Seja parte do mimimidias: catarse.me/mimimidias Se tiver fotos do Museu Nacional do Rio de Janeiro, envie-as para esses e-mails: thg.museo@gmail.com ; lusantosmuseo@gmail.com; isabeladfrreitas@gmail.com . Participe do nosso servidor do Discord: discord.gg/JfyYHYw __ Um recado do Lucas Thiago para vocês: Bom dia, meus educados e minhas educadas! Sou o Mordecai que apareceu no vídeo! Muito prazer! Gostaria apenas de deixar alguns pontos bem discriminados aqui, nos comentários, visto que se trata de um assunto muito brando e, talvez rolou d'eu ter cortado algumas informações bastantes pertinentes para uma interpretação saudável. O primeiro ponto é sobre a função do museólogo. Como eu disse no vídeo, o mesmo é responsável por cruzar de forma harmônica todas as funções museais. Mas, também, eles estão fortemente ligados à elaboração de planos museológicos e demais burocracias envolvidas, assim como relações ligadas à patrimonialização, musealização e tombo de algum bem. Quando eu disse que muitos museus não têm museólogos e, ainda estão funcionando, eu quis dizer que muitos destes não tem um museólogo GRADUADO na área. Por muito tempo, os responsáveis pelos museus e exposições eram os próprios historiadores, antropólogos, etnólogos e afins. Ou não tem nenhuma formação específica. Mas isso não tira o mérito do Museu ou o torna inferior aos demais; trata-se apenas de uma disputa da classe acadêmica e trabalhadora para ter um campo de trabalho bem delineado para os graduados nesta área. Por fim, à discussão que eu levantei sobre restaurar ou não o prédio, não diz que eu compactuo com o acidente que ocorreu. Muito longe disso! Sou contra tal reestruturação pois isso, no meu ver, é um meio do governo 'passar um pano' sobre o que aconteceu, sendo que a realidade nos diz que museus continuarão com pouquíssimo investimento mesmo com um incidente desta magnitude. Tais ruínas serviriam para mostrar aos governantes que isso foi culpa deles e que todo o trabalho e pesquisa foram inflamados por irresponsabilidades dos mesmos e, quem sabe, eles não se toquem que, o que o Museu Nacional estava passando antes do incidente, é a realidade de muitos museus pelo Brasil. Portanto, não deixem de visitar os museus de sua cidade! Estarei no discord, instagram e demais redes sociais para mais esclarecimentos! Aguardo vocês! __ REFERÊNCIAS: VÍDEOS: Wondrous Obsessions: Cabinet of Curiosities - th-cam.com/video/_NDTSe4Y5JE/w-d-xo.html Ground Zero 911 Memorial And One World Trade Center Building In New York - th-cam.com/video/bQmVPumuohk/w-d-xo.html LINKS “Restauração de teto e salas do Museu Nacional não atraiu incentivadores da Rouanet”, Agência Lupa - piaui.folha.uol.com.br/lupa/2018/09/03/restauracao-museu-nacional-rouanet/ “Museu Nacional receberia em outubro primeira parcela de recursos do BNDES para projeto de combate a incêndio”, Portal G1 - g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/09/03/museu-nacional-receberia-em-outubro-primeira-parcela-de-recursos-do-bndes-para-projeto-de-combate-a-incendio.ghtml “Educação e Cultura criam programa de revitalização do Museu Nacional”, IPHAN - portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/1672/educacao-e-cultura-criam-programa-de-revitalizacao-do-museu-nacional TRILHA SONORA: Bellybutton Ballad - Fernanda Dias __ Siga a gente nas nossas redes sociais! Facebook: facebook.com/canalmimimidias Twitter: twitter.com/canalmimimidias Instagram: goo.gl/PgHDH4 __ A nossa música tema foi composta pela incrível Fernanda Dias: soundcloud.com/ironfairy/
Também fiz um vídeo emergencial pensando a respeito do tema. Como artista, fiquei muito triste. Como historiador, muito, muito mais. Continuamos buscando estratégias.
A gente viu seu vídeo, Antídoto! Gostamos muito! Pra mim, me machucou muito como pesquisador. Pensar em todos os pesquisadores que perderam DÉCADAS de trabalho me fez chorar a noite toda. Como eu comentei no vídeo, eu acho que a gente só vai entender mesmo a magnitude dessa tragédia daqui uns anos. ~Tavos
Em primeiro lugar que te parabenizar por chamar um Museólogo para falar do Museu,sou Museóloga fui estagiária do Museu Nacional e tenho assistido vários vídeos sobre a tragédia no Museu Nacional e o seu canal é o primeiro que teve esse respeito em chamar um Museólogo. Estou muito grata por isso.
Muito obrigado pelo comentário, Nívea! A gente queria muito falar algo a respeito da tragédia, mas a gente achava que em meio ao fluxo altíssimo de conteúdo sendo produzido, a gente corria risco de chover no molhado. Por sorte, o Lucas é um grande amigo e apoiador nosso, e topou se somar pra produzirmos esse vídeo! Grande abraço, ~Tavos
Olá, Nívea! De antemão, lamento pela grande perca do Museu Nacional visto que ele fez parte de sua vivência profissional e também de sua vida - decerto, é uma perca imensurável para nós. Era um sonho meu de visitação e de estudos que infelizmente não poderei realizar. No entanto, me alegra saber que consegui atender dentro de meu conhecimento à representatividade de nossa área e nossa vida. Força para todos nós.
