Henrique, por favor nunca revele a sua crença. Olhando nos comentários fica nítido que a partir do momento que você fizer isso o pessoal mais fanático vai utilizar pra falar que o seu conteúdo é enviesado.
Acho ótimo o modo asiático de encarar as religiões. No ocidente, nas religiões monoteístas sobretudo, cada religião diz-se a certa em detrimento das demais e isso por si só já é conflituoso.
O cristianismo é o melhor exemplo disso. Os cristãos se dizem "certos absolutos" e que qualquer religião que não seja a cristã é "pagã" e/ou "falsa". O Jesus da fé cristã, para a maioria dos brasileiros, é o "messias" e "salvador" absoluto... Isso por si só é intolerância.
@@davids.mattos8840Presumindo que existe(m) divindade(s), você não acha que pensar que todas as divindades cultuadas existem igualmente é meio improvável? Pra você, é possível baal e Zeus existirem ao mesmo tempo?
Essas práticas espirituais na Coréia vem de uma tradição confucionista em homenagem aos ancestrais. Claro que minha experiência individual e familiar não é totalizante, mas, para alguns, essa prática se assemelha a um jantar de natal ou missa de sétimo dia. Quando familiares se reúnem em uma comemoração ou celebração, ainda que estejam despidos de religiosidade.
@@erickj.933 o aumento do Islã virá em sua maioria do sudeste asiático, enquanto o crescimento do cristianismo virá da África subsaariana. Nos países desenvolvidos, o número de ateus/agnósticos/irreligiosos só aumenta
@@oadm6757 O Islamismo é atualmente a religião que mais cresce no mundo. Mas isso porque não se considera a banda dos "sem religião definida" como uma religião. A "sem-religião" já é a terceira maior "religião" mundial.
@Charlie_Chaplin_B Desculpa, mas morte encefálica é definitiva, nesse caso a pessoa está definitivamente morta. Deve tratar-se de erro de diagnóstico. Mesmo que fosse possível reverter, o cérebro estaria danificado demais pra permitir consciência.
Com certeza, mas não é o principal. Na Índia, por exemplo, as mídias digitais reforçam muito a religião. Mas com o avanço da educação a crença em mitos vai diminuindo com o tempo, à exceção de quando a educação é função de órgãos religiosos como a igreja, ou no caso de teocracias onde a educação é totalmente fundamentada em uma determinada religião
Professor, essa correlação proposta não está baseada em artigos científicos publicados em revistas de relevância acadêmica. Claro que é só uma suposição, e as prováveis causas devem ser melhor pesquisadas.
@@kaiosousafreitastorres870 Sim! Aliás, é interessante ver o quanto isso varia de país para país. Lembro de uma charge que vi na escola (salve engano) de devotos cristãos rindo de devotos de outra religião que não parecia abraâmica. Só que a charge foi genial (como as melhores sempre são) em mostrar o qual antinatural é prestar homenagens a figuras lendárias entalhadas em matéria. Estátuas, ícones, símbolos e tudo mais. Só que naturalizamos isso, há ponto de acharem engraçado um povo ter vários “Deuses estranhos” sendo que a maioria de nós tem literalmente a imagem de um homem morto de uma maneira horrível preso em uma cruz, sabe?? Isso é normal?? O que seria “normal”? Às vezes é como se o ideário europeu de excepcionalidade religiosa, cultural de séculos atrás tivesse sobrevivido bem aqui, na América Latina e América Anglo-Saxônica com muita força. Enquanto na Europa contemporânea as pessoas tampouco são religiosas quanto neste continente. É impressionante o quanto a história tem um humor negro, tantas vidas ruíram para nada. Quantas pessoas não devem ter morrido na odisseia europeia por fé?? O irônico que tanto aqui quanto na Europa, fica claro que muitas vezes a religião é somente um argumento etnocêntrico. Só que na Europa alguns nem lançam mais essa, já mete logo a questão étnica desvelada, não há mais vergonha nisso. Sem papinho de fé. Só que em certos países, como o Brasil, a fé costuma ser uma instrumentalização um pouco mais difusa. Aqui eu sei que uma parte disso é devido à miscigenação e algumas outras coisas, mas e em outros lugares? É terrível, mas, ao mesmo tempo, é fascinante ver a fé instrumentalizada a serviço político.
Seria isso algo que vem acontecendo nos últimos tempos por conta de uma espécie de "emancipação" religiosa ocidental? Pq eu percebo que a galera de antigamente se preocupava em participar de 1 religião muito mais pra agradar suas famílias e a própria sociedade do que por realmente acreditar naquilo que dizia seguir...
Acredito que Jesus não é tão "gente boa" assim como muitos dizem por aí. A questão é que há gente que faz todo tipo de promiscuidade, têm vícios e impulsos bestiais achando que Jesus os aprova. Incongruência total. Pois o próprio Jesus disse para não pecar. É claro que ele se referiu à tentativa de ser santo e não de realmente o ser - pois ninguém o é - , ou seja, resistir aos instintos bestiais que temos em nossas almas. Ele quis emancipar o homem dos vícios mundanos mas muita gente vive nesses vícios e até reconhecem o qual boa é a mensagem de Cristo mas não acolhem suas mensagens. Portanto muitos vivem escravos de seus desejos, vícios e impulsos sem uma direção certa na vida e sem levar a serio a mensagem de Cristo.
Fui Católico por muito tempo, mas de uns oito anos mais ou manos, me tornei ateu. Não sei se serei ateu para sempre, pois estou constantemente buscando evidências de que exste um ou mais deuses. Porem, ainda não encontrei.
Evidências físicas eu diria que é impossível, Deus é uma força que é para ser sentida, não vista ou questionada. Eu seria ateu se não tivesse sentido a Graça de Cristo em minha vida, quando eu estava precisando de ajuda Deus me ajudou.
"O Homem é a mais insana espécie. Adora um Deus invisível e mata uma natureza visível, sem perceber que a natureza que ele mata é esse Deus invisível que ele adora" - Hubert Reever
Mesmo que pareça um pouco estranho esse "modo religioso asiático" para nós ocidentais, compreendo e me vejo muito mais nele. Pelas visões de mundo que tenho, nenhum mito de criação que conheço me é suficiente e no momento não sigo nenhuma religião, no entanto, vejo a importância dos ritos em diversas situações da vida, no nascimento, em momentos de dificuldade, casamento e morte, para mim não seriam exatamente um contato ao divino mas uma maneira de honrar o momento e tratar com respeito. Acredito que seja um ótimo equilíbrio e um meio saudável de se levar a vida, evita os conflitos de conhecimento religioso e científico enquanto mantém as suas raízes, a suposta pureza religiosa que encontramos em diversos cultos ocidentais servem apenas para machucar o ser em um mundo de tantas contradições.
Só uma coisa que eu gostaria de mencionar é que em determinado momento do vídeo vc diz que num período mais nacionalista no Japão o budismo era rejeitado Bem isso aconteceu pois a filosofia samurai era totalmente ligada ao budismo (Era como o cavaleiro europeu era ligado ao cristianismo por exemplo) E em 1868 aconteceu a restauração Meiji que se propunha a transformar o Japão numa monarquia de estado moderno visto que o feudalismo japonês já estava atrasado e era incapaz de defender o povo dos tratados desiguais impostos pelos Estados Unidos e pelos europeus, mas pra isso acontecer o estado moderno japonês teria que combater as castas samurais que eram budistas e após a restauração Meiji o povo tinha uma aversão ao budismo por ser uma religião que sustentava uma sociedade atrasada. Espero ter ajudado, sou muito fã do seu canal.
Parece que a questão está ligada mais as intuições religiosas do que às crenças religiosas em sí. Logo, independentemente da filiação a uma intuição religiosas ou a uma religião em sí, a crença, ritos e ate mesmo cultura religiosa não sofreu o impacto do desligamento a essa distancia com a instituição. É como imaginar que a população estivesse se tornando menos sedentária, mas o numero de matrículas nas academias estivessem caindo, logo as pessoas estariam praticando as atividades em casa, em parques etc. Percebe?
Ótimo vídeo! Ótimas reflexões a respeito do artigo, que gostei bastante de ler também, achei bom seu discernimento a respeito do conceito religião. Parabainx
Sobre o budismo e o Xintoísmo, não é bem como você falou. 1. Xintoísmo é uma religião moderna que foi criada depois da restaurção Meiji para legitimar o governo imperial japonês, baseando-se em uma ideologia chauvinista que buscou rejeitar qualquer elemento estrangeiro, especificamente o Budismo e o Confucionismo. Antes da era meiji, a palavra ShinTo (Caminho da[s] divindade[s]) era análoga à BukKyo (Dourina do Buda - Budismo), e o culto aos kami eram parte indissociável da religião budista japonesa. Como característica única do budismo, sua propagação admitiu a assimilação das divindades cultuadas pelas várias culturas com a qual entrou em contato, realizando uma certa pacificação dos costumes e ritos cultuais (por exemplo, pedindo o abandono do culto por meio de sacrifícios sangrentos, adotando apenas oferendas pacíficas, como flores, incenso, água, etc). Assim, historicamente nós tivemos um budismo "ocidental" que venerou Zeus, Hércules, Poseidon, e todo o resto do Olímpo, assim como tivemos uma budismo original indiano, que venerou Indra, Agni, Surya, etc, um budismo tibetano que venerou as Temmas, as Taras, e assim em diante. A razão disso é que sociedades politeístas possuem divindades análogas entre si, mesmo sem uma linhagem de ancestralidade. Zeus, Indra , Tupã e Baal, por exemplos, são todas divindades celestiais que cavalgam as nuvens e utilizam raios como armas. Dessa forma, o Buda acabou sendo projetado como uma "divindade primordial" (na verdade, o Buda cultuado na maioria das Tradições budistas não é necessariamente Siddartha Gautama, e mesmo nas que veneram principalmente o Buda Histórico, ele não é tratado como um simples humano), acima de todas as outras a quem aqueles deuses se curvam e obedecem. O budismo foi, assim, um fenômeno de pacificação religiosa em todas as sociedades na qual ele se enraizou, de forma que não é possível separar a tradição religiosa nativa ancestral, da tradição budista que se inseriu ali. 2. Na era Meiji, o Shinto foi criado e institucionalizado como uma religião diferente (como já mencionei) para atender as demandas políticas do Japão Imperial. Foram criados santuários e um sacerdócio xintoísta separado do budista, foi promulgado como religião oficial do estado e suas celebrações e rituais foram obrigatórias para todos os japoneses. E com isso, o Shinto era sim uma religião semelhante o cristianismo, que exigia filiação única e obrigatória, bem como desfiliação de outras religiões. 3. A grande guinada da consciência religiosa do Japão (em particular, mas que vale também para outras regiões do extremo oriente) foi decorrente da Segunda Guerra. Não existiu nenhuma instituição formal e tradicional budista no Japão que não tenha apoiado o governo imperial e suas práticas, muito menos instituições xintoístas que foram criadas para defender ideologicamente o Estado. Ao mesmo tempo, houve resistência de praticantes laicos (os chamados "ko" e "kai") que não tinham uma educação doutrinária da religião bem estabelecida. Com o final da Guerra e o trauma generalizado que as duas bombas nucleares causaram no Japão, a religião institucionalizada se tornou massivamente desmoralizada, ao mesmo tempo os vários grupos "ko" e "kai" (algumas com presença no Brasill, como a "Honmon Butsuryu Ko", "Hokkeko", "Soka GakKai", "ReiyuKai", "Rissho Kossei Kai", etc) que eram/são formadas por laicos sem a instrução e formação doutrinária adequada e aprofundada ganharam evidência. Elas se tornaram bases para o surgimento das chamadas "Novas Religiões Japonesas" [Shin Shu Kyo] (algumas também existentes no Brasil, como a "Seicho no Ie", "O-omoto", "Perfect Liberty", "Igreja Messiânica", "Tenrikyo", entre outras. Todas elas partem de um sincrestismo entre muitas doutrinas religiosas diferentes, e não encaram com seriedade as distições doutrinárias das religiões tradicionais. Diante desse novo mundo que se criou no Japão com o trauma da Segunda Guerra e a desmoralização da religião tradicional, o Japão abraçou essa postura sincretista como parte de sua existência no mundo. O Japonês celebra festivais budistas como Hana Matsuri, celebra os festivais instituídos pelo sacerdócio Shinto, e celebra até o Natal, sem se comprometer seriamente com nenhuma instituição específica, pois na mentalidade deles, a religião foi a principal ferramenta usada para sustentar um regime que foi responsabilizado pela maior tragédia da história japonesa.
