Bom dia,resposta ótima. .Ultimamente na educação publica,a História, principalmente no estado de São Paulo está tão desvalorizada como aliás, todas as ciências humanas ,infelizmente.Vale a pena a universidade pública, excelente
Eu fiz História, sou professor e me sinto muito bem sucedido profissionalmente. Leciono o que gosto de estudar, sei da importância do meu trabalho para a sociedade e estou numa excelente rede pública de ensino, que valoriza o professor a sua constante formação. História na universidade é de fato diferente de como é no ensino médio e para quem está no terceiro ano, pode ficar desanimado. No entanto, é uma faculdade qu e proporciona um grande amadurecimento intelectual no estudante. Suas questões se refinam. Eu entrei querendo pesquisar sobre Atlântida rs. Conseguem imaginar o tamanho da minha evolução como pessoa e como intelectual. Vale muito a pena. Mas eu recomendaria o velho e gradioso conselho de Sócrates sobre a humildade do conhecimento. Você tem que respeitar o saber produzido e as pessoas que a ele se dedicaram por décadas, ou seja, nao entrar cheio de certezas adquiridas em ambientes anti acadêmicos que fecham o estudante para o debate e o progresso intelectual através de discursos raivosos e maniqueístas.
Como é bom ler esse seu comentário ❤ Estou cursando geografia e nesses últimos dias fiquei olhando inúmeros vídeos sobre experiência de professores na rede pública e no geral de como está sendo ser professor atualmente e me deparei com vídeos amedrontadores e que 99% dos vídeos eram professores desistindo da carreira e até mesmo aconselhando os licenciandos a largarem o curso, absolutamente nenhum comentário legal, já estava começando a me questionar se era isso mesmo que eu deveria seguir 😢 isso me deixou apavorada pois mal estou no 2 semestre e vejo coisas desse tipo… Mas seu comentário me deu um pingo de esperança ❤
@@Flora__026 provavelmente os comentários que vc leu não eram mentirosos. Não vou te iludir, sei que faço parte de uma minoria. Dar certo nessa profissão, sobretudo na rede pública depende de uma conjunção de fatores. Eu trabalho na rede do município de Maricá. Pesquisa aí na internet e vai entender. Há quem diga que é uma das melhores redes públicas do Brasil. Mas, como qualquer trabalho, é preciso saber lidar com muitas coisas. O magistério está muito longe de ser um mundo perfeito. Vamos começar pelos alunos. Muitos deles são problemáticos, envolvidos com marginalidade, vulneráveis ao mundo das drogas, vítimas de violência, cheios de traumas. Vão trazer os traumas deles pra vc e isto vai se manifestar com carências, projetando em vc o pai ou a mãe que não têm, ou que viram morrer (acredite! Isto não é tão raro quanto vc pensa na graduação). Outros vão te desafiar, tentar fazer da tua vida um inferno pq não gostam de autoridade; pq, mais uma vez, vão projetar o pai ou a mãe que odeiam, mas acredite, vc vai saber lidar com isso. Vc vai começar querendo salvar todo mundo, fazer a diferença na vida deles e na sociedade, mas com o tempo vai aprender que não pode fazer milagres e muitas vezes vc vai precisar apenas... Esperar aquela figura seguir pra outro professor ou ir parar bem longe da escola. Mas vc TB vai receber algumas demonstrações de gratidão, afeto e reconhecimento que vão te fazer muito feliz. Vai sim, ajudar MTA gente; vai conseguir pegar um ou outro aluno bem desinteressado e fazer ele gostar da tua matéria. Vai ter final de ano que vc vai se sentir triste de deixá-los partir para outro professor. E isto não é coisa de principiante. Estou vivendo isto agora, este ano, e sou professor desde 2003, só de rede pública eu tenho 17 anos. Deixemos os alunos. Vamos falar da estrutura. Ela é terrível. Mesmo na rede em que eu trabalho hoje, que nada me falta, me deparo brigando com um sistema mentiroso, que se preocupa mais em gerar índices do que em verdadeiramente ensinar. Esqueça a escola enquanto instituição, com o tempo vc vai perceber que ela não funciona como deveria. Mas não desanime da educação. É na relação professor-aluno que ela acontece, na conversa de corredor, na resposta à dúvida do aluno e principalmente, quando ele diz "quero ser professor". É aí que vc percebe que inspirou pessoas. E é isso que faz sentido. Alguns pais vão gostar de vc, mas nada vão dizer. Alguns vão menosprezar teu trabalho e estes vão na escola te dizer coisas ruins. São pessoas amargas, miseráveis em muitos sentidos além do econômico quase sempre