Cara, se tem uma coisa que me fazia sentir muito medo durante toda a minha vida, era ser vítima de estupro. Agora que sou mãe de uma menina, o meu medo é ela ser a vítima. E eu fico chocada ( sempre ) em perceber que tem gente que sente tesão em estupro! Sério! Que mundo de m*RDA! Fora isso, o vídeo é ótimo, a reflexão é necessário.
Estupro e exploração sexual devem ser combatidos com todo rigor justamente pra mulheres terem a liberdade de andar sem medo. É pesado demais essa realidade de conviver com o medo a todo momento. Toda minha solidariedade a vc. Ler seu relato não é nada fácil, por isso uma das minhas missões de vida é combater a perversidade desse mundo patriarcal
Maravilhosa sua análise, a forma como você não subjuga com uma visão moralista é incrível, e até mesmo se posicionar como alguém que ativamente pode se excitar com coisas assim, tira a posição de “superior” e mostrar que faz parte do que critica.
@@lucianoandrade7798 E eu pedi pra ela reescrever o comentário dela em Grego 'arcaico' por acaso? Só fiz uma sugestão construtiva, pra melhor compreensão das opiniões dela. E apenas, justiceiro social. 👌
@@DavidRoPin2704 só querendo garantir que o esforço do Luciano não foi em vão: vc entendeu o que se quis dizer ao citar o Princípio da Caridade Hermenêutica? Dá uma googlada rápida aí. Num vai te tomar muito tempo e acho que pode te trazer bons frutos de aprendizagem - pq estamos todos aprendendo todos os dias (e é isso que faz a vida interessante)
Perfeitoooooo, eu amei!! Já cansei de discutir com homem quadrinista progressista do uso da violência sexual como em HQs e me falarem: "sabia que era mulher comentando, não entendeu a crítica ou o contexto" kkkkk quero a parte 2 sobre mangá simmmm
Minha esposa quando pegou Drunna pra ler falou "Mas isso aqui é estupro, de varias formas, não tem nada de erótico nisso, esse roteiro sci-fi do autor chupado de Aliens é so uma desculpa esfarrapada das fantasias dele, lamento, mas isso aqui não é erotico, é violento".
Essa cena pra mim foi um misto de revirada no estômago e admiração pela arte em si do Miura (é uma das sequências de quadros mais detalhadas e exuberantemente grotescas do mangá).
Depois de ver o título do vídeo eu já vim caçando comentários sobre Berserk kkkkk Realmente merecia uma discussão. Violência sexual sempre fez parte da narrativa de Berserk e acho que sua representação pode gerar opiniões bem mistas sobre.
@@pedrom.8525 Vou dizer que foi perturbador pra mim na época (até hoje é), eu não sabia daquela cena e e gostava muito da caska mds. Acho que o Miura vacilou em alguns quadros ali, detalhando desnecessáriamente o ato, mas talvez seja pelo choque. Contudo acho que ele se redime um pouco ao mostrar sua perspectiva do estupro pela caska de forma mais subjetiva.
Queria ver, se for possível, um comentário sobre as representações de estupro no mangá/anime Berserk, que tem uma discussão enorme a anos, sobretudo nas diferenças entre a representação da violência sexual com vítimas masculina e feminina
Berserk é brutal. Mas nao vejo ninguém cancelando o Miura. Talvez por que a própria estetica do eclipse seja escrota de propósito mesmo, mas o estupro da Casca sempre foi a parte mais perturbadora...
Esse é um negócio que eu acho inacreditavelmente pouco falado. Por vezes o Miura utilizou de cenas de estupro ou iminência deste em Berserk, e acredito que NENHUMA se justifica e foi conduzida de forma correta, sobretudo a da Casca. Antes de ler o mangá, eu sabia do fato, mas não sabia como era feito: a sexualização da cena é absolutamente grotesca, além disso ela se estende MUITO, são aproximadamente VINTE páginas em sequência, começando em um capítulo e terminando só no outro. Um dos, quiçá o maior, demérito de Berserk pra mim é esse.
O da cascka realmente parece ser sexualizado porém acho bem dificil dizer que atrai até porque da maneira que foi construido até aquele ponto vc sente um odio intenso e tambem a da filha do rei já as outras cenas realmente são meio vagas e não fazem vc sentir nojo outro parametro é que isso se tornou tão comum não só em quadrinhos como tambem em filmes tipo fica meio fraco dificilmente gera um impacto dependendo da obra é claro
Seria muito interessante, eu sou muito fã de Berserk, mas sempre fiquei meio dividido sobre como o Miura trata a violência sexual na história, as vezes me parece até um pouco de fetiche.
Quando vi o eclipse em Berserk, logo o associei à concepção de Georges Bataille no que se refere ao excesso, atravessando temas como a morte, a violência, a religiosidade e o sexo em uma única peça artística, com grande brutalidade. Tiro o chapéu para Miura e para os demais japoneses por tolerarem algo tão provocante em uma obra de grande vendagem. É o tipo de estética que, no Ocidente, tende a aparecer em setores mais eruditos, underground ou experimentais, até pelo pânico moral que causa. É preciso coragem para encarar a parte maldita, com tudo que lhe é abstruso, e fazer disto uma obra de arte.
Gostaria muito que vc falasse na sexualização nos mangás. A impressão que tenho é que seja em um shonen ou em um hentai ou outros gêneros, o erotismo no Japão é representado no personagem feminino que sente um prazer dolorido ou uma dor prazerosa. Essa relação dor/prazer das personagens femininas me chama muita atenção e gostaria de saber qual a explicação para isso
Eu também acabo tendo essa impressão, tanto em cenas de violência quanto em cenas de sexo consentido. Mas fico aqui refletindo se essa impressão não se dá pela diferença cultural entre a gente. Como estamos sempre vendo com um olhar ocidental, talvez não vejamos uma possível diferença que, pra eles, é bem evidente, sabe?
Nossa sim! E fora o lugar que essas mulheres ocupam nos mangás. Naruto tem a Karin que tem um poder de dar força a quem a morde. Isso no passado dela é demonstrado como uma experiência dolorosa e vc consegue entender um subtexto ligado a violência sexual, mas no presente vira apenas uma piada sexual tirando a profundidade que poderia ter. Ela é usada por Sasuke, descartada, quase assassinada por ele e depois próximo ao fim da história tudo esquecido.
@@victormendonca2455 conheço essa personagem e dá para ver que as "mordidas" possuem claro teor sexual- nesse caso é a representação da dor, mas como forma de "prazer". O que me surpreende é que mesmo as representações do prazer feminino também são como forma de "dor"
Eu sou fujoshi, para aqueles que não são muito do mundo dos mangas, as pessoas denominadas fujoshis são, em suma maioria, garotas que gostam muito do gênero YAOI (Boys love). Pois bem, o meu primeiro contato com uma historia Yaoi foi através do anime `` Junjou Romantica`` que tem como o plot um garoto de 18 anos que vai morar um tempo com o amigo de seu irmão mais velho afim de ajuda-lo a passar na prova de ingresso pra uma universidade. Beleza. O lance é que... Assim que o garoto chega.... no primeiro contato dele com o amigo do irmão, o garoto é simplesmente violado.... E sim, estamos falando de um manga/anime de romance, em que esses dois individuos vão se apaixonar... E esse tipo de coisa é extremamente comum no yaoi. Eu consigo contar nos dedos quantas histórias eu li em que vi consenso no ato sexual de primeira. E, assim como o Alexandre mesmo diz, o ato é completamente erotizado. Eu tinha uns 13 quase 14 anos quando assisti. Achava que aquele tipo de comportamento era normal e até desejava que minha primeira vez fosse como aquilo............. Hoje com 26 anos ainda fico chocada como mangas atuais continuam a insistir nesse tipo de romance destorcido. Ouso até mesmo dizer que parece ser muito da cultura japonesa, levando em consideração mangas e animes Shoujo, que precisa-se existir essa ideia de Dominante e Dominador. Enfim, crítica excelente, como sempre, avemaria.
Sim, vendo seu comentário me lembrei da época que consumia esse tipo de conteúdo, lá por 2019 (sim parando pra pensar é recente) quando eu tinha meus 11 anos eu sempre passava bastante tempo na internet ainda mais porquê eu tive acesso a celulares dês de bem pequena, eu via no Pinterest memes de animes e obras yaoi e outros tipos de coisas foi aí que me veio a curiosidade, tenho vergonha de falar isso até hoje mas o primeiro ""boys love"" que eu vi foi super lovers☠️ o anime que o cara descobre que a sua mãe adotou uma criança e os dois passam a criar um laço forte de irmão que vira algo maior, dês que o mais novo (Ren o nome dele eu acho) tinha 8 anos da a entender que o cara sente algo pelo garoto e o garoto também sente mas não sabe o que é, o anime da um salto no tempo pra quando o garoto tem seus 13 anos por aí ele vai morar na cidade com o irmão mais velho e os dois começam a namorar, sim e as pessoas ao redor deles sabem disso e tratam como se fosse a coisa mais normal do mundo, esse anime tem 2 temporadas 12 episódios cada, eu vi a primeira e 3 episódios da segunda ao decorrer do anime mostra que o Ren quer dar um passo a frente no relacionamento deles, ele quer ter relações sexuais com o irmão de 20 e poucos anos e o irmão sendo meio que o "sensato" da história falando que não porque ele ainda era novo como se o Ren no caso a vítima disso pois ele ainda é bem novo meio que provocasse o irmão mais novo, na época eu achava aquilo a coisa mais genial do mundo porque eu tava naquela fase de gostar de coisas questionáveis (por influência de "amizades" também). Parando para fazer uma comparação me lembra até do filme lolita que o narrador era o próprio professor e ele descrevia a lolita sempre como uma menina que exalava sensualidade e provocações colocando a vítima em uma posição como se a errada fosse ela. Hoje em dia eu paro pra pensar e eu fico até com medo, obras como junjou romântica, super lovers mangas como nii-chan, killing stalking (eu sei que não é um bl), pintura noturna por exemplo ou the orc Bride são muito conhecidas pela comunidade fujoshi e (pelo menos nessa época) os acontecimentos são ironizados e fetichizados por um certo grupo de pessoas dentro da comunidade
é muito comum ver isso em historias boys love, pois há relatos e estudos que mostram que os autores dos yaois (de grande maioria, mulheres) usam esse tipo de narrativa como uma forma de controle e poder sobre a violencia sexual dos homens. Não podemos esquecer que Yaoi (não Shonei ai ou bara) são muito populares por serem por*o para mulheres. Existe uma fantasia interna feminina tbm de poder contra homens, por causa do medo e por serem muitas vezes vitimas deles. Yaoi nunca foi feito para representar casais gays, ou para ser realista. ele sempre foi uma fantasia erotica para mulheres (e alguns homens). até mesmo o romance em si, é para as mulheres. é muito complicado de se explicar todas as nuancias envolvidas em yaoi e a erotização que mulheres sentem com isso. obviamente que abuso, independente do genero e orientação sexual, é inadmissível e repugnante. Mas sei lá, ao meu ver se as pessoas praticam kinks e fantasias sexuais de maneira segura, não sou eu que vou julgar ou culpar uma subcultura por explorar essas fantasias que, psicologicamente falando, tem uma certa logica de existirem. devo dizer, que é muito preocupante que vc viu esse anime tão cedo. deve ter se distorcido na sua cabeça pois vc era muito jovem para entender que tudo aquilo era uma fantasia. quando eu assiti esse anime, eu tinha 17, já tinha um entendimento maior sobre violencia sexual, consentimento e o que é ficção. então pra mim ver essas cenas foram chocantes de primeira, mas deu pra entender rapidamente que o anime não estava querendo ser realista. só depois de estudar mais que eu entendi pq esse tipo de plot existe.
Quando Druuna saiu eu vi muito hype e eu procurei por debates referentes à sensualização da violência q eu sabia q existia nele e não encontrei quase nada sobre o assunto, o que eu achei um pouco preocupante, inclusive por parte da editora, então passei muito longe do quadrinho. Fico feliz de ver um canal falando sobre o tema, apesar de ser um tema desconfortável
Conheci Druuna na revista Heavy Metal, nos anos 90. Achando o desenho lindo e o erotismo tentador, comprei Morbus Gravis 1. Minha namorada na época me encheu tanto que acabei jogando a revista no lixo (e meus vizinhos adolescentes pegaram). Como gostei muito do plot twits do final da história, ficou na minha cabeça que Drunna tinha um equilíbrio entre história e erotismo. Então ano passado tentei terminar de ler a série e não consegui. Não tem qualquer equilíbrio. É um fiapo de história pra justificar um monte de cena grotesca/erótica.
De certa forma ela te salvou de uma fantasia grotesca com uma roupagem séria. Mas me dá raiva quando eu vejo mulher q têm ciúme de desenhos animados ou quadrinhos (a não ser q ela tenha entendido a sexualização do estupro nesse quadrinho, aí tá certo mandar jogar fora).
Esse vídeo me lembrou de uma discussão que tive com um amigo sobre Goblin Slayer, que ele queria que a gente assistisse porque era sombrio, pesadíssimo e tudo mais. Pra sustentar o ponto ele nos mostrou um episódio, não lembro se era o primeiro mas acho que sim, e lá uma personagem era 3stupr4d4. E foi bem naquela qualidade japonesa que conhecemos... Bem er0tiz4da, como se ela gostasse daquilo, como uma dor prazerosa... Só bastou esse ponto para que não assistíssemos o anime. Cara, a história pode ser boa, pode ser pesada, eu gosto de histórias assim, mas quando um ato horrível desses é sensualizado evito de consumir, porque sei bem do que a mente humana é capaz. Você pode não gostar no começo, mas depois da constante repetição e das formas que ficam cada vez mais "chamativas" e "atraentes" vai chegar uma hora que você vai gostar e achar normal (até porque não é com você e é ficção). É como você disse, tudo pode ser sensualizado, até mesmo onde o 3stupr0 claramente não é representado nessa forma, mas é aquela coisa de que ninguém consegue fugir da perversidade humana, é tanto que qualquer personagem (independente se é infantil ou não) tem a sua versão h3nt4i na internet...
Mesma coisa do mangá Berserk, uma mina escreveu num blog falando daquela cena da Caska com o Griffith, fazendo uma critica, dizendo o quanto essa cena foi retratada de forma errada e mesmo assim a galera (em sua maioria homens) caíram matando ela.
@@Yarilynne infelizmente é verdade... Uma situação contrária, no entanto, é aquela cena do cavalo possuído. É perturbadora, não sexualizada, como deveriam ser todas as cenas dessa espécie.
@@eituts8124 eu não diria tudo, só o modo como o estupr0 dela foi representado que foi problemático, porque de resto a obra conseguiu deixar implícito que ela não compactuava com aquilo, mas é bizarro...
Sendo curto e grosso: violência sexual. Expressão dupla que é entendida apenas por uma de suas metades. Qual delas você assimila primeiro? A do lado da violência sensual ou a do lado do sexo violento? Escolha.
