Obrigada por ser mais um passo/degrau na minha jornada rumo a minha "libertação" de relações abusivas. Estou em excelentes mãos com psicanalista muito foda do mesmo grupo de estudos que você e estou investindo toda minha energia em ter relações saudáveis o mais rápido possível. Sua (e de toda psicanálise) contribuição a minha existência é inenarrável. Eterna gratidão!!!!
@@CamilaCoe oie, sim sim. amooooooooooo a Manu, ela me ajudou muito. Consegui comprar o curso dela da leitura do Mulheres que correm com os Lobos. Ainda não terminei, mas é maravilhoso
Hahaha adorei a pegada “Dunker faxineiro”… é isso o que a psicanálise faz no fim das contas, limpar para ver melhor, organizar as ideias, trazer conforto dentro da própria realidade, com esforço, sem mágica. Acho que se você aprender a economizar na água, tem futuro na cozinha. 😊💪🏽🙏🏽
Feliz Ano Novo Dunker! Adorei o formato do vídeo! Como assistente social fiquei refletindo em vários momentos em como as mulheres que nos procuram precisam de todo acolhimento e sensibilidade, mesmo que naquele encontro ela não se reconheça em situação de violência. A parte em que ela lida com o judiciário é terrível 😩 - como vimos no vídeo que vazaram de uma audiência da Vara de Família ano passado - um espaço de revitimização. Parabéns pelo canal!
Christian Dunker adorável, cuidando do seu lar e das nossas cabeças. Aprendendo a observar os motivos das escolhas amorosas, compreendendo essas relações sem julgamentos e sem "torcida" pela mocinha versus os vilões. Obrigada professor!
Perfeito Dunker como se vc tivesse descrito minha análise. Adorei a ideia de ter usado uma cozinha como cenário . Vc é imprescindível nesse mundo. Gratidão 🙏🏻
Ah não, o Nate é podre, fica o tempo todo fazendo favores e querendo a moeda de troca dele. Ele vai cercando ela pra que ela caia na dependência dele, oferecendo todas as facilidades do mundo. Ela tem que resistir muito ao que ele oferece pra continuar lutando pra ela conseguir as coisas sozinha, pq depender do nate é estar de novo sujeita ao controle de outro homem.
Com certeza quando ele manda ela embora, pq ela fica com ex fica na cara todas as más intenções disfarçadas. O cara não ajuda ela por ajudar ou querer fazer o bem, ajuda pq tem interesses nela e já começa errado aí, ela não promete nada a ele, mas ele já espera algo em troca.
Oi, Christian! Te acompanho há alguns anos e te acho, em geral, um psicanalista sensacional. Sempre aprendo muito contigo e me amplio com tuas partilhas aqui no canal e com tuas escritas. Hoje fiquei com vontade de te escrever porque algumas colocações que fizeste me incomodaram um tanto. Tu apontaste que na fuga da Alex do casamento abusivo ela escolhe uma ocupação em que segue no lugar daquela que cuida. Eu tenho muitas dúvidas com relação a essa suposta possibilidade de escolha e, na verdade, talvez até algo de uma convicção, no sentido de que não poderia se tratar de fato de uma escolha. Me parece importante lembrar que nós, mulheres, desde a infância, aprendemos a cuidar como se fosse algo natural, como que inato, como que não houvesse outras possibilidades e interesses maiores do que se ocupar de cuidar do outro, da casa e de sustentar um ambiente agradável, acolhedor e confortável para o outro, marcando precocemente o lugar da mulher na divisão sexual do trabalho. Pra além desse quase imperativo do cuidado que marca a condição mulher, me parece que a Alex, na condição em que sai dessa relação abusiva, não está em condição de escolher e tampouco me parece que teria outras opções para escolher, mas está em um tempo de aceitar. Me parece que a Alex aceita o possível e faz tudo o que pode e para conseguir algum meio de subsistência para seguir dando conta financeiramente de existir, de se alimentar, de ter um espaço para morar e, assim, seguir apta a cuidar de sua filha. Não me parece existir possibilidade de escolha quanto a essa ocupação. Esse enquadre me parece evidenciar justamente a precariedade da condição das mulheres que saem de uma situação abusiva e encontram a repetição dessa mesma situação no social, novamente violentadas, com dificuldades de