cabeça feita por políticos de extrema direita que odeiam (ou não entendem) a promessa que não educação quer entregar a sociedade. Vc não pode deixar essas pessoas informarem a vc sobre o teu valor. Precisa entender que são apenas gritaria vazia, não podem te afetar, nem aos teus sonhos, nem às tuas convicções (que devem ser fortes). E por falar em convicções... Tenha suas ideias políticas, sociais, religiosas, seu time de futebol, mas saiba que não vai poder vestir sua camisa de time e hastear sua bandeira de partido o tempo todo. Não tem problema algum em ser evasiva algumas vezes. Em não fazer todos os alunos pensarem igual a vc. Deixa eles. Não são teus, são do mundo. Vc é apenas mais uma voz. Com o tempo eles vão ouvir outras vozes que vão ecoar a tua e podem mudar de ideia. E se não mudarem, não tem problemas, pois vc terá aberto a consciência de outros. O que eu quero dizer com tudo isso, Flora, é que estar bem nesta profissão não é algo natural, que cai de uma árvore na tua frente, vc encontra e se maravilha. Demanda experiência, inteligência e coragem para criar seus próprios significados e práticas. Não tem regra geral, manual de instruções. Vc vai encontrar seu estilo, seu modo de entender, dar significado e lidar com os desafios, mas acredite, vc vai conseguir. E vai conseguir pq é mais forte e competente do que pensa que é. E se não for, cedo ou tarde vai aprender a ser. Pq nesta vida é preciso aprender a ser assim. E se não for no magistério, vai ser em outra profissão. Pq todo trabalho é desafiador. Tenha paciência, respeite seu tempo, estude sempre e nunca leve para o coração as coisas dos alunos (geralmente a vida deles é mto pior que a sua). Vc dá conta. Se eu fosse vc não se metia a ler esses relatos de professor, a maioria está bem frustrada e perdida. Mas isso depende muito de vc. Se quiser conversar mais sobre essas coisas, me chama aí. Gosto de falar do meu trabalho e já ajudei mto estudante nesse início de profissão. Um abraço forte e boa sorte.
@@Flora__026 que bom que vc está esperançosa, continue assim. Eu fiz p bacharelado em História por não ter dado certo em Pedagogia. Ainda estou esperançosa na área de História.
Eu tenho uma parte de mim que quer ser lutador de mma, mas ao mesmo tempo, gosto de história pra caralho, tipo, as aulas de história são entretenimento pra mim
Quero fazer um mestrado em História ou em Ciências da religião, mas tenho uma impaciência gigante com instituições de ensino. Como opção de curso já prestei vestibular para História, como segunda opção, mas acabei indo para o curso de Artes Música. Depois largei para fazer Psicologia Rs. Mas gosto bastante de História, sobretudo os temas que você aborda, alquimia, religiao, mitologia; seu canal é o unico no Brasil que traz esses temas com responsabilidade.
Não fale isso como forma de rebaixar a religião. Ela é o ópio, mas como o próprio velho Marx diz, também muitas vezes é o que movimenta as pessoas a buscar por justiça, se revoltarem. A religião é um ferramenta perigosa quando usada pela massa dominante (de forma distorcida) pra dar medo, mas tbm é o que salva mts de n desistirem enquanto vivem em situações terríveis.@@ClaudioMecenas-w9l
Esse ódio e desprezo a teologia, presente nos lunáticos modernos, é patético, e evidência a falta de conhecimento destes para tal. Forte abraços, seu canal é bacana, ajudando a divulgar a História. Aliás, o Concílio Vaticano II já falou sobre as religiões pré judaicas com doutrinas parecidas, sem cair no perenialismo.
Pra mim como estudante de História tem sido bem interessante esse ponto, percebo que eu tinha uma mentalidade infantil nesse ponto, aprendi a respeitar a teologia e mesmo as instituições religiosas, apesar de manter o senso crítico
@@anderson.runner Recomendo que leia nosso artigo sobre isso: yangelico.blogspot.com/2023/11/dialogo-pedro-e-tobias.html Se você não conhece o Deus Onipotente, sua situação é mais grave, então leia isso: yangelico.blogspot.com/2023/09/porque-jesus-e-deus-parte-1.html
Cursi Bacharelado em História e pensava em trabalhar em arquivos ou museus, mas a maioria desses trabalhos depende de concursos. Na minha cidade é cheia dessas panelinhas e tive que me reinventar. Tenho uma página na qual falo de História e Arte.
Excelente, Professor. Eu faço licenciatura em história na UFF, e na primeira aula foi apresentado que lá iríamos estudar a historiografia, e não história. Acho que é essa a pegada da maioria das universidades.