Eu apoio deixar o museu do jeito está, como um memorial do descaso. Comentei em casa e achava que era um pensamento que só eu tinha. É bom saber que mais pessoas também acham que o museu que não devia ser reconstruído.
Pedir pra privatizar é um atestado de que não temos responsabilidade com a nossa própria cultura e que definitivamente não nos importamos se a nossa história foi queimada. O que mais me deixa triste é a nossa expressão em frente a isto q reafirma mais ainda esse descaso. Achei muito interessante e válido o museu não ser restaurado e deixar realmente como um símbolo.
Essa ideia de não restaurar o museu chamou bastante minha atenção. Eu não tinha pensado nisso até o Lucas trazer à tona durante a entrevista, e realmente me parece algo que faz sentido. ~Tavos
Eu acho que o prédio deveria ser deixado como está, acho que é importante que essa cicatriz exista para que as pessoas possam ter viva na memória o quão grande foi a perda. Essa iniciativa do governo de reconstruir tudo é só uma tentativa de dar um cala a boca em todo mundo e fingir que nada foi perdido, quando na verdade o prédio sem o acervo é o mesmo que nada.
Concordo em todos os pontos! Recuperar o prédio e o acervo que ainda foi recuperado... ok. Mas o que já existia de obras raras e únicas, foi incinerado e não é substituível.
O que mais me revoltou foi a reação de meus colegas de classe. Indiferentes, insensíveis. Ao saber da notícia, comecei a chorar de raiva pelo descaso e de tristeza pela perda dos artefatos históricos. Uma das riquezas do Brasil é a sua cultura, são seus registros e documentos, e por isso esperava que meus colegas de classe estivessem tão comovidos e revoltados como eu. Engano: fui motivo de chacota e quase arrumei confusão com amigos. Não me surpreende esse descaso (frase figurativa para dar ênfase ao ângulo que desejo salientar), com políticos que não entendem nada de cultura e de valores, mas me surpreende a dormência dos estudantes, estes que aprendem a importância dos museus e destes artefatos. Dormentes pela correria do mundo moderno, aprendemos a não dar valor à esse tipo de coisa. E infelizmente, acordamos quando é tarde demais. Quantas tragédias terão de acontecer para acordarmos de fato? Estudantes, somos o futuro do nosso país.
Poxa, amigo! Sinto muito que sua dor não foi compadecida por seus colegas. Vemos que o descaso dos museus não é só do governo, mas da massa populacional em si. Compartilhamos da mesma dor!
@@LuksThiago007 obrigada pelo apoio! Até entendo o motivo da indiferença deles, nossa geração reproduz esse tipo de comportamento de maneira automática. Nosso país não impõe esse sentimento de patriotismo para que eles se importassem. Agradeço a solidariedade, significa bastante!
Tavos, sou de Mariana e aqui existe um pleno descaso com os museus. A importância deles para a cidade é pouco frisada perto da arquitetura colonial (que de colonial mesmo tem pouco), para marianenses e ouropretanos a entrada é gratuita, porém o foco na divulgaçao desses espaços é totalmente no turismo. Não existe sensação de pertencimento suficiente para que as pessoas se sintam convidadas a frequentar esses espaços. Temos um problema muito mais profundo e que está relacionado a interesses econômicos de especuladores, da arquidiocese e de faculdades privadas. Atualmente o ICHS corre risco despejo da cidade junto com 1500 estudantes, e a propria população marianense não luta em favor da universidade pública. Nosso problema é muito maior que podemos mensurar.
Nossa, eu não sabia dessa situação do ICHS! Tenho muitos amigos que estudaram lá, e sempre gostei demais da cidade! Uma coisa que eu acabei não mencionando no vídeo, mas que acho importante também tirar disso tudo, é o estado de sucateamento das IFES no Brasil. Qualquer universidade federal que você entrar hoje vai ter problemas profundos de infraestrutura, falta de sala, problemas de manutenção... O incêndio do MHN foi só um sintoma de uma doença que está muito mais enraizada, e tem a ver com esse projeto de precarização do ensino e da pesquisa no âmbito federal. ~Tavos
Acho q o museu em si, deveria se tronar uma peça histórica, uma própria obra de arte, q mostra o descaso com nossa "cultura",arte,história. Se não, esse fato só seria mais uns dos objetos queimados la, pq querendo ou não, nos esqueceremos desse fato apos um tempo, o próprio museu seria uma exposição, da falta de valor dado a nossa própria história, arte e cultura. obg parabéns pelo canal.
Seria interesse se isso acontecesse, eu apoio a ideia, porque o museu não era só um prédio, era tudo que tinha lá dentro e reconstruir meio vai apagar o que ocorreu. Mas eu não boto muita fé que as pessoas comprem essa ideia, apesar de querer muito.
Eu fiquei bem sentido com a tragédia e, tendo em vista a impossibilidade de recuperação do acervo, pode ser mesmo mais valioso deixar o acidente marcado com uma cicatriz profunda na pele da nossa história, ao invés de tratar com panos quentes e, como estratégia política, """"recuperar"""" o museu incinerado.
Fiz um vídeo da minha última visita ao museu no dia 01/06, está no meu canal! E mais uma coisa, o Museu histórico nacional é outro. Também fica no Rio de Janeiro, mas felizmente não sofreu um incêndio
Valeu, pela sugestão, Beatriz! Irei dar uma olhada. Além de que, vai ser bom acompanhar sua experiência no museu, visto que era um sonho meu de situação. Eu citei específicamente o Museu Histórico Nacional por ser ali onde começou a Museologia, mas como o diálogo estava fluindo naturalmente, deu uma misturada nas informações e acabou passando batido. Obrigado por pontuar!