reconhecer essas violências, se submetendo e se calando. A virada da série, pra mim, foi justamente a possibilidade da personagem reconhecer essas violências e condição de exploração, se apropriando de sua própria voz e estabelecendo limites - condição essencial para se responsabilizar pela própria vida e, aí sim, poder fazer escolhas. A personagem me parece que vai crescendo à medida que abandona o que esperam dela e se reencontra com seu desejo por meio das palavras - vai subvertendo na escrita a vida que delinearam para ela. Nesse sentido, achei interessante tu apontares o Nate como "o cara certo". O Nate me pareceu mais um retrato moralista e patriarcal do que se espera de uma mulher, - bem comportada e submissa - , justamente a enganação do cara certo, o retrato falido (ou que temos que fazer falir) do príncipe encantado: mais um abusador disfarçado, um suposto salvador que vai oferecer "tudo o que a mulher precisa", mas vai cobrar e cobrar caro. Nate ofereceu ajuda, mas ofereceu porque buscava retribuições específicas: queria uma Alex que coubesse no seu ideal, que não saísse com o ex, que não voltasse a hora que quer para casa, que o deixasse "resolver", "tomar conta" dos problemas, ou seja, mais um homem controlador e abusivo que não aceita que a mulher possa tomar suas próprias decisões, quando estas não estão de acordo com o que ele gostaria. Acho, Christian, que tu fizeste análises muito bem colocadas com relação a Alex e sua mãe, mas me parece que talvez tenha um caminho importante, no que tange à escuta das mulheres e dos atravessamentos da cultura patriarcal, para percorrer nessa análise. Obviamente tua experiência enquanto homem não te aproxima desse lugar que vivemos nós mulheres e talvez também por isso seja difícil identificar essas opressões e até contribua pra que acreditemos e, quem sabe, até caiamos na reprodução de discursos e posicionamentos machistas disfarçados de ajuda ou solução. Compartilho aqui algumas inquietações e impressões e, obviamente, nenhuma delas diminui minha apreciação pelo teu trabalho, afinal, é por não darmos conta de tudo que seguimos. Um abraço, professor!
Sinto imensamente agradecida por esse "Desejo em cena"!!! Abordou exatamente tudo o que eu gostaria de ouvir para compreender os gatilhos e as dores que essa série provocou. Sugiro um episódio sobre "Filha perdida". Também envolve relação de maternidade, traumas, repetições e, principalmente, e, principalmente os dilemas das escolhas. Um grande abraço!!!
Adorei o novo cenário e os comentários sobre essa série tão impactante. Gostaria de ver um vídeo do Dunker sobre o filme/livro “A filha perdida”. Acho que a temática da complexa relação mãe-filha também está presente nessa obra. Obrigada!
Obrigada professor por seu comentário tão explicativo, sou sua fã!!!! Então, a série é excepcional, assisti depois do seu vídeo e ainda estou impressionada com tudo que vi… como pode as histórias se repetirem… e o final foi demais conforme você disse!!! Posso acreditar que ela terá chance de ser feliz longe de seus pais? Muito obrigada!!
Análise sensível, fala sensível! Desprender-se deixa qualquer um mais sensível, ainda considerando o cenário de cuidado e de limpeza da casa, com a mão na massa!
O abuso psicológico é a matéria prima secundária de todas as relações de proximidade. A primeira, talvez o amor e suas mil faces, incluindo o ódio. Reconhecê-lo é um ato de coragem e é justamente essa força de caráter que o abuso trata de minar. De dentro do redemoinho, a única força que brota é o instinto de sobrevivência. Mas as estatísticas de feminicídio estão aí para mostrar que nem sempre ela vinga. Parabéns pela abordagem do tema
Querido Dunker, muito boa sua análise do filme. Consegui até encontrar umas soluções para minhas questões que vou por em prática e ver se funciona comigo. Também estou planejando escrever um livro assim que estiver mais disposta ou mudar a medicação. Parabéns!
Caro Dr Dunker, muito obrigada pelo tema abordado, comecei assistir a série, mas doeu em mim. Vou tentar assistir denovo. Por favor aborde esse tema mais vezes. Obrigada . Muito obrigada!
