ALAN MOORE TEM RAZÃO? Super-heróis fascistas e pós-humanismo
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- เผยแพร่เมื่อ 23 ส.ค. 2024
- Já é bastante conhecida a crítica de Alan Moore sobre os super-heróis. Para ele e toda uma linhagem crítica, os super-heróis são protofascistas em sua origem e, portanto, apesar de existirem autores ou histórias com valores de esquerda, tudo sempre acaba reafirmando ideais fascistas. Comento nesse vídeo as duas principais linhagens críticas dos super-heróis. Uma é aquela que Alan Moore representa. A outra, menos conhecida, é a do pós-humanismo, que considera que, apesar dos pesares, os supers possibilitam leituras que vão além do autoritarismo, inclusive aquele do violento humanismo da modernidade europeia.
Link do meu artigo sobre os X-MEN:
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Um grande erro foi não ter esclarecido que Hitler e o criador do Superman se inspirou em Nietzsche, mas por uma visão distorcida da sua teoria.
O cara combatia os nazistas mas é o que o nazismo sempre sonhou. Cara, vc fala cada merda! Eu à Marvel, te processava. Mas ainda bem que o seu conteúdo é insignificante pra eles.
Cheguei aqui muito por acaso, achando na verdade que veria um tanto de papo furado e estou saindo encantado pela quantidade de informação bacana você passou em apenas 11 minutos, vou ficando por aqui depois de tanto conteúdo vazio nessa plataforma é muito bom achar mais criadores de conteúdo desse nível, muito obrigado.
Cara. Depois que vi o primeiro video seu, eu não consigo mais parar. O jeito que tu aborda as criticas nos quadrinhos é bastante interessante.
Subverter coisas pra ditar Super-Heróis como Fascistas é de me f0d3r. Quando é óbvio que ninguém vai sair por aí com uma máscara quebrando os dentes de alguém a margem da lei, isso é uma licença poética, isso não resolve as coisas e nunca vai. Vários dos Super-Heróis são criados por minorias ou são minorias, Superman e Capitão América são criados por Judeus(Jerry Siegel, Joe Shuster e Jack Kirby) isso quando eles não tem nas entrelinhas um discurso contra o preconceito e a intolerância(X-Men e Pantera Negra) então Super-Heróis não são coisa de "reaça" como esquerdista que geralmente é extremista chama quem não concorda com eles mesmo se for de esquerda.
"Ah reaças podem ler e interpretar pra o discurso de ódio deles"
Qualquer um pode desvirtuar quaisquer discursos de quaisquer obra pra condizer com sua narrativa, mas isso não quer dizer que seja verdade. Superman é um cara que se finge de bobão pro mundo mas que na verdade é um dos maiores Super-Heróis do planeta, pode ser alterado pra combinar com um discurso de um homossexual que não se assume, mas isso não quer dizer que o Superman é homossexual ou que o discurso nas entrelinhas das histórias dele pode ser esse, se você acha isso é consequência mas não é por que você pensa que é verdade, se cada um viver no seu mundinho de fantasia, o mundo não vai pra frente.
Moore se ferrou muito escrevendo HQs e eu entendo os motivos dele, mas essa foi demais
Cara uma duvida o Moore é algum lugar falou que eles tambem são ligados a s7pl3m@nc8a branca por que boa parte deles são dessa entinia e na década de 30 até 70 não tinha herói de diferentes países foram dos europeus e americanos, mas apensa de não concordar eu gostaria de saber por que boa partes dos super herois tanto de antigamente quanto os de hoje tem pouco membros de outras entinia, por que se você justa todos os personagens africanos ou afro decadentes ou orientais e também descendente dele não dá metade dos super herois da década de 30 a 70.???
@@adrielvinicius5040 Moore ficou foi doido, só pq a maioria é branco tem $*pr3m@¢!@ branca nisso? Esse argumento é tão imbecil e tão refutável que nem sei se levo a sério. Cara isso não é questão de racismo, é questão que simplesmente o criador criou um Herói do jeito que ele queria, que por acaso, é branco. Pantera Negra e Falcão são dos anos 60 e Luke Cage e Tempestade são dos anos 70
@@manwithnoname2891 entendo, no caso eu acho que isso de não terem criador tantos também foi por causa da época, tipo nos anos 30 até final de 60 tinha s3gr3g@ç@o r@c8al então e tambem os tempos eram outros tipo você não podia colocar um personagem mulher, n3gr@ e lgbt na cara antigamente se não ou ia acha que você tava Rui da cabeça ou esse personagem né story bod tinha.
@@adrielvinicius5040 Sim era outra época mas tenho certeza que a maioria dos autores nem pensava nisso e só ia criando seus heróis preocupados com as histórias deles. Só depois com Stan Lee que começou a Representatividade com Pantera Negra, Falcão, X-Men etc mas mesmo esses personagens sendo representativos, Stan ainda se preocupava com a história deles
@@manwithnoname2891 sei falar que o mesmo cara que comprava superman e capitão América também podia se super r@c8st@ até por que eu acho que ninguem sabia que os criadores deles eram judeus, tanto que o steven parece que fizeram ele se torna esconse e o clank fizeram ele ser meno ligando com o sonho americano ou então ao o governo dos Estados Unidos.
Aos interessados pelo assunto indico um artigo da Francesca Ferrando "Pós-humanismo, transhumanismo, anti-humanismo, meta-humanismo e novos materilismos." (2019) vai complementar esse vídeo... parabéns pela qualidade do canal
Me interessei, já que transhumanismo é um dos meus interesses.
bah nem ferrando kkkk
;-;
Quando a pessoa não sabe fazer títulos
Muito nismo, isto é novilingua!
Faltou abordar a perspectiva psicanalítica junguiana, que vê no super-herói moderno a continuação dos arquétipos dos heróis que já existiam em todas (ou quase todas) as civilizações antigas, incluindo aqqui povos indigenas, africanos e outros com vida comunitaria, coletiva, ou seja, com um modo de vida bem oposto ao do fascismo. Nesse sentido, o fascismo poderia ter se apropriado sim, do arquétipo, mas ele seria anterior à propria existencia do fascismo.
você tem indicação de leitura sobre isso?
vdd
Concordo plenamente! A necessidade de crer em alguém poderoso que vai salvar de um perigo eminente, o povoado, a aldeia ou mesmo o individuo, existe muito antes de existir movimentos como o fascismo, o fascismo é um fenômeno recente.
O marginal que está dando sustentação a aquilo que ele está a margem, perfeita colocação Professor.
Né
Vc aqui? Kkkkk
Acho, que a era de bronze veio a humanizar os heróis. Agora, eu acho que depois dos anos 90, essa humanização veio se perdendo. Mas, acho interessante os heróis entrando em conflito com essas questões. Hoje, a equipe criativa só quer discutir a agenda,mas desconstitucionalizado da cultura. Acho isso muito equivocado, e pode fortalecer a extrema-direita.