Como bibliotecário (bacharel em Biblioteconomia), acadêmico de Pedagogia, apreciador da história e cultura, e cidadão me sinto como tivesse perdido dois entes muitos queridos no dia 02/09/2018. Os incêndios na Biblioteca Pública ligada ao Farol do Saber no Maranhão (que já estava desativada) e no Museu Nacional me abalaram muito emocionalmente. No caso do Museu Nacional o que me doe muito mais é saber que havia uma verba liberada pelo BNDES para a manutenção do museu mas que devido entraves burocráticos e jurídicos ficou retido. Vivemos um dos momentos mais sombrios da história do nosso país. A destruição do nosso patrimônio artístico, cultural, histórico e da memória; a perseguição aos professores e alunos nas escolas e universidades; e as ideias anticientíficas , antivacinas e terraplanistas por exemplo, cada vez ganhando mais força. E a tendência é piorar caso não reagimos.
Quanto a privatização, acho interessante ter uma empresa pra cuidar do museu, porque como investimento ela vai garantir que não seja jogado dinheiro fora. Enquanto isso, o governo tem se mostrado completamente irresponsável e negligente quanto a nossa história.
Bom, eu nasci no finalzinho de 2002, e das grandes conquistas do país, acabei por ser azarada: não vi grandes monumentos ou pontes sendo construídas, não vi títulos de futebol sendo conquistados, nem vi muito da cultura brasileira sendo amplamente disseminada por aí. para nós que na geração Z tivemos desde pequenos o contato com as tecnologias, talvez seja ainda mais triste ver algo assim acontecer porque, quando eu nasci, o sistema já era meio sucateado. eu não tive a oportunidade de ver nada e sei que não terei mais também. o que estava escrito nas paredes, em objetos, em placas, foram queimados em um piscar de olhos, e agora vai ser uma memória histórica que minha geração não vai ter. aguardo com certa insegurança, o que me espera na fase adulta e o que espera as próximas gerações.
O tema é importantíssimo e o crime irreparável, mas é preciso corrigir uma informação. O Museu Nacional e o Museu Histórico Nacional são instituições diferentes, assim como também é o caso do Museu Nacional de Belas Artes. Todas essas instituições são sediadas no Rio de Janeiro, mas tem especialidades diferentes.
Exato, Thadeu! Eu salientei numa conversa informal que tivemos antes do vídeo e, como já estávamos gravando (que era quase que um papo de colegas), a informação saiu sutilmente confusa nesta parte. Mas obrigado por reforçar!
Nenhuma! Apenas a nomenclatura adotada e a tipologia mesmo, segundo a constituição (se não me falha a memória e o Estatuto dos Museus). Galerias de Arte, Centros de Memória... e assim por diante, visto que as missões, valores e objetivos, são os mesmos de um Museu. Pesquisar, Salvaguardar e comunicar respectivamente! (:
Tudo bem, Carlos?! Consumir a pesquisa é um termo meio vago. Mas tentarei explicar um pouco deste processo. Bom, a pesquisa feita nos museus e em seus itens de acervo, remete-se principalmente para historiadores, antropólogos, geólogos e afins, a fim de se delinear uma história concreta através dos registros que o museu guarda e expõe. O Museu Nacional tinha itens bem antigos e tomando como exemplo, a coleção de Egiptologia. Quem estuda a área, estava estudando o acervo do Museu Nacional, a fim de identificar quem era as múmias, como elas chegaram lá, os percursos da mesma... E tudo mais. São dados que podem entrar nos livros de história ou de função principal acadêmica. As funções práticas do museu, são três: Pesquisar, Conservar e comunicar. Pesquisar é o que falei logo acima: estudar o acervo, descobrir o que ele quer dizer e o que ele significa e traçar seu histórico geral: Como era usado, por quem, por quê... enfim. Conservar é autoexplicativo: Manter os itens seguros do detrimento das ações humanas, do tempo, incidentes e por assim adiante. E comunicar que é o ultimo processo que é expor o item, traçar uma narrativa sobre (pois, o museu pode usar uma arma da segunda guerra para ilustrar que foi usada pelos alemães durante o Holocausto, ou que foi somente usada na segunda guerra). Espero ter esclarecido um pouco suas perguntas! Estou à disposição!
@@LuksThiago007 entendi sim. Talvez eu ainda esteja apenas no senso comum mas quem é de fora não vê real valor nisso. Por exemplo: no vídeo fala de manter uma identidade cultural, tenho 24 anos e nem ligo pra isso. Porém entendi sim que se perdeu muito material de estudo. Na minha área por exemplo o primeiro computador feito no Brasil foi desmontado e se perdeu. Seria um material interessante hoje em dia. Talvez nem faça sentido tudo que eu escrevi, mas ficou mais claro para mim oque se perdeu. Obrigado pela explicação é pela paciência.
De fato foi uma tragédia e o paralelo com o 9/11 talvez não seja tão exagerado. No âmbito do Brasil não consigo deixar de comparar com o rompimento da barragem da Samarco aí em MG que foi um desastre ambiental enorme. Quanto à reconstrução sou adepto da ideia do Lucas de manter as ruínas do museu como um monumento à memória do paço imperial e no futuro se construir um novo museu nacional ao lado. A verba disponibilizada poderia ser destinada para salvar outros museus que estão em situação parecida. (Vale lembrar o páis vive sob um governo neoliberal e as medidas de austeridade afetam diretamente a educação e, portanto, essa verba milagrosa será retirada de outra área provavelmente em situação frágil)
Concordo super com você, Giovanni! As ruínas DEVEM ficar. Constrói-se ao lado, outra instituição com uma ideia diferente do Museu Nacional. Um centro de Memória com os resquícios do acervo seria super pertinente.