Sim. É muito bom conhecer de tudo um pouco. Sendo religioso ou não. Acho que nada afeta o outro a não ser que a pessoa em si queira!!! Muito bom!!!! Nota: fora o outro, vou me inscrever nesse canal também. Tem uns assuntos interessantes que não está no outro canal! Bom, já vou me enturmar aqui. Espero que tenha espaço para mais um! Fica água com minha entrada aqui também! Obrigado e até sempre por aqui também! ✌🏻😄😊😉👍🏻🙂☺️
Sendo bem sincero, o argumento de história ser diferente de um nível, no caso ensino frente a ensino superior, acontece com quase todas as áreas de estudo. Tente estudar física na faculdade e, ou se forme em 4 anos de maneira mais sofrida possível, ou mate um leão por dia para se formar em 5 ou mais
Os departamentos universitários são transitórios e circunstancialmente são reflexos da sua época e dos professores que lá estiveram ensinando. Vou logo dizer o que me inspirouː nada se compara a Universidade de Cambridge na primeira década do séc. XX, a Escola de Frankfurt (nos anos 60-70) e ao Collége de France nos anos 70-80 na França. Estas instituições me inspiraram e continuam me orientando naquilo que considero relevante ser pesquisado. Dos anos 80 pra frente muitas coisas mudaram o que se pensava e com a introdução da inteligência artificial muitas outras coisas serão acrescentadas - principalmente na área de física quântica, astronomia, robótica, neurociência, etc. É claro que nossas instituições deveriam imitar o que há de excelência no mundo acadêmico e não ficar preso nem na burocracia acadêmica e nem na ideologia que orienta muitos professores que adentram no ensino universitário. Observamos que muitos professores se fixaram em produzir teses, mas não livros que ampliasse o debate público de ideais. Não temos livros que sejam articuladores de novos paradigmas ou que permitam motivar um diálogo com a comunidade. Nossas universidades têm um histórico de descaso e desdém com a sociedade ao contrário das instituições universitárias européias. Nós podemos ver diversos cursos da “Ecole Normale Supérieure” ou do “Collège de France” de diversos professores. De qual professor, no Brasil, você pode ver os cursos? No Brasil há excelentes professores, mas não conhecemos seus cursos. Isso é praticamente sepultar o que foi a vida acadêmica dos professores que determinaram a transmissão do conhecimento na nossa época. Todos os cursos de Michel Foucault no “Collège de France” estão gravados em áudio, em vídeo e nos livros. Isso é prestigiar o professor, seu saber e sua memória. São raras as palestradas gravadas de nossos professores. Não é só a história das nossas instituições universitárias, mas igualmente como valorizamos o saber, a ciência, a memória e os nossos professores
"Ou a pessoa estuda história ou ela estuda teologia" sendo q só nos últimos 70 anos q questões religiosas pararam de ser influentes em acontecimentos históricoskkkkkk
Concordo plenamente fiz História por paixão, e confesso uma certa decepção, achei muito raso o conteúdo, muito preso a docência te formam pra dar aula, a seguir o método. Hoje entendo que a boa leitura com suporte de um canal como o seu é que agregam no conhecimento mais amplo !
Ótimo vídeo, com o curso de história consigo pegar quais vagas em concursos? Por exemplo, arquivologia, teria como eu com certificado em história ter acesso a essa vaga?
Sempre gostei de história mas achava a história escolar excessivamente focada no ocidente e no homem branco. Aprendi muito mais mesmo estudando por fora. Fiz a mesma coisa com outras áreas do conhecimento. Acredito que aquilo que gosto não teria mercado de trabalho.
Primeira vez que alguem define a motivação da minha frustração no curso de história, o qual eu fiquei menos de um mês. Foi frustrante, esperava conteúdo, esbarrei em semanas de discussão teorica como "história deve ser considerada ciencia" e toda uma punhetação mental. Sem contar que as aulas eram pela tarde, pós almoço e eu com um tdah fodido e nao diagnosticado. Fui pra engenharia, mas até hoje gosto de história (nao o curso de graduação).
Posso esta atrasado, mas se puder me responder, gostaria de saber de como é a vida de um historiador. Pq eu quero se é possivel pagar as contas de boa, pode parecer que to zoando mas é uma questão que tenho duvida mesmo.
Olha, eu curso ciências sociais, que abrange antropologia, e cogito fazer essa ramificação. É importante ressaltar que é uma área muito desvalorizada, e a faculdade pode desvalorizar ainda mais (recomendo as públicas se possível). A maioria das pessoas do curso vão seguir área da Educação e virar professores, porque é a maior empregabilidade. Mas também tenho colegas se encaminhando para área de pesquisa (seria a minha intenção), outros visam concursos que cuidam de questões culturais. É difícil, é desvalorizado, pesquisa exige muito e te retorna pouco e lentamente, mas se é o que você gosta e se quer realmente se aprofundar, é possível e é possível ter uma vida estável. Mas mantendo bom desempenho e entregando sua alma a isso. É um curso que você nunca para de estudar, mesmo depois de formado, isso pode ser gratificante ou um desafio. Eu mesma sou apaixonada por ciências sociais, o curso me tornou muito melhor como pessoa, mas mercado de trabalho é complicado e área acadêmica é disputada. Há sim muitas pessoas boas e professores bons, mas também há muita comparação e prepotência, é preciso saber filtrar e manter uma mente boa.
