Visivelmente ele não entendeu a proposta e as diferenças fundamentais entre cada pós-moderno. Coloca num mesmo balaio. Dizer que, por Deleuze considerar a filosofia um processo de criação de conceitos, ela não é objetiva vai de encontro ao que propões a própria filosofia da imanência de Deleuze. Vale ler Spinoza Practical Philosophy dele, em linguagem bem acessível...
Acho que a contribuição de Sokal é mesmo decisiva... ele atuou como pós-moderno no escândalo que promoveu e mostrou exatamente como o charlatanismo funciona. Só faltou os autores criticados serem honestos e admitirem que suas teses são como as da paródia.
Eu penso q o pós-modernismo pode desmotivar a ação política e a mobilização coletiva, pois ele promove uma visão cínica ou pessimista das possibilidades de mudança social. Isso pode ser prejudicial para a classe trabalhadora, q depende da organização e da ação coletiva pra poder lutar pelos seus direitos, ..uma coisa muito séria. Quando se trata do marxismo, vejo q o pós-modernismo frequentemente critica grandes narrativas, (as tais críticas as metanarrativas) eu encaro como uma ameaça à unidade e à mobilização do povo ......Ao questionar a ideia de uma luta de classes universal, isso pode levar a enfraquecer a coesão e a solidariedade da massa... Tem q lembrar tbm da fragmentação e a multiplicidade de identidades, q dilui a identidade de classe e dificulta a organização coletiva dos trabalhadores. Em vez de uma identidade de classe unificada, trabalhadores podem se ver divididos por outras identidades, por exemplo como gênero, raça e orientação sexual. Concordo q essa abordagem relativista do pós-modernismo pode vir levar a uma visão de q todas as perspectivas são igualmente válidas, o q pode enfraquecer a crítica ao capitalismo e às estruturas de poder q exploram a classe trabalhadora. Além disso, ver todas as interações como políticas, esse pensamento pode complicar a análise das relações de poder econômicas específicas q afetam a base.....
De fato, Ernesto Laclau considera abertamente que a noção de classe social está superada e ainda interpreta que o próprio Gramsci já teria dado esse passo. É óbvio que o conceito atual de identidade se choca com o conceito de classe social em Marx, acho incrível que pouca gente mostre consciência clara disso.
O autor tem um domínio decente dos temas, mas logo que se aventura a suas opiniões se vê semelhanças com um Olavismo - que é uma vergonha acadêmica. Uma curiosidade interessante: nem as feministas, nem nenhum dos movimentos influenciados por filosofias pós modernaa, jamais chegaram a colocar em prática a anti-ciência, anti-vacina, a recusa a valores civilizatórios básicos (anti racismo) e o conspiracionismo lunático. Quem fez isso foi a extrema direita. Todos esses movimentos de "esquerda" respeitam parâmetros acadêmicos de debate, valorizam até certo ponto as instituições humanas (embora reconheçam seus limites e preconceitos). Somente a extrema direita fez a tal "guerra cultural" de qur os pós modernos foram acusados, rebaixando o debate científico ao ponto do bizarro (como se viu durante os três meses de acampamento golpista) e promovendo uma era do sofismo catapultado por rede social, com coachs que vendem um "imaginário" retroalimentado entrando agora na política.
Achei a crítica bastante rasa. Há necessidade de se fazer certas distinções: pós-modernidade não é o mesmo que pós-estruturalismo, as posturas identitárias e até autoritárias dos supostos seguidores não tem origem nos pensadores que você apresenta, que pensaram a partir da diferença. Para terminar: já Bacon dizia que conhecimento é poder...
@@filipepassos1289Concordo com sua perspectiva a respeito do vídeo. Realmente, a crítica feita aos pensadores pós-modernos teve a profundidade de um pires, especialmente quando Matheus fala de Foucault e Deleuze. Ou não leu esses pensadores, ou não entendeu o que leu. Chega a misturar filosofia politica e sociologia com ciências exatas. Parece até que há um conteúdo político-ideológico a orientar a crítica dele, mas prefiro debitar à falta de maturidade e de leitura; o referido crítico ainda é muito jovem e, certamente, ainda tem muito a ler, aprender e refletir.
Pos estruturalismo se diferencia de pós modernidade assim como kantismo se diferencia de modernidade, isto é, o segundo é o pressuposto do primeiro. Mas, essa diferença é irrelevante, se filosoficamente, é a mesma coisa.
A crítica feita ao pós estruturalistas apartir de Bruno Latour são interessantes, uma vez que para Latour existe esse relativismo que é efeito dos problemas identificados na constituição, mas em vez dos pós modernistas seguirem o caminho das redes e dos não humanos eles apenas acreditam na constituição dos modernos. Agora a crítica feita no vídeo, parte de uma crtica pautada em um argumento que procuras subsídios em uma ideia de distinção entre natureza e cultura, uma factualidade da "evolução" e um olhar baseado em uma análise cultural e da tecnologia, quase que apelando para um fato inequívoco, quando na verdade sustenta os mesmos pré conceitos que os pós modernos tentaram ceifar mas não conseguiram , a constituição dos modernos baseadas em certos princípios que protege uma natureza e cultura ao mesmo tempo imanente e transcendente. E ainda faz uma mistura com identitárismo que não tem nada há vê
O pós-modernismo acaba lembrando-me o sofismo, principalmente Protágoras: "o homem é a medida de todas as coisas", o enfoque nos conceitos em suas respectivas formas particulares, a negação da existência das formas gerais desses conceitos, etc.
Pobre Protágoras, assim como Górgias e Epicuro, mais uma vez vira bode expiatório. Mas não briguemos, pois não estou te criticando. Apenas gostaria de defender que há tipos de relativismos e ceticismos sérios.
Rejeição da modernidade? Pós-modernidade comporta muito autores e entres eles há divergências... Alguns sequer se consideravam pós-moderno. Esse cara fumou cigarro de orégano?
10:50 Isso é ensinado nas escolas, inclusive. As pessoas, infelizmente, meramente repetem a ideia de que "tudo é política", como se essa pequena parte da síntese universal fosse a única realmente importante para qualquer um. E também utilizam essa ideia para afirmar a impossibilidade da neutralidade e da isenção e que devemos ignorar esta última, outra coisa que eu abomino completamente. A tomada de posição implica em você não ter uma posição anterior, i.e., a neutralidade. A isenção, na maneira que eu defino, não superestimar ou subestimar os argumentos de cada posição em uma síntese, é o ideal que devemos buscar para alcançar a verdade.
Tem alguns momentos nesse vídeo do Matheus que ele faz uma confusão bisonha entre puro ativismo liberal com pós modernismo. Também acho que uma crítica deva sim ser feita, mas com certeza deveria ser mais profunda e estruturada que isso. A crítica do Chomsky, por exemplo, é fraquíssima, quase um ato de má fé.
A política é uma religião para esse pessoal. O próprio conceito de política para eles é bem vago e amplo (tal e qual o conceito de deus para um religioso), assim tudo acaba por fazer parte da política.
Não é "quase", é literalmente isso, um retrocesso em relação ao iluminismo. Há um intelectual argentino muito independente e crítico que afirma com todas as letras que os "pós-modernos" são, na verdade, pré-modernos. Mas, no Brasil, a autocensura ainda prevalece.
@@malachiazs, Juan Jose Sebreli, é de esquerda, é homossexual, sempre esteve engajado no debate público e em alguns movimentos, mas defende o legado da modernidade contra o irracionalismo da filosofia continental contemporânea e os intelectuais a serviço do populismo.
A "desconstrução" aplicada a conceitos sociais parte da premissa errada de que esses conceitos foram criados por algumas pessoas (de acordo com Foucault, as que têm poder), e não desenvolvidas em um processo social orgânico e complexo, fora do controle individual. E, a partir dessa premissa errada, conclui-se um racionalismo construtivista (ou ingênuo), que afirma poder alterar a sociedade por meio da engenharia social. É por isso que muitas ideologias radicais apoiam conceitos pós-modernos: assim elas podem justificar suas mudanças sociais aplicadas por um grupo específico e através das instituições estatais. Aqui, tratei sobre o pós-modenismo vulgar e político, e não o intelectual; e que com certeza é muito superior ao tratado.
Faltou a Foucault a noção de instituição, a tomada de consciência de que o que as pessoas criam elas não criam sozinhas e nem num vácuo, tudo já se imiscui num imaginário coletivo previamente estabelecido historicamente e segundo certas regras. Por mais arbitrário que um conceito seja ou pareça ser, ele sempre tem algum aspecto de remissão ao imaginário da sociedade onde surge. No caso de Foucault, tinha a ver pelo menos com duas gigrandes obsessões do capitalismo: o consumismo realizador de lucros, consumismo inclusive de idéias, e a busca de se blindar a todo custo contra mudanças, nem que seja com uma maré montante de insignificância que venha a fazer erosão profunda no imaginário e criar confusão na cultura, neutralizando e prevenindo assim toda e qualquer iniciativa de revolução. Como praticar revolução no mundo da "pós-verdade"!?
O autor tem um domínio decente dos temas, mas logo que se aventura a suas opiniões se vê semelhanças com um Olavismo - que é uma vergonha acadêmica. Uma curiosidade interessante: nem as feministas, nem nenhum dos movimentos influenciados por filosofias pós modernaa, jamais chegaram a colocar em prática a anti-ciência, anti-vacina, a recusa a valores civilizatórios básicos (anti racismo) e o conspiracionismo lunático. Quem fez isso foi a extrema direita. Todos esses movimentos de "esquerda" respeitam parâmetros acadêmicos de debate, valorizam até certo ponto as instituições humanas (embora reconheçam seus limites e preconceitos). Somente a extrema direita fez a tal "guerra cultural" de qur os pós modernos foram acusados, rebaixando o debate científico ao ponto do bizarro (como se viu durante os três meses de acampamento golpista) e promovendo uma era do sofismo catapultado por rede social, com coachs que vendem um "imaginário" retroalimentado entrando agora na política.
De todo modo, devo notar um algo: a tese do Realismo Moral deu um up na sua visão filosófica. Embora eu discorde da tese, noto que ela incrementou, em sua repercussão, algumas qualidades na sua abordagem, como p.ex. o reestabelecimento de noções como "objetividade" e "verdade" - ou no mínimo uma maior ênfase.
Discordo do pensamento do Matheus, já até critiquei alguns vídeos, mas essa crítica ao subjetivismo absoluto dos pós modernos está certinha. Mais de 2.400 anos de experiência humana de muitas coisas, conquistas de conhecimento, processos civilizatórios etc. E os pós modernos acham que o melhor é rejeitar os conhecimentos do passado.
Não sei sobre os outros filósofos suficientemente, mas em relação ao Deleuze, não se trata de que "a filosofia é criação de conceito, uma brincadeira de criança, então tudo vale". Deleuze não afirma que a filosofia é "a busca racional pela verdade" porque existem diversas outras áreas do saber humano que são uma "busca racional pela verdade". O que Deleuze busca é o que é característico único da filosofia, e ele conclui que é a criação de conceitos. Todo conceito, para Deleuze, diz respeito a um problema na realidade. Ou seja, é uma conceituação que pressupõe, além de um compromisso ético, uma realidade única. E a filosofia da diferença visa resumidamente um pensamento livre que não se limite a formas padrões de reflexão. Nada que Deleuze afirma que a filosofia é pressupõe a recusa da razão ou da objetividade. Inclusive, o Deleuze retoma justamente a metafísica, mas dando a ela uma visão mais "atualizada", que é o seu empirismo transcendental, visando encontrar uma concepção de como adquirimos conhecimento, mas sem cair em transcendência e idealismo.
@@DanielAlves-ch9lb Seria mais honesto você abandonar esse textão, que contradiz a chamada filosofia da diferença em todos os sentidos, limitando-se ao video do rapaz.