Boa tarde. Acho interessante o debate, porém vivemos num país onde as instituições culturais não são tão numerosas, muito pelo contrario. Vivemos num sistema que em muito projeta a disseminação da mediocridade intelectual. Penso que deixar o museu como está, não é uma opção. Onde pode haver pessoas pensando num "simbolismo" oculto ou explícito, para que não mais volte a acontecer tragédias como essa, haverá também outras, e muitas pessoas, sobretudo as que detém algum poder político, que poderão apreciar essa ideia, não pelo simbolismo citado, mas como conveniencia. Afinal, para reconstruir um museu desse porte, implantando-se todos os mecanismos de segurança mais avançados, fazendo regularmente os repasses necessários para sua manutenção e cobrando fiscalização adequada para que seu funcionamento seja perfeito, será muito custoso. Mais fácil (para alguns interessados) deixar como está e atribuir um status de exemplificação como motivo. O que eu penso é que, primeiro: nada do que estava lá durante décadas, séculos, voltará à "vida" e nós, órfãos dessa tragédia, deveremos estar cientes e maduros pra entender isso. Segundo: a única forma de reconstituir a nossa dignidade, a dignidade da instituição, a dignidade de que doou seu suor durante tantos anos pra que nossa memória permanecesse viva pra quem quisesse consultá-la, é reconstruindo o museu. De quebra, seria um grande tapa na cara de políticos que deram as costas para nossa cultura, para nossa escola, nossa ciência. Outras peças serão expostas, outro acervo será construído. Outros espécimes serão catalogados, outros colaboradores ajudarão. Não será melhor, mas poderá ser ricamente diferente. Nossa história não pode morrer.
Olá, Maximiliano! Obrigado pela proposta de debate! Acho importante que você também abordou a conveniência do alto escalão que o tal símbolo pode remeter. De antemão, queria rebater que nós temos mais museus do que salas de Cinema: Cerca de 3000 mil museus contra 1200 salas de cinema, dados do IBRAM e do IBGE. Neste caso, temos muitas instituições culturais, mas 99% delas estão em situação de total descaso e abandono. Quanto à reconstrução do Museu, no primeiro ponto, pense primeiro no acervo que ali tinha e na pesquisa que era feito nela... O Museu é muito mais do que só a exposição. É só a ponta do iceberg fundamentado em pesquisa e preservação. Quase todo o acervo se foi e eram vinte milhões de peças. O suor dessa instituição já evaporou com as chamas: reconstruir ela, colocar outros itens de outros lugares que não são os mesmos não vai ser a mesma coisa e muito menos dará segmento a pesquisa dos mestrandos e doutorandos que atuavam ali. Concordo que sim, deve ser construído algo no lugar: um centro de memória, talvez... visto que o símbolo e a aura que o Museu Nacional tinha, se foi; ou seja, um centro de memória manteria mais vivo tanto o museu em si, quanto o que aconteceu e assim, sensibilizar os visitantes e a comunidade sobre o tema. É como se alguém chegasse e dissesse: "vamos reconstruir o Coliseu?" No fim das contas, nossa história não pode morrer! Mas uma parte dela já se foi e não pode ser recuperada.
A culpa dessa tragédia não só recai na incompetência dos políticos, presidentes anteriores, sistemas económicos socialistas, mas também em toda nossa história. Desde o Golpe da República em 1889, iniciaram-se através das décadas seguintes regimes oligárquicos que queriam controlar o estado e intervir tanto na economia quanto na sociedade, isso levou a partir dos anos 30, no começo da Era Vargas, mais intervenção do estado que além de Vargas querer modernizar o Rio de Janeiro, teve que demolir dezenas de igrejas históricas do Renascimento. O Brasil permanece com regimes de oligarquias escondidas que abusam do poder e não se importam pela sua responsabilidade e cultura. Leiam o livro: Por que o Brasil é um país atrasado? Onde conta todos os nossos problemas
Segue o link do jornal folha de são Paulo sobre suas propostas sobre a Cultura do nosso país. www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/09/so-5-dos-13-presidenciaveis-listam-planos-para-cultura-em-programas-de-governo.shtml
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Se tiver fotos do Museu Nacional do Rio de Janeiro, envie-as para esses e-mails: thg.museo@gmail.com ; lusantosmuseo@gmail.com; isabeladfrreitas@gmail.com .
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Um recado do Lucas Thiago para vocês:
Bom dia, meus educados e minhas educadas! Sou o Mordecai que apareceu no vídeo! Muito prazer! Gostaria apenas de deixar alguns pontos bem discriminados aqui, nos comentários, visto que se trata de um assunto muito brando e, talvez rolou d'eu ter cortado algumas informações bastantes pertinentes para uma interpretação saudável. O primeiro ponto é sobre a função do museólogo. Como eu disse no vídeo, o mesmo é responsável por cruzar de forma harmônica todas as funções museais. Mas, também, eles estão fortemente ligados à elaboração de planos museológicos e demais burocracias envolvidas, assim como relações ligadas à patrimonialização, musealização e tombo de algum bem. Quando eu disse que muitos museus não têm museólogos e, ainda estão funcionando, eu quis dizer que muitos destes não tem um museólogo GRADUADO na área. Por muito tempo, os responsáveis pelos museus e exposições eram os próprios historiadores, antropólogos, etnólogos e afins. Ou não tem nenhuma formação específica. Mas isso não tira o mérito do Museu ou o torna inferior aos demais; trata-se apenas de uma disputa da classe acadêmica e trabalhadora para ter um campo de trabalho bem delineado para os graduados nesta área.