Muito bacana e importante este estudo, por mais que seja muito precário o pensamento por detrás dele. O que é que acontece, o que a história retrata? Posso falar do que chamam de Hinduísmo (já já explico), mas se repete para as demais tradições porque estamos de um movimento social comum. Um conhecimento metafísico é "revelado" ou "alcançado" e estabelecido em uma região si, seja para uma pessoa ou um grupo de pessoas ou mesmo sociedade. Este conhecimento metafísico vincula o indivíduo a algo que podemos chamar de "rituais" (entendendo aqui rituais tal qual "pagar a conta de luz pelo celular via pix", que existe um método para se obter um resultado, algo muito mais perto de nossa realidade). O grupo destes rituais é por muitas vezes chamado pelos estudiosos como religião, e aqueles que acreditam naqueles rituais são considerados como religiosos. Alguns ritos de conhecimentos de fontes distintas, de culturas distintas, coincidem, e isto torna um "modus operandis" de uma sociedade no decorrer do tempo. Tais rituais possuem em si um conhecimento metafísico presente, e tal conhecimento, mesmo não sendo estudado ou sequer cognitivamente percebido, se estabelece como um hábito social comum "indiscutível". Assim, com o tempo, surgem muitos ditos religiosos que são aculturados a fazerem certos rituais que são identificados de determinadas "religiões", mas isto não torna o indivíduo um adepto daquela religião necessariamente. No decorrer da própria percepção do indivíduo ela vai ou vestir a camisa ou não. Dentro da academia se confunde muito, MUITO, mesmo dentro dos cursos de "Ciências da Religião" , tais grupos de rituais como religiões. Partindo deste princípio, "ismos" são estabelecidos: budismo, hinduísmo, cristianismo, islamismo, etc. Porém, em si, elas não são a religião. Por que? Porque uma religião está diretamente relacionada com um conhecimento metafísico específico. Aqueles que se conectam conscientemente e cognitivamente a este conhecimento radical é que são os legítimos religiosos, e não os ritualistas sem fundamento. Curiosamente, os "sem fundamento" são por muitas vezes chamados de "fundamentalistas" (ironias da vida). Enfim, por isso algumas tradições estão se desvinculando do termo "religião". Hoje mesmo eu, Brahmarṣi, estava conversando com outros ditos Hare Kṛṣṇas sobre esta distinção, e somos adeptos a ideia de não tratar nossa escola filosófica como religião, mas como ciência espiritual, pois, diferente dos moldes empíricos de constatação, temos formas de avaliar nosso "experimento espiritual" e constatar com tais métodos as comprovações de seu funcionamento (desenvolvimento de amor a Deus e suas consequências naturais) - e, diga-se de passagem, tais métodos vão para além dos "rituais religiosos". Espero ter contribuído para a discussão. 🙏🏽
Perfeito demais a explicação sobre o quão é limitante e unicamente ocidental o conceito de "religião", pra muitos povos não existem uma série de regrinhas e hierarquias, existe simplesmente a cultura própria e diversificada daquele determinado território.
Boa noite! A cerca de 20 anos vim morar em São Bernardo do Campo e por curiosidade fui conhecer a mesquita que há aqui. Não pude entrar na mesquita devido aos dogmas deles, mas conversei com muitas pessoas. Em dado momento uma das professoras me perguntou qual a minha religião. Respondi que sou ateu, e, ela se espantou e disse me que eu deveria me converter a religião certa para deus. Então, perguntei o que aconteceria se eu quisesse me converter ao judaísmo. Parou um por alguns instantes e me respondeu que a religião certa foi deixada pelo último profeta, ou seja, Muhammad ou Maomé. Sorri, e lhe disse de Joseph Smith, fundador da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também se afirmava como fundador da verdadeira igreja de deus ou Jesus na terra. Disse desconhecer esta igreja. Para mim, pelo menos para mim, a crença em deuses e outros seres sobrenaturais é uma bobagem, e, ser seguidor de alguma igreja ou religião é querer ser enganado ou explorado por falsos líderes religiosos. Beatles e Tim Maia aprenderam isto.
Asia está evoluindo, um povo mais culto e esclarecido , tende a abandonar a religiao, uma prática limitante que fica enraizada apenas nos povos mais ingênuos e ignorantes.
Pelo contrário. Quanto mais conhecimento mais fé. A falta da mesma demonstra estupidez e ignorância e retardadismo. Perto de um ateu vc tem que estar pronto para a legitima defesa. Os ateus que conheço praticamente são analfabetos e oque não é é verdadeiro andróide mente totalmente lavada
@@nelsondejesusprestespreste5845 lógico que não, mais conhecimento científico mais ateísmo, vc precisa negar a ciencia para ter fé, precisa negar o conhecimento humano científico
Boa noite mestre, será se seria possível o senhor abordar o assunto das possíveis minas do rei Salomão (ofir) ser no Brasil? Grato, sou um grande admirador do seu trabalho 🩵
A cultura ocidental também possuia esta "malemolência" religiosa, na qual as pessoas trocavam de cultos com enorme facilidade. Parece que na Grécia antiga, HOmero deixou um certo panteão que era a espinha dorsal das crenças religiosas dos helenos, mas ao longo do tempo, os gregos foram abosorvendo outros deuses par ao seu panteão, tais como Pan, Sabazio e Cotys (originários da Trácia); Agênor (fenício); Attis e Cibele (frígios); Cabires (não se sabe a origem); Sarapis (Deus egipicio que foi sincretizado com Asclépio). Em suma, a formalização das religiões parece ser algo mais recente e vinculado principalmente aos cultos monoteístas, mas não sou capaz de jurar sobre isso. Não sei as coisas eram na INdia antigo ou no prórpio Egito. Nao sei como estes povos se relacionavam com o problema da fidelidade aos deuses.
Eu sei que existem indianos que tem todo criacionismo deles para desbancar a Teoria da Evolução. Bom, isso me sugere que talvez a fé deles seja tão institucionalizada quanto à ocidental.
Não é coincidência que os países mais seculares são justamente os mais ricos e prósperos enquanto que os mais religiosos são os mais pobres e politicamente instáveis. Basta ver o que acontece no Brasil, no restante da America Latina; continente Africano; Oriente Médio e Sul da Ásia. Há uma co-relação direta entre pobreza e religião. Se fizermos um recorte dentro do cristianismo, os países católicos são mais pobres ou muito menos ricos do que os protestantes.
O prostestantismo desde a fundação dos EUA tem grande influência na formação daquele povo. Grandes povos europeus também tem o cristianismo como o pilar de suas nações… complicado afirmar isso.
@@JfCraft100 , A Europa está cada vez mais secularizada. As igrejas lá de tão vazias e pouco frequentadas estão sendo convertida em bibliotecas, abrigos e moradias. Nos USA esse fenômeno é bem menor mas está acontecendo. No continente africano, as ex-colonias inglesas são muito menos problemáticas e muito mais desenvolvidasc e politicamente estaveis do que as ex-colonias francesas (catolicas), onde se concentra a maior parte da pobreza. As ex-colomias portuguesas e belgas (também católicas) são igualmente bem mais pobres também. Mesmo na Europa desenvolvida, as maiores rendas per captas estão nos paises protestantes.
Isso é algo que o Pirula já até dissertou. Nenhum país se tornou ateu e se desenvolveu. Os países se desenvolvem e por CONSEQUÊNCIA vão abandonando a religião.
Se o país tem uma religião oficial e, se esse credo é cívico e agnóstico, a crença ou descrença num deus supremo cai na irrelevância. E esse é o caso da religiosidade de algumas sociedades orientais profundamente diferente da religiosidade dos povos da herança abraâmica.
Óbvio. Por isso o sincretismo politeísta era tão forte. Os politeístas não achavam que outros Deuses eram falsos, mas sim que eram os mesmos Deuses interpretados de maneiras diferentes.
Tinha politeísmo que incentivava bacanais que a galera transava até com bicho eu não quero entrar no mérito ser você acha isso certo ou errado cada um com sua consciência.
@@felippem06 eu diria que o politeísmo é menos dogmático, que o monoteísmo, mas tem religião monoteísta como o zoroastrismo que e bem menos dogmática que as abraâmicas.
O Japão preservou o Xintoismo( 50 milhões) como pedra angular da identidade japonesa. Na vdd o Estado japonês reinventou o Xintoismo, que tradicionalmente era cheia de crenças, divindades, espíritos, fantasmas, e cada aldeia tinha seus espíritos favoritos. Mas a reinvenção funcionou como mágica na 2° guerra, obtendo uma lealdade fanática ao estado e temos como um exemplo extremo - os Kamikazes e também os Samurais. Kami = divino. Kaze= vento Não importa quão arcaica uma religião possa aparecer, com um pouco de imaginação e reinterpretação, ela quase sempre casa com as engenhocas tecnológicas e as mais sofisticadas instituições modernas.
Obs: Sendo essa semântica de " pedra angular" o respeito e o culto aos seus antepassados, o qual falta em muitos ocidentais, onde o antigo, o velho, tornar-se um estorvo aos que se denominam progressistas sem o mínimo respeito aos que vieram antes.
Curioso que eu vejo muitos jovens ocidentais têm se tornado mais "religiosos". Eu mesmo, era protestante e me converti à religião católica a alguns meses. Não sei se estou em uma bolha e as redes me mostram muito disso, mas vejo muitos depoimentos de jovens voltando à fé católica.
O protestantismo no Brasil e EUA, principalmente exportado pelo EUA, é praticamente um negócio. Há sim igrejas que mantém ensinamentos dos originários da religião, mas há muita mercadoria da fé
Então, também sou da geração Z, não gostava de religião na minha adolescência e até fui antirreligioso por alguns anos. Passei a me interessar por religião ultimamente. É uma maneira muito mais otimista de ver o mundo, realmente fascinante. Agora estou em busca de uma religião que faça sentido para mim, e me interessei pelo cristianismo depois de ver esse lado menos emotivo e mais intelectual que ele possui.
Sobre crença o que sempre me chamou atenção aqui na Ásia é o fato de que se vc perguntar a eles se eles possuem religião responderão categoricamente que não, especialmente aqueles que já tem algum contato com o ocidente e a perspectiva ocidental de religião( abraâmicas). Se mudar a pergunta e questionar se eles possuem crença a resposta muda. Boa parte dos países da Ásia são altamente supersticiosos muitos deles possuem um sincretismo entre crenças animistas locais, budismo e filosofias locais onde muitas delas possuem aspectos bem semelhantes ao que entendemos por religião, mas tem um diferencial; a crença faz parte da vida quotidiana! A exemplo do Japão, onde moro, cada festival shinto celebrado no Japão por exemplo é mantido vivo pq num país que possui terremotos, as 4 estações bem definidas, tufões e chuva com mês marcado é preciso que vc entenda bem e respeite esses fenômenos pq esta é a diferença entre prosperidade e fome. Cada festival shinto é uma lembrança de que não temos controle da natureza por aqui, cada celebração ao Deus montanha ou ao Deus do arroz é uma lembrança de que devemos observar com minúcia o nosso entorno. E esse observar é que é mantido através dos festivais. Eu não lembrava qual dia do calendário era cada solstício e equinócio quando morava no Brasil, aqui eu simplesmente sei pq há feriados, pequenos festivais, mercados decorados datas específicas das prefeituras p fazer limpeza na cidade por causa destes festivais. A relação com higiene também é muito ligada a superstição até o ato de tirar os calçados e os cumprimentos que fazemos ao entrar na casa de alguém. Eles tem uma palavra específica para não crentes que é “mushironsha” não usam a palavra ateu, mas quer dizer “sem uma ideia de Deus” . Eu não possuo religião e não sou supersticiosa, mas aqui eles entendem que vc não crer em espíritos por exemplo é como não possuir um dos sentidos, nada muito diferente do que já ouvi no Brasil por exemplo. A diferença é que eles não batem de frente e não ficam tentando mudar pessoas como eu, entendem no mínimo que pessoas como eu fazem parte do todo. Acho que esse é um dos aspectos que faz com que eles convivam bem com o progresso por exemplo.
Tu acha que Japão e Coreia do Sul são exemplos de alguma coisa? O Japão tem as maiores taxas de sui$c$io do mundo, além de serem um povo extremamente solitário e possuirem diversos problemas psíquicos e entre os mais frequentes a depressão. A Coreia tbm é a mesma história, além Claro de outras coisas perturbadoras desses países e que são muito melancolicos e assustadores
@@benyaminbenDavid5177Esse fenômeno na saúde mental se deve ao fato deles colocarem pressão D+ em se mesmos , acontece por grande parte da Ásia , não tem nada haver com o ateismo
Fui batizada no catolicismo e desde criança, mesmo cumprindo os ritos da religião, nunca senti nada espiritual ou verdadeiro. Mais admiro o personagem do Jesus histórico. Pra mim a Bíblia é um livro dos momentos do povo daquela época. De coisas que eles acreditavam. Porém gosto de pensar que existe algo, mas sem fanatismo, ou obrigação.
SÃO AS MESMAS PESSOAS: Krishna, Tutancâmon, Buda, Cristo e lord Paschoal, (desculpe se não me escrevi corretamente o nome, eu li há mais de 30 anos). Mas existe um livro, bem interessante (não lembro o nome), que faz comparação entre a vida, o que disseram os 5 acima, apontando total semelhança entre o que falavam e pegavam... Com diferentes palavras e expressões, a interpretação a mesma. Ele afirma que é a reencarnação 5 x da mesma pessoa. Por exemplo, em Buda, é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã... No cristianismo, ama o próximo como a ti mesmo... E vai.
