Eu curto muito o diógenes o cão, lembro que lá atrás quando meu professor de filosofia falou sobre ele na aula todo mundo deu risada más eu fiquei imaginando o quão foda ele era pra contrariar tudo o que as pessoas se apegavam com tanto gosto e não conseguiam deixar de viver sem elas, ele ia lá e simplesmente descartava como não fosse nada de importante
Cioran resume Nietzsche: Como Nietzsche, acreditávamos na perenidade de nossos transes; graças à maturidade de nosso cinismo, fomos ainda mais longe que ele. A ideia do super-homem nos parece, hoje, uma mera elucubração; naquela época nos parecia tão exata como um dado experimental. Assim se eclipsou o ídolo de nossa juventude. Mas qual deles - se fossem vários - permanece ainda? É o perito em decadências, o psicólogo agressivo, não somente observador como os moralistas, que escruta como inimigo e se cria inimigos; mas seus inimigos ele os extrai de si mesmo, como os vícios que denuncia. Combate furiosamente os fracos?, pratica a introspecção; e quando ataca a decadência, descreve seu próprio estado. Todo seu ódio se dirige indiretamente contra si mesmo. Proclama suas fraquezas e as erige em ideal; se se detesta, o cristianismo ou o socialismo sofrem as consequências. Seu diagnóstico do niilismo é irrefutável: porque ele mesmo é niilista e o confessa. Panfletário apaixonado por seus adversários, não teria conseguido suportar-se se não tivesse combatido contra si mesmo, se não tivesse colocado suas misérias em outro lugar, nos outros: vingou-se neles do que ele era. Tendo praticado a psicologia como herói, propõe aos apaixonados pelo Inextricável uma diversidade de impasses. Medimos sua fecundidade pelas possibilidades que nos oferece de renegá-lo continuamente sem esgotá-lo. Espírito nômade, é um especialista em variar seus desequilíbrios. Sustentou sempre o pró e o contra de tudo: é o procedimento dos que se dedicam à especulação por não haver podido escrever tragédias ou dispersar-se em múltiplos destinos. O certo é que Nietzsche, expondo suas histerias, nos desembaraçou do pudor das nossas; suas misérias nos foram salutares. Ele inaugurou a era dos “complexos”.
Minha querida Bocó. Seus vídeos são excelentes e alimentam meus pensamentos. Sobre "Niti" é preciso ter cuidado nas afirmações redutoras. Lembrar que o cristianismo alemão é bem diferente do cristianismo romano. Aliás a grande raiva de Niti, que percebia uma evolução do cristianismo ao abraçar o mundo grego, foi o "estraga festa" do Lutero que fez renascer um cristianismo medieval, no qual ele chamava de processo de judaização alemão (no sentido bem negativo). Enfim, havia uma ambiguidade nessa relação de "Niti" com a filosofia dos judeus. Além disso, para além do cristianismo, Niti chama atenção que a moralidade é uma invenção asiática, com seus "monges" representantes de uma vida superior, longe da raiz grega que fundamentava a base da Europa. Beijos.
É falso afirmar que Nietzsche tinha uma relação ambígua com a filosofia dos judeus. Na verdade, ele era bastante crítico do judaísmo e do cristianismo, que ele via como expressões de uma moralidade escrava que negava a vida e valorizava a fraqueza, o ressentimento e a culpa. Ele também rejeitava a ideia de que a moralidade fosse uma invenção asiática, com seus monges representantes de uma vida superior, longe da raiz grega que fundamentava a base da Europa. Ele admirava a cultura grega antiga, especialmente os pré-socráticos e os trágicos, por sua visão trágica e afirmativa da existência. Portanto, ele não tinha uma visão positiva nem do cristianismo alemão nem do cristianismo romano, nem do judaísmo nem do budismo. Ele buscava criar novos valores que superassem os valores decadentes da tradição ocidental. Ele até considerava sua própria filosofia como um parente europeu do budismo, pois ambos negavam a existência de um ser ou uma essência fixa e defendiam uma visão dinâmica e fluida da realidade. No entanto, Nietzsche também criticava o budismo por ser uma forma de niilismo passivo, que buscava escapar do sofrimento através da extinção do desejo e da vontade de poder. Quanto ao judaísmo, Nietzsche tinha uma visão bastante negativa e hostil. Ele considerava os judeus como uma raça distinta que adquiriu a capacidade de dominar a Europa através de sua influência na cultura, na religião e na política. Ele acusava os judeus de terem inventado o cristianismo como uma forma de vingança contra os povos mais fortes e nobres, e de terem disseminado uma moralidade escrava que valorizava a fraqueza, o ressentimento e a culpa. Ele também via o judaísmo como uma religião pessimista e decadente, que negava a vida e a vontade de poder, e que tinha uma visão baixa e pecaminosa da natureza humana.
@@podkelopiniaoperfeito o teu comentário, só não li ainda sobre a parte dos judeus, mas de resto me pareceu exatamente o que Nietzsche afirmou em suas obras
Continue Débora não desista seus conteúdos que debatem e refletem através da filosofia e literatura as questões eternas da nossa existência...é o que falta no Brasil canais igual ao seu...🎉🎉
Live muito esclarecedora a respeito do Niti kskssk. Sempre tive dúvidas em relação a esse sujeito, nunca entendia o que pensar e como entender suas ideais, obrigada Debs por mais essa live! O novo cenário tá lindooo❤
Não se apega apenas a opinião dela... Leia mais o trabalho dele a biografia dele e outras fontes... e dai em diante monte a sua própria... Issa é uma das mensagens q Nietzsche deixou
Muito bom o video principalmente a associação com a obra de Dostoievsky. Vou discordar de alguns pontos baseados na genealogia da moral, como o Nietzsche é um pouco confuso nos outros livros não acho errado que tenha intepretações diferentes, porém acho esse o livro mais claro dele, dado que ele não escreve por aforismas. Alguns argumentos são pra responder os comentários abaixo também. Relativismo: O Nietzsche pode ser chamado de relativista do ponto de vista que ele não vê uma moral transcendental, ele vê que a moral é criada pelo próprio homem, o estudo genealógico dele tenta mostrar isso. No entanto, ele não tá dizendo que "tudo é relativo". Isso porque a todo momento ele tenta provar como os valores "cavalheirescos-aristocráticos" são superiores ao valor "nobre-sacerdotal". Em uma nota do genealogia da moral ele diz. “Todas as ciências devem doravante preparar o caminho para a tarefa futura do filósofo, sendo esta tarefa assim compreendida: o filósofo deve resolver o problema do valor, deve determinar a hierarquia dos valores.” Se há uma hierarquia de valores então ele não é puramente relativista. Outro ponto que prova isso é que ele cita a criação de valores a "tresvaloração dos valores" por parte dos judeus como algo ruim, então por consequência, não dá pra dizer que ele defenda que cada pessoa crie a sua moral. O que ele fala é que os Nobres, guerreiros, aristocratas criaram sua moral a partir das sua próprias ações, esses instintos que vc cita, e que essa é a moral superior e correta, a moral dos homens fortes. Antissemitismo: Ele é bem antissemita. Quando ele argumenta contra a moral sacerdotal, de escravos, ele condena e usa de exemplo o judaísmo e cristianismo. Ele considera os judeus um "povo de sacerdotes" e o cristianismo uma espécie de continuação do judaísmo, que conseguiu concluir o objetivo dos judeus e que isso estaria afetando a Europa. Em genealogia da moral o primeiro capítulo é todo dedicado a mostrar como essa visão de mundo é uma "fatalidade" e como os judeus e cristãos são os principais culpados disso. E não dá pra dizer que ele está atacando só a ideia, primeiro pq ele não divide apenas uma cultura boa e outra ruim, ele geralmente associa cada elemento a certo povo e muitas vezes a certas etnias. Segundo pq ele deixa claro que os criadores e seguidores da moral de escravo são assim por serem fracos, então a única saída pra eles foi criar uma moral de autoengano onde a fraqueza é vista como moralmente superior, como se isso fosse uma livre escolha, quando na verdade é uma escolha derivada da própria impotência desses povos/pessoas. O problema pra ele é que essa moral estava tomando conta da Europa e travando o potencial dos homens fortes. Esse trecho por exemplo, é difícil não achar que isso não é antissemitismo. “Sujeitemo-nos aos fatos: o povo venceu - ou ‘os escravos’, ou ‘a plebe’, ou o ‘rebanho’, ou como quiser chamá-lo - se isto aconteceu graças aos judeus, muito bem! jamais um povo teve missão maior na história universal. ‘Os senhores’ foram abolidos; a moral do homem comum venceu. Ao mesmo tempo essa vitória pode ser tomada como um envenenamento do sangue (ela misturou entre si as raças) - não contesto; mas indubitavelmente essa intoxicação foi bem sucedida” parte 9 “com sua vingança e sua tresvaloração dos valores, Israel até agora sempre triunfou sobre todos os outros ideais, sobre todos os ideais mais nobres.” parte 8 "nada do que na terra se fez contra os "nobres", 'os poderosos', 'os senhores', 'os donos do poder'' é remotamente comparável ao que os judeus contra eles fizeram; judeus aquele povo de sacerdotes que soube desforrar-se de seus inimigos e conquistadores apenas através de uma radical tresvaloração de valores deles, ou seja, por um ato da mais espiritual vingança." parte 7 da dissertação primeira. “do ódio judeus - o mais profundo e sublime, o ódio criador de ideias e recriador de valores, como jamais existiu sobre a terra -, dele brotou algo igualmente incomparável um novo amor, o mais profundo e sublime de todos os tipos de amor [...] buscava as mesmas metas daquele ódio, vitória, espólio, sedução, com o mesmo impulso com que as raízes daquele ódio mergulhavam, sempre mais profundas e ávidas, em tudo que possuía profundidade era mal. Esse Jesus de Nazaré, evangelho vivo do amor, esse “redentor” portador da vitória e da bem aventurança aos pobres, aos doentes e aos pecadores - não era ele a sedução em sua forma mais inquietante e irresistível, a sedução e a via