Primeiramente, obrigado pelo vídeo, bastante informação que não conhecia. Minha opinião sobre: Penso que não é o fascismo o gene dos heróis, há algo anterior a isso. Corpos fortes, poses altivas, pessoas dentro dos padrões de beleza vigente. Isso descreve não apenas o nazismo, mas todo o classicismo grego, que foi utilizado por muitas outras coisas além do nazi/fascismo.
Durante o regime comunista na até então chamada União Soviética, havia também todo um imaginário de super soldados, aqueles cartazes de propagandas com personagens fortes, os líderes messiânicos, etc... Aliás crer que um líder vai resolver todos os problemas é um pensamento bem ambidestro. Se olharmos pras figuras humanas e até mesmo a temática da Capela Sistina da pra traçar muitos paralelos da obra com os heróis também. Essa estética "perfeita" e o fascínio humano sobre ela, precede o nazi/fascismo. Na verdade, líderes autoritários se apropriam de símbolos e signos que transmitem força e segurança, para criar uma sensação paternalista e conquistar a confiança do povo.
Pensando nisso, não é que os EUA estivessem usando símbolos fascistas, ele beberam da mesma fonte e não um do outro.
Foi uma questão de propagandas. Até hoje essa fonte é utilizada pelas propagandas capitalistas, aliás.
Logo, eu acho muito enviesada e perigosa a linha de pensamento do "herói reaça", pois mata toda a autocritica. Infelizmente ainda estamos presos a padrões de beleza racistas, heteronormativos, machistas, elitistas, colonialistas enfim, preconceituosos. No final, a cultura pop reflete os preconceitos da nossa sociedade e não apenas desse ou daquele ideal. É sempre mais fácil culpar o inimigo, especialmente esses que não conseguem ocultar sua repugnância e perversidade. Saber disso é essencial se quisermos mudar isso, pois nos coloca também como parte do problema, logo, parte solução. Quando Moore acusa heróis de serem fascistas, ele se desresponsabiliza. Se há responsabilidade nossa, de fãs de quadrinhos nesses preconceitos todos, quem dirá de um dos maiores nomes dos quadrinhos! Ele tira o corpo fora e taca nas costas de um inimigo. Faz igualzinho os super heróis clássicos faziam na sua lógica simplista de "bem contra o mau". Espero ter contribuido a esse debate que vc trouxe.
Abraços!
Excelente comentário cara, valeu
Depois que vi essa critica do Alan moore, ler HQ de Super heroi sem pensar sobre esse assunto se tornou impossível , pelo menos pra mim. Me intriga como os leitores de super herois conseguem relevar isso.
Eu não leio mais tanto quadrinho de super herói, mas quando leio consigo relevar tranquilamente, porque nem sempre isso fica tão evidente. Às vezes alguma coisa no quadrinho me lembra essa crítica e aí eu penso se é pertinente naquele contexto, tal.. acho que isso inclusive enriquece a leitura. Toda obra é mais de uma coisa.
Pior é viver em uma sociedade fascista e relevar isso ou nem perceber. A nossa não é de hoje. Quem já escutou a Voz do Brasil sabe que aquilo ou toda a estética é uma herança fascista desde anos 30. Getúlio Vargas por muito tempo bebeu da fonte e do apoio do Plínio Salgado. E mais o fascismo atua com força na OTAN com seus exércitos secretos como na Operação Gládio e vários outros atentados e tramoias com mão da NATO (pravy sektor). Nós vivemos com avanços disso na tecnologia de foguetes (Operação Paperclip) do Von Braun e em outras tecnologias que usamos. Vemos e vivemos obras distópicas agora usando essa teletela de 1984. O sistema econômico que vivemos sempre protegeu o fascismo. E fascismo é herança do que tem de pior da humanidade como preconceitos diversos, velho CHAUVINISMO, machismo e mentalidade "superioridade" cultural desde Aristóteles que acreditava que os gregos eram os mais "civilizados".
Eu sempre achei que estava tudo errado no mundo dos heróis. Eu leio mais Terror Cósmico e Ficção Científica.
@@florapolitis7902 o cara lê horror cósmico e reclamar dos super heróis
Eu não permito que a opinião de outras pessoas se sobreponham ao que eu penso a respeito de um assunto*. Eu não acredito que super-heróis estejam ligados ao facismo, para mim, Alan Moore está é muito doido.
* Eu tenho minhas premissas e argumentos para qualquer assunto que eu defenda, e se eu não conseguir chegar a mesma conclusão que a outra pessoa chegou, eu a descarto, pois é uma verdade apenas para ela. Não é uma verdade universal. Tem até argumentos que eu consigo enxergar por que a pessoa pensa da maneira que pensa, mas eu analiso e digo, bem, eu não penso assim, e discordo disso e disso, mas seja feliz acreditando no que quer.
Sempre gostei de heróis, mas conforme fui ficando mais velho e entendendo melhor o classicismo da nossa sociedade, tem muita coisa que vejo nos filmes e nos quadrinhos que perderam o sentido pra mim. Ainda leio heróis e vejo os filmes talvez por um saudosismo de uma inocência perdida, mas reconheço que passei a digerir de outra forma.
Pessoas inocentes seguem as leis Pessoas perigosas seguem um líder Pessoas que têm empatia pelas outras pessoas mesmo em um mundo distópico como o mundo real são os verdadeiros heróis.
É verdade os verdadeiros heróis da nossa sociedade não usam máscaras ou capas mas são aqueles que tem empatia e cuidam das outras pessoas
Perfeita análise Diego, faço as suas palavras a minha.
@@franciscograziano6884, É, empatia já é considerada como sinal de fraqueza hoje em dia, não sei porquê, sério, é difícil ser chamado de herói quando a sociedade se tornou comunista.
@@franciscograziano6884, Sério, nunca entendi essa mania do pessoal falar que consumia e gostava, mas hoje, eles ficaram tão chatos que reclamam de tudo, sério, Brasileiro tem mania de ficar estigmatizando ou distorcendo tudo que fala da infância dele.
Alê, excelente video.
Só uma sugestão: você poderia colocar a bibliografia dos livros e das pesquisas que você utiiza para fazer os videos na descrição. Sei que você coloca as suas produções academicas, mas acredito que seria legal colocar dos outros autores que você utiliza.
No mais fica meu abraço e continue com o bom trabalho !
otima ideia!
mas meu povo, falei dos livros no vídeo. Mostrei capa, EDITEI bonitinho. Assim vocês me quebram.