🎯 Considerando que o "REBANHO" é um só e é necessário ele vir para o "CURRAL" para ser feita a TOSQUIA (ofertas, contribuições, dízimos, mensalidase para educação dos filhos nas escolas religiosas,...), a disputas por fiéis é ferrenha entre as religiões, principalmente as cristãs.
Tá igual eu meus ancestrais são indígenas e judeus mãe era evangélica pai criado no catolicismo morei em orfanatos evangélicos e católicos fui católico e também evangelico perdi a fé voltei achala agora sou espiritualista só acredito em um Deus mais estudo tudo de história e religião porque há muita semelhança entre os deuses é uma completa doidera kk
Vendo de um ponto de vista católico, eu fico pensando no termo "religião". Todas essas crenças citadas parecem algo muito mais cultural, tradicional, crenças mesmo, mas não exatamente são "religiões". Se pensarmos no termo "religião" como vindo do termo "religare", ou seja, "ligar novamente", entende-se por "Religião" algo que visa reconstruir uma ligação perdida, e essa não parece ser a proposta de várias das ditas "religiões". Minha intenção não é diminuir nenhuma crença/cultura (visto que o proprio cristianismo bebeu de várias dessas crenças/culturas externas para se tornar o que é hoje), mas sim entender que esses lugares que estão "perdendo sua religiosidade", na verdade, nunca tiveram uma religiosidade(digo isso considerando especificamente as religiões nativas, pois pelos gráficos, foram as que pareceram ter as maiores perdas, com uma exceção "cristã" sendo o protestantismo, especialmente o mais moderno, visto que este não quer ser considerado uma religião). Em resumo, o problema parece ser não uma perca de religiosidade, mas um reconhecimento de que esta nunca existiu na vida pessoal destas pessoas. Nunca passou de uma repetição de conceitos.
7:36 Só um complemento, a frase completa é: “ Todo o japonês nasce shinto, casa católico e morre budista.” Isso pq boa parte das cerimônias de nascimento são feitas nos templos shinto, em agradecimento a deuses locais para os quais pessoas fizeram preces de ter filhos e foram atendidos. O budismo tem toda uma filosofia voltada para a “morte” ou a “passagem” são templos budistas que se celebram casamentos tradicionais - a morte da sua filha moça e nascimento/ passagem dela para a vida de casada na família do noivo/noiva. Contudo, o casamento católico ganhou os corações e bolsos dos japoneses. Ele é mais barato de celebrar e eles admiram a festa apesar da maioria não compreender a simbologia católica. As poucas igrejas católicas pelo Japão, são altamente disputadas para celebrar os casamentos.
6:21 Está acontecendo o que aconteceu no ocidente (ou ficando mais evidente - ja que como foi falado mais pra frente no vídeo, essas "religiões" são mais cultura que religiao como a gente entende aqui), as pessoas pararam de ter religiao (como identidade), mas se comportam 100% como alguem que tem religiao kkk segue com as mesmas crenças , cultura, ética...
Será que é mesmo correto atribuir essas mudanças a alguma suposta característica histórica ou inerente da cultura dos "orientais"? Isso pode apenas se tratar de um fenômeno cultural e histórico pelo qual estão passando. No ocidente também estamos passando por uma transição. Basta lembrar o quão comuns são os religiosos "não praticantes". É praticamente a mesma coisa. A pessoa faz certos ritos ou afirma acreditar em certas coisas, mas não leva isso como algo central em sua vida.
a história do brasil com religião começou lá quando tentaram catequizar os indígenas. ali se criou o mito de que o conceito do cristianismo é o ideal, de que ele é o perfeito.
não abandonar as praticas podem sr apenas por tradição ou respeito a familia amigos ou parentes ...não significa que a pessoa crê...eu mesmo acompanho minha esposa no terreiro dela por respeito a ela ..porém estou rindo por dentro quando vejo alguém incorporado seja lá com qualquer entidade ... ela sabe o desprezo que tenho por Deus,deuses,orixás espiritos e afins...porém respeito pq faz bem a ela mesmo sabendo que crenças são fruto de carência
Oq significa religião? Não é nada disso mencionado no vídeo. Não são doutrinas, não são fundadores, não são congregações e não são povos. Religião vem de religare. O entendimento do povo ou da academia acerca do significado de religião não significa nada, pq eles não sabem, é só mais um paradigma atual. É necessário "religar à Deus Pai" se vc quiser ter o verdadeiro conhecimento. Seu corpo sabe que precisa disso
Reconhecer o que há de melhor em diversas crenças e práticas religiosas demonstra maturidade e sabedoria. Deus, se existe, não está nas igrejas; pois se tratando de uma força transcendental e incognoscível, quem somos nós, meros seres finitos, para descrevermos Deus? Não podemos compreender aquilo que está além do mundo material; mas podemos compreender a sua obra. Portanto, quando estudamos a natureza e o universo, estamos conhecendo um pedaço do divino. Muito ínfimo, por sinal. Afinal de contas, o ser humano tem tanta importância para o universo quanto as bactérias do excremento do carrapato.
Eu achava que ao falar sobre a nossa visão sistemática da religião vc colocaria a católica como maior exemplo, mas vc falou " sobre tudo protestante", por quê ? Mesmo eu sendo protestanto, achava que devido a tradição e longevidade católica era seria seu exemplo principal.
De fato, tenho lido sobre budismo e taoismo e tenho certeza de que nāo se tratam de RELIGIĀO, porém a fim de estabelecer algum tipo de ordem dominante transformam estas filosofias em religiāo e à institucionalizam. Penso eu, que a institucionalizaçāo da fé é a morte da fé. Assim como presenciamos no cristianosmo ocidental o sujeito passa sua crença para a instituiçāo e toda sua estrutura, se perdendo do conceito de fé.
As pessoas veem a religião pelo lado cristão. Não era essa a ideia que se tinha de religião no passado. A palavra nem existia. Essa palavra surgiu lá pelo século XVI antes era só chamada de crença; A palavra que se originou religião era religio, que significa aceitação de uma moral subjetiva de um grupo. companheirismo, caridade,lealdade e civismo. Algo que se fazia repetidamente (relegere), Assim, religião é uma filosofia de vida a ser seguida por seus praticantes. Dessa forma, temos as religiões ateístas como o budismo, o confucionismo, o taoísmo e o humanismo secular,. Exemplo disso, é a religião do homem criada por Augusto Conte, cujo templo fica no Rio de Janeiro e se baseia no humanismo secular. Leia de Giovani Filorano e Carlo Prandi, a ciência das religiões
Os comentários do canal recentemente vem demonstrando como as pessoas são ignorantes e só procuram algo para legitimar o que ja acreditam. Um bando de ateu com mentalidade de adolescente não entendendo o papel e importância cultural das religiões para o desenvolvimento da humanidade, fazendo comentários que demonstram uma profunda imaturidade intelectual e por sua vez, um bando de cristãos que buscam avidamente em qualquer vírgula legitimar a sua crença, até mesmo de um "modo científico" e com isso tentar PROVAR para o outro que esta inequívocamente correto, sendo que é claro que na prática é impossível de provar a existência ou inexistência de "Deus" e que tudo parte de uma questão de fé. Parece que quanto mais informação, mais ignorante as pessoas se tornam...
Buda Shakyamuni se refere ao budismo como Buddhadhamma, então sim, ele se referia como um sistema religioso. Nós só colocamos o sufixo -ISMO, mas budismo é buddhadhamma. Outro ledo engano na fala é a parte em que diz que "um budista peregrina quilômetros pra tocar um dente de buda", nunca soube de nenhum fazendo isso kkkkkkk. Seria mais adequado dizer que a religião se refere a um ou mais sistemas filosóficos que se baseiam em uma crença e neste caso sim, budistas possuem uma crença que é derivada de um sistema filosófico, portanto, uma religião.
Se tivessem me entrevistado e a alguns amigos, veriam que esses 10% pode ser muito mais! Desse 2020, quando um padre numa missa na TV (entre outros horrores) disse que a covid era fruto do nosso pecado. Pensa! Deixei de ser católica. Não tenho mais religião e alguns amigos tb. Mas acreditamos numa força maior sim! Não sei como se chama isso. Mas é uma tendência. Olhando para História, quanto horror em nome da religião! Até hoje!
@realidade_00 acho que quem acertou numa definição mais coerente foi Marx: "A religião é o ópio do povo". Eu nunca havia entendido essa frase até fazer um curso de filosofia. Marx quis dizer o seguinte: Para onde você corre num mundo tão desigual, com fome, ódio, discriminação, racismo? Guerras? Extermínio do outro? Para a luta de classes? Para um coletivo de luta por uma vida melhor para todos? Não. Corre para religião. E ela nasceu dessa necessidade de "ópio" para aguentar e esperar um milagre que, na verdade, vem da força coletiva, do levante coletivo. Marx não critica quem tem religião, só explica o papel dela na vida das pessoas. Não há nada de moral na fala de Marx nem desqualificadora. Se essa mundo fosse mais justo, teríamos a Espiritualidade de gratidão, agradecer pela força que nos levanta para luta e não como varinha mágica de milagres que, além de frustrar, nos torna conformistas, aceitando tudo e até ouço " foi porque Ele quis".
E com relação ao Hinduísmo na Índia. É um considerado como uma religião ou mitologia? Considerando que penso que Religião é algo bem diferente de Mitologia
Até certo ponto tem gente que acredita que é mistura dos 2. A Índia é um país que não da pra distinguir ou comparar com outro no quesito social/religioso, pois de certo modo a história está ligada com a mitologia e crenças antigas e a religião ao sacrifício e homenagem aos deuses e divindades por meio de ritos e etc.
Será mesmo que o ocidente já não chegou a isso só que ainda não percebeu? Existe uma quantidade enorme de pessoas que acreditam em Jesus Cristo e não fazem parte de nenhuma igreja ou matriz especifica.
Pode ter algo a haver com o secularismo de nossos tempos ou a descoberta de independência em relação a laços herdados do colonialismo moderno - ter uma visão espiritualizada é uma coisa; ter uma religião, outra... - parabéns pelo ótimo trabalho. Meu trampo: th-cam.com/video/miCvUqX-zVM/w-d-xo.htmlsi=2yIRK27BQxMrolsI
Muinto complicado achar que as religiões asiáticas são comparáveis ao cristianismo. Se você perguntar se eles são ateus, eles vão responder que sim pois a maioria não acredita em um Deus ao estilo ocidental.
Nenhum asiático religioso é ateu. O budismo, por exemplo, pode não acreditar que o mundo foi criado por um deus, mas ele acredita que existe um Paraíso, que é um dos seis reinos do samsara, e que esse paraíso é habitado por divindades, chefiado por Indra, e irá louvá-lo recitando seu mantra "om shakiraya sowaka".
@@Ronald_Marcal você tá falando dos devas Budistas que não são exatamente deuses (não do ponto de vista ocidental) já que eles são mortais e também têm karma, ou seja, estão sujeitos as leis da natureza de causa e efeito da mesma forma que qualquer outro ser no universo (eles podem decair). Além disso, existem vários mestres que interpretam os reinos como metáforas do nosso estado psicológico.
@@ddiasB Os devas são mortais também no antigo bramanismo, assim como no zoroastrismo, assim como as divindades da religião tradicional chinesa, e na verdade da maior parte do mundo pagão antigo. Zeus, por exemplo, não era um deus sem princípio, ele tinha um pai, ele era limitado e originalmente não era imortal em si mesmo. Sua imortalidade é proveniente de sua conquista. Mesmo assim, nenhuma dessas tradições antigas são ateístas. Além disso, existem uma variedades de textos budistas, principalmente no Mahayana, que sugerem que há um Buda primordial eterno e que cumpre um papel como o de um Deus, embora não criador deste mundo (mas as vezes criador de outros mundos). Por exemplo, o Sutra de Lótus é normalmente dividido em duas partes, e na porção chamada "Essencial" (honmon) o Buda é apresentado como "Eterno" dizendo que ele é iluminado desde o passado remoto e que sempre está aqui ensinando o Dharma, seu falecimento é apenas uma ilusão que ele utiliza como meio hábio para fazer as pessoas sentirem sua falta e o buscarem, ele é o pai e mestre de todos os seres e este mundo de sofrimento na verdade é uma terra pura emanada por ele para auxiliar as pessoas. O sutra de Sukhavati mostra um Buda chamado de Amitabha (luz infinita) ou Amitayus (vida infinita) que cria uma terra pura fora do mundo tríplice que é destinada aos que invocarem seu nome com fé. O Sutra do Nirvana e outros do Thatagatagarbha sugerem a existência de um Buda Eterno, fonte de tudo. E esses textos são a base de fé da maioria dos budistas do mundo.