@@Prof.Biocássiocontradiz em que exatamente? Você poderia dizer quais os textos de Deleuze você utiliza como referência para refutar a argumentação do amigo ali em cima?
Ótimo video professor! Gostei muito da frase "nem tudo é sobre política" acho que essa frase é capital para combater essa mentalidade autoritária do pós-modernismo, pois se tudo for sobre política os debates filosóficos são inúteis e nada nos impede de partirmos direto para a agressão física.
Pós-modernismo, assim como beleza, cultura e natureza, entram no campo onde há mais confusão do que esclarecimento. Primeiro, essa ideia de que o pós-modernismo está arruinando o Ocidente é uma idealização do próprio Ocidente, como se este fosse algo perfeito e épico, ou seja, uma narrativa reacionária. Fora essa propaganda do Brasil Paralelo implícita, o resto tendo a concordar. Sou de esquerda e sempre rechacei essa ideia maluca de que tudo é política. Ela faz com que as pessoas não olhem para a realidade a partir de uma visão ampla, mas de uma visão militante, caindo em paranoia e delírio. Mas isso não acontece apenas por causa de autores europeus, mas também por resposta a despolitização do senso comum e da direita, que nega a política onde ela se encontra. Um erro acaba gerando outro. O relativismo ético, epistêmico e estético do progressismo é ironicamente banhado por uma hiperpolitização. É uma mistureba de pessoas que claramente não têm preocupação com alguma noção de verdade, mas têm grande entusiasmo pelo ressentimento e identidade. Mas diria que reduzir isso a "pós-modernismo" é apenas nomear algo que é mais amplo.
Com certeza, é um fenômeno mais amplo, mas os autores citados pelos militantes que prescrevem tal cartilha são justamente os associados ao pós-estruturalismo. E é perfeitamente possível promover a tendência de uma sociedade piorar, ainda que ela não seja idealizada e mesmo que já seja péssima. É como dar veneno a alguém doente, não há nenhum pressuposto de uma perfeição anterior em não recomendar algo assim.
O autor tem um domínio decente dos temas, mas logo que se aventura a suas opiniões se vê semelhanças com um Olavismo - que é uma vergonha acadêmica. Uma curiosidade interessante: nem as feministas, nem nenhum dos movimentos influenciados por filosofias pós modernaa, jamais chegaram a colocar em prática a anti-ciência, anti-vacina, a recusa a valores civilizatórios básicos (anti racismo) e o conspiracionismo lunático. Quem fez isso foi a extrema direita. Todos esses movimentos de "esquerda" respeitam parâmetros acadêmicos de debate, valorizam até certo ponto as instituições humanas (embora reconheçam seus limites e preconceitos). Somente a extrema direita fez a tal "guerra cultural" de qur os pós modernos foram acusados, rebaixando o debate científico ao ponto do bizarro (como se viu durante os três meses de acampamento golpista) e promovendo uma era do sofismo catapultado por rede social, com coachs que vendem um "imaginário" retroalimentado entrando agora na política.
Já tem gente chamando um canal que promove o ateísmo de conservador kkkkk Não aguentam nem uma crítica, que ao meu ver foi leve e breve, às suas crenças de estimação kkkk
O autor tem um domínio decente dos temas, mas logo que se aventura a suas opiniões se vê semelhanças com um Olavismo - que é uma vergonha acadêmica. Uma curiosidade interessante: nem as feministas, nem nenhum dos movimentos influenciados por filosofias pós modernaa, jamais chegaram a colocar em prática a anti-ciência, anti-vacina, a recusa a valores civilizatórios básicos (anti racismo) e o conspiracionismo lunático. Quem fez isso foi a extrema direita. Todos esses movimentos de "esquerda" respeitam parâmetros acadêmicos de debate, valorizam até certo ponto as instituições humanas (embora reconheçam seus limites e preconceitos). Somente a extrema direita fez a tal "guerra cultural" de qur os pós modernos foram acusados, rebaixando o debate científico ao ponto do bizarro (como se viu durante os três meses de acampamento golpista) e promovendo uma era do sofismo catapultado por rede social, com coachs que vendem um "imaginário" retroalimentado entrando agora na política.
Mateus Benites, necessariamente, sempre será criticado porque, basicamente, não há como aprofundar uma visão, critica ou conceito em poucos minutos de um vídeo. Logo, várias lacunas ficam abertas e, assim, exploradas.
Todas as críticas referidas no vídeo são o tipo proferido pelo os conservadores. Porém, ser expressado por esse grupo não quer dizer que estão erradas.
O expositor do vídeo que aparenta reinvidicar "rigor" peca por excesso de generalização em relação aos ditos "pós-modernos". Vou me deter ao Deleuze. Pelo visto o expositor não leu Deleuze. Primeiro, vamos ao mais flagrante, a compreensão grosseira do expositor em relação ao que Deleuze entende por "conceito". Pq Deleuze define a filosofia como uma disciplina que cria conceitos? Pq quer aproximar a ideia de criação à atividade artística? Parcialmente sim, mas NADA tem a ver com questões de objetividade, seja para afirmar ou negar. É pq os filósofos levantam problemas, e os conceitos são a maneira de como os filósofos tentam encaminhar esses problemas. Ou seja, um conceito não é uma abstração, uma generalização ou veio do nada, ele é um modo concreto da necessidade encaminhamento em função de um problema formulado. Um exemplo. Pq Platão criou o conceito de "ideia"? Pq havia um problema na Polis, a saber, como distinguir os verdadeiros pretendentes dos falsos pretendentes, seja em relação quem estaria mais apto a governar ou a emitir opinião em relação ao destino do Polis? Como os pretendentes eram muitos, o médico, o juiz, o advinho, etc, Platão então cria o conceito de Ideia e dirá que os verdadeiros pretendentes seriam aqueles que participariam da ideia, daí a sugestão do "filósofo-rei", ou seja, o conceito de Ideia foi um crivo criado por Platão para dar conta de um problema concreto: separar os verdadeiros pretendentes dos falsos pretendentes. Todo conceito então, formulado por um grande filósofo, responde a um ou a um conjunto de problemas concretos, e é por isso o conceito não é algo abstrato. Então o "conceito", conforme pensa Deleuze, nada tem a ver com questões de "objetividade". E já que o expositor do vídeo se diz, que me parece estranho, leitor de Nietzsche, deveria se lembrar desse comentário do filósofo num fragmento póstumo datado no outono 1884-1885, em que sentencia: "os filósofos não devem mais contentar-se em aceitar os conceitos que lhes são dados, para somente limpá-los e fazê-los reluzir, mas é necessário que eles comecem por fabricá-los, criá-los, afirmá-los, persuadindo os homens a utilizá-los. Até o presente momento, tudo somado, cada um tinha a confiança em seus conceitos, como um dote miraculoso vindo de algum mundo igualmente miraculoso". A propósito, não sem razão, Deleuze menciona esse fragmento póstumo. E por fim, se tem um filósofo que combateu o identitarismo em sua raiz, igualmente foi Deleuze em seu texto "Diferença e repetição". Deleuze evoca um conceito de diferença que nada tem a ver com a afirmação de uma identidade (justamente Deleuza tenta se debruçar a ideia de diferença em si, que abole radicalmente qualquer tentativa de estabelecer uma identidade qualquer) e tanto é assim que muitos estudiosos da obra de Deleuze já chamaram atenção para o mau uso dos conceitos desse filósofo por alguns desses grupos identitários (o mesmo valeria para o mau uso do pensamento do Foucault). Em resumo, o expositor do vídeo, se quiser ser levado a sério em relação a alguns pensadores que comenta, deveria ler os textos destes pensadores e não se limitar pelo "ouvi dizer".
@@samisx3302 não falei da pessoa dele e nem se ele não é rigoroso "per si", logo não desrespeitei seja como pessoa seja seua capacidade intelectual. Mas me limitei apenas ao conteúdo exposto no vídeo, e quanto ao conteúdo do vídeo, em boa parte, ele foi muito mal, conforme as razões explicitadas acima. Quanto ao nome dele, realmente ignorava completamente e, talvez por cortesia, deveria procurar como se chamava, mas como respondi imediatamente ao ver o vídeo, não me detive nisso. Então, só para enfatizar, não fui desrespeitoso com a sua pessoa, pois não o conheço, mas crítico em relação ao seu conteúdo ou, melhor, a maneira sumária como expôs as suas críticas e, particularmente, a Deleuze.
@@marciuslopes3067 Segundo você, deleuze não é nada disso, porque o filosofo, segundo ele, cria conceitos conforme a necessidade concreta? Você não percebe que isso é uma contradição? Se há uma realidade concreta, o pensador não cria nada, só reproduz o que há no mundo. Criar é o mesmo que dizer que não há essa objetividade no mundo, como afirma o autor do video.
@@Prof.Biocássio acho que vc não compreendeu o que foi colocado. Os conceitos não são criados a partir do nada, mas a partir dos problemas que o suscitam. Aqui "criação" nada tem a ver com a criação ex nihilo dos teólogos, logo, não há contradição alguma. São os PROBLEMAS que legam ao conceito sua concretude. Platão não estava passeando por aí a toa e de repente ou do nada "apareceu" o conceito de Ideia. O conceito de Ideia foi criado por Platão para dar algum encaminhamento a alguns problemas que o incomodava, a saber, como diferenciar a opinião verdadeira da falsa ou, ainda mais importante, como separar os verdadeiros pretendentes dos falsos pretendentes. A Ideia foi um conceito criado por Platão justamente para fazer essa separação ou um princípio de seleção. O problema da "objetividade" ou da "realidade" do mundo nada tem a ver com isso. Não diferente fez Kant quando criou o sujeito transcendental. Pq Kant o criou? Pq percebeu que o sujeito cartesiano, o cogito não conseguia mais dar conta dos novos problemas formulados de seu tempo, a saber, como responder ao ceticismo que se disseminava em sua época e que estava pondo em risco a metafísica como ciência, que tinha se transformado numa rede de pesca onde tudo atravessava. Era preciso, então, realizar uma crítica imanente à própria razão pela razão, e esse foi o objetivo da Crítica da razão pura, e o cogito cartesiano era essa espécie de rede onde tudo passava, Deus, alma, etc. Então, Kant, ao criar o sujeito transcendental, estabeleceu uma separação entre este e o sujeito empírico. Claro que Platão dirá que a Ideia é um conceito que sempre existiu como Kant pode tbm reivindicar que o sujeito transcendental é uma estrutura "inata" ou não-empírica, que desde de sempre nos constituiu. Mas o que parece claro é que todo conceito de um grande filósofo deriva dos problemas que que ele se deparou. Por isso o conceito tem concretude, não veio do nada, justamente pq ele é um modo de encaminhar um problema.
@@marciuslopes3067 Por isso e não à toa Platão, Kant e Descartes são classificados como idealistas, pois criam conceitos para explicar aspectos da realidade, pois não há como alcança-la nela mesma. Há uma contradição obvia ou os conceitos são descobertos , categorias, expressando a realidade da época ou são criados para tentar explica-la. Quem cria conceitos, cria realiadade. Qual é a dificuldade?
Mateus, esses vídeos em que a pessoa se comportava como um lobo, se não me engano, foi um programa humorístico apresentado por pessoas como Pondé como algo real.