Eu não sei como é em História, mas em Letras (o que faço atualmente), o maior problema é o excessivo marxismo mesmo nas aulas. Ai já não sei se esse problema é generalizado em humanas ou só em Letras.
Em humanas como um todo mas aprendi a não ver tanto como "problema". O que me incomoda não é os profs marxistas serem maioria, mas sim quando são fechados nessa visão de mundo e não abrem espaço ao dialogo respeitoso. Universidade é espaço de debate.
Creio que você quis dizer que existe uma grande influência da dialética de Hegel. Não tem muito como fugir dele, o modo de análise hegeliano influenciou todo mundo. Mesmo para os que não percebem ou não sabem.
Karl Marx e Friedrich Engels. Esses pensadores foram responsáveis por fundamentar econômica e sociologicamente as ideias socialistas que já existiam na Europa, no século XIX, oriundas de teorias políticas anticapitalistas que pregavam a necessidade de se pensar em uma sociedade igualitária. Portanto é essencial para a licenciatura em geral, mas também tem vários outros pensadores como John Dewey. Célestin Freinet. Jean Piaget. Lev Vigotski. Carl Rogers. Paulo Freire,espero ter ajudado 😊
No meu grupo da faculdade debatemos todo dia isso kkkk. O Marxismo é ensinado na faculdade como algo benéfico, não dá pra negar que é um fato histórico, mas o viés da faculdade, pelo menos a que eu estou, é marxista.
@@Caminhoisraelitaalguém ta mentindo, pq todos os marxistas sempre dizem que entram na faculdade esperando a tal da grande doutrinação que tanto prometem e saem recebendo pós modernismo francês
Já ouvi de professor de história que é uma carga horária bem grande pra receber razoavelmente bem, isso porque ele trabalha em muitas escolas, ou seja tu precisa achar mais de 1 vaga. Mas foi meu sonho também por bastante tempo, só que fui desencorajado, é uma boa olhar a situaçāo atual antes de cursar.
Vish... Boa sorte! Futuramente vou ser professor de filosofia e eu não pretendo dar aula no ensino médio. Se eu der aula no ensino médio, vai ser somente no começo da minha carreira profissional e por pouquíssimo tempo. Meu objetivo, minha meta, é ser professor em universidade. Nível acadêmico mesmo. Ali o professor - principalmente de filosofia - é muito mais valorizado. Diria que o real valor atribuído à edução está no nível acadêmico.
Falar que fé, no sentido religioso, complementa a ciência é ridículo. Os cientistas podem ter crenças religiosas? Lógico que sim! Porém, no seu fazer científico, não podem partir do pressuposto de que sua religião é verdadeira. Isso aconrece simplesmente porque tudo o que é considerado verdadeiro pela ciência só o é mediante teste empírico, ou seja, como é impossível elaborar um experimento que prove a existência de deus, ele não deve ser considerado na produção da ciência.
Acho que a ideia é que as duas são conciliáveis. Sem precisar ficar uma contra a outra. Isso é até um ramo e uma vertente de visão nas ciências da religião. Ele não falou no sentido de usar uma ou outra pra provar o ponto da outra.
Da mesma forma que não pode considerar que não existe alguma divindade, o cientista tem que se manter neutro. Se a crença dele for real, ela não precisa de puxa sacos pq ela mesmo vai se provar sem nenhuma ajuda
Bom dia,resposta ótima.
.Ultimamente na educação publica,a História, principalmente no estado de São Paulo está tão desvalorizada como aliás, todas as ciências humanas ,infelizmente.Vale a pena a universidade pública, excelente
Eu fiz História, sou professor e me sinto muito bem sucedido profissionalmente. Leciono o que gosto de estudar, sei da importância do meu trabalho para a sociedade e estou numa excelente rede pública de ensino, que valoriza o professor a sua constante formação.
História na universidade é de fato diferente de como é no ensino médio e para quem está no terceiro ano, pode ficar desanimado. No entanto, é uma faculdade qu e proporciona um grande amadurecimento intelectual no estudante. Suas questões se refinam. Eu entrei querendo pesquisar sobre Atlântida rs. Conseguem imaginar o tamanho da minha evolução como pessoa e como intelectual. Vale muito a pena. Mas eu recomendaria o velho e gradioso conselho de Sócrates sobre a humildade do conhecimento. Você tem que respeitar o saber produzido e as pessoas que a ele se dedicaram por décadas, ou seja, nao entrar cheio de certezas adquiridas em ambientes anti acadêmicos que fecham o estudante para o debate e o progresso intelectual através de discursos raivosos e maniqueístas.
