não é o fato delas apontarem o tema "capitalismo" no mangá (afinal, a política está em tudo), mas sim o fato delas focarem exclusivamente nesse tema, ignorando como ele é desenvolvido narrativamente e a estrutura do mangá como um todo. E é aí que mora o perigo, pq quando vc escolhe ver só o que quer ver, tudo se torna conveniente à sua leitura (vide o vídeo do Quadrinhos na Sarjeta sobre A Família Addams). Ou seja, se você quiser ver o personagem adolescente cheio de tesão e tarado por peitos como uma crítica ao modo como o capitalismo restringe os nossos desejos, basta ignorar que estar cheio de tesão e querer pegar em peios é tratado como um mero gimmick cômico pelo mangá (e que é um clichê bem antigo de mangá shonen) e pronto.
Por mais que você esteja certo sobre como restringir a uma única interpretação limita a discussão sobre um assunto, eu não acho que isso torne ela hiper-interpretação. A interpretação naquele sentido não deixa de ser válida. Assim como outras não relacionadas ao capitalismo, mas que se encaixam nesse exemplo dos peitos. Como por exemplo sobre maturidade em relação a adolescência, como aquilo é um desejo muito bobo, e ele só percebe aquilo quando atinge ele. Nessa interpretação, não é só um alívio cômico ou fan service essa questão dos peitos devido a como o personagem do Denji se comporta diante daquilo que aconteceu, e do histórico dele.
Sem tirar a sua razão, mas já apontando pra o outro extremo, tenho percebido um certo alinhamento da turma que busca um esvaziamento de significado (e até se irrita com qualquer leitura subliminar) com os grupos proto-f4sc1stas.
@@kaleo_mendes É uma característica do fascismo e também neo-fascismo esse esvaziamento simbológico de obras, já que eles são completamente anti-intelectualistas, principalmente com obras que eles gostam e utilizam de seus símbolos, mesmo sendo críticas ao que os próprios defendem. Justiceiro e matrix são exemplos disso, muito facho adora o justiceiro e ignora que o subtexto do personagem é uma crítica a violência.
Pera aí, eu nem leio esse mangá, mas essa discussão toda é pq tão querendo achar um significado profundo no fato de um moleque tarado querer apertar o peito de uma mina sacana? É isso? Tão realmente procurando pêlo em ovo? KKKKKK
Eu sou um grande seguidor de conceitos mais espirituais e talz, não que necessariamente eu seja ativo religiosamente; meu plano de fundo vem do espiritismo e similares e apesar de eu não necessariamente ser educado com os que já faleceram ou regem todas as regras que acredito, eu tenho muita influência das bases filosóficas desses pensamentos, principalmente no que se trata ciclos, o ouroboros propriamente dito e a frase de Lavoisier "tudo se transforma" - influência forte em quem crê na reencarnação como creio. Na minha concepção, nada surge do 0, com Deus ou não, minha explicação teórica para universo sempre teve base nas idéias que alguns compartilham comigo, de que tudo tecnicamente sempre existiu e se trata de um ciclo de renovação contínua. De modo similar é a arte. Por mais que um poema sequer tenha a intenção de ter um sentido, pode se analisar com que sentido aquele poema surgiu, se transformou, isto na minha visão é: o que o autor tinha na cabeça ou estava sentindo. Não precisa ser uma idéia, as vezes só um sentimento basta para que algo exista; até uma obra criada para não ter sentido tem seu sentido que não é ter sentido. Com base nisso eu interpreto suas análises de muitas obras: uma busca pelo sentido do que foi tratado no papel... não necessariamente o que o autor sentiu, mas o que sentimos a partir disso e o contexto que moldou grande parte do porquê daquilo existir. Na minha visão, dentro do ciclo infinito, qualquer leitura, por mais crua e sem atenção, já é por si só uma interpretação, tendo um sentido mesmo que só de entretenimento. Se matar o tédio é o único motivo de se ler algo, a interpretação da pessoa está dentro dos tediosos da obra, por mais que seu foco seja naquilo que preda o fim do tédio. Cria-se uma interpretação chata que realmente passa o tempo e mata o tédio, enquanto numa leitura com foco na autópsia da obra vai se formar exatamente de foco na autópsia da obra, passando um conteúdo de análise. Dentro dos métodos que você citou no vídeo, é possível moldar uma interpretação para seu valor racional e acadêmico, contrastando com o muito da emoção e desejo de algumas pessoas sem formação que fazem a análise exatamente por emoção (as vezes amor pela obra, raiva, decepção) e desejo (de se expressar, views ou só de mandar o dedo ao autor). Este método que você usa é legal, fala de muitos assuntos e ainda o sentimento seu de leitor, de sua geração de conteúdo via absorção e pode ter proximidade com a mensagem de quem a criou, sendo isso através de uma crítica ao que aquilo encarnou ou traduzindo suas nuances as quais são possíveis traduzir. Sinceramente, você pode falar de política aqui e ali, estamos numa era onde não há mais tanta censura para até um adolescente saber de política (racional ou não), faz parte dos sentidos que falei anteriormente e sem um desses sentidos não haveria análise já que qualquer interpretação via absorção do conteúdo - que é o único método de acesso ao conteúdo - sem realmente ter um sentido. Há instigação para pensamentos e análises por via da audiência, por mais que seja oposta ao seu jeito de pensar ou não, porque tudo entra nesse ciclo, ainda mais sendo um conteúdo que aponta para a existência dele. Mas bem, falando agora do que é problemático antes que eu só pareça ser aquela I.A. que produz textos "lero lero lero" sem parar e buscando parecer poético: Tudo é interpretado, interpretar não é só dissertar algo, como eu ja disse, você assistir já e interpretar, são seus sentidos e nervos interpretando ondas e etc. O foda é querer, num mundo onde tudo tem seu sentido, querer dar a voz da verdade. E e esse é o problema do twitter e outros, para mim, algo tanto da direita mimimi reações e da esquerda (leia com aquela música de fundo) lacração, querer aplicar só seu sentido quando toda palavra, toda emoção e tudo por si só tem seu sentido mediante os órgãos sensitivos de quem os vê. O doente pra mim não é ter análise de que "ah, realmente, apareceu mais de um homem aranha no filme do universo de homens aranhas", mas um ser chegar e querer aplicar sua visão disso em tudo, com todos já sabendo o que ele tanto quer "profetizar. Tanto importa o super homem inicialmente usar cueca em cima das calças, o ruim é todo santo dia alguém esfregar isso na sua cara, dizer que você não sabe do fato e ainda falar da bandeira dele se vangloriando como se ver Olavo de Carvalho fosse o motivo dele saber desse óbvio que "ninguém além dele e os escolhidos sabia". São discussões sobre grãos e farelos só para se sentir alguém, um lembrete chato e entediante que ainda vem com o adicional de teorias da conspiração que insistem que se você sabe que a gravidade existe, deveria saber que o disco voador de sua sogra desafia as leis da gravidade. Para mim, tentar fazer uma corrupção do óbvio como se aquilo fosse a verdade absoluta que é o problema mais forte da hiperinterpretação, se torna um jogo de aplicar o que sabemos - ou as vezes é inventar algo de maneira problemática -, se fazendo como Deus ou o autor daquilo. O único objetivo é ir contra ou abusar do senso comum do autor, leitores, críticos, transeuntes e mesmo quem nunca viu para apenas ganhar curtidas e visualizações. Resumindo tudo pelo meu sono: nenhum problema com interpretações, excetuando quando elas se tornam armamentos chatos que tentam usar contra as interpretações dos outros sem a finalidade de regulamento ou auxílio a comunidade, mas no objetivo de poder ou influência.