Excelente análise meu querido professor! Eu sou uma pessoa que tenho uma relação bem íntima com a arte no geral. Quando cliquei para ver o seu vídeo, assim que lançou, parei logo no começo. Queria ter a oportunidade de deliciar a série sem saber nada dela antes. Me interessei por ela. E cá estou eu, 2 semanas e 10 episódios depois. O primor da série é incontestável, então nem vou entrar nesse mérito. Convidei inúmeros colegas meus para assistirem também, e eu ter a oportunidade não só de experimentar uma boa conversa sobre, como também para difundir essa maravilhosa masterpiece. Gostaria, então, de compartilhar alguns pontinhos que eu anotei ao longo da série (só alguns mesmo, pois foram demasiados pontos): _Das ''casas'' e os desejos:_ Percebemos, claramente, que a Alex, de modo filosófico, vê as casas que limpa, como se fossem pessoas. É como se aquelas paredes vazias, como no caso da ''casa pornográfica'', ou as paredes repletas, como a ''casa do amor'', abrigassem algo de íntimo, algo corpóreo, que possuísse voz, toque e alma. É possível observarmos também, como estas casas em que faz a sua faxina, interferem na sua visão de mundo, e, de modo indireto, nas suas atitudes consigo mesma. Quando Alex faz a faxina na casa do ''Billy pé-descalço'', põe-se a andar da mesma forma como diziam que ele andava, entra em sua ''prisão'', da mesma forma que ele entrava. (e aqui vale uma crítica ao vídeo: poxa professor! talvez aquela cena dela tendo uma ''rememoração'' da infância, dentro de um armário, enquanto haviam brigas em casa, é uma das mais importantes para o filme, senti falta de um aprofundamento nela, por parte do senhor!) É como se ela se apoderasse, parcial ou totalmente, da identidade das pessoas que ela faz as suas faxinas. Outro exemplo é quando ela vai na ''casa pornográfica'', e encontra, em cima da cabeceira de cama da dona da casa, livros românticos de ''cowboys''. Ela começa a ''fetichizar'' Nate, um amigo, como um cowboy ''saradão''. Isto acontece por ter desperto uma pulsão de desejo nela (ela acaba se lembrando do sexo, visto que sua vida sexual está arruinada), isto é, através dos próprios ''gostos'' da mulher que ela limpou a casa. Isto deixa mais claro ainda, que a apoderação da vida de seus clientes, por parte dela, é válida, e real. Outro ponto que me interessou bastante, ainda traçando esse paralelo entre o desejo pessoal da Alex, e os de seus clientes, quando ela visita a ''casa do amor'', onde moram um professor e sua esposa, que aparentemente, possui câncer, ela fica indignada ao ver o cuidado e o carinho que goza o professor para com sua mulher acamada. E ainda escreve, ''como é ser amada assim?'' Fica claro que a Alex, por ter tido a vida atrasada por um relacionamento abusivo, está conhecendo o mundo, e o que nós, humanos, temos a capacidade de fazer um pelo outro. Podemos traçar um paralelo entre ela e sua filha, uma visão que é quase filosófica. A existência de sua filha, Maddy (claramente um trocadilho com MAID, como dito no vídeo), pode ser levada a tal ponto em que o telespectador ficará por se perguntar; quem que é a criança? A nossa personagem Alex tem toda a resolução de uma criança que experimenta o mundo. A diferença fica em suas vivências, a diferença entre um ser intelectualmente formado, e o outro que ainda está por se formar. Maddy é o espelho de Alex. Quem é a empregada? ---------- Uma pergunta de um leigo em psicanálise: A Alex, em algum momento (ou a todo momento) estava sob algum efeito da ''pulsão de morte''? Se sim, em qual, ou quais partes? Obrigado professor!
Dunker, seria maravilhoso se vc fizesse um desejo em cena sobre o Montage Of Heck, o doc sobre a vida do Kurt Cobain com os vídeos e áudios gravados por ele e tal. Nas músicas dele e no doc tem temas mto interessantes: sexo, reprodução, filhos, culpa...
Querido Dunker, é um prazer imenso assistir o senhor aqui no TH-cam! Poderia falar sobre como é a relação amorosa entre dois psicanalistas? Será que eles conseguiriam lidar com as neuroses do outro e as suas próprias e maneira mais tranquila do que meros mortais? Obrigado desde já!
Muito interessante! Só discordei um pouco da questão do Nate. Quando ele a expulsa da sua casa no final, demonstra que só a estava ajudando por interesse. Achei totalmente abusivo e antiético usar a fragilidade dela como instrumento de conquista, ou seja, transformar a ajuda que ele lha oferecia como moeda de troca às investidas. Em princípio, pode até ser que o critério dela para relações estivesse viciado, mas tais relações não podem ser baseadas em débitos de favores de qq ordem.
Excelente sempre Prof. Gratidão ! Produção maravilhosa e criativa sempre! Prof. poderia abordar, se isso for possível, TDI na visão Psicanalítica? Brigaduuu
Feliz 2022, Christian. Amo ver suas explicações sobre filmes, adoro filmes. Já tinha assistido e vi hoje seu vídeo. Muito obrigada! Quando eu não vejo no TH-cam, se não tiver, eu procuro em artigos. Li muito sobre " Ilha do medo" com Di Caprio.