sinuosa para justamente aqueles valores judeus e inovações judaicas do ideal? Não teria Israel alcançado, por via desse ‘redentor’, desse desintegrador de Israel, a derradeira meta de sua sublime ânsia de vingança? [...] com sua vingança e sua tresvaloração dos valores, Israel até agora sempre triunfou sobre todos os outros ideais, sobre todos os ideais mais nobres.” Esses são trechos de um único capítulo de um único livro, certamente há muito mais deles. Pq ele faz elogio aos seus inimigos (como aos judeus)? As pessoas pegam trechos em que ele elogia os judeus, porém ele tem uma série de passagens antissemitas como essa. Então ele seria contraditório? Não, em genealogia da moral, que é o livro que ele é claro e não usa aforismas, ele elogia os judeus sempre para demonstra a força do inimigo. Isso fica claro quando ele fala de como os sacerdotes são ressentidos e odeiam seus inimigos, enquanto os senhores, nobres não guardam ressentimento e muitas vezes admiram a força do seu inimigo. "Quanta reverência aos inimigos não tem um homem nobre! - e tal reverência já é uma ponte para o amor... Ele reclama para si seu inimigo como uma distinção, ele não suporta inimigo que não aquele no qual não existe nada a desprezar, e muito a venerar!" Em outro trecho ele fala como uma raça de homens ressentidos criaria mais inteligentes que qualquer raça nobre, por uma questão de sobrevivência e isso seria um risco para as raças nobres. Esta na parte 10 da dissertação primeira. Relação com os Nazistas: Eu concordo que ele tinha passagens que aproximaram os nazistas dele (a irmã não precisava ter editado nada pra isso acontecer), mesmo ele não sendo nacionalista e reclamando que os alemães em sua maioria já não eram mais de fato arianos. Heiddeguer que era um reacionário nazista teve sua base em Nietzsche. Spengler, que também era um autor que os nazistas usaram e que escreveu sobre a decadência ocidental, também se inspirou em Nietzsche (não sei até que ponto, mas foi uma de suas bases). Esses próximos trechos servem tanto para mostrar que ele não criticava "só ideias", como comentaram abaixo, mas muito de sua visão racial poderia facilmente inspirar qualquer nazista, mesmo que obviamente ele não seja nazista já que nazismo nem existia na época. "O latim malus (ao qual relaciono com μελας [negro]) poderia caracterizar o homem comum como o homem de pele escura, sobretudo com os cabelos negros ("hic niger est" - "), como habitantes pré-arianos do território da Itália, que através da cor se distinguia claramente da raça loura, ariana, dos conquistadores tornados senhores; ao menos o gaélico me oferece um caso correspondente - fin (por exemplo, no nome Fin-Gal), o termo distintivo da nobreza, por fim do homem bom, originalmente o homem louro, em contraposição aos nativos de pele escura e cabelos negros. Os celtas, diga-se de passagem, eram sem dúvida uma raça loura, comete-se um erro, associando aquelas faixas da população de cabelo escuro essencialmente, que se fazem visíveis nos mais cuidadosos mapas etnográficos da Alemanha, a alguma origem ou mistura sanguínea como faz Virchow: nesses lugares aparecem a população pré-ariana. (O mesmo é válido para praticamente toda Europa: no essencial a raça submetida terminou por reaver a preponderância, na cor, na forma curta do crânio, talvez até mesmo nos instintos sociais e intelectuais: quem nos garante que a moderna democracia, o ainda mais moderno anarquismo, e sobretudo essa inclinação a "commune", pela mais primitiva forma social, que é hoje comum a todos os socialistas da Europa, não signifique principalmente um gigantesco atavismo - e que a raça de conquistadores e senhores, a dos arianos, não esteja sucumbindo também fisiologicamente?...)" Pré-arianos me parece se referir aos povos europeus que estavam lá antes das invasões arianas (pra ser mais biologicamente exato, invasão dos povos indo-europeus). Essa discussão é muito comum no Gobineau, teórico racial que inspirou os nazistas e sua eugenia. Há ai também a ideia de decadência da Europa ele une tanto a questão moral, intelectual a essa questão racial, que até hoje é um medo presente nos europeus de serem "substituídos". Mas certamente ele não era um puro supremacista branco, dado que ele vê outras raças como também raças fortes. A seguir vou citar isso.
Ele critica apenas ideias? A questão racial e dos arianos: Os trechos citados mostram que não, ele não acha que vc é forte ou fraco só por seguir uma ideias, a sua própria constituição física e mental conta pra ele, e muitas vezes ela vai determinar que ideias vc vai seguir, como falei antes sobre os impotentes. Quando eles critica os judeus e os povos não-arianos na europa isso fica claro. Nos trechos a seguir fica claro a relação com formas de agir e a raça e como até ao elogias outras raças ele elogia o lado bom delas se referindo a uma característica ariana que ela apresentam. "na raiz de todas as raças nobres é difícil não reconhecer o animal de rapina, a magnífica besta loura que vagueia ávida de espólios e vitórias; de quando em quando este cerne oculto necessita desafogo, o animal tem que sair fora, tem que voltar à selva - nobreza romana, árabe, germânica, japonesa, heróis homéricos, vikings escandinavos: nesta necessidade todos se assemelham." parte 11 "A profunda, gélida desconfiança que o alemão desperta quando alcança o poder, agora novamente - é uma ressonância daquele horror inextinguível com que durante séculos a Europa contemplou a fúria da besta loura germânica (embora mal exista uma relação conceitual, menos ainda sanguínea, entre os antigos germanos e nós, alemães)." "Os portadores dos instintos depressores e sedentos de desforra, os descendentes de toda escravatura europeia e não europeia, de toda população pré-ariana especialmente - eles representam o retrocesso da humanidade!" "Pode-se ter completa razão, ao guardar temor e se manter em guarda contra a besta LOURA que há no fundo de toda a raça nobre" "o apequenamento e nivelamento do homem europeu encerra nosso grande perigo, pois esta visão cansa. Hoje nada vemos que queira tornar-se maior, pressentimos que tudo descende, torna-se mais ralo, mais plácido, prudente, manso, indiferente, medíocre, chinês, cristão - não há dúvida que o homem torna-se cada vez "melhor". E precisamente nisso está o destino fatal da Europa" Infelizmente alguns interpretes do Nietzsche tentam maquiar esses trechos para parecer mais aceitável o autor, ignorando suas contribuições e seu pensamento como um todo, o que não deve ser feito mesmo que boa parte dele seja ruim do ponto de vista humanista. Muitas vezes isso acontece na tentativa de encaixar Nietzsche na sua própria ideologia, já vi enfiarem até luta de classes de um ponto de vista marxista dentro do Nietzsche. Fazem isso por exemplo culpando a irmã dele, dizendo que não eram partes importantes da teoria ou citando trechos aleatórios tirado de contexto. O ódio deles aos cristãos e aos judeus se volta também a esquerda socialista, aos budistas e as mulheres, pq no fundo ele entendia que todas essas visões defendiam os mais fracos, os oprimidos, os miseráveis, a plebe (e ele tinha isso como uma visão feminina de mundo). Obs: peguei todos os trechos do primeiro capítulo da genealogia da moral, para ficar mais fácil encontrar os trechos e não misturar uma série de livros, o que dificulta a pesquisa e verificação. Também porque muito outros livros são aforismas, literatura e não ajudam muito a compreender bem o autor.
@@pbruas muito boa a contribuição. Acho importante que numa reflexão sobre um filósofo, e mais ainda, sobre uma discussão sobre temas tão sensíveis, ter uma leitura dos próprios textos para se evitar julgamentos e anacronismos. O tema só fica cada dia mais rico e de melhor entendimento.
40:28 apesar da admiração do Nietzsche pela força dos Judeus, ele dava a entender sempre que os outros povos deveriam sempre ficar atentos quando fizerem negócios com os Judeus ou quando a aceitassem imigrantes judeus, pois estes conseguiam poder facil dentro de uma sociedade. Não seria muito difícil pra uma pessoa da época interpretar Nietzsche por um olhar mais Nacional Socialista.
René Girard também afirma que a 'vontade de poder' não passa de 'halterofilismo místico' se não cair na rivalidade mimética real. Ler Girard faz bem olhar dentro dos olhos do Nietzsche. Uma amigo me perguntou por que Nietzsche dizia que o 'meu melhor amigo é o meu inimigo'? Responde, Débora.
Débora querrrrida, tem um 'probrema' aí: René Girard afirma justamente que Nietzsche é o maior teólogo depois de São Paulo, justamente neste livro 'Gaia Ciência". Outra: Nietzsche 'adorava' Pascal. Resolve então esses paradoxos. Tem que quebrar muita rocha, ou puxar uma rocha pra cima e pra baixo, 'tipo' Camus.
Durante a leitura na Academia comentamos sobre isso. É sobre o Mário Ferreira dos Santos também. Você precisa entender que nos vídeos abertos não dá tempo de comentar tudo.
Suas análises são impecáveis. Hoje é possível ver como o niilismo está fazenfo muito mal ao mundo, mas isso já estava escrito na bíblia que diz que no final dos tempos o amor de muitos esfriará. Vejo uma sociedade extremamente egoísta, relativista e infantil.
@@alguemnoyoutube555 nd mn, só achei engraçado msm, vc citando niilismo como algo que está fazendo mal ao mundo e dps fazendo citação da bíblia KKAKAKKAK onde no outro livro "o anticristo" de Nietzsche, o mesmo cita o cristianismo como o principal responsável pelo niilismo no mundo
@@alguem3939 as filosofias desse mundo são loucuras para Deus. É triste pq todo mundo terá o mesmo fim, sendo famoso, filósofo, reconhecido, escrevendo trilhões de livros sobre o comportamento humano, mas ninguém escapará do julgamento, então uma pessoa mergulhada no orgulho por mais inteligente que pareça só consegue me causar pena. Enquanto ficam achando milhões de respostas, os mais inteligentes estão no sacrário de joelhos com muita humildade, alguns sendo até analfabetos.