Achei a discussão do vídeo interessante. Eu sempre entendi os supers pelo viés do pós-humanismo, mas nos últimos anos tô tendendo mais a achar que o Alan Moore é quem tem razão.
Pra mim, os X-MEN são a prova de que os super-heróis não são exclusivamente fascistas. Chris Claremont já disse que o Magneto pode ser comparado ao Malcolm X e que ele não é um vilão. Tudo bem que os X-MEN não vão atrás de bandidos como outros heróis, eles lutam por uma causa, o que os diferencia completamente da maioria dos super-heróis.
Se o consumo desse tipo lhes traz alegria nesta vida, curtam adoidado. Costumava pensar como Alan Moore a respeito deste assunto mas a sua opinião balançou o meu ponto de vista para valer. Só não mudou uma coisa e talvez se deva ao meu envelhecimento. é como os quadrinhos de Moebius: não consigo me engajar com eles. Super-herói virou um assunto que não desce, simples assim. Acumulei hqs de super-herói ao longo das minhas já muitas décadas que estão à minha espera para serem relidas nas minhas estantes e vivo me esquecendo de pegá-las para reler.
@I am Joe Puxa, obrigado por perguntar. Depende!...Mas eu era muito garoto, então isso vai influir. Foi A Montanha do Julgamento, de Jack Kirby, uma história de Superman, Olsen e seus amigos em busca da lendária Montanha. Ali Kirby apresenta Darkseid. Também há uma historinha do Batman desenhada por Infantino prévia àquela fase mais bacana muito ainda na vibe do seriado de tevê. Não me lembro do título, só que era de autoria do sensacional Gardner Fox: o que adorei ali nem foi a história em si mas o modo como Fox entra na metalinguagem e retoma a narrativa deitado no sofá do seu "Quarto do 'se'", um aposento ao qual se recolhia depois do ponto final numa encomenda da editora. Curiosamente, a internet parece amar essa história também porque aparece nas imagens relativas ao prolífico Fox. Grande cara. Espero que os quadrinhos tenham lhe trazido muita alegria, também. Ah, lembrei: Orquídea Negra de Gaiman. Lex Luthor muito massa, mistura do Brando de Apocalypse Now com Yul Brinner. Abraço!
@@antoniocunha3912 no caso tu diz o Lex Luthor do Brian Azarello ou o da Biografia não Autorizada?
@@MacondoEraEntaoUmaCidade Na verdade o Luthor da história da Orquídea Negra de Gaiman&McKean. A história da biografia não-autorizada me pareceu bem bacana. Quanto ao trabalho de Azarello preciso reler. Azarello enquadrou um momento muito triste da minha vida: quando eu era criança tinha preocupações religiosas muito fortes, na opinião dos meus pais bem bizarras para alguém tão jovem. Então vi aos oito anos pela primeira vez uma reportagem mostrando as atrocidades cometidas nos campos de concentração contra milhões de pessoas (crianças inclusive). O que senti naquela hora só consegui ver expresso por Azarello numa história do Super-homem, quando ele comenta: "Defrontar-se com o mal é sempre uma derrota". E é verdade. Azarello é massa. Todo mundo fala de Morrison e Gaiman mas para mim o escritor mais à altura do grande Moore seria ele.
Lembrei do caso do tropa de elite, que o pessoal gosta de dizer que causou de alguma forma a ascenção da extrema direita no brasil. Eu discordo muito do padilha e acho ele bem ingênuo até, mas sempre achei que os dois filmes de tropa de elite são claramente anti tudo o que é mostrado. Eu fiquei extremamente chocado com as cenas de tortura e brutalidade do primeiro, e mais chocado ainda quando fui comentar com uns amigos e eles estavam rindo daquelas mesmas cenas. Não acho que essa diferença de leitura seja culpa do filme (acho que de fato as cenas foram feitas pra chocar e criticar), e sim um sintoma da naturalização e até do desejo por violência que permeia a sociedade brasileira. Enfim. Ainda gosto muito dos dois e me incomoda quando vejo as pessoas reduzindo tudo a "o filme que criou a extrema direita", inclusive porque é uma visão que tira a agência do espectador.
Ah, outra coisa: uns anos atrás teve uma manifestação da direita pedindo intervenção militar e a trilha sonora era "pra não dizer que não falei das flores". Entra um pouco nisso que você falou das ressignificações, mas pra mim demonstra principalmente como existe gente burra no meio do público de qualquer obra de arte.
@JACK THE JOKER comentário típico de um canal bolsonarista. O que não é o caso deste.
Deve ter ficado com pena dos traficantes, né? Tadinho deles, pobres coitados que só estão ali pq não tiveram oportunidades. Kkkkkkk
A esquerda vive em uma bolha que só funciona na mente alucinada dela, no dia que a bolha estourar e eles enxergarem a vida como ela é os coitados vão entrar em colapso. Não é a toda que a maioria da esquerda ou é classe média pra cima ou então é perdida no mundo mesmo que não faz a mínima ideia de como as coisas são na realidade.
@@ton100nick não, não fiquei. E não acho que o filme queira que a gente sinta pena de ninguém.
@@gmenezesdea O filme foi feito para ser uma crítica à polícia do Rio de Janeiro. Padilha e o Wagner Moura achavam que estavam pintando a polícia como o inimigo fascista que existe na cabeça delas e o tiro saiu pela culatra pois o povo está de saco cheio de ser feito de refém da bandidagem e Abraçou o personagem do capitão Nascimento como herói e não como vilão. Depois disso o Wagner Moura tentou se redimir com a turma dele fazendo filme pra exaltar terrorista e foi outro tiro no pé. Fora da bolha destes caras a realidade é outra.
Eu sempre vi os super-heróis como os heróis e semideuses da Mitologia Grega. Acho que o fascínio é muito mais pelo extraordinário que leva a aventuras fantásticas como a Odisseia e os 12 trabalhos de Hércules do que a uma idéia nietchzeana que vai descambar na distorção posterior.
A diferença é que heróis gregos lutavam contra os deuses e contra o sistema, enquanto super heróis são defensores do sistema e do status quo. Pôr isso super heróis são figuras ligadas ao fascismo
@@enzojose4001 talvez porque o sistema político anterior era autoritário, e o atual é democrático, se um super herói for contra o sistema ele tem duas opções ou ele é fascista ou é anarquista pra conseguir ser contra o sistema atual, e essas duas ideologias não são muito populares, imagina o batman querendo derrubar o governo matando o prefeito e talz, seria só mais um coringa, se o superman derrubar o governo dos EUA ou ele vira ditador ou deixa todo mundo se matar pra pegar o poder denovo em uma anarquia
@@goldenhok O superman foi criado em uma época onde o racismo e segregação nos EUA era apoiado pela lei, o que demonstra que se o Superman apoiava o governo, então ele não se importava de resolver os problemas do país. Um super herói que fecha os olhos para problemas sociais e apenas bate em bandidos não é um herói.