Excelente analise! Christian, você pode fazer uma analise da série This is Us? Há questões muito interessantes traçadas nessa série. A relação entre passado, presente e futuro. O modo como a família núcleo se constitui. Como os trigêmeos (que não são trigêmeos) lidam com a morte do pai durante a série e como isso se torna um divisor de águas na vida desses personagens. Inclusive como a relação dessa família é costurada pelo tempo, dando sentido ao nome da série, no que poderíamos traduzir como "Isso somos nós". Esse "isso" seria o nosso objeto de analise. Estou amando assistir essa série. Creio que há muitos aspectos que podemos discutir por meio da psicanálise. Abraço!
Professor, gostaria de ouvir uma análise sua sobre o filme O Páramo (David Casademunt, 2021). Enquanto assistia, comecei a perceber que o que acontecia na trama não era literal, e penso que daria um ótimo Desejo Em Cena. Além do roteiro, pequeno Asier Flores e Inma Cuesta dão um show de interpretação. Abraços!
O ''homem ideal'' que a ajuda, apresenta tb alguns relances de cuidado excessivo querendo tomar conta, o que pode se transformar em abusador tb.
Obrigada por ser mais um passo/degrau na minha jornada rumo a minha "libertação" de relações abusivas. Estou em excelentes mãos com psicanalista muito foda do mesmo grupo de estudos que você e estou investindo toda minha energia em ter relações saudáveis o mais rápido possível. Sua (e de toda psicanálise) contribuição a minha existência é inenarrável. Eterna gratidão!!!!
onde posso contatar algum psicanalista do grupo dele?
🌻
@@CamilaCoe oie, sim sim. amooooooooooo a Manu, ela me ajudou muito. Consegui comprar o curso dela da leitura do Mulheres que correm com os Lobos. Ainda não terminei, mas é maravilhoso
Hahaha adorei a pegada “Dunker faxineiro”… é isso o que a psicanálise faz no fim das contas, limpar para ver melhor, organizar as ideias, trazer conforto dentro da própria realidade, com esforço, sem mágica. Acho que se você aprender a economizar na água, tem futuro na cozinha. 😊💪🏽🙏🏽
Essa série é incrível. Chorei em todos os episódios.
Amei o formato lavando louça!
Dunker, simplesmente foi sensacional a sua homenagem à série que realmente é maravilhosa. Obrigada e parabéns, professor 👏👏👏
Dunker ganhou meu coração de vez com essa análise ♡
Que graça, professor!! O senhor fica muito bem de avental amarelo. Faz o serviço direitinho. Obrigada.
Feliz Ano Novo Dunker! Adorei o formato do vídeo! Como assistente social fiquei refletindo em vários momentos em como as mulheres que nos procuram precisam de todo acolhimento e sensibilidade, mesmo que naquele encontro ela não se reconheça em situação de violência. A parte em que ela lida com o judiciário é terrível 😩 - como vimos no vídeo que vazaram de uma audiência da Vara de Família ano passado - um espaço de revitimização. Parabéns pelo canal!
Tá cada vez mais engraçadinho, continue...
Te amo Dunker
Obrigada por essa contribuição fantástica, amei a série e a sua fala sobre ela👏🏻👏🏻👏🏻
Maravilhoso!👏👏👏
Tava ansiosa esperando essa análise. Valeu demais. Pode por favor comentar o filme"A filha perdida"
Ana Suy fez uma resenha no insta dela, vale a pena a leitura
Ótima pedida!!!
Também quero ver o comentário sobre A Filha Perdida.
Gostaria muito além de "A Filha Perdida" uma do filme "Os Meyerowitz" também.
Siiim! Vim aqui dizer o mesmo!
Eu que o diga da relação mãe e filha...sei bem o que vc colocou . Parabéns Christian
Christian Dunker adorável, cuidando do seu lar e das nossas cabeças. Aprendendo a observar os motivos das escolhas amorosas, compreendendo essas relações sem julgamentos e sem "torcida" pela mocinha versus os vilões. Obrigada professor!