Por fim, à discussão que eu levantei sobre restaurar ou não o prédio, não diz que eu compactuo com o acidente que ocorreu. Muito longe disso! Sou contra tal reestruturação pois isso, no meu ver, é um meio do governo 'passar um pano' sobre o que aconteceu, sendo que a realidade nos diz que museus continuarão com pouquíssimo investimento mesmo com um incidente desta magnitude. Tais ruínas serviriam para mostrar aos governantes que isso foi culpa deles e que todo o trabalho e pesquisa foram inflamados por irresponsabilidades dos mesmos e, quem sabe, eles não se toquem que, o que o Museu Nacional estava passando antes do incidente, é a realidade de muitos museus pelo Brasil. Portanto, não deixem de visitar os museus de sua cidade! Estarei no discord, instagram e demais redes sociais para mais esclarecimentos! Aguardo vocês!
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REFERÊNCIAS:
VÍDEOS:
Wondrous Obsessions: Cabinet of Curiosities - th-cam.com/video/_NDTSe4Y5JE/w-d-xo.html
Ground Zero 911 Memorial And One World Trade Center Building In New York - th-cam.com/video/bQmVPumuohk/w-d-xo.html
LINKS
“Restauração de teto e salas do Museu Nacional não atraiu incentivadores da Rouanet”, Agência Lupa - piaui.folha.uol.com.br/lupa/2018/09/03/restauracao-museu-nacional-rouanet/
“Museu Nacional receberia em outubro primeira parcela de recursos do BNDES para projeto de combate a incêndio”, Portal G1 - g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/09/03/museu-nacional-receberia-em-outubro-primeira-parcela-de-recursos-do-bndes-para-projeto-de-combate-a-incendio.ghtml
“Educação e Cultura criam programa de revitalização do Museu Nacional”, IPHAN - portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/1672/educacao-e-cultura-criam-programa-de-revitalizacao-do-museu-nacional
TRILHA SONORA:
Bellybutton Ballad - Fernanda Dias
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A nossa música tema foi composta pela incrível Fernanda Dias: soundcloud.com/ironfairy/
Também fiz um vídeo emergencial pensando a respeito do tema. Como artista, fiquei muito triste. Como historiador, muito, muito mais.
Continuamos buscando estratégias.
A gente viu seu vídeo, Antídoto! Gostamos muito!
Pra mim, me machucou muito como pesquisador. Pensar em todos os pesquisadores que perderam DÉCADAS de trabalho me fez chorar a noite toda.
Como eu comentei no vídeo, eu acho que a gente só vai entender mesmo a magnitude dessa tragédia daqui uns anos.
~Tavos
Em primeiro lugar que te parabenizar por chamar um Museólogo para falar do Museu,sou Museóloga fui estagiária do Museu Nacional e tenho assistido vários vídeos sobre a tragédia no Museu Nacional e o seu canal é o primeiro que teve esse respeito em chamar um Museólogo. Estou muito grata por isso.
Muito obrigado pelo comentário, Nívea!
A gente queria muito falar algo a respeito da tragédia, mas a gente achava que em meio ao fluxo altíssimo de conteúdo sendo produzido, a gente corria risco de chover no molhado.
Por sorte, o Lucas é um grande amigo e apoiador nosso, e topou se somar pra produzirmos esse vídeo!
Grande abraço,
~Tavos
Olá, Nívea!
De antemão, lamento pela grande perca do Museu Nacional visto que ele fez parte de sua vivência profissional e também de sua vida - decerto, é uma perca imensurável para nós. Era um sonho meu de visitação e de estudos que infelizmente não poderei realizar. No entanto, me alegra saber que consegui atender dentro de meu conhecimento à representatividade de nossa área e nossa vida. Força para todos nós.
Eu apoio deixar o museu do jeito está, como um memorial do descaso. Comentei em casa e achava que era um pensamento que só eu tinha. É bom saber que mais pessoas também acham que o museu que não devia ser reconstruído.
Eu fiquei muito triste porque eu amo museus e esse era um dos que eu tinha vontade de visitar, infelizmente não vou realizar meu sonho
Somos dois, Hayssa. Estou ainda aturdido.
Eu também :(
Pedir pra privatizar é um atestado de que não temos responsabilidade com a nossa própria cultura e que definitivamente não nos importamos se a nossa história foi queimada.
O que mais me deixa triste é a nossa expressão em frente a isto q reafirma mais ainda esse descaso.
Achei muito interessante e válido o museu não ser restaurado e deixar realmente como um símbolo.
Essa ideia de não restaurar o museu chamou bastante minha atenção. Eu não tinha pensado nisso até o Lucas trazer à tona durante a entrevista, e realmente me parece algo que faz sentido.
~Tavos
Privatização é a solução mágica de muita gente
Eu acho que o prédio deveria ser deixado como está, acho que é importante que essa cicatriz exista para que as pessoas possam ter viva na memória o quão grande foi a perda. Essa iniciativa do governo de reconstruir tudo é só uma tentativa de dar um cala a boca em todo mundo e fingir que nada foi perdido, quando na verdade o prédio sem o acervo é o mesmo que nada.