Como é bom ler esse seu comentário ❤
Estou cursando geografia e nesses últimos dias fiquei olhando inúmeros vídeos sobre experiência de professores na rede pública e no geral de como está sendo ser professor atualmente e me deparei com vídeos amedrontadores e que 99% dos vídeos eram professores desistindo da carreira e até mesmo aconselhando os licenciandos a largarem o curso, absolutamente nenhum comentário legal, já estava começando a me questionar se era isso mesmo que eu deveria seguir 😢 isso me deixou apavorada pois mal estou no 2 semestre e vejo coisas desse tipo…
Mas seu comentário me deu um pingo de esperança ❤
@@Flora__026 provavelmente os comentários que vc leu não eram mentirosos. Não vou te iludir, sei que faço parte de uma minoria.
Dar certo nessa profissão, sobretudo na rede pública depende de uma conjunção de fatores. Eu trabalho na rede do município de Maricá. Pesquisa aí na internet e vai entender. Há quem diga que é uma das melhores redes públicas do Brasil. Mas, como qualquer trabalho, é preciso saber lidar com muitas coisas. O magistério está muito longe de ser um mundo perfeito. Vamos começar pelos alunos. Muitos deles são problemáticos, envolvidos com marginalidade, vulneráveis ao mundo das drogas, vítimas de violência, cheios de traumas. Vão trazer os traumas deles pra vc e isto vai se manifestar com carências, projetando em vc o pai ou a mãe que não têm, ou que viram morrer (acredite! Isto não é tão raro quanto vc pensa na graduação). Outros vão te desafiar, tentar fazer da tua vida um inferno pq não gostam de autoridade; pq, mais uma vez, vão projetar o pai ou a mãe que odeiam, mas acredite, vc vai saber lidar com isso. Vc vai começar querendo salvar todo mundo, fazer a diferença na vida deles e na sociedade, mas com o tempo vai aprender que não pode fazer milagres e muitas vezes vc vai precisar apenas... Esperar aquela figura seguir pra outro professor ou ir parar bem longe da escola.
Mas vc TB vai receber algumas demonstrações de gratidão, afeto e reconhecimento que vão te fazer muito feliz. Vai sim, ajudar MTA gente; vai conseguir pegar um ou outro aluno bem desinteressado e fazer ele gostar da tua matéria. Vai ter final de ano que vc vai se sentir triste de deixá-los partir para outro professor. E isto não é coisa de principiante. Estou vivendo isto agora, este ano, e sou professor desde 2003, só de rede pública eu tenho 17 anos.
Deixemos os alunos. Vamos falar da estrutura. Ela é terrível. Mesmo na rede em que eu trabalho hoje, que nada me falta, me deparo brigando com um sistema mentiroso, que se preocupa mais em gerar índices do que em verdadeiramente ensinar. Esqueça a escola enquanto instituição, com o tempo vc vai perceber que ela não funciona como deveria. Mas não desanime da educação. É na relação professor-aluno que ela acontece, na conversa de corredor, na resposta à dúvida do aluno e principalmente, quando ele diz "quero ser professor". É aí que vc percebe que inspirou pessoas. E é isso que faz sentido.
Alguns pais vão gostar de vc, mas nada vão dizer. Alguns vão menosprezar teu trabalho e estes vão na escola te dizer coisas ruins. São pessoas amargas, miseráveis em muitos sentidos além do econômico quase sempre cabeça feita por políticos de extrema direita que odeiam (ou não entendem) a promessa que não educação quer entregar a sociedade. Vc não pode deixar essas pessoas informarem a vc sobre o teu valor. Precisa entender que são apenas gritaria vazia, não podem te afetar, nem aos teus sonhos, nem às tuas convicções (que devem ser fortes).
E por falar em convicções... Tenha suas ideias políticas, sociais, religiosas, seu time de futebol, mas saiba que não vai poder vestir sua camisa de time e hastear sua bandeira de partido o tempo todo. Não tem problema algum em ser evasiva algumas vezes. Em não fazer todos os alunos pensarem igual a vc. Deixa eles. Não são teus, são do mundo. Vc é apenas mais uma voz. Com o tempo eles vão ouvir outras vozes que vão ecoar a tua e podem mudar de ideia. E se não mudarem, não tem problemas, pois vc terá aberto a consciência de outros.
O que eu quero dizer com tudo isso, Flora, é que estar bem nesta profissão não é algo natural, que cai de uma árvore na tua frente, vc encontra e se maravilha. Demanda experiência, inteligência e coragem para criar seus próprios significados e práticas. Não tem regra geral, manual de instruções. Vc vai encontrar seu estilo, seu modo de entender, dar significado e lidar com os desafios, mas acredite, vc vai conseguir. E vai conseguir pq é mais forte e competente do que pensa que é. E se não for, cedo ou tarde vai aprender a ser. Pq nesta vida é preciso aprender a ser assim. E se não for no magistério, vai ser em outra profissão. Pq todo trabalho é desafiador. Tenha paciência, respeite seu tempo, estude sempre e nunca leve para o coração as coisas dos alunos (geralmente a vida deles é mto pior que a sua).