Video muito bom. Espero que possamos dialogar. Está bem difícil conversar sobre esses temas com a classe estudantil e intectual do Brasil atual. Penso que Nietzsche é um exemplo da banalização da Filosofia, no sentido de tornar um filósofo em figura pop. Muita gente gosta de Nietzsche não pela força das ideias, mas pela força dos termos (ex.: filosofar a golpes de martelo; o grande meio-dia; o super-homem). N. é um grande e corajoso autor (precisa ter muita coragem para escrever A Genealogia da Moral) sua obra é difícil, e uma meninada (às vezes com mais de 40 anos) que não estuda nada se mete a utilizar suas críticas à sociedade moderna. Que caminho! De Nietszche a Marx, passando pelo relativismo anômico de Foucault, Derrida e Deleuze, chega-se à atualização do espírito gregário, no século XXI. É o chamado "identitarismo" - um frankenstein norte-americano com elementos do puritanismo (me too, por exemplo) e individualismo extremo (cada um cria sua etnia, seu gênero sexual, sua língua, etc - São mônadas? Acaso essa "intectualidade" ouviu falar em "solipsismo"?). deixo uma questão: a fenomenologia (Husserl) em seu método de investigação seria uma forma de perspectivismo?
A pós-modernidade ainda é um problema só aqui no Brasil. Lá fora o paradigma filosófico já mudou. Os pós-modernos já não são o último grito em filosofia. Ocorreu, há quase duas décadas, um "giro ontológico" na filosofia continental. Filósofos como Quentin Meillassoux, Graham Harman, Maurizio Ferrariz e Markus Gabriel compõem uma nova corrente filosófica, chamada "realismo especulativo" ou "novo realismo", que é uma resposta à pós-modernidade". Todos eles, aliás, vêem nos pensamentos de Kant e Nietzsche os fundamentos da filosofia pós-moderna.
Isso não é bem verdade, sobretudo nos Estados Unidos onde o pós estruturalismo é bem forte. Além do mais, é errado dizer que o realismo especulativo é uma superação do pós Modernismo visto que se trata de uma crítica e ao mesmo tempo uma reformulação da fenomenologia de Husserl, em especial, o problema da correlação, ou a relação entre verdades de razão e verdade de fato (Leibniz). O Marcus Gabriel mesmo não é senão uma reformulação de certos argumentos neokantianos em seus aspectos idealistas. Como pode ser uma superação se retroage aos problemas que o pós estruturalismo explicitou tanto no idealismo e no kantismo quanto na fenomelogia? Soma-se a isso uma certa inspiração deleuziana no realismo especulativo o qual é um dos mais radicais pós modernos.
@@terezawilliam4760colocar no mesmo plano ontologico unicórnios e pedras é razoavelmente absurdo. Algo que Gabriel faz. É nitidamente uma tentativa de fazer uma ontologia para a democracia liberal multicuturalistas
Prezado Professor. Tendo a concordar com o sua posição de que a verdade é única e que existe uma objetividade, mas considero necessário fazer duas ressalvas: desde Kant há dúvidas sobre se ela é acessível ou não. Isto porque entre ela e nós há uma porta: nossas perceções, que podem ser influenciadas por ideologias e o que pessoas como Foucault nos trazem é que mesmo âmbitos do pensamento, como as Ciências Naturais, ela está presente e interfere. Para o senhor que gosta de filósofos atormentados pela razão, recomendo a leitura de uma excelente obra de epistemologia de um filosofo alemão chamada Contra o Método. Daí que o acesso à tão ambicionada verdade absoluta, é mais complicada do que parece. Outra objeção que tenho às suas palavras é de que pior do uma pessoa se voltar para as religiões por conta dessa doença do pós-modernismo é o aceitar que já que não há uma realidade objetiva, devamos criar e adotar aquela que melhor nos favoreça, sem escrúpulos ou respeito por mais nada (pós-verdade), origem do fake news e todo tipo de discurso canalha, inclusive religiosos como Malafaias, mas também de governantes e mesmo cientistas.
A crítica da razão pura é sobre a influência de ideologias no pensamento? Imaginava que fosse sobre ideias da razão, categorias e conceitos do entendimento, que não impedem o conhecimento científico, mas o possibilitam por meio da experiência. Foucault vai em direção completamente diferente e simplesmente dá por suposto a influência de ideologias, sem tratar dos problemas epistemológicos propriamente ditos.
Citou vários filósofos mundialmente notáveis e, de repente, disse: "agora eu vou mostrar como todos eles estão errados". Amigão, vai fazer isso em dez minutos? Esse é galo! Esse tem 'bala na agulha'! Vou deixar de comprar livros e me inscrever no seu canal.
O jeito como se vê e chama a substância é a interpretação,mas o material existe objetivamente,tal como o aparelho eletrônico que você está usando para ler isso
Boas reflexões, Matheus. Sou cristão e tenho acompanhado seu canal. Apesar de deixar clara sua discordância (pra não dizer aversão) ao cristianismo, seus questionamentos são extremamente válidos e pertinentes - ou seja, filosóficos. Espero que, um dia, você se abra mais à filosofia dita cristã, creio que você descobrirá que existe muito valor na cosmovisão bíblica, e que esta pode participar dos diálogos filosóficos dentro e fora da academia. Continue com o seu bom trabalho!
@@ofulgor Muitas ideologias "racialistas" (para não utilizar outro termo) tinham um pé em Nietzsche, mesmo que ele fosse contra isso. Com muitas ideologias nacionalistas, foi a mesma coisa. E agora, com ideias consideradas pós-modernas.
Matheus, esse seu Vídeo me Surpreendeu em como é nítido a sua Superficialidade sobre o Tema, você consegue trazer sim no Vídeo, alguns Conceitos e Elementos de Analise da Pós-modernidade, no entanto, você analisa de forma Errada. Sugiro que você entenda em primeiro lugar, distinguir Pós-modernismo e Pós-modernidade, são Movimentos Contemporâneos, mas que de Alguma forma possuem suas Diferenças. Mas Eu Não vejo isso como Problema, já que Ninguém saí de uma área de Formação (no caso Filosofia) sabendo de tudo, o que pode Reforçar a nossa Superficialidade perante certos Temas. Ademais, é só isso mesmo.
6:40 Isso é um exemplo do que eu critiquei sobre o pós-modernismo vulgar, mas aplicado de maneira geral. A ideia errônea de que as pessoas "constroem" os conceitos e não que as desenvolvem em um processo social no qual fazemos parte. E a partir dessa crença errônea se conclui que um indivíduo possa "inventar" suas próprias ideias da maneira que desejar. Assim nasce a filodoxia e a filosofia de boteco. Newton e Leibniz não "inventaram" o cálculo diferencial e integral, eles o desenvolveram através de todo um processo científico que liga passado e futuro: Arquimedes, Galileu, e tantos outros. O mesmo vale para todas as grandes ideias, e é esse justamente o motivo do por quê elas serem grandiosas e tão próximas da verdade objetiva (em relação à proximidade que nós possuímos atualmente com ela): elas passaram por análises e sínteses cuidadosas por inúmeros pensadores, e se tornaram extremamente robustas. Para entender melhor esse comentário, leitor, dê uma olhada nos anteriores.
Considero então que a partir de Platão e Aristóteles sobre as sínteses que ambos realizaram sobre a ciência e os pensadores pre-socraticos, assim como na modernidade Kant e Hegel em relação aos filósofos modernos a partir de Descarte e Bacon fizeram o mesmo, conseguiram uma certa "objetividade" para o pensamento atual que ainda falta a novidade de Nietzsche e, mais ainda, aos filósofos pos-modernos. Ou seja, o tempo ainda não deu a estes a autoridade que concedemos ao filósofos classicos.
หลายเดือนก่อน +2
"Ideologia Woke"? Cara, faz isso não. Tava te levando a sério. Sério mesmo, "ideologia Woke"??? Certeza?
Esse discursinho dele a gente sabe muito bem pra onde vai. O cara está passando a margem do problema real, porque se sente ameaçado com a perda do falso universal. Aí acaba caindo naquilo de sempre. Diferença vira desigualdade e desigualdade o extermino da diferença.
Vc fala sobre "livre pensamento" sem considerar o êxtero-condicionamento (conceito de Sartre em "A crítica da razão dialética) O pensamento, a forma que lemos a realidade é fortemente influenciada pelas ideias dominantes, como já dito pelo Velho Marx. Isso é elementar, assusta um graduado e, salvo engano, mestrando em filosofia, ignorar isso.
Temos que quebrar esses dualismos de conservador e progressista, direita e esquerda. Pq isso é igualar o desigual, amigo. Não concordo com muitas posições do sr Benites, mas acho que nesse tópico ele está sendo profundo e vale a pena ouvi-lo.
a filosofia é uma criação de interpretações aparte de uma indagação interna do ser. chegar a algo sim é uma objetividade porque se quer uma "solução", mas não há uma verdade absoluta talvez por causa de uma limitação do pensamento humano...
bem, ter uma noção de liberdade de reflexão é um pouco complicada já que temos que ler e interpretar as múltiplas visões de entendimento da realidade e a filosofia é isso.
O cara pega aforismos e faz uma análise até sarcástica como se tivesse arrasando. Insano é tua ideologia meu nobre! O próprio Nietzsche disse que " as convicções são prisões".
Mas o vídeo prega convicções momentâneas que sejam... Mas que acreditemos estar convictos por um instante que seja... A verdade é uma só agora ! Sejamos convictos e libertos... Essa me parece ser a mensagem do vídeo na defesa do modernismo e crítica aos críticos deste último. Era um mundo mais estável... Nostalgia... Vou ouvir Camel 🐪
É bem verdade que os filósofos, isso se aplica a todos os filósofos da história, tem suas falhas, mas também tem sua contribuição. Se não tivessem, ninguém os criticavam. Até esse vídeo é digno de ser analisado e têm suas contribuições, mas tem falhas. Um exemplo foi Aristóteles que foi duramente criticado por Descarte, Kant que foi criticado por outros filósofos posteriores a ele. Então é uma tradição do pensamento humano e não so ocidental mas por toda parte ser superado. E também uma crítica a qualquer pensador deve ser bem fundamental e deve-se estudar bem o pensador para depois criticá-lo. Fazer crítica a vários pensadores é muito arriscado.
O perspectivismo não é relativismo! Não há conhecimento extra-perspectivista - ou seja, não há conhecimento fora de qualquer relação, e não existe uma verdade em si, independente do mundo relacional. A perspectiva precede o próprio sujeito, pois não deriva da subjetividade, mas das condições materiais e intersubjetivas. A subjetividade é um efeito; o sujeito cria a partir do que lhe é dado imediata e concretamente, tanto no corpo quanto na mente. Isso se chama realismo perspectivista. A busca pela verdade é, na verdade, uma busca por limites. O sujeito pensa por causa de seu querer ou em função de seu poder? Não seria a compreensão, como um evento mental, o limite atual do próprio poder do pensamento? A busca pela verdade, então, não seria a potência do pensamento levada ao seu limite? A verdade não reside no objeto, nem no sujeito; ela é o produto da relação entre sujeito e objeto. É nessa relação que o sujeito identifica certos limites. O sujeito não pensa o objeto porque quer, mas porque o objeto se impõe ao afetá-lo. O objeto torna-se, assim, o limite atual do seu pensamento.
@@hecceidade0 Há tanta bobagem desse tipo na Universidade que não dúvido que você seja aprovado. Há quem ache esse perspectivismo a coisa mais inteligente e fina do conhecimento.
Se eu pudesse dar um conselho seria: Não vá de ‘peito aberto’, até os pós modernos. Procure, antes se ‘calçar’, com Sócrates, Aristoteles, Platão e, sobretudo com Jesus. Se, após a confrontação, voce achar que deve ter um pós-moderno norteando seus passos, boa sorte.
Primeiro aquele foucaultiano precisa se atualizar. O paradigma filosófico já mudou. O realismo especulativo/novo realismo é uma boa resposta aos pós-modernos
@@betatube7198 O livro do Quentin Meillassoux, Após a finitude: ensaio sobre a necessidade da contingência". O livro do Markus Gabriel, "Por que o mundo não existe". O livro do Graham Harman, "O objeto quádruplo". E o "Manifesto do novo realismo", do Maurizio Ferrariz. Tem também um bom livro de introdução chamado "O novo realismo: a filosofia do século XXI, do Mario Teodoro Ramirez, em espanhol.