Nossa, ótimo vídeo. A parte em que você menciona sobre explicar o óbvio eu senti bastante, pois sempre curti análises de obras e aprecio quem consegue fazer bem, porém muitas vezes vejo algo tão elementar sendo colocado como revolucionário, threads no Twitter que destacam pontos centrais de uma obra (ou pior, uma interpretação que foge totalmente do sentido do autor!). Vamos deixar a análise pra quem manja mesmo.
Outra opinião que tive sobre a relação que temos com as coisas, é simplesmente que tudo é único e íntimo demais, não temos apenas uma única forma de interpretar, acho que somente quando se passa um certo tempo de reflexão podemos afirmar a primeira impressão com algo, por tudo que nos afeta ainda bem que temos o instinto e a memória, senão nunca poderíamos aprender a interpretar. Adorei o vídeo, muito obrigado pela experiência
Cara, esse vídeo é sensacional. Parabéns. Muita informação, boas fontes, tópico pesado, difícil de abordar com essa didática. E foi suave, cara. 22 minutos tranquilão. Vou assistir mais vezes, anotar as fontes, Sontag e esse artigo do Barthes eu não conhecia, por exemplo. Valeu novamente, e parabéns. Tu manda bem real.
É a Internet e a necessidade de atenção que está estragando a galera, não o contrário. As pessoas ficam aí brigando pela interpretação A ou B de um anime ou produto qualquer, mas ninguém é capaz mais de perceber o que está acontecendo no mundo a sua volta.
Cara, geralmente não comento mas venho elogiar teu canal agora, ótimo conteúdo e pauta. Hermenêutica é um tópico que sempre me deixou bem encabulado por uns anos e acho que um ótimo vídeo introdutório sobre isso é o "Is Art Meaningless?" do Philosophy Tube. É o dilema: não cair em interpretações idealistas (ao contrário das materiais), mas também não ser um tapado e deixar passar críticas em nome de uma "erótica" desenfreada. De novo, parabéns pelo canal!
Linck papo reto um dos motivos que fez eu acordar pra querer ser professor é a tua didática, sonho meu é conseguir explicar algo tão bem e de uma forma tào interessante como tu consegue. Ótimo vídeo como sempre!
A impressão que eu tenho é que muito conteúdo digital de cultura pop (não todos, mas uma parcela bem grande) não passa de um "cultura pop para leigos", pois mastiga tanto que nem deixa o público em si apreciar ou se permitir curtir a sensação de dúvida ou confusão ou até mesmo felicidade com enredo X. De novo, não são todos, mas que tá cada vez mais crescente tá.
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Uma das melhores, senão a MELHOR edição feita pelo CAUBI. PARABÉNS!!!!
MUITAS VEZES O MUNDO É UM ESPELHO
Vim atrás de Homens Motosseras e achei uma aula de interpretação de texto. Gostei.
Link consegui fazer eu gostar de teoria literária
Vim atrás RAMMMMMMMM NAM NAM NAM NAM NAM RAM RAAM RAAAAAM
bem vindo
N entendi mano
O que diabos vem a ser um homem motosserra?
Moral da história: jamais teremos controle quanto à forma como nossas criações serão recebidas. E quem insistir em criar e publicar qualquer coisa que seja, vai se tornar tão ranzinza quanto o Alan Moore (que errado não tá MESMO! XDDD)
Tropa de Elite feelings...
@@mjfilho33 Dredd, X Men, Batman... ih, listão ao infinito ^^
tem coisa que abra margem pra interpreetação, mas tem coisa que o criador realmente idealizou de uma unica maneira
o Alan Moore é o mago, e magos são implacaveis!!!!!
sejam como alan moore: Criem os gibis de super-herois mais importantes do século e depois que falem que super-herói é coisa de otário. Meu Herói, inclusive.
Teoria da Morte do Autor meio que define isso.
Você só é dono da interpretação de alguma obra (ou discurso) até ele atingir a esfera pública e sair do seu íntimo.
Dali em diante não há como controlar como cada um vai receber a obra.
Agora, é aquela coisa - se você lança algo publicamente refletir a respeito é uma obrigação sua também. Não só na época como depois.
Alan Moore já disse publicamente de se arrepende de ter feito o que fez com a Bárbara Gordon em A Piada Mortal apenas para usar a tragédia dela como trampolim emocional pro Batman.
Provavelmente ajudou a essa reflexão dele as críticas que a obra recebeu ao longo do tempo. Esse retorno é positivo no sentido de ampliar horizontes até para os autores. Então a crítica e análise são importantes.
A Piada Mortal é considerado um clássico dos quadrinhos mas dada a consciência maior sobre a questão da violência de gênero eu absolutamente entendo alguma leitora não se sentir a vontade lendo. Eu mesmo como leitor já estou bem cansado da violência usada como valor de choque apenas.
Obras estão aí para ser interpretadas mesmo. Como diria o filósofo Fahur: "se tem 86 interpretações, é porque cabem 86 interpretações"
Kkkk
Só 86?
Kkkkkkkkkkk boa
Nem toda interpretação é verdade, as imagens de ilusão de ótica são um bom exemplo. Uma foto de uma mulher jovem/velha só pode ser uma dessas opções. _"Ah mas eu vi uma águia",_ viu o que não existe, simples assim :p
@@pedro1971 mas são coisas diferentes
Fujimoto: não tem nada demais no meu mangá
Linck: tem sim
Fujimoto: não, não tem!
Linck: TEM CRITICA SIM!
Eu acho que tem sim. As vezes o autor faz isso de forma inconsciente, mas é só pq a representação do mundo na arte pode ser bem natural
Eu e minha namorada somo músicos, e em 2020 ela lançou um álbum de Jazz Tropical, nele, tinham 2 músicas que era Jazz Tropical Caótico Pt. 1 e 2, a 1 era um Jazz bem latino, quase tilha de filme, a parte 2 foi feita com vários brinquedos, sons de trem e um coral cantando "É jazz", lembro que quando lançou um cara fez um texto dizendo que essas duas músicas eras duas faces do Brasil, uma representando a riqueza latinoamericana e a outra com esses sons de brinquedo era a representação da pobreza e principalmente da miséria e decadência durante o governo Bolsonaro. Ela ficou: "Cara, agora vou falar que foi isso que eu pensei quando fiz essa..."
Kkkkk
Que análises inventaram se fosse lançado hj em dia?
Onde encontro as músicas?
Gostei da parte que o Linck tratou ciências humanas como ciências. Eu precisava ouvir isso.
fala a verdade, sociologia é só psicologia com estatística (to brincando)
O one-shot do autor de Chainsaw Man não está criticando quem ignora a intenção do autor, ele está criticando quem ignora a obra em si. Às vezes (muitas, na verdade) as pessoas estão tão eufóricas pra encontrar um GRANDE SIGNIFICADO nas obras que esquecem justamente de LER (ou, no caso do one-shot, ESCUTAR) as obras. Resultado: hiper-interpretação.