Perfeito Dunker como se vc tivesse descrito minha análise. Adorei a ideia de ter usado uma cozinha como cenário . Vc é imprescindível nesse mundo. Gratidão 🙏🏻
Maravilhosa essa minisérie
Ah não, o Nate é podre, fica o tempo todo fazendo favores e querendo a moeda de troca dele. Ele vai cercando ela pra que ela caia na dependência dele, oferecendo todas as facilidades do mundo. Ela tem que resistir muito ao que ele oferece pra continuar lutando pra ela conseguir as coisas sozinha, pq depender do nate é estar de novo sujeita ao controle de outro homem.
Ainda bem que alguém disse isso! É preciso analisar melhor o personagem Nate
Com certeza quando ele manda ela embora, pq ela fica com ex fica na cara todas as más intenções disfarçadas. O cara não ajuda ela por ajudar ou querer fazer o bem, ajuda pq tem interesses nela e já começa errado aí, ela não promete nada a ele, mas ele já espera algo em troca.
Perfeito.
Oi voltei só pra dizer que adoro esse canal, esse lavando louça e essa série maravilhosa.
Oi, Christian! Te acompanho há alguns anos e te acho, em geral, um psicanalista sensacional. Sempre aprendo muito contigo e me amplio com tuas partilhas aqui no canal e com tuas escritas. Hoje fiquei com vontade de te escrever porque algumas colocações que fizeste me incomodaram um tanto.
Tu apontaste que na fuga da Alex do casamento abusivo ela escolhe uma ocupação em que segue no lugar daquela que cuida. Eu tenho muitas dúvidas com relação a essa suposta possibilidade de escolha e, na verdade, talvez até algo de uma convicção, no sentido de que não poderia se tratar de fato de uma escolha. Me parece importante lembrar que nós, mulheres, desde a infância, aprendemos a cuidar como se fosse algo natural, como que inato, como que não houvesse outras possibilidades e interesses maiores do que se ocupar de cuidar do outro, da casa e de sustentar um ambiente agradável, acolhedor e confortável para o outro, marcando precocemente o lugar da mulher na divisão sexual do trabalho.
Pra além desse quase imperativo do cuidado que marca a condição mulher, me parece que a Alex, na condição em que sai dessa relação abusiva, não está em condição de escolher e tampouco me parece que teria outras opções para escolher, mas está em um tempo de aceitar. Me parece que a Alex aceita o possível e faz tudo o que pode e para conseguir algum meio de subsistência para seguir dando conta financeiramente de existir, de se alimentar, de ter um espaço para morar e, assim, seguir apta a cuidar de sua filha. Não me parece existir possibilidade de escolha quanto a essa ocupação.
Esse enquadre me parece evidenciar justamente a precariedade da condição das mulheres que saem de uma situação abusiva e encontram a repetição dessa mesma situação no social, novamente violentadas, com dificuldades de reconhecer essas violências, se submetendo e se calando. A virada da série, pra mim, foi justamente a possibilidade da personagem reconhecer essas violências e condição de exploração, se apropriando de sua própria voz e estabelecendo limites - condição essencial para se responsabilizar pela própria vida e, aí sim, poder fazer escolhas. A personagem me parece que vai crescendo à medida que abandona o que esperam dela e se reencontra com seu desejo por meio das palavras - vai subvertendo na escrita a vida que delinearam para ela.
Nesse sentido, achei interessante tu apontares o Nate como "o cara certo". O Nate me pareceu mais um retrato moralista e patriarcal do que se espera de uma mulher, - bem comportada e submissa - , justamente a enganação do cara certo, o retrato falido (ou que temos que fazer falir) do príncipe encantado: mais um abusador disfarçado, um suposto salvador que vai oferecer "tudo o que a mulher precisa", mas vai cobrar e cobrar caro. Nate ofereceu ajuda, mas ofereceu porque buscava retribuições específicas: queria uma Alex que coubesse no seu ideal, que não saísse com o ex, que não voltasse a hora que quer para casa, que o deixasse "resolver", "tomar conta" dos problemas, ou seja, mais um homem controlador e abusivo que não aceita que a mulher possa tomar suas próprias decisões, quando estas não estão de acordo com o que ele gostaria.
Acho, Christian, que tu fizeste análises muito bem colocadas com relação a Alex e sua mãe, mas me parece que talvez tenha um caminho importante, no que tange à escuta das mulheres e dos atravessamentos da cultura patriarcal, para percorrer nessa análise. Obviamente tua experiência enquanto homem não te aproxima desse lugar que vivemos nós mulheres e talvez também por isso seja difícil identificar essas opressões e até contribua pra que acreditemos e, quem sabe, até caiamos na reprodução de discursos e posicionamentos machistas disfarçados de ajuda ou solução.