@@Ronald_Marcal O budismo é muitas vezes descrito como ateísta pq não coloca ênfase na adoração e/ou na dependência de um ser supremo para a salvação ou iluminação e é avesso a ideia de uma entidade criadora. Os devas são seres mortais que não estão envolvidos na criação do mundo ou da humanidade e que ainda não alcançaram a liberação final do ciclo de renascimentos. Eles possuem poderes superiores aos dos seres humanos, mas mesmo assim estão sujeitos ao ciclo de samsara e à lei da impermanência. Comparando com a nossa tradição judaico-cristã, acho que eles estão mais próximos dos anjos do que de uma divindade. A ideia de "Buda Eterno" pode ter diferentes interpretações dependendo da escola: pode ser entendido como um estado primordial de iluminação; como a essência ou potencial inato de todos os seres para alcançar a iluminação (natureza búdica); ou como manifestações de Buda que aparecem em diversos tempos e lugares para beneficiar os seres sencientes. Tem relação com um estado de iluminação e consciência além das limitações conceituais, e não com um deus criador e/ou governante do universo.
@@ddiasB É justamente esta descrição que eu estou afirmando que é inconsistente. Ainda que as divindades budistas não sejam nem criadoras e nem eternas, elas ainda são divindades, ou seja, elas estão em um patamar superior ao do ser humano e são dotadas de poderes sobrenaturais que podem ajudar as pessoas, e diante disso, as pessoas que praticam o budismo fazem práticas devocionais, rezam e buscam auxílio das mesmas. Veja bem, na prática de uma grande tradição budista japonesa que é popular no Brasil, o budismo Nichiren (Nichiren Shu e Soka Gakkai) a prática cotidiana consiste em recitar o Sutra cinco ou três vezes, intercalando com orações entre elas. Pela manhã a primeira oração é um oferecimento que a pessoa faz à Daibotenno, Taishakutenno, Dainittenno, e a todos os Shoten Zenji, as divindades celestiais como Indra (Taishakutteno). Na versão da Soka Gakkai em português eles traduziram "Shoten Zenji" para "funções protetoras do universo", mas literalmente significa "Seres Celestiais e Divindade Benevolentes". Ainda que Indra, Bhrama, os deuses do sol e da lua, e todos os outros devas sejam seres mortais e não criadores do mundo, a sua posição privilegiada os coloca em uma situação que conseguem ajudar aqueles menos privilegiados, o que torna possível realizar louvores, adoração e preces à essas divindades, que é feita, na tradição Nichiren, por intermédio da recitação do Sutra. Outras formas de budismo, em especial o budismo da Terra Pura, não praticam devoção e preças aos devas, pois na sua concepção o único a quem alguém deve se devotar, adorar e colocar sua fé é no Buda Amitaba. Mas mesmo que não se use a palavra "deva" para se referir ao Buda Amida na tradição japonesa (na tradição tibetana um de seus nomes é Ami Deva) a relação que os budistas da terra pura tem com o Buda é a mesma de com um deus. Primeiro, eles se inclinam ao Buda (inclinar-se é um simbolo universal de adoração), Segundo eles invocam o seu nome e louvam os seus feitos (criar a terra pura por seu voto original), e terceiro eles fazem pedidos ao Buda, apelando para sua graça. Mesmo no budismo Zen, que é vendido como uma tradição totalmente inclinada para meditação e que, no ocidente, é apresentada sem nenhum traço devocional, também tem as mesmas práticas no seu contexto tradicional. O "Sōtōshū nikka gongyō Seiten", o livro de uso liturgico da escola Soto Zen no Japão, tem muitas práticas de devoção e preces à divindades. Por exemplo, no dia a dia, os monges da Sotu nos templos que são responsáveis pela comida recitam o Dharani da Grande Compaixão e depois dedicam o mérito da oração pedindo a proteção ao deus da cozinha/fogo. E quanto ao Buda Eterno, ainda que sua afirmação seja verdadeira, é preciso salientar que ele PODE ser interpretado assim, mas que nem sempre é. Embora no ocidente essa visão seja muito difundida, pois enfim o budismo se difundiu entre pessoas insatisfeitas com sua tradição religiosa teísta de berço, isso não necessariamente é encarado dessa forma pelos budistas tradicionais. Veja bem, eu, desde meu primeiro post, afirmei que o Buda ou as divindades não são criadoras deste mundo, portanto eles não se assemelham ao Deus semítico ou ao demiurgo gnóstico. Porém, quando observamos com atenção, não se pode afirmar absolutamente que os Budas não sejam divindades criadoras. Vamos pegar, por exemplo, o Buda Amida nas escolas da terra pura. Você pode afirmar que o Buda Amitabha não seja o criador de Sukhavati (o nome de sua terra pura)? Este mundo Saha é o produto do karma coletivo dos seres em samsara, criado pela ignorância e que é cheio de sofrimento. Porém, Sukhavati não é produzida pelo karma ignorante dos seres em samsara, mas sim pelo poder do voto Original do Buda Amida. Diante disso, o Buda Amida é uma entidade "demiurgica" (criadora) em relação à Sukhavati. Se nós interpretarmos Sukhavati como algo real, diferente do mundo Saha, como feito nas escolas Terra Pura, nós não podemos afirmar o Buda como criador deste mundo, mas ainda assim ele é o criador de um mundo especial. Se nós interpretarmos Sukhavati como uma metáfora para a natureza real deste mundo Saha, como é feito na escola Lótus, então não só o Buda Amida é o criador de um mundo especial como é o criador deste mesmo mundo saha. Essa é, inclusive, a posição de uma obra fundamental do budismo sino-japonês, o "Despertar da Fé Mahayana", que apresenta a realida em termos de "uma mente, dois portais", no qual tanto o mundo de Samsara, quanto o mundo e Nirvana, são PRODUTOS de uma única mente búdica universal. Apesar dos esforços que as pessoas fazem para afastar o budismo do cristianismo, judaísmo e outras fés monoteístas, na verdade ele está mais próximo do que aparenta, e muitos praticantes ocidentais só não exergam pelo apego aos seus próprios preconceitos.
Acho que esse povo está mais religioso do que eu que sou um católico de linha tradicional kkkkkkkkkkkk Muitas vezes tive sonhos com o meu falecido avô e sempre considerei isso como meros fenômenos naturais explicados pela ciência, a minha mãe que é da Renovação Carismática pelo contrário sempre interpreta os sonhos dela como algo profético ou de origem divina, eu geralmente acho que é bobagem, mas tenho muito carinho por essas histórias que ela conta. Fiquei impressionado ao saber que muitos desses asiáticos têm uma interpretação mística de coisas que para mim são apenas experiências comuns sem conexão direta com o espiritual, como é o caso dos sonhos, e olha que eu considero a religião como algo muito importante na minha vida e eles não. Algo semelhante ocorre na minha família, tenho 21 anos, sou um dos membros mais religiosos e ao mesmo tempo praticamente não tenho nenhuma experiência mística desse nível, enquanto muitas pessoas na minha família (geralmente bem mais velhas) são bem menos religiosos e vivem vendo o espiritual em coisas que para mim são simplesmente explicadas por fenômenos naturais. Muito curioso isso tudo.
A Europa já é ateia, a Asia também, os Estados Unidos caminham prá lá, o Canadá e Australia também são ateus, faltam a America Latina e a Africa! Viva o Ateismo! Uruguai e Chile caminham para o Ateismo também.
É um habito cultural dos japoneses ateus participar de rituais em homenagem aos mortos, por exemplo, é um habito cultural, nada a ver com Deuses ou religião! Inclusive eles frequentam rituais de seitas diferentes.
A religião segrega e cega - Jonathan Haidt. Ignorância e medo estão na raiz de toda a superstição que, por eufemismo, se convencionou denominar fé religiosa. "Não rir, não lamentar, nem amaldiçoar, mas compreender" (Baruch de Spinoza). PS: xintô, kamí, torií...
O que é abandonar a religião? No caso do cristianismo é abandonar os ensinamentos e valores de Cristo? É sair da placa de tijolos? É apenas falar que acredita num Deus? Essas pesquisas são sempre muito rasas
Sem desrespeitar a crença alheia,mas o fato é que a religião é um placebo social e a medida que os países se desenvolvem suas populações abandonam a crença em mitos e procuram mecanismos mais reais e fetivos que lhes dé a sensação de segurança que buscam nas religiões.
Não concordo com muita coisa. Acho que te faltou rever a conceitos de etimologia. O ferramentario é preciso se você não resolver distorcer conceitos. Aqui vão alguns: Cultura é comportamento coletivo e religião é um tipo de cultura, ou seja, um sub grupo que dita parte da cultura como um todo. O conjunto de comportamentos são interdisciplinares, influenciam e são influenciáveis. Cultura da moda, cultura do trabalho, cada grupo tem um tamanho que é englobado em seus subsequentes. São muitas esferas e indo de acordo com a rigorosidade das definições você mostra a hierarquia de interferência.
Matéria da BBC: www.bbc.com/portuguese/articles/cx88zz8jdx7o
Estudo Pew Research: www.pewresearch.org/religion/2024/06/17/religion-and-spirituality-in-east-asian-societies/
Canal principal: www.youtube.com/@henriquecaldeira
Henrique, por favor nunca revele a sua crença. Olhando nos comentários fica nítido que a partir do momento que você fizer isso o pessoal mais fanático vai utilizar pra falar que o seu conteúdo é enviesado.
Nem precisa ele e claramente um cristão
Mas olhando os comentários o que mais tem é indireta para religião.
Cristão fanático é o que mais tem no Brasil.
Acredito que ele seja cristão, mas com bom senso.
@@formigamusicfactory6614 Sério que o pessoal ainda não percebeu que ele é um católico romano, ou talvez um ortodoxo? Para mim, fica bem evidente.
Acho ótimo o modo asiático de encarar as religiões. No ocidente, nas religiões monoteístas sobretudo, cada religião diz-se a certa em detrimento das demais e isso por si só já é conflituoso.
as monoteístas ainda mais , são naturalmente predatórias e intolerantes
Intolerância entre as próprias correntes abramicas
Digo o mesmo.
O cristianismo é o melhor exemplo disso. Os cristãos se dizem "certos absolutos" e que qualquer religião que não seja a cristã é "pagã" e/ou "falsa". O Jesus da fé cristã, para a maioria dos brasileiros, é o "messias" e "salvador" absoluto... Isso por si só é intolerância.
@@davids.mattos8840Presumindo que existe(m) divindade(s), você não acha que pensar que todas as divindades cultuadas existem igualmente é meio improvável? Pra você, é possível baal e Zeus existirem ao mesmo tempo?
Essas práticas espirituais na Coréia vem de uma tradição confucionista em homenagem aos ancestrais. Claro que minha experiência individual e familiar não é totalizante, mas, para alguns, essa prática se assemelha a um jantar de natal ou missa de sétimo dia. Quando familiares se reúnem em uma comemoração ou celebração, ainda que estejam despidos de religiosidade.
Diria que essa é uma tendencia geral no mundo. Muitas pessoas nao tem religiao oficial mas tem crenças e outras identidades espirituais .
Creio que não. A tendência mundial para mim tende mais ao maior alcance da religião, sobretudo do islamismo.
@@erickj.933 está contra os dados.
@@leobmesquita quais seus dados? Até prefiro estar errado.
@@erickj.933 o aumento do Islã virá em sua maioria do sudeste asiático, enquanto o crescimento do cristianismo virá da África subsaariana. Nos países desenvolvidos, o número de ateus/agnósticos/irreligiosos só aumenta
@@oadm6757 O Islamismo é atualmente a religião que mais cresce no mundo. Mas isso porque não se considera a banda dos "sem religião definida" como uma religião. A "sem-religião" já é a terceira maior "religião" mundial.
Como tem tanto comentário somente sobre o título do vídeo, e que claramente não o assistiu até o final
Enquanto aquii no Brasil os evangélicos estão aumentando vertiginosamente
Quantidade sem qualidade não vale. Só oba ôba.
@Charlie_Chaplin_Bexperiência de eqm é redundante, eqm já significa experiência de quase morte
Estão aumentando ao mesmo tempo que os sem religião ou os não praticantes, tanto católicos como evangélicos, também estão.
Infelizmente.
@Charlie_Chaplin_B Desculpa, mas morte encefálica é definitiva, nesse caso a pessoa está definitivamente morta. Deve tratar-se de erro de diagnóstico. Mesmo que fosse possível reverter, o cérebro estaria danificado demais pra permitir consciência.
Será que essa tendência tem a ver com a abundância de informação disponível nos meios digitais e a facilidade de acessar tais informações?
Com certeza, mas não é o principal.
Na Índia, por exemplo, as mídias digitais reforçam muito a religião.
Mas com o avanço da educação a crença em mitos vai diminuindo com o tempo, à exceção de quando a educação é função de órgãos religiosos como a igreja, ou no caso de teocracias onde a educação é totalmente fundamentada em uma determinada religião
Tem mais a ver com o progresso tecnológico e social mesmo
Bem provável.
Professor, essa correlação proposta não está baseada em artigos científicos publicados em revistas de relevância acadêmica.
Claro que é só uma suposição, e as prováveis causas devem ser melhor pesquisadas.