Não se pode desenhar um julgamento sem a consideração devida à todo o sofrimento que ele era cozido. A sacada dele do Super Homem foi pra mim catarse TB quimera
Sempre vi o Nietzsche como um aedo da desgraça que seria um mundo que matou Deus, mas percebeu - talvez tarde demais - que sem a sua lei moral esculpida no coração - o homem moderno agarraria-se a qualquer coisa - e que a tão sonhada transvalorização é o sonho de um homem louco, como o próprio Max Scheler deixou claro. Muitos erros em sua obra, mas lançou luz sobre o problema que estamos enterrados até hoje. O Jordan Peterson foi um dos poucos leitores de Nietzsche e Jung que percebeu que eles fizeram uma análise precisa sobre várias coisas e sugeriram como resposta um erro maior ainda. O próprio Peterson ao descrever um dos seus mais importantes sonhos em uma catedral, mais especificamente no centro da cruz, segundo suas palavras: “Meu sonho havia me colocado no centro do próprio Ser, e não havia escapatória”. Numa catedral, e foi colocado no centro do Ser, que é a cruz, da qual não há escapatória, então a resposta só pode ser Jesus Cristo, com tudo que isso implica. Peterson observou a figura de Cristo e viu um indivíduo em vez da Trindade. O indivíduo como centro do Ser - para ele, “o centro é ocupado pelo indivíduo”. Ou seja, seria possível “encontrar sentido suficiente na consciência e experiência do indivíduo”. -, em vez da relação com Ele, como foi com o liberalismo e seus filhos bastardos, as revoluções. Outra vez, uma boa análise, uma resposta não tão boa. Outros filósofos da chamada Revolução Conservadora ou do Círculo de Eranos fizeram o mesmo, parece que estamos andando em circulos, o que talvez faça do Nietzsche “o filósofo que o ocidente merece, mas não o que ele precisa agora". Voltemos enfim ao início. “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” Mt 16:24-26
@@jnnltj no texto diz que ele deixou claro porque em suas obras ele aponta que não só há valores sólidos como hierarquia entre eles. A realidade axiológica dos valores é anterior à sua existência. E tanto ele quanto seus opostos existem de forma objetiva. A maior parte da obra dele trata sobre isso. Da "reviravolta dos valores" ao "Do eterno no homem" tratam disso.
As ideias são absorvidas parcialmente ou totalmente, às vezes evoluem ou não. Em um momento do vídeo fala sobre rejeitar a moralidade cristã por completo ou não rejeitar, mas por que não seria possível (se fosse o caso) rejeitar partes da moralidade cristã? Não ficou muito claro (pelo menos nesse vídeo aqui)
Porque a moralidade cristã é fundamentada na autoridade divina. Se você não acredita na legitimidade dessa fonte de autoridade, já está acreditando em quaisquer outras coisas, não na moral cristã
Uma excelente live, caderno cheio de anotações. Debs, eu não entendi o porquê ele tem uma visão trágica, esse seu "trágica" não remete ao que Thomas Sowell descreve como visão trágica, certo? Mas, se tomássemos como base Sowell, seria uma visão irrestrita, ou até mesmo são "híbrida"como Marxismo, isso? (7:50). Como eu ainda não o li, entendi que tanto o homem quanto o sistema estão corrompidos e é necessária a destruição do sistema e valores cristãos vigentes para, então, construir um novo homem (o novo homem soviético?) capaz de criar e seguir a sua própria moral.
Isso quer dizer que Nietzsche repelia caridade e compaixão? Sou obrigado a discordar, Nietzsche não repelia esses conceitos, aliás, nenhum conceito…. ele dizia sim que era necessário transvalorar os valores, ou seja, realizá-los sim, sobretudo sem ser artigo de fé, sem barganhar o céu, fazê-los livremente era o maior ato de transvalorar os valores, sem muletas e sem metafísica. Vou além, rejeitar a compaixão e a caridade, significaria adotar a impiedade e arrogância, isso sim seria ser cristão, binário, óbvio. É necessário realizar todo os atos que fazemos enquanto humanidade, apenas sem um motivo fraco pra isso; ganhar o céu. dos . O relativismo seria enorme, caso achássemos nobre partimos para o o oposto, que passaríamos entender que matar, roubar, estuprar, seriam atitudes “não cristã” e com isso, que deveriam ser adotadas….
Assistindo o vídeo, lembrei de uma coisa absurda que aconteceu no meu último ano do Ensino Médio... Super importante, mas que só consegui agora fazer associação com a podridão ideológica atual. Tive um professor que ocupava as matérias de História, Filosofia e Sociologia. Praticamente não dava aula, só ficava enfiando bobagem na cabeça dos alunos. Ele váriaaaaasssss vezes passava um slide que tinha a seguinte pergunta: só existe uma verdade? E, então, ele começava a falar que a verdade era relativa. O engraçado dessa história é que, na primeira "aula", ele falou do assunto e todos os alunos ficaram em silêncio. Na segunda vez, estava lá o slide fazendo a mesma pergunta. Um aluno respondeu "a verdade é relativa". Na terceira vez, metade da sala respondeu "a verdade é relativa"... Preciso falar mais nada, né.
Nietzsche disse em "Além do Bem e do Mal" que o mal é a ressonância anacrónica do atavismo do antigo ideal. Ele criticou tanto o bem e o mal, não querendo ser um Deus como os niilistas acreditam ser , isto é, negar a devoção e o devotado, coisa que o Deus cristão inverte. Triste essa inversão de Nietzsche.
Concordo com você. Pode ser um pouco perigoso ler Nietzsche. Embora eu pessoalmente goste bastante de sua obra. E acho "Além do Bem e do Mal", uma obra extraordinária
A contribuição que posso dar para uma visão diametralmente oposta a da querida “ Bocó” é a videoaula do professor Amauri Ferreira. m.th-cam.com/video/awCW5YBV8-g/w-d-xo.html&pp=ygUdRG8gbm92byBpZG9sbyBhbmF1cnkgZmVycmVpcmE%3D
Um adendo: em 9:23 vc disse que Nietzsche acha que "Platão fez um desserviço ao legado de Sócrates" dando a entender que Nietzsche de alguma forma respeitava Sócrates mas no crepúsculo do ídolos(o problema de Sócrates) podemos ver que pra Nietzsche Sócrates era um sinal da decadência da cultura grega, ele inclusive chegou a chamá-lo de palhaço.
Pois se você prestar mais atenção , vai constatar que Nietzsche tinha verdadeiro fascínio por Sócrates e Platão (tentou superar os mestres, mas não chegou perto, foi mais um das tantas notas de rodapé do Platão). Quando Nietzsche chama alguém de decadente, entenda que ele, na verdade, está se projetando no outro, camuflando ressentimento.
@@BetoOliveira_machutacara, vc não ppde fazer isso, desculpe a franqueza,.mas quem vc pensa que é, e tirou esse raciocínio de onde? Se vc "prestar atenção" Não leu crepúsculo dos ídolos como o colega disse acima. Essa foi boa, por favor, me imdique qualquer artigo, tcc rs teoria na qual vc usou pra apontar isso
@@danielalves7169 Meu caro, toda a filosofia de Nietzsche, em especial a sua teoria, digamos assim, da formação do "Estado", daquela conversa sobre o bem e o mal, você encontrará traços fortes na voz de Trasímaco, no diálogo A República, livro I, de Platão. Em relação ao fascínio e a projeção que Nietzsche fazia de si mesmo e das suas fraquezas e desesperos em seus "supostos adversários", sugiro a leitura de Cioran, que tece comentários profícuos a respeito . Há um comentário onde transcrevi um trecho de Cioran. Vale a pena você conferir. Abraços
Débora mulher, faça uma criança feliz por favor: leia "Demian" do Hermann Hesse e traga uma resenha, nunca te pedi nada. O cara simplesmente bebe na fonte de Nietzsche e é pura confusão sobre família, moral e Estado
Nietzsche tem uma visão deturpada e equivocada do Cristianismo. O Cristianismo não é um platonismo, são filosofias completamente diferentes, ainda que haja algumas semelhanças. Não entendeu a graça nem a redenção, fez uma caricatura do Cristianismo, foi um niilista invertido...
Debs, por que o Deus do Antigo Testamento mandava o "povo escolhido" matar um monte gente, em vez de Ele mesmo simplesmente retirar a vida desses "inimigos" num estalar de dedos? Não seria mais misericordioso que morrer pelo fio da espada? Aliás, se Deus é o mesmo sempre, por que ele não mandou o povo escolhido amar os seus inimigos e dar a outra face no Antigo Testamento?
Pq precisava ser gradual, a gnt chama isso de pedagogia divina, que vai educando o povo "de servis dura" aos pouquinhos para receber o Cristo e a graça, Graça que só nos foi dada com a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz e que é infinitamente superior ao que os judeus tinham antes, ela nos faz conseguir coisas que são superiores a nossa natureza, que são de fato sobrenaturais, como amar os inimigos, viver uma castidade heróica... andar dois mil passos quando nos pedem mil, dá também a túnica quando nos pedem o manto, etc.. não é intuitivo fazer esse tipo de coisa, é sobrenatural, é algo que a Caridade faz em nós.
Acorda pra vida meu amigo. Não há deus algum. A bíblia foi escrita pela classe dominadora (sacerdotes) para controle político e ideológico do povo hebreu.
Terceiro a comentar. Com sorte ela vai me responder. A moral cristã é otima, mas a escatologia e descrição da vida após a morte insuficientes. Favor comentar.
Muito bom o video. Tenho a impressão que ele ñ é tão relativista pq na prática ele defende uma moral específica, a moral aristocrática, os instintos que vc citou Ele é bem antissemita tbm, como ele condena a moral sacerdotal, de escravos ele condena portanto o judaismo e cristianismo. Ele considera os judeus um povo de sacerdotes e o cristianismo uma espécie de continuação do judaismo, que conseguiu concluir o objetivo dos judeus e que isso estaria afetando a europa
Nietzsche não era antisemita não. Tanto que ele se afasta de Wagner (junto a outros motivos) que era antisemita. Ser contra uma moral sacerdotal não o faz antisemita. A questão é que ele identifica nessa moral o que ele considera como fraqueza. Lembrando. Nietzsche nunca ataca pessoas, ele ataca a ideia, e o cristianismo seria essa ideia que ele radicaliza para ficar compreensível, isto é, é como se ele colocasse uma lupa pra tornar visível o problema.
Olhe esse trecho de Além do bem e do mal "É certo que os judeus [por serem a raça mais forte e mais rija que vive na Europa], se quisessem - ou, se fossem obrigados a tal, como os antissemitas parecem querer -, poderiam desde já ter a preponderância, mais ainda, falando de modo completamente literal, o domínio da Europa; é também certo que não trabalham nem fazem projetos nesse sentido. Ao contrário, o que pretendem e querem, no momento, até com certa insistência, é ser absorvidos e integrados à Europa, pela Europa” (Para além de bem e mal § 251, 1886).