@@ThiagoFerraz-fl1bt lá na Universidade Federal de São Paulo, onde eu estou concluindo minha graduação em Filosofia, o Matheus Barbosa está trabalhando isso em sua tese de mestrado. Mas em outras universidades brasileiras também já há pesquisa sobre o novo realismo. Como eu disse, aqui no Brasil ainda está chegando. A principal obra do Quentin Meillassoux, "Após a finitude: ensaio sobre a necessidade da contingência", só foi traduzida no ano passado. Mas em vários países da América Latina já há estudos bem avançados. No México há o professor Mário Teodoro Ramirez, um grande divulgador do tema.
A defesa de Nietzsche não convence, ou seja, está correta no sentido de remeter ao texto do próprio autor, mas os argumentos dele são apenas contraditórios, o que é uma consequência necessária de sua falta de sistematicidade. Quer dizer, ele pode defender qualquer tese a título de "experimento" e saltar para se apoiar em outra quando a anterior é refutada. O ponto é que Nietzsche não é filósofo em sentido estrito e só ganhou esse status a partir de Heidegger, com a interpretação de uma metafísica implícita (ou seja, um sistema) subjacente ao caos de aforismos e textos poéticos deste autor. Pessoalmente, gosto de ler Nietzsche, mas não dá para comparar com filósofos modernos sérios como Kant ou Hegel.
Eles não são relativistas. A questão é que existe Verdade, com V maiúsculo mesmo. Dizer o oposto é contraditório. Entretanto, o único que critério que temos apra a verdade é a justifição e esta é relativa.
É ... pensando bem, eu cá ,em minha pequenez de meu pequeno eu , aí analiso, falas, deste naipe, fico primeiramente entorpecido, estaziado, quanta busca, quanta ênfase, para a busca da verdade,que trabalho árduo, acredito que o ateísmo forte é realmente para poucos, ainda bem que me considero nessa pequena celeuma kkk, é isso aí meu caro. , Matheus, saúde e paz prá vc e afins
Daniel Cidade do canal Iluminismo Pós-Moderno que também é ateu fez um vídeo destruindo todos os seu argumento contra a pós-modernidade. Mandou mal nessa em Matheus.
Interessante professor, um ateu defendendo a busca da verdade, mostra uma mente muito centrada e aberta, eu acredito em Deus, procuro ter uma mente aberta, mas tudo tem limites, o que é mais ruim nesse pós modernismo é o autoritarismo. Não acho que exista uma verdade absoluta, mas acho que ela existe sim, e o bom, o belo e o verdadeiro são características dessa verdade.
O fato de os filósofos terem identificado a ruptura com as grandes narrativas (lyotard) não significa que haja uma defesa ou uma pregação disso... O Baumann mudou o seu termo de estudo de "pós modernismo" para "líquido" para não ser confundido com um defensor dessa ideia... Acho que vc se confunde ao tentar explicar essas questões.
Daniel Cidade Janta o Matheus Facinho nestas Argumentações Pobres, me deu Até Dó dele Aqui. A crítica dele é muito Superficial, com certeza não leu de forma coerente os Pós-modernos. É nítido que ele Replica os Estereótipos da Pós-modernidade.
Crítica interessante que você fez, poderia comparar as ideias desses pensadores com o pensamento cristão moralista. Acho que deve encontrar algumas coisas em comum, além do radicalismo idealista contra a realidade objetiva.
O termo "woke" já é utilizado por muitos sociólogos como o canadense Mathieu Bock-coité, para designar um certo tipo de militância que prega o discurso politicamente correto, com o intuito forçar a mudança do vocabulário para policiar a fala. O objetivo do ativismo "woke" é construir uma nova civilização fazendo uma tábula rasa de todos os valores e conceitos.
Por que? Explique. Você fala isso com base em seus próprios preconceitos e opiniões, que podem estar equivocadas, já parou pra pensar nisso? E woke é um termo usado para denominar pautas culturais pós modernas que geralmente negam a realidade ou a biologia humana em nome de uma suposta diversidade, que alimenta os egos, o caos e a divisão.
infelizmente parece que você tem um pânico moral que, ainda que melhor articulado, antes se voltaria para uma crítica ao campo dos estudos culturais, especialmente nos EUA, que se basearam na filosofia francesa da segunda metade do XX mas que não devem ser identificados aos pensadores franceses citados de maneira tão precipitada. projetar a crítica para a chamada french theory a partir do que foi feito dela por outros pensadores seria o mesmo que criticar a obra nietzscheana a partir do que os franceses fizeram dela em suas respectivas obras. o que me leva a apontar que tratá-los como um grupo uniforme é uma armadilha da qual sei que você está ciente mas da qual se utilizou mesmo assim. se há uma crítica ao famoso “identitarismo”, essa crítica pode ser feita partindo diretamente de nietzsche e diretamente aos norte-americanos do final do XX. sua crítica ao comentario do foucault me parece partir de uma ideia de progresso teleológica que é exatamente o que ele rejeita. quer dizer, para criticá-lo voce se vale dos mesmos objetos aos quais a crítica dele se refere. quanto ao estatuto da verdade em nietzsche, vale lembrar que ele também, assim como foucault, a coloca no campo da contigência, como historicamente (i.e. localmente, de acordo com cada disputa) definida de forma um tanto quanto arbitrária. já ao inicio do vídeo o uso insistente do termo “pós-modernos” já me causou certa resistência, mas quando ao fim do vídeo fica claro que afinal se trata de um pânico moral contra aquilo que está “claramente errado”(?) e colocando na conta desses filósofos o desconforto e a necessidade das massas de se voltarem para religiosidade, autoritarismo, conservadorismo e afins, fica claro que a fragmentação do sujeito que começa no inicio da modernidade e se intensifica está sendo de maneira simplória colocada por você na conta do questionamento daqueles que, aliás, estão entre os que melhor pensaram a partir da obra nietzcheana no ocidente justamente a partir da differance. um vídeo infeliz, raso, que apela para a mesma ignorância do pseudo-conservadorismo que hoje impera. a insistência na categoria da “verdade” ao final do vídeo torna tudo mais curioso: que verdade seria essa? aparentemente, para você, uma baseada na razão instrumental e na ciência. positivismos a parte não sobra muito dessa tal verdade. crítica pífia (advinda de uma desleitura) da filosofia de foucault, derrida e deleuze que indicam uma leitura mal feita da obra nietzscheana. além disso, durante todo o vídeo existe uma identificação perigosa entre a obra e o pensamento desses filósofos e impasses da situação sociopolítica atual, o que é um pulo impressionante que não se sustenta a não ser em um vídeo sem pé nem cabeça como esse. todos erramos, mas cuidemos para não contribuir para a ânsia por caminhos mais curtos e mais fáceis.
Alguns desses pensadores podem ser interessantes por tentarem derrubard dogmas, mas nem tudo é relativo, inexato, é fantasioso. Mas mesmo que nem tudo seja político, tudo tem consequências políticas e eu me pégunto quais são os interesses políticos por trás da divulgação insistente das ideias modernistas.
A crítica pela busca a verdade também pode ser considerada filosofia? Ou a filosofia foi feita somente para encontrar verdades? E a filosofia feita através da poesia também é válida?
Interessante crítica ao pós modernismo. Muito di que ele mencionou está realmente acontecendo no meio acadêmico . A narrativa de cada indivíduo, ou grupo e o que está valendo , não importa o qto tal narrativa seja irreal . Tempos de distopia , aff
Visivelmente ele não entendeu a proposta e as diferenças fundamentais entre cada pós-moderno. Coloca num mesmo balaio. Dizer que, por Deleuze considerar a filosofia um processo de criação de conceitos, ela não é objetiva vai de encontro ao que propões a própria filosofia da imanência de Deleuze. Vale ler Spinoza Practical Philosophy dele, em linguagem bem acessível...
A filosofia nao pode ser "criaçao de conceitos"
@@hugoseabra6890 porque não?
@@hugoseabra6890 Hugo vai ficar calado?
Bem isso, muito tosco esse dualismo moderno-pósmoderno, pra escolher um dos dois como se escolhe uma comida no cardápio.
Esse é um video exemplo da pessoa que não leu e comenta sobre.
Não leu oq?
Recomendo o livro As ilusões do pos modernismo, por Terry Eagleton e imposturas intelectuais de A Sokal sobre o tema ...
Acho que a contribuição de Sokal é mesmo decisiva... ele atuou como pós-moderno no escândalo que promoveu e mostrou exatamente como o charlatanismo funciona. Só faltou os autores criticados serem honestos e admitirem que suas teses são como as da paródia.
cara vc falou exatamente TUDO que eu tava pensando nos ultimos meses. + 1 inscrita.
Depois de ver essa análise... tomei uma decisão... vou ler cada um dessas autores... agora acredito que eles estão certos!
Kkkkkk. Já veio com uma ideia preconcebida sobre eles e agora quer fingir que nem conhecia. Kkkkkk
@@Mar40feExato, raciocínio de quem se recusa a raciocinar com imparcialidade.
@@eg9nr Não existe imparcialidade, assim como não existe essa suposta objetividade que o parceiro tava delirando no vídeo
@@patricklevy4934 Se não existe objetividade a ciência as descobertas científicas são construções sociais ?
@@patricklevy4934 então o aparelho eletrônico que você usou para digitar isso não é objetivo?
Eu penso q o pós-modernismo pode desmotivar a ação política e a mobilização coletiva, pois ele promove uma visão cínica ou pessimista das possibilidades de mudança social. Isso pode ser prejudicial para a classe trabalhadora, q depende da organização e da ação coletiva pra poder lutar pelos seus direitos, ..uma coisa muito séria.
Quando se trata do marxismo, vejo q o pós-modernismo frequentemente critica grandes narrativas, (as tais críticas as metanarrativas) eu encaro como uma ameaça à unidade e à mobilização do povo ......Ao questionar a ideia de uma luta de classes universal, isso pode levar a enfraquecer a coesão e a solidariedade da massa...
Tem q lembrar tbm da fragmentação e a multiplicidade de identidades, q dilui a identidade de classe e dificulta a organização coletiva dos trabalhadores. Em vez de uma identidade de classe unificada, trabalhadores podem se ver divididos por outras identidades, por exemplo como gênero, raça e orientação sexual.
Concordo q essa abordagem relativista do pós-modernismo pode vir levar a uma visão de q todas as perspectivas são igualmente válidas, o q pode enfraquecer a crítica ao capitalismo e às estruturas de poder q exploram a classe trabalhadora. Além disso, ver todas as interações como políticas, esse pensamento pode complicar a análise das relações de poder econômicas específicas q afetam a base.....
De fato, Ernesto Laclau considera abertamente que a noção de classe social está superada e ainda interpreta que o próprio Gramsci já teria dado esse passo. É óbvio que o conceito atual de identidade se choca com o conceito de classe social em Marx, acho incrível que pouca gente mostre consciência clara disso.
O autor tem um domínio decente dos temas, mas logo que se aventura a suas opiniões se vê semelhanças com um Olavismo - que é uma vergonha acadêmica. Uma curiosidade interessante: nem as feministas, nem nenhum dos movimentos influenciados por filosofias pós modernaa, jamais chegaram a colocar em prática a anti-ciência, anti-vacina, a recusa a valores civilizatórios básicos (anti racismo) e o conspiracionismo lunático. Quem fez isso foi a extrema direita. Todos esses movimentos de "esquerda" respeitam parâmetros acadêmicos de debate, valorizam até certo ponto as instituições humanas (embora reconheçam seus limites e preconceitos). Somente a extrema direita fez a tal "guerra cultural" de qur os pós modernos foram acusados, rebaixando o debate científico ao ponto do bizarro (como se viu durante os três meses de acampamento golpista) e promovendo uma era do sofismo catapultado por rede social, com coachs que vendem um "imaginário" retroalimentado entrando agora na política.