Fala de mangá também, pq nossa senhora até hoje tem gente passando pano pra cena de estu*** da Casca em Berserk dizendo que era a "melhor" forma de representar o abuso. Gostaria de ver você comentando mais sobre.
Assisti o Berserk por indicação de um amigo. Queria ver esse papo no canal também. Não sei se a representação do anime é a mesma do mangá e, como faz um tempo que assisti, não lembro bem, mas duas coisas me marcaram: a violência do final da temporada que é aquele "pacto" que o mano faz nesse rolê da Casca. E a própria violência que o Gutts sofre quando é jovem. Não sou um grande leitor de mangá e nem vejo muitos animes, mas foi o único caso de violência sexual que vi contra um homem em animação.
Na minha opinião, foi uma cena muito boa n achei sensual, na verdade achei bastante assustadora, junto com o protagonista arrancando o braço e o grupo morrendo por demônios, achei que o autor conseguiu sim trazer a emoção de raiva pra krl
@@danielegarotti7884 Ué, cara, você queria o que? A cena é bem completa, diferente da primeira cena de estupro de Berserk, esse foi contando uma história maior, como o braço perdido do guts
Acho extremamente válido um vídeo sobre como a violência sexual é representada em mangás (e talvez comentar sobre as light novels japonesas, porque parece que é uma tendência ter pelo menos uma cena de estupro nessa mídia, com único propósito de fazer o personagem principal da cena tomar alguma atitude e ele ser o "grande herói"). É curioso se pensar que essas cenas, que teoricamente contém um teor mais adulto, são retratadas (na maioria das vezes) de uma forma extremamente sexualizada em obras para o público mais jovem (10-15 anos, pra especificar), como Sword Art Online, que é bem popular. Me pergunto como isso influência a mentalidade daqueles que crescem achando isso normal. Porém, sem dúvidas, as obras que mais apresentam esse conteúdo quase pornográfico são as seinen, voltadas para o público adulto masculino. Várias tentam apresentar a violência sexual como algo horrível, mas falham miseravelmente ao banalizarem o ato, parecendo mais uma glamourização de um fetiche do que qualquer outra coisa (como comentado no vídeo sobre a semelhança com o BDSM). Exemplos seriam Mirai Nikki, Globin Slayer (que gerou grandes polêmicas por causa do primeiro episódio do anime) e Berserk, que pelo o que conheço o autor tomou cuidado com a enorme quantidade de estupros da obra, mas ainda houveram deslizes. Ao meu ver isso é tudo consequência de como a sociedade japonesa num geral enxerga as mulheres, vide a grande sexualização de personagens femininas nos mangás/animes/etc independente da faixa etária do público-alvo, e a legislação tanto quanto estranha sobre estupro que deu o que falar com agressores sendo inocentados em 2019. Seria bom ouvir a opinião de alguém que tem bem mais o que falar sobre quadrinhos e mangás do que eu, apenas um consumidor que já achou normal toda essa sexualização (até porque era o que eu conhecia na época).
@@felipetavares4266 tbm é um dos meus, mas queria saber uma outra visão sobre algumas coisas ali. Tem horas que o estupro parece ser tratado com sensibilidade e sem romantizações, tem horas que parece o puro exploitation...
@@guilhermeptp3954 o kentaro miura ele já até pediu desculpa em uma entrevista dele, ser você ver o mangá atual dele não tá aquele bagulho pesado e os carambas
Fale sobre mangás sim! Como exemplo, pra mim é perturbador o quão recorrente é essa visita ao estupro em Berserk. Será mesmo que precisamos de vários e vários estupros em uma obra só pra assimilar que aquele lugar era degradante e horrível para as mulheres? A cena do Wyald bestial tentando estuprar uma mulher além de patética, fica naquela zona de ato frustrado e cômico posteriormente. Em certa parte, quando saímos de um núcleo para outro, vemos um bando de homens com sorrisos maléficos cometendo o ato, aí depois temos cavalos possuídos que querem estuprar uma mulher, daí temos dezenas de tentativas de estuprar uma das principais. Gosto de Berserk, principalmente da Era de Ouro, o Miura era um artista incrível, mas eu não fecho meus olhos pra isso. E a cena do rei com vocês-sabem-quem? Até acerta em pesar mais nos traços da figura repugnante do monarca, mas se alonga demais e com vários ângulos como se houvesse um prazer mórbido no detalhamento do ocorrido. Berserk é altamente fetichista quando não se trata de um certa violência sexual no início do mangá que é bem mais sutil. A questão é: não precisa explorar a figura feminina à exaustão assim, ainda mais inúmeras vezes.
Hoje em dia eu penso em alguns desses que você citou como eroguro, principalmente na cena de estupro da Cascka. Em muitas vezes tem essa mistura do erótico com o grotesco. Mas sinceramente eu fico na dúvida se o Miura queria colocar ali realmente uma fetichização da dominação masculina ou uma tentativa de eroguro (ou ambos), até porque não sou especialista nos assuntos.
Discordo mt sobre Principalmente sobre a cena do Monarca Pq em momento algum aquela princesa demonstra qualquer felicidade d qualquer ângulo q tu veja Eu tb n gosto dessa tara do miura d fazer certos personagens querem estrupar a caska, mas no arco "final", vemos como a mente dela ficou dps do eclipse e aquilo é fenômenal Fora q... guts tb foi estrupado, tb numa cena forte E se alguém sentiu alguma coisa nas cenas d sexo/estrupo em berserk essa pessoa é maluca na minha visão
Belas palavras, uma simples cena como a do guts onde o mesmo também sofre um abuso e tem toda essa áurea obscura e pesada, não há necessidade das cenas que ocorrem no eclipse Ocorresse da mesma forma como a cena do guts, não perderia nada na narrativa porém né..
Nossa, não sabia dessa história de "mulheres de conforto", fiquei muito triste com isso mas é bom que seja sempre lembrado como mulheres foram vítimas de violência na história recente. Também acho que essa fuga do debate sobre erotização da violência sexual só a deixa mais sombria e perigosa, as práticas BDSM mesmo, tão condenadas e deturpadas mas que podem oferecer um espaço seguro e consensual pra isso.
Quando o Sérgio Aragonés junto com Mark Evanier criaram "Aragonés massacra a DC" ,ao apresentarem a mulher - maravilha usando o laço da verdade apareceu uma fila de homem falando "pode me amarrar!"
Não comprei e nem comprarei Drunna por causa disso tudo. Acredito que seria hipocrisia de minha parte, apoiar a luta feminista e dar meu dinheiro pra um quadrinho que erotiza o estupro. Não é medo de possivelmente gostar, mas sim agir de acordo com os meus princípios, porém, sei que não sou perfeito e erro muito, mas mesmo assim não vejo isso como uma boa desculpa pra continuar "errando". (Tentei fugir do moralismo colocando aspas haha não sei se deu certo) Ah! Muito bom o vídeo, espero que faça uma parte dois e seria muito interessante se você extendesse mais o assunto.
Esse tema em específico sempre me intrigou em Berserk. Quando ocorre o arco do eclipse, o ápice dele é um abuso enquanto os demônios se deleitam assistindo e o protagonista não consegue fazer nada a respeito. Isso gera divergência de opiniões na comunidade até hoje, pois há trechos sensualizando o ato e gera debates do tipo "ela gostou". Eu discordo plenamente dessa visão, porém é inegável que existe erotismo na cena.
Miura era um artista incrível mas me doeu muito o jeito que a Caska foi retratada em seu estupro, ainda mais diante contexto que tinha com o Griffith. PQP, ELE SALVOU ELA DE SER ESTUPRADA!! Pra mim, quando eu vi a cena não parecia que tinha muita da perspectiva da própria dor dela mesmo sendo a vítima, parecia ser um cena apenas pra enfatizar o sofrimento do próprio Guts não levando em conta o próprio ponto de vista da Caska diante do abuso sendo cometido por aquele que ela jurou sua lealdade eterna.
Em Berserk essa cena não é bem sensual, o Griffith foi retratado de forma esbelta pq é uma dualidade na representação dele durante todo o mangá, é mais um horror pútrido, é tudo representado com nojo e sujeira, vergonha e humilhação.
@@queissocara. eu concordo, mas não consigo não ver uma certa armadilha semiótica naqueles painéis. é o que gera discussões sobre uma possível ambiguidade da cena
Já comentei em algum vídeo seu mais antigo sobre meu problema com a comunidade que consome a sexualização infantil em mangás, acho que esse seria um bom tema para vídeo e debate, pois quando se tenta trazer esse tema para o debate sempre há seus defensores "ah, é só um mangá, desenho nada a ver", sim, já utilizaram essa pra cima de mim. Enfim, fica a dica e estou muito feliz com sua recuperação!
Acho que seria interessante um vídeo sobre a constante ameaça da violência sexual presente no mangá seinen, berserk, de Kentaro Miura, e um olhar para a personagem da Caska, levando em consideração os estereótipos atribuídos as personagens negras nessa mídia, como ela é colocada na "geladeira" durante boa parte do mangá, ao ser reduzida à um estado de infantilização, bode expiatório, para que a narrativa pudesse prosseguir. Comentário sobre a cena polêmica onde a mesma é violentada sexualmente e em determinado momento do ato expressa ambiguidade em relação ao que está se passando, ou pelo menos, é o que o autor deixa a parecer. Enfim gostaria muito de ver por aí mais material acessível relacionado ao imaginário da personagem, que na minha opinião merecia uns 40 volumes de protagonismo só pra compensar mais da metade do mangá, onde ela nem falas tinha, pena que com a morte do Miura se torne impossível acompanhar a redenção de tal personagem, porém não acredito que esse fato esgote as potencialidades de discussões e implicações relacionadas a obra. Sobre o trauma sofrido e como ela acaba ficando "quebrada", fragmentada. Implicações de ser mulher num ambiente tão hostil, violento e predominantemente masculino no contexto do mangá.
Acho que uma continuação abordando a violência em mangás cairia como uma luva. Nesse meio vejo muito mais gente que releva determinados aspectos ou até gosta e não tem qualquer vergonha ou meias palavras pra dizer que curte.
Me lembra aquela comparação de como o estupro da Espectral foi retratado na HQ e no filme do Snyder. Na HQ é mostrado como algo violento e doloroso, já no filme parece uma cena de filme pornô.
É um assunto delicado e que por mais que a idéia seja retratar a violência sexual de maneira a não ser encorajada, muitas pessoas se sentem estimuladas. Eu adoraria me aprofundar em mais obras, sejam mangás ou quadrinhos que abordem essa temática de diferentes formas para que nós também possamos nos politizar contra esse crime hediondo e que, infelizmente, continua a se perpetuar através das eras
@@joaomarquesacoutiful ainda bem que não curte. O problema da porngorafia é que ela pode viciar e o usuário vai necessitando de vídeos cada vez mais extremos pra se satisfazer, e pelo consumo da pornografia vai normalizando práticas violentas. Muitos homens hoje normalizam não pedir o consentimento da parceira antes de fazer anal, estrangular, cuspir ou dar tapas na mulher e isso vem da pornografia. A maioria dos consumidores (homens e mulheres) não tem o cuidado de evitar esse progresso do porno normal pro hardcore.
Nessa questão da fantasia de subjugação, eu sempre fui muito sincero comigo mesmo, mas claro, eu só almejo esse fetiche de forma consensual, de qualquer maneira, meu ponto é, eu não sei porque as pessoas tem vergonha de suas fantasias e pagam de moralista.
Cara eu acho que isso se deve aos séculos de repressão sexual que ocorreu na história humana e isso influência até hj na sociedade moderna pois muitos ( inclusive eu ) temos medo de expressar os nossos desejos carnais e se falarmos sobre os nossos desejos nós seríamos mal vistos, criticados e de sermos linchados.
Pausei um pouco para comentar: esse assunto me lembra muito uma polêmica parecida no mundo dos BL(Boys Love)/Yaoi. Tem muito mangá que acusam de fazer glamourização/romantização do estupro e abuso sexual, que tem cenas ambíguas quanto ao consenso do casal envolvido e por aí vai, entre outras coisas bem mais pesadas. Uma das artistas super polêmicas quanto a isso é a Harada. Isso costuma dar uma briga DANADA no Twitter quando se comenta, tanto que separaram já quem consome BL “saudável” das pessoas que consome o “não saudável”. Tanto que o termo “Fujoshi” hoje é carregado de estigma ainda mais atualmente pela galera que lê BL também, porque considera quem se coloca como uma fujoshi alguém que fetichiza relações homoafetivas entre homens e não apenas mais alguém que consome esse tipo de narrativa nos mangás, então procura sempre não se associar. Não sei se no meio GL/Yuri ocorre o mesmo, porque vejo menos elas discutindo entre si.
Nossa verdade, tem toda essa questão no BL. Eu já tentei ler alguns e realmente é meio esquisito, geralmente eu não terminava e abandonava. Que nem Ecchi, eu acabo abandonando porque essas coisas vão ficando meio estranhas de mais pro meu gosto. De cabeça eu só lembro da política de Berserk e Globbin Slayer, é assim que escreve? Mas mangá na minha opinião tem muito disso em várias doses diferentes. Pode ser que venha da cultura deles de ter a mulher como alguém bem mais submissa. Mas essa glamourização no mangá é bem tenso mesmo. Pelo menos comecei a ler BL pela Newpop vou procurando os dela que parece um pouco mais leves e daí não tenho muito problema.
@@MelissaPinto Existem mangás BLs que não tem tanto isso mesmo, mas a maioria dos antigos não foge desse tipo de abordagem, principalmente os animados. Só atualmente que isso tem mudado mais. Eu prefiro me abster desse tipo de discussão na net, porque acaba virando um puritanismo absurdo KKKKKKKKKKKK Entendo que tem um problema quanto a isso, mas acabam sendo muito alarmistas quanto a essas representações, não pensando criticamente sobre os tipos de representações, generalizando muitas vezes. Mas é aquilo: a questão consensual nos mangás/animes, no geral, sempre foi um troço esquisito. Sem contar também a maneira como a figura da personagem feminina costuma ser representada em muitas obras. Eu acho o cúmulo ter UM TERMO para um tipo de narrativa que explicita isso escancaradamente, que é o Ecchi. Ecchi é ridículo, nem disfarça, é objetificação da mulher pura e escancarada aleatoriamente. Não tem sentido narrativo, nem uma forma que faça sentido. É só para moleque de 14 anos ficar babando com situações constrangedoras envolvendo a figura feminina. Prefiro obras que são mais honestas quanto a sexualidade humana e tem coragem de abordar sem essa carga de visão adolescente sexista. Mas enfim… É um problema mesmo e ponto. Agora o motivo de ser dessa forma… Teria que navegar afundo quanto a história do Japão, ir atrás de perspectivas sociológicas, a sexualidade ao longo dos anos nos mangás/animes e por aí vai. Acredito que olhar pela perspectiva “ocidental” não vai dar tantas respostas para nós. Podemos até fazer isso e realizar nossas duras críticas, mas não acho que seria o suficiente.