Chainsawman é isso
@@tongarden1360 Poisé
@@pedroo2149 por isso que por mais a versão trash lá da tradução tenho vários defeitos ela me passou essa sensação de ser mais um mangá com umas coisa de fundo do que esse super significado que o pessoal acha que existem
@@tongarden1360 é que ali tira o sentido original distorcendo contexto e personagens mesmo
@@MasterBait. Sim, distorce a personalidade de alguns personagens até, essa scan não tem defesa não kjkjjk
É engraçado, de um lado temos gente que vê interpretação e sentido oculto em tudo e do outro, gente que tem preguiça de pensar e refletir as obras.
o negocio é ser isentola
pra mim o CÚMULO da hiper interpretação é quando o linck falou sobre GANTZ, sinplemente revoltante
Hahahahahahahahahahahahahahahahahaha
hauhuahuauhhuahauhuahua
O unico jeito de interpretar gantz é sob o efeito de aIucinógenoz sortidos
Uai, teve vídeo de Gantz?
@@gustavofs390 vc achou ele?
CARAIO!
ERA EXATAMENTE ESSE VIDEO QUE EU PRECISAVA!!
obrigado por realmente ensinar a ler! Como que nós passamos a vida sem entender como raciocinar a leitura de qualquer obra....
Tu com certeza é o cara que mais merece contribuição para manter o canal e crescer.
"Explicar o final" é uma frase que não significa mais a mesma coisa faz tempo, no contexto de youtube hoje significa: Curiosidades sobre o final. Mas como qualquer pessoa cria conteúdo hoje, então as pessoa não pensam muito nas coisas que postam não, querem só postar e ver as reações
Me fez pensar na aplicação dos signos da linguagem conforme a teoria de Bakhtin, onde a enunciação depende do enunciado. A interpretação talvez se mostre excessiva quando o contexto é ignorado, fazendo com que o significado se molde a qualquer coisa. Já quando há contextualização, passa a ser válido.
Bakhtin é legal, mas veja o Gadamer em duas citações de dois ensaios que deixei num comentário, acho que complementam acidentalmente com o que você disse sobre Bakhtin.
Nao sei quem é, mas um bom exemplo é death note onde nao sabemos de fato quem é o certo e quem é o errado mas tbm tem a editora que muitas vezes prefere um final em aberto pq da chance pra novas edições eu escrevo mas nunca pensei em interpretação dessa forma a culpa nao é do leitor muitas vezes é do proprio escritor que quer deixar um dilema em aberto ai sempre vem um tentando lacrar simples assim nao sou im grande leitor mais tá na cara
Uma obra é o que é e pode ser que não seja aquilo que o autor quer que seja. Quando autor cria a obra ele coloca nela a sua visão de mundo, que pode vir com preconceitos, críticas, apologias, etc... que o próprio autor as vezes não tem consciência que tem.
sim, sim. a gente nunca pode esquecer q o autor tbm é um ser humano.. isso facilita muito
E autor não tem controle de todos as variáveis, o formato da obra, a data de lançamento, e até o marketing geram um novo contexto. No fim a obra nunca é o que o autor idealizou, mas uma coleção de todos os estimulos que chegam até o seu leitor.
Lovecraft é um exemplo disso
Call of Cthulhu é a representação da visão racista de Lovecraft contra imigrantes, tanto que muito dos monstros que tem lá são analogias aos imigrantes que ele tanto odiava. As adaptações mais recentes de Call of Cthulhu abandonam esse viés racista e focam mais na interpretação do horror cósmico
Tô assistindo este vídeo hoje, mas tem uns dias que venho notando (que pelo menos eu) em que há a necessidade de tudo ter de ser útil, não existe o prazer em relaxar ao ler/assistir/ouvir algo. Sempre tem que haver uma motivação e por isso tudo precisa ser explicado.
Até nosso ócio tem que virar mercadoria
Essa oneshot me lembrou muito o caso aqui na internet da Marina Joyce, quem foi estava e quem não esteve não vai mais
Eu lembro disso. me fez recorda também: a imagem do vestido, onde cada um enchegava uma cor diferente.
eu realmente sinto isso, principalmente quando eu vou ver vídeo sobre um conteúdo que eu gosto e em vez de um video que acrescenta em qualquer coisa é so uma narração do que aconteceu
Simmmm, só dá isso no meu yt agora 💀
Normalmente eu sou favorável ao maior número de interpretações possíveis, mas sempre tem uma coisinha aqui e ali que olho como devaneio mesmo, em último caso como analfabetismo funcional. Por exemplo, recentemente vi um cara falando que o 2º arco de Vinland Saga, em adaptação agora para a 2ª temporada do anime, é sobre agronegócio e incentiva o desmatamento através do personagem do Thorfinn. O que faz ZERO sentido hahahaha
Boa. Já teve gente queimada em fogueira por hiper-interpretação
E o livro "Os limites da interpretação" do Umberto Eco também é um bom livro sobre interpretação.
Linck vc poderia falar sobre Despossuídos de Úrsula K. Le Guin.
Reforçando o pedido o/
Ajudando com o engajamento
Up!
Apoio o livro é muito massa
up
Por favor, gostaria de mais vídeos ou informações sobre interpretações. Por exemplo, até onde vai a interpretação sobre o que a obra pode passar e onde começa o que eu tô enxergando (o que pode não ter nada a ver com a obra). Juro que fiquei um tanto confuso.
Venho aqui depois de assistir esse vídeo umas 500 vezes para simplesmente enaltecer sua qualidade, simplesmente um dos meus vídeos favoritos do canal e que foi um marco muito importante para que eu começasse a ver as ciências humanas de outra forma, dando seu devido valor e respeito.
Cara, eu sempre me senti mal por não saber interpretar direito as obras de arte, sempre achei minhas visões muito superficiais se comparadas às "grandes interpretações intelectuais" focadas nos mínimos detalhes, cheguei a pensar que eu poderia ter até mesmo algum tipo de deficit de QI. Mas com esse vídeo percebi que eu estava apenas sendo normal e que são as pessoas que querem ter uma visão muito aprofundada de determinada coisa que na maioria das vezes não tem nada demais, o clássico "enxergar cabelo em ovo". Por outro lado, eu admiro a habilidade do ser humano de colocar um significado em tudo o que vê, cada um apresentar a própria visão sobre determinada coisa torna tudo mais interessante.
nao necessariamente, as vezes vc so é limitada msm, claro q existe mt gente q quer pagar de intelectual e bota o tony ramos em ovo, MAS tb tem gente q nao pega as paradas mais obvias, assim como tem gente q nao pega um subtexto um pouco mais sutil e por ai vai, tem varios niveis de limitaçao. Espero que seu comentario nao seja com intuito de menosprezar analises mais a fundo e sim reconhecer que tem gente que faz analise profunda em coisa rasa e gente q faz analise rasa em coisa profunda quando o certo é fazer uma analise de mesmo/semelhante nivel da obra, mas TAMBÉM na orientaçao certa, ou seja, nao adianta fazer uma analise complexa mal direcionada ou uma analise precisa e insuficiente
Isso é uma crítica ao capitalismo?
@@MrMIGON Não, por que?
@@evilpussi9705 você dizer que ´espera que o comentario dele não tenha o intuito de menosprezar analises ´´so mostrou sua limitação até pra ler o texto ate o final mostra o como você é limitado até pra entender antes de falar ele claramente disse que admira quem faz analises profundas
uma viagem minha mas acho que justamente essa saturação de busca do conteúdo em tudo, que fez com que vídeos de dancinha, ou "besterol" ou meme viralize pq é quando conseguimos ter uma experiência mais leve mais erótica com as coisas sejam prazer, ou desprazer o permitir se afetar sem uma busca ou gente falando de significados por trás do significado daquilo.