@@kaiosousafreitastorres870 Sim! Aliás, é interessante ver o quanto isso varia de país para país. Lembro de uma charge que vi na escola (salve engano) de devotos cristãos rindo de devotos de outra religião que não parecia abraâmica. Só que a charge foi genial (como as melhores sempre são) em mostrar o qual antinatural é prestar homenagens a figuras lendárias entalhadas em matéria. Estátuas, ícones, símbolos e tudo mais. Só que naturalizamos isso, há ponto de acharem engraçado um povo ter vários “Deuses estranhos” sendo que a maioria de nós tem literalmente a imagem de um homem morto de uma maneira horrível preso em uma cruz, sabe?? Isso é normal?? O que seria “normal”?
Às vezes é como se o ideário europeu de excepcionalidade religiosa, cultural de séculos atrás tivesse sobrevivido bem aqui, na América Latina e América Anglo-Saxônica com muita força. Enquanto na Europa contemporânea as pessoas tampouco são religiosas quanto neste continente. É impressionante o quanto a história tem um humor negro, tantas vidas ruíram para nada. Quantas pessoas não devem ter morrido na odisseia europeia por fé?? O irônico que tanto aqui quanto na Europa, fica claro que muitas vezes a religião é somente um argumento etnocêntrico.
Só que na Europa alguns nem lançam mais essa, já mete logo a questão étnica desvelada, não há mais vergonha nisso. Sem papinho de fé. Só que em certos países, como o Brasil, a fé costuma ser uma instrumentalização um pouco mais difusa. Aqui eu sei que uma parte disso é devido à miscigenação e algumas outras coisas, mas e em outros lugares? É terrível, mas, ao mesmo tempo, é fascinante ver a fé instrumentalizada a serviço político.
Seria isso algo que vem acontecendo nos últimos tempos por conta de uma espécie de "emancipação" religiosa ocidental? Pq eu percebo que a galera de antigamente se preocupava em participar de 1 religião muito mais pra agradar suas famílias e a própria sociedade do que por realmente acreditar naquilo que dizia seguir...
Como assim??
não é antigamente, sempre foi assim
Seguir uma religião para a maioria das pessoas sempre foi muito mais por medo da exclusão do que pela fé mesmo.
Excelente, traga os paralelos na Europa e EUA.
EUA é bem mais parecido com o Brasil do que com a Europa nisso.
Jesus é muito gente boa. O que estraga é o fã clube
Acredito que Jesus não é tão "gente boa" assim como muitos dizem por aí. A questão é que há gente que faz todo tipo de promiscuidade, têm vícios e impulsos bestiais achando que Jesus os aprova. Incongruência total. Pois o próprio Jesus disse para não pecar. É claro que ele se referiu à tentativa de ser santo e não de realmente o ser - pois ninguém o é - , ou seja, resistir aos instintos bestiais que temos em nossas almas. Ele quis emancipar o homem dos vícios mundanos mas muita gente vive nesses vícios e até reconhecem o qual boa é a mensagem de Cristo mas não acolhem suas mensagens. Portanto muitos vivem escravos de seus desejos, vícios e impulsos sem uma direção certa na vida e sem levar a serio a mensagem de Cristo.
Abadonem seus pais e mi sigam, vim trazer a espada , não a paz....vim para por filho contra o pai e filha contra mãe....
acho que tem horas que ele olha pro fã clube e pensa: por que eu troquei os dinossauros por vocês? 🤔
Que vídeo bom!! Teu trabalho é foda
Fui Católico por muito tempo, mas de uns oito anos mais ou manos, me tornei ateu. Não sei se serei ateu para sempre, pois estou constantemente buscando evidências de que exste um ou mais deuses. Porem, ainda não encontrei.
@@canaltoptec7965 Pois é. Os sabichões do ateísmo não conseguem “curar” os adeptos de religiões agnósticas.
Evidências físicas eu diria que é impossível, Deus é uma força que é para ser sentida, não vista ou questionada. Eu seria ateu se não tivesse sentido a Graça de Cristo em minha vida, quando eu estava precisando de ajuda Deus me ajudou.
@@joaovictorteixeirapires3302😂😂😂😂😂
Tá certo kakaka
"O Homem é a mais insana espécie. Adora um Deus invisível e mata uma natureza visível, sem perceber que a natureza que ele mata é esse Deus invisível que ele adora" - Hubert Reever
nossa que linda essa frase
Essa frase aparenta ser sobre o deus de Spinoza.
Printei!
Religião é uma grave doença mental, a crença em Deuses também!
Mesmo que pareça um pouco estranho esse "modo religioso asiático" para nós ocidentais, compreendo e me vejo muito mais nele. Pelas visões de mundo que tenho, nenhum mito de criação que conheço me é suficiente e no momento não sigo nenhuma religião, no entanto, vejo a importância dos ritos em diversas situações da vida, no nascimento, em momentos de dificuldade, casamento e morte, para mim não seriam exatamente um contato ao divino mas uma maneira de honrar o momento e tratar com respeito. Acredito que seja um ótimo equilíbrio e um meio saudável de se levar a vida, evita os conflitos de conhecimento religioso e científico enquanto mantém as suas raízes, a suposta pureza religiosa que encontramos em diversos cultos ocidentais servem apenas para machucar o ser em um mundo de tantas contradições.
Só uma coisa que eu gostaria de mencionar é que em determinado momento do vídeo vc diz que num período mais nacionalista no Japão o budismo era rejeitado
Bem isso aconteceu pois a filosofia samurai era totalmente ligada ao budismo (Era como o cavaleiro europeu era ligado ao cristianismo por exemplo) E em 1868 aconteceu a restauração Meiji que se propunha a transformar o Japão numa monarquia de estado moderno visto que o feudalismo japonês já estava atrasado e era incapaz de defender o povo dos tratados desiguais impostos pelos Estados Unidos e pelos europeus, mas pra isso acontecer o estado moderno japonês teria que combater as castas samurais que eram budistas e após a restauração Meiji o povo tinha uma aversão ao budismo por ser uma religião que sustentava uma sociedade atrasada.
Espero ter ajudado, sou muito fã do seu canal.
Parece que a questão está ligada mais as intuições religiosas do que às crenças religiosas em sí. Logo, independentemente da filiação a uma intuição religiosas ou a uma religião em sí, a crença, ritos e ate mesmo cultura religiosa não sofreu o impacto do desligamento a essa distancia com a instituição.
É como imaginar que a população estivesse se tornando menos sedentária, mas o numero de matrículas nas academias estivessem caindo, logo as pessoas estariam praticando as atividades em casa, em parques etc. Percebe?
Ótimo vídeo! Ótimas reflexões a respeito do artigo, que gostei bastante de ler também, achei bom seu discernimento a respeito do conceito religião. Parabainx
Sobre o budismo e o Xintoísmo, não é bem como você falou.
1. Xintoísmo é uma religião moderna que foi criada depois da restaurção Meiji para legitimar o governo imperial japonês, baseando-se em uma ideologia chauvinista que buscou rejeitar qualquer elemento estrangeiro, especificamente o Budismo e o Confucionismo.
Antes da era meiji, a palavra ShinTo (Caminho da[s] divindade[s]) era análoga à BukKyo (Dourina do Buda - Budismo), e o culto aos kami eram parte indissociável da religião budista japonesa.
Como característica única do budismo, sua propagação admitiu a assimilação das divindades cultuadas pelas várias culturas com a qual entrou em contato, realizando uma certa pacificação dos costumes e ritos cultuais (por exemplo, pedindo o abandono do culto por meio de sacrifícios sangrentos, adotando apenas oferendas pacíficas, como flores, incenso, água, etc). Assim, historicamente nós tivemos um budismo "ocidental" que venerou Zeus, Hércules, Poseidon, e todo o resto do Olímpo, assim como tivemos uma budismo original indiano, que venerou Indra, Agni, Surya, etc, um budismo tibetano que venerou as Temmas, as Taras, e assim em diante. A razão disso é que sociedades politeístas possuem divindades análogas entre si, mesmo sem uma linhagem de ancestralidade. Zeus, Indra , Tupã e Baal, por exemplos, são todas divindades celestiais que cavalgam as nuvens e utilizam raios como armas.
Dessa forma, o Buda acabou sendo projetado como uma "divindade primordial" (na verdade, o Buda cultuado na maioria das Tradições budistas não é necessariamente Siddartha Gautama, e mesmo nas que veneram principalmente o Buda Histórico, ele não é tratado como um simples humano), acima de todas as outras a quem aqueles deuses se curvam e obedecem.
O budismo foi, assim, um fenômeno de pacificação religiosa em todas as sociedades na qual ele se enraizou, de forma que não é possível separar a tradição religiosa nativa ancestral, da tradição budista que se inseriu ali.
2. Na era Meiji, o Shinto foi criado e institucionalizado como uma religião diferente (como já mencionei) para atender as demandas políticas do Japão Imperial. Foram criados santuários e um sacerdócio xintoísta separado do budista, foi promulgado como religião oficial do estado e suas celebrações e rituais foram obrigatórias para todos os japoneses. E com isso, o Shinto era sim uma religião semelhante o cristianismo, que exigia filiação única e obrigatória, bem como desfiliação de outras religiões.
3. A grande guinada da consciência religiosa do Japão (em particular, mas que vale também para outras regiões do extremo oriente) foi decorrente da Segunda Guerra. Não existiu nenhuma instituição formal e tradicional budista no Japão que não tenha apoiado o governo imperial e suas práticas, muito menos instituições xintoístas que foram criadas para defender ideologicamente o Estado.
Ao mesmo tempo, houve resistência de praticantes laicos (os chamados "ko" e "kai") que não tinham uma educação doutrinária da religião bem estabelecida.
Com o final da Guerra e o trauma generalizado que as duas bombas nucleares causaram no Japão, a religião institucionalizada se tornou massivamente desmoralizada, ao mesmo tempo os vários grupos "ko" e "kai" (algumas com presença no Brasill, como a "Honmon Butsuryu Ko", "Hokkeko", "Soka GakKai", "ReiyuKai", "Rissho Kossei Kai", etc) que eram/são formadas por laicos sem a instrução e formação doutrinária adequada e aprofundada ganharam evidência. Elas se tornaram bases para o surgimento das chamadas "Novas Religiões Japonesas" [Shin Shu Kyo] (algumas também existentes no Brasil, como a "Seicho no Ie", "O-omoto", "Perfect Liberty", "Igreja Messiânica", "Tenrikyo", entre outras. Todas elas partem de um sincrestismo entre muitas doutrinas religiosas diferentes, e não encaram com seriedade as distições doutrinárias das religiões tradicionais.
Diante desse novo mundo que se criou no Japão com o trauma da Segunda Guerra e a desmoralização da religião tradicional, o Japão abraçou essa postura sincretista como parte de sua existência no mundo. O Japonês celebra festivais budistas como Hana Matsuri, celebra os festivais instituídos pelo sacerdócio Shinto, e celebra até o Natal, sem se comprometer seriamente com nenhuma instituição específica, pois na mentalidade deles, a religião foi a principal ferramenta usada para sustentar um regime que foi responsabilizado pela maior tragédia da história japonesa.
Muito bacana e importante este estudo, por mais que seja muito precário o pensamento por detrás dele. O que é que acontece, o que a história retrata? Posso falar do que chamam de Hinduísmo (já já explico), mas se repete para as demais tradições porque estamos de um movimento social comum.
Um conhecimento metafísico é "revelado" ou "alcançado" e estabelecido em uma região si, seja para uma pessoa ou um grupo de pessoas ou mesmo sociedade. Este conhecimento metafísico vincula o indivíduo a algo que podemos chamar de "rituais" (entendendo aqui rituais tal qual "pagar a conta de luz pelo celular via pix", que existe um método para se obter um resultado, algo muito mais perto de nossa realidade). O grupo destes rituais é por muitas vezes chamado pelos estudiosos como religião, e aqueles que acreditam naqueles rituais são considerados como religiosos.
Alguns ritos de conhecimentos de fontes distintas, de culturas distintas, coincidem, e isto torna um "modus operandis" de uma sociedade no decorrer do tempo. Tais rituais possuem em si um conhecimento metafísico presente, e tal conhecimento, mesmo não sendo estudado ou sequer cognitivamente percebido, se estabelece como um hábito social comum "indiscutível". Assim, com o tempo, surgem muitos ditos religiosos que são aculturados a fazerem certos rituais que são identificados de determinadas "religiões", mas isto não torna o indivíduo um adepto daquela religião necessariamente. No decorrer da própria percepção do indivíduo ela vai ou vestir a camisa ou não.
Dentro da academia se confunde muito, MUITO, mesmo dentro dos cursos de "Ciências da Religião" , tais grupos de rituais como religiões. Partindo deste princípio, "ismos" são estabelecidos: budismo, hinduísmo, cristianismo, islamismo, etc. Porém, em si, elas não são a religião. Por que? Porque uma religião está diretamente relacionada com um conhecimento metafísico específico. Aqueles que se conectam conscientemente e cognitivamente a este conhecimento radical é que são os legítimos religiosos, e não os ritualistas sem fundamento. Curiosamente, os "sem fundamento" são por muitas vezes chamados de "fundamentalistas" (ironias da vida).