@@palestrinha Sim. Também não sou de discutir isso na internet mais porque Otaku é muito infantil e mimado, além de parecer querer não discutir realmente o que está consumindo. Gerando umas brigas infantis e brigas de fandom até. Eu até parei de discutir com um amigo que adorava as tais lolis indo de um jeito absurdo ao ponto de ele procurar mulher na vida real que fosse o mais sem nada possível e baixa pra parecer uma loli. As discussões do meio Otaku da umas tretas kkkkkk mas o pior é mais isso mesmo, eles não quererem "problematizar" e colocar em um pedestal tudo como intocado, bom, belo e moral. Engraçado que o moral sempre é o anime Ecchi bizarro da temporada que se depender objetifica até a sua avó, mas Belo e moral kkkkkk
Nunca fui de interagir com a galera BR fã de Yuri, tudo que vou dizer é baseado em interações com gringos e em comunidades mais fechadas. Consumo GL em geral desde 2012 mais ou menos e não vejo um olhar tão condenável em relações a obras com conteúdos mais pesados. A discussão geralmente se volta a uma relação de ficção vs realidade, como se a obra fosse um referencial de aprendizado. Devo deixar claro de que, nem tão diferente do yaoi/BL, o yuri/GL é feito por mulheres para mulheres. E ainda vale lembrar que a maior revista de mangás yuri, a Comic Yuri Hime é focada em mulheres. Então a forma de consumo dentre os públicos de yaoi/BL e yuri/GL é bastante diferente. É bastante comum encontrar mulheres nos fóruns de discussão fazendo paralelos entre a história em questão com suas experiências em relacionamentos.
@@FredMaverik Mais ou menos. Pelo que eu vi aqui, numa entrevista, ela é meio inspirada nas duas coisas. A imagem icônica dela arrebitando a bunda, é um stencil de uma imagem pornográfica BR mesmo, por exemplo.
Quando eu penso em quadrinho sobre violência sexual, eu sempre lembro de Clarissa, e filme penso em Irreversible e Hope (o qual eu chorei alguns tantos).
Conheci a Druuna há uns anos por um texto no site Papo de Homem: "Paolo Eleuteri Serpieri e porque gostamos tanto de bunda". Nessa linha meio progressista que você falou aí. O texto não era exatamente sobre o quadrinho, mas tratava dele em vários momentos sem falar dessa problemática que você levantou. Fui ler o primeiro quadrinho (já em PDF) e lembro que nas primeiras páginas tinha meio essa biografia e exaltação do autor, mas na época não saquei a erotização da violencia sexual na história.
Foda de quadrinhos no geral, é que essas cenas de violência sexual e erotização da mulher servem mto mais pra chamar a mlkada punheteira pro quadrinho e vender mais, me parece sempre que essa história da "crítica social foda" é só pano de fundo pra desenhar panicat numa revista de super herói
Mas revista de super heróis tem que ter panicat msm, imagina um quadrinho com heróis fortes, lindos, e gostosos com trajes colados ao corpo, e heroínas gordas e feias kkkkkkkk
@@guilhermenetto9254 nn sei sobre heroínas feias, mas o mangá de jojo é basicamente um monte de homem ENORME, saradão e com roupa colada/cropped (tirando stone ocean) porém entendo seu ponto!
Faça sim uma segunda parte, transferindo o tema pros mangás e, tantas outras partes falando dessa erotização do estupro nos quadrinhos americanos, europeus tbm. Que bom que melhorastes, seu conteúdo é ótimo e muito relevante!
Genial, do início ao fim. Compreendi tanto a erotização e a fantasia do primeiro quadrinho quanto a distância dessa fantasia com a realidade. Como a ideação é diferente do ato, da posição, das sensações da vítima no momento. Que triste que essa crítica seja tão pouco presente no mainstream. Obrigada pelo vídeo!
Acredito que é RARÍSSIMO o caso em que colocar uma cena de violência sexual num quadrinho, filme, série etc., realmente se justifica. Agora, se o(a) autor(a) realmente acha que precisa incluir esse elemento pra contar a sua história, beleza vai lá, mas segura seus BOs: se vai colocar algo como isso na sua história eu exijo um POR QUE excelente, e um COMO tão bom quanto. Nesse sentido, acredito que Grama, da Keum Suk Gendry Kim, e Innocent, do Shinichi Sakamoto, acertam a mão, sobretudo porque sabem ser impactantes sem precisarem ser gráficos.
Eu gostei de Druuna, mas achei muito esfarrapada a desculpa dos editores de que a violência sexual é uma crítica, definitivamente não é. Por favor, faça sim uma parte dois tratando de mangás
mas cara, em Drunna a beleza dela quanto a forma da personagem pensar, é uma clara oposição ao pensamento e comportamentos de um mundo totalmente masculinizado, que é grotesco, violento,feio e cruel. Ela,no caso, é a representação do feminino, dentro de um contezto masculino. A arte visual da representação de uma mulher cheia de formas e detalhadamente desenhada, realça a beleza desta personagem! Agora, é claro que o quadrinho é erotico na sua concepção, pelos angulos que a protagonista é mostrada!!! totalmente desnecessario. O problema é que agente vive no mundo tão machista que isso não nos incomoda mais. Inclusive,ficamos com raiva quando alguém aponta essas incoerencias. Outro artista que adorava uma sezualização das figuras femininas de forma desmedida,era Moebius. Ezistem varias obras primas da decada de 70 e 80 na Europa, que sezualizam a mulher de forma desmedida. Agora,não nos esqueçamos que a decada de 70 e 80, foi muito influenciados pelo movimento Punk. Esse movimento era sujo e transgressor em sua origem. Durante essas décadas, começaram inclusive a aparecer figuras de mulheres altamente sezualizas, mas com personalidade forte. Inspiração direta do Bondage, que permeava o imaginario e a vida suja nos guedos dos centros urbanos,ou seja, infuencia do movimento punk.
Descobri seu canal recentemente e cara, fico muito feliz de ter descoberto. Não imaginava que encontraria um conteúdo tão bom e profundo desse jeito sobre quadrinhos e cultura pop no TH-cam. Obrigado!
Ale, uma perspectiva vinda de Portugal. Desde 1974 que todas essas bds são editadas regularmente em Portugal. Drunna ou qualquer obra de Manara sempre foram vistas como coisas de erotismo/pornografia. Nunca vi uma abordagem na venda dessas BDs de tentar vendê-las como mais que isso mesmo. Durante a minha idade de crescimento, nos anos 80 era frequente ver nas livrarias Manara à venda. O nome era logo associado a homens e erotismo. Sinceramente nunca me lembro de ver Drunna ser editado em Portugal com uma perspectiva de ser uma obra que não fosse para o leitor de BD rebarbado. Em 2015 o Drunna não tinha sido publicado na integrada. E foi um nova editora, com uma mulher à frente que tratou de editar tudo. E ela sabia que o público que ia fazer valer era de homens e sabia que eram homens com mais de 35 anos que iam comprar e alavancar as vendas. Portanto, eu ouço estas coisas e fico estúpido. E sim a Drunna é uma gaja podre de boa. No entanto, eu li o primeiro livro e confesso que fartei-me a seguir. É muito repetitivo... Agora o Verão Indio do Pratt/Manara é qualquer coisa de genial - e começa com uma violação, que está entre o sensual e o repulsivo. A história depois é uma consequência dessa violação. Nessa obra em particular há mais que a violação, como no Grama. Mas é preciso de colocar as coisas no seu devido lugar. Abraço
Isso que vc trouxe é algo que na psiquiatria chama de parafilia. Estou estudando sobre a psicologia das massas e é incrível como isso está muito ligado a repressão sexual que estamos expostos desde a nossa infância por nossos pais e tbm a igreja. Top teu vídeo
Isso também tinha aos montes nas literaturas das revistas Pulps (as antecessoras dos quadrinhos), haviam varios temas deis de romance, terro, fantasia e ficção cientifica, mas umas em particular eram a sexaulização e violencia sexual. As capas de muitas sobre esse tema tinha essa violencia e sexualização aos montes, mostrando garotas sexys sofrendo violencia (as vezes pesadas) de bandidos, vilões, n@zistas e etc. Sem falar nos texto e algumas imagens dentro da revista para ilustra algumas cenas.
Como tu acha que fica a tradição do Ero-Guro em relação a isso? Dessa escola o que eu mais li foi o suehiro maruo, e eu sempre interpretei, até pela linha ''batailleana'' dele, de que era pra criar repulsa e horror, pra mostrar como o erotismo tem uma dimensão do excesso que não se separe das pulsões de morte. Mas como tu bem disse ao final, tudo pode ser sensualizado. Então, fica aí a questão.
Na minha humilde opinião esse gênero pretende abertamente causar horror a partir de distorções da sexualidade, é uma forma de horror exatamente como o horror psicológico e o body horror. Ver o ero-guro como um gênero de horror é tranquilo, cada um tem seu gosto em se tratando de terror. Mas confesso que tenho medo de qualquer cara que use isso pra tocar uma...
@@Pepe-ql9xd eu também tenho medo, até prq não vai ser raro o gênero usar pedofilia, estupro, mutilação e etc atrelado ao sexo. o proprio suehiro mesmo - que eu cito porque como disse foi quem eu mais li nessa tradição.
Mas este é o ponto. A tradição do excesso - Sade, Miller, Bataille etc. - é uma tradição fortemente sensual. Se há alguma "crítica social foda", ela sempre aparece combinada com algo de maldito ou perverso, inclusive no âmbito sexual, e que não pode ser empurrado para debaixo do tapete (ou mandado de volta para o inferno de onde veio). É arte - e a arte deve ser livre. Ademais, compartilho desta interpretação (pelo excesso), não apenas no caso do Maruo, como também no de Miura em Berserk, sobretudo no eclipse. Não é difícil expor as ideias de Bataille usando aquela passagem como ilustração. Está tudo ali.
@@danilobittencourt3850 a própria Slan (uma das mão de Deus de Berserk) diz isso "está tudo aqui" (ódio, amor, esperança, medo, vida, morte, é tudo tão lindo, tão divino, tão humano, tão demoníaco)
Essa "polícia da fantasia" me lembrou o anime Shimoneta kkkk Já ouviu falar?Ótimo vídeo como sempre,seu ponto de vista me ajuda muito a ter outra visão da sociedade e da arte
@@danilobittencourt3850 a moralidade é algo que o ser humano DEVE TER, sendo implementada ou não, se você acha que pode fazer e falar o que quiser e não ser julgado moralmente, então você vive em um mundo paralelo a realidade
Acho que vale quase uma série abordando mangas. Até por ser, não sei como chamar na realidade, um formato de HQ (talvez, sei lá) que eu consumo muito e gosto das propostas estética/narrativas, mas é pouquíssimo problematizado e sempre acaba caindo na vala comum de "Ahh, mas é cultural deles isso".
tava pensando sobre drunna outro dia e o quão absurdo foi ler o tipo de material quando eu era mais moleque, mas lembro muito bem que eu tinha PENA da personagem principal por tá presa naquele pesadelo sem fim e simplesmente não conseguir ter paz.
Grama foi um soco no meu estômago, é uma obra que eu chorei horrores, tanto que eu nem consigo ler de novo. Mas no geral, quando eu vejo qualquer material que incluí sexo de qualquer forma, eu sempre me questiono qual a necessidade da cena para a narrativa daquela história. Normalmente é material pra punheta, só, e como um cara gay, normalmente eu vejo essas cenas como um folheto de promoção de mercado.
Faz o de mangá plz!!! Acho a abordagem do Miura em Berserk, levando o abuso como natural daquele mundo violento e ao mesmo tempo mostrando as consequências que podem acontecer.
Já no aguardo da segunda parte, análise e crítica muito boas e realmente necessárias. Pq meu irmão o tanto que eu já ouvi essa desculpa aí de "o importante é a critica" e no fim era só uma forma de romantizar o abuso.
Na casa de um amigo tinha uma revista dessa. Peguei sem ter ideia do que era. Os desenhos são muito bem feitos e realmente é excitante. Me lembro de ter reparado que tinha violência, mas não me importei na época, e fora que como foi dito, ela sempre parecia estar gostando de tudo. A lembrança que eu tenho é de uma parada viajada e excitante rs. Vou procurar ler novamente, é muito fácil de achar na net esse tipo de coisa kkk.
Ainda bem que está de volta, só vc e Ilha kaijuu para salvar esse youtube. Excelente vídeo, vi bastante coisa legal nos comentários, então não vou me prolongar, mas fale sobre mangá pfvr! minha experiência com Sanctuary foi muito afetada pela quantidade de estupro na obra, por exemplo.
Cara, eu conheci Druuna quando era criança... não vou mentir: achei foda a arte! Na real, ainda acho... mas confesso que nunca li os quadrinhos em si, pq era do namorado da minha dinda e ele não deixava eu ficar nem folhar a revista por causa do teor (eu via escondido kkkkkkkkkkk)
Seria bastante interessante essa segunda parte - falando sobre os mangás. E se fizer e puder, comente sobre o berserker, que tem várias cenas sobre o tema. Sou fã e acompanho o canal, mesmo não sendo um leitor de quadrinhos e menos ainda de mangas (li apenas 3, contando com berserker). Aqui é o único canal que eu conheço que as críticas e análises fogem do raso e do “lugar comum” que vemos por aí. Sempre aprendo muito com seus vídeo e me coloca de fato para refletir. Parabéns pelo excelente trabalho.
Sobre mangás, faz sim uma segunda parte disso porque eu acho que lá existe MUITO da fetichização da dominação e pelos olhos de uma cultura completamente diferente da nossa. Coisa que dá uma discussão e debate muito rico ao meu ver. Uma cena muito famosa e polêmica desse meio é do estupro da Cascka do mangá Berserk. Não sei responder até hoje se aquilo foi uma fetichização da violência sexual ou se o Miura meteu um eroguro na história...
Isso! Precisamos de mais discussões sobre essa erotização dos quadrinhos, desenhos, mangás e animes (principalmente hentai). Muito me preocupa que as crianças e adolescentes vejam esses conteúdos e naturalizem essas relações abusivas, o que acaba por trazer sempre o pior para nossas meninas e mulheres.
@@jplandim2243 sinceramente? Passando os anos, me pareceu que ele não tinha na época a referência de violência sexual, mas apenas os das histórias eróticas. Lá na reconstrução da Caska ele representa melhor como era para ser entendido:Uma violência.
@@olavocarvalho4356 Cara ninguém esta de proibido de p0rra nenhuma, a diversas maneiras de consumir obra, você não precisa consumir na pespectiva entrenderimento ou produto puramente simbolico, tudo que dono do canal fez foi levanta uma discursão de pespectiva "CRITICA", então assimile a critica e consuma obra como produto.