Gostei muito do vídeo. Sempre tive medo de extrapolar nas minhas interpretações. Por mais vídeos como esse!
Acho legal quando você nos ajuda a instrumentalizar melhor nossas leituras. Valeu !
Cai em um vídeo do qual agora nem sei como e acabei vendo esse. E sou artista contemporânea e é muito interessante ver a complexidade das análises do observador sobre uma obra. Pois, também me coloca em uma sinuca de bico do qual, simplifico minha peça para impor minha leitura/mensagem, ou deixo a cargo do observador.
É sempre um jogo mental de morde e assopra, entre minhas peças e eu.
E teu vídeo foi enriquecedor porque eu vi que faço com as obras alheias o que fazem nas minhas e não tinha notado
o importante é que mesmo nas coisas mais idiotas que você veja/ouça você tire alguma coisa,isso é aprendizado
Ótimo video
Serve muito bem pra refletir sobre essas disputas envolvendo interpretações de obras e o quão válidas ou relevantes elas podem ser e certos erros que podem fazer certas análises serem apenas buscar pelo em ovo. Também é bom essa honestidade em dizer que é uma leitura/interpretação da obra e que não necessariamente era a intenção original do autor, sendo o modo como ele constrói a obra algo que pode escapar das intenções dele (inclusive como o canal Ora Thiago diz, o risco das armadilhas semióticas que podem fazer alguma suposta crítica social foda ir pelo ralo e algum personagem que era pra ser mostrado como problemático virar antiheroi badass demais que inspira legiões de caras sedentos por ícones brutamontes). Aliás esse é um ponto que me incomoda em certas leituras feitas por algumas minorias sobre querer praticamente forçar canonicidade sobe identidades de certos personagens quando a obra nunca escancarou isso ou quando o mais provável seja outro tipo de identidade. Me acostumei a ver mais esse tipo de coisa em certos segmentos LGBTs de fandoms, mas as vezes também vejo isso em alguns segmentos de minorias raciais, e ai não reconhecerem que não é algo inequívoco e sim no máximo ambiguo a depender de certos personagens e que provavelmente o autor nunca pensou nisso e não firmou como algo canônico. Se fosse falado por parte desses segmentos que isso é uma possivel interpretação mas não algo confirmado aí seria mais honesto
Aliás, valeria um video sobre o conceito de headcanon e essas interpretações mais intensas ou até forçadas sobre a identidade de personagens ficcionais, pq isso já é uma discussão mais intensa nos meios nerds de língua inglesa
Eu não sei se é uma coisa só da minha experiência mas sinto que a crítica de cultura pop nas redes sociais em alguns lugares já havia maturado mais cedo.
TH-cam tem muitos ensaístas que fazem um trabalho de pesquisa absurdo para balizar as leituras deles. Isso acabou me estimulando a ter um olhar menos passivo sobre as coisas que eu consumo e repensar alguns conceitos.
No Brasil sinto que o volume não é tão grande quanto no mercado anglófono mas já haviam antes da Pandemia iniciativas assim.
Espero que esse fenômeno que você citou, que passa um pouco ao largo da minha esfera mas a gente tá procurando se inserir nesses espaços nacionais também, aumentem não só a quantidade de análises mas a resposta do público. Infelizmente quase toda cultura pop é fechada numa bolha de tribalismos. "Ah você só tá criticando porque é a Marvel!", "Ah porque videogame X é melhor que Y" e bobagens do tipo.
Infelizmente muita gente tá mais preocupada com essas bobagens de explicar o óbvio do que em fazer análises além do raso.
Não consigo conceber um texto ou um vídeo inteiro ser produzido em torno de uma informação que cabe numa manchete/tweet e não se aprofunda em nada depois. Mas pra muita gente isso é só o que importa, por ora.
Pode recomendar alguns canais?
@@MasterBait. em português ou inglês?
@@taionalmeida5337 os dois
@@MasterBait. em inglês - canais Just Write, Cold Crash Pictures, Pop Culture Detectives, Tough Slime, Lindsay Ellis, Yara Zhaid, Princess Weekes, Accented Cinema, Jack Saint, Big Joel, Jessie Gender, Broey Deschanel, Mina Le ... Entre outros, acho que esses são os que eu mais assisto.
@@MasterBait. em português - ainda preciso melhorar mas tem alguns
O Poder do Algoritmo, Mimimidias, Meteoro - embora não seja o foco principal de vez em quando rola lá, Papo de Pretas e o próprio Quadrinho na Sarjeta
Tem um canal que não sei se é a onda principal dele mas rola essas intercessões que é o do Load.
Vendo esse vídeo só lembrei do José Padilha fracassando com o Tropa de Elite kkkkk
Eu (ainda) estudo Cinema e Audiovisual. Um dia desses, na faculdade, convidaram um produtor envolvido com Tropa de Elite, e ele disse que o Mathias deveria ser o protagonista do filme. No entanto, durante a pós-produção, o carisma do Wagner Moura atraiu tanta atenção para o Capitão Nascimento, que eles remodelaram o filme para transformá-lo no protagonista. Aquelas narrações do Cap. Nascimento (em voice over) foram gravadas depois.
Infelizmente eu não tenho mais nada para assegurar a veracidade do meu relato. Naquele dia, eu pensei que eu fosse participar de uma aula extremamente chata, então eu nem me atentei em me lembrar do nome do convidado.
@@Redshief1 O Rodrigo Pimentel(Capitão Nascimento da vida real) falou sobre isso em algum podcast, vc ta certo, o Mathias era pra ser o protagonista mesmo.
Mas se o Capitão Nascimento foi tão "massavéio" a culpa não foi só do "carisma" do Wagner Moura. Inclusive ambos (Wagner e Padilha) fracassaram miseravelmente se for parar pra pensar. As falas do personagem, as cenas, tudo isso foi feito de forma errada. O Milhem Cortaz fez o Coronel Fábio de forma brilhante tbm, super carismático mas todo mundo q assistiu teve a noção "O Coronel Fábio não é exemplo pra ninguém, não é heroi" com o Capitão Nascimento foi tudo o contrário. Ou seja Falharam muito aí. E não admitem o erro. Tanto o Wagner quanto o Padilha jogam a culpa da má interpretação no expectador.
Tropa de elite melhor filme BR
@@Redshief1 cara, vi num podcast a galera falando a mesma coisa
Padilha falhou muito, mas isso se deve muito à escola cinematográfica também, que ainda é impregnada de linguagem fascista, o cinema mais mainstream como um todo, bebe muito Leni Riefenstahl desde posicionamento de câmeras a escolha de trilha sonora, consciente ou não disso. E é exatamente ai que o Padilha erra, embora estejam presentes na obra denuncia da violência polícial, até no treinamento dos polícias, críticas sociais e etc. As escolhas do Padilha seguindo o mainstream do cinema acabam por transformar o Capitão Nascimento no "Salvador da pátria".
16:52 kkkkkkkkkkkkk adorei, quem liga para opinião do autor.
excelente video
Sinto que o Fujimoto mais tem medo de que a mensagem principal se perca no meio de outras interpretações, do que nescesariamente não querer que os outros interpretem. O cara talvez não esperava tanta fama e se assustou.
Mas ai pode ser só eu passando pano.