@@PEDROW-WAVES Esse trecho aqui tem como não ser tachado de antissemita? “Sujeitemo-nos aos fatos: o povo venceu - ou ‘os escravos’, ou ‘a plebe’, ou o ‘rebanho’, ou como quiser chamá-lo - se isto aconteceu graças aos judeus, muito bem! jamais um povo teve missão maior na história universal. ‘Os senhores’ foram abolidos; a moral do homem comum venceu. Ao mesmo tempo essa vitória pode ser tomada como um envenenamento do sangue (ela misturou entre si as raças) - não contesto; mas indubitavelmente essa intoxicação foi bem sucedida” Nietzsche a todo momento elogia seus inimigos, mas elogio como forma de mostrar o quanto são perigosos e pq dentro da filosofia dele os fortes não guardam ressentimentos pelos seus inimigos chegando ao ponto de "ama-los" por seu poder, é o que ele faz nesse trecho que vc citou e essa explicação que dei está na genealogia da moral. Então chuto que vc tirou essa parte de contexto, é comum as pessoas errarem essa interpretação. Provavelmente vc tirou do artigo muito ruim escrito pela revista cult sem ter lido o livro todo. Aliás, genealogia da moral que citei é uma continuação desse livro. Mas o próprio artigo que vc pegou essa citação fala de trechos racistas no crepúsculo dos ídolos e o anticristo. Recomendo ler o livro todo pra entender essa "contradição" dele. Fiz um comentário maior citando vários outros trechos caso queiram ler.
Faltou um cigarro entre um gole e outro. Mais estrago que Nietzsche quem fez foi Olavo que deixou muitos discípulos, que como Olavo, leram muito e nao entenderam nada! Triste! Muita gente nos comentários achando que esse vídeo é filosofia.
vamos am lá né: Impossibilitado de explicar a dor, se justifica através dela, e a faz de alimento. Quando filósofos como Nietzsche, condenam e atacam o cristianismo como modelo decadente é porque cultiva a "piedade" o "perdão" e "salvação" , não como por piedade, perdão, e salvação, isso é so gramática pra sobrevivência, isso qualquer um lê, lê a estrutura funcionando por este mecanismo, zero espanto. E é o Que freia a humanidade de si mesma. Essa obsessão pela morte como realização. Esse mundo não é verdadeiro, é vil. Então é óbvio que precisa sim de um olhar Gnostico, senão vc faz o papelão de bobo, de boco rs ou de covarde...como a maxima de Pascal. Ah, e Vc entende que está faszendo uma crítica literária e não filosofica né? Esta nítido. Talvez seja essa tua intenção, mas tome nota que a maiorias dos que te assintem, não tem o seu nivel de instrução, não lêem barsa.( dica pra quem se interessar; vá ler , leia vc mesmo o filósofo, evite a primeira impressão sob a tutela de comentadores) E a angústia existencialista em Dostoiévski, não se equivale ao Zaratustra: “Que tudo pesado se torne leve, todo corpo, dançarino, e todo espírito, pássaro” (p. 221) Em nome do medo e da culpa, que se disfarçam em outros termos. Impedem de revolucionar e quebrar o gesso de valores, não todos os valores, aqui ha confusão( as roupas que não servem mais, não devem apertar o corpo, fazê-lo desconfortável por limitações e convenções.) Valores do mais do mesmo, que deveriam avançar, ser o rumo ao trasvalorar( trasvalorar não é terrorismo gente, nem um bicho de sete cabeças, fazemos isso uai de uma forma ao pior, e pobre.) Um caminho contínuo de superar valores ou aprimorar valores antigos. E isso nada tem a ver com cinismo. A crítica de Nietzche é legítima, e esse relativismo não é condescendente. Muito menos é a mola de sua filosofia. É uma filósofa que demanda tempo. E quem me dera o Nietzcheanismo virasse moda, isso fortaleciria. O papo tava bom, vc é muito inteligente, se comunica bem demais. Mas professor Olavo? aí broxa né. Esse tipo razo de Brasil paralelo? Saí disso. Vc é mais ❤ Abraço.
A filosofia de Nietzsche é belíssima . Mas na prática é impossível . A não ser entre pessoas evoluídas emocionalmente e intelectualmente e espiritualmente . Mas como arte é válido . O mundo é dos fracos .
Isso . Eu disse que como arte a proposta filosófica do grande Nietzsche é possível . Pois permite mesmo vc extremamente enfermo ou não . Afirmar a vida . O máximo é isso .
@@academiabocault ,desconfiei quando você classificou o Paulo Freire de marxista, a base do olavismo é classifica qualquer pessoa com viés de esquerda como marxista ou comunista , é uma visão que generaliza , foi o que aconteceu outro dia no congresso nacional com o professor José Geraldo em relação a deputada federal de Santa Catarina, Carol de Titoni.
@@academiabocault , acho que você não entendeu, quando eu vi seu vídeo sobre Paulo Freire percebi logo qual o seu viés político e respeito isso , em geral uma pessoa com caráter questionador é uma pessoa com viés de esquerda , mas não é porque uma pessoa é questionadora e com viés de esquerda que ela é marxista ou comunista, eu tenho um viés de esquerda e sou questionador , mas não sou nem marxista e muito menos comunista. E por último não precisa me ofender , está parecendo bolsonarista irrustido.
O comentário sobre luteranismo é um espantalho que eu só vejo padres propagando. Bem distante da própria doutrina luterana. É muito perigoso ler livros de uma só vertente, e contaminar sua visão da realidade com uma só lente e ponto de vista. Tudo aquilo que a vertente que você lê não concorda, vira um bonequinho de palha pra ser surrado e jogado de um lado pro outro. E antes que acusem, não, não sou luterano.
@@academiabocault A doutrina luterana foi se desenvolvendo e se moldando pós Lutero, e não tem nada do "pessimismo irrecuperável" que gente como os filósofos católicos que você lê adoram caricaturizar, basta ler o mínimo sobre a doutrina luterana. Fazer um comentário desses sobre toda uma denominação dizendo que "leu lutero" é no mínimo irresponsável. Diversos livros que você já comentou no canal são de sacerdotes e filósofos católicos do final do século XIX e início do XX. Fazem espantalhos de judeus, calvinistas, ortodoxos luteranos, e todo o resto possível.
Pelo que eu entendi, Niet era um cara amargurado e queria que todo mundo sofresse com a vida que nem ele, sendo livre pra fazer o que quisesse. Me parece uma filosofia adolescente mesmo kk
Nietzsche serviu/serve como precursor da estética fascista. Me alinho muito com a análise do filósofo Domênico Losurdo sobre Nietzsche. O que vai além disso é passar pano...
Não posso deixar de comentar: este é um raro vídeo que problematiza de fato a filosofia de Nietzsche, sem o deslumbramento típico de convertidos (e, por paradoxal que pareça, Nietzsche tem muitos convertidos).
Eu curto muito o diógenes o cão, lembro que lá atrás quando meu professor de filosofia falou sobre ele na aula todo mundo deu risada más eu fiquei imaginando o quão foda ele era pra contrariar tudo o que as pessoas se apegavam com tanto gosto e não conseguiam deixar de viver sem elas, ele ia lá e simplesmente descartava como não fosse nada de importante
Cioran resume Nietzsche:
Como Nietzsche, acreditávamos na perenidade de nossos transes; graças à maturidade de nosso cinismo, fomos ainda mais longe que ele. A ideia do super-homem nos parece, hoje, uma mera elucubração; naquela época nos parecia tão exata como um dado experimental. Assim se eclipsou o ídolo de nossa juventude. Mas qual deles - se fossem vários - permanece ainda? É o perito em decadências, o psicólogo agressivo, não somente observador como os moralistas, que escruta como inimigo e se cria inimigos; mas seus inimigos ele os extrai de si mesmo, como os vícios que denuncia. Combate furiosamente os fracos?, pratica a introspecção; e quando ataca a decadência, descreve seu próprio estado. Todo seu ódio se dirige indiretamente contra si mesmo. Proclama suas fraquezas e as erige em ideal; se se detesta, o cristianismo ou o socialismo sofrem as consequências. Seu diagnóstico do niilismo é irrefutável: porque ele mesmo é niilista e o confessa. Panfletário apaixonado por seus adversários, não teria conseguido suportar-se se não tivesse combatido contra si mesmo, se não tivesse colocado suas misérias em outro lugar, nos outros: vingou-se neles do que ele era. Tendo praticado a psicologia como herói, propõe aos apaixonados pelo Inextricável uma diversidade de impasses. Medimos sua fecundidade pelas possibilidades que nos oferece de renegá-lo continuamente sem esgotá-lo. Espírito nômade, é um especialista em variar seus desequilíbrios. Sustentou sempre o pró e o contra de tudo: é o procedimento dos que se dedicam à especulação por não haver podido escrever tragédias ou dispersar-se em múltiplos destinos. O certo é que Nietzsche, expondo suas histerias, nos desembaraçou do pudor das nossas; suas misérias nos foram salutares. Ele inaugurou a era dos “complexos”.
Super-homem...graal de kristos lucibel (lucifer)
Está encantadora a estante nova! Amei tudo, muito bom gosto. 💫
Muito obrigada 😊
@@academiabocault Faz um Bookshelf Tour.
Cara tô adorando seus vídeos. Tem sido um atalho importante para minha iluminação.
Minha querida Bocó. Seus vídeos são excelentes e alimentam meus pensamentos. Sobre "Niti" é preciso ter cuidado nas afirmações redutoras. Lembrar que o cristianismo alemão é bem diferente do cristianismo romano. Aliás a grande raiva de Niti, que percebia uma evolução do cristianismo ao abraçar o mundo grego, foi o "estraga festa" do Lutero que fez renascer um cristianismo medieval, no qual ele chamava de processo de judaização alemão (no sentido bem negativo). Enfim, havia uma ambiguidade nessa relação de "Niti" com a filosofia dos judeus. Além disso, para além do cristianismo, Niti chama atenção que a moralidade é uma invenção asiática, com seus "monges" representantes de uma vida superior, longe da raiz grega que fundamentava a base da Europa. Beijos.
A moralidade, tal qual a lei, não foi inventada, ela já existia antes de ser descrita.
@@tiagotdv Ambas existem no coração humano previamente a qualquer tábua, pedra ou papel.
É falso afirmar que Nietzsche tinha uma relação ambígua com a filosofia dos judeus. Na verdade, ele era bastante crítico do judaísmo e do cristianismo, que ele via como expressões de uma moralidade escrava que negava a vida e valorizava a fraqueza, o ressentimento e a culpa. Ele também rejeitava a ideia de que a moralidade fosse uma invenção asiática, com seus monges representantes de uma vida superior, longe da raiz grega que fundamentava a base da Europa. Ele admirava a cultura grega antiga, especialmente os pré-socráticos e os trágicos, por sua visão trágica e afirmativa da existência. Portanto, ele não tinha uma visão positiva nem do cristianismo alemão nem do cristianismo romano, nem do judaísmo nem do budismo. Ele buscava criar novos valores que superassem os valores decadentes da tradição ocidental.