Cara, minha opinião é que se existe um fetiche nisso, deve ser trabalhado de forma saudável, não fingir puritanismo, como você mesmo disse. Eu adoro dominar, minha namorada adora ser dominada. Entre 4 paredes as coisas acontecem, conhecendo os limites de outro. Fora dali, essas situações não tem representação no mundo real. Eu não quero estuprar ninguém, ela não quer ser estuprada.
Só não comprei Druuna da Pipoca & Nanquim porque está muito caro, apesar da excelente qualidade gráfica. Eu tinha os albúns da Druuna da Heavy Metal; custavam 7 reais. Na época, 7 reais era dinheiro, e eu era um adolescente que tinha dinheiro contado para comprar meus gibis, mas Druuna era um deleite visual. Não teve nenhuma problematização na época. Acredito que a integridade do criador é absoluta, e as críticas que porventura possam advir de sua obra não devem em hipótese nenhuma se tornarem censura de fato.
Wonder Egg Priority é um anime que aborda em certo ponto da historia essa tema de violência sexual, e representam essa violência de uma nenhum pouco explicita ou sexualidade e ainda de uma forma bem agoniante
Em compensação ele erra feio (põe feio nisso) em várias outras questões importantíssimas, então acho que esse anime só deveria ser levado de exemplo do que NÃO fazer.
@@amurat4379 discordo total disso, em ql ponto ele erra tão feio assim? O máximo q acontece é ele tratar algumas questões de forma bem ambígua e outras q ele mal chega a se aprofundar
@@nick7259 eu nem vou entrar no mérito de seus muitos furos de roteiros e como o próprio anime caga e cospe encima de seus próprios conceitos, vou me concentrar apenas no que pra mim foi o começo do declínio desse anime. No caso foi o episódio 10, o episódio onde nos é apresentado um garoto transsexual (só um adendo que tudo o que irei falar a seguir é a minha visão da situação como também um homem trans). Kaoru é simplesmente uma das "representatividades" mais tenebrosas e desrespeitosas que eu já vi de um transsexual na minha vida, já começa que a existência dele no universo de WEP o inválida como um homem (lembre-se de que quando Momoe se juntou a trupe, houve uma discussão onde Acca e Ura-acca deixaram bem claro que NÃO existem homens no mundo dos ovos) e eu acho que nem preciso mencionar a problemática de colocar um personagem trans num contexto de suicídio. Sério cara, já somos poucos na ficção, então vc vai e me coloca um personagem trans justamente num contexto onde ele se matou??? Isso é de muito mal gosto, mas não tanto quanto o item a seguir. A cereja deste bolo de merda foi o motivo do suicídio do Kaoru e cara..... Já não bastasse esse anime ter invalidado o gênero dele e ter colocado o personagem num contexto de suicídio, eles ainda não estavam satisfeitos e colocaram a história de fundo dele pra ser um dos piores pesadelos da comunidade de homens trans (se pá, a comunidade LGBT+ como um todo) que é o estupro corretivo (vindo de alguém em quem o Kaoru confiou o suficiente pra ser a primeira pessoa a saber sobre ele ser trans) e ainda por cima ele engravidou disso. Desculpe, mas se vc não vê o mínimo problema em nada do que eu citei ou pensa que a situação "nem é tão ruim assim", vc não tem o mínimo de empatia para com transsexuais. Esse episódio me deixou mal tanto mentalmente quanto fisicamente, eu precisei me segurar pra não vomitar de verdade.
@@amurat4379 Desculpa, mas a história desde o EP 1 aborda sobre tragédia, vc pode não gostar de ver uma pessoa trans representada de uma forma trágica, mas isso não é demérito da obra. Nem preciso dizer q os Acca e Ura-acca não é uma representação de homens com pensamentos progressistas e super mente aberta né? Os dois apesar de serem cientistas, são personagens com um pensamento conservador com uma visão idealista das mulheres. Literalmente em nenhum momento o anime mostrou q as ações dos agressores estavam certas. Enfim, entendo vc pessoalmente se sentir mal, mas a obra não passa a visão que td a tragédia que aconteceu com ele foi certo, pelo ao contrário. Histórias assim acontece na vida real, e esperar que uma obra q fala sobre suicídio não aborde esse trauma, no mínimo é mt inocência.
@@nick7259 essa é a desculpa mais "???" e sem cabimento do mundo. Não existe isso de "ah, mas isso acontece na vida real", cara é apenas de PÉSSIMO gosto vc retratar isso tudo dessa forma. É errado, cruel, insensível. Esse papo de "ah, mas eles eram homens progressistas conservadores pipipi popopo" isso sequer é desenvolvido ou COMENTADO no anime, então nem faz sentido jogar esse argumento. E já que vc quer ir pro lado de "esse anime aborda tragédias", ok vamos falar delas e o quanto elas são incrivelmente mal feitas. Até o episódio 9 o anime faz sim um ótimo trabalho, mas como eu disse, a partir do episódio 10 é só ladeira abaixo. Vc não acha de mal gosto a invalidação de um personagem trans e uma representação porca? Ok. Mas e quanto a eles colocarem como a única culpada pelos suicídio de garotas adolescentes ser uma I.A. adolescente que quer se vingar dos "pais" idiotas que a abandonaram? Ou melhor ainda, o viés completamente machista da história da Koito. Uma menina de 14 anos que consegue manipular com maestria um homem adulto, e ainda deram um jeito de encaixar suicídio na história dela como uma estratégia para se conseguir algo e obter poder encima de um outro. E não me venha falar que "ah, mas isso acontece na vida real", isso não é e nunca vai ser desculpa pra fazer essas retratatções porcas e horríveis de problemas sérios. Péssimo gosto é a definição desse anime.
Sobre o erótico dos mangás,pessoalmente separo entre histórias de fantasia erótica, nonsense dada, e história que quer ser levada a sério, e nestas alguns autores sempre caem na parada de confundir estupro como violência sexual com estupro de fantasia sexual. Como o Druna que você comentou, vendo daqui me parece mais de fantasia sexual e não de violência em uma história que aparenta que quer ser levada a sério, que seria um discurso direto afirmativo, do tipo afirmar que uma pessoa pode voar pulando no quinto andar,e nos sabemos o que acontecd se pular no quinto andar. E isso na pano pra manga dessas fantasias tanto de homens quanto para mulheres de diferentes orientações e identidades.O Tagame tem altas fantasias eróticas de estupro masculino e BDSM quanto fazer histórias fofinhas como "O Marido do meu irmão".
eu gosto de historias sobre coisas polemicas, apesar de comum é difícil achar relatos de outras pessoas q passaram por algum trauma, acho q compartilhar experiencias ajuda pessoas a entenderem coisas que elas nao tinham certeza por nao ter com o que comparar, vc percebe q nao esta sozinho e sente que tem um certo apoio e conforto achando pessoas que entendem coisas q vc viveu
Eu concordo com o que vc disse. Comprei drunna e logo passei para frente pq tava me sentindo mal por estar ficando excitado com o estupro e sim o quadrinho todo normaliza o estupro nem mesmo o pipoca e nanquim , a época, passando pano dizendo que era uma estratégia da personagem para sobreviver consegue diminuir que o erotismo ali existe para um fetiche de subjugar o gênero feminino.
Muito bom! Gosto de como você sai dos lugares-comuns tanto do "gostei" quanto do "não gostei". A adequação formaXconteúdo é parte essencial do fazer artístico, nem sempre conscientizada e capaz de desmoronar a suposta coerência esquerdomachista .
Achei desconfortável esse mangá sobre as meninas de conforto. Eu nem sabia da existência delas e ver esses curtos quadros meu bateu uma angústia pesada.
Muito bem colocado, parabens pela critica, eu gostaria de questionar e ate conversar mais abertamente com mulheres que possuem essa tara, ja conheci algumas no meu circulo social, uma galerinha do BDSM, e outras que gostam dessa ideia de ser subjulgada e toda a relacao de poder que existe nesse espectro. Reconheço que isso seja mais comum nos homens, mas essas 4 mulheres que conheci que possuiam fetiche nessa pegada, me deixam intrigado sobre a visao delas nesse assunto.
Vendo o assunto do video, eu lembrei de uma discussão sobre monogatari séries que eu tive a alguns dias, seria mt bom ver você falando sobre esse anine linck, acho que ele traz muito conteúdo pra essa discussão.
Gostei do vídeo, ainda é válido a ideia de não sexualizar mulheres nas mídias em geral pelo próprio esforço de humanizar as mulheres que o tempo todo são objetificadas, deixar a sensualidade para obras que tem real foco nisso como um romance mais explícito, pois como falou no final, mesmo fazendo essa conscientização das obras, pelo menos o fetichismo fica restristo aos fetichistas que teriam as obras algo como um recurso de nicho, mas ainda entre os fetichistas, nunca deixar de salientar que nem o mais louco dos fetiches pode chegar ao ponto de ferir uma criança quanto impedir alguém de dizer não, pois até o bdsm tem regra de ser consensual por mais que seja o fetiche da submissão, já que submissão é alguém se submeter ao dominante, não o dominante se sobrepor a qualquer um. E é um debate que se estende ao mundo masculino já que até garotos podem sofrer abusos na infância quanto alguns homens na fase adulta, e são a parte oculta dessa violência que já tem dificuldade de ser combatida em defesa das mulheres.
Gostei da análise e da postura. Também concordo que há várias situações aqui e realmente quadrinhos ou filmes na estética da Heavy metal dos anos 90 me atraem sim, mas hoje sei o quanto são problemáticos. Grama é de embrulhar o estômago e apresenta relações que são horríveis, mesmo quando parecem que estão melhorando. Também acho que há espaço para tudo e realmente não dá para ficar fazendo relativismo com estupro erotizado, por mais que eu me atraia pela arte destes artistas. No mais eu diferenciaria a objetificação de uma coisificação da mulher, pois na maioria dos níveis eróticos, precisa sim ter uma objetificação seja da mulher ou do homem (na mídia voltada a mulher). Agora, tratar como coisa, sem auteridade é outra questão.
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Estou no apoio.
De passagem pelo canal
Onde compro essas revistas no Brasil?????
Cara, se tem uma coisa que me fazia sentir muito medo durante toda a minha vida, era ser vítima de estupro. Agora que sou mãe de uma menina, o meu medo é ela ser a vítima. E eu fico chocada ( sempre ) em perceber que tem gente que sente tesão em estupro! Sério! Que mundo de m*RDA! Fora isso, o vídeo é ótimo, a reflexão é necessário.
Como esses filmes nojentos né?50 tons,365 e por aí vai... Me preocupo com quem diz que gosta.A pessoa com certeza não está saudável mentalmente
@@priscillastephanie3312 Filmes nojentos consumidos por mulheres... fascinante.....KKKKKKKKKKKKK
Estupro e exploração sexual devem ser combatidos com todo rigor justamente pra mulheres terem a liberdade de andar sem medo. É pesado demais essa realidade de conviver com o medo a todo momento. Toda minha solidariedade a vc. Ler seu relato não é nada fácil, por isso uma das minhas missões de vida é combater a perversidade desse mundo patriarcal
@@henrysena4173 Para de ser ZÉ BRONHA... manginise esta saindo pelos seus poros.
Mundo individualista que nos colocamos acima dos outros, ou nossos interesses acima dos demais
Maravilhosa sua análise, a forma como você não subjuga com uma visão moralista é incrível, e até mesmo se posicionar como alguém que ativamente pode se excitar com coisas assim, tira a posição de “superior” e mostrar que faz parte do que critica.
Garota, não deixe as vírgulas para trás. Tive que ler três vezes pra entender, mas no fim; entendi kkkkkk.
Entendi naturalmente e concordo 👍
@@lucianoandrade7798 E eu pedi pra ela reescrever o comentário dela em Grego 'arcaico' por acaso? Só fiz uma sugestão construtiva, pra melhor compreensão das opiniões dela. E apenas, justiceiro social. 👌
@@DavidRoPin2704 pronto, editei pra ajudar na sua compreensão
@@DavidRoPin2704 só querendo garantir que o esforço do Luciano não foi em vão: vc entendeu o que se quis dizer ao citar o Princípio da Caridade Hermenêutica? Dá uma googlada rápida aí. Num vai te tomar muito tempo e acho que pode te trazer bons frutos de aprendizagem - pq estamos todos aprendendo todos os dias (e é isso que faz a vida interessante)
As vezes eu tenho impressão que esse canal é o único lugar no TH-cam onde se tem uma conversa adulta. Espetacular o vídeo.
Perfeitoooooo, eu amei!! Já cansei de discutir com homem quadrinista progressista do uso da violência sexual como em HQs e me falarem: "sabia que era mulher comentando, não entendeu a crítica ou o contexto" kkkkk quero a parte 2 sobre mangá simmmm
Kkkkkkk progressista
Minha esposa quando pegou Drunna pra ler falou "Mas isso aqui é estupro, de varias formas, não tem nada de erótico nisso, esse roteiro sci-fi do autor chupado de Aliens é so uma desculpa esfarrapada das fantasias dele, lamento, mas isso aqui não é erotico, é violento".
exatamente eu acho a mesma coisa, mais tem fetiche doidos as pessoas um amigo meu namorou uma garota que ela era meio masoquista.
Sua esposa é o Camões?
@@antonioluiz9409 mas isso se encaixa no masoquismo
Acho bacana comentar sobre mangás, vira e mexe acontece um debate forte sobre a representação do estupro da Caska durante o Eclipse.
Que o próprio Miura se arrepende de ter feito daquela forma.
Essa cena pra mim foi um misto de revirada no estômago e admiração pela arte em si do Miura (é uma das sequências de quadros mais detalhadas e exuberantemente grotescas do mangá).
Depois de ver o título do vídeo eu já vim caçando comentários sobre Berserk kkkkk Realmente merecia uma discussão. Violência sexual sempre fez parte da narrativa de Berserk e acho que sua representação pode gerar opiniões bem mistas sobre.
@@heitorsantoslima9289as referências dele devem ter vindo da pornografia, um dos principais fatores que moldam as fantasias violentas.
@@pedrom.8525 Vou dizer que foi perturbador pra mim na época (até hoje é), eu não sabia daquela cena e e gostava muito da caska mds. Acho que o Miura vacilou em alguns quadros ali, detalhando desnecessáriamente o ato, mas talvez seja pelo choque. Contudo acho que ele se redime um pouco ao mostrar sua perspectiva do estupro pela caska de forma mais subjetiva.
Queria ver, se for possível, um comentário sobre as representações de estupro no mangá/anime Berserk, que tem uma discussão enorme a anos, sobretudo nas diferenças entre a representação da violência sexual com vítimas masculina e feminina
Berserk é brutal. Mas nao vejo ninguém cancelando o Miura.
Talvez por que a própria estetica do eclipse seja escrota de propósito mesmo, mas o estupro da Casca sempre foi a parte mais perturbadora...