Se olhar dessa perspectiva, isso também aconteceu com o Tolkien, na época o pessoal zaralhou muito ele, pq achavam que havia algum significado oculto nas obras dele.
Melhor aula grátis surpresa da minha vida! Esse vídeo precisa bombar e muito!!!!
Eu te amo, Alexandre! 🤩🤩😍
Dos vídeos que vi até agora nesse canal, este se tornou o meu favorito. Sou fã de Sons of Anarchy, assisto 2 a 3 vezes por ano e toda vez que assisto tenho uma percepção diferente da série, um detalhe que havia ignorado etc. É verdade que SoA é uma série sem barriga, não tem episódio arrastado e tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, ainda assim duvido que Kurt Sutter tenha colocado tanto easter egg, tanta entrelinha.
A real é que vemos as coisas de acordo com a nossa perspectiva, sob influência das nossas experiências, que por sua vez é diferente do autor, fora que temos muitos roteiristas e diretores, cada um pondo um pouco do seu ser.
O belo da arte é isso, ser uma coisa diferente pra cada um e até mesmo uma coisa diferente a cada momento da nossa vida.
É principalmente por vídeos assim que sigo este canal.⭐⭐⭐⭐⭐
Muito bom! A cada vídeo assistido, mais cresce a minha paixão pelo canal e pelo conteúdo! E sobre a hiper-interpretação, lembrei de um termo usado até no meio psicanalítico, com relação a analistas obcecados por "desvendar" conteúdos dos pacientes: interpretose!
Faz um video interpretando a obra de duas formas diferentes para exemplo pra ficar mais claro
Eu acho triste como o termo "lacração" é usado para invalidar toda a diversão que alguém pode ter com uma obra, como é o caso do episódio 3 de The Lost Of Us, fizeram vários e vários vídeos chamando de lacração. O que me fez querer entender como um hetero, que faz esse tipo de reclamação, deseja ver representatividade nas obras, pq sempre que é feito uma menção sobre isso, o termo "lacração" é usado para reclamar.
Novo filme do M. Night Shyamalan consegui fazer representatividade melhor que tlof us
@@herrisouza
Até porque esse cara é um gênio e o melhor diretor de cinema do nosso século.
A lacração é quando ocorre militância. Não contra diversidade. Um exemplo, ninguém acusa Blade de ser lacrador por ser negro ou a Sarah Connor de ser lacradora. Mas acusam Capitã Marvel e a Meeva da série Obi Wan.
Mas sim a galera chamada "Nerdola" percebeu que falar mal de tudo que não faz aceno a eles, dá view. Assim como a galera lacradora taz com tudo que mesmo com diversidade, não faça militância.
Então os dois lados são duas maçãs podres formados por identitários, ideólogos e quem se aproveita da fanbase QI sub 83 para lucrar com views.
Existem racistas, sexistas e tudo mais que não presta dos dois lados, a galera simplesmente escolhe um lado e finge que o outro é oposto. Exemplo, a galera nerdola até hoje acusa Predador Pray de ser lacrador só porque a heroína é uma jovem mulher indígena. E a galera lacradora em vão tenta falar mal de Deadpool 3 só porque ele zoa os lacrolas.
Perfeita colocação.
Qual a fronteira entre lacração e ações de inclusão e representatividade? Por que justamente a "nova direita" (que fica histérica sendo chamada de extrema) acusa qualquer ação de inclusão e representação da diversidade como mera lacração para desqualificar TODAS as ações nesse campo para "conservar" as coisas como eram: mulheres submissas, pretos em sub empregos e sem educação, inidios enclausurados em parques restritos, LGTB varridos para debaixo do tapete como se não existissem... O engajamento (militância vc acusa), muitas vezes pode pecar no excesso. Mas melhor excesso nisso do que nada e as coisas serem "conservadas" com eram....
Kkkk eu vi esse vídeo e por algum motivo lembrei de um vídeo, que uma vez eu vi, de um cara tecendo toda uma crítica loga detalhada e cheia de firulas sobre pra no final ser só um bolo de padaria sem muito trabalho kkkkkkkk adorei o vídeo
A edição tá incrível! E por mais aulas que nos ensinem a pensar/interpretar melhor ;)
Descobri o canal hoje por indicação. Adorei. E eu to longe de ter a profundidade acadêmica do apresentador sobre o assunto, mas me lembro de um livro do filósofo Jacaques Ranciêre chamado O espectador emancipado. Nesse livro, ele tem um argumento que eu considero importante, e dialoga muito com a perspectiva do Barthes, talvez mais com Foucault em O que é um autor, na libertação do espectador da intencionalidade do autor ou da. normatização de uma forma correta de interpretar ou de uma interpretação correta de uma obra. Ele defende que o próprio ato de interpretar a obra é um ato criativo que pode ser muito prolífico,. Isso foi importante para reduzir meus constrangimentos em exercitar o pensar, muitas vezes eu me via tentando chegar nas mesmas conclusões dos outros. Claro, dito isso, não é um vale tudo, mas um ato de recepção também criativa (e consciente desse aspecto). Sucesso!
As ferramentas cognitivas que usei ao interepretar o seu texto são:
memória, intuição, relação afetiva (como Baruch Espinosa descreve), linguagem, foco, imaginação, e no fim reflexão, não sei em qual ordem, mas todas essas foram usadas.
esse vídeo foi uma brisa e tanto kkk, como consegui pensar nisso? palavras como cognição,razão,pensamento, minha cabeça ta viajando na capacidade em que temos para aprender coisas
Esse vídeo já virou o meu favorito do QnS! Sensacional!
Gostei muito desse video, excelente como sempre!
Acabei me questionando conforme assistia, se no caminho oposto nao tem autores/criadores que justamente nos deixaram "mal acostumados" inserindo uma serie de subtextos muitas vezes confusos ou que exigem um estudo que eu como pessoa mediocre nao tenho pra entender a "real mensagem" que o filme/hq/item de cultura queria passar.
Dai nascem esses conteudos de "entenda o final" ou "entenda a historia" porque de fato existem inclusive obras que eu gosto muito, mas que so consegui entender quando recorri a gente aparentemente mais inteligente que eu na internet. Dai pra gente passar a enxergar isso em todo lugar é um pulo.
Essa mania de explicar e interpretar não é só na arte ou cultura popular. Veja, por exemplo, o futebol, tem a imagem do pessoal jogando e mesmo assim precisa de meia dúzia ou mais de pessoas explicando e comentando uns caras chutando bola!
Eu acho que eu tenho prazer demais com as obras e intelectualizo "demenos". Só consigo intelectualizar vendo canais como o seu.
Errado não tá!
Também.
Aula crias. Este vídeo é utilidade pública. No aguardo do vídeo sobre interpretação e política que comentou no final.
ótimo video e discussão, tem gente no twitter que saiu bloqueando geral que merecia ver 👀
Isso se conseguiram acessar o Twitter, pois o Elon Musk tá fazendo roleta russa com os funcionários e bugando o site kkk.
@@mjfilho33 que tistreza hahahaha
Se você observar bem, o fone de ouvido é na verdade um tentáculo que a menina alien usa para absorver o conteúdo do garoto.
:O
Japão têm um tesão por tentáculo hein.
Olhando pela perspectiva da forma acho que o filme do Hulk de 2003 merecia um vídeo seu. Até hoje sinto que poucas pessoas captaram como aquele filme é uma grande homenagem à dinâmica visual dos quadrinhos.