Achei a crítica bastante rasa. Há necessidade de se fazer certas distinções: pós-modernidade não é o mesmo que pós-estruturalismo, as posturas identitárias e até autoritárias dos supostos seguidores não tem origem nos pensadores que você apresenta, que pensaram a partir da diferença. Para terminar: já Bacon dizia que conhecimento é poder...
E mais: a(s) ciência(s) CRIAM sim modelos, instrumentos, etc. que aumentam nosso PODER de ação em relação ao que nos cerca
@@filipepassos1289Concordo com sua perspectiva a respeito do vídeo. Realmente, a crítica feita aos pensadores pós-modernos teve a profundidade de um pires, especialmente quando Matheus fala de Foucault e Deleuze. Ou não leu esses pensadores, ou não entendeu o que leu. Chega a misturar filosofia politica e sociologia com ciências exatas. Parece até que há um conteúdo político-ideológico a orientar a crítica dele, mas prefiro debitar à falta de maturidade e de leitura; o referido crítico ainda é muito jovem e, certamente, ainda tem muito a ler, aprender e refletir.
@@silvioneto7368concordo. Percebi uma visão preconceituosa do apresentador. Tipo o Marçal falando de comunismo na educação. Sem embasamento.
Pos estruturalismo se diferencia de pós modernidade assim como kantismo se diferencia de modernidade, isto é, o segundo é o pressuposto do primeiro. Mas, essa diferença é irrelevante, se filosoficamente, é a mesma coisa.
A crítica feita ao pós estruturalistas apartir de Bruno Latour são interessantes, uma vez que para Latour existe esse relativismo que é efeito dos problemas identificados na constituição, mas em vez dos pós modernistas seguirem o caminho das redes e dos não humanos eles apenas acreditam na constituição dos modernos. Agora a crítica feita no vídeo, parte de uma crtica pautada em um argumento que procuras subsídios em uma ideia de distinção entre natureza e cultura, uma factualidade da "evolução" e um olhar baseado em uma análise cultural e da tecnologia, quase que apelando para um fato inequívoco, quando na verdade sustenta os mesmos pré conceitos que os pós modernos tentaram ceifar mas não conseguiram , a constituição dos modernos baseadas em certos princípios que protege uma natureza e cultura ao mesmo tempo imanente e transcendente. E ainda faz uma mistura com identitárismo que não tem nada há vê
O pós-modernismo acaba lembrando-me o sofismo, principalmente Protágoras: "o homem é a medida de todas as coisas", o enfoque nos conceitos em suas respectivas formas particulares, a negação da existência das formas gerais desses conceitos, etc.
É exatamente isso.
Você conhece o Pedro Ivo do canal ateuinforma?
Pobre Protágoras, assim como Górgias e Epicuro, mais uma vez vira bode expiatório.
Mas não briguemos, pois não estou te criticando. Apenas gostaria de defender que há tipos de relativismos e ceticismos sérios.
@@pdpcachorro Sim, por que a pergunta?
@@alexandrepaiva4432 Concordo com você, só percebi essa similaridade.
Rejeição da modernidade? Pós-modernidade comporta muito autores e entres eles há divergências... Alguns sequer se consideravam pós-moderno. Esse cara fumou cigarro de orégano?
10:50
Isso é ensinado nas escolas, inclusive. As pessoas, infelizmente, meramente repetem a ideia de que "tudo é política", como se essa pequena parte da síntese universal fosse a única realmente importante para qualquer um.
E também utilizam essa ideia para afirmar a impossibilidade da neutralidade e da isenção e que devemos ignorar esta última, outra coisa que eu abomino completamente.
A tomada de posição implica em você não ter uma posição anterior, i.e., a neutralidade. A isenção, na maneira que eu defino, não superestimar ou subestimar os argumentos de cada posição em uma síntese, é o ideal que devemos buscar para alcançar a verdade.
💚
o grande problema do pós modernismo é a institucionalização vulgar do mesmo, o oposto violento de um pensamento como o de Derrida, por exemplo.
Tem alguns momentos nesse vídeo do Matheus que ele faz uma confusão bisonha entre puro ativismo liberal com pós modernismo. Também acho que uma crítica deva sim ser feita, mas com certeza deveria ser mais profunda e estruturada que isso. A crítica do Chomsky, por exemplo, é fraquíssima, quase um ato de má fé.
@@katcrocodiloConcordo contigo.
A política é uma religião para esse pessoal. O próprio conceito de política para eles é bem vago e amplo (tal e qual o conceito de deus para um religioso), assim tudo acaba por fazer parte da política.
Não é "quase", é literalmente isso, um retrocesso em relação ao iluminismo. Há um intelectual argentino muito independente e crítico que afirma com todas as letras que os "pós-modernos" são, na verdade, pré-modernos. Mas, no Brasil, a autocensura ainda prevalece.
Qual nome desse argentino?
@@malachiazs, Juan Jose Sebreli, é de esquerda, é homossexual, sempre esteve engajado no debate público e em alguns movimentos, mas defende o legado da modernidade contra o irracionalismo da filosofia continental contemporânea e os intelectuais a serviço do populismo.
A "desconstrução" aplicada a conceitos sociais parte da premissa errada de que esses conceitos foram criados por algumas pessoas (de acordo com Foucault, as que têm poder), e não desenvolvidas em um processo social orgânico e complexo, fora do controle individual.
E, a partir dessa premissa errada, conclui-se um racionalismo construtivista (ou ingênuo), que afirma poder alterar a sociedade por meio da engenharia social. É por isso que muitas ideologias radicais apoiam conceitos pós-modernos: assim elas podem justificar suas mudanças sociais aplicadas por um grupo específico e através das instituições estatais.
Aqui, tratei sobre o pós-modenismo vulgar e político, e não o intelectual; e que com certeza é muito superior ao tratado.
Não é superior em nada.
Faltou a Foucault a noção de instituição, a tomada de consciência de que o que as pessoas criam elas não criam sozinhas e nem num vácuo, tudo já se imiscui num imaginário coletivo previamente estabelecido historicamente e segundo certas regras. Por mais arbitrário que um conceito seja ou pareça ser, ele sempre tem algum aspecto de remissão ao imaginário da sociedade onde surge. No caso de Foucault, tinha a ver pelo menos com duas gigrandes obsessões do capitalismo: o consumismo realizador de lucros, consumismo inclusive de idéias, e a busca de se blindar a todo custo contra mudanças, nem que seja com uma maré montante de insignificância que venha a fazer erosão profunda no imaginário e criar confusão na cultura, neutralizando e prevenindo assim toda e qualquer iniciativa de revolução. Como praticar revolução no mundo da "pós-verdade"!?
O autor tem um domínio decente dos temas, mas logo que se aventura a suas opiniões se vê semelhanças com um Olavismo - que é uma vergonha acadêmica. Uma curiosidade interessante: nem as feministas, nem nenhum dos movimentos influenciados por filosofias pós modernaa, jamais chegaram a colocar em prática a anti-ciência, anti-vacina, a recusa a valores civilizatórios básicos (anti racismo) e o conspiracionismo lunático. Quem fez isso foi a extrema direita. Todos esses movimentos de "esquerda" respeitam parâmetros acadêmicos de debate, valorizam até certo ponto as instituições humanas (embora reconheçam seus limites e preconceitos). Somente a extrema direita fez a tal "guerra cultural" de qur os pós modernos foram acusados, rebaixando o debate científico ao ponto do bizarro (como se viu durante os três meses de acampamento golpista) e promovendo uma era do sofismo catapultado por rede social, com coachs que vendem um "imaginário" retroalimentado entrando agora na política.
Poder não é uma posse. Foucault jamais disse uma bobagem dessa. Vai estudar, desgraça
De todo modo, devo notar um algo: a tese do Realismo Moral deu um up na sua visão filosófica.
Embora eu discorde da tese, noto que ela incrementou, em sua repercussão, algumas qualidades na sua abordagem, como p.ex. o reestabelecimento de noções como "objetividade" e "verdade" - ou no mínimo uma maior ênfase.
Que conteúdo maravilhoso e necessário! ❤
Discordo do pensamento do Matheus, já até critiquei alguns vídeos, mas essa crítica ao subjetivismo absoluto dos pós modernos está certinha. Mais de 2.400 anos de experiência humana de muitas coisas, conquistas de conhecimento, processos civilizatórios etc. E os pós modernos acham que o melhor é rejeitar os conhecimentos do passado.
Esse canal já foi bom um dia
Não sei sobre os outros filósofos suficientemente, mas em relação ao Deleuze, não se trata de que "a filosofia é criação de conceito, uma brincadeira de criança, então tudo vale". Deleuze não afirma que a filosofia é "a busca racional pela verdade" porque existem diversas outras áreas do saber humano que são uma "busca racional pela verdade". O que Deleuze busca é o que é característico único da filosofia, e ele conclui que é a criação de conceitos. Todo conceito, para Deleuze, diz respeito a um problema na realidade. Ou seja, é uma conceituação que pressupõe, além de um compromisso ético, uma realidade única. E a filosofia da diferença visa resumidamente um pensamento livre que não se limite a formas padrões de reflexão. Nada que Deleuze afirma que a filosofia é pressupõe a recusa da razão ou da objetividade. Inclusive, o Deleuze retoma justamente a metafísica, mas dando a ela uma visão mais "atualizada", que é o seu empirismo transcendental, visando encontrar uma concepção de como adquirimos conhecimento, mas sem cair em transcendência e idealismo.
Toda uma enrolação para dizer que o filosofo não reconhece a realidade, a totalidade, e se limita a subjetividade.
@@Prof.Biocássio Como que você leu o que eu escrevi e chegou nessa conclusão?
@@DanielAlves-ch9lb Seria mais honesto você abandonar esse textão, que contradiz a chamada filosofia da diferença em todos os sentidos, limitando-se ao video do rapaz.
@@Prof.Biocássiocontradiz em que exatamente? Você poderia dizer quais os textos de Deleuze você utiliza como referência para refutar a argumentação do amigo ali em cima?
@@iagooliveira5286 O rapaz sabe se defender, não é necessario mais um contador de narrativa para defender o grupo.
Matheus, SENSACIONAL... Parabéns pelo arrazoado!!!
Ótimo video professor! Gostei muito da frase "nem tudo é sobre política" acho que essa frase é capital para combater essa mentalidade autoritária do pós-modernismo, pois se tudo for sobre política os debates filosóficos são inúteis e nada nos impede de partirmos direto para a agressão física.
" É preciso não perguntar se a verdade é útil" - Nietzsche
Pós-modernismo, assim como beleza, cultura e natureza, entram no campo onde há mais confusão do que esclarecimento. Primeiro, essa ideia de que o pós-modernismo está arruinando o Ocidente é uma idealização do próprio Ocidente, como se este fosse algo perfeito e épico, ou seja, uma narrativa reacionária. Fora essa propaganda do Brasil Paralelo implícita, o resto tendo a concordar.
Sou de esquerda e sempre rechacei essa ideia maluca de que tudo é política. Ela faz com que as pessoas não olhem para a realidade a partir de uma visão ampla, mas de uma visão militante, caindo em paranoia e delírio. Mas isso não acontece apenas por causa de autores europeus, mas também por resposta a despolitização do senso comum e da direita, que nega a política onde ela se encontra. Um erro acaba gerando outro.
O relativismo ético, epistêmico e estético do progressismo é ironicamente banhado por uma hiperpolitização. É uma mistureba de pessoas que claramente não têm preocupação com alguma noção de verdade, mas têm grande entusiasmo pelo ressentimento e identidade.
Mas diria que reduzir isso a "pós-modernismo" é apenas nomear algo que é mais amplo.
