Cure as suas deficiências intelectuais e torne-se mais inteligente com uma formação completa em Lógica. Conheça a Academia de Lógica: ▶︎ victorelius.com.br/academia-de-logica/?
Eu escrevi um pouco sobre esse tema e pretendia fazer meu TCC sobre, mas meu orientador disse que estava muito amplo e complexo e que seria melhor levar a proposta a um mestrado futuramente. Eu trataria de Estética e Ética, resolvi focar em Ética no TCC então e deixei a abordagem mais ampla com ambas para um possível mestrado futuro.
A beleza do Brad Pitt VS do Skylab, já pode estar se referindo a outro tipo de beleza relacionada à atração (inclusive sexual) que cada um desses dois gera em quem os vê, ou que se espera que cada um gere individualmente segundo certos padrões "socio-biológicos". Roger Scruton distingue esse tipo de "beleza" por exemplo da beleza que se experimenta ao ler uma poema ou um livro, parte dos motivos pelos quais a beleza não pode estar circunscrita (limitada) aos aspectos evolutivos de seleção sexual. Além disso, pelo mínimo que sei de biologia e de filosofia sobre esse tema, penso que é uma falsa dicotomia atribuir a origem da beleza ou à natureza humana, ou à cultura humana. Pode muito bem derivar de ambos, inclusive, ao que me parece, mais de um do que de outro a depender do tipo de beleza investigada.
Se não me engano, o que Kant quer dizer com o juízo de gosto com respeito ao belo, não é que a obra de arte não esteja atrelada a qualquer conceito, mas sim que o juízo "isto é belo" não é com base fundamental em um conceito, mas em um sentimento do sujeito (e nesse sentido que ela depende do sujeito, inclusive por não haver como se ter tal experiência sem o sujeito para sentir, experimentar o belo). Porém, ainda que com base no sentimento, o juízo intenta afirmar que o objeto é belo, isto é, a beleza como propriedade do objeto. Isso significa, ao que parece, que o meu sentimento que conduz ao juízo "isto é belo" se refere a algo que consta no objeto, de modo que quanto mais qualquer outra pessoa se colocasse em meu lugar para experienciar esse objeto, mais teria acesso ao mesmo sentimento e sentir o belo tal como eu o senti (aqui se nota um aspecto de objetividade ou de universalidade da beleza em certo sentido). Essa beleza se experimenta quando se age de modo desinteressado, ou seja, o sujeito que emite esse juízo não o emite por querer fazer algo de útil com aquele objeto, mas meramente por percebê-lo como belo, isto já basta. Assim, Kant não partiu de um subjetivismo estético ingênuo que admitiria uma completa ou quase completa arbitrariedade da beleza, muito pelo contrário. Nem defendeu que é impossível conceituar elementos presentes em uma obra de arte. Inclusive, Roger Scruton, em sua obra "Beleza", traz uma visão mais ou menos como essa ao abordar o tema da beleza em Kant, que se assemelha muito ao conceito que Scruton irá fundamentar ainda mais de "prazer desinteressado" na experiência da beleza, o que em certo sentido seria um critério objetivo (dentre outros possíveis) para se acessar genuinamente essa experiência.
Reaja a algumas partes da live do canal o humanista com o vídeo intitulado “ary martins responde o tomista lucca almeida”, do meio para o fim da live vai ter muita falácia.