Gosto de um estudo que, se não me engano, é da Leyla Perrone-Moíses, falando sobre o "Cantos de Maldoror" do escritor Lautreamont. O livro era uma obra que não se sabe bem como foi feita, não se conhece o autor, o livro não dialoga diretamente com os contextos dados da época... mas mesmo assim, como identificamos ele como literatura? Gosto da profusão desse estudo.
Também gosto das classificações do Ezra Pound, do ABC da Literatura, para ponderar aspectos estéticos em obras. Até hoje, a simplicidade realmente conclusiva que ele resolve muitas discussões é algo notável!
Sou Intérprete e Tradutora por profissão. Sou também professora para Intérpretes e Tradutores, viajo o mundo, dando palestras e mini cursos para esta profissão. Vou levar este seu vídeo para dividir com meus alunos mundo afora. Penso que daria uma tônica bem humorada a uma profissão que necessita de bons profissionais. Obrigada.
Vendo seu vídeo lembrei de um exercício que fazia com meus amigos: se você for desenhar a Vida (por exemplo) como uma pessoa, como desenharia? Ou a dor? Ou a luz? --
A vida é o mais contraditório dos exemplos, pois enquanto uns podem descrever como um canastrão jogador/ladrão de poker (sim, teve um que mandou essa), houveram outros que descreveram como uma mulher semelhante a Hera Venenosa - bela porém mort4l, reclusa porém sensível.
Ou seja: cada um vê as coisas de formas diferentes. Criar padrões de interpretação sobre as obras e se deter sobre o que o autor diz é ignorar nossa própria criatividade ou, ainda, nossa própria essência. É claro que se deve haver um respeito com o autor, mas ele fez sua obra pro mundo e não pra ele. Se fosse pra ele, e tão somente ele, ele não teria publicado.
Adorei a edição, e In The Hall of the Mountain King de fundo amarrou o assunto de um jeito belíssimo 🤌🏼✨️
Não fala assim, Ilha Kaiju é dessa forma🤣. Eu gosto bastante dele, mas confesso que preciso voltar algumas vezes, pois eu me distraiu e me perco.
E ainda sim eu amo os vídeos dele, assim como os seus 🤗
O Rafael do Ilha é sensacional! Na verdadade, o Link falava de maneira mais serena lá nos primeiros vídeos, eu gostava mais - esse aqui ainda é um dos melhores canais, mas essa pegada de animador de festa infantil me incomoda um pouco, eu penso devagaaaar, ha, ha!
Kkkk gosto demais do jeito que o kaiju fala também, bem de boa.
Uma das melhores, senão a MELHOR edição feita pelo CAUBI. PARABÉNS!!!! Alias, que quadrinho bacana que o Linck trouxe pra discutir isso. E finalizando, essa discussão FOI MUITO FODA. Me lembrou os tempos onde eu tinha aulas fodas na Faculdade. Parabéns Linck pela aula, e por embasar em obras e autores tão pertinentes.
Tem pouco tempo q estou no canal, então estou assistindo coisa atual e coisa mais antiga e a questão da forma de comunicação fica bem marcada, pq os vídeos mais antigos tendem a ser menos enérgicos (o q não acho ruim) em comparação com os mais atuais e já tinha me passado pela cabeça q tem a ver justamente com o meio em q eles são postados, no caso o TH-cam, legal ter a confirmação no vídeo
Eu acho extremamente interessante essa discussão, de fato, um dia desses foi até um tópico entre uma colega e eu, e tenho o mesmo questionamento, não é problemático abrirmos o campo dessa forma? Porque a gente acaba abrindo margem para gente bem...olavete, bostejar, e o sentido da obra não acaba se perdendo dessa forma tbm? Eu tenho uma dificuldade imensa em limpar a imagem do que o autor quis dizer, e focar aó na interpretação a parte dele.
Esse vídeo é tão metalinguístico que acredito que devemos se reunir e discutir
13:48 "tava" né, pq o véio foi de base, foi de Margareth tatcher, foi de Gorbachev
Minha cabeça deu um nó e explodiu. Vou precisar ver de novo e gostei muito. Muito bem embasado.
Excelente conteúdo, acontece muito na fotografia a hiper interpretação também, e em muitos casos com alto teor de blá blá blá, com muita gente forçando uma densidade onde não tem, ou não precisa ter, pode, mas não precisa. E não que eu proponha uma fixação apenas no obviamente visível, mas deve existir um meio termo bom onde não viajamos demais na interpretação mas também não só descrevemos o óbvio.
Linck, já assistiu aos filmes do Satoshi Kon? Se sim, rola fazer vídeo sobre algum deles?
Adorei o vídeo, cheio de referências, ótimo para pegar e estudar depois e aprofundar mais no tema.
Mas um ponto que pensei tb enquanto assistia, as vezes o próprio autor pode não perceber o que está posto em sua obra, pois ele como uma pessoa ao longo da vida aprende coisas e coloca na obra de forma que para ele é normal e juntamente com toda a extrapolação que a história pode ter sobre um aspecto banal tomar outra visão.
Alexandre, me faça ver, Zygmunt Bauman e sua "modernidade líquida " no filme Comando para matar, do Arnold Shwartzenegger
O Governator usa a relação pai e filha de desculpa pra justificar cair matando, o que ele já faria de todo modo. A leitura vai pra além da obra, e recai no campo de produção da narrativa fílmica como um todo - toda história do governator tem a mesma direção, e nessa se tenta de modo tímido e quase largado uma justificativa familiar e afetiva, tal como na contemporaneidade se dizem que as grandes narrativas perderam sua função ordenadora do mundo, mas seguem sendo instrumento retórico para justificação de atrocidades a posteriori. (faz tantos anos que li Bauman que nem lembro mais da argumentação dele, e faz tantos anos que vi Comando pra Matar que só lembro que é uma comédia disfarçada de ação que quase ninguém percebe ser comédia, então isso aqui não é análise nem de um elemento nem de outro)
@@psicominstrel obrigado, agora posso morrer em paz, adeus e obrigado
AAAAAAAAAHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!
Eu sempre falo que as vezes uma "âncora é só uma âncora." Pq tem gente que se descontrola na interpretação das ficção.
Ótimo vídeo e ótima análise, Linck !
Me da raiva aqueles shorts do TH-cam onde o cara fica falando, vc viu isso nesse filme da marvel no minuto tal e tal, isso é por causa disso e daquilo ali, normalmente é um detalhe irrelevante e fazem uma explicação toda mirabolante sem pé nem cabeça
Nesse sentido, me incomoda muito as teorias sobre os filmes Disney/Pixar, é só um easter egg pô. E pra quem é mais desocupado kkk os vídeos explicando as celebridades se cutucando nos stories com músicas aleatórias
Gostei demais do vídeo. Gostaria de mais vídeos assim, muito bom para quem estuda expressões artísticas.
Eu parei no momento 2:03 deste vídeo pra fazer esse comentário. Eu só assisto os seus vídeos pq vc da essas voltas, dá esse lado interpretativo e politizado das obras. Eu gosto de notar oque não notei, perceber q aquele personagem tinha um "lado socialista" essas coisas, gosto das menções q faz. GOSTO DESSA VISÃO QUE VC DA SOBRE AS OBRAS! Não pare! Nós, gostamos do sarjeta,por causa disso! Forte abraço man!