@@enzojose4001 em action comics n° 1 o super desce a porrada no governador pra dar perdão a um homem condenado injustamente à pena de morte
@@thiagodourado6818 Eu estava falando sobre como o superman não moveu um dedo para acabar com leis de segregação racial.
Super heróis são feitos para manterem o status quo e lutarem contra injustiças momentâneas, e não para mudar o sistema.
Na verdade o super herói como diz o nome, é uma ideia de como seria a melhor versão da humanidade, como o nome diz, um super humano, na minha opinião super herói é um alguém que as pessoas olham, e que elas se vêem quase que representadas nele, é um alguém que as pessoas querem ser mas nunca serão, o motivo de os super heróis serem como são, branco, parrudo, e etc é pq eles foram criados em uma era que a ideia de um super humano era essa, uma era racista, cheia de preconceitos e esteriótipos, mas o que é pior é ainda que as pessoas tem como ideia de super herói o que a DC e a Marvel criam, mas na verdade todos nós podemos ter nossas próprias ideias do que é um super herói, podendo ela ser tanto a ideia de que um herói é alto, forte, e etc, ou ser um cara comum, sem nada de especial mas que ajuda as pessoas da forma que ele pode. Como eu disse, na minha opinião o super herói é um alguém que queremos ser, mas que jamais conseguiríamos.
Exatamente um heroi e um modelo de um ser humano perfeito.
É assim que eles foram feitos para serem vistos - mas não o são realmente, posto que defendem um ideal arbitrário de ser humano
Pse, o que nós temos e podemos ser são anti-heróis. Galera acha que anti-herói é o cara super forte que que mudar e salvar as coisas mesmo que tenha que matar todo mundo.
Mas anti-herói é um cara imperfeito, que tem seus problemas. Mas que mesmo assim ainda quer ajudar as pessoas e melhorar a sociedade.
Pareço normal (na verdade, não XD), mas fico esquadrinhando as estante das pessoa XDD
Amei a menção ao Pimpinela Escarlate :)
Sobre os super-heróis...o modelo de corpos perfeitos existia na Grécia Antiga assim como as figuras dos heróis na Antiguidade, que eram assim também retratados. Abraço!
Isso!
E foi o fascismo q copiou isso e nao o contrario!
Uma dúvida, a o Alan Moore também falou em alguns momento que eles tá a ligando a s7pl3m@nc8a branca por que a maioria é branco e por que ele falou isso alguém pode explica???
@@adrielvinicius5040porque na época que eles foram criados o preconceito era bem maior do que hoje, simples assim mano.
A arte reflete o seu tempo, reflete a sociedade. Naquela época não tinha heróis negros e mulheres porque eles não tinham poder suficiente.
Agora sobre os heróis serem facistas, isso é idiota. Heróis são algo que existem muito antes do próprio facismo. É mais fácil o facismo ter se inspirado neles do que o contrário.
Valeu bacana, mas tô indo ali buscar mais uma HQ dos X-men!
✌🏻
Eu vejo o Superman como a necessidade do ser humano de superar suas limitações.
Curioso que na Alemanha nazista os quadrinhos eram proibidos. Na União Soviética, por outro lado, existiam quadrinhos mas era um nicho pequeno, considerado subliteratura pelo senso-comum (o que tbm era o caso no Ocidente, em alguma medida). Super-heróis não existiam pois iam contra a ideologia igualitária.
Moore é um gênio! Mas, é chaaaato. Bitoladiiiinho demais.
Grande vídeo, inclusive! Deu aula!
Isso todo gênio é! hahahaha
O meu principal problema com a primeira abordagem citada, é que ela olha para os super-heróis como veículos fascistas que devem ser combatidos, meio que abandonando o gênero para os reacionários brincarem como quiserem.
Acho que me agrada muito mais a segunda vertente que, ainda crítica ao gênero, consegue enxergar virtudes nessas histórias. Creio que a melhor maneira de lidar com super-heróis é com um severo policiamento por parte dos leitores que se importem com os mesmos, buscando ressignificar e se desviar conscientemente dessa origem proto-fascista.
Claro que muito do que o Moore fala sobre super-heróis é afetado pelos problemas e traumas que ele teve/tem com a indústria, mas o que me pega com essa noção dele de fantasia fetichista de poder é que ignora uma noção psicóloga de que as pessoas buscam por heróis. Claro, o problema nisso se encontra na idolatria inconsequente ególatra.
Pensando sobre a última década, tem sempre que lembrar que a indústria cultural está diretamente envolvida com a forma como atuam os governos. Acho que um pensamento interessante não é necessariamente como os super-heróis podem reforçar essa noção fascista, mas o quanto que empresas como Disney e Warner lucram com esse tipo de reforço.
@@mac5164 concordo diversos dos pontos que você colocou. Não quero dizer também que o Moore só tem as posturas por uma espécie de recalque com relação ao gênero de super-heróis (tanto que o último volume de Liga Extraordinária é totalmente voltado pra isso), tanto que eu compartilho bastante desse pessimismo em relação ao poder nas mãos dessas figuras. Claro que o Moore não é arrogante a ponto de se considerar uma autoridade sobre o assunto (ele fala que acha o roteiro de Watchmen só bom e Piada Mortal horrível), mas ainda de alguma maneira ainda surge algum tipo de otimismo em relação ao público leitor. Eu busco acreditar que a maior parte das pessoas que curtem super-heróis não tem necessariamente essa fantasia de poder totalitária e que, confrontadas com essas raízes dos personagens, fariam algum tipo de autocrítica (certamente eu estou errado, mas acho que para o que me é querido tento ser um pouco otimista).
@@mac5164 até certo ponto deve valer a pena pensar sobre a relação do público com super-heróis à medida que a moralidade se torna cada vez mais difícil de ser pensada. O Raphael Ranieri fez um texto bem interessante no Instagram sobre porque aprendemos a odiar o Superman. Em certa medida, os super-heróis que interessam para os reacionários não necessariamente possuem todo o poder, mas possuem poder suficiente para cruzar linhas "quando necessário". O Batman como ferramenta dessas fantasia por poder (alô, Frank Miller!) talvez personifique justamente essa noção romântica do herói que é justo, mas que coloca as mãos na lama.
policiamento dos leitores? quem é o fascista?
@@davi3789 você!
@@gibabr50 jurava que era tua mae
Vejo super-heróis como uma versão moderna de heróis mitológicos.