Ele até considerava sua própria filosofia como um parente europeu do budismo, pois ambos negavam a existência de um ser ou uma essência fixa e defendiam uma visão dinâmica e fluida da realidade. No entanto, Nietzsche também criticava o budismo por ser uma forma de niilismo passivo, que buscava escapar do sofrimento através da extinção do desejo e da vontade de poder. Quanto ao judaísmo, Nietzsche tinha uma visão bastante negativa e hostil. Ele considerava os judeus como uma raça distinta que adquiriu a capacidade de dominar a Europa através de sua influência na cultura, na religião e na política. Ele acusava os judeus de terem inventado o cristianismo como uma forma de vingança contra os povos mais fortes e nobres, e de terem disseminado uma moralidade escrava que valorizava a fraqueza, o ressentimento e a culpa. Ele também via o judaísmo como uma religião pessimista e decadente, que negava a vida e a vontade de poder, e que tinha uma visão baixa e pecaminosa da natureza humana.
@@tiagotdv Claro. Existia no Hyperuranion que só os luminares olavistas conseguem adentrar.
@@podkelopiniaoperfeito o teu comentário, só não li ainda sobre a parte dos judeus, mas de resto me pareceu exatamente o que Nietzsche afirmou em suas obras
Hegel foi o único livro da minha vida que terminei entendo 20% se muito 😂
Muito bom!! Obrigado. Por falar em valores progressivos para a vida, lembrei-me dos épicos da Índia. Mahabaratha & Ramayana.
Nós que agradecemos!
Obrigada pela live, Debs. Muito boa mesmo! Recomendo a leitura de genealogia da moral e de crepúsculo dos ídolos!
Sugestão anotada!
Continue Débora não desista seus conteúdos que debatem e refletem através da filosofia e literatura as questões eternas da nossa existência...é o que falta no Brasil canais igual ao seu...🎉🎉
Agora sim!!! Tem áudio...
Live muito esclarecedora a respeito do Niti kskssk. Sempre tive dúvidas em relação a esse sujeito, nunca entendia o que pensar e como entender suas ideais, obrigada Debs por mais essa live! O novo cenário tá lindooo❤
Obrigada Isabelly
Não se apega apenas a opinião dela... Leia mais o trabalho dele a biografia dele e outras fontes... e dai em diante monte a sua própria... Issa é uma das mensagens q Nietzsche deixou
@@weslleybarboza5960 Sim, foi. Concordo com certas coisas que o niti diz, outras nem tanto.
Canal extraordinário ❤
Muito bom o video principalmente a associação com a obra de Dostoievsky. Vou discordar de alguns pontos baseados na genealogia da moral, como o Nietzsche é um pouco confuso nos outros livros não acho errado que tenha intepretações diferentes, porém acho esse o livro mais claro dele, dado que ele não escreve por aforismas. Alguns argumentos são pra responder os comentários abaixo também.
Relativismo:
O Nietzsche pode ser chamado de relativista do ponto de vista que ele não vê uma moral transcendental, ele vê que a moral é criada pelo próprio homem, o estudo genealógico dele tenta mostrar isso. No entanto, ele não tá dizendo que "tudo é relativo". Isso porque a todo momento ele tenta provar como os valores "cavalheirescos-aristocráticos" são superiores ao valor "nobre-sacerdotal". Em uma nota do genealogia da moral ele diz.
“Todas as ciências devem doravante preparar o caminho para a tarefa futura do filósofo, sendo esta tarefa assim compreendida: o filósofo deve resolver o problema do valor, deve determinar a hierarquia dos valores.”
Se há uma hierarquia de valores então ele não é puramente relativista. Outro ponto que prova isso é que ele cita a criação de valores a "tresvaloração dos valores" por parte dos judeus como algo ruim, então por consequência, não dá pra dizer que ele defenda que cada pessoa crie a sua moral. O que ele fala é que os Nobres, guerreiros, aristocratas criaram sua moral a partir das sua próprias ações, esses instintos que vc cita, e que essa é a moral superior e correta, a moral dos homens fortes.
Antissemitismo:
Ele é bem antissemita. Quando ele argumenta contra a moral sacerdotal, de escravos, ele condena e usa de exemplo o judaísmo e cristianismo. Ele considera os judeus um "povo de sacerdotes" e o cristianismo uma espécie de continuação do judaísmo, que conseguiu concluir o objetivo dos judeus e que isso estaria afetando a Europa. Em genealogia da moral o primeiro capítulo é todo dedicado a mostrar como essa visão de mundo é uma "fatalidade" e como os judeus e cristãos são os principais culpados disso.
E não dá pra dizer que ele está atacando só a ideia, primeiro pq ele não divide apenas uma cultura boa e outra ruim, ele geralmente associa cada elemento a certo povo e muitas vezes a certas etnias. Segundo pq ele deixa claro que os criadores e seguidores da moral de escravo são assim por serem fracos, então a única saída pra eles foi criar uma moral de autoengano onde a fraqueza é vista como moralmente superior, como se isso fosse uma livre escolha, quando na verdade é uma escolha derivada da própria impotência desses povos/pessoas. O problema pra ele é que essa moral estava tomando conta da Europa e travando o potencial dos homens fortes.
Esse trecho por exemplo, é difícil não achar que isso não é antissemitismo.
“Sujeitemo-nos aos fatos: o povo venceu - ou ‘os escravos’, ou ‘a plebe’, ou o ‘rebanho’, ou como quiser chamá-lo - se isto aconteceu graças aos judeus, muito bem! jamais um povo teve missão maior na história universal. ‘Os senhores’ foram abolidos; a moral do homem comum venceu. Ao mesmo tempo essa vitória pode ser tomada como um envenenamento do sangue (ela misturou entre si as raças) - não contesto; mas indubitavelmente essa intoxicação foi bem sucedida” parte 9
“com sua vingança e sua tresvaloração dos valores, Israel até agora sempre triunfou sobre todos os outros ideais, sobre todos os ideais mais nobres.” parte 8
"nada do que na terra se fez contra os "nobres", 'os poderosos', 'os senhores', 'os donos do poder'' é remotamente comparável ao que os judeus contra eles fizeram; judeus aquele povo de sacerdotes que soube desforrar-se de seus inimigos e conquistadores apenas através de uma radical tresvaloração de valores deles, ou seja, por um ato da mais espiritual vingança." parte 7 da dissertação primeira.
“do ódio judeus - o mais profundo e sublime, o ódio criador de ideias e recriador de valores, como jamais existiu sobre a terra -, dele brotou algo igualmente incomparável um novo amor, o mais profundo e sublime de todos os tipos de amor [...] buscava as mesmas metas daquele ódio, vitória, espólio, sedução, com o mesmo impulso com que as raízes daquele ódio mergulhavam, sempre mais profundas e ávidas, em tudo que possuía profundidade era mal. Esse Jesus de Nazaré, evangelho vivo do amor, esse “redentor” portador da vitória e da bem aventurança aos pobres, aos doentes e aos pecadores - não era ele a sedução em sua forma mais inquietante e irresistível, a sedução e a via sinuosa para justamente aqueles valores judeus e inovações judaicas do ideal? Não teria Israel alcançado, por via desse ‘redentor’, desse desintegrador de Israel, a derradeira meta de sua sublime ânsia de vingança? [...] com sua vingança e sua tresvaloração dos valores, Israel até agora sempre triunfou sobre todos os outros ideais, sobre todos os ideais mais nobres.”
Esses são trechos de um único capítulo de um único livro, certamente há muito mais deles.
Pq ele faz elogio aos seus inimigos (como aos judeus)?
As pessoas pegam trechos em que ele elogia os judeus, porém ele tem uma série de passagens antissemitas como essa. Então ele seria contraditório? Não, em genealogia da moral, que é o livro que ele é claro e não usa aforismas, ele elogia os judeus sempre para demonstra a força do inimigo. Isso fica claro quando ele fala de como os sacerdotes são ressentidos e odeiam seus inimigos, enquanto os senhores, nobres não guardam ressentimento e muitas vezes admiram a força do seu inimigo.
"Quanta reverência aos inimigos não tem um homem nobre! - e tal reverência já é uma ponte para o amor... Ele reclama para si seu inimigo como uma distinção, ele não suporta inimigo que não aquele no qual não existe nada a desprezar, e muito a venerar!"
Em outro trecho ele fala como uma raça de homens ressentidos criaria mais inteligentes que qualquer raça nobre, por uma questão de sobrevivência e isso seria um risco para as raças nobres. Esta na parte 10 da dissertação primeira.
Relação com os Nazistas:
Eu concordo que ele tinha passagens que aproximaram os nazistas dele (a irmã não precisava ter editado nada pra isso acontecer), mesmo ele não sendo nacionalista e reclamando que os alemães em sua maioria já não eram mais de fato arianos. Heiddeguer que era um reacionário nazista teve sua base em Nietzsche. Spengler, que também era um autor que os nazistas usaram e que escreveu sobre a decadência ocidental, também se inspirou em Nietzsche (não sei até que ponto, mas foi uma de suas bases).
Esses próximos trechos servem tanto para mostrar que ele não criticava "só ideias", como comentaram abaixo, mas muito de sua visão racial poderia facilmente inspirar qualquer nazista, mesmo que obviamente ele não seja nazista já que nazismo nem existia na época.
"O latim malus (ao qual relaciono com μελας [negro]) poderia caracterizar o homem comum como o homem de pele escura, sobretudo com os cabelos negros ("hic niger est" - "), como habitantes pré-arianos do território da Itália, que através da cor se distinguia claramente da raça loura, ariana, dos conquistadores tornados senhores; ao menos o gaélico me oferece um caso correspondente - fin (por exemplo, no nome Fin-Gal), o termo distintivo da nobreza, por fim do homem bom, originalmente o homem louro, em contraposição aos nativos de pele escura e cabelos negros. Os celtas, diga-se de passagem, eram sem dúvida uma raça loura, comete-se um erro, associando aquelas faixas da população de cabelo escuro essencialmente, que se fazem visíveis nos mais cuidadosos mapas etnográficos da Alemanha, a alguma origem ou mistura sanguínea como faz Virchow: nesses lugares aparecem a população pré-ariana. (O mesmo é válido para praticamente toda Europa: no essencial a raça submetida terminou por reaver a preponderância, na cor, na forma curta do crânio, talvez até mesmo nos instintos sociais e intelectuais: quem nos garante que a moderna democracia, o ainda mais moderno anarquismo, e sobretudo essa inclinação a "commune", pela mais primitiva forma social, que é hoje comum a todos os socialistas da Europa, não signifique principalmente um gigantesco atavismo - e que a raça de conquistadores e senhores, a dos arianos, não esteja sucumbindo também fisiologicamente?...)"