Victor, tenho uma questão lógica que não tem a ver com seu vídeo, mas gostaria que você analisasse. Vi em outro canal uma discussão sobre porque um católico não deve acreditar na existência de extraterrestres. Eu já tinha refletido sobre essa questão, mas considerando o dogma da Santíssima Trindade. O raciocínio é o seguinte: se o Deus da Santíssima Trindade governa o universo e Jesus é a segunda pessoa dessa Trindade, como esse Deus Uno e Trino poderia também ser o Deus de extraterrestres? A segunda pessoa da Trindade seria incompatível com outras raças, pois Jesus é Deus mas também é Homem (e, em sua glória, está em sua forma humana),e se ETs existissem, Deus necessariamente seria mais Deus para os humanos (porque Jesus é homem!) e menos para outras raças, o que contradizeria Sua infinita bondade e misericórdia... A primeira e a terceira pessoa da ST são compatíveis com a existência de ETs, mas a segunda cria dificuldades, pois Jesus homem não é algo abstrato, mas concreto e real. Essa dificuldade só poderia ser resolvida se questionássemos o dogma da Trindade, mas ela é uma verdade de fé. Se a Santíssima Trindade é verdadeira, Deus só pode ser exclusivamente o Deus da raça humana, pois seria contrário à misericórdia divina Ele ter criado outras raças inteligentes no universo que só poderiam compreendê-Lo se conhecessem o Jesus humano e "terráqueo", e uma vez que conhecessem, teriam de aceitar esse componente "humano" de Deus. Se a ST é verdadeira e se Deus é infinitamente bondoso, só se pode concluir que não existem outras raças inteligentes no universo. Para aqueles que alegarem que estatisticamente é provável a existência de vida inteligente, mesmo entre físicos ateus esta questão é controversa: th-cam.com/video/b6-9Hq8dV_4/w-d-xo.html
@@kruegner Se existirem extraterrestres inteligentes como nós, eles também serão humanos, ou podem ser considerados humanos, no sentido de animal racional. A constituição física espeífica dos seres humanos aqui da terra importa muito menos para distingui-los essencialmente de outras espécies do que sua racionalidade, sua razão. É esta que qualitativamente o liga em uma relação voluntária dele com Deus. Lembre-se também que extraterrestre é basicamente um ser vivo fora da terra. Nesse sentido, podem haver humanos como nós inclusive biologicamente (com algumas poucas diferenças herdadas do ambiente) em algum outro canto do universo.
Cure as suas deficiências intelectuais e torne-se mais inteligente com uma formação completa em Lógica. Conheça a Academia de Lógica:
▶︎ victorelius.com.br/academia-de-logica/?
Eu escrevi um pouco sobre esse tema e pretendia fazer meu TCC sobre, mas meu orientador disse que estava muito amplo e complexo e que seria melhor levar a proposta a um mestrado futuramente. Eu trataria de Estética e Ética, resolvi focar em Ética no TCC então e deixei a abordagem mais ampla com ambas para um possível mestrado futuro.
Quando fizer, não esqueça de voltar aqui e postar o link para lermos. :)
Começa em 6:11
A beleza do Brad Pitt VS do Skylab, já pode estar se referindo a outro tipo de beleza relacionada à atração (inclusive sexual) que cada um desses dois gera em quem os vê, ou que se espera que cada um gere individualmente segundo certos padrões "socio-biológicos". Roger Scruton distingue esse tipo de "beleza" por exemplo da beleza que se experimenta ao ler uma poema ou um livro, parte dos motivos pelos quais a beleza não pode estar circunscrita (limitada) aos aspectos evolutivos de seleção sexual.
Além disso, pelo mínimo que sei de biologia e de filosofia sobre esse tema, penso que é uma falsa dicotomia atribuir a origem da beleza ou à natureza humana, ou à cultura humana. Pode muito bem derivar de ambos, inclusive, ao que me parece, mais de um do que de outro a depender do tipo de beleza investigada.
Se não me engano, o que Kant quer dizer com o juízo de gosto com respeito ao belo, não é que a obra de arte não esteja atrelada a qualquer conceito, mas sim que o juízo "isto é belo" não é com base fundamental em um conceito, mas em um sentimento do sujeito (e nesse sentido que ela depende do sujeito, inclusive por não haver como se ter tal experiência sem o sujeito para sentir, experimentar o belo). Porém, ainda que com base no sentimento, o juízo intenta afirmar que o objeto é belo, isto é, a beleza como propriedade do objeto. Isso significa, ao que parece, que o meu sentimento que conduz ao juízo "isto é belo" se refere a algo que consta no objeto, de modo que quanto mais qualquer outra pessoa se colocasse em meu lugar para experienciar esse objeto, mais teria acesso ao mesmo sentimento e sentir o belo tal como eu o senti (aqui se nota um aspecto de objetividade ou de universalidade da beleza em certo sentido). Essa beleza se experimenta quando se age de modo desinteressado, ou seja, o sujeito que emite esse juízo não o emite por querer fazer algo de útil com aquele objeto, mas meramente por percebê-lo como belo, isto já basta.