Então, não é que dê pra conjugar as duas leituras, mas que las hay, las hay. O que me atrai (e cada vez menos) nas narrativas de super-herói é tanto a questão heróica classica quanto algumas das questões post-human que tu falou, mas não dá pra negar que os tempos estão levantando é a bola dessas leituras facho dos encapuzados.
Cara... Sua análise é sempre profundamente rica e complexa. Irrelevante concordar ou discordar quando o que você aborda tem essa riqueza filosófica. Parabéns!
Resumidamente: os super heróis são um fetiche dos mais diversos desejos humanos e um deles são esses corpos musculosos mas esse fetiche vai muito mais além como o nerd excluído de tornado um pegador, ser tão poderoso quanto um deus ou ter um defensor que sempre vai nós salvar, se igualar a um deus e claro poder espancar pessoas sem sofrer as consequências pois isso é uma das maiores manifestações de poder que existe.
ser heroi não é isso cara ser heroi é salvar e ajudar pessoas
Eu acho que o lado pós-humanista leva por uma simples razão: O Alan Moore não fica de bumbum doído por causa da leitura que fizeram de V de Vingança? Não é por que no DNA social do V ele é Anarquista que o V do filme é anarquista. E se não há determinismo nisso, não pode haver determinismo em como podemos ler os Heróis.
Diga-se de passagem eu não acho que estamos elegendo fascistas por causa de filme da marvel. Eu acho que filmes de herói e fascismo estarem em alta são resultado de um outro fenômeno, mais profundo, que além de exaltar autoritarismo faz leitura fascista de quadrinho.
Porque eu não acho coerente associar que a violência é uma solução exclusivamente autoritária, ou vocês acham que a revolução vai acontecer na base do abraço?
Bom dia! Tudo bem? Sou novo inscrito no Quadrinhos na Sarjeta, gostaria de dizer que gosto de como você aborda HQs, de forma séria, acadêmica/científica. Adoro o Pipoca e Nanquim também, mas os vídeos deles tem muito falatório e é complicado prestar atenção, as vezes tem que assistir o vídeo mais de uma vez, para assimilar o assunto. Gosto de como você faz, grava o vídeo sozinho, e coloca em pauta um tema pra debater com seu público.👍👍 👏👏
É impossível não ser apaixonado pelo conteúdo aprofundado do QnS. Parabéns sempre, Alexandre.
O norte desse vídeo sempre me persegue e quanto mais eu estudo a respeito maiores são os liames criados com a tese do Moore e muitos outros (do fascismo nos quadrinhos enquanto essência), porém, também mais me encanto (e aqui a paixão fala antes da razão) com o argumento de que, apesar da crítica à natureza das "comics" de super-heróis, é possível extrair enxertos maravilhosos e predicados transgressores e progressistas dos mesmos. Fica a pergunta: são suficientes para sublimar a medula do formato?
Mas vir aqui, aprender e acrescentar muito a esse ponto de eterna indagação é bom demais. Amo.
Obrigado!
Se não há concordância não há crescimento. Só crescemos na concordância do diferente.
Já que a moda da vez é canal de quadrinhos virar editora, vc podia virar também, e trazer alguns dos materiais teóricos que vc cita pro Brasil
Com todo o respeito ao Alan Moore, até porque não quero que ele me jogue algum tipo de maldição com seus poderes, mas volta e meia quando eu vejo ele falando dos quadrinhos de super-herói me parece um pouco de dor de cotovelo pela quantidade de brigas que ele teve com a Marvel e a DC.
Os corpos também assume o esteriótipo do novo homem soviético. Acho que é mais a concepção do que é o homem perfeito, desde a Grécia antiga.
Fala Alê, já leu os invisíveis do Grant Morrison?
recomenda mais leituras sobre?
Nem branco nem preto, mas na vasta área cinza... Como política, internet, família... Só vai simplificar quem tiver preguiça mental - e esses podem ir pra "não polarização", pra terceira via, pro kisuco de groselha...
O leitor é cocriador da obra. Não dá para, por exemplo, ler Dom Quixote e não ler 500 anos de história de leitores dele. Não, não foi eu quem disse isso. Em outras palavras, melhores que essas, quem o disse, não poucas vezes, foi Jorge Luís Borges. Deixo, para tal, a indicação do conto "Pierre Menard, escritor do Quixote" do livro "Ficções", do já citado autor.
Amo o personagem Batman, uma vez vi um post de um amigo no Facebook que dizia "Batman é um rico que arrumou um jeito de bater em pobre", e apesar de simplista eu vi momentaneamente um sentido alí, que bom que assisti esse vídeo hoje. Vi que existem várias visões sobre o assunto.
Mas os vilões do Batman são quase tudo "doutores e mafiosos ricos" ... pinguin, espantalho, era venenosa, ... maioria tem condições sim, até mesmo pra contratar capangas, esses sim são pobres, mas como combater pessoas armadas sem violência? ... sobre ter outras maneiras de lutar contra o crime com investimentos e etc, o bruce já faz isso.
@@janilsonflamengo a sua ponderação faz sentido também, eu ouço os argumentos dos colegas, e consigo entender todos.
Totalmente errado! No caso do batman o foco dele é outro, desde o início como mostra em Batman Ano Um, são os mafiosos e políticos poderosos ligados ao crime! Leia mais e fale menos bosta por favor 🙏
@@natan7760 ele só combateu mafiosos, e políticos???!!!, E ainda tem coragem de falar pra eu ler mais??!! Tenho 43 anos de idade seu moleque.
Achava que os super heróis eram parte de uma cultura reaça. A opinião do Alan Moore só reforça a minha posição.
Mano, é muito foda ver um canal de cultura pop debater estes assuntos e ainda mais sem ser misógino e racista como de costume.
Nada a ver. Me perdoe o grande Alan Moore mas eu sou da corrente do Grant Morrison, que acha os super heróis nossos modelos de mitologia revisados e, como tais, veículos que nos ensinam algum tipo de valor. Pelo próprio espírito individualista, muito característico do americano e do lado mais liberal da humanidade, um super heróis é alguém que assume a responsabilidade de consertar o que está errado, mesmo que isso vá contra a lei. Por isso ele assume, por conta própria e não a soldo de um Estado (o próprio Capitão América já foi contra seu Governo diversas vezes). "Grandes poderes, grandes responsabilidades" e não "grande controle", que é o que um fascista defende, afinal. É indivíduo, decisão própria, livre-arbitrio. Nada tão parecido com o egoísmo dos deuses antigos do que isso.
Exatamente o que eu disse noutro comentário aqui.
Aliás, assisti vários vídeos deste canal, mas refletindo melhor é muito enviesado e já tratei de cancelar minha inscrição.
@@RodrigoSchmidtAdv Eu gosto desse canal. Mas a gente tem que separar o joio do trigo. Nesse ficou claro que ele deu uma enviesada mesmo. Mas é só esquecer a merda que ele disse e focar no conteúdo.