Pré-arianos me parece se referir aos povos europeus que estavam lá antes das invasões arianas (pra ser mais biologicamente exato, invasão dos povos indo-europeus). Essa discussão é muito comum no Gobineau, teórico racial que inspirou os nazistas e sua eugenia. Há ai também a ideia de decadência da Europa ele une tanto a questão moral, intelectual a essa questão racial, que até hoje é um medo presente nos europeus de serem "substituídos". Mas certamente ele não era um puro supremacista branco, dado que ele vê outras raças como também raças fortes. A seguir vou citar isso.
Ele critica apenas ideias? A questão racial e dos arianos:
Os trechos citados mostram que não, ele não acha que vc é forte ou fraco só por seguir uma ideias, a sua própria constituição física e mental conta pra ele, e muitas vezes ela vai determinar que ideias vc vai seguir, como falei antes sobre os impotentes. Quando eles critica os judeus e os povos não-arianos na europa isso fica claro. Nos trechos a seguir fica claro a relação com formas de agir e a raça e como até ao elogias outras raças ele elogia o lado bom delas se referindo a uma característica ariana que ela apresentam.
"na raiz de todas as raças nobres é difícil não reconhecer o animal de rapina, a magnífica besta loura que vagueia ávida de espólios e vitórias; de quando em quando este cerne oculto necessita desafogo, o animal tem que sair fora, tem que voltar à selva - nobreza romana, árabe, germânica, japonesa, heróis homéricos, vikings escandinavos: nesta necessidade todos se assemelham." parte 11
"A profunda, gélida desconfiança que o alemão desperta quando alcança o poder, agora novamente - é uma ressonância daquele horror inextinguível com que durante séculos a Europa contemplou a fúria da besta loura germânica (embora mal exista uma relação conceitual, menos ainda sanguínea, entre os antigos germanos e nós, alemães)."
"Os portadores dos instintos depressores e sedentos de desforra, os descendentes de toda escravatura europeia e não europeia, de toda população pré-ariana especialmente - eles representam o retrocesso da humanidade!"
"Pode-se ter completa razão, ao guardar temor e se manter em guarda contra a besta LOURA que há no fundo de toda a raça nobre"
"o apequenamento e nivelamento do homem europeu encerra nosso grande perigo, pois esta visão cansa. Hoje nada vemos que queira tornar-se maior, pressentimos que tudo descende, torna-se mais ralo, mais plácido, prudente, manso, indiferente, medíocre, chinês, cristão - não há dúvida que o homem torna-se cada vez "melhor". E precisamente nisso está o destino fatal da Europa"
Infelizmente alguns interpretes do Nietzsche tentam maquiar esses trechos para parecer mais aceitável o autor, ignorando suas contribuições e seu pensamento como um todo, o que não deve ser feito mesmo que boa parte dele seja ruim do ponto de vista humanista. Muitas vezes isso acontece na tentativa de encaixar Nietzsche na sua própria ideologia, já vi enfiarem até luta de classes de um ponto de vista marxista dentro do Nietzsche. Fazem isso por exemplo culpando a irmã dele, dizendo que não eram partes importantes da teoria ou citando trechos aleatórios tirado de contexto. O ódio deles aos cristãos e aos judeus se volta também a esquerda socialista, aos budistas e as mulheres, pq no fundo ele entendia que todas essas visões defendiam os mais fracos, os oprimidos, os miseráveis, a plebe (e ele tinha isso como uma visão feminina de mundo).
Obs: peguei todos os trechos do primeiro capítulo da genealogia da moral, para ficar mais fácil encontrar os trechos e não misturar uma série de livros, o que dificulta a pesquisa e verificação. Também porque muito outros livros são aforismas, literatura e não ajudam muito a compreender bem o autor.
@@pbruas muito boa a contribuição.
Acho importante que numa reflexão sobre um filósofo, e mais ainda, sobre uma discussão sobre temas tão sensíveis, ter uma leitura dos próprios textos para se evitar julgamentos e anacronismos.
O tema só fica cada dia mais rico e de melhor entendimento.
Fala sobre nacionalismo e patriotismo. Gostaria de saber sua opinião sobre o assunto.
Cai aqui de para quedas e gostei do que vi e ouvi.
.
Ainda do assistindo, ESSA AULA FOI SENSACIONAL ❤️🔥
Que análise única!
Apesar de uns erros aqui e ali, é uma boa análise 🎉
E da terça parte pra frente descambou 😂
Muito ruim.
Mas tem seus proveitos
Ps essa estante nova é um luxoooo
40:28 apesar da admiração do Nietzsche pela força dos Judeus, ele dava a entender sempre que os outros povos deveriam sempre ficar atentos quando fizerem negócios com os Judeus ou quando a aceitassem imigrantes judeus, pois estes conseguiam poder facil dentro de uma sociedade. Não seria muito difícil pra uma pessoa da época interpretar Nietzsche por um olhar mais Nacional Socialista.
Ele achava que não gostar de judeu era diferente de ser anti-semita
"Homem Superior" ficaria uma tradução melhor do que "Super Homem" na minha humilde opinião.
"Superação do homem" seria a melhor tradução. Porque o Ubermansch é o que vem depois do homem, assim como o homem é o que vem depois do "macaco".
Debs, essa live tb foi uma resenha do livro Além do bem e do mal?
Sim
Parabéns!! Excelente ❤
Niti é massa kkkk
Cheguei d paraquedas aq, gostei do video
Verdade, inclusive quando H1tl5r se encontrou com Muss0lin1, o presente do alemão pro italiano foi uma coleção de livros do Nietzsche
Entao Nietzsche basicamente era raskolkinov?
René Girard também afirma que a 'vontade de poder' não passa de 'halterofilismo místico' se não cair na rivalidade mimética real. Ler Girard faz bem olhar dentro dos olhos do Nietzsche.
Uma amigo me perguntou por que Nietzsche dizia que o 'meu melhor amigo é o meu inimigo'? Responde, Débora.
como sempre, ótimo video u.u
comentarios excelentes Deb
Esclarecedora ❤
Débora querrrrida, tem um 'probrema' aí:
René Girard afirma justamente que Nietzsche é o maior teólogo depois de São Paulo, justamente neste livro 'Gaia Ciência". Outra: Nietzsche 'adorava' Pascal. Resolve então esses paradoxos. Tem que quebrar muita rocha, ou puxar uma rocha pra cima e pra baixo, 'tipo' Camus.
Durante a leitura na Academia comentamos sobre isso. É sobre o Mário Ferreira dos Santos também. Você precisa entender que nos vídeos abertos não dá tempo de comentar tudo.
Te conheci no monark e vim me inscrever. ❤
Debs voce ja leu livros do Marques de sade?
Amo suas análises
Suas análises são impecáveis. Hoje é possível ver como o niilismo está fazenfo muito mal ao mundo, mas isso já estava escrito na bíblia que diz que no final dos tempos o amor de muitos esfriará. Vejo uma sociedade extremamente egoísta, relativista e infantil.
KAKAKAKAKAKAKAKAKAKAK
@@alguem3939 parece que temos um fã de niti aqui.
O que faz mal é o lixo da religião que aprisionou o ser humano durante séculos numa escravidão mental
@@alguemnoyoutube555 nd mn, só achei engraçado msm, vc citando niilismo como algo que está fazendo mal ao mundo e dps fazendo citação da bíblia KKAKAKKAK onde no outro livro "o anticristo" de Nietzsche, o mesmo cita o cristianismo como o principal responsável pelo niilismo no mundo
@@alguem3939 as filosofias desse mundo são loucuras para Deus. É triste pq todo mundo terá o mesmo fim, sendo famoso, filósofo, reconhecido, escrevendo trilhões de livros sobre o comportamento humano, mas ninguém escapará do julgamento, então uma pessoa mergulhada no orgulho por mais inteligente que pareça só consegue me causar pena. Enquanto ficam achando milhões de respostas, os mais inteligentes estão no sacrário de joelhos com muita humildade, alguns sendo até analfabetos.
Muito bom, demais pra metro!👏👏
Não se pode desenhar um julgamento sem a consideração devida à todo o sofrimento que ele era cozido. A sacada dele do Super Homem foi pra mim catarse TB quimera
Concordar ou não concordar? Consequências? Nietzsche era um GRANDE pensador, não um guru, um pastor, um coach.
Absolutamente correto 🎉🎉🎉🎉
Debs, sobre Esparta praticar eugenia, é verdade??? Ouvi falar que é um mito
Sempre vi o Nietzsche como um aedo da desgraça que seria um mundo que matou Deus, mas percebeu - talvez tarde demais - que sem a sua lei moral esculpida no coração - o homem moderno agarraria-se a qualquer coisa - e que a tão sonhada transvalorização é o sonho de um homem louco, como o próprio Max Scheler deixou claro. Muitos erros em sua obra, mas lançou luz sobre o problema que estamos enterrados até hoje.
O Jordan Peterson foi um dos poucos leitores de Nietzsche e Jung que percebeu que eles fizeram uma análise precisa sobre várias coisas e sugeriram como resposta um erro maior ainda.
O próprio Peterson ao descrever um dos seus mais importantes sonhos em uma catedral, mais especificamente no centro da cruz, segundo suas palavras: “Meu sonho havia me colocado no centro do próprio Ser, e não havia escapatória”. Numa catedral, e foi colocado no centro do Ser, que é a cruz, da qual não há escapatória, então a resposta só pode ser Jesus Cristo, com tudo que isso implica. Peterson observou a figura de Cristo e viu um indivíduo em vez da Trindade. O indivíduo como centro do Ser - para ele, “o centro é ocupado pelo indivíduo”. Ou seja, seria possível “encontrar sentido suficiente na consciência e experiência do indivíduo”. -, em vez da relação com Ele, como foi com o liberalismo e seus filhos bastardos, as revoluções.