Vc dá conta. Se eu fosse vc não se metia a ler esses relatos de professor, a maioria está bem frustrada e perdida. Mas isso depende muito de vc. Se quiser conversar mais sobre essas coisas, me chama aí. Gosto de falar do meu trabalho e já ajudei mto estudante nesse início de profissão. Um abraço forte e boa sorte.
@@Flora__026 que bom que vc está esperançosa, continue assim.
Eu fiz p bacharelado em História por não ter dado certo em Pedagogia. Ainda estou esperançosa na área de História.
@@flaviapiva1860 é estudante?
@@vbariloche não já concluí. Mas é difícil emprego na área. Por isso tive que me reinventar.
Professor, você é fera! Parabéns!
Parabéns. Obrigado pela sua honestidade e imparcialidade.
Eu tenho uma parte de mim que quer ser lutador de mma, mas ao mesmo tempo, gosto de história pra caralho, tipo, as aulas de história são entretenimento pra mim
não monetize o que vc gosta de fazer, só digo isso
Quero fazer um mestrado em História ou em Ciências da religião, mas tenho uma impaciência gigante com instituições de ensino. Como opção de curso já prestei vestibular para História, como segunda opção, mas acabei indo para o curso de Artes Música. Depois largei para fazer Psicologia Rs. Mas gosto bastante de História, sobretudo os temas que você aborda, alquimia, religiao, mitologia; seu canal é o unico no Brasil que traz esses temas com responsabilidade.
Religião é ópio do povo
@@ClaudioMecenas-w9l Frase "profunda". Se for dita por um adolescentes de 15 anos...
Não fale isso como forma de rebaixar a religião. Ela é o ópio, mas como o próprio velho Marx diz, também muitas vezes é o que movimenta as pessoas a buscar por justiça, se revoltarem. A religião é um ferramenta perigosa quando usada pela massa dominante (de forma distorcida) pra dar medo, mas tbm é o que salva mts de n desistirem enquanto vivem em situações terríveis.@@ClaudioMecenas-w9l
Alquimia?
Esse ódio e desprezo a teologia, presente nos lunáticos modernos, é patético, e evidência a falta de conhecimento destes para tal. Forte abraços, seu canal é bacana, ajudando a divulgar a História. Aliás, o Concílio Vaticano II já falou sobre as religiões pré judaicas com doutrinas parecidas, sem cair no perenialismo.
Pra mim como estudante de História tem sido bem interessante esse ponto, percebo que eu tinha uma mentalidade infantil nesse ponto, aprendi a respeitar a teologia e mesmo as instituições religiosas, apesar de manter o senso crítico
@@joaoh113 Todo mundo já foi infantil, a uns quatro anos atrás fui comunista, kkkk. Boa sorte nos estudos!
Tradição inventada, Teologia não é história.
Religião em 2023, kkkk
@@anderson.runner
Recomendo que leia nosso artigo sobre isso:
yangelico.blogspot.com/2023/11/dialogo-pedro-e-tobias.html
Se você não conhece o Deus Onipotente, sua situação é mais grave, então leia isso:
yangelico.blogspot.com/2023/09/porque-jesus-e-deus-parte-1.html
Entendi boa noite obrigada pela sua explicação!
Cursi Bacharelado em História e pensava em trabalhar em arquivos ou museus, mas a maioria desses trabalhos depende de concursos.
Na minha cidade é cheia dessas panelinhas e tive que me reinventar.
Tenho uma página na qual falo de História e Arte.
Excelente, Professor. Eu faço licenciatura em história na UFF, e na primeira aula foi apresentado que lá iríamos estudar a historiografia, e não história. Acho que é essa a pegada da maioria das universidades.
Como tá sendo a experiência, amigo?
Sim. É muito bom conhecer de tudo um pouco. Sendo religioso ou não.
Acho que nada afeta o outro a não ser que a pessoa em si queira!!!
Muito bom!!!!
Nota: fora o outro, vou me inscrever nesse canal também. Tem uns assuntos interessantes que não está no outro canal!
Bom, já vou me enturmar aqui. Espero que tenha espaço para mais um!
Fica água com minha entrada aqui também!
Obrigado e até sempre por aqui também! ✌🏻😄😊😉👍🏻🙂☺️
Sendo bem sincero, o argumento de história ser diferente de um nível, no caso ensino frente a ensino superior, acontece com quase todas as áreas de estudo. Tente estudar física na faculdade e, ou se forme em 4 anos de maneira mais sofrida possível, ou mate um leão por dia para se formar em 5 ou mais
Os debates nos grupos da faculdade são intensos pois existem variantes de interpretações na faculdade.