Enfim, por isso algumas tradições estão se desvinculando do termo "religião". Hoje mesmo eu, Brahmarṣi, estava conversando com outros ditos Hare Kṛṣṇas sobre esta distinção, e somos adeptos a ideia de não tratar nossa escola filosófica como religião, mas como ciência espiritual, pois, diferente dos moldes empíricos de constatação, temos formas de avaliar nosso "experimento espiritual" e constatar com tais métodos as comprovações de seu funcionamento (desenvolvimento de amor a Deus e suas consequências naturais) - e, diga-se de passagem, tais métodos vão para além dos "rituais religiosos".
Espero ter contribuído para a discussão. 🙏🏽
Muito bom vídeo, valeu Henrique, você nos inspira
Perfeito demais a explicação sobre o quão é limitante e unicamente ocidental o conceito de "religião", pra muitos povos não existem uma série de regrinhas e hierarquias, existe simplesmente a cultura própria e diversificada daquele determinado território.
Na Coréia Popular até tem igreja, mas quase ninguém vai. Eu chuto que pelo menos 80% seja sem religião.
Ótimo conteúdo.
Boa noite! A cerca de 20 anos vim morar em São Bernardo do Campo e por curiosidade fui conhecer a mesquita que há aqui. Não pude entrar na mesquita devido aos dogmas deles, mas conversei com muitas pessoas. Em dado momento uma das professoras me perguntou qual a minha religião. Respondi que sou ateu, e, ela se espantou e disse me que eu deveria me converter a religião certa para deus. Então, perguntei o que aconteceria se eu quisesse me converter ao judaísmo. Parou um por alguns instantes e me respondeu que a religião certa foi deixada pelo último profeta, ou seja, Muhammad ou Maomé. Sorri, e lhe disse de Joseph Smith, fundador da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também se afirmava como fundador da verdadeira igreja de deus ou Jesus na terra. Disse desconhecer esta igreja. Para mim, pelo menos para mim, a crença em deuses e outros seres sobrenaturais é uma bobagem, e, ser seguidor de alguma igreja ou religião é querer ser enganado ou explorado por falsos líderes religiosos. Beatles e Tim Maia aprenderam isto.
Asia está evoluindo, um povo mais culto e esclarecido , tende a abandonar a religiao, uma prática limitante que fica enraizada apenas nos povos mais ingênuos e ignorantes.
Pelo contrário. Quanto mais conhecimento mais fé. A falta da mesma demonstra estupidez e ignorância e retardadismo. Perto de um ateu vc tem que estar pronto para a legitima defesa. Os ateus que conheço praticamente são analfabetos e oque não é é verdadeiro andróide mente totalmente lavada
@@nelsondejesusprestespreste5845 lógico que não, mais conhecimento científico mais ateísmo, vc precisa negar a ciencia para ter fé, precisa negar o conhecimento humano científico
Verdade, asiáticos são mais esclarecidos e inteligentes, religião é coisa de povos mais ignorantes como vc bem disse
acho q tem a ver tbm com a natureza das religiões daoístas e budistas. Nunca simplifique com 1 fator, amigo
@joviktor777 negativo, é a curiosidade que move.
Boa noite mestre, será se seria possível o senhor abordar o assunto das possíveis minas do rei Salomão (ofir) ser no Brasil?
Grato, sou um grande admirador do seu trabalho 🩵
Na korea do norte não veleiro o dados por que será.
Vir o leve sorriso do Dr
faz um podcast, padrinho
A cultura ocidental também possuia esta "malemolência" religiosa, na qual as pessoas trocavam de cultos com enorme facilidade. Parece que na Grécia antiga, HOmero deixou um certo panteão que era a espinha dorsal das crenças religiosas dos helenos, mas ao longo do tempo, os gregos foram abosorvendo outros deuses par ao seu panteão, tais como Pan, Sabazio e Cotys (originários da Trácia); Agênor (fenício); Attis e Cibele (frígios); Cabires (não se sabe a origem); Sarapis (Deus egipicio que foi sincretizado com Asclépio). Em suma, a formalização das religiões parece ser algo mais recente e vinculado principalmente aos cultos monoteístas, mas não sou capaz de jurar sobre isso. Não sei as coisas eram na INdia antigo ou no prórpio Egito. Nao sei como estes povos se relacionavam com o problema da fidelidade aos deuses.
Eu sei que existem indianos que tem todo criacionismo deles para desbancar a Teoria da Evolução. Bom, isso me sugere que talvez a fé deles seja tão institucionalizada quanto à ocidental.
Acho que é muito vinculado à condição material. Algo entre o acesso à educação e o próprio bem estar.
Não é coincidência que os países mais seculares são justamente os mais ricos e prósperos enquanto que os mais religiosos são os mais pobres e politicamente instáveis. Basta ver o que acontece no Brasil, no restante da America Latina; continente Africano; Oriente Médio e Sul da Ásia.
Há uma co-relação direta entre pobreza e religião.
Se fizermos um recorte dentro do cristianismo, os países católicos são mais pobres ou muito menos ricos do que os protestantes.
O prostestantismo desde a fundação dos EUA tem grande influência na formação daquele povo. Grandes povos europeus também tem o cristianismo como o pilar de suas nações… complicado afirmar isso.
@@JfCraft100 , A Europa está cada vez mais secularizada. As igrejas lá de tão vazias e pouco frequentadas estão sendo convertida em bibliotecas, abrigos e moradias.
Nos USA esse fenômeno é bem menor mas está acontecendo.
No continente africano, as ex-colonias inglesas são muito menos problemáticas e muito mais desenvolvidasc e politicamente estaveis do que as ex-colonias francesas (catolicas), onde se concentra a maior parte da pobreza.
As ex-colomias portuguesas e belgas (também católicas) são igualmente bem mais pobres também.
Mesmo na Europa desenvolvida, as maiores rendas per captas estão nos paises protestantes.
Isso é algo que o Pirula já até dissertou. Nenhum país se tornou ateu e se desenvolveu. Os países se desenvolvem e por CONSEQUÊNCIA vão abandonando a religião.
@@oadm6757 , O conhecimento e a razão liberta o povo de crendices bem como evita ou dificulta ao máximo de serem manipulados facilmente.
Balela, nos EAU Qatar e Arabia saudita que são países muito religiosos a qualidade de vida é boa e são países ricos
Qual a melhor definição de religião pra ti para a filosofia e qual é a melhor para o ato historiador?
Se o país tem uma religião oficial e, se esse credo é cívico e agnóstico, a crença ou descrença num deus supremo cai na irrelevância. E esse é o caso da religiosidade de algumas sociedades orientais profundamente diferente da religiosidade dos povos da herança abraâmica.
Vc concorda com a teoria do Voltaire de que as religiões politeístas eram mais tolerantes com outras crenças do que as monopolistas ?
Bom tinha politeísmo que fazia sacrifícios humanos como os astecas e Maias outros povos.
Óbvio. Por isso o sincretismo politeísta era tão forte. Os politeístas não achavam que outros Deuses eram falsos, mas sim que eram os mesmos Deuses interpretados de maneiras diferentes.
Tinha politeísmo que incentivava bacanais que a galera transava até com bicho eu não quero entrar no mérito ser você acha isso certo ou errado cada um com sua consciência.
@@felippem06 eu gostaria de escutar a opinião do Henrique Caldeira !
@@felippem06 eu diria que o politeísmo é menos dogmático, que o monoteísmo, mas tem religião monoteísta como o zoroastrismo que e bem menos dogmática que as abraâmicas.
Muito interessante 🤔
O Japão preservou o Xintoismo( 50 milhões) como pedra angular da identidade japonesa. Na vdd o Estado japonês reinventou o Xintoismo, que tradicionalmente era cheia de crenças, divindades, espíritos, fantasmas, e cada aldeia tinha seus espíritos favoritos. Mas a reinvenção funcionou como mágica na 2° guerra, obtendo uma lealdade fanática ao estado e temos como um exemplo extremo - os Kamikazes e também os Samurais.
Kami = divino. Kaze= vento
Não importa quão arcaica uma religião possa aparecer, com um pouco de imaginação e reinterpretação, ela quase sempre casa com as engenhocas tecnológicas e as mais sofisticadas instituições modernas.
Obs: Sendo essa semântica de " pedra angular" o respeito e o culto aos seus antepassados, o qual falta em muitos ocidentais, onde o antigo, o velho, tornar-se um estorvo aos que se denominam progressistas sem o mínimo respeito aos que vieram antes.
7:50 Verdade, quem assistiu Dororo sabe do que ele esta falando.
Curioso que eu vejo muitos jovens ocidentais têm se tornado mais "religiosos". Eu mesmo, era protestante e me converti à religião católica a alguns meses. Não sei se estou em uma bolha e as redes me mostram muito disso, mas vejo muitos depoimentos de jovens voltando à fé católica.
O protestantismo no Brasil e EUA, principalmente exportado pelo EUA, é praticamente um negócio. Há sim igrejas que mantém ensinamentos dos originários da religião, mas há muita mercadoria da fé
@@marcusviniciusdoprado7508exportado de uma religião no oriente médio
É a frustração que os levam à fé, já que não tem muita coisa pra fazer.
Minha família é inteira católica e eu fui até os meus 18, hoje eu sou ateu, graças a Deus.
Então, também sou da geração Z, não gostava de religião na minha adolescência e até fui antirreligioso por alguns anos.
Passei a me interessar por religião ultimamente. É uma maneira muito mais otimista de ver o mundo, realmente fascinante.
Agora estou em busca de uma religião que faça sentido para mim, e me interessei pelo cristianismo depois de ver esse lado menos emotivo e mais intelectual que ele possui.
Dadas as suas considerações, não seria interessante um estudo restrito aos asiáticos que não foram criados sob religiões ocidentais?
_É aquilo: Religião é uma coisa; espiritualidade é outra,meu!😮_
Sobre crença o que sempre me chamou atenção aqui na Ásia é o fato de que se vc perguntar a eles se eles possuem religião responderão categoricamente que não, especialmente aqueles que já tem algum contato com o ocidente e a perspectiva ocidental de religião( abraâmicas). Se mudar a pergunta e questionar se eles possuem crença a resposta muda. Boa parte dos países da Ásia são altamente supersticiosos muitos deles possuem um sincretismo entre crenças animistas locais, budismo e filosofias locais onde muitas delas possuem aspectos bem semelhantes ao que entendemos por religião, mas tem um diferencial; a crença faz parte da vida quotidiana!
A exemplo do Japão, onde moro, cada festival shinto celebrado no Japão por exemplo é mantido vivo pq num país que possui terremotos, as 4 estações bem definidas, tufões e chuva com mês marcado é preciso que vc entenda bem e respeite esses fenômenos pq esta é a diferença entre prosperidade e fome. Cada festival shinto é uma lembrança de que não temos controle da natureza por aqui, cada celebração ao Deus montanha ou ao Deus do arroz é uma lembrança de que devemos observar com minúcia o nosso entorno. E esse observar é que é mantido através dos festivais. Eu não lembrava qual dia do calendário era cada solstício e equinócio quando morava no Brasil, aqui eu simplesmente sei pq há feriados, pequenos festivais, mercados decorados datas específicas das prefeituras p fazer limpeza na cidade por causa destes festivais. A relação com higiene também é muito ligada a superstição até o ato de tirar os calçados e os cumprimentos que fazemos ao entrar na casa de alguém.
Eles tem uma palavra específica para não crentes que é “mushironsha” não usam a palavra ateu, mas quer dizer “sem uma ideia de Deus” . Eu não possuo religião e não sou supersticiosa, mas aqui eles entendem que vc não crer em espíritos por exemplo é como não possuir um dos sentidos, nada muito diferente do que já ouvi no Brasil por exemplo. A diferença é que eles não batem de frente e não ficam tentando mudar pessoas como eu, entendem no mínimo que pessoas como eu fazem parte do todo. Acho que esse é um dos aspectos que faz com que eles convivam bem com o progresso por exemplo.
Tem que levar em consideração a liberdade política do país
Não é bem assim, o Brasil é Estado Laico, mas aqui tá quase virando um Envagelistão.
Verdade
Acho interessante juntar o conceito de religião com o conceito de cultura, os dois andam muito próximos
Gostei incrivel
Que bom que esse povo está acordando, aqui infelizmente a religião está criando uma geração de psicopatas.
Tu acha que Japão e Coreia do Sul são exemplos de alguma coisa? O Japão tem as maiores taxas de sui$c$io do mundo, além de serem um povo extremamente solitário e possuirem diversos problemas psíquicos e entre os mais frequentes a depressão. A Coreia tbm é a mesma história, além Claro de outras coisas perturbadoras desses países e que são muito melancolicos e assustadores
@@benyaminbenDavid5177 E que exemplo o Brasil com 90 % de religiosos cada esquina 5 igrejas,da para o mundo?