Com certeza, é um fenômeno mais amplo, mas os autores citados pelos militantes que prescrevem tal cartilha são justamente os associados ao pós-estruturalismo. E é perfeitamente possível promover a tendência de uma sociedade piorar, ainda que ela não seja idealizada e mesmo que já seja péssima. É como dar veneno a alguém doente, não há nenhum pressuposto de uma perfeição anterior em não recomendar algo assim.
Woooooowwwww seres pensantes 🎉🎉🎉❤
O autor tem um domínio decente dos temas, mas logo que se aventura a suas opiniões se vê semelhanças com um Olavismo - que é uma vergonha acadêmica. Uma curiosidade interessante: nem as feministas, nem nenhum dos movimentos influenciados por filosofias pós modernaa, jamais chegaram a colocar em prática a anti-ciência, anti-vacina, a recusa a valores civilizatórios básicos (anti racismo) e o conspiracionismo lunático. Quem fez isso foi a extrema direita. Todos esses movimentos de "esquerda" respeitam parâmetros acadêmicos de debate, valorizam até certo ponto as instituições humanas (embora reconheçam seus limites e preconceitos). Somente a extrema direita fez a tal "guerra cultural" de qur os pós modernos foram acusados, rebaixando o debate científico ao ponto do bizarro (como se viu durante os três meses de acampamento golpista) e promovendo uma era do sofismo catapultado por rede social, com coachs que vendem um "imaginário" retroalimentado entrando agora na política.
Perfeitas observações. Parabéns 👏👏👏
Já tem gente chamando um canal que promove o ateísmo de conservador kkkkk
Não aguentam nem uma crítica, que ao meu ver foi leve e breve, às suas crenças de estimação kkkk
Não dá cara pqp, os caras nem percebem que estão agindo exatamente conforme a crítica do vídeo
Em parte é por culpa dele mesmo, com esses roteiros ruins que o chatgpt faz melhor.
O autor tem um domínio decente dos temas, mas logo que se aventura a suas opiniões se vê semelhanças com um Olavismo - que é uma vergonha acadêmica. Uma curiosidade interessante: nem as feministas, nem nenhum dos movimentos influenciados por filosofias pós modernaa, jamais chegaram a colocar em prática a anti-ciência, anti-vacina, a recusa a valores civilizatórios básicos (anti racismo) e o conspiracionismo lunático. Quem fez isso foi a extrema direita. Todos esses movimentos de "esquerda" respeitam parâmetros acadêmicos de debate, valorizam até certo ponto as instituições humanas (embora reconheçam seus limites e preconceitos). Somente a extrema direita fez a tal "guerra cultural" de qur os pós modernos foram acusados, rebaixando o debate científico ao ponto do bizarro (como se viu durante os três meses de acampamento golpista) e promovendo uma era do sofismo catapultado por rede social, com coachs que vendem um "imaginário" retroalimentado entrando agora na política.
Mateus Benites, necessariamente, sempre será criticado porque, basicamente, não há como aprofundar uma visão, critica ou conceito em poucos minutos de um vídeo. Logo, várias lacunas ficam abertas e, assim, exploradas.
Esse pessoal olhou demais para o abismo e se tornaram o monstro no qual tentavam combater.
O pós-modernismo não passa de uma ideologia, no seu sentido mais estreito e vulgar.
Embora as pessoas tenham deixado a religião elas não perderam a esperança,acham que a realidade tem que se dobrar a imaginação.
12:20
Essa conclusão é muito verdadeira
Prova de que nem todas as críticas ao pós modernismo são de origem conservadora, ótima análise.
Todas as críticas referidas no vídeo são o tipo proferido pelo os conservadores. Porém, ser expressado por esse grupo não quer dizer que estão erradas.
@@malachiazs eu tbm concordo , mas o Matheus mesmo não deve achar isso
@@jonatasFerreira-p8c a prova disso é o canal ateuinforma
O expositor do vídeo que aparenta reinvidicar "rigor" peca por excesso de generalização em relação aos ditos "pós-modernos". Vou me deter ao Deleuze. Pelo visto o expositor não leu Deleuze. Primeiro, vamos ao mais flagrante, a compreensão grosseira do expositor em relação ao que Deleuze entende por "conceito". Pq Deleuze define a filosofia como uma disciplina que cria conceitos? Pq quer aproximar a ideia de criação à atividade artística? Parcialmente sim, mas NADA tem a ver com questões de objetividade, seja para afirmar ou negar. É pq os filósofos levantam problemas, e os conceitos são a maneira de como os filósofos tentam encaminhar esses problemas. Ou seja, um conceito não é uma abstração, uma generalização ou veio do nada, ele é um modo concreto da necessidade encaminhamento em função de um problema formulado. Um exemplo. Pq Platão criou o conceito de "ideia"? Pq havia um problema na Polis, a saber, como distinguir os verdadeiros pretendentes dos falsos pretendentes, seja em relação quem estaria mais apto a governar ou a emitir opinião em relação ao destino do Polis? Como os pretendentes eram muitos, o médico, o juiz, o advinho, etc, Platão então cria o conceito de Ideia e dirá que os verdadeiros pretendentes seriam aqueles que participariam da ideia, daí a sugestão do "filósofo-rei", ou seja, o conceito de Ideia foi um crivo criado por Platão para dar conta de um problema concreto: separar os verdadeiros pretendentes dos falsos pretendentes. Todo conceito então, formulado por um grande filósofo, responde a um ou a um conjunto de problemas concretos, e é por isso o conceito não é algo abstrato. Então o "conceito", conforme pensa Deleuze, nada tem a ver com questões de "objetividade". E já que o expositor do vídeo se diz, que me parece estranho, leitor de Nietzsche, deveria se lembrar desse comentário do filósofo num fragmento póstumo datado no outono 1884-1885, em que sentencia: "os filósofos não devem mais contentar-se em aceitar os conceitos que lhes são dados, para somente limpá-los e fazê-los reluzir, mas é necessário que eles comecem por fabricá-los, criá-los, afirmá-los, persuadindo os homens a utilizá-los. Até o presente momento, tudo somado, cada um tinha a confiança em seus conceitos, como um dote miraculoso vindo de algum mundo igualmente miraculoso". A propósito, não sem razão, Deleuze menciona esse fragmento póstumo. E por fim, se tem um filósofo que combateu o identitarismo em sua raiz, igualmente foi Deleuze em seu texto "Diferença e repetição". Deleuze evoca um conceito de diferença que nada tem a ver com a afirmação de uma identidade (justamente Deleuza tenta se debruçar a ideia de diferença em si, que abole radicalmente qualquer tentativa de estabelecer uma identidade qualquer) e tanto é assim que muitos estudiosos da obra de Deleuze já chamaram atenção para o mau uso dos conceitos desse filósofo por alguns desses grupos identitários (o mesmo valeria para o mau uso do pensamento do Foucault). Em resumo, o expositor do vídeo, se quiser ser levado a sério em relação a alguns pensadores que comenta, deveria ler os textos destes pensadores e não se limitar pelo "ouvi dizer".
O nome é Matheus Benites. Você ignora um nome como meio para desmerece-lo. Aprenda a discordar sem ser desrespeitoso, ou melhor, aprenda a discordar.
@@samisx3302 não falei da pessoa dele e nem se ele não é rigoroso "per si", logo não desrespeitei seja como pessoa seja seua capacidade intelectual. Mas me limitei apenas ao conteúdo exposto no vídeo, e quanto ao conteúdo do vídeo, em boa parte, ele foi muito mal, conforme as razões explicitadas acima. Quanto ao nome dele, realmente ignorava completamente e, talvez por cortesia, deveria procurar como se chamava, mas como respondi imediatamente ao ver o vídeo, não me detive nisso. Então, só para enfatizar, não fui desrespeitoso com a sua pessoa, pois não o conheço, mas crítico em relação ao seu conteúdo ou, melhor, a maneira sumária como expôs as suas críticas e, particularmente, a Deleuze.
@@marciuslopes3067 Segundo você, deleuze não é nada disso, porque o filosofo, segundo ele, cria conceitos conforme a necessidade concreta? Você não percebe que isso é uma contradição? Se há uma realidade concreta, o pensador não cria nada, só reproduz o que há no mundo. Criar é o mesmo que dizer que não há essa objetividade no mundo, como afirma o autor do video.
@@Prof.Biocássio acho que vc não compreendeu o que foi colocado. Os conceitos não são criados a partir do nada, mas a partir dos problemas que o suscitam. Aqui "criação" nada tem a ver com a criação ex nihilo dos teólogos, logo, não há contradição alguma. São os PROBLEMAS que legam ao conceito sua concretude. Platão não estava passeando por aí a toa e de repente ou do nada "apareceu" o conceito de Ideia. O conceito de Ideia foi criado por Platão para dar algum encaminhamento a alguns problemas que o incomodava, a saber, como diferenciar a opinião verdadeira da falsa ou, ainda mais importante, como separar os verdadeiros pretendentes dos falsos pretendentes. A Ideia foi um conceito criado por Platão justamente para fazer essa separação ou um princípio de seleção. O problema da "objetividade" ou da "realidade" do mundo nada tem a ver com isso. Não diferente fez Kant quando criou o sujeito transcendental. Pq Kant o criou? Pq percebeu que o sujeito cartesiano, o cogito não conseguia mais dar conta dos novos problemas formulados de seu tempo, a saber, como responder ao ceticismo que se disseminava em sua época e que estava pondo em risco a metafísica como ciência, que tinha se transformado numa rede de pesca onde tudo atravessava. Era preciso, então, realizar uma crítica imanente à própria razão pela razão, e esse foi o objetivo da Crítica da razão pura, e o cogito cartesiano era essa espécie de rede onde tudo passava, Deus, alma, etc. Então, Kant, ao criar o sujeito transcendental, estabeleceu uma separação entre este e o sujeito empírico. Claro que Platão dirá que a Ideia é um conceito que sempre existiu como Kant pode tbm reivindicar que o sujeito transcendental é uma estrutura "inata" ou não-empírica, que desde de sempre nos constituiu. Mas o que parece claro é que todo conceito de um grande filósofo deriva dos problemas que que ele se deparou. Por isso o conceito tem concretude, não veio do nada, justamente pq ele é um modo de encaminhar um problema.
@@marciuslopes3067 Por isso e não à toa Platão, Kant e Descartes são classificados como idealistas, pois criam conceitos para explicar aspectos da realidade, pois não há como alcança-la nela mesma. Há uma contradição obvia ou os conceitos são descobertos , categorias, expressando a realidade da época ou são criados para tentar explica-la. Quem cria conceitos, cria realiadade. Qual é a dificuldade?
Você quer abraçar uma caralha de pensadores em um termo guarda-chuva que não abrange todos. Fica difícil
Mateus, esses vídeos em que a pessoa se comportava como um lobo, se não me engano, foi um programa humorístico apresentado por pessoas como Pondé como algo real.
O que eu assisti é de um caso real, abordado em um documentário.
Video muito bom. Espero que possamos dialogar. Está bem difícil conversar sobre esses temas com a classe estudantil e intectual do Brasil atual.
Penso que Nietzsche é um exemplo da banalização da Filosofia, no sentido de tornar um filósofo em figura pop. Muita gente gosta de Nietzsche não pela força das ideias, mas pela força dos termos (ex.: filosofar a golpes de martelo; o grande meio-dia; o super-homem).
N. é um grande e corajoso autor (precisa ter muita coragem para escrever A Genealogia da Moral) sua obra é difícil, e uma meninada (às vezes com mais de 40 anos) que não estuda nada se mete a utilizar suas críticas à sociedade moderna.
Que caminho! De Nietszche a Marx, passando pelo relativismo anômico de Foucault, Derrida e Deleuze, chega-se à atualização do espírito gregário, no século XXI. É o chamado "identitarismo" - um frankenstein norte-americano com elementos do puritanismo (me too, por exemplo) e individualismo extremo (cada um cria sua etnia, seu gênero sexual, sua língua, etc - São mônadas? Acaso essa "intectualidade" ouviu falar em "solipsismo"?).
deixo uma questão: a fenomenologia (Husserl) em seu método de investigação seria uma forma de perspectivismo?