Esse é um negócio que eu acho inacreditavelmente pouco falado. Por vezes o Miura utilizou de cenas de estupro ou iminência deste em Berserk, e acredito que NENHUMA se justifica e foi conduzida de forma correta, sobretudo a da Casca. Antes de ler o mangá, eu sabia do fato, mas não sabia como era feito: a sexualização da cena é absolutamente grotesca, além disso ela se estende MUITO, são aproximadamente VINTE páginas em sequência, começando em um capítulo e terminando só no outro.
Um dos, quiçá o maior, demérito de Berserk pra mim é esse.
O da cascka realmente parece ser sexualizado porém acho bem dificil dizer que atrai até porque da maneira que foi construido até aquele ponto vc sente um odio intenso e tambem a da filha do rei já as outras cenas realmente são meio vagas e não fazem vc sentir nojo outro parametro é que isso se tornou tão comum não só em quadrinhos como tambem em filmes tipo fica meio fraco dificilmente gera um impacto dependendo da obra é claro
Seria muito interessante, eu sou muito fã de Berserk, mas sempre fiquei meio dividido sobre como o Miura trata a violência sexual na história, as vezes me parece até um pouco de fetiche.
Quando vi o eclipse em Berserk, logo o associei à concepção de Georges Bataille no que se refere ao excesso, atravessando temas como a morte, a violência, a religiosidade e o sexo em uma única peça artística, com grande brutalidade. Tiro o chapéu para Miura e para os demais japoneses por tolerarem algo tão provocante em uma obra de grande vendagem. É o tipo de estética que, no Ocidente, tende a aparecer em setores mais eruditos, underground ou experimentais, até pelo pânico moral que causa. É preciso coragem para encarar a parte maldita, com tudo que lhe é abstruso, e fazer disto uma obra de arte.
Gostaria muito que vc falasse na sexualização nos mangás. A impressão que tenho é que seja em um shonen ou em um hentai ou outros gêneros, o erotismo no Japão é representado no personagem feminino que sente um prazer dolorido ou uma dor prazerosa.
Essa relação dor/prazer das personagens femininas me chama muita atenção e gostaria de saber qual a explicação para isso
Eu também acabo tendo essa impressão, tanto em cenas de violência quanto em cenas de sexo consentido. Mas fico aqui refletindo se essa impressão não se dá pela diferença cultural entre a gente. Como estamos sempre vendo com um olhar ocidental, talvez não vejamos uma possível diferença que, pra eles, é bem evidente, sabe?
Nossa sim! E fora o lugar que essas mulheres ocupam nos mangás. Naruto tem a Karin que tem um poder de dar força a quem a morde. Isso no passado dela é demonstrado como uma experiência dolorosa e vc consegue entender um subtexto ligado a violência sexual, mas no presente vira apenas uma piada sexual tirando a profundidade que poderia ter. Ela é usada por Sasuke, descartada, quase assassinada por ele e depois próximo ao fim da história tudo esquecido.
Pior que até mangas eróticos voltado ao público feminino tem esse tipo de conteúdo
@@victormendonca2455 conheço essa personagem e dá para ver que as "mordidas" possuem claro teor sexual- nesse caso é a representação da dor, mas como forma de "prazer".
O que me surpreende é que mesmo as representações do prazer feminino também são como forma de "dor"
Siiimmm, as personagens nunca estão confortáveis com o ato isso é muito bizarro.
Eu sou fujoshi, para aqueles que não são muito do mundo dos mangas, as pessoas denominadas fujoshis são, em suma maioria, garotas que gostam muito do gênero YAOI (Boys love). Pois bem, o meu primeiro contato com uma historia Yaoi foi através do anime `` Junjou Romantica`` que tem como o plot um garoto de 18 anos que vai morar um tempo com o amigo de seu irmão mais velho afim de ajuda-lo a passar na prova de ingresso pra uma universidade. Beleza. O lance é que... Assim que o garoto chega.... no primeiro contato dele com o amigo do irmão, o garoto é simplesmente violado.... E sim, estamos falando de um manga/anime de romance, em que esses dois individuos vão se apaixonar... E esse tipo de coisa é extremamente comum no yaoi. Eu consigo contar nos dedos quantas histórias eu li em que vi consenso no ato sexual de primeira. E, assim como o Alexandre mesmo diz, o ato é completamente erotizado. Eu tinha uns 13 quase 14 anos quando assisti. Achava que aquele tipo de comportamento era normal e até desejava que minha primeira vez fosse como aquilo............. Hoje com 26 anos ainda fico chocada como mangas atuais continuam a insistir nesse tipo de romance destorcido. Ouso até mesmo dizer que parece ser muito da cultura japonesa, levando em consideração mangas e animes Shoujo, que precisa-se existir essa ideia de Dominante e Dominador.
Enfim, crítica excelente, como sempre, avemaria.
Sim, vendo seu comentário me lembrei da época que consumia esse tipo de conteúdo, lá por 2019 (sim parando pra pensar é recente) quando eu tinha meus 11 anos eu sempre passava bastante tempo na internet ainda mais porquê eu tive acesso a celulares dês de bem pequena, eu via no Pinterest memes de animes e obras yaoi e outros tipos de coisas foi aí que me veio a curiosidade, tenho vergonha de falar isso até hoje mas o primeiro ""boys love"" que eu vi foi super lovers☠️ o anime que o cara descobre que a sua mãe adotou uma criança e os dois passam a criar um laço forte de irmão que vira algo maior, dês que o mais novo (Ren o nome dele eu acho) tinha 8 anos da a entender que o cara sente algo pelo garoto e o garoto também sente mas não sabe o que é, o anime da um salto no tempo pra quando o garoto tem seus 13 anos por aí ele vai morar na cidade com o irmão mais velho e os dois começam a namorar, sim e as pessoas ao redor deles sabem disso e tratam como se fosse a coisa mais normal do mundo, esse anime tem 2 temporadas 12 episódios cada, eu vi a primeira e 3 episódios da segunda ao decorrer do anime mostra que o Ren quer dar um passo a frente no relacionamento deles, ele quer ter relações sexuais com o irmão de 20 e poucos anos e o irmão sendo meio que o "sensato" da história falando que não porque ele ainda era novo como se o Ren no caso a vítima disso pois ele ainda é bem novo meio que provocasse o irmão mais novo, na época eu achava aquilo a coisa mais genial do mundo porque eu tava naquela fase de gostar de coisas questionáveis (por influência de "amizades" também). Parando para fazer uma comparação me lembra até do filme lolita que o narrador era o próprio professor e ele descrevia a lolita sempre como uma menina que exalava sensualidade e provocações colocando a vítima em uma posição como se a errada fosse ela. Hoje em dia eu paro pra pensar e eu fico até com medo, obras como junjou romântica, super lovers mangas como nii-chan, killing stalking (eu sei que não é um bl), pintura noturna por exemplo ou the orc Bride são muito conhecidas pela comunidade fujoshi e (pelo menos nessa época) os acontecimentos são ironizados e fetichizados por um certo grupo de pessoas dentro da comunidade
é muito comum ver isso em historias boys love, pois há relatos e estudos que mostram que os autores dos yaois (de grande maioria, mulheres) usam esse tipo de narrativa como uma forma de controle e poder sobre a violencia sexual dos homens.
Não podemos esquecer que Yaoi (não Shonei ai ou bara) são muito populares por serem por*o para mulheres. Existe uma fantasia interna feminina tbm de poder contra homens, por causa do medo e por serem muitas vezes vitimas deles. Yaoi nunca foi feito para representar casais gays, ou para ser realista. ele sempre foi uma fantasia erotica para mulheres (e alguns homens). até mesmo o romance em si, é para as mulheres.
é muito complicado de se explicar todas as nuancias envolvidas em yaoi e a erotização que mulheres sentem com isso. obviamente que abuso, independente do genero e orientação sexual, é inadmissível e repugnante. Mas sei lá, ao meu ver se as pessoas praticam kinks e fantasias sexuais de maneira segura, não sou eu que vou julgar ou culpar uma subcultura por explorar essas fantasias que, psicologicamente falando, tem uma certa logica de existirem.
devo dizer, que é muito preocupante que vc viu esse anime tão cedo. deve ter se distorcido na sua cabeça pois vc era muito jovem para entender que tudo aquilo era uma fantasia.
quando eu assiti esse anime, eu tinha 17, já tinha um entendimento maior sobre violencia sexual, consentimento e o que é ficção. então pra mim ver essas cenas foram chocantes de primeira, mas deu pra entender rapidamente que o anime não estava querendo ser realista.
só depois de estudar mais que eu entendi pq esse tipo de plot existe.
Apesar de curtir Gravitation, me sinto incomodada com certas partes ali
De Yaoi, um dos que não consegui gostar de forma alguma foi Okane ga Nai
Quando Druuna saiu eu vi muito hype e eu procurei por debates referentes à sensualização da violência q eu sabia q existia nele e não encontrei quase nada sobre o assunto, o que eu achei um pouco preocupante, inclusive por parte da editora, então passei muito longe do quadrinho. Fico feliz de ver um canal falando sobre o tema, apesar de ser um tema desconfortável
Conheci Druuna na revista Heavy Metal, nos anos 90. Achando o desenho lindo e o erotismo tentador, comprei Morbus Gravis 1. Minha namorada na época me encheu tanto que acabei jogando a revista no lixo (e meus vizinhos adolescentes pegaram). Como gostei muito do plot twits do final da história, ficou na minha cabeça que Drunna tinha um equilíbrio entre história e erotismo. Então ano passado tentei terminar de ler a série e não consegui. Não tem qualquer equilíbrio. É um fiapo de história pra justificar um monte de cena grotesca/erótica.
Entao de certa forma eu acho que da pra agradecer a sua namorada por ter feito voce jogar esse quadrinho no lixo.
Mano, eu também tive a mesma experiência fiquei louco para saber o final da história e quando consegui (depois de anos) foi uma decepção.
@@cesarvitorreistavares9466 Haha. Você tem razão!
@@insoneo ☺👍
De certa forma ela te salvou de uma fantasia grotesca com uma roupagem séria. Mas me dá raiva quando eu vejo mulher q têm ciúme de desenhos animados ou quadrinhos (a não ser q ela tenha entendido a sexualização do estupro nesse quadrinho, aí tá certo mandar jogar fora).
Esse vídeo me lembrou de uma discussão que tive com um amigo sobre Goblin Slayer, que ele queria que a gente assistisse porque era sombrio, pesadíssimo e tudo mais. Pra sustentar o ponto ele nos mostrou um episódio, não lembro se era o primeiro mas acho que sim, e lá uma personagem era 3stupr4d4. E foi bem naquela qualidade japonesa que conhecemos... Bem er0tiz4da, como se ela gostasse daquilo, como uma dor prazerosa... Só bastou esse ponto para que não assistíssemos o anime. Cara, a história pode ser boa, pode ser pesada, eu gosto de histórias assim, mas quando um ato horrível desses é sensualizado evito de consumir, porque sei bem do que a mente humana é capaz. Você pode não gostar no começo, mas depois da constante repetição e das formas que ficam cada vez mais "chamativas" e "atraentes" vai chegar uma hora que você vai gostar e achar normal (até porque não é com você e é ficção). É como você disse, tudo pode ser sensualizado, até mesmo onde o 3stupr0 claramente não é representado nessa forma, mas é aquela coisa de que ninguém consegue fugir da perversidade humana, é tanto que qualquer personagem (independente se é infantil ou não) tem a sua versão h3nt4i na internet...
O autor de Goblin Slayer tinha que ser preso, aquilo é um absurdo de tão erotizado
Mesma coisa do mangá Berserk, uma mina escreveu num blog falando daquela cena da Caska com o Griffith, fazendo uma critica, dizendo o quanto essa cena foi retratada de forma errada e mesmo assim a galera (em sua maioria homens) caíram matando ela.
@@Yarilynne aquela cena foi tão sexualizada que às pessoas hoje em dia pensam que a caska gostou daquilo pela forma como foi feita.
@@Yarilynne infelizmente é verdade... Uma situação contrária, no entanto, é aquela cena do cavalo possuído. É perturbadora, não sexualizada, como deveriam ser todas as cenas dessa espécie.
@@eituts8124 eu não diria tudo, só o modo como o estupr0 dela foi representado que foi problemático, porque de resto a obra conseguiu deixar implícito que ela não compactuava com aquilo, mas é bizarro...
Sendo curto e grosso: violência sexual.
Expressão dupla que é entendida apenas por uma de suas metades. Qual delas você assimila primeiro? A do lado da violência sensual ou a do lado do sexo violento?
Escolha.
Na minha cabeça vem o abuso mesmo com agressão e relação sexual n consensual
Pela ordem das palavras fica bem claro pra mim, a violência
Reflexão interessantíssima
Fala de mangá também, pq nossa senhora até hoje tem gente passando pano pra cena de estu*** da Casca em Berserk dizendo que era a "melhor" forma de representar o abuso. Gostaria de ver você comentando mais sobre.
Assisti o Berserk por indicação de um amigo. Queria ver esse papo no canal também.
Não sei se a representação do anime é a mesma do mangá e, como faz um tempo que assisti, não lembro bem, mas duas coisas me marcaram: a violência do final da temporada que é aquele "pacto" que o mano faz nesse rolê da Casca. E a própria violência que o Gutts sofre quando é jovem.
Não sou um grande leitor de mangá e nem vejo muitos animes, mas foi o único caso de violência sexual que vi contra um homem em animação.
Na minha opinião, foi uma cena muito boa n achei sensual, na verdade achei bastante assustadora, junto com o protagonista arrancando o braço e o grupo morrendo por demônios, achei que o autor conseguiu sim trazer a emoção de raiva pra krl
Na mente da caska no arco final
C n a melhor uma das melhores
@@litz8272 a caska é representada de diversas ângulos e sen.sualizada. cena ridicula
@@danielegarotti7884 Ué, cara, você queria o que? A cena é bem completa, diferente da primeira cena de estupro de Berserk, esse foi contando uma história maior, como o braço perdido do guts
Acho extremamente válido um vídeo sobre como a violência sexual é representada em mangás (e talvez comentar sobre as light novels japonesas, porque parece que é uma tendência ter pelo menos uma cena de estupro nessa mídia, com único propósito de fazer o personagem principal da cena tomar alguma atitude e ele ser o "grande herói").
É curioso se pensar que essas cenas, que teoricamente contém um teor mais adulto, são retratadas (na maioria das vezes) de uma forma extremamente sexualizada em obras para o público mais jovem (10-15 anos, pra especificar), como Sword Art Online, que é bem popular. Me pergunto como isso influência a mentalidade daqueles que crescem achando isso normal.
Porém, sem dúvidas, as obras que mais apresentam esse conteúdo quase pornográfico são as seinen, voltadas para o público adulto masculino. Várias tentam apresentar a violência sexual como algo horrível, mas falham miseravelmente ao banalizarem o ato, parecendo mais uma glamourização de um fetiche do que qualquer outra coisa (como comentado no vídeo sobre a semelhança com o BDSM). Exemplos seriam Mirai Nikki, Globin Slayer (que gerou grandes polêmicas por causa do primeiro episódio do anime) e Berserk, que pelo o que conheço o autor tomou cuidado com a enorme quantidade de estupros da obra, mas ainda houveram deslizes.