Concordo em todos os pontos! Recuperar o prédio e o acervo que ainda foi recuperado... ok. Mas o que já existia de obras raras e únicas, foi incinerado e não é substituível.
Sim. Deviam deixar como um memorial.
O que mais me revoltou foi a reação de meus colegas de classe. Indiferentes, insensíveis. Ao saber da notícia, comecei a chorar de raiva pelo descaso e de tristeza pela perda dos artefatos históricos. Uma das riquezas do Brasil é a sua cultura, são seus registros e documentos, e por isso esperava que meus colegas de classe estivessem tão comovidos e revoltados como eu. Engano: fui motivo de chacota e quase arrumei confusão com amigos. Não me surpreende esse descaso (frase figurativa para dar ênfase ao ângulo que desejo salientar), com políticos que não entendem nada de cultura e de valores, mas me surpreende a dormência dos estudantes, estes que aprendem a importância dos museus e destes artefatos. Dormentes pela correria do mundo moderno, aprendemos a não dar valor à esse tipo de coisa. E infelizmente, acordamos quando é tarde demais. Quantas tragédias terão de acontecer para acordarmos de fato? Estudantes, somos o futuro do nosso país.
Poxa, amigo! Sinto muito que sua dor não foi compadecida por seus colegas. Vemos que o descaso dos museus não é só do governo, mas da massa populacional em si. Compartilhamos da mesma dor!
@@LuksThiago007 obrigada pelo apoio! Até entendo o motivo da indiferença deles, nossa geração reproduz esse tipo de comportamento de maneira automática. Nosso país não impõe esse sentimento de patriotismo para que eles se importassem. Agradeço a solidariedade, significa bastante!
Ainda triste demais com todo o simbolismo dessa tragédia
Todos estamos =(
~Tavos
Tavos, sou de Mariana e aqui existe um pleno descaso com os museus. A importância deles para a cidade é pouco frisada perto da arquitetura colonial (que de colonial mesmo tem pouco), para marianenses e ouropretanos a entrada é gratuita, porém o foco na divulgaçao desses espaços é totalmente no turismo.
Não existe sensação de pertencimento suficiente para que as pessoas se sintam convidadas a frequentar esses espaços. Temos um problema muito mais profundo e que está relacionado a interesses econômicos de especuladores, da arquidiocese e de faculdades privadas. Atualmente o ICHS corre risco despejo da cidade junto com 1500 estudantes, e a propria população marianense não luta em favor da universidade pública. Nosso problema é muito maior que podemos mensurar.
Nossa, eu não sabia dessa situação do ICHS! Tenho muitos amigos que estudaram lá, e sempre gostei demais da cidade!
Uma coisa que eu acabei não mencionando no vídeo, mas que acho importante também tirar disso tudo, é o estado de sucateamento das IFES no Brasil. Qualquer universidade federal que você entrar hoje vai ter problemas profundos de infraestrutura, falta de sala, problemas de manutenção... O incêndio do MHN foi só um sintoma de uma doença que está muito mais enraizada, e tem a ver com esse projeto de precarização do ensino e da pesquisa no âmbito federal.
~Tavos
Parabéns rapaz. Este é o seu futuro. Bem articulado e inteligente.
Acho q o museu em si, deveria se tronar uma peça histórica, uma própria obra de arte, q mostra o descaso com nossa "cultura",arte,história. Se não, esse fato só seria mais uns dos objetos queimados la, pq querendo ou não, nos esqueceremos desse fato apos um tempo, o próprio museu seria uma exposição, da falta de valor dado a nossa própria história, arte e cultura. obg parabéns pelo canal.
Seria interesse se isso acontecesse, eu apoio a ideia, porque o museu não era só um prédio, era tudo que tinha lá dentro e reconstruir meio vai apagar o que ocorreu. Mas eu não boto muita fé que as pessoas comprem essa ideia, apesar de querer muito.
Eu fiquei bem sentido com a tragédia e, tendo em vista a impossibilidade de recuperação do acervo, pode ser mesmo mais valioso deixar o acidente marcado com uma cicatriz profunda na pele da nossa história, ao invés de tratar com panos quentes e, como estratégia política, """"recuperar"""" o museu incinerado.
Fiz um vídeo da minha última visita ao museu no dia 01/06, está no meu canal! E mais uma coisa, o Museu histórico nacional é outro. Também fica no Rio de Janeiro, mas felizmente não sofreu um incêndio
Valeu, pela sugestão, Beatriz! Irei dar uma olhada. Além de que, vai ser bom acompanhar sua experiência no museu, visto que era um sonho meu de situação.
Eu citei específicamente o Museu Histórico Nacional por ser ali onde começou a Museologia, mas como o diálogo estava fluindo naturalmente, deu uma misturada nas informações e acabou passando batido. Obrigado por pontuar!
Como bibliotecário (bacharel em Biblioteconomia), acadêmico de Pedagogia, apreciador da história e cultura, e cidadão me sinto como tivesse perdido dois entes muitos queridos no dia 02/09/2018. Os incêndios na Biblioteca Pública ligada ao Farol do Saber no Maranhão (que já estava desativada) e no Museu Nacional me abalaram muito emocionalmente.