De Marx ao relativismo. Marx não tem nada a ver com isso.
A pós-modernidade ainda é um problema só aqui no Brasil. Lá fora o paradigma filosófico já mudou. Os pós-modernos já não são o último grito em filosofia. Ocorreu, há quase duas décadas, um "giro ontológico" na filosofia continental. Filósofos como Quentin Meillassoux, Graham Harman, Maurizio Ferrariz e Markus Gabriel compõem uma nova corrente filosófica, chamada "realismo especulativo" ou "novo realismo", que é uma resposta à pós-modernidade". Todos eles, aliás, vêem nos pensamentos de Kant e Nietzsche os fundamentos da filosofia pós-moderna.
Isso não é bem verdade, sobretudo nos Estados Unidos onde o pós estruturalismo é bem forte. Além do mais, é errado dizer que o realismo especulativo é uma superação do pós Modernismo visto que se trata de uma crítica e ao mesmo tempo uma reformulação da fenomenologia de Husserl, em especial, o problema da correlação, ou a relação entre verdades de razão e verdade de fato (Leibniz). O Marcus Gabriel mesmo não é senão uma reformulação de certos argumentos neokantianos em seus aspectos idealistas. Como pode ser uma superação se retroage aos problemas que o pós estruturalismo explicitou tanto no idealismo e no kantismo quanto na fenomelogia? Soma-se a isso uma certa inspiração deleuziana no realismo especulativo o qual é um dos mais radicais pós modernos.
Realismo só há um, o resto é conversa mole.
Eles não são lá tão superiores. Eu mesmo escrevi um artigo criticando o Meillassoux. Algum dia um mostrando os problemas da Flat Ontology do gabriel
@@terezawilliam4760colocar no mesmo plano ontologico unicórnios e pedras é razoavelmente absurdo. Algo que Gabriel faz. É nitidamente uma tentativa de fazer uma ontologia para a democracia liberal multicuturalistas
Prezado Professor. Tendo a concordar com o sua posição de que a verdade é única e que existe uma objetividade, mas considero necessário fazer duas ressalvas: desde Kant há dúvidas sobre se ela é acessível ou não. Isto porque entre ela e nós há uma porta: nossas perceções, que podem ser influenciadas por ideologias e o que pessoas como Foucault nos trazem é que mesmo âmbitos do pensamento, como as Ciências Naturais, ela está presente e interfere. Para o senhor que gosta de filósofos atormentados pela razão, recomendo a leitura de uma excelente obra de epistemologia de um filosofo alemão chamada Contra o Método. Daí que o acesso à tão ambicionada verdade absoluta, é mais complicada do que parece. Outra objeção que tenho às suas palavras é de que pior do uma pessoa se voltar para as religiões por conta dessa doença do pós-modernismo é o aceitar que já que não há uma realidade objetiva, devamos criar e adotar aquela que melhor nos favoreça, sem escrúpulos ou respeito por mais nada (pós-verdade), origem do fake news e todo tipo de discurso canalha, inclusive religiosos como Malafaias, mas também de governantes e mesmo cientistas.
A crítica da razão pura é sobre a influência de ideologias no pensamento? Imaginava que fosse sobre ideias da razão, categorias e conceitos do entendimento, que não impedem o conhecimento científico, mas o possibilitam por meio da experiência. Foucault vai em direção completamente diferente e simplesmente dá por suposto a influência de ideologias, sem tratar dos problemas epistemológicos propriamente ditos.
@@celsomartinezrodrigues2042" já não há realidade objetiva"
Isso que o Mateus falou é bem verdade hoje em dia os "intelectuais" estão deixando a desejar.
Temos muitos formados em filosofia e poucos filósofos.
Citou vários filósofos mundialmente notáveis e, de repente, disse: "agora eu vou mostrar como todos eles estão errados". Amigão, vai fazer isso em dez minutos? Esse é galo! Esse tem 'bala na agulha'! Vou deixar de comprar livros e me inscrever no seu canal.
Obrigado pela análise!
O jeito como se vê e chama a substância é a interpretação,mas o material existe objetivamente,tal como o aparelho eletrônico que você está usando para ler isso
Nietzsche é o pai de tudo isso aí.
Com certeza!
Boas reflexões, Matheus. Sou cristão e tenho acompanhado seu canal. Apesar de deixar clara sua discordância (pra não dizer aversão) ao cristianismo, seus questionamentos são extremamente válidos e pertinentes - ou seja, filosóficos. Espero que, um dia, você se abra mais à filosofia dita cristã, creio que você descobrirá que existe muito valor na cosmovisão bíblica, e que esta pode participar dos diálogos filosóficos dentro e fora da academia. Continue com o seu bom trabalho!
Um dos melhores vídeos.
Confesse: Nietzsche é o pai de tudo isso!
Nietzsche criticava a maior parte das ideias que possuem "fundamento" nele.
@@cappuccinorsrsquais?
@@ofulgor Muitas ideologias "racialistas" (para não utilizar outro termo) tinham um pé em Nietzsche, mesmo que ele fosse contra isso.
Com muitas ideologias nacionalistas, foi a mesma coisa. E agora, com ideias consideradas pós-modernas.
Spinosa já tirava um barato de conservadores no século 17
@AlanRobson_ Jamais foram descritas palavras tão verdadeiras!
Matheus, esse seu Vídeo me Surpreendeu em como é nítido a sua Superficialidade sobre o Tema, você consegue trazer sim no Vídeo, alguns Conceitos e Elementos de Analise da Pós-modernidade, no entanto, você analisa de forma Errada.
Sugiro que você entenda em primeiro lugar, distinguir Pós-modernismo e Pós-modernidade, são Movimentos Contemporâneos, mas que de Alguma forma possuem suas Diferenças. Mas Eu Não vejo isso como Problema, já que Ninguém saí de uma área de Formação (no caso Filosofia) sabendo de tudo, o que pode Reforçar a nossa Superficialidade perante certos Temas. Ademais, é só isso mesmo.
6:40
Isso é um exemplo do que eu critiquei sobre o pós-modernismo vulgar, mas aplicado de maneira geral. A ideia errônea de que as pessoas "constroem" os conceitos e não que as desenvolvem em um processo social no qual fazemos parte.
E a partir dessa crença errônea se conclui que um indivíduo possa "inventar" suas próprias ideias da maneira que desejar. Assim nasce a filodoxia e a filosofia de boteco.
Newton e Leibniz não "inventaram" o cálculo diferencial e integral, eles o desenvolveram através de todo um processo científico que liga passado e futuro: Arquimedes, Galileu, e tantos outros. O mesmo vale para todas as grandes ideias, e é esse justamente o motivo do por quê elas serem grandiosas e tão próximas da verdade objetiva (em relação à proximidade que nós possuímos atualmente com ela): elas passaram por análises e sínteses cuidadosas por inúmeros pensadores, e se tornaram extremamente robustas.
Para entender melhor esse comentário, leitor, dê uma olhada nos anteriores.
Considero então que a partir de Platão e Aristóteles sobre as sínteses que ambos realizaram sobre a ciência e os pensadores pre-socraticos, assim como na modernidade Kant e Hegel em relação aos filósofos modernos a partir de Descarte e Bacon fizeram o mesmo, conseguiram uma certa "objetividade" para o pensamento atual
que ainda falta a novidade de Nietzsche e, mais ainda, aos filósofos pos-modernos. Ou seja, o tempo ainda não deu a estes a autoridade que concedemos ao filósofos classicos.
"Ideologia Woke"? Cara, faz isso não. Tava te levando a sério. Sério mesmo, "ideologia Woke"??? Certeza?
Esse discursinho dele a gente sabe muito bem pra onde vai. O cara está passando a margem do problema real, porque se sente ameaçado com a perda do falso universal. Aí acaba caindo naquilo de sempre. Diferença vira desigualdade e desigualdade o extermino da diferença.
Há mulheres que querem ser protegidas por um homem que lhe pareça forte. Vamos dizer que isso é crime? É a vida de uma pessoa. Ou várias.
Não tem sentido uma mulher querer um homem que ELA tenha que defender, faltou que esses novos puristas percebessem isso.
Perfeito!❤
Vc fala sobre "livre pensamento" sem considerar o êxtero-condicionamento (conceito de Sartre em "A crítica da razão dialética) O pensamento, a forma que lemos a realidade é fortemente influenciada pelas ideias dominantes, como já dito pelo Velho Marx. Isso é elementar, assusta um graduado e, salvo engano, mestrando em filosofia, ignorar isso.
VÍDEO IRRELEVANTE (SPOILER)
confundiu foi tudo.
Não sabia que era um canal conservador, falar mal de Deleuze é como tirar um pedaço da minha " alma" ele salvou a minha vida 😢
Temos que quebrar esses dualismos de conservador e progressista, direita e esquerda. Pq isso é igualar o desigual, amigo. Não concordo com muitas posições do sr Benites, mas acho que nesse tópico ele está sendo profundo e vale a pena ouvi-lo.
@@yann-pascoalmelo9859 Deleuze é quase Deus 😢
@@marciacioran542 Você tem o direito de pensar assim, mas é uma atitude nada filosófica.
Pera aí: criticar Deleuze = ser conservador? Esse é o raciocínio?
@@MatheusBenitesaprendi que Platão e Sócrates que destruíram o ocidente....
Por quanto tempo é preciso comer cocô para chegar a essas conclusões? Fiquei bastante curioso aqui.
Muito didático!!!
Valeu Matheus!!!
nossa! falou o justamente aquilo que eu estava pensando. a faculdade de letras está arruinada.
Muito bom o vídeo
Tem sentido!
a filosofia é uma criação de interpretações aparte de uma indagação interna do ser. chegar a algo sim é uma objetividade porque se quer uma "solução", mas não há uma verdade absoluta talvez por causa de uma limitação do pensamento humano...
bem, ter uma noção de liberdade de reflexão é um pouco complicada já que temos que ler e interpretar as múltiplas visões de entendimento da realidade e a filosofia é isso.
Subjetividade & objetividade são 2 remadas num barquinho.
O cara pega aforismos e faz uma análise até sarcástica como se tivesse arrasando. Insano é tua ideologia meu nobre! O próprio Nietzsche disse que " as convicções são prisões".
Mas o vídeo prega convicções momentâneas que sejam... Mas que acreditemos estar convictos por um instante que seja... A verdade é uma só agora ! Sejamos convictos e libertos... Essa me parece ser a mensagem do vídeo na defesa do modernismo e crítica aos críticos deste último. Era um mundo mais estável... Nostalgia... Vou ouvir Camel 🐪
o ocidente começou a ficar ruim quando Platão nasceu...que falta um chá de canela faz
É bem verdade que os filósofos, isso se aplica a todos os filósofos da história, tem suas falhas, mas também tem sua contribuição. Se não tivessem, ninguém os criticavam. Até esse vídeo é digno de ser analisado e têm suas contribuições, mas tem falhas. Um exemplo foi Aristóteles que foi duramente criticado por Descarte, Kant que foi criticado por outros filósofos posteriores a ele. Então é uma tradição do pensamento humano e não so ocidental mas por toda parte ser superado. E também uma crítica a qualquer pensador deve ser bem fundamental e deve-se estudar bem o pensador para depois criticá-lo. Fazer crítica a vários pensadores é muito arriscado.
O perspectivismo não é relativismo! Não há conhecimento extra-perspectivista - ou seja, não há conhecimento fora de qualquer relação, e não existe uma verdade em si, independente do mundo relacional. A perspectiva precede o próprio sujeito, pois não deriva da subjetividade, mas das condições materiais e intersubjetivas. A subjetividade é um efeito; o sujeito cria a partir do que lhe é dado imediata e concretamente, tanto no corpo quanto na mente. Isso se chama realismo perspectivista.