Os departamentos universitários são transitórios e circunstancialmente são reflexos da sua época e dos professores que lá estiveram ensinando. Vou logo dizer o que me inspirouː nada se compara a Universidade de Cambridge na primeira década do séc. XX, a Escola de Frankfurt (nos anos 60-70) e ao Collége de France nos anos 70-80 na França. Estas instituições me inspiraram e continuam me orientando naquilo que considero relevante ser pesquisado. Dos anos 80 pra frente muitas coisas mudaram o que se pensava e com a introdução da inteligência artificial muitas outras coisas serão acrescentadas - principalmente na área de física quântica, astronomia, robótica, neurociência, etc. É claro que nossas instituições deveriam imitar o que há de excelência no mundo acadêmico e não ficar preso nem na burocracia acadêmica e nem na ideologia que orienta muitos professores que adentram no ensino universitário. Observamos que muitos professores se fixaram em produzir teses, mas não livros que ampliasse o debate público de ideais. Não temos livros que sejam articuladores de novos paradigmas ou que permitam motivar um diálogo com a comunidade. Nossas universidades têm um histórico de descaso e desdém com a sociedade ao contrário das instituições universitárias européias. Nós podemos ver diversos cursos da “Ecole Normale Supérieure” ou do “Collège de France” de diversos professores. De qual professor, no Brasil, você pode ver os cursos? No Brasil há excelentes professores, mas não conhecemos seus cursos. Isso é praticamente sepultar o que foi a vida acadêmica dos professores que determinaram a transmissão do conhecimento na nossa época. Todos os cursos de Michel Foucault no “Collège de France” estão gravados em áudio, em vídeo e nos livros. Isso é prestigiar o professor, seu saber e sua memória. São raras as palestradas gravadas de nossos professores. Não é só a história das nossas instituições universitárias, mas igualmente como valorizamos o saber, a ciência, a memória e os nossos professores
"Ou a pessoa estuda história ou ela estuda teologia" sendo q só nos últimos 70 anos q questões religiosas pararam de ser influentes em acontecimentos históricoskkkkkk
Adorei a resposta! muito boa e completa!
Achou que eu estava brincando?
Em 2014 já existia máquina do tempo ?
Também tenho esse interesse em Teologia e História. Acho ambos os cursos muito interessantes.
Faz vídeo sobre o jardim do Eden
Creio que seja na Armênia
Concordo plenamente fiz História por paixão, e confesso uma certa decepção, achei muito raso o conteúdo, muito preso a docência te formam pra dar aula, a seguir o método. Hoje entendo que a boa leitura com suporte de um canal como o seu é que agregam no conhecimento mais amplo !
"A fé vem pelo ouvir a palavra", quem disse isso foi Apóstolo Paulo. E isso não militância é bíblico e muito menos factualista.
Ótimo vídeo, com o curso de história consigo pegar quais vagas em concursos? Por exemplo, arquivologia, teria como eu com certificado em história ter acesso a essa vaga?
Me inscrevi pro vestibular de história, espero,caso passe, não virar um esquerdista
Ué?! Você se acha tão influenciável assim, cara? Sapere Aude!
Sempre gostei de história mas achava a história escolar excessivamente focada no ocidente e no homem branco. Aprendi muito mais mesmo estudando por fora. Fiz a mesma coisa com outras áreas do conhecimento. Acredito que aquilo que gosto não teria mercado de trabalho.
Primeira vez que alguem define a motivação da minha frustração no curso de história, o qual eu fiquei menos de um mês.
Foi frustrante, esperava conteúdo, esbarrei em semanas de discussão teorica como "história deve ser considerada ciencia" e toda uma punhetação mental.
Sem contar que as aulas eram pela tarde, pós almoço e eu com um tdah fodido e nao diagnosticado.
Fui pra engenharia, mas até hoje gosto de história (nao o curso de graduação).
Posso esta atrasado, mas se puder me responder, gostaria de saber de como é a vida de um historiador. Pq eu quero se é possivel pagar as contas de boa, pode parecer que to zoando mas é uma questão que tenho duvida mesmo.