No caso do Museu Nacional o que me doe muito mais é saber que havia uma verba liberada pelo BNDES para a manutenção do museu mas que devido entraves burocráticos e jurídicos ficou retido. Vivemos um dos momentos mais sombrios da história do nosso país.
A destruição do nosso patrimônio artístico, cultural, histórico e da memória; a perseguição aos professores e alunos nas escolas e universidades; e as ideias anticientíficas , antivacinas e terraplanistas por exemplo, cada vez ganhando mais força. E a tendência é piorar caso não reagimos.
Quanto a privatização, acho interessante ter uma empresa pra cuidar do museu, porque como investimento ela vai garantir que não seja jogado dinheiro fora. Enquanto isso, o governo tem se mostrado completamente irresponsável e negligente quanto a nossa história.
Bom, eu nasci no finalzinho de 2002, e das grandes conquistas do país, acabei por ser azarada: não vi grandes monumentos ou pontes sendo construídas, não vi títulos de futebol sendo conquistados, nem vi muito da cultura brasileira sendo amplamente disseminada por aí. para nós que na geração Z tivemos desde pequenos o contato com as tecnologias, talvez seja ainda mais triste ver algo assim acontecer porque, quando eu nasci, o sistema já era meio sucateado. eu não tive a oportunidade de ver nada e sei que não terei mais também. o que estava escrito nas paredes, em objetos, em placas, foram queimados em um piscar de olhos, e agora vai ser uma memória histórica que minha geração não vai ter. aguardo com certa insegurança, o que me espera na fase adulta e o que espera as próximas gerações.
Não é, Manu? O futuro é assustador para todos nós. Mas nossa esperança está em nossa geração que está chegando ao poder.
Parabéns Lucas
O tema é importantíssimo e o crime irreparável, mas é preciso corrigir uma informação. O Museu Nacional e o Museu Histórico Nacional são instituições diferentes, assim como também é o caso do Museu Nacional de Belas Artes. Todas essas instituições são sediadas no Rio de Janeiro, mas tem especialidades diferentes.
Exato, Thadeu! Eu salientei numa conversa informal que tivemos antes do vídeo e, como já estávamos gravando (que era quase que um papo de colegas), a informação saiu sutilmente confusa nesta parte. Mas obrigado por reforçar!
Aí Lukas Thiago meu sobrinho,falou tudo.
Parabéns meu amor. Mâe orgulha de vc. Bj
Agora, transforme-o num "Chopp Centre"
Duvido nada que ocorra quando uma AMBEV da vida vir patrocinar a reconstrução em um cenário hipotético. HAHAHAHAHH
Baita bate papo :)
Pergunta pro Lucas (na verdade pra qualquer pessoa que saiba responder/explicar), qual a diferença entre museu e galeria de arte?
Nenhuma! Apenas a nomenclatura adotada e a tipologia mesmo, segundo a constituição (se não me falha a memória e o Estatuto dos Museus). Galerias de Arte, Centros de Memória... e assim por diante, visto que as missões, valores e objetivos, são os mesmos de um Museu. Pesquisar, Salvaguardar e comunicar respectivamente! (:
Vlw!
Video foda!!!
dependendo do dano estrutural eu sou contra uma reconstrução em si
Ele diz "pra onde vai a pesquisa?" Quem consome essas pesquisas? Qual a função prática de um Museu?
Tudo bem, Carlos?!
Consumir a pesquisa é um termo meio vago. Mas tentarei explicar um pouco deste processo.
Bom, a pesquisa feita nos museus e em seus itens de acervo, remete-se principalmente para historiadores, antropólogos, geólogos e afins, a fim de se delinear uma história concreta através dos registros que o museu guarda e expõe. O Museu Nacional tinha itens bem antigos e tomando como exemplo, a coleção de Egiptologia. Quem estuda a área, estava estudando o acervo do Museu Nacional, a fim de identificar quem era as múmias, como elas chegaram lá, os percursos da mesma... E tudo mais. São dados que podem entrar nos livros de história ou de função principal acadêmica.
As funções práticas do museu, são três: Pesquisar, Conservar e comunicar. Pesquisar é o que falei logo acima: estudar o acervo, descobrir o que ele quer dizer e o que ele significa e traçar seu histórico geral: Como era usado, por quem, por quê... enfim. Conservar é autoexplicativo: Manter os itens seguros do detrimento das ações humanas, do tempo, incidentes e por assim adiante. E comunicar que é o ultimo processo que é expor o item, traçar uma narrativa sobre (pois, o museu pode usar uma arma da segunda guerra para ilustrar que foi usada pelos alemães durante o Holocausto, ou que foi somente usada na segunda guerra).
Espero ter esclarecido um pouco suas perguntas! Estou à disposição!
@@LuksThiago007 entendi sim. Talvez eu ainda esteja apenas no senso comum mas quem é de fora não vê real valor nisso. Por exemplo: no vídeo fala de manter uma identidade cultural, tenho 24 anos e nem ligo pra isso. Porém entendi sim que se perdeu muito material de estudo. Na minha área por exemplo o primeiro computador feito no Brasil foi desmontado e se perdeu. Seria um material interessante hoje em dia. Talvez nem faça sentido tudo que eu escrevi, mas ficou mais claro para mim oque se perdeu. Obrigado pela explicação é pela paciência.