A busca pela verdade é, na verdade, uma busca por limites. O sujeito pensa por causa de seu querer ou em função de seu poder? Não seria a compreensão, como um evento mental, o limite atual do próprio poder do pensamento? A busca pela verdade, então, não seria a potência do pensamento levada ao seu limite?
A verdade não reside no objeto, nem no sujeito; ela é o produto da relação entre sujeito e objeto. É nessa relação que o sujeito identifica certos limites. O sujeito não pensa o objeto porque quer, mas porque o objeto se impõe ao afetá-lo. O objeto torna-se, assim, o limite atual do seu pensamento.
@@hecceidade0 bla bla bla
@@Prof.Biocássio Ótimos argumentos!
@@hecceidade0 Tão bons quanto essa lorota.
@@Prof.Biocássio Sim, vou até copiar seus argumentos para usar na minha Tese de Mestrado.
@@hecceidade0 Há tanta bobagem desse tipo na Universidade que não dúvido que você seja aprovado. Há quem ache esse perspectivismo a coisa mais inteligente e fina do conhecimento.
Se eu pudesse dar um conselho seria: Não vá de ‘peito aberto’, até os pós modernos. Procure, antes se ‘calçar’, com Sócrates, Aristoteles, Platão e, sobretudo com Jesus. Se, após a confrontação, voce achar que deve ter um pós-moderno norteando seus passos, boa sorte.
Muito bom! Concordo.
Muito bom!
Pior é que estou escrevendo um ensaio sobre isso. Vários, na verdade.
Brabo 👏👏👏👏
Tá me saindo um belo realista.
Show!
Prof., o que acha do perspectivismo em Ortega y Gasset?
Grandes Pensadores do Séc. XX.
Não tem como fugir, o pós-modernismo é a conclusão lógica do modernismo, por isso alguns autores preferem chamar de hipermodernismo.
Um verdadeiro filosofo está sempre questionando tudo ate as leis da física, se não, não seria seria filosofia, seria ortodoxia.
Se não existe verdade os estruturalistas. Também não estão com a verdade
Matheus, você conhece o canal "Iluminismo Pós-moderno"? Adoraria ver um diálogo entre vcs sobre isso.
Primeiro aquele foucaultiano precisa se atualizar. O paradigma filosófico já mudou. O realismo especulativo/novo realismo é uma boa resposta aos pós-modernos
@@denilsonsp4815 interessante,não conhecia,vou pesquisar,que autores você me indicaria sobre essa abordagem?
@@betatube7198 O livro do Quentin Meillassoux, Após a finitude: ensaio sobre a necessidade da contingência". O livro do Markus Gabriel, "Por que o mundo não existe". O livro do Graham Harman, "O objeto quádruplo". E o "Manifesto do novo realismo", do Maurizio Ferrariz. Tem também um bom livro de introdução chamado "O novo realismo: a filosofia do século XXI, do Mario Teodoro Ramirez, em espanhol.
Realismo Especulativo está tão em alta que ninguém nunca ouviu falar. Por favor defina oque é isso pra mim, de forma CONCRETA (se possível)
@@ThiagoFerraz-fl1bt lá na Universidade Federal de São Paulo, onde eu estou concluindo minha graduação em Filosofia, o Matheus Barbosa está trabalhando isso em sua tese de mestrado. Mas em outras universidades brasileiras também já há pesquisa sobre o novo realismo. Como eu disse, aqui no Brasil ainda está chegando. A principal obra do Quentin Meillassoux, "Após a finitude: ensaio sobre a necessidade da contingência", só foi traduzida no ano passado. Mas em vários países da América Latina já há estudos bem avançados. No México há o professor Mário Teodoro Ramirez, um grande divulgador do tema.
A verdade não é exato isso.
A defesa de Nietzsche não convence, ou seja, está correta no sentido de remeter ao texto do próprio autor, mas os argumentos dele são apenas contraditórios, o que é uma consequência necessária de sua falta de sistematicidade. Quer dizer, ele pode defender qualquer tese a título de "experimento" e saltar para se apoiar em outra quando a anterior é refutada. O ponto é que Nietzsche não é filósofo em sentido estrito e só ganhou esse status a partir de Heidegger, com a interpretação de uma metafísica implícita (ou seja, um sistema) subjacente ao caos de aforismos e textos poéticos deste autor. Pessoalmente, gosto de ler Nietzsche, mas não dá para comparar com filósofos modernos sérios como Kant ou Hegel.
A verdade existe e ela é uma pessoa e não um conceito !
Parei na parte q mistura humanidades com ciência da natureza.
Eles não são relativistas. A questão é que existe Verdade, com V maiúsculo mesmo. Dizer o oposto é contraditório. Entretanto, o único que critério que temos apra a verdade é a justifição e esta é relativa.
É ... pensando bem, eu cá ,em minha pequenez de meu pequeno eu , aí analiso, falas, deste naipe, fico primeiramente entorpecido, estaziado, quanta busca, quanta ênfase, para a busca da verdade,que trabalho árduo, acredito que o ateísmo forte é realmente para poucos, ainda bem que me considero nessa pequena celeuma kkk, é isso aí meu caro. , Matheus, saúde e paz prá vc e afins
Daniel Cidade do canal Iluminismo Pós-Moderno que também é ateu fez um vídeo destruindo todos os seu argumento contra a pós-modernidade.
Mandou mal nessa em Matheus.
Interessante professor, um ateu defendendo a busca da verdade, mostra uma mente muito centrada e aberta, eu acredito em Deus, procuro ter uma mente aberta, mas tudo tem limites, o que é mais ruim nesse pós modernismo é o autoritarismo. Não acho que exista uma verdade absoluta, mas acho que ela existe sim, e o bom, o belo e o verdadeiro são características dessa verdade.
O fato de os filósofos terem identificado a ruptura com as grandes narrativas (lyotard) não significa que haja uma defesa ou uma pregação disso... O Baumann mudou o seu termo de estudo de "pós modernismo" para "líquido" para não ser confundido com um defensor dessa ideia... Acho que vc se confunde ao tentar explicar essas questões.
grande maioria ja foi refutada na idade media
Pena . Dava pra fazer uma discussão muito mais séria e profunda a respeito desse tema.
E pelo jeito vai continuar tendo.😊
Não seria pós-modernidade, mas a "modernidade líquida", derretimento das noções comunitárias, vale citar o conceito do Bauman, acho que é relevante.
Daniel Cidade, corre aqui!
Daniel Cidade Janta o Matheus Facinho nestas Argumentações Pobres, me deu Até Dó dele Aqui. A crítica dele é muito Superficial, com certeza não leu de forma coerente os Pós-modernos.
É nítido que ele Replica os Estereótipos da Pós-modernidade.
Crítica interessante que você fez, poderia comparar as ideias desses pensadores com o pensamento cristão moralista. Acho que deve encontrar algumas coisas em comum, além do radicalismo idealista contra a realidade objetiva.
Pedro Ivo corre aqui!
E aquela moça, que insistia na relatividade de tudo, até o dia em que engravidou.
Sem objetividade a humanidade cairá
De todos, Deleuze foi o mais honesto, e foi direto ao ponto.
se usou o termo "woke" ja automaticamente perde toda credibilidade
Pior que ele está certo. Ganhou credibilidade .
Me corrija se eu estiver errado. Esse termo não foi criado pelos ativistas? Se sim, qual o problema de chamá-los dessa forma?
@@Niimrodd Pior que foi.
O termo "woke" já é utilizado por muitos sociólogos como o canadense Mathieu Bock-coité, para designar um certo tipo de militância que prega o discurso politicamente correto, com o intuito forçar a mudança do vocabulário para policiar a fala. O objetivo do ativismo "woke" é construir uma nova civilização fazendo uma tábula rasa de todos os valores e conceitos.
Por que? Explique. Você fala isso com base em seus próprios preconceitos e opiniões, que podem estar equivocadas, já parou pra pensar nisso? E woke é um termo usado para denominar pautas culturais pós modernas que geralmente negam a realidade ou a biologia humana em nome de uma suposta diversidade, que alimenta os egos, o caos e a divisão.
infelizmente parece que você tem um pânico moral que, ainda que melhor articulado, antes se voltaria para uma crítica ao campo dos estudos culturais, especialmente nos EUA, que se basearam na filosofia francesa da segunda metade do XX mas que não devem ser identificados aos pensadores franceses citados de maneira tão precipitada. projetar a crítica para a chamada french theory a partir do que foi feito dela por outros pensadores seria o mesmo que criticar a obra nietzscheana a partir do que os franceses fizeram dela em suas respectivas obras. o que me leva a apontar que tratá-los como um grupo uniforme é uma armadilha da qual sei que você está ciente mas da qual se utilizou mesmo assim. se há uma crítica ao famoso “identitarismo”, essa crítica pode ser feita partindo diretamente de nietzsche e diretamente aos norte-americanos do final do XX. sua crítica ao comentario do foucault me parece partir de uma ideia de progresso teleológica que é exatamente o que ele rejeita. quer dizer, para criticá-lo voce se vale dos mesmos objetos aos quais a crítica dele se refere. quanto ao estatuto da verdade em nietzsche, vale lembrar que ele também, assim como foucault, a coloca no campo da contigência, como historicamente (i.e. localmente, de acordo com cada disputa) definida de forma um tanto quanto arbitrária. já ao inicio do vídeo o uso insistente do termo “pós-modernos” já me causou certa resistência, mas quando ao fim do vídeo fica claro que afinal se trata de um pânico moral contra aquilo que está “claramente errado”(?) e colocando na conta desses filósofos o desconforto e a necessidade das massas de se voltarem para religiosidade, autoritarismo, conservadorismo e afins, fica claro que a fragmentação do sujeito que começa no inicio da modernidade e se intensifica está sendo de maneira simplória colocada por você na conta do questionamento daqueles que, aliás, estão entre os que melhor pensaram a partir da obra nietzcheana no ocidente justamente a partir da differance. um vídeo infeliz, raso, que apela para a mesma ignorância do pseudo-conservadorismo que hoje impera. a insistência na categoria da “verdade” ao final do vídeo torna tudo mais curioso: que verdade seria essa? aparentemente, para você, uma baseada na razão instrumental e na ciência. positivismos a parte não sobra muito dessa tal verdade. crítica pífia (advinda de uma desleitura) da filosofia de foucault, derrida e deleuze que indicam uma leitura mal feita da obra nietzscheana. além disso, durante todo o vídeo existe uma identificação perigosa entre a obra e o pensamento desses filósofos e impasses da situação sociopolítica atual, o que é um pulo impressionante que não se sustenta a não ser em um vídeo sem pé nem cabeça como esse. todos erramos, mas cuidemos para não contribuir para a ânsia por caminhos mais curtos e mais fáceis.
De onde esse cara tirou a ideia de que para ser criativo tem que abandonar a objetividade? 😂😂😂😂😂😂😂😂
Alguns desses pensadores podem ser interessantes por tentarem derrubard dogmas, mas nem tudo é relativo, inexato, é fantasioso. Mas mesmo que nem tudo seja político, tudo tem consequências políticas e eu me pégunto quais são os interesses políticos por trás da divulgação insistente das ideias modernistas.
O ceticismo leva ao niilismo, o niilismo leva ao existencialismo e o existencialismo é a base lógica da pós-modernidade
A crítica pela busca a verdade também pode ser considerada filosofia?
Ou a filosofia foi feita somente para encontrar verdades?
E a filosofia feita através da poesia também é válida?
Interessante crítica ao pós modernismo. Muito di que ele mencionou está realmente acontecendo no meio acadêmico . A narrativa de cada indivíduo, ou grupo e o que está valendo , não importa o qto tal narrativa seja irreal . Tempos de distopia , aff