@@paulapaulinasinistra9557 Obviamente nenhuma, nao é pq eu critiquei a sua colocação sobre os países asiáticos que eu defendo o Brasil de alguma coisa
@@benyaminbenDavid5177Esse fenômeno na saúde mental se deve ao fato deles colocarem pressão D+ em se mesmos , acontece por grande parte da Ásia , não tem nada haver com o ateismo
A pesquisa e o criador do vídeo não citar a china é lastimável, o berço da cultura do leste Asiático
Isso prova q eles são o povo mais inteligente mesmo 😅
Eu mesmo não tenho religião mais acredito em Deus
Fui batizada no catolicismo e desde criança, mesmo cumprindo os ritos da religião, nunca senti nada espiritual ou verdadeiro. Mais admiro o personagem do Jesus histórico. Pra mim a Bíblia é um livro dos momentos do povo daquela época. De coisas que eles acreditavam. Porém gosto de pensar que existe algo, mas sem fanatismo, ou obrigação.
SÃO AS MESMAS PESSOAS: Krishna, Tutancâmon, Buda, Cristo e lord Paschoal, (desculpe se não me escrevi corretamente o nome, eu li há mais de 30 anos). Mas existe um livro, bem interessante (não lembro o nome), que faz comparação entre a vida, o que disseram os 5 acima, apontando total semelhança entre o que falavam e pegavam... Com diferentes palavras e expressões, a interpretação a mesma. Ele afirma que é a reencarnação 5 x da mesma pessoa. Por exemplo, em Buda, é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã... No cristianismo, ama o próximo como a ti mesmo... E vai.
"Acho que eles não tiveram acesso" kskskskskksks
Tupan/tupã no Brasil, na Malásia e Indonésia Tuhan.
🎯 Considerando que o "REBANHO" é um só e é necessário ele vir para o "CURRAL" para ser feita a TOSQUIA (ofertas, contribuições, dízimos, mensalidase para educação dos filhos nas escolas religiosas,...), a disputas por fiéis é ferrenha entre as religiões, principalmente as cristãs.
Tá igual eu meus ancestrais são indígenas e judeus mãe era evangélica pai criado no catolicismo morei em orfanatos evangélicos e católicos fui católico e também evangelico perdi a fé voltei achala agora sou espiritualista só acredito em um Deus mais estudo tudo de história e religião porque há muita semelhança entre os deuses é uma completa doidera kk
é a diferença entre religião e espiritualidade
Isso deveria acontecer por aqui...
Vendo de um ponto de vista católico, eu fico pensando no termo "religião". Todas essas crenças citadas parecem algo muito mais cultural, tradicional, crenças mesmo, mas não exatamente são "religiões". Se pensarmos no termo "religião" como vindo do termo "religare", ou seja, "ligar novamente", entende-se por "Religião" algo que visa reconstruir uma ligação perdida, e essa não parece ser a proposta de várias das ditas "religiões". Minha intenção não é diminuir nenhuma crença/cultura (visto que o proprio cristianismo bebeu de várias dessas crenças/culturas externas para se tornar o que é hoje), mas sim entender que esses lugares que estão "perdendo sua religiosidade", na verdade, nunca tiveram uma religiosidade(digo isso considerando especificamente as religiões nativas, pois pelos gráficos, foram as que pareceram ter as maiores perdas, com uma exceção "cristã" sendo o protestantismo, especialmente o mais moderno, visto que este não quer ser considerado uma religião).
Em resumo, o problema parece ser não uma perca de religiosidade, mas um reconhecimento de que esta nunca existiu na vida pessoal destas pessoas. Nunca passou de uma repetição de conceitos.
Tava vendo uma perspectiva de que na China, pode ter no futuro a maior população católica no Mundo.
Religião é uma crença em coisas sobrenaturais que congrega várias pessoas em torno de rituais!😎
7:36 Só um complemento, a frase completa é: “ Todo o japonês nasce shinto, casa católico e morre budista.”
Isso pq boa parte das cerimônias de nascimento são feitas nos templos shinto, em agradecimento a deuses locais para os quais pessoas fizeram preces de ter filhos e foram atendidos. O budismo tem toda uma filosofia voltada para a “morte” ou a “passagem” são templos budistas que se celebram casamentos tradicionais - a morte da sua filha moça e nascimento/ passagem dela para a vida de casada na família do noivo/noiva. Contudo, o casamento católico ganhou os corações e bolsos dos japoneses. Ele é mais barato de celebrar e eles admiram a festa apesar da maioria não compreender a simbologia católica. As poucas igrejas católicas pelo Japão, são altamente disputadas para celebrar os casamentos.
Henrique, a cidade japonesa Nagasaki foi fundada por navegadores portugueses, não?
Tão conhecendo Cristo/ único Salvador/ Evangelho!...🙋♂️🙌.
6:21 Está acontecendo o que aconteceu no ocidente (ou ficando mais evidente - ja que como foi falado mais pra frente no vídeo, essas "religiões" são mais cultura que religiao como a gente entende aqui), as pessoas pararam de ter religiao (como identidade), mas se comportam 100% como alguem que tem religiao kkk segue com as mesmas crenças , cultura, ética...
Será que é mesmo correto atribuir essas mudanças a alguma suposta característica histórica ou inerente da cultura dos "orientais"? Isso pode apenas se tratar de um fenômeno cultural e histórico pelo qual estão passando. No ocidente também estamos passando por uma transição. Basta lembrar o quão comuns são os religiosos "não praticantes". É praticamente a mesma coisa. A pessoa faz certos ritos ou afirma acreditar em certas coisas, mas não leva isso como algo central em sua vida.
No Brasil também podia ter menos pessoas religiosas,nosso país seria menos tóxico.
Como se esse fosse o problema do Brasil, mas não é.
a história do brasil com religião começou lá quando tentaram catequizar os indígenas. ali se criou o mito de que o conceito do cristianismo é o ideal, de que ele é o perfeito.
Para não atrapalhar com a pronúncia, pode dizer "o João da Coréia"😂😂
não abandonar as praticas podem sr apenas por tradição ou respeito a familia amigos ou parentes ...não significa que a pessoa crê...eu mesmo acompanho minha esposa no terreiro dela por respeito a ela ..porém estou rindo por dentro quando vejo alguém incorporado seja lá com qualquer entidade ... ela sabe o desprezo que tenho por Deus,deuses,orixás espiritos e afins...porém respeito pq faz bem a ela mesmo sabendo que crenças são fruto de carência
Uma acredita em um deus falso e o outro acredita que do acaso surge vontade
@@PMasterb e qual Deus é real?
Oq significa religião? Não é nada disso mencionado no vídeo. Não são doutrinas, não são fundadores, não são congregações e não são povos. Religião vem de religare. O entendimento do povo ou da academia acerca do significado de religião não significa nada, pq eles não sabem, é só mais um paradigma atual. É necessário "religar à Deus Pai" se vc quiser ter o verdadeiro conhecimento. Seu corpo sabe que precisa disso
A religião é tão simbiótica com a sociedade oriental, é tão integrada com sua cultura, que eles são "não-religiosos" religiosos.
Europeus também
O Zen Budismo me parece tão cético pra ser chamado de religião, mas só conheço o básico.
Seu raciocínio está correto. Tanto o Budismo quanto o Yoga são métodos, não necessitam de fé cega
Reconhecer o que há de melhor em diversas crenças e práticas religiosas demonstra maturidade e sabedoria. Deus, se existe, não está nas igrejas; pois se tratando de uma força transcendental e incognoscível, quem somos nós, meros seres finitos, para descrevermos Deus?
Não podemos compreender aquilo que está além do mundo material; mas podemos compreender a sua obra. Portanto, quando estudamos a natureza e o universo, estamos conhecendo um pedaço do divino. Muito ínfimo, por sinal. Afinal de contas, o ser humano tem tanta importância para o universo quanto as bactérias do excremento do carrapato.
A própria Igreja não descreve a totalidade de Deus, apenas o que é inteligível e revelado por Ele mesmo. Deus se fez carne e habitou entre nós.
@@PMasterb A igreja não descreve o que foi revelado por Ele. A igreja descreve aquilo que ela ACHA que foi revelado por Ele.
Dá pra ver que o brasileiro é muito cristão mesmo, hahahaha. É só olhar o comportamento...
Eu achava que ao falar sobre a nossa visão sistemática da religião vc colocaria a católica como maior exemplo, mas vc falou " sobre tudo protestante", por quê ? Mesmo eu sendo protestanto, achava que devido a tradição e longevidade católica era seria seu exemplo principal.
De fato, tenho lido sobre budismo e taoismo e tenho certeza de que nāo se tratam de RELIGIĀO, porém a fim de estabelecer algum tipo de ordem dominante transformam estas filosofias em religiāo e à institucionalizam. Penso eu, que a institucionalizaçāo da fé é a morte da fé. Assim como presenciamos no cristianosmo ocidental o sujeito passa sua crença para a instituiçāo e toda sua estrutura, se perdendo do conceito de fé.
As pessoas veem a religião pelo lado cristão. Não era essa a ideia que se tinha de religião no passado. A palavra nem existia. Essa palavra surgiu lá pelo século XVI antes era só chamada de crença; A palavra que se originou religião era religio, que significa aceitação de uma moral subjetiva de um grupo. companheirismo, caridade,lealdade e civismo. Algo que se fazia repetidamente (relegere), Assim, religião é uma filosofia de vida a ser seguida por seus praticantes. Dessa forma, temos as religiões ateístas como o budismo, o confucionismo, o taoísmo e o humanismo secular,. Exemplo disso, é a religião do homem criada por Augusto Conte, cujo templo fica no Rio de Janeiro e se baseia no humanismo secular. Leia de Giovani Filorano e Carlo Prandi, a ciência das religiões
Os comentários do canal recentemente vem demonstrando como as pessoas são ignorantes e só procuram algo para legitimar o que ja acreditam. Um bando de ateu com mentalidade de adolescente não entendendo o papel e importância cultural das religiões para o desenvolvimento da humanidade, fazendo comentários que demonstram uma profunda imaturidade intelectual e por sua vez, um bando de cristãos que buscam avidamente em qualquer vírgula legitimar a sua crença, até mesmo de um "modo científico" e com isso tentar PROVAR para o outro que esta inequívocamente correto, sendo que é claro que na prática é impossível de provar a existência ou inexistência de "Deus" e que tudo parte de uma questão de fé. Parece que quanto mais informação, mais ignorante as pessoas se tornam...
Buda Shakyamuni se refere ao budismo como Buddhadhamma, então sim, ele se referia como um sistema religioso. Nós só colocamos o sufixo -ISMO, mas budismo é buddhadhamma. Outro ledo engano na fala é a parte em que diz que "um budista peregrina quilômetros pra tocar um dente de buda", nunca soube de nenhum fazendo isso kkkkkkk. Seria mais adequado dizer que a religião se refere a um ou mais sistemas filosóficos que se baseiam em uma crença e neste caso sim, budistas possuem uma crença que é derivada de um sistema filosófico, portanto, uma religião.
Se tivessem me entrevistado e a alguns amigos, veriam que esses 10% pode ser muito mais! Desse 2020, quando um padre numa missa na TV (entre outros horrores) disse que a covid era fruto do nosso pecado. Pensa! Deixei de ser católica. Não tenho mais religião e alguns amigos tb. Mas acreditamos numa força maior sim! Não sei como se chama isso. Mas é uma tendência. Olhando para História, quanto horror em nome da religião! Até hoje!
Tão católica que nunca tocou na capa do catecismo na vida inteira
@realidade_00 acho que quem acertou numa definição mais coerente foi Marx: "A religião é o ópio do povo". Eu nunca havia entendido essa frase até fazer um curso de filosofia. Marx quis dizer o seguinte: Para onde você corre num mundo tão desigual, com fome, ódio, discriminação, racismo? Guerras? Extermínio do outro? Para a luta de classes? Para um coletivo de luta por uma vida melhor para todos? Não. Corre para religião. E ela nasceu dessa necessidade de "ópio" para aguentar e esperar um milagre que, na verdade, vem da força coletiva, do levante coletivo. Marx não critica quem tem religião, só explica o papel dela na vida das pessoas. Não há nada de moral na fala de Marx nem desqualificadora.
Se essa mundo fosse mais justo, teríamos a Espiritualidade de gratidão, agradecer pela força que nos levanta para luta e não como varinha mágica de milagres que, além de frustrar, nos torna conformistas, aceitando tudo e até ouço " foi porque Ele quis".
E com relação ao Hinduísmo na Índia. É um considerado como uma religião ou mitologia? Considerando que penso que Religião é algo bem diferente de Mitologia
Mitologia é o que vc considera não ser a sua religião.
Até certo ponto tem gente que acredita que é mistura dos 2. A Índia é um país que não da pra distinguir ou comparar com outro no quesito social/religioso, pois de certo modo a história está ligada com a mitologia e crenças antigas e a religião ao sacrifício e homenagem aos deuses e divindades por meio de ritos e etc.
Será mesmo que o ocidente já não chegou a isso só que ainda não percebeu? Existe uma quantidade enorme de pessoas que acreditam em Jesus Cristo e não fazem parte de nenhuma igreja ou matriz especifica.
Pode ter algo a haver com o secularismo de nossos tempos ou a descoberta de independência em relação a laços herdados do colonialismo moderno - ter uma visão espiritualizada é uma coisa; ter uma religião, outra... - parabéns pelo ótimo trabalho.