Ao meu ver isso é tudo consequência de como a sociedade japonesa num geral enxerga as mulheres, vide a grande sexualização de personagens femininas nos mangás/animes/etc independente da faixa etária do público-alvo, e a legislação tanto quanto estranha sobre estupro que deu o que falar com agressores sendo inocentados em 2019.
Seria bom ouvir a opinião de alguém que tem bem mais o que falar sobre quadrinhos e mangás do que eu, apenas um consumidor que já achou normal toda essa sexualização (até porque era o que eu conhecia na época).
Ótimo como sempre. Uma parte dois com mangás seria melhor ainda.
Seria interessante analisar por exemplo o caso de Berserk
@@guilhermeptp3954 sim, gostaria de saber oque ele falaria. Berserk é um dos meus mangas favoritos.
@@felipetavares4266 tbm é um dos meus, mas queria saber uma outra visão sobre algumas coisas ali. Tem horas que o estupro parece ser tratado com sensibilidade e sem romantizações, tem horas que parece o puro exploitation...
@@guilhermeptp3954 o kentaro miura ele já até pediu desculpa em uma entrevista dele, ser você ver o mangá atual dele não tá aquele bagulho pesado e os carambas
@@antonioluiz9409 da pra notar isso em berserk tbm. Ele foi amenizando muita coisa antes de morrer.
Mano, disse tudo.
Sua análise foi bastante cirúrgica.
Gostaria muito de ver suas considerações a respeito dos quadrinhos japoneses.
Frase pra levar pra vida: "Não dá pra separar conteúdo da forma."
Fale sobre mangás sim! Como exemplo, pra mim é perturbador o quão recorrente é essa visita ao estupro em Berserk. Será mesmo que precisamos de vários e vários estupros em uma obra só pra assimilar que aquele lugar era degradante e horrível para as mulheres? A cena do Wyald bestial tentando estuprar uma mulher além de patética, fica naquela zona de ato frustrado e cômico posteriormente. Em certa parte, quando saímos de um núcleo para outro, vemos um bando de homens com sorrisos maléficos cometendo o ato, aí depois temos cavalos possuídos que querem estuprar uma mulher, daí temos dezenas de tentativas de estuprar uma das principais. Gosto de Berserk, principalmente da Era de Ouro, o Miura era um artista incrível, mas eu não fecho meus olhos pra isso. E a cena do rei com vocês-sabem-quem? Até acerta em pesar mais nos traços da figura repugnante do monarca, mas se alonga demais e com vários ângulos como se houvesse um prazer mórbido no detalhamento do ocorrido. Berserk é altamente fetichista quando não se trata de um certa violência sexual no início do mangá que é bem mais sutil.
A questão é: não precisa explorar a figura feminina à exaustão assim, ainda mais inúmeras vezes.
Bem vindo ao Japão
Hoje em dia eu penso em alguns desses que você citou como eroguro, principalmente na cena de estupro da Cascka. Em muitas vezes tem essa mistura do erótico com o grotesco. Mas sinceramente eu fico na dúvida se o Miura queria colocar ali realmente uma fetichização da dominação masculina ou uma tentativa de eroguro (ou ambos), até porque não sou especialista nos assuntos.
Caralho, que análise sinistra de boa!
Discordo mt sobre
Principalmente sobre a cena do Monarca
Pq em momento algum aquela princesa demonstra qualquer felicidade d qualquer ângulo q tu veja
Eu tb n gosto dessa tara do miura d fazer certos personagens querem estrupar a caska, mas no arco "final", vemos como a mente dela ficou dps do eclipse e aquilo é fenômenal
Fora q... guts tb foi estrupado, tb numa cena forte
E se alguém sentiu alguma coisa nas cenas d sexo/estrupo em berserk essa pessoa é maluca na minha visão
Belas palavras, uma simples cena como a do guts onde o mesmo também sofre um abuso e tem toda essa áurea obscura e pesada, não há necessidade das cenas que ocorrem no eclipse Ocorresse da mesma forma como a cena do guts, não perderia nada na narrativa porém né..
Nossa, não sabia dessa história de "mulheres de conforto", fiquei muito triste com isso mas é bom que seja sempre lembrado como mulheres foram vítimas de violência na história recente.
Também acho que essa fuga do debate sobre erotização da violência sexual só a deixa mais sombria e perigosa, as práticas BDSM mesmo, tão condenadas e deturpadas mas que podem oferecer um espaço seguro e consensual pra isso.
Chocada em saber que os quadrinhos antigos da Mulher Maravilha parecem um tutorial de bondage.
Quando o Sérgio Aragonés junto com Mark Evanier criaram "Aragonés massacra a DC" ,ao apresentarem a mulher - maravilha usando o laço da verdade apareceu uma fila de homem falando "pode me amarrar!"
Não comprei e nem comprarei Drunna por causa disso tudo.
Acredito que seria hipocrisia de minha parte, apoiar a luta feminista e dar meu dinheiro pra um quadrinho que erotiza o estupro. Não é medo de possivelmente gostar, mas sim agir de acordo com os meus princípios, porém, sei que não sou perfeito e erro muito, mas mesmo assim não vejo isso como uma boa desculpa pra continuar "errando". (Tentei fugir do moralismo colocando aspas haha não sei se deu certo)
Ah! Muito bom o vídeo, espero que faça uma parte dois e seria muito interessante se você extendesse mais o assunto.
Esse tema em específico sempre me intrigou em Berserk. Quando ocorre o arco do eclipse, o ápice dele é um abuso enquanto os demônios se deleitam assistindo e o protagonista não consegue fazer nada a respeito. Isso gera divergência de opiniões na comunidade até hoje, pois há trechos sensualizando o ato e gera debates do tipo "ela gostou".
Eu discordo plenamente dessa visão, porém é inegável que existe erotismo na cena.
Miura era um artista incrível mas me doeu muito o jeito que a Caska foi retratada em seu estupro, ainda mais diante contexto que tinha com o Griffith. PQP, ELE SALVOU ELA DE SER ESTUPRADA!! Pra mim, quando eu vi a cena não parecia que tinha muita da perspectiva da própria dor dela mesmo sendo a vítima, parecia ser um cena apenas pra enfatizar o sofrimento do próprio Guts não levando em conta o próprio ponto de vista da Caska diante do abuso sendo cometido por aquele que ela jurou sua lealdade eterna.
Em Berserk essa cena não é bem sensual, o Griffith foi retratado de forma esbelta pq é uma dualidade na representação dele durante todo o mangá, é mais um horror pútrido, é tudo representado com nojo e sujeira, vergonha e humilhação.
@@queissocara. eu concordo, mas não consigo não ver uma certa armadilha semiótica naqueles painéis. é o que gera discussões sobre uma possível ambiguidade da cena
Já comentei em algum vídeo seu mais antigo sobre meu problema com a comunidade que consome a sexualização infantil em mangás, acho que esse seria um bom tema para vídeo e debate, pois quando se tenta trazer esse tema para o debate sempre há seus defensores "ah, é só um mangá, desenho nada a ver", sim, já utilizaram essa pra cima de mim. Enfim, fica a dica e estou muito feliz com sua recuperação!
Por favor, que venha a segunda parte sobre mangás.
Excelente vídeo.
Acho que seria interessante um vídeo sobre a constante ameaça da violência sexual presente no mangá seinen, berserk, de Kentaro Miura, e um olhar para a personagem da Caska, levando em consideração os estereótipos atribuídos as personagens negras nessa mídia, como ela é colocada na "geladeira" durante boa parte do mangá, ao ser reduzida à um estado de infantilização, bode expiatório, para que a narrativa pudesse prosseguir. Comentário sobre a cena polêmica onde a mesma é violentada sexualmente e em determinado momento do ato expressa ambiguidade em relação ao que está se passando, ou pelo menos, é o que o autor deixa a parecer. Enfim gostaria muito de ver por aí mais material acessível relacionado ao imaginário da personagem, que na minha opinião merecia uns 40 volumes de protagonismo só pra compensar mais da metade do mangá, onde ela nem falas tinha, pena que com a morte do Miura se torne impossível acompanhar a redenção de tal personagem, porém não acredito que esse fato esgote as potencialidades de discussões e implicações relacionadas a obra. Sobre o trauma sofrido e como ela acaba ficando "quebrada", fragmentada. Implicações de ser mulher num ambiente tão hostil, violento e predominantemente masculino no contexto do mangá.
Acho que uma continuação abordando a violência em mangás cairia como uma luva. Nesse meio vejo muito mais gente que releva determinados aspectos ou até gosta e não tem qualquer vergonha ou meias palavras pra dizer que curte.
Me lembra aquela comparação de como o estupro da Espectral foi retratado na HQ e no filme do Snyder. Na HQ é mostrado como algo violento e doloroso, já no filme parece uma cena de filme pornô.
Na verdade aquele quase esfrufo e sim a diferença entre as versões é gritante.
@@mistervmaster1479 a spectral fica no chão sangrando na hq com uma expressão de horror, enquanto no filme ela leva 2 socos e o encapuzado chega
@@Vizer1406 Em ambas as versões ela é salva pelo justiça encapuzada.
OK, gostaria duma segunda parte deste vídeo. Grato pela iniciativa.
É um assunto delicado e que por mais que a idéia seja retratar a violência sexual de maneira a não ser encorajada, muitas pessoas se sentem estimuladas. Eu adoraria me aprofundar em mais obras, sejam mangás ou quadrinhos que abordem essa temática de diferentes formas para que nós também possamos nos politizar contra esse crime hediondo e que, infelizmente, continua a se perpetuar através das eras
Essas fantasias costumam ser moldadas pela pornografia, principalmente aquelas chamadas hardcore que são extremamente violentas.
@@Pepe-ql9xd se eu disser que não consumo pornografia, estarei mentindo. Mas não curto violência hardcore
@@joaomarquesacoutiful ainda bem que não curte. O problema da porngorafia é que ela pode viciar e o usuário vai necessitando de vídeos cada vez mais extremos pra se satisfazer, e pelo consumo da pornografia vai normalizando práticas violentas. Muitos homens hoje normalizam não pedir o consentimento da parceira antes de fazer anal, estrangular, cuspir ou dar tapas na mulher e isso vem da pornografia. A maioria dos consumidores (homens e mulheres) não tem o cuidado de evitar esse progresso do porno normal pro hardcore.
@@Pepe-ql9xd Sim. Eu inclusive venho tentando reduzir esse consumo
Nessa questão da fantasia de subjugação, eu sempre fui muito sincero comigo mesmo, mas claro, eu só almejo esse fetiche de forma consensual, de qualquer maneira, meu ponto é, eu não sei porque as pessoas tem vergonha de suas fantasias e pagam de moralista.
Cara eu acho que isso se deve aos séculos de repressão sexual que ocorreu na história humana e isso influência até hj na sociedade moderna pois muitos ( inclusive eu ) temos medo de expressar os nossos desejos carnais e se falarmos sobre os nossos desejos nós seríamos mal vistos, criticados e de sermos linchados.
Eu tive essa mesma sensação com Habib. É tanto estupro gratuito que, pra mim, atropelou qualquer outra mensagem que ele queria passar
Cara, você faz um trabalho importante em meio a este "deserto" de análises literárias! Você aponta na ferida, o que precisa ser discutido.
Pausei um pouco para comentar: esse assunto me lembra muito uma polêmica parecida no mundo dos BL(Boys Love)/Yaoi. Tem muito mangá que acusam de fazer glamourização/romantização do estupro e abuso sexual, que tem cenas ambíguas quanto ao consenso do casal envolvido e por aí vai, entre outras coisas bem mais pesadas. Uma das artistas super polêmicas quanto a isso é a Harada. Isso costuma dar uma briga DANADA no Twitter quando se comenta, tanto que separaram já quem consome BL “saudável” das pessoas que consome o “não saudável”. Tanto que o termo “Fujoshi” hoje é carregado de estigma ainda mais atualmente pela galera que lê BL também, porque considera quem se coloca como uma fujoshi alguém que fetichiza relações homoafetivas entre homens e não apenas mais alguém que consome esse tipo de narrativa nos mangás, então procura sempre não se associar.
Não sei se no meio GL/Yuri ocorre o mesmo, porque vejo menos elas discutindo entre si.
Nossa verdade, tem toda essa questão no BL. Eu já tentei ler alguns e realmente é meio esquisito, geralmente eu não terminava e abandonava. Que nem Ecchi, eu acabo abandonando porque essas coisas vão ficando meio estranhas de mais pro meu gosto.
De cabeça eu só lembro da política de Berserk e Globbin Slayer, é assim que escreve? Mas mangá na minha opinião tem muito disso em várias doses diferentes. Pode ser que venha da cultura deles de ter a mulher como alguém bem mais submissa.
Mas essa glamourização no mangá é bem tenso mesmo. Pelo menos comecei a ler BL pela Newpop vou procurando os dela que parece um pouco mais leves e daí não tenho muito problema.
@@MelissaPinto Existem mangás BLs que não tem tanto isso mesmo, mas a maioria dos antigos não foge desse tipo de abordagem, principalmente os animados. Só atualmente que isso tem mudado mais. Eu prefiro me abster desse tipo de discussão na net, porque acaba virando um puritanismo absurdo KKKKKKKKKKKK Entendo que tem um problema quanto a isso, mas acabam sendo muito alarmistas quanto a essas representações, não pensando criticamente sobre os tipos de representações, generalizando muitas vezes.
Mas é aquilo: a questão consensual nos mangás/animes, no geral, sempre foi um troço esquisito. Sem contar também a maneira como a figura da personagem feminina costuma ser representada em muitas obras. Eu acho o cúmulo ter UM TERMO para um tipo de narrativa que explicita isso escancaradamente, que é o Ecchi. Ecchi é ridículo, nem disfarça, é objetificação da mulher pura e escancarada aleatoriamente. Não tem sentido narrativo, nem uma forma que faça sentido. É só para moleque de 14 anos ficar babando com situações constrangedoras envolvendo a figura feminina. Prefiro obras que são mais honestas quanto a sexualidade humana e tem coragem de abordar sem essa carga de visão adolescente sexista.
Mas enfim… É um problema mesmo e ponto. Agora o motivo de ser dessa forma… Teria que navegar afundo quanto a história do Japão, ir atrás de perspectivas sociológicas, a sexualidade ao longo dos anos nos mangás/animes e por aí vai. Acredito que olhar pela perspectiva “ocidental” não vai dar tantas respostas para nós. Podemos até fazer isso e realizar nossas duras críticas, mas não acho que seria o suficiente.
@@MelissaPinto E escreveu Berserk certo!! Só errou no Goblin Slayer*
@@palestrinha Sim. Também não sou de discutir isso na internet mais porque Otaku é muito infantil e mimado, além de parecer querer não discutir realmente o que está consumindo. Gerando umas brigas infantis e brigas de fandom até.