Kkkkkk tô com a mesma dúvida
Onde acontecem as lives?
no youtube
Vale a pena cursar antropologia? Pq eu tô entre antropologia ou medicina
Olha, eu curso ciências sociais, que abrange antropologia, e cogito fazer essa ramificação. É importante ressaltar que é uma área muito desvalorizada, e a faculdade pode desvalorizar ainda mais (recomendo as públicas se possível). A maioria das pessoas do curso vão seguir área da Educação e virar professores, porque é a maior empregabilidade. Mas também tenho colegas se encaminhando para área de pesquisa (seria a minha intenção), outros visam concursos que cuidam de questões culturais. É difícil, é desvalorizado, pesquisa exige muito e te retorna pouco e lentamente, mas se é o que você gosta e se quer realmente se aprofundar, é possível e é possível ter uma vida estável. Mas mantendo bom desempenho e entregando sua alma a isso. É um curso que você nunca para de estudar, mesmo depois de formado, isso pode ser gratificante ou um desafio. Eu mesma sou apaixonada por ciências sociais, o curso me tornou muito melhor como pessoa, mas mercado de trabalho é complicado e área acadêmica é disputada. Há sim muitas pessoas boas e professores bons, mas também há muita comparação e prepotência, é preciso saber filtrar e manter uma mente boa.
@@Laura007xs então acho que irei fazer medicina, muito obrigado pela mensagem e atenção ☺️
Não tem mais live mestre ? 😢
acho que a lenda ta tirando umas férias 😂
Hoje tá tendo live!
Boa noite
Eu não sei como é em História, mas em Letras (o que faço atualmente), o maior problema é o excessivo marxismo mesmo nas aulas. Ai já não sei se esse problema é generalizado em humanas ou só em Letras.
Em humanas como um todo mas aprendi a não ver tanto como "problema". O que me incomoda não é os profs marxistas serem maioria, mas sim quando são fechados nessa visão de mundo e não abrem espaço ao dialogo respeitoso. Universidade é espaço de debate.
Creio que você quis dizer que existe uma grande influência da dialética de Hegel. Não tem muito como fugir dele, o modo de análise hegeliano influenciou todo mundo. Mesmo para os que não percebem ou não sabem.
Karl Marx e Friedrich Engels. Esses pensadores foram responsáveis por fundamentar econômica e sociologicamente as ideias socialistas que já existiam na Europa, no século XIX, oriundas de teorias políticas anticapitalistas que pregavam a necessidade de se pensar em uma sociedade igualitária. Portanto é essencial para a licenciatura em geral, mas também tem vários outros pensadores como John Dewey.
Célestin Freinet.
Jean Piaget.
Lev Vigotski.
Carl Rogers.
Paulo Freire,espero ter ajudado 😊
No meu grupo da faculdade debatemos todo dia isso kkkk.
O Marxismo é ensinado na faculdade como algo benéfico, não dá pra negar que é um fato histórico, mas o viés da faculdade, pelo menos a que eu estou, é marxista.
@@Caminhoisraelitaalguém ta mentindo, pq todos os marxistas sempre dizem que entram na faculdade esperando a tal da grande doutrinação que tanto prometem e saem recebendo pós modernismo francês
Ainda tem faculdade de humanas em 2024? Kkkkkkkk
Dar aula p ensino fundamental e médio é literalmente o que eu quero
Já ouvi de professor de história que é uma carga horária bem grande pra receber razoavelmente bem, isso porque ele trabalha em muitas escolas, ou seja tu precisa achar mais de 1 vaga. Mas foi meu sonho também por bastante tempo, só que fui desencorajado, é uma boa olhar a situaçāo atual antes de cursar.
Vc tem certeza sobre isso? Rapaz..... procure saber como é antes. Recomendo!
cada vez mais a disciplina é deixada de lado nas escolas. mas sendo o que você deseja, siga em frente
Vish... Boa sorte! Futuramente vou ser professor de filosofia e eu não pretendo dar aula no ensino médio. Se eu der aula no ensino médio, vai ser somente no começo da minha carreira profissional e por pouquíssimo tempo. Meu objetivo, minha meta, é ser professor em universidade. Nível acadêmico mesmo. Ali o professor - principalmente de filosofia - é muito mais valorizado. Diria que o real valor atribuído à edução está no nível acadêmico.
Falar que fé, no sentido religioso, complementa a ciência é ridículo.
Os cientistas podem ter crenças religiosas? Lógico que sim! Porém, no seu fazer científico, não podem partir do pressuposto de que sua religião é verdadeira.
Isso aconrece simplesmente porque tudo o que é considerado verdadeiro pela ciência só o é mediante teste empírico, ou seja, como é impossível elaborar um experimento que prove a existência de deus, ele não deve ser considerado na produção da ciência.
Muito burro
Acho que a ideia é que as duas são conciliáveis. Sem precisar ficar uma contra a outra. Isso é até um ramo e uma vertente de visão nas ciências da religião. Ele não falou no sentido de usar uma ou outra pra provar o ponto da outra.
Da mesma forma que não pode considerar que não existe alguma divindade, o cientista tem que se manter neutro. Se a crença dele for real, ela não precisa de puxa sacos pq ela mesmo vai se provar sem nenhuma ajuda
@@victorpetrarca2471 sim, super conciliavel