Compartilho aqui algumas inquietações e impressões e, obviamente, nenhuma delas diminui minha apreciação pelo teu trabalho, afinal, é por não darmos conta de tudo que seguimos. Um abraço, professor!
Dunker, poderia fazer uma breve análise do filme: A filha perdida?
Fiquei um pouco anuviada com esse filme
Por favor!
Sugestão maravilhosa!👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Excelente sugestão, esse filme me perturbou
Isso aí, filmaço
Adorei a cozinha mágica do Dunker!
Excelente!
Professor, que aula!
Dunker vc sabe das coisas!👏👏
Aprendi muito e agradeço sua contribuição.
Análise incrível desse filme! Obrigada sempre Dunker pelos ensinamentos
Muito bom!! Obrigada.
Perfeito, professor!
Como sempre maravilhoso 👏🏻👏🏻
Série maravilhosa!!
Obrigado cara ..obrigado ..
DEMAIS!
Sinto imensamente agradecida por esse "Desejo em cena"!!! Abordou exatamente tudo o que eu gostaria de ouvir para compreender os gatilhos e as dores que essa série provocou.
Sugiro um episódio sobre "Filha perdida". Também envolve relação de maternidade, traumas, repetições e, principalmente, e, principalmente os dilemas das escolhas.
Um grande abraço!!!
Adoreeeeei a ideia da cozinha, aproximou mto!
Vc na cozinha é um ótimo analista. Abraço.
Excelente análise! Obrigado, Christian.
Uma delícia essa conversa. E da forma como gravou deixou o papo muito mais próximo e íntimo. Christian vc é sensacional.
Gentez!!! Terminei de assistir nessa terça última. Uau!!
Verei a série agora que vi o vídeo.
Como sempre sensacional!!
Com direito a cenário e atuação.🤩🤩🤩
Muito bom. Obrigada.
Adorei o novo cenário e os comentários sobre essa série tão impactante. Gostaria de ver um vídeo do Dunker sobre o filme/livro “A filha perdida”. Acho que a temática da complexa relação mãe-filha também está presente nessa obra. Obrigada!
eu tive tantos gatilhos com essa série… em relação ao marido, pai, mãe…
Maravilhosa análise... amar é dar o que não se tem!!
Perfeita análise!
Perfeito! 👏👏
Obrigada professor por seu comentário tão explicativo, sou sua fã!!!! Então, a série é excepcional, assisti depois do seu vídeo e ainda estou impressionada com tudo que vi… como pode as histórias se repetirem… e o final foi demais conforme você disse!!! Posso acreditar que ela terá chance de ser feliz longe de seus pais? Muito obrigada!!
Com certeza longe dos pais e do ex, e com a filha e os cadernos, ela tem mais chance
Obrigada
Cara , minha história!!!
Identificaveldemais essa série ....E as fichas caem..e as lágrimas tbm...Grata 🙏😊
Ótima analise. Dunker ficou maravilhoso lavando a louça e com esse avental. Aguardando a análise de A filha perdida.
Como me identifico com essa série!!
Prof. Dunker, vc é MAGNÍFICO! Obrigada!
Análise sensível, fala sensível! Desprender-se deixa qualquer um mais sensível, ainda considerando o cenário de cuidado e de limpeza da casa, com a mão na massa!
O gif do gatinho fofoqueiro colado na geladeira! kkkkkkkkkk AMO DUNKER MEMEZEIRO!
O abuso psicológico é a matéria prima secundária de todas as relações de proximidade. A primeira, talvez o amor e suas mil faces, incluindo o ódio. Reconhecê-lo é um ato de coragem e é justamente essa força de caráter que o abuso trata de minar. De dentro do redemoinho, a única força que brota é o instinto de sobrevivência. Mas as estatísticas de feminicídio estão aí para mostrar que nem sempre ela vinga. Parabéns pela abordagem do tema
Querido Dunker, muito boa sua análise do filme. Consegui até encontrar umas soluções para minhas questões que vou por em prática e ver se funciona comigo. Também estou planejando escrever um livro assim que estiver mais disposta ou mudar a medicação. Parabéns!
🌻
Caro Dr Dunker, muito obrigada pelo tema abordado, comecei assistir a série, mas doeu em mim. Vou tentar assistir denovo. Por favor aborde esse tema mais vezes. Obrigada . Muito obrigada!
Jeanne, eu chorei muito, mas quando a história se completou, valeu a pena, pois a dor acalmou.