Eu até parei de discutir com um amigo que adorava as tais lolis indo de um jeito absurdo ao ponto de ele procurar mulher na vida real que fosse o mais sem nada possível e baixa pra parecer uma loli.
As discussões do meio Otaku da umas tretas kkkkkk mas o pior é mais isso mesmo, eles não quererem "problematizar" e colocar em um pedestal tudo como intocado, bom, belo e moral. Engraçado que o moral sempre é o anime Ecchi bizarro da temporada que se depender objetifica até a sua avó, mas Belo e moral kkkkkk
Nunca fui de interagir com a galera BR fã de Yuri, tudo que vou dizer é baseado em interações com gringos e em comunidades mais fechadas.
Consumo GL em geral desde 2012 mais ou menos e não vejo um olhar tão condenável em relações a obras com conteúdos mais pesados. A discussão geralmente se volta a uma relação de ficção vs realidade, como se a obra fosse um referencial de aprendizado.
Devo deixar claro de que, nem tão diferente do yaoi/BL, o yuri/GL é feito por mulheres para mulheres. E ainda vale lembrar que a maior revista de mangás yuri, a Comic Yuri Hime é focada em mulheres. Então a forma de consumo dentre os públicos de yaoi/BL e yuri/GL é bastante diferente.
É bastante comum encontrar mulheres nos fóruns de discussão fazendo paralelos entre a história em questão com suas experiências em relacionamentos.
Único comentário que ouvi da Druuna na época é que era baseada numa brasileira.... vamos aprender conteúdo de verdade hoje sobre a Druuna!
@@FredMaverik Nome da atriz, só por curiosidade.
@@FredMaverik Mais ou menos. Pelo que eu vi aqui, numa entrevista, ela é meio inspirada nas duas coisas. A imagem icônica dela arrebitando a bunda, é um stencil de uma imagem pornográfica BR mesmo, por exemplo.
@@DavidRoPin2704 O nome do filme, com a atriz, é A mulher pública, de 84.
@@FredMaverik NÃO, o design dela foi inspirada sim num atriz popcorn brasileira dos anos 90
É a imagem que o europeu enxerga as brasileiras.
Debate mais que necessário!!!! Daz o video sobre mangá sim
Quando eu penso em quadrinho sobre violência sexual, eu sempre lembro de Clarissa, e filme penso em Irreversible e Hope (o qual eu chorei alguns tantos).
Conheci a Druuna há uns anos por um texto no site Papo de Homem: "Paolo Eleuteri Serpieri e porque gostamos tanto de bunda". Nessa linha meio progressista que você falou aí. O texto não era exatamente sobre o quadrinho, mas tratava dele em vários momentos sem falar dessa problemática que você levantou.
Fui ler o primeiro quadrinho (já em PDF) e lembro que nas primeiras páginas tinha meio essa biografia e exaltação do autor, mas na época não saquei a erotização da violencia sexual na história.
É o primeiro canal que trata esse tema de uma forma séria sem os falsos moralismo.
Foda de quadrinhos no geral, é que essas cenas de violência sexual e erotização da mulher servem mto mais pra chamar a mlkada punheteira pro quadrinho e vender mais, me parece sempre que essa história da "crítica social foda" é só pano de fundo pra desenhar panicat numa revista de super herói
Mas revista de super heróis tem que ter panicat msm, imagina um quadrinho com heróis fortes, lindos, e gostosos com trajes colados ao corpo, e heroínas gordas e feias kkkkkkkk
@@guilhermenetto9254 nn sei sobre heroínas feias, mas o mangá de jojo é basicamente um monte de homem ENORME, saradão e com roupa colada/cropped (tirando stone ocean)
porém entendo seu ponto!
@@guilhermenetto9254 não precisava ero.tizar nem homem nem mulher
🎯
@@guilhermenetto9254mulher bombada>
Faça sim uma segunda parte, transferindo o tema pros mangás e, tantas outras partes falando dessa erotização do estupro nos quadrinhos americanos, europeus tbm.
Que bom que melhorastes, seu conteúdo é ótimo e muito relevante!
Genial, do início ao fim. Compreendi tanto a erotização e a fantasia do primeiro quadrinho quanto a distância dessa fantasia com a realidade. Como a ideação é diferente do ato, da posição, das sensações da vítima no momento. Que triste que essa crítica seja tão pouco presente no mainstream. Obrigada pelo vídeo!
Acredito que é RARÍSSIMO o caso em que colocar uma cena de violência sexual num quadrinho, filme, série etc., realmente se justifica. Agora, se o(a) autor(a) realmente acha que precisa incluir esse elemento pra contar a sua história, beleza vai lá, mas segura seus BOs: se vai colocar algo como isso na sua história eu exijo um POR QUE excelente, e um COMO tão bom quanto.
Nesse sentido, acredito que Grama, da Keum Suk Gendry Kim, e Innocent, do Shinichi Sakamoto, acertam a mão, sobretudo porque sabem ser impactantes sem precisarem ser gráficos.
O enquadramento da cena resolve...
Cara eu já vi pessoas falarem que para ter uma história madura é necessário ter violência sexual.
@@mistervmaster1479 isso não faz sentido
@@nabysalem8260 Concordo plenamente.
Outro quadrinho que poderia ser citado, acredito eu, é o Golpe da Barata da Gato Fernández.
Eu gostei de Druuna, mas achei muito esfarrapada a desculpa dos editores de que a violência sexual é uma crítica, definitivamente não é.
Por favor, faça sim uma parte dois tratando de mangás
De mangá se for citar vai ser o maior vídeo do canal
mas cara, em Drunna a beleza dela quanto a forma da personagem pensar, é uma clara oposição ao pensamento e comportamentos de um mundo totalmente masculinizado, que é grotesco, violento,feio e cruel. Ela,no caso, é a representação do feminino, dentro de um contezto masculino.
A arte visual da representação de uma mulher cheia de formas e detalhadamente desenhada, realça a beleza desta personagem! Agora, é claro que o quadrinho é erotico na sua concepção, pelos angulos que a protagonista é mostrada!!! totalmente desnecessario. O problema é que agente vive no mundo tão machista que isso não nos incomoda mais. Inclusive,ficamos com raiva quando alguém aponta essas incoerencias.
Outro artista que adorava uma sezualização das figuras femininas de forma desmedida,era Moebius. Ezistem varias obras primas da decada de 70 e 80 na Europa, que sezualizam a mulher de forma desmedida.
Agora,não nos esqueçamos que a decada de 70 e 80, foi muito influenciados pelo movimento Punk. Esse movimento era sujo e transgressor em sua origem.
Durante essas décadas, começaram inclusive a aparecer figuras de mulheres altamente sezualizas, mas com personalidade forte. Inspiração direta do Bondage, que permeava o imaginario e a vida suja nos guedos dos centros urbanos,ou seja, infuencia do movimento punk.
Descobri seu canal recentemente e cara, fico muito feliz de ter descoberto. Não imaginava que encontraria um conteúdo tão bom e profundo desse jeito sobre quadrinhos e cultura pop no TH-cam.
Obrigado!
Ale,
uma perspectiva vinda de Portugal. Desde 1974 que todas essas bds são editadas regularmente em Portugal. Drunna ou qualquer obra de Manara sempre foram vistas como coisas de erotismo/pornografia. Nunca vi uma abordagem na venda dessas BDs de tentar vendê-las como mais que isso mesmo.
Durante a minha idade de crescimento, nos anos 80 era frequente ver nas livrarias Manara à venda. O nome era logo associado a homens e erotismo. Sinceramente nunca me lembro de ver Drunna ser editado em Portugal com uma perspectiva de ser uma obra que não fosse para o leitor de BD rebarbado.
Em 2015 o Drunna não tinha sido publicado na integrada. E foi um nova editora, com uma mulher à frente que tratou de editar tudo. E ela sabia que o público que ia fazer valer era de homens e sabia que eram homens com mais de 35 anos que iam comprar e alavancar as vendas.
Portanto, eu ouço estas coisas e fico estúpido. E sim a Drunna é uma gaja podre de boa. No entanto, eu li o primeiro livro e confesso que fartei-me a seguir. É muito repetitivo... Agora o Verão Indio do Pratt/Manara é qualquer coisa de genial - e começa com uma violação, que está entre o sensual e o repulsivo. A história depois é uma consequência dessa violação.
Nessa obra em particular há mais que a violação, como no Grama.
Mas é preciso de colocar as coisas no seu devido lugar.
Abraço
Se for para o mundo dos mangás aí que a coisa fica maior, de grandes obras até a subgeneros muito bizarros
Os fut@n@r1 g0r3 da vida que o digam kkk
comic lo ai
Continue sempre assim , finalmente achei um canal que não moralista já que o mundo está com umas morais meios estranhas
Isso que vc trouxe é algo que na psiquiatria chama de parafilia. Estou estudando sobre a psicologia das massas e é incrível como isso está muito ligado a repressão sexual que estamos expostos desde a nossa infância por nossos pais e tbm a igreja. Top teu vídeo
Isso também tinha aos montes nas literaturas das revistas Pulps (as antecessoras dos quadrinhos), haviam varios temas deis de romance, terro, fantasia e ficção cientifica, mas umas em particular eram a sexaulização e violencia sexual. As capas de muitas sobre esse tema tinha essa violencia e sexualização aos montes, mostrando garotas sexys sofrendo violencia (as vezes pesadas) de bandidos, vilões, n@zistas e etc. Sem falar nos texto e algumas imagens dentro da revista para ilustra algumas cenas.
Como tu acha que fica a tradição do Ero-Guro em relação a isso? Dessa escola o que eu mais li foi o suehiro maruo, e eu sempre interpretei, até pela linha ''batailleana'' dele, de que era pra criar repulsa e horror, pra mostrar como o erotismo tem uma dimensão do excesso que não se separe das pulsões de morte.
Mas como tu bem disse ao final, tudo pode ser sensualizado.
Então, fica aí a questão.
Na minha humilde opinião esse gênero pretende abertamente causar horror a partir de distorções da sexualidade, é uma forma de horror exatamente como o horror psicológico e o body horror. Ver o ero-guro como um gênero de horror é tranquilo, cada um tem seu gosto em se tratando de terror. Mas confesso que tenho medo de qualquer cara que use isso pra tocar uma...
@@Pepe-ql9xd eu também tenho medo, até prq não vai ser raro o gênero usar pedofilia, estupro, mutilação e etc atrelado ao sexo. o proprio suehiro mesmo - que eu cito porque como disse foi quem eu mais li nessa tradição.
Mas este é o ponto. A tradição do excesso - Sade, Miller, Bataille etc. - é uma tradição fortemente sensual. Se há alguma "crítica social foda", ela sempre aparece combinada com algo de maldito ou perverso, inclusive no âmbito sexual, e que não pode ser empurrado para debaixo do tapete (ou mandado de volta para o inferno de onde veio). É arte - e a arte deve ser livre. Ademais, compartilho desta interpretação (pelo excesso), não apenas no caso do Maruo, como também no de Miura em Berserk, sobretudo no eclipse. Não é difícil expor as ideias de Bataille usando aquela passagem como ilustração. Está tudo ali.
@@danilobittencourt3850 a própria Slan (uma das mão de Deus de Berserk) diz isso "está tudo aqui" (ódio, amor, esperança, medo, vida, morte, é tudo tão lindo, tão divino, tão humano, tão demoníaco)
Essa "polícia da fantasia" me lembrou o anime Shimoneta kkkk Já ouviu falar?Ótimo vídeo como sempre,seu ponto de vista me ajuda muito a ter outra visão da sociedade e da arte
Este anime é ótimo. Encena muito bem a ditadura da moralidade que certos grupos querem implementar no Ocidente.
@@danilobittencourt3850 a moralidade é algo que o ser humano DEVE TER, sendo implementada ou não, se você acha que pode fazer e falar o que quiser e não ser julgado moralmente, então você vive em um mundo paralelo a realidade
@@morales1006 Sabe o que significa a palavra ditadura? Consegue compreender o papel semântico que ela exerce em meu comentário?
Nossa mano, esse anime é profético pq hj temos essa polícia no twitter
@@tongarden1360 que bom que temos! E teria que ter mais, já que tem muita coisa errada sendo normalizada
Porque a mulher não grita, não chora não tenta fugir nós quadrinhos, porque se fosse uma crítica mostraria o sofrimento feminino.
Cara esse canal é muito bom. Disparado o melhor e mais profundo sobre HQ, nacional ou gringo. Muito bom msm!
Acho que vale quase uma série abordando mangas. Até por ser, não sei como chamar na realidade, um formato de HQ (talvez, sei lá) que eu consumo muito e gosto das propostas estética/narrativas, mas é pouquíssimo problematizado e sempre acaba caindo na vala comum de "Ahh, mas é cultural deles isso".
tava pensando sobre drunna outro dia e o quão absurdo foi ler o tipo de material quando eu era mais moleque, mas lembro muito bem que eu tinha PENA da personagem principal por tá presa naquele pesadelo sem fim e simplesmente não conseguir ter paz.
Muito boa a análise! Gostaria de ver sobre mangás, especificamente de Berserk que é uma obra lotada de violência sexual.
Grama foi um soco no meu estômago, é uma obra que eu chorei horrores, tanto que eu nem consigo ler de novo. Mas no geral, quando eu vejo qualquer material que incluí sexo de qualquer forma, eu sempre me questiono qual a necessidade da cena para a narrativa daquela história. Normalmente é material pra punheta, só, e como um cara gay, normalmente eu vejo essas cenas como um folheto de promoção de mercado.
Faz o de mangá plz!!!
Acho a abordagem do Miura em Berserk, levando o abuso como natural daquele mundo violento e ao mesmo tempo mostrando as consequências que podem acontecer.
Já no aguardo da segunda parte, análise e crítica muito boas e realmente necessárias. Pq meu irmão o tanto que eu já ouvi essa desculpa aí de "o importante é a critica" e no fim era só uma forma de romantizar o abuso.
Análise maravilhosa ,faz isso mesmo aborda os mangas ,porque ali é um campo de muita loucura
Esse negócio de querer sempre estar do lado do bem impede a gente de ter uma discussão profunda sobre as coisas sempre
Na casa de um amigo tinha uma revista dessa. Peguei sem ter ideia do que era. Os desenhos são muito bem feitos e realmente é excitante. Me lembro de ter reparado que tinha violência, mas não me importei na época, e fora que como foi dito, ela sempre parecia estar gostando de tudo. A lembrança que eu tenho é de uma parada viajada e excitante rs. Vou procurar ler novamente, é muito fácil de achar na net esse tipo de coisa kkk.
Ainda bem que está de volta, só vc e Ilha kaijuu para salvar esse youtube. Excelente vídeo, vi bastante coisa legal nos comentários, então não vou me prolongar, mas fale sobre mangá pfvr! minha experiência com Sanctuary foi muito afetada pela quantidade de estupro na obra, por exemplo.