Meu trampo: th-cam.com/video/miCvUqX-zVM/w-d-xo.htmlsi=2yIRK27BQxMrolsI
Muinto complicado achar que as religiões asiáticas são comparáveis ao cristianismo. Se você perguntar se eles são ateus, eles vão responder que sim pois a maioria não acredita em um Deus ao estilo ocidental.
Nenhum asiático religioso é ateu. O budismo, por exemplo, pode não acreditar que o mundo foi criado por um deus, mas ele acredita que existe um Paraíso, que é um dos seis reinos do samsara, e que esse paraíso é habitado por divindades, chefiado por Indra, e irá louvá-lo recitando seu mantra "om shakiraya sowaka".
@@Ronald_Marcal você tá falando dos devas Budistas que não são exatamente deuses (não do ponto de vista ocidental) já que eles são mortais e também têm karma, ou seja, estão sujeitos as leis da natureza de causa e efeito da mesma forma que qualquer outro ser no universo (eles podem decair). Além disso, existem vários mestres que interpretam os reinos como metáforas do nosso estado psicológico.
@@ddiasB Os devas são mortais também no antigo bramanismo, assim como no zoroastrismo, assim como as divindades da religião tradicional chinesa, e na verdade da maior parte do mundo pagão antigo.
Zeus, por exemplo, não era um deus sem princípio, ele tinha um pai, ele era limitado e originalmente não era imortal em si mesmo. Sua imortalidade é proveniente de sua conquista.
Mesmo assim, nenhuma dessas tradições antigas são ateístas.
Além disso, existem uma variedades de textos budistas, principalmente no Mahayana, que sugerem que há um Buda primordial eterno e que cumpre um papel como o de um Deus, embora não criador deste mundo (mas as vezes criador de outros mundos).
Por exemplo, o Sutra de Lótus é normalmente dividido em duas partes, e na porção chamada "Essencial" (honmon) o Buda é apresentado como "Eterno" dizendo que ele é iluminado desde o passado remoto e que sempre está aqui ensinando o Dharma, seu falecimento é apenas uma ilusão que ele utiliza como meio hábio para fazer as pessoas sentirem sua falta e o buscarem, ele é o pai e mestre de todos os seres e este mundo de sofrimento na verdade é uma terra pura emanada por ele para auxiliar as pessoas.
O sutra de Sukhavati mostra um Buda chamado de Amitabha (luz infinita) ou Amitayus (vida infinita) que cria uma terra pura fora do mundo tríplice que é destinada aos que invocarem seu nome com fé.
O Sutra do Nirvana e outros do Thatagatagarbha sugerem a existência de um Buda Eterno, fonte de tudo.
E esses textos são a base de fé da maioria dos budistas do mundo.
@@Ronald_Marcal O budismo é muitas vezes descrito como ateísta pq não coloca ênfase na adoração e/ou na dependência de um ser supremo para a salvação ou iluminação e é avesso a ideia de uma entidade criadora.
Os devas são seres mortais que não estão envolvidos na criação do mundo ou da humanidade e que ainda não alcançaram a liberação final do ciclo de renascimentos. Eles possuem poderes superiores aos dos seres humanos, mas mesmo assim estão sujeitos ao ciclo de samsara e à lei da impermanência. Comparando com a nossa tradição judaico-cristã, acho que eles estão mais próximos dos anjos do que de uma divindade.
A ideia de "Buda Eterno" pode ter diferentes interpretações dependendo da escola: pode ser entendido como um estado primordial de iluminação; como a essência ou potencial inato de todos os seres para alcançar a iluminação (natureza búdica); ou como manifestações de Buda que aparecem em diversos tempos e lugares para beneficiar os seres sencientes. Tem relação com um estado de iluminação e consciência além das limitações conceituais, e não com um deus criador e/ou governante do universo.
@@ddiasB É justamente esta descrição que eu estou afirmando que é inconsistente.
Ainda que as divindades budistas não sejam nem criadoras e nem eternas, elas ainda são divindades, ou seja, elas estão em um patamar superior ao do ser humano e são dotadas de poderes sobrenaturais que podem ajudar as pessoas, e diante disso, as pessoas que praticam o budismo fazem práticas devocionais, rezam e buscam auxílio das mesmas.
Veja bem, na prática de uma grande tradição budista japonesa que é popular no Brasil, o budismo Nichiren (Nichiren Shu e Soka Gakkai) a prática cotidiana consiste em recitar o Sutra cinco ou três vezes, intercalando com orações entre elas. Pela manhã a primeira oração é um oferecimento que a pessoa faz à Daibotenno, Taishakutenno, Dainittenno, e a todos os Shoten Zenji, as divindades celestiais como Indra (Taishakutteno). Na versão da Soka Gakkai em português eles traduziram "Shoten Zenji" para "funções protetoras do universo", mas literalmente significa "Seres Celestiais e Divindade Benevolentes".
Ainda que Indra, Bhrama, os deuses do sol e da lua, e todos os outros devas sejam seres mortais e não criadores do mundo, a sua posição privilegiada os coloca em uma situação que conseguem ajudar aqueles menos privilegiados, o que torna possível realizar louvores, adoração e preces à essas divindades, que é feita, na tradição Nichiren, por intermédio da recitação do Sutra.
Outras formas de budismo, em especial o budismo da Terra Pura, não praticam devoção e preças aos devas, pois na sua concepção o único a quem alguém deve se devotar, adorar e colocar sua fé é no Buda Amitaba.
Mas mesmo que não se use a palavra "deva" para se referir ao Buda Amida na tradição japonesa (na tradição tibetana um de seus nomes é Ami Deva) a relação que os budistas da terra pura tem com o Buda é a mesma de com um deus. Primeiro, eles se inclinam ao Buda (inclinar-se é um simbolo universal de adoração), Segundo eles invocam o seu nome e louvam os seus feitos (criar a terra pura por seu voto original), e terceiro eles fazem pedidos ao Buda, apelando para sua graça.
Mesmo no budismo Zen, que é vendido como uma tradição totalmente inclinada para meditação e que, no ocidente, é apresentada sem nenhum traço devocional, também tem as mesmas práticas no seu contexto tradicional.
O "Sōtōshū nikka gongyō Seiten", o livro de uso liturgico da escola Soto Zen no Japão, tem muitas práticas de devoção e preces à divindades. Por exemplo, no dia a dia, os monges da Sotu nos templos que são responsáveis pela comida recitam o Dharani da Grande Compaixão e depois dedicam o mérito da oração pedindo a proteção ao deus da cozinha/fogo.
E quanto ao Buda Eterno, ainda que sua afirmação seja verdadeira, é preciso salientar que ele PODE ser interpretado assim, mas que nem sempre é.
Embora no ocidente essa visão seja muito difundida, pois enfim o budismo se difundiu entre pessoas insatisfeitas com sua tradição religiosa teísta de berço, isso não necessariamente é encarado dessa forma pelos budistas tradicionais.
Veja bem, eu, desde meu primeiro post, afirmei que o Buda ou as divindades não são criadoras deste mundo, portanto eles não se assemelham ao Deus semítico ou ao demiurgo gnóstico.
Porém, quando observamos com atenção, não se pode afirmar absolutamente que os Budas não sejam divindades criadoras. Vamos pegar, por exemplo, o Buda Amida nas escolas da terra pura. Você pode afirmar que o Buda Amitabha não seja o criador de Sukhavati (o nome de sua terra pura)?
Este mundo Saha é o produto do karma coletivo dos seres em samsara, criado pela ignorância e que é cheio de sofrimento. Porém, Sukhavati não é produzida pelo karma ignorante dos seres em samsara, mas sim pelo poder do voto Original do Buda Amida. Diante disso, o Buda Amida é uma entidade "demiurgica" (criadora) em relação à Sukhavati.
Se nós interpretarmos Sukhavati como algo real, diferente do mundo Saha, como feito nas escolas Terra Pura, nós não podemos afirmar o Buda como criador deste mundo, mas ainda assim ele é o criador de um mundo especial.
Se nós interpretarmos Sukhavati como uma metáfora para a natureza real deste mundo Saha, como é feito na escola Lótus, então não só o Buda Amida é o criador de um mundo especial como é o criador deste mesmo mundo saha.
Essa é, inclusive, a posição de uma obra fundamental do budismo sino-japonês, o "Despertar da Fé Mahayana", que apresenta a realida em termos de "uma mente, dois portais", no qual tanto o mundo de Samsara, quanto o mundo e Nirvana, são PRODUTOS de uma única mente búdica universal.
Apesar dos esforços que as pessoas fazem para afastar o budismo do cristianismo, judaísmo e outras fés monoteístas, na verdade ele está mais próximo do que aparenta, e muitos praticantes ocidentais só não exergam pelo apego aos seus próprios preconceitos.
Acho que esse povo está mais religioso do que eu que sou um católico de linha tradicional kkkkkkkkkkkk
Muitas vezes tive sonhos com o meu falecido avô e sempre considerei isso como meros fenômenos naturais explicados pela ciência, a minha mãe que é da Renovação Carismática pelo contrário sempre interpreta os sonhos dela como algo profético ou de origem divina, eu geralmente acho que é bobagem, mas tenho muito carinho por essas histórias que ela conta.
Fiquei impressionado ao saber que muitos desses asiáticos têm uma interpretação mística de coisas que para mim são apenas experiências comuns sem conexão direta com o espiritual, como é o caso dos sonhos, e olha que eu considero a religião como algo muito importante na minha vida e eles não. Algo semelhante ocorre na minha família, tenho 21 anos, sou um dos membros mais religiosos e ao mesmo tempo praticamente não tenho nenhuma experiência mística desse nível, enquanto muitas pessoas na minha família (geralmente bem mais velhas) são bem menos religiosos e vivem vendo o espiritual em coisas que para mim são simplesmente explicadas por fenômenos naturais. Muito curioso isso tudo.
Apesar de menos religiosos, os asiáticos que conheço têm superstições e medo de fantasmas.
A Europa já é ateia, a Asia também, os Estados Unidos caminham prá lá, o Canadá e Australia também são ateus, faltam a America Latina e a Africa! Viva o Ateismo! Uruguai e Chile caminham para o Ateismo também.
É um habito cultural dos japoneses ateus participar de rituais em homenagem aos mortos, por exemplo, é um habito cultural, nada a ver com Deuses ou religião! Inclusive eles frequentam rituais de seitas diferentes.
A religião segrega e cega - Jonathan Haidt.
Ignorância e medo estão na raiz de toda a superstição que, por eufemismo, se convencionou denominar fé religiosa.
"Não rir, não lamentar, nem amaldiçoar, mas compreender" (Baruch de Spinoza).
PS: xintô, kamí, torií...
Qual a religião predominante na Ásia ???
Budismo;
Confucionismo;
Xintoísmo;
Taoísmo
Hinduísmo
@@Gameplayzr se não me engano todas essas citadas acima são todas de origem ateísta mesmo, menos o hinduísmo da índia !!!
Desde quando o taoismo é de origem ateísta?
@@idelbrandojunior3886 qual é o deus deles ???
O Xintoísmo tem o KOJIKI, que é mais ou menos um texto sagrado
Aplicar um conceito produzido pela deriva histórica ocidental ao oriente vai dar errado sempre
Os asiaticos tem sempre na cultura, o ateísmo.
Os asiáticos são quem? Afinal, o Hinduísmo é muito forte na Índia. Uma religião politeísta
A Ásia não e só a china e Japão.
De 1950 pra cá
@@marcusviniciusdoprado7508bem, o hinduísmo não é muito bem politeísta... tem até escola materialista ateísta no hinduísmo...
Kkkkkkkkk
Eu não sei se sou cristã ou agnóstica, só sei que não sou, e talvez nunca consiga ser, ateia.
Sou ateu, mas minha bisa pouco depois de morrer apareceu pra mim, tenho cctz kkk
São portões Torii
O que é abandonar a religião? No caso do cristianismo é abandonar os ensinamentos e valores de Cristo? É sair da placa de tijolos? É apenas falar que acredita num Deus? Essas pesquisas são sempre muito rasas
os asiáticos não são fanáticos de nada ekes não tem seitas evangélicas
Sem desrespeitar a crença alheia,mas o fato é que a religião é um placebo social e a medida que os países se desenvolvem suas populações abandonam a crença em mitos e procuram mecanismos mais reais e fetivos que lhes dé a sensação de segurança que buscam nas religiões.
Não concordo com muita coisa. Acho que te faltou rever a conceitos de etimologia.
O ferramentario é preciso se você não resolver distorcer conceitos.
Aqui vão alguns:
Cultura é comportamento coletivo e religião é um tipo de cultura, ou seja, um sub grupo que dita parte da cultura como um todo.
O conjunto de comportamentos são interdisciplinares, influenciam e são influenciáveis. Cultura da moda, cultura do trabalho, cada grupo tem um tamanho que é englobado em seus subsequentes. São muitas esferas e indo de acordo com a rigorosidade das definições você mostra a hierarquia de interferência.
Asiáticos inteligentes não acreditam em lendas
Um asiático inteligente sabe diferenciar um deus falso do único Deus verdadeiro.