Outra vez, uma boa análise, uma resposta não tão boa. Outros filósofos da chamada Revolução Conservadora ou do Círculo de Eranos fizeram o mesmo, parece que estamos andando em circulos, o que talvez faça do Nietzsche “o filósofo que o ocidente merece, mas não o que ele precisa agora".
Voltemos enfim ao início.
“Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” Mt 16:24-26
Em que obra Max Scheler diz isso sobre a transvaloração?
@@jnnltj no texto diz que ele deixou claro porque em suas obras ele aponta que não só há valores sólidos como hierarquia entre eles. A realidade axiológica dos valores é anterior à sua existência. E tanto ele quanto seus opostos existem de forma objetiva. A maior parte da obra dele trata sobre isso. Da "reviravolta dos valores" ao "Do eterno no homem" tratam disso.
Só eu que me vejo quase sempre concordando com o Nietzsche?
Muito bom!!
Mateus Tibúrcio é mestrado em Hegel, você falou que faria live com ele, poderia ser sobre Hegel, hein, Debs.
As ideias são absorvidas parcialmente ou totalmente, às vezes evoluem ou não. Em um momento do vídeo fala sobre rejeitar a moralidade cristã por completo ou não rejeitar, mas por que não seria possível (se fosse o caso) rejeitar partes da moralidade cristã? Não ficou muito claro (pelo menos nesse vídeo aqui)
Porque a moralidade cristã é fundamentada na autoridade divina. Se você não acredita na legitimidade dessa fonte de autoridade, já está acreditando em quaisquer outras coisas, não na moral cristã
@@academiabocault Entendi
Amo que a Debs é filhinha de papai, acho muito fofo
Sou demais riririri
Que aula!!!
Uma excelente live, caderno cheio de anotações. Debs, eu não entendi o porquê ele tem uma visão trágica, esse seu "trágica" não remete ao que Thomas Sowell descreve como visão trágica, certo? Mas, se tomássemos como base Sowell, seria uma visão irrestrita, ou até mesmo são "híbrida"como Marxismo, isso? (7:50).
Como eu ainda não o li, entendi que tanto o homem quanto o sistema estão corrompidos e é necessária a destruição do sistema e valores cristãos vigentes para, então, construir um novo homem (o novo homem soviético?) capaz de criar e seguir a sua própria moral.
Sim, mas esse novo homem dele é trágico 😅
Resumindo, para Nietzsche o sentido da vida é o egoísmo e o paraíso é o Estado de Natureza descrito por Hobbes.
SIMMMMMMM hahahahahaha
Não, Nietzsche não era nazista. O nazismo veio depois do Nietzsche, ele ser nazista seria anacronismo.
Porra Nietzsche odiava o estado não tem como ele ser nazista
Ainda bem que ninguém no vídeo afirmou isso
É o.maior teórico do Nazismo. A base da política de Hitler.
Debs, qual enciclopédia da Globo que vc comentou no 5:15?
“O livro da filosofia”
Isso quer dizer que Nietzsche repelia caridade e compaixão? Sou obrigado a discordar, Nietzsche não repelia esses conceitos, aliás, nenhum conceito…. ele dizia sim que era necessário transvalorar os valores, ou seja, realizá-los sim, sobretudo sem ser artigo de fé, sem barganhar o céu, fazê-los livremente era o maior ato de transvalorar os valores, sem muletas e sem metafísica.
Vou além, rejeitar a compaixão e a caridade, significaria adotar a impiedade e arrogância, isso sim seria ser cristão, binário, óbvio. É necessário realizar todo os atos que fazemos enquanto humanidade, apenas sem um motivo fraco pra isso; ganhar o céu. dos . O relativismo seria enorme, caso achássemos nobre partimos para o o oposto, que passaríamos entender que matar, roubar, estuprar, seriam atitudes “não cristã” e com isso, que deveriam ser adotadas….
Por que na live a imagem está bem melhor, mas depois que você descarrega aqui ela cai?
Um mistério
Vai na caixa de ferramentas ali dá para graduar a qualidade da imagem
❤
Que câmera você usa?
EU queria saber essa resposta, mas 52minutos não da
Assistindo o vídeo, lembrei de uma coisa absurda que aconteceu no meu último ano do Ensino Médio... Super importante, mas que só consegui agora fazer associação com a podridão ideológica atual.
Tive um professor que ocupava as matérias de História, Filosofia e Sociologia. Praticamente não dava aula, só ficava enfiando bobagem na cabeça dos alunos. Ele váriaaaaasssss vezes passava um slide que tinha a seguinte pergunta: só existe uma verdade? E, então, ele começava a falar que a verdade era relativa.
O engraçado dessa história é que, na primeira "aula", ele falou do assunto e todos os alunos ficaram em silêncio.
Na segunda vez, estava lá o slide fazendo a mesma pergunta. Um aluno respondeu "a verdade é relativa".
Na terceira vez, metade da sala respondeu "a verdade é relativa"...
Preciso falar mais nada, né.
Que típico!
Nietzsche disse em "Além do Bem e do Mal" que o mal é a ressonância anacrónica do atavismo do antigo ideal. Ele criticou tanto o bem e o mal, não querendo ser um Deus como os niilistas acreditam ser , isto é, negar a devoção e o devotado, coisa que o Deus cristão inverte. Triste essa inversão de Nietzsche.
Concordo com você. Pode ser um pouco perigoso ler Nietzsche. Embora eu pessoalmente goste bastante de sua obra. E acho "Além do Bem e do Mal", uma obra extraordinária
Vim aqui em busca de informações e conhecimento 🖖🤟
48:04 a quem ela se refere nesse trecho?
Ao livro escrito por Nietzsche "Gaia Ciência"
A contribuição que posso dar para uma visão diametralmente oposta a da querida “ Bocó” é a videoaula do professor Amauri Ferreira. m.th-cam.com/video/awCW5YBV8-g/w-d-xo.html&pp=ygUdRG8gbm92byBpZG9sbyBhbmF1cnkgZmVycmVpcmE%3D
O título do vídeo é “ Do novo ídolo “
Um adendo: em 9:23 vc disse que Nietzsche acha que "Platão fez um desserviço ao legado de Sócrates" dando a entender que Nietzsche de alguma forma respeitava Sócrates mas no crepúsculo do ídolos(o problema de Sócrates) podemos ver que pra Nietzsche Sócrates era um sinal da decadência da cultura grega, ele inclusive chegou a chamá-lo de palhaço.
😂😂😂😂 um brincante esse Niti
Pois se você prestar mais atenção , vai constatar que Nietzsche tinha verdadeiro fascínio por Sócrates e Platão (tentou superar os mestres, mas não chegou perto, foi mais um das tantas notas de rodapé do Platão). Quando Nietzsche chama alguém de decadente, entenda que ele, na verdade, está se projetando no outro, camuflando ressentimento.
@@BetoOliveira_machutacara, vc não ppde fazer isso, desculpe a franqueza,.mas quem vc pensa que é, e tirou esse raciocínio de onde? Se vc "prestar atenção" Não leu crepúsculo dos ídolos como o colega disse acima. Essa foi boa, por favor, me imdique qualquer artigo, tcc rs teoria na qual vc usou pra apontar isso
@@danielalves7169 Meu caro, toda a filosofia de Nietzsche, em especial a sua teoria, digamos assim, da formação do "Estado", daquela conversa sobre o bem e o mal, você encontrará traços fortes na voz de Trasímaco, no diálogo A República, livro I, de Platão.
Em relação ao fascínio e a projeção que Nietzsche fazia de si mesmo e das suas fraquezas e desesperos em seus "supostos adversários", sugiro a leitura de Cioran, que tece comentários profícuos a respeito . Há um comentário onde transcrevi um trecho de Cioran. Vale a pena você conferir. Abraços
@@danielalves7169as pessoas não podem mais tirar suas próprias conclusões ou elas tem que sempre concordar com que um acadêmico diz ?
Muito bom, a redpill leva os homens ao conceito "homens do subsolo"? então?
Já estou colapsando kkkkk 😅😩
Débora mulher, faça uma criança feliz por favor: leia "Demian" do Hermann Hesse e traga uma resenha, nunca te pedi nada.
O cara simplesmente bebe na fonte de Nietzsche e é pura confusão sobre família, moral e Estado
Nietzsche tem uma visão deturpada e equivocada do Cristianismo. O Cristianismo não é um platonismo, são filosofias completamente diferentes, ainda que haja algumas semelhanças. Não entendeu a graça nem a redenção, fez uma caricatura do Cristianismo, foi um niilista invertido...
Debs, por que o Deus do Antigo Testamento mandava o "povo escolhido" matar um monte gente, em vez de Ele mesmo simplesmente retirar a vida desses "inimigos" num estalar de dedos? Não seria mais misericordioso que morrer pelo fio da espada?
Aliás, se Deus é o mesmo sempre, por que ele não mandou o povo escolhido amar os seus inimigos e dar a outra face no Antigo Testamento?
Pq precisava ser gradual, a gnt chama isso de pedagogia divina, que vai educando o povo "de servis dura" aos pouquinhos para receber o Cristo e a graça, Graça que só nos foi dada com a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz e que é infinitamente superior ao que os judeus tinham antes, ela nos faz conseguir coisas que são superiores a nossa natureza, que são de fato sobrenaturais, como amar os inimigos, viver uma castidade heróica... andar dois mil passos quando nos pedem mil, dá também a túnica quando nos pedem o manto, etc.. não é intuitivo fazer esse tipo de coisa, é sobrenatural, é algo que a Caridade faz em nós.
annas-archive.org/md5/87184271582e9d32081cc080f9fb4d1b veja aqui
@@academiabocault verei
Acorda pra vida meu amigo. Não há deus algum. A bíblia foi escrita pela classe dominadora (sacerdotes) para controle político e ideológico do povo hebreu.
Nitzsche precisava de um psicólogo. Era só isso. Haha
Terceiro a comentar. Com sorte ela vai me responder.
A moral cristã é otima, mas a escatologia e descrição da vida após a morte insuficientes.
Favor comentar.
Oi! Boa noite, a moral cristã é completa :) kkkkkkk
@@academiabocaultniti era um oligarca?
Niti era totalitario?
@@academiabocaultHobbes era atéu?
Cesare Beccaria inspirou a obra crime e castigo?
Ue mas niti não odiava o cristianismo justamente por ser uma doutrina que supostamente se pautaria no sofrimento e sacrifício?