Obrigado. As referências bibliográficas são incríveis!
gostei do final com a legenda, até mesmo produtores de conteúdo como youtubers, são obra e autor, autor que por mais que tenha roteiro e um objetivo, acaba quando é visto de outra forma subjetiva e afetiva.
Será que eu analisei bem de acordo o vídeo mostrou? 🙃
Vendo esse video mais uma vez pq é muito foda e dialoga muito com q penso.Quem dera existir mais Lincks no YT
Nenhum produto é mais hyperinterpretado do que Evangelion CSM tá safe nesse quesito kkkkk
Lembro que uma vez um amigo pouco acostumado com animes foi inventar de assistir Evangelion por ver o quanto o anime era considerado "inteligente" por um bando de otaku pé no saco da internet e achado uma bosta.
Resumi para ele em poucas palavras porque tanta gente achava esse anime a coisa mais genial já criada e ainda fui além ao dizer que todo aquele drama do anime poderia ter sido amenizado se os pilotos de EVA tivessem acompanhamento psicológico (sendo que eu inclusive sou psicólogo)
@@edmarfilho9446 esse lance de ´´se tivesse um psicologo´´ iria acabar com a maiorida dos dramas existentes
A minha série favorita e bojack horseman mas se ele tivesse procurado uma terapia ali a série nao teria 6 temporadas
@@gtxgabai5860 mas essa e a realidade, tenho 17anos e não conheci ninguém que tenha ido no psicólogo
@@edmarfilho9446Além do fator dos protagonistas não procurarem ajuda psiquiatra, os fãs de Evangelion não sabem nada sobre simbologia cristã, e acham que aquela maneira retratada no anime é genial, sendo que é tosca.
Alberto Caeiro, um dos nomes que Fernando Pessoa usava para assinar poemas, já falava de gente que entende mal ou não entende nem um pouco o que os outros dizem:
“TU, MÍSTICO, vês uma significação em todas as cousas.
Para ti tudo tem um sentido velado
Há uma cousa oculta em cada cousa que vês.
O que vês, vê-lo sempre para veres outra cousa."
(Obra Poética. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986, p. 233.)
Então agora quando a gente ver uma pessoa falando algo sobre uma obra que não faça sentido podemos dizer: ´´Diga! Diga onde está a materialidade/a forma dessa sua interpretação! Diga imediatamente!``
Parabéns muito bom. Alguém sabe onde vende pastel bom além da das feiras do Belenzinho Tatuapé? Fui na Liberdade mas a fila do yakisoba tava muito grande
Saudades de ler um quadrinho só por diversão, apreciar a arte, etc. Daí vem esse cara e desanima qualquer um...
@@bartelega Descreveu o que eu sinto com este canal. É igual fast food, em excesso faz mal, mas raramente é bom de ser consumido
Mas isso é apreciar a arte, fora que seu tom é tão imponente quanto do autor desse vídeo, só devemos ver uma obra só pra se divertir e apreciar? Não podem refletir? Criticar? Nas verdade não vejo ninguém impedindo de se divertir ou apreciar, isso é papo pra boi dormir, ele só explicou sobre interpretação de uma obra e não censurou ou impôs que ninguém deve se divertir você que está falando e sentindo isso ao se desanimar!!!
@@misael9812 vá dormir então
@@bartelega mas você tá bravo?
Um dos melhores vídeos do canal. Bela aula!
Gostei, parecia meio viajado no começo mas com o tempo o vídeo se amarra e as coisas fazem sentido. Vou acompanhar.
O que faz as análises de Chainsaw Man (inclusas as feitas pelo Quadrinhos na Sarjeta) sempre descambarem na hiper-interpretação não é o fato delas apontarem o tema "capitalismo" no mangá (afinal, a política está em tudo), mas sim o fato delas focarem exclusivamente nesse tema, ignorando como ele é desenvolvido narrativamente e a estrutura do mangá como um todo. E é aí que mora o perigo, pq quando vc escolhe ver só o que quer ver, tudo se torna conveniente à sua leitura (vide o vídeo do Quadrinhos na Sarjeta sobre A Família Addams). Ou seja, se você quiser ver o personagem adolescente cheio de tesão e tarado por peitos como uma crítica ao modo como o capitalismo restringe os nossos desejos, basta ignorar que estar cheio de tesão e querer pegar em peios é tratado como um mero gimmick cômico pelo mangá (e que é um clichê bem antigo de mangá shonen) e pronto.
Por mais que você esteja certo sobre como restringir a uma única interpretação limita a discussão sobre um assunto, eu não acho que isso torne ela hiper-interpretação. A interpretação naquele sentido não deixa de ser válida. Assim como outras não relacionadas ao capitalismo, mas que se encaixam nesse exemplo dos peitos. Como por exemplo sobre maturidade em relação a adolescência, como aquilo é um desejo muito bobo, e ele só percebe aquilo quando atinge ele. Nessa interpretação, não é só um alívio cômico ou fan service essa questão dos peitos devido a como o personagem do Denji se comporta diante daquilo que aconteceu, e do histórico dele.
Sem tirar a sua razão, mas já apontando pra o outro extremo, tenho percebido um certo alinhamento da turma que busca um esvaziamento de significado (e até se irrita com qualquer leitura subliminar) com os grupos proto-f4sc1stas.
Na verdade também tem um pouco do estado controlando as coisas de fundo
@@kaleo_mendes É uma característica do fascismo e também neo-fascismo esse esvaziamento simbológico de obras, já que eles são completamente anti-intelectualistas, principalmente com obras que eles gostam e utilizam de seus símbolos, mesmo sendo críticas ao que os próprios defendem. Justiceiro e matrix são exemplos disso, muito facho adora o justiceiro e ignora que o subtexto do personagem é uma crítica a violência.
Pera aí, eu nem leio esse mangá, mas essa discussão toda é pq tão querendo achar um significado profundo no fato de um moleque tarado querer apertar o peito de uma mina sacana? É isso? Tão realmente procurando pêlo em ovo? KKKKKK
Seu canal vai crescer muito ainda. Você é muito bom.
Teu canal traz os melhores assuntos desse TH-cam. Parabéns pela qualidade, muuuuito bom!!!
Eu sou um grande seguidor de conceitos mais espirituais e talz, não que necessariamente eu seja ativo religiosamente; meu plano de fundo vem do espiritismo e similares e apesar de eu não necessariamente ser educado com os que já faleceram ou regem todas as regras que acredito, eu tenho muita influência das bases filosóficas desses pensamentos, principalmente no que se trata ciclos, o ouroboros propriamente dito e a frase de Lavoisier "tudo se transforma" - influência forte em quem crê na reencarnação como creio.
Na minha concepção, nada surge do 0, com Deus ou não, minha explicação teórica para universo sempre teve base nas idéias que alguns compartilham comigo, de que tudo tecnicamente sempre existiu e se trata de um ciclo de renovação contínua. De modo similar é a arte.
Por mais que um poema sequer tenha a intenção de ter um sentido, pode se analisar com que sentido aquele poema surgiu, se transformou, isto na minha visão é: o que o autor tinha na cabeça ou estava sentindo. Não precisa ser uma idéia, as vezes só um sentimento basta para que algo exista; até uma obra criada para não ter sentido tem seu sentido que não é ter sentido.
Com base nisso eu interpreto suas análises de muitas obras: uma busca pelo sentido do que foi tratado no papel... não necessariamente o que o autor sentiu, mas o que sentimos a partir disso e o contexto que moldou grande parte do porquê daquilo existir.