De fato foi uma tragédia e o paralelo com o 9/11 talvez não seja tão exagerado. No âmbito do Brasil não consigo deixar de comparar com o rompimento da barragem da Samarco aí em MG que foi um desastre ambiental enorme. Quanto à reconstrução sou adepto da ideia do Lucas de manter as ruínas do museu como um monumento à memória do paço imperial e no futuro se construir um novo museu nacional ao lado. A verba disponibilizada poderia ser destinada para salvar outros museus que estão em situação parecida. (Vale lembrar o páis vive sob um governo neoliberal e as medidas de austeridade afetam diretamente a educação e, portanto, essa verba milagrosa será retirada de outra área provavelmente em situação frágil)
Concordo super com você, Giovanni! As ruínas DEVEM ficar. Constrói-se ao lado, outra instituição com uma ideia diferente do Museu Nacional. Um centro de Memória com os resquícios do acervo seria super pertinente.
Boa tarde. Acho interessante o debate, porém vivemos num país onde as instituições culturais não são tão numerosas, muito pelo contrario. Vivemos num sistema que em muito projeta a disseminação da mediocridade intelectual. Penso que deixar o museu como está, não é uma opção. Onde pode haver pessoas pensando num "simbolismo" oculto ou explícito, para que não mais volte a acontecer tragédias como essa, haverá também outras, e muitas pessoas, sobretudo as que detém algum poder político, que poderão apreciar essa ideia, não pelo simbolismo citado, mas como conveniencia. Afinal, para reconstruir um museu desse porte, implantando-se todos os mecanismos de segurança mais avançados, fazendo regularmente os repasses necessários para sua manutenção e cobrando fiscalização adequada para que seu funcionamento seja perfeito, será muito custoso. Mais fácil (para alguns interessados) deixar como está e atribuir um status de exemplificação como motivo. O que eu penso é que, primeiro: nada do que estava lá durante décadas, séculos, voltará à "vida" e nós, órfãos dessa tragédia, deveremos estar cientes e maduros pra entender isso. Segundo: a única forma de reconstituir a nossa dignidade, a dignidade da instituição, a dignidade de que doou seu suor durante tantos anos pra que nossa memória permanecesse viva pra quem quisesse consultá-la, é reconstruindo o museu. De quebra, seria um grande tapa na cara de políticos que deram as costas para nossa cultura, para nossa escola, nossa ciência. Outras peças serão expostas, outro acervo será construído. Outros espécimes serão catalogados, outros colaboradores ajudarão. Não será melhor, mas poderá ser ricamente diferente. Nossa história não pode morrer.
Olá, Maximiliano! Obrigado pela proposta de debate!
Acho importante que você também abordou a conveniência do alto escalão que o tal símbolo pode remeter. De antemão, queria rebater que nós temos mais museus do que salas de Cinema: Cerca de 3000 mil museus contra 1200 salas de cinema, dados do IBRAM e do IBGE. Neste caso, temos muitas instituições culturais, mas 99% delas estão em situação de total descaso e abandono. Quanto à reconstrução do Museu, no primeiro ponto, pense primeiro no acervo que ali tinha e na pesquisa que era feito nela... O Museu é muito mais do que só a exposição. É só a ponta do iceberg fundamentado em pesquisa e preservação. Quase todo o acervo se foi e eram vinte milhões de peças. O suor dessa instituição já evaporou com as chamas: reconstruir ela, colocar outros itens de outros lugares que não são os mesmos não vai ser a mesma coisa e muito menos dará segmento a pesquisa dos mestrandos e doutorandos que atuavam ali. Concordo que sim, deve ser construído algo no lugar: um centro de memória, talvez... visto que o símbolo e a aura que o Museu Nacional tinha, se foi; ou seja, um centro de memória manteria mais vivo tanto o museu em si, quanto o que aconteceu e assim, sensibilizar os visitantes e a comunidade sobre o tema. É como se alguém chegasse e dissesse: "vamos reconstruir o Coliseu?"
No fim das contas, nossa história não pode morrer! Mas uma parte dela já se foi e não pode ser recuperada.
A culpa dessa tragédia não só recai na incompetência dos políticos, presidentes anteriores, sistemas económicos socialistas, mas também em toda nossa história. Desde o Golpe da República em 1889, iniciaram-se através das décadas seguintes regimes oligárquicos que queriam controlar o estado e intervir tanto na economia quanto na sociedade, isso levou a partir dos anos 30, no começo da Era Vargas, mais intervenção do estado que além de Vargas querer modernizar o Rio de Janeiro, teve que demolir dezenas de igrejas históricas do Renascimento. O Brasil permanece com regimes de oligarquias escondidas que abusam do poder e não se importam pela sua responsabilidade e cultura. Leiam o livro: Por que o Brasil é um país atrasado? Onde conta todos os nossos problemas
EU DARIA OS TITULOS PARA TODOS DO MESTRE AO PHD, TEMOS QUE DESTITUIR O MEC, E UFRS.
Este é meu filho. Lucas
"A gente tem". Não, Tavos, a gente não tem mais. :'(
Esses atos falhos de quando a ficha não caiu ainda... =/
~Tavos
Corre sangue de monarcas em nossas veias. O Brasil nunca deixar de ser uma Monarquia !! #AveMonarquia
Segue o link do jornal folha de são Paulo sobre suas propostas sobre a Cultura do nosso país.
www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/09/so-5-dos-13-presidenciaveis-listam-planos-para-cultura-em-programas-de-governo.shtml
Eita! Mais pro final do vídeo deu vários cortes fora lugar. Só pra tomar esse cuidado aí com a edição
Mimimidias e usuários do youtube recomendo ler as obras de Fernando Báez que fala sobre a história da destruição dos livros e outras obras do mundo.