Cara, eu conheci Druuna quando era criança... não vou mentir: achei foda a arte! Na real, ainda acho... mas confesso que nunca li os quadrinhos em si, pq era do namorado da minha dinda e ele não deixava eu ficar nem folhar a revista por causa do teor (eu via escondido kkkkkkkkkkk)
Seria bastante interessante essa segunda parte - falando sobre os mangás. E se fizer e puder, comente sobre o berserker, que tem várias cenas sobre o tema.
Sou fã e acompanho o canal, mesmo não sendo um leitor de quadrinhos e menos ainda de mangas (li apenas 3, contando com berserker). Aqui é o único canal que eu conheço que as críticas e análises fogem do raso e do “lugar comum” que vemos por aí. Sempre aprendo muito com seus vídeo e me coloca de fato para refletir. Parabéns pelo excelente trabalho.
Esse vídeo foi muito desconfortável, mas muito rico em conteúdo.
Muito bom! Primeiro vídeo que vejo do canal não acompanho o mundo dos quadrinhos mas achei muito realista a sua percepção, parabéns!!
Olhando as obras eróticas consumidas pelo público feminino, como "365 dias", me parece que esse tipo de fantasia não é exclusiva do público masculino.
Sobre mangás, faz sim uma segunda parte disso porque eu acho que lá existe MUITO da fetichização da dominação e pelos olhos de uma cultura completamente diferente da nossa. Coisa que dá uma discussão e debate muito rico ao meu ver.
Uma cena muito famosa e polêmica desse meio é do estupro da Cascka do mangá Berserk. Não sei responder até hoje se aquilo foi uma fetichização da violência sexual ou se o Miura meteu um eroguro na história...
que video incrivel! Nunca parei pra pensar nisso, e realmente é muita coisa, um assunto que deveria ser mais comentado!
Isso! Precisamos de mais discussões sobre essa erotização dos quadrinhos, desenhos, mangás e animes (principalmente hentai). Muito me preocupa que as crianças e adolescentes vejam esses conteúdos e naturalizem essas relações abusivas, o que acaba por trazer sempre o pior para nossas meninas e mulheres.
Falou desse assunto só consigo pensar na Casca e no Guts de Berserk... Enfim esse assunto rende um vídeo inteiro mesmo, super apoio a ideia.
Pensei imediatamente nela!
Eu tbm, as vezes nem dá pra saber ao certo se o Miura quer sexualizar ou não esse tipo de cena.
Poxa, eu ia comentar isso.
@@jplandim2243 sinceramente? Passando os anos, me pareceu que ele não tinha na época a referência de violência sexual, mas apenas os das histórias eróticas. Lá na reconstrução da Caska ele representa melhor como era para ser entendido:Uma violência.
@@AL0981000 Um comentário lúcido aqui vejo apenas pessoas que quando podem atacam o miura de qualquer forma
Que vídeo foda mano, me fez refletir pra caralho, faz a parte 2 por favor
Sim. Um vídeo sobre sexualização do estupro no mangá seria muito bem vindo.
Sempre com uma análise ponderada, nunca rasa. Trabalho maravilhoso. Amo seu canal!
Não dá mais nem para lê um gibizinho da Drunna sem problematização hoje em dia.
@Munique Do jeito que estão falando, é como se fosse errado ler Drunna e quem ler deve receber shaming.
@@olavocarvalho4356 Leia o quanto tu quiser, rapaz.
@@mobber606 Bom saber.
@@olavocarvalho4356 Cara ninguém esta de proibido de p0rra nenhuma, a diversas maneiras de consumir obra, você não precisa consumir na pespectiva entrenderimento ou produto puramente simbolico, tudo que dono do canal fez foi levanta uma discursão de pespectiva "CRITICA", então assimile a critica e consuma obra como produto.
@@rastafarenoob2236 Vou consumir mesmo. Na verdade, já consumi. Tinha as edições de Drunna da Heavy Metal.
Cara, minha opinião é que se existe um fetiche nisso, deve ser trabalhado de forma saudável, não fingir puritanismo, como você mesmo disse. Eu adoro dominar, minha namorada adora ser dominada. Entre 4 paredes as coisas acontecem, conhecendo os limites de outro. Fora dali, essas situações não tem representação no mundo real. Eu não quero estuprar ninguém, ela não quer ser estuprada.
Cara esse canal é definitivamente otimo material de estudo pra descobrir ate a propria sexualidade
Você é fantástico! Ganhou uma inscrita. Obrigada!
Só não comprei Druuna da Pipoca & Nanquim porque está muito caro, apesar da excelente qualidade gráfica. Eu tinha os albúns da Druuna da Heavy Metal; custavam 7 reais. Na época, 7 reais era dinheiro, e eu era um adolescente que tinha dinheiro contado para comprar meus gibis, mas Druuna era um deleite visual. Não teve nenhuma problematização na época. Acredito que a integridade do criador é absoluta, e as críticas que porventura possam advir de sua obra não devem em hipótese nenhuma se tornarem censura de fato.
Wonder Egg Priority é um anime que aborda em certo ponto da historia essa tema de violência sexual, e representam essa violência de uma nenhum pouco explicita ou sexualidade e ainda de uma forma bem agoniante
Em compensação ele erra feio (põe feio nisso) em várias outras questões importantíssimas, então acho que esse anime só deveria ser levado de exemplo do que NÃO fazer.
@@amurat4379 discordo total disso, em ql ponto ele erra tão feio assim? O máximo q acontece é ele tratar algumas questões de forma bem ambígua e outras q ele mal chega a se aprofundar
@@nick7259 eu nem vou entrar no mérito de seus muitos furos de roteiros e como o próprio anime caga e cospe encima de seus próprios conceitos, vou me concentrar apenas no que pra mim foi o começo do declínio desse anime. No caso foi o episódio 10, o episódio onde nos é apresentado um garoto transsexual (só um adendo que tudo o que irei falar a seguir é a minha visão da situação como também um homem trans). Kaoru é simplesmente uma das "representatividades" mais tenebrosas e desrespeitosas que eu já vi de um transsexual na minha vida, já começa que a existência dele no universo de WEP o inválida como um homem (lembre-se de que quando Momoe se juntou a trupe, houve uma discussão onde Acca e Ura-acca deixaram bem claro que NÃO existem homens no mundo dos ovos) e eu acho que nem preciso mencionar a problemática de colocar um personagem trans num contexto de suicídio. Sério cara, já somos poucos na ficção, então vc vai e me coloca um personagem trans justamente num contexto onde ele se matou??? Isso é de muito mal gosto, mas não tanto quanto o item a seguir. A cereja deste bolo de merda foi o motivo do suicídio do Kaoru e cara..... Já não bastasse esse anime ter invalidado o gênero dele e ter colocado o personagem num contexto de suicídio, eles ainda não estavam satisfeitos e colocaram a história de fundo dele pra ser um dos piores pesadelos da comunidade de homens trans (se pá, a comunidade LGBT+ como um todo) que é o estupro corretivo (vindo de alguém em quem o Kaoru confiou o suficiente pra ser a primeira pessoa a saber sobre ele ser trans) e ainda por cima ele engravidou disso. Desculpe, mas se vc não vê o mínimo problema em nada do que eu citei ou pensa que a situação "nem é tão ruim assim", vc não tem o mínimo de empatia para com transsexuais. Esse episódio me deixou mal tanto mentalmente quanto fisicamente, eu precisei me segurar pra não vomitar de verdade.
@@amurat4379 Desculpa, mas a história desde o EP 1 aborda sobre tragédia, vc pode não gostar de ver uma pessoa trans representada de uma forma trágica, mas isso não é demérito da obra. Nem preciso dizer q os Acca e Ura-acca não é uma representação de homens com pensamentos progressistas e super mente aberta né? Os dois apesar de serem cientistas, são personagens com um pensamento conservador com uma visão idealista das mulheres. Literalmente em nenhum momento o anime mostrou q as ações dos agressores estavam certas. Enfim, entendo vc pessoalmente se sentir mal, mas a obra não passa a visão que td a tragédia que aconteceu com ele foi certo, pelo ao contrário. Histórias assim acontece na vida real, e esperar que uma obra q fala sobre suicídio não aborde esse trauma, no mínimo é mt inocência.
@@nick7259 essa é a desculpa mais "???" e sem cabimento do mundo. Não existe isso de "ah, mas isso acontece na vida real", cara é apenas de PÉSSIMO gosto vc retratar isso tudo dessa forma. É errado, cruel, insensível. Esse papo de "ah, mas eles eram homens progressistas conservadores pipipi popopo" isso sequer é desenvolvido ou COMENTADO no anime, então nem faz sentido jogar esse argumento. E já que vc quer ir pro lado de "esse anime aborda tragédias", ok vamos falar delas e o quanto elas são incrivelmente mal feitas. Até o episódio 9 o anime faz sim um ótimo trabalho, mas como eu disse, a partir do episódio 10 é só ladeira abaixo. Vc não acha de mal gosto a invalidação de um personagem trans e uma representação porca? Ok. Mas e quanto a eles colocarem como a única culpada pelos suicídio de garotas adolescentes ser uma I.A. adolescente que quer se vingar dos "pais" idiotas que a abandonaram? Ou melhor ainda, o viés completamente machista da história da Koito. Uma menina de 14 anos que consegue manipular com maestria um homem adulto, e ainda deram um jeito de encaixar suicídio na história dela como uma estratégia para se conseguir algo e obter poder encima de um outro. E não me venha falar que "ah, mas isso acontece na vida real", isso não é e nunca vai ser desculpa pra fazer essas retratatções porcas e horríveis de problemas sérios. Péssimo gosto é a definição desse anime.
Sobre o erótico dos mangás,pessoalmente separo entre histórias de fantasia erótica, nonsense dada, e história que quer ser levada a sério, e nestas alguns autores sempre caem na parada de confundir estupro como violência sexual com estupro de fantasia sexual. Como o Druna que você comentou, vendo daqui me parece mais de fantasia sexual e não de violência em uma história que aparenta que quer ser levada a sério, que seria um discurso direto afirmativo, do tipo afirmar que uma pessoa pode voar pulando no quinto andar,e nos sabemos o que acontecd se pular no quinto andar. E isso na pano pra manga dessas fantasias tanto de homens quanto para mulheres de diferentes orientações e identidades.O Tagame tem altas fantasias eróticas de estupro masculino e BDSM quanto fazer histórias fofinhas como "O Marido do meu irmão".
Achei sua análise ótima! Lembrei de Berserk na hora, o que acha das cenas de violência sexual na obra? Adoraria saber sua opinião sobre.
eu gosto de historias sobre coisas polemicas, apesar de comum é difícil achar relatos de outras pessoas q passaram por algum trauma, acho q compartilhar experiencias ajuda pessoas a entenderem coisas que elas nao tinham certeza por nao ter com o que comparar, vc percebe q nao esta sozinho e sente que tem um certo apoio e conforto achando pessoas que entendem coisas q vc viveu
Perfeita a análise. Uma representação no cinema que me deu muita repulsa foi em Irreversível, do Gaspar noé.
Txt muito bem elaborado p/ a proposta de tempo de apresentação. Uma 2ª parte será apreciada, sim!
Cara, como este canal é bom. Sem dúvidas uma das melhores coisas que me aconteceu em 2022.
Eu concordo com o que vc disse. Comprei drunna e logo passei para frente pq tava me sentindo mal por estar ficando excitado com o estupro e sim o quadrinho todo normaliza o estupro nem mesmo o pipoca e nanquim , a época, passando pano dizendo que era uma estratégia da personagem para sobreviver consegue diminuir que o erotismo ali existe para um fetiche de subjugar o gênero feminino.
Muito bom! Gosto de como você sai dos lugares-comuns tanto do "gostei" quanto do "não gostei". A adequação formaXconteúdo é parte essencial do fazer artístico, nem sempre conscientizada e capaz de desmoronar a suposta coerência esquerdomachista .
Achei desconfortável esse mangá sobre as meninas de conforto. Eu nem sabia da existência delas e ver esses curtos quadros meu bateu uma angústia pesada.
pior que isso aconteceu eu já pesquise sobre isso é cara eu fique assustado, numa imagine que o ser humano poderia ser tão cruel a esse nível.
Disse tudo. Gostaria de ver posturas como a sua mais frequentes e valorizadas. Parabéns.
Cara,·tu é muito phoda!!! Nem sou fã de quadrinhos, mas agora sou teu fã. Muito bom e muito importante esse vídeo!
Muito bem colocado, parabens pela critica, eu gostaria de questionar e ate conversar mais abertamente com mulheres que possuem essa tara, ja conheci algumas no meu circulo social, uma galerinha do BDSM, e outras que gostam dessa ideia de ser subjulgada e toda a relacao de poder que existe nesse espectro. Reconheço que isso seja mais comum nos homens, mas essas 4 mulheres que conheci que possuiam fetiche nessa pegada, me deixam intrigado sobre a visao delas nesse assunto.
Ale falando de tema polêmico!? Bora lá. Parte dois, três, vinte mil. Só continua! Hahahaha
Vendo o assunto do video, eu lembrei de uma discussão sobre monogatari séries que eu tive a alguns dias, seria mt bom ver você falando sobre esse anine linck, acho que ele traz muito conteúdo pra essa discussão.
Gostei do vídeo, ainda é válido a ideia de não sexualizar mulheres nas mídias em geral pelo próprio esforço de humanizar as mulheres que o tempo todo são objetificadas, deixar a sensualidade para obras que tem real foco nisso como um romance mais explícito, pois como falou no final, mesmo fazendo essa conscientização das obras, pelo menos o fetichismo fica restristo aos fetichistas que teriam as obras algo como um recurso de nicho, mas ainda entre os fetichistas, nunca deixar de salientar que nem o mais louco dos fetiches pode chegar ao ponto de ferir uma criança quanto impedir alguém de dizer não, pois até o bdsm tem regra de ser consensual por mais que seja o fetiche da submissão, já que submissão é alguém se submeter ao dominante, não o dominante se sobrepor a qualquer um. E é um debate que se estende ao mundo masculino já que até garotos podem sofrer abusos na infância quanto alguns homens na fase adulta, e são a parte oculta dessa violência que já tem dificuldade de ser combatida em defesa das mulheres.
Gostei da análise e da postura. Também concordo que há várias situações aqui e realmente quadrinhos ou filmes na estética da Heavy metal dos anos 90 me atraem sim, mas hoje sei o quanto são problemáticos. Grama é de embrulhar o estômago e apresenta relações que são horríveis, mesmo quando parecem que estão melhorando. Também acho que há espaço para tudo e realmente não dá para ficar fazendo relativismo com estupro erotizado, por mais que eu me atraia pela arte destes artistas. No mais eu diferenciaria a objetificação de uma coisificação da mulher, pois na maioria dos níveis eróticos, precisa sim ter uma objetificação seja da mulher ou do homem (na mídia voltada a mulher). Agora, tratar como coisa, sem auteridade é outra questão.