@@silviocesar6649 mas ele claramente ficou do lado do pós-humanismo.
Isso. Tem tanto produto feito, que tem partes que alguém pode interpretar de um jeito ou de outro!
Isso, no meu ponto de vista, a DC é mais focada da linha de fuga dos 'deuses antigos'! Já a Marvel, ele tem o foco de fazer algo por responsabilidade própria! Digo, o Homem-Aranha ajuda por poder ajudar!
Tenho Uma Dúvida, Neste Caso De Você é O Que Consome, Só Que No Caso HQ e Super-Heróis Não é Um Preconceito e Uma Paranoia? Tipo Joe Siegel e Joe Shuster Eram Judeus Franzinos Talvez Seja Só Histórinha, Mas Não Foi Uma Projeção Deles (Ou De Um Deles) Numa Aspiração Fictícia Como Um Super-Homem? E Não É O Que Acontece Com Qualquer Obra Que Retrate Algo "Maior Do Que A Vida" Só Uma Projeção? E Ainda Neste Princípio, Meu Super-Herói Favorito é O Aranha, O Segundo E O Que Mais Respeito é o Superman, Logo Isto Faz De Mim O Quê?
Nos X-Men, quem faz o papel de nazistas é o grupo Amigos da Humanidade. Não me lembro deles nas HQ, só no desenho de 1992.
Eu gosto do homem aranha, ele não mata, ele conversa e na conversa ele salva pessoas e contorna a situação.
Mas não adianta, sempre vão encontrar um jeito de dizer que ele é fascista malvadão e se facilitar, até eleitor do Bozo.
@@fernandorodrigues4002 Quer dizer então que pessoas interpretarem uma figura como algo ruim (não que eu concorde) é errado, mas você interpretar essas pessoas dessa forma tá tudo certo?
Ainda mais quando ninguém que eu vi falando do Homem-Aranha até hoje entregou uma visão dessa, mas você mesmo a cita como algo comum?
agenciamento..
linha de fuga..
Linck! Tu leu Deleuze?!
A perspectiva de cada um é o que determina o conceito que se tem sobre o objeto!!! Achei excelente a sua explanação sobre o assunto, mas no final das contas a objetividade em determinar o que é o objeto será sempre dependente da perspectiva do indivíduo!!! Os aspectos estéticos e idealistas podem parecer partidário a alguma ideologia e à sua intenção, mas o sentido geral representativo desse objeto estará sempre a mercê do conceito que está inserido no indivíduo!!!
Como advogado, eu já tinha feito essa reflexão sobre o fascismo dos heróis por estarem acimo da lei. Por sinal, essa ideia de "objetividade de fazer justiça" estar muito em voga com a marginalização dos direitos humanos. Fazer justiça com as próprias mãos representa o suprassumo da galera bolsominion de hoje.
Eu adoraria matar um ladrão na base da paulada e nenhum juiz ou promotor ficar sabendo.
"marginalização dos direitos humanos", pq será que isso aconteceu ne?
O melhor vídeo que eu já vi sobre a temática, ou quadrinhos no geral.
Espetacular! Sempre fui interessado em transhumanismo. Foi muito interessante ver esta análise.
Acho que um quadrinho que é muito bom para pensar isso, que não é de super herói é o Uzumaki. Aonde as espirais e toda aquela repetição e diferenciação de um mesmo padrão é uma linha de fulga , já que as possibilidades do aparecimento das espirais são infinitas, dada das mais variadas formas. Além disso, existe toda uma máquina de escrita, onde os contos vão se interligando em algo maior , que não necessariamente da certo, é o caso do Gyo , porém esse movimento já é Devir por si só. Junjito claramente é um literato menor, onde vemos sua quantidade exorbitante de contos (novelas) que em muitos casos acabam por sesar ali mesmo, porém em outros casos, criasse infinitas derivações rizomas que vão se estendendo e dando origem a outros .
No caso do capitão américa, ( eu acho pois nunca li) poderia ser visto tbm como o ideal n@zi contrario ao seus idealizadores. E outra coisa, eu acho que toda história, não só as HQ's, tem poder de nos tirar de nossa realidade, nos colocando na situações e dilemas, diferentes ou até impossíveis para nós. Por isso, não acho que a maior parte dos super-heróis seja fascista ,pois muitas vezes é o dilema de um personagem ganha muito poder, e por isto precisa decidir o que fazer com tal poder.
Acho que se fizermos uma leitura a partir de Walter Benjamin sobre a própria Industria Cultural ou uma leitura a partir de Umberto Eco em "Apocalípticos e Integrados", sempre iremos cair no ponto em que Super-Heróis é algo bem mais complexo que simplesmente "unica e exclusivamente a origem de proto-fascismo", mas também que ignorar completamente esta vertente não vai nos levar a nada.
Esse canal sobre quadrinhos tem mais riqueza de debate do muitos imaginam, os próprios comentários do vídeo mostram a maturidade do público sobre analisar o que foi dito. Bom trabalho Professor.
Cara, vc é necessario.
Mas agora temos que usar mascara. Todos nos
Eu já pensei sobre isso em uma das minhas insonias, uma coisa que vemos no Super man, no Capitão América e muitos outros herois, é um patriotismo desacerbado tbm. Meus pensamentos foram mais pro lado do super herói ser um justiceiro, patriota, violento, onde luta pela lei, porem se assume como a própria lei. Meus pensamentos começaram quando eu por acaso fui parar em grupos de armamentistas, a ideia dessa gente é basicamente o ideário do super herói. Eles são a lei, o padrão a ser seguido e a resposta violenta é um direito/dever do cidadão de bem. Foi depois dessas reflexoes que fui tirando aquele pezinho que eu tinha em alguns ideários mais a direita.
“Um dia você acorda e se dá conta que não tem mais certeza de quem são os heróis” (Liam Neeson, o estereótipo do super herói das HQs nas telas). Nome do filme? ‘Agente da Sombras’. A netinha dele pergunta: "- Vovô, você é o mocinho?"... Ele responde: "- Eu quero ser!".
Voce é foda cara! Um dos melhores criadores de conteúdo sobre quadrinhos que já vi!
crl do nada achei a jabur kkkkkk
1:40 quer dizer então que conservadores são fascistas ? Saber diferenciar reacionários de conservadores, deveria ser o mínimo para quem se propõe a falar sobre.
Parabéns pelo vídeo! Isso porque você não tocou diretamente no assunto dos anti-heróis. Um título que estou lendo pela primeira vez e que estou gostando bastante é a Liguinha do DeMatteis e Giffen. Tem uma característica cômica, mas é um tipo de desconstrução dos super-heróis. Não a típica descontrução de abordagem sombria, embora esse fator também esteja presente na narrativa. DeMatteis brinca com os arquétipos dos personagens.