Excelente análise meu querido professor! Eu sou uma pessoa que tenho uma relação bem íntima com a arte no geral. Quando cliquei para ver o seu vídeo, assim que lançou, parei logo no começo. Queria ter a oportunidade de deliciar a série sem saber nada dela antes. Me interessei por ela. E cá estou eu, 2 semanas e 10 episódios depois.
O primor da série é incontestável, então nem vou entrar nesse mérito. Convidei inúmeros colegas meus para assistirem também, e eu ter a oportunidade não só de experimentar uma boa conversa sobre, como também para difundir essa maravilhosa masterpiece.
Gostaria, então, de compartilhar alguns pontinhos que eu anotei ao longo da série (só alguns mesmo, pois foram demasiados pontos):
_Das ''casas'' e os desejos:_
Percebemos, claramente, que a Alex, de modo filosófico, vê as casas que limpa, como se fossem pessoas. É como se aquelas paredes vazias, como no caso da ''casa pornográfica'', ou as paredes repletas, como a ''casa do amor'', abrigassem algo de íntimo, algo corpóreo, que possuísse voz, toque e alma.
É possível observarmos também, como estas casas em que faz a sua faxina, interferem na sua visão de mundo, e, de modo indireto, nas suas atitudes consigo mesma. Quando Alex faz a faxina na casa do ''Billy pé-descalço'', põe-se a andar da mesma forma como diziam que ele andava, entra em sua ''prisão'', da mesma forma que ele entrava. (e aqui vale uma crítica ao vídeo: poxa professor! talvez aquela cena dela tendo uma ''rememoração'' da infância, dentro de um armário, enquanto haviam brigas em casa, é uma das mais importantes para o filme, senti falta de um aprofundamento nela, por parte do senhor!) É como se ela se apoderasse, parcial ou totalmente, da identidade das pessoas que ela faz as suas faxinas. Outro exemplo é quando ela vai na ''casa pornográfica'', e encontra, em cima da cabeceira de cama da dona da casa, livros românticos de ''cowboys''. Ela começa a ''fetichizar'' Nate, um amigo, como um cowboy ''saradão''. Isto acontece por ter desperto uma pulsão de desejo nela (ela acaba se lembrando do sexo, visto que sua vida sexual está arruinada), isto é, através dos próprios ''gostos'' da mulher que ela limpou a casa. Isto deixa mais claro ainda, que a apoderação da vida de seus clientes, por parte dela, é válida, e real.
Outro ponto que me interessou bastante, ainda traçando esse paralelo entre o desejo pessoal da Alex, e os de seus clientes, quando ela visita a ''casa do amor'', onde moram um professor e sua esposa, que aparentemente, possui câncer, ela fica indignada ao ver o cuidado e o carinho que goza o professor para com sua mulher acamada. E ainda escreve, ''como é ser amada assim?'' Fica claro que a Alex, por ter tido a vida atrasada por um relacionamento abusivo, está conhecendo o mundo, e o que nós, humanos, temos a capacidade de fazer um pelo outro.
Podemos traçar um paralelo entre ela e sua filha, uma visão que é quase filosófica. A existência de sua filha, Maddy (claramente um trocadilho com MAID, como dito no vídeo), pode ser levada a tal ponto em que o telespectador ficará por se perguntar; quem que é a criança?
A nossa personagem Alex tem toda a resolução de uma criança que experimenta o mundo. A diferença fica em suas vivências, a diferença entre um ser intelectualmente formado, e o outro que ainda está por se formar. Maddy é o espelho de Alex. Quem é a empregada?
----------
Uma pergunta de um leigo em psicanálise: A Alex, em algum momento (ou a todo momento) estava sob algum efeito da ''pulsão de morte''? Se sim, em qual, ou quais partes?
Obrigado professor!
Oscar de melhor cenário! 🍤
Muito legal!
Achei Maid excelente ! Apesar de acionar vários gatilhos.
Dunker, seria maravilhoso se vc fizesse um desejo em cena sobre o Montage Of Heck, o doc sobre a vida do Kurt Cobain com os vídeos e áudios gravados por ele e tal. Nas músicas dele e no doc tem temas mto interessantes: sexo, reprodução, filhos, culpa...
Esse doc é demais! 🤘🏽
Gostei do novo cenário!
Há muito que eu esperava sua interpretação sobre esse filme Dunker
Fantástico!!!
Dunker, recomende livros sobre o tema para quem deseja se aprofundar no assunto. Assisti a série e gostei muito, sua análise foi sensacional!