Na minha visão, dentro do ciclo infinito, qualquer leitura, por mais crua e sem atenção, já é por si só uma interpretação, tendo um sentido mesmo que só de entretenimento. Se matar o tédio é o único motivo de se ler algo, a interpretação da pessoa está dentro dos tediosos da obra, por mais que seu foco seja naquilo que preda o fim do tédio. Cria-se uma interpretação chata que realmente passa o tempo e mata o tédio, enquanto numa leitura com foco na autópsia da obra vai se formar exatamente de foco na autópsia da obra, passando um conteúdo de análise.
Dentro dos métodos que você citou no vídeo, é possível moldar uma interpretação para seu valor racional e acadêmico, contrastando com o muito da emoção e desejo de algumas pessoas sem formação que fazem a análise exatamente por emoção (as vezes amor pela obra, raiva, decepção) e desejo (de se expressar, views ou só de mandar o dedo ao autor). Este método que você usa é legal, fala de muitos assuntos e ainda o sentimento seu de leitor, de sua geração de conteúdo via absorção e pode ter proximidade com a mensagem de quem a criou, sendo isso através de uma crítica ao que aquilo encarnou ou traduzindo suas nuances as quais são possíveis traduzir.
Sinceramente, você pode falar de política aqui e ali, estamos numa era onde não há mais tanta censura para até um adolescente saber de política (racional ou não), faz parte dos sentidos que falei anteriormente e sem um desses sentidos não haveria análise já que qualquer interpretação via absorção do conteúdo - que é o único método de acesso ao conteúdo - sem realmente ter um sentido. Há instigação para pensamentos e análises por via da audiência, por mais que seja oposta ao seu jeito de pensar ou não, porque tudo entra nesse ciclo, ainda mais sendo um conteúdo que aponta para a existência dele.
Mas bem, falando agora do que é problemático antes que eu só pareça ser aquela I.A. que produz textos "lero lero lero" sem parar e buscando parecer poético:
Tudo é interpretado, interpretar não é só dissertar algo, como eu ja disse, você assistir já e interpretar, são seus sentidos e nervos interpretando ondas e etc. O foda é querer, num mundo onde tudo tem seu sentido, querer dar a voz da verdade.
E e esse é o problema do twitter e outros, para mim, algo tanto da direita mimimi reações e da esquerda (leia com aquela música de fundo) lacração, querer aplicar só seu sentido quando toda palavra, toda emoção e tudo por si só tem seu sentido mediante os órgãos sensitivos de quem os vê. O doente pra mim não é ter análise de que "ah, realmente, apareceu mais de um homem aranha no filme do universo de homens aranhas", mas um ser chegar e querer aplicar sua visão disso em tudo, com todos já sabendo o que ele tanto quer "profetizar. Tanto importa o super homem inicialmente usar cueca em cima das calças, o ruim é todo santo dia alguém esfregar isso na sua cara, dizer que você não sabe do fato e ainda falar da bandeira dele se vangloriando como se ver Olavo de Carvalho fosse o motivo dele saber desse óbvio que "ninguém além dele e os escolhidos sabia".
São discussões sobre grãos e farelos só para se sentir alguém, um lembrete chato e entediante que ainda vem com o adicional de teorias da conspiração que insistem que se você sabe que a gravidade existe, deveria saber que o disco voador de sua sogra desafia as leis da gravidade.
Para mim, tentar fazer uma corrupção do óbvio como se aquilo fosse a verdade absoluta que é o problema mais forte da hiperinterpretação, se torna um jogo de aplicar o que sabemos - ou as vezes é inventar algo de maneira problemática -, se fazendo como Deus ou o autor daquilo. O único objetivo é ir contra ou abusar do senso comum do autor, leitores, críticos, transeuntes e mesmo quem nunca viu para apenas ganhar curtidas e visualizações.
Resumindo tudo pelo meu sono: nenhum problema com interpretações, excetuando quando elas se tornam armamentos chatos que tentam usar contra as interpretações dos outros sem a finalidade de regulamento ou auxílio a comunidade, mas no objetivo de poder ou influência.
Estou apaixonada nesse canal! Parabéns pelo conteúdo simplesmente maravilhoso.
Última parte do vídeo ficou sensacional (as outras também ficaram boas, mas já comentei... Rsrsrs)
Oi, indica alguns desses professores que estão aqui no TH-cam 🙌🏼
Link, a cada vídeo que você faz vc se supera!! Muito feliz de ser inscrito no seu canal!!
Nossa, ótimo vídeo. A parte em que você menciona sobre explicar o óbvio eu senti bastante, pois sempre curti análises de obras e aprecio quem consegue fazer bem, porém muitas vezes vejo algo tão elementar sendo colocado como revolucionário, threads no Twitter que destacam pontos centrais de uma obra (ou pior, uma interpretação que foge totalmente do sentido do autor!). Vamos deixar a análise pra quem manja mesmo.
Outra opinião que tive sobre a relação que temos com as coisas, é simplesmente que tudo é único e íntimo demais, não temos apenas uma única forma de interpretar, acho que somente quando se passa um certo tempo de reflexão podemos afirmar a primeira impressão com algo, por tudo que nos afeta ainda bem que temos o instinto e a memória, senão nunca poderíamos aprender a interpretar.
Adorei o vídeo, muito obrigado pela experiência
Boa Noite Maravilhoso Linck .
Por favor vc pode fazer um vídeo sobre Yu Yu Hakusho ?
Por favor
O Significado seria o elemento transformador ou uma quarta variável (além do "tripé" matéria, processo e forma)?
Cara, esse vídeo é sensacional. Parabéns. Muita informação, boas fontes, tópico pesado, difícil de abordar com essa didática. E foi suave, cara. 22 minutos tranquilão. Vou assistir mais vezes, anotar as fontes, Sontag e esse artigo do Barthes eu não conhecia, por exemplo. Valeu novamente, e parabéns. Tu manda bem real.
É a Internet e a necessidade de atenção que está estragando a galera, não o contrário. As pessoas ficam aí brigando pela interpretação A ou B de um anime ou produto qualquer, mas ninguém é capaz mais de perceber o que está acontecendo no mundo a sua volta.
Cara, geralmente não comento mas venho elogiar teu canal agora, ótimo conteúdo e pauta. Hermenêutica é um tópico que sempre me deixou bem encabulado por uns anos e acho que um ótimo vídeo introdutório sobre isso é o "Is Art Meaningless?" do Philosophy Tube. É o dilema: não cair em interpretações idealistas (ao contrário das materiais), mas também não ser um tapado e deixar passar críticas em nome de uma "erótica" desenfreada.
De novo, parabéns pelo canal!
Linck papo reto um dos motivos que fez eu acordar pra querer ser professor é a tua didática, sonho meu é conseguir explicar algo tão bem e de uma forma tào interessante como tu consegue. Ótimo vídeo como sempre!
Tô AMANDO esses vídeos mais longos
Seu formato é ótimo.
A impressão que eu tenho é que muito conteúdo digital de cultura pop (não todos, mas uma parcela bem grande) não passa de um "cultura pop para leigos", pois mastiga tanto que nem deixa o público em si apreciar ou se permitir curtir a sensação de dúvida ou confusão ou até mesmo felicidade com enredo X.
De novo, não são todos, mas que tá cada vez mais crescente tá.
Ajudando no engajamento! Ótimo vídeo!