Assim, Kant não partiu de um subjetivismo estético ingênuo que admitiria uma completa ou quase completa arbitrariedade da beleza, muito pelo contrário. Nem defendeu que é impossível conceituar elementos presentes em uma obra de arte. Inclusive, Roger Scruton, em sua obra "Beleza", traz uma visão mais ou menos como essa ao abordar o tema da beleza em Kant, que se assemelha muito ao conceito que Scruton irá fundamentar ainda mais de "prazer desinteressado" na experiência da beleza, o que em certo sentido seria um critério objetivo (dentre outros possíveis) para se acessar genuinamente essa experiência.
Quando eu tiver mais tempo, vou continuar e até rever essa aula/bate-papo, MUITO INTERESSANTE! Adoro esse tema!!
Reaja a algumas partes da live do canal o humanista com o vídeo intitulado “ary martins responde o tomista lucca almeida”, do meio para o fim da live vai ter muita falácia.
Oi
Victor, tenho uma questão lógica que não tem a ver com seu vídeo, mas gostaria que você analisasse. Vi em outro canal uma discussão sobre porque um católico não deve acreditar na existência de extraterrestres. Eu já tinha refletido sobre essa questão, mas considerando o dogma da Santíssima Trindade. O raciocínio é o seguinte: se o Deus da Santíssima Trindade governa o universo e Jesus é a segunda pessoa dessa Trindade, como esse Deus Uno e Trino poderia também ser o Deus de extraterrestres? A segunda pessoa da Trindade seria incompatível com outras raças, pois Jesus é Deus mas também é Homem (e, em sua glória, está em sua forma humana),e se ETs existissem, Deus necessariamente seria mais Deus para os humanos (porque Jesus é homem!) e menos para outras raças, o que contradizeria Sua infinita bondade e misericórdia... A primeira e a terceira pessoa da ST são compatíveis com a existência de ETs, mas a segunda cria dificuldades, pois Jesus homem não é algo abstrato, mas concreto e real. Essa dificuldade só poderia ser resolvida se questionássemos o dogma da Trindade, mas ela é uma verdade de fé. Se a Santíssima Trindade é verdadeira, Deus só pode ser exclusivamente o Deus da raça humana, pois seria contrário à misericórdia divina Ele ter criado outras raças inteligentes no universo que só poderiam compreendê-Lo se conhecessem o Jesus humano e "terráqueo", e uma vez que conhecessem, teriam de aceitar esse componente "humano" de Deus. Se a ST é verdadeira e se Deus é infinitamente bondoso, só se pode concluir que não existem outras raças inteligentes no universo.
Para aqueles que alegarem que estatisticamente é provável a existência de vida inteligente, mesmo entre físicos ateus esta questão é controversa:
th-cam.com/video/b6-9Hq8dV_4/w-d-xo.html
@@kruegner Se existirem extraterrestres inteligentes como nós, eles também serão humanos, ou podem ser considerados humanos, no sentido de animal racional. A constituição física espeífica dos seres humanos aqui da terra importa muito menos para distingui-los essencialmente de outras espécies do que sua racionalidade, sua razão. É esta que qualitativamente o liga em uma relação voluntária dele com Deus.
Lembre-se também que extraterrestre é basicamente um ser vivo fora da terra. Nesse sentido, podem haver humanos como nós inclusive biologicamente (com algumas poucas diferenças herdadas do ambiente) em algum outro canto do universo.