Mas tu acha que o DeMatteis e o Giffen buscam mostrar uma inadequação dos super-heróis?
@@MacondoEraEntaoUmaCidade não necessariamente, só uma absurdamente diferente de desconstrução mesmo.
li o artigo...... não é a toa que combina com x-men...... o bagulho é complicado de entender.
Análise muito interessante. Talvez faltou dizer que a principal origem dos super heróis é a mitologia grega. Seria interessante também fazer uma analogia entte os heróis mitológicos e os super heróis por mais que estes se fundamentem em Nitzche.
Análise muito consistente e interessante! PARABÉNS!
O próprio nazi-fascismo vem de pensamentos norte americanos. Ou seja tem uma super retro-alimentacao entre heróis e o fascismo e os conceitos desenvolvidos nos EUA
Depende, cara, o Jerry Siegel, o Joe Shuster e o Jack Kirby tinham conceitos bem progressistas pra época, já outros autores não, então depende de quem escreve, depende se o personagem tá sendo publicado numa revista em uma corporação multimilionária e até depende do momento e do lugar onde se pública.
E meio que esse progressismo de esquerda liberal é o máximo que nós podemos tirar dos EUA na grande maioria das obras de arte que saem de lá.
nunca enxerguei assim, mas justamente o inverso, os heróis como defensores dos fracos e oprimidos contribuíram para que fosse um anarquista anti sistema em prol dos oprimidos. Mas claro, eu sempre tive a consciência de que as histórias da Marvel e DC tinham a base do poder, pois os heróis costumam defender os governos e as forças militares e tal. Todavia devemos lembrar que, por exemplo, o Capitão América, descobre que não pode mais confiar em seu governo e que sua pátria age de forma criminosa no mundo. Sempre vi a visão crítica dessas estórias e, para mim, são poucos os elementos reacionários, principalmente no presente.
E um dos meus personagens preferidos é o Questão da DC. É, eu sei, aqui sou o tio Batman, ando pensando em mudar de identidade.....hehehe... gosto do lado detetive do Batman, do cara preparado pra tudo por estar consciente do mundo em que vive, mas eu pesquiso as conspirações e o Questão combina mais comigo.
achei bem exagerado e sensacionalista,tá virando já um canal de política já.
@@MisterDangerousX normal, a política está em tudo e nossa vida depende dela. Afinal de contas, estamos num desgoverno nazifascista genocida e precisamos conscientização política pra não repetir o erro daqui pra frente.
@@igorgierlinger eu entendo isso,mas só queria saber de quadrinhos,afinal o canal é quadrinhos na sarjeta.
achei muito incrível a analise e as leituras antagônicas que você colocou em perspectiva ai no vídeo, aprendi muito, no entanto acho que discordo em algo que se relaciona com a maneira que você leu a perspectiva do Alan Moore como determinista no finalzinho. Acho que não se trata disso, não estou desconsiderando a maneira como você elabora a possibilidade de se extrair do contato com essas histórias, mesmo que proto fascistas, um tipo de experiência progressista e diversa, a imagem do pink flyoid elucida isso perfeitamente . No entanto, acho que o lance do Alan Moore e que eu concordo com ele, (e de certa forma você se aproxima dessa concepção também quando se refere a gênesis do gênero de super herói segundo anteriormente no vídeo) é que há IDEOLOGIA NAS FORMAS (destaque apenas por falta de negrito mesmo), no sentido que as próprias formas artísticas carregam impresso nelas um conteúdo ideológico subjacente, que é também conteúdo histórico específico, logo, político. O contexto histórico e a perspectiva dos artistas criadores inseridos nesse contexto geram impreterivelmente um determinado modo de ver um mundo, portanto, um modo de imprimir certa epistemologia, conjunto de valores e verdades, em uma obra através da forma, ao mesmo tempo, é se relacionando de maneira dialética com esse contexto histórico (constituído de conjuntura política, espiritual, tecnologica, economica etc) que as formas artísticas tomarão forma e circularão, a depender da conjuntura histórica. Tempos históricos fascistas precisarão de formas fascistas que carreguem a ideologia fascista. Isso se da sempre em processo é claro, são estruturas de sentimento de uma época que vão virando obras, que vão sendo copiadas e virando modelo, assim vai se formando convenções e por fim gêneros. Todo esse processo é complexo é claro, e sofre diversas interferências de diferentes processos históricos e diferentes ideologias, e as formas, convenções, gêneros que perduram muito tempo podem ser grandes quimeras que foi se moldando e remoldando ao longo de diferentes processos históricos, em que cada época pode ter dado o seu cadinho de forma ali pro gênero - pensando aqui na tragédia por exemplo, a grega, a neo classica francesa de corte, a elizabetana (já quase virando drama burguês), enfim - os gêneros são entidades orgânicas que podem crescer, se multiplicar, dividir em sub gêneros, ou até morrer, tudo pode, esses movimentos vão se relacionar e depender do movimento da historia , do contexto social e político (e sim, esse lance de gênero universal natural é balela, todo gênero vem dos homens e das convenções que eles estabelecem quando vão fazendo essa coisa que é criar arte). O fato é que, o gênero super heroi é feito de convenções ideologicamente problemáticas né, está na própria forma, o gênero se relaciona, não só a um imaginário proto fascista e totalitário, mas também a forma mercadoria, a indústria cultural, ao capitalismo, cultura de massa, hiper individualismo, etc... A maneira como esse gênero adquiriu aderência massiva não é atoa, ele tem uma função na nossa sociedade de consumo e troca, e acho que quando há complexificação e abertura pra debates, essas "leituras mais diversas", há também, necessariamente, uns movimentos de desconstrução do gênero pelos artistas, ou movimentos anti-genero, que vai transformando a forma para outras direções que não as convenções prototípicas de super herói, não se trata de ser apenas um movimento interpretativo, mas algo que está na maneira como alguns brincam com a forma convencional de super heróis, formalizando uma contra ideologia no interior do gênero. Sei lá, vale pensar um The boys (uma crítica anti capitalista ao genero), dead pool (uma crítica pós moderna do gênero), enfim, não sei se uma historia convencional de herói, que respeite todos os pressuposto do gênero e siga todas convenções prototípicas, pode dar margens para leituras mais progressistas e diversas. Se for super herói convencional, vai ser um cara superior ao homem comum lutando contra o crime, por valores como a justiça, o bem, a ordem, se isso ser ambientado em qualquer sociedade moderna vai ser irremediavelmente problemático, pois, noção de crime, justiça, bem e ordem nos tempos modernos já precisariam ser muito mais matizadas do que é capaz uma história convencional do genero, portanto ao apresentá-las dessa maneira, o criminoso que é criminoso por que é mal, o status quo (de ordem capitalista, civilizada e ocidental) deve ser mantido, e a justiça é a punição, e mostrar tudo isso como bom, não tem como, aquele que aderir a isso, estará aderindo a uma ideologia problemática de largada.