Abraços
minha série favorita de 2021!! Obrigada pela análise, professor!
Anne com E, Maid e Cobra Kai são as minhas favoritas.
Ainda não tive oportunidade de assistir Anne, mas quero muito vê-la em 2022
Assisti por causa do seu vídeo. Muito comovente. Adorei te ver de avental! Um abraço, e ótimo ano !
O MEU MAIOR DESEJO É, NO PRESENTE PODER ME TRATAR COM VC CHRISTIAN. MORO EM GOIÂNIA. CONHECENDO SEUS VÍDEOS AGORA. SEJA FELIZ TAMBÉM!!
Vídeo maravilhoso! Obrigada professor 😊❤️
Querido Dunker, é um prazer imenso assistir o senhor aqui no TH-cam!
Poderia falar sobre como é a relação amorosa entre dois psicanalistas? Será que eles conseguiriam lidar com as neuroses do outro e as suas próprias e maneira mais tranquila do que meros mortais? Obrigado desde já!
Muito bom!!!
Excelente análise Cristian. Acompanhei a série e tinha notado algumas dessas características . Mas sua análise ampliou meu entendimento.
Christian lavando louça limpa. 😂
Série muito boa.
Rsrsrs
O set tá perfeito! (e o conteúdo também!) 👏🏻👏🏻👏🏻
Essa série é do caralho. Recomendo. E parabéns ao professor Dunker, pronto pra lavar uma louça. Kkkk
Maravilhoso, professor. Obrigada por tanto
Muito boa análise 👏👏
Esse vídeo ajuda muito a entender a violência doméstica e o abuso nas relações em geral.
Muito bom, Dunker! essa série é incrivel e necessária!
Muito interessante! Só discordei um pouco da questão do Nate. Quando ele a expulsa da sua casa no final, demonstra que só a estava ajudando por interesse. Achei totalmente abusivo e antiético usar a fragilidade dela como instrumento de conquista, ou seja, transformar a ajuda que ele lha oferecia como moeda de troca às investidas. Em princípio, pode até ser que o critério dela para relações estivesse viciado, mas tais relações não podem ser baseadas em débitos de favores de qq ordem.
Ia comentar justamente isso. Obrigada.
Eu to morrendo de rir com as caracterizaçõessss tudo de bom
Adorei o vídeo!
Professor, excelente minissérie e excelentes considerações, obg! Só fique atento porque não está tirando direito o detergente das louças!
Excelente sempre Prof. Gratidão ! Produção maravilhosa e criativa sempre! Prof. poderia abordar, se isso for possível, TDI na visão Psicanalítica? Brigaduuu
Estava ansiosa para te ouvir.
que demais! mais uma vez, passando para agradecer a existência desse canal!
Dunkes se superando...dar aula e lavar a louça é difícil hein. Demais o vídeo!
estava super afim de saber sua análise da série. É muito boa!
Assisti tudo em uma só madrugada
Esperava por essa análise.
Parabéns pelo vídeo e canal Dunker!
Feliz 2022, Christian. Amo ver suas explicações sobre filmes, adoro filmes. Já tinha assistido e vi hoje seu vídeo. Muito obrigada! Quando eu não vejo no TH-cam, se não tiver, eu procuro em artigos. Li muito sobre " Ilha do medo" com Di Caprio.
Excelente analise!
Christian, você pode fazer uma analise da série This is Us?
Há questões muito interessantes traçadas nessa série. A relação entre passado, presente e futuro. O modo como a família núcleo se constitui. Como os trigêmeos (que não são trigêmeos) lidam com a morte do pai durante a série e como isso se torna um divisor de águas na vida desses personagens. Inclusive como a relação dessa família é costurada pelo tempo, dando sentido ao nome da série, no que poderíamos traduzir como "Isso somos nós". Esse "isso" seria o nosso objeto de analise.
Estou amando assistir essa série. Creio que há muitos aspectos que podemos discutir por meio da psicanálise.
Abraço!
Tá devendo Ataque dos Cães e As Ondas
Amei o formato do vídeo, ainda mais falando dessa série fantástica 😍😍😍👏🏾
Professor, gostaria de ouvir uma análise sua sobre o filme O Páramo (David Casademunt, 2021). Enquanto assistia, comecei a perceber que o que acontecia na trama não era literal, e penso que daria um ótimo Desejo Em Cena. Além do roteiro, pequeno Asier Flores e Inma Cuesta dão um show de interpretação. Abraços!
Assisti à poucas séries. Vou assistir a essa!!! Obrigada pela análise 🌹