Emma Goldman: " para mim Niti é um Anarquista ".
Niti gnostico uau...
É antigo e vai voltar
Calvarão a Deb
die deutscher bigodon , nietche é foda
O que seria a academia que ela faz tanta referencia no vídeo ?
Meu curso, Academia Bocault! Informações no site ❤️
Muito bom o video. Tenho a impressão que ele ñ é tão relativista pq na prática ele defende uma moral específica, a moral aristocrática, os instintos que vc citou
Ele é bem antissemita tbm, como ele condena a moral sacerdotal, de escravos ele condena portanto o judaismo e cristianismo. Ele considera os judeus um povo de sacerdotes e o cristianismo uma espécie de continuação do judaismo, que conseguiu concluir o objetivo dos judeus e que isso estaria afetando a europa
Nietzsche não era antisemita não. Tanto que ele se afasta de Wagner (junto a outros motivos) que era antisemita. Ser contra uma moral sacerdotal não o faz antisemita. A questão é que ele identifica nessa moral o que ele considera como fraqueza. Lembrando. Nietzsche nunca ataca pessoas, ele ataca a ideia, e o cristianismo seria essa ideia que ele radicaliza para ficar compreensível, isto é, é como se ele colocasse uma lupa pra tornar visível o problema.
Olhe esse trecho de Além do bem e do mal
"É certo que os judeus [por serem a raça mais forte e mais rija que vive na Europa], se quisessem - ou, se fossem obrigados a tal, como os antissemitas parecem querer -, poderiam desde já ter a preponderância, mais ainda, falando de modo completamente literal, o domínio da Europa; é também certo que não trabalham nem fazem projetos nesse sentido. Ao contrário, o que pretendem e querem, no momento, até com certa insistência, é ser absorvidos e integrados à Europa, pela Europa” (Para além de bem e mal § 251, 1886).
Isso. Ele não era antisemita
@@PEDROW-WAVES Esse trecho aqui tem como não ser tachado de antissemita?
“Sujeitemo-nos aos fatos: o povo venceu - ou ‘os escravos’, ou ‘a plebe’, ou o ‘rebanho’, ou como quiser chamá-lo - se isto aconteceu graças aos judeus, muito bem! jamais um povo teve missão maior na história universal. ‘Os senhores’ foram abolidos; a moral do homem comum venceu. Ao mesmo tempo essa vitória pode ser tomada como um envenenamento do sangue (ela misturou entre si as raças) - não contesto; mas indubitavelmente essa intoxicação foi bem sucedida”
Nietzsche a todo momento elogia seus inimigos, mas elogio como forma de mostrar o quanto são perigosos e pq dentro da filosofia dele os fortes não guardam ressentimentos pelos seus inimigos chegando ao ponto de "ama-los" por seu poder, é o que ele faz nesse trecho que vc citou e essa explicação que dei está na genealogia da moral. Então chuto que vc tirou essa parte de contexto, é comum as pessoas errarem essa interpretação. Provavelmente vc tirou do artigo muito ruim escrito pela revista cult sem ter lido o livro todo. Aliás, genealogia da moral que citei é uma continuação desse livro. Mas o próprio artigo que vc pegou essa citação fala de trechos racistas no crepúsculo dos ídolos e o anticristo. Recomendo ler o livro todo pra entender essa "contradição" dele.
Fiz um comentário maior citando vários outros trechos caso queiram ler.
First
Niti seria TRUMPISTA!!! Lembrei do Trump passando e empurrando os presidentes num encontro de cúpula. kkkkk
Faltou um cigarro entre um gole e outro.
Mais estrago que Nietzsche quem fez foi Olavo que deixou muitos discípulos, que como Olavo, leram muito e nao entenderam nada!
Triste! Muita gente nos comentários achando que esse vídeo é filosofia.
Nietzsche era Marcionista...dois testamento, dois deuses?
Sim!
Pq vc ta fazendo cosplay de feminista?
vamos am lá né:
Impossibilitado de explicar a dor, se justifica através dela, e a faz de alimento. Quando filósofos como Nietzsche, condenam e atacam o cristianismo como modelo decadente é porque cultiva a "piedade" o "perdão" e "salvação" , não como por piedade, perdão, e salvação, isso é so gramática pra sobrevivência, isso qualquer um lê, lê a estrutura funcionando por este mecanismo, zero espanto. E é o Que freia a humanidade de si mesma. Essa obsessão pela morte como realização. Esse mundo não é verdadeiro, é vil. Então é óbvio que precisa sim de um olhar Gnostico, senão vc faz o papelão de bobo, de boco rs ou de covarde...como a maxima de Pascal. Ah, e Vc entende que está faszendo uma crítica literária e não filosofica né? Esta nítido. Talvez seja essa tua intenção, mas tome nota que a maiorias dos que te assintem, não tem o seu nivel de instrução, não lêem barsa.( dica pra quem se interessar; vá ler , leia vc mesmo o filósofo, evite a primeira impressão sob a tutela de comentadores) E a angústia existencialista em Dostoiévski, não se equivale ao Zaratustra: “Que tudo pesado se torne leve, todo corpo, dançarino, e todo espírito, pássaro” (p. 221)
Em nome do medo e da culpa, que se disfarçam em outros termos. Impedem de
revolucionar e quebrar o gesso de valores, não todos os valores, aqui ha confusão( as roupas que não servem mais, não devem apertar o corpo, fazê-lo desconfortável por limitações e convenções.) Valores do mais do mesmo, que deveriam avançar, ser o rumo ao trasvalorar( trasvalorar não é terrorismo gente, nem um bicho de sete cabeças, fazemos isso uai de uma forma ao pior, e pobre.) Um caminho contínuo de superar valores ou aprimorar valores antigos. E isso nada tem a ver com cinismo. A crítica de Nietzche é legítima, e esse relativismo não é condescendente. Muito menos é a mola de sua filosofia. É uma filósofa que demanda tempo. E quem me dera o Nietzcheanismo virasse moda, isso fortaleciria. O papo tava bom, vc é muito inteligente, se comunica bem demais. Mas professor Olavo? aí broxa né. Esse tipo razo de Brasil paralelo? Saí disso. Vc é mais ❤
Abraço.
A filosofia de Nietzsche é belíssima . Mas na prática é impossível . A não ser entre pessoas evoluídas emocionalmente e intelectualmente e espiritualmente . Mas como arte é válido . O mundo é dos fracos .
Isso . Eu disse que como arte a proposta filosófica do grande Nietzsche é possível . Pois permite mesmo vc extremamente enfermo ou não . Afirmar a vida . O máximo é isso .
Vamos fazer o COF ? Assistir uma aula por semana, vai adorar...
disse uma vdd bobagem sobre Luteranismo aos 8:05 min.. Os Luteranos são bons vivants!
A concepção de que Jesus é o mesmo Deus do Velho testamento é uma visão católica e algumas derivações cristãs!!
Uma das poucas coisas coerentes e certas que Nietzsche tem razão é que a dialética meio que abriu uma caixa de Pandora pra muita desgraça no mundo
Niti devia ser uma pessoa hilária kkk
Ele e Schopenhauer são os filósofos mais engraçados que já vi.
Estou percebendo a presença de muitos Bolsomion e principalmente Olavistas nesse canal , estou caindo fora .
Aqui é a base dos olavistas amigo você caiu NO COVIL DO OLAVISMO corre que nois vai te pegar
@@academiabocault ,desconfiei quando você classificou o Paulo Freire de marxista, a base do olavismo é classifica qualquer pessoa com viés de esquerda como marxista ou comunista , é uma visão que generaliza , foi o que aconteceu outro dia no congresso nacional com o professor José Geraldo em relação a deputada federal de Santa Catarina, Carol de Titoni.
@@luisantoniofelipedesousa7055 é só ler Paulo Freire amigo, ninguém na Academia discorda que ele seja marxista. Você só tá sendo uma anta mesmo.
@@academiabocault , acho que você não entendeu, quando eu vi seu vídeo sobre Paulo Freire percebi logo qual o seu viés político e respeito isso , em geral uma pessoa com caráter questionador é uma pessoa com viés de esquerda , mas não é porque uma pessoa é questionadora e com viés de esquerda que ela é marxista ou comunista, eu tenho um viés de esquerda e sou questionador , mas não sou nem marxista e muito menos comunista. E por último não precisa me ofender , está parecendo bolsonarista irrustido.
@@luisantoniofelipedesousa7055 SENHOR DAÍ ME PACIÊNCIA POIS SE ME DER FORÇA
O comentário sobre luteranismo é um espantalho que eu só vejo padres propagando. Bem distante da própria doutrina luterana. É muito perigoso ler livros de uma só vertente, e contaminar sua visão da realidade com uma só lente e ponto de vista. Tudo aquilo que a vertente que você lê não concorda, vira um bonequinho de palha pra ser surrado e jogado de um lado pro outro. E antes que acusem, não, não sou luterano.
Não li padre algum, eu li Lutero mesmo
@@academiabocault A doutrina luterana foi se desenvolvendo e se moldando pós Lutero, e não tem nada do "pessimismo irrecuperável" que gente como os filósofos católicos que você lê adoram caricaturizar, basta ler o mínimo sobre a doutrina luterana. Fazer um comentário desses sobre toda uma denominação dizendo que "leu lutero" é no mínimo irresponsável. Diversos livros que você já comentou no canal são de sacerdotes e filósofos católicos do final do século XIX e início do XX. Fazem espantalhos de judeus, calvinistas, ortodoxos luteranos, e todo o resto possível.
Pelo que eu entendi, Niet era um cara amargurado e queria que todo mundo sofresse com a vida que nem ele, sendo livre pra fazer o que quisesse. Me parece uma filosofia adolescente mesmo kk
Niet é schopenrauer dois doído kkk
Nietzsche serviu/serve como precursor da estética fascista. Me alinho muito com a análise do filósofo Domênico Losurdo sobre Nietzsche. O que vai além disso é passar pano...
odeia platão mas acredita na metempsicose do cavalo, vê se pode.
Nietzsche é filosofia para adolescente, já ouvi isso do velho Olavo
Não posso deixar de comentar: este é um raro vídeo que problematiza de fato a filosofia de Nietzsche, sem o deslumbramento típico de convertidos (e, por paradoxal que pareça, Nietzsche tem muitos convertidos).
Ele influenciou o nazismo mesmo?
"influenciou" a irmã dele era casada com um nazista lá e ja até entregou alguns exemplares do livro dele pro bigodinho