Me parece que a estética dos super-heróis tem mais a ver com o construtivismo soviético e o futurismo do que com o fascismo. Mas é só um pitaco, visto que o campo do estudo das artes não é a minha praia.
Quanto a onda dos filmes de super-heróis, vejo mais como um reflexo do tipo de Estado de vigilância inaugurado pelos EUA em resposta aos eventos ocorridos ao 11 de setembro de 2001 do que uma antecipação da ascenção política de lideranças de extrema-direita.
Sobre essa transformação do status dos super-heróis, acho curioso como que a linha Ultimato da Marvel tratava certos personagens, exatamente no início do século XXI e no início do 'Estado de exceção' agambeniano! Os X-Men eram tidos como uma milícia paramilitar e o Miranha e o Demolidor eram voluntários na segurança comunitária!
Ufa! Anda bem q só foram 3! Já pensou tivesse o anúncio na tumb, tipo, as 10 piores hqs do Batman?! Meu Deus....
No momento em que o super-herói defende as instituições, e por extensão o status quo (injusto), ele(s) acaba(m) sendo apontando(s) como facista. Essa é uma das razões pelas quais os anti-herois ganham tanto relevo nos anos 90
Acho curioso como o Alexandre parece que vai quebrar as coisas no cenário, mas ofere apenas um ponto de vista (dentro de tantos) e pode até não tá tudo bem, mas tá tudo bem rsrs.
Vi o vídeo todo e inclusive achei muito bem bolado, então não é nada contra o vídeo. Claro que existem muitas histórias que são criadas justamente pra isso, mas eu simplesmente não aguento mais essa história de ter "política" ou """filosofia""" demais em TUDO. Pqp, pq simplesmente o ser humano não pode curtir as coisas que ele gosta sem se preocupar com essas coisas? As vezes o cara só quer ler uma história do Homem Aranha salvando o dia da cidade dele ou um filme de herói genérico sem pensar em nazismo, em figuras históricas do passado e etc, que sim, tem muita importancia, mas que as vezes é simplesmente "foda-se", ta ligado? Como diria o Inutilismo: "O mundo ta chaaato". Bom, essa é minha opinião e ninguém é obrigado a concordar, o máximo que pode acontecer é eu ficar triste se alguém não concordar, mas o respeito ainda existe.
A máscara tem como finalidade esconder a identidade do herói, que por muitas vezes luta em direção oposta a lei, já o super herói não precisa usar máscara para esconder a identidade, pois está acima do homem comum, é superior, engraçado.
A galera do Homelander que o digam...👁️👁️🧀☕👍👍
Eu tenho aqui aquela coletânea de tiras de jornal do Superman da época da Segunda Guerra, e nela aparecem Hitler e seus amigos. Eles, vestidos de Superman, inclusive. O povo discutindo essas coisas como se fosse algo esotérico, quando os próprios criadores trataram disso escancaradamente nos gibis do personagem.
E o que pode ser dito quanto ao universo dos super heróis funcionar como uma mitologia moderna?
Eu gostaria de um vídeo sobre o Saitama, de One punch man, pra complementar essa crítica. Obrigado.
Alan Moore as VEZES fala besteira
As vezes a raiva e o cansaço dele falam mais alto, mas é de se entender.
Engraçado que esses caras nunca criticam a esquerda ou extrema esquerda, os caras aprontam pra caramba.
Ótimo conteúdo como sempre!
O super homem com a cara do ex juiz-ladrão Sérgio Moro....
Quanto mais eu vejo os seus vídeos, mais eu entendo do porque é tão complicado e difícil falar de diversidade nas HQs. A estética do super herói parece que vai contra isso.
Mano é q o problema pra mim é q a maioria dos herois parece q só ta la pra bater em pessoas do mal. Mas o homem aranha é alguem q distoa bem disso pra mim
Fascista eu acho exagero mas que o universo super-heróico é conscientemente ou inconscientmente imperialista e defensor do status quo capitalista e a ideologia ultra-individualista burguesa chega a ser uma obviedade... Creio que a DC historicamente tem um pouco mais de subversão e por isso até sofreu mais perseguição na época do macartismo mas ainda assim, imperialista pra caralho... Isso não é uma sentença moral. Adoro super-heróis, mas repito: Pra mim, isso é uma obviedade gritante....Mas tbm não existe arte que não sofra influência do meio, então, natural que seja assim....
Qual a diferença dos Super Heróis de hoje pra os Heróis gregos, como Hércules, Perseu e companhia?
Eu:
Alexandre: I see nazis all the time
Professor, existe facismo de esquerda e o que o senhor acha de alguém que se diz socialista e se vale de ferramentas captalistas para enriquecer?
🤦🏻♂️
Você é o nosso One Punch Man, Alê! ❤
Para que pessoas mais autoritárias do que as esquerda.
Vermelho só considera a existência de subjetividade quando lhe convém.
A menos que um fascista assumido venha e diga "minha obra é fascista" tudo que resta é não-cognição axiologica.
O anti faz é esticar está corda e elevar à ¹⁰ potência?
Esse assunto é tema central na Liga da Justiça, gosto muito quando tratam isso
Ah véi, teve até meu Piquefróid aí
NUNCA VI UM SUPER HERÓI SALVAR UM MORADOR DE RUA NAS HISTÓRIAS POR EXEMPLO SEMPRE É ALGUÉM IMPORTANTE OU INFLUENTE NA HISTÓRIA INF
CA-RA-LHO!! Existe vida inteligente no you tube! 🙌🏼
KKKKKKKKKKKK agora até o superman é facheetos
Não seria possível a análise do super heroi facista ser uma leitura americana de um fenômeno do tempo? Por exemplo, a crença em um super humano superior na alemanha levou a busca por uma identidade ancestral alemã como os guerreiros nordicos, os arianos, uma visão interior alemã do homem forte e superior e sua idealização.
Nos EUA essa procura por essa identificação com algo superior culminou na criação do super heroi, já que os EUA eram um pais sem uma identidade de um passado místico e superior eles tiveram que criar isso nas revistinhas pulp.
Eu já tinha lido algo assim
O que é reaça?
Como disse Ywbart Towner flash reverso o vilão do Flash em um embate verbal com o mesmo : Seu Heroisinho tolo " Você não pode salvar todo mundo" ou seja não existem acidentes y tudo que vc fizer terá uma consequência " Ação y Reação, Causa y efeito"