Eu sou de Vila Real (n. 1972) e o meu "r" é rolado, não gutural, tal como o de toda a minha família e a esmagadora maioria das pessoas da minha região. Com uma notável excepção: o meu pai. Apesar de também nascido (1939) em Vila Real, ele tem o "r" afrancesado. A explicação para o fenómeno, pensa ele, está no fascínio que sempre sentiu pela França, que lhe transmitido pelo pai dele, meu avô, que esteve emigrado em França nos anos 1920-1930, e que era muito crítico da situação política e económica de Portugal.
Sou brasileiro e se alguém aqui falar ''Os filho'' todos vão achar que essa pessoa não foi à escola. O professor disse que tem uma questão histórica,não quero saber mais que ele,mas estou surpreso com essa informação. Para nós no Brasil falar desse jeito é burrice mesmo,tem nada de histórico não.
O professor está a roubar da escola linguística brasileira que defende que essas "burrices" são antigas e suficientemente disseminadas, como tal têm de ser normalizadas. Em particular, comecei a ouvir essa estória no brasileiro "Movimento 140." O que é a destruição gradual da norma de qualquer língua com tantos falantes como o português, e somente mascara politicamente os problemas sociais de falta ao acesso à educação. "Não, meu caro, você não precisa de investimento na sua educação, decidimos que está bem assim. O quê, as pessoas da sua região já não conseguem emprego fora dela porque afinal aceitar tudo por decreto não significa que os estereótipos sobre uma pessoa consoante as diferenças de sua fala sejam feitos à mesma, não haver educação sobre o real padrão nacional, leva afinal a maior crivagem, mais estigmas sociais ao invés de os resolver?" "Bom, entre isso e investirmos mais na sua educação, ficamos assim, xau, se vira."
Em Portugal existe um fascínio em querer imitar a burrice e em querer falar como outros países , seja em colocar palavras em inglês a meio do discurso como este débil mental do Unas ou em querer utilizar palavras de português Br
Acredito que os linguistas não estão preocupados com variações da norma padrão. O foco é a comunicação. Logo, se alguém falar os filho, as outras pessoas vão entender. Muita gente gosta de falar: - Eu escrevo e falo muito bem. Porém, comete erros. Então, acho que virar polícia da língua no dia a dia é um modo pedante e não educado. Se estamos a escrever um texto, iremos observar a norma padrão. Porém, no dia a dia, falamos de outro modo.
A propósito dos americanos...Eu sou portuguesa e tb entendo as Américas como 2continentes q são. A América do Norte e a A. do Sul como é óbvio. E na do Norte tb há ainda 2países ou 3 se incluirmos, uma parte do Alasca q pertence à Rússia e deve voltar p a R.
Apesar de nos EUA considerarem que "América do Norte" e "América do Sul" são dois continente diferentes, penso que essa divisão é relativamente recente, pelo menos mais recente do que o próprio país, que não é velho. Pois só se entende que em 1776 tenham optado pela designação "Estados Unidos da América" e não "Estados Unidos da América do Norte" ou "Estados Unidos das Américas" porque, nessa altura, consideravam que a América do Norte e a América do Sul constituíam apenas sub-regiões de um só continente, a América (singular).
Dos melhores podcasts dos últimos tempos no Maluco Beleza continuem assim e tragam mais convidados do género, parabéns
Obrigado, temos novidades semanalmente.
DP
Eu sou de Vila Real (n. 1972) e o meu "r" é rolado, não gutural, tal como o de toda a minha família e a esmagadora maioria das pessoas da minha região. Com uma notável excepção: o meu pai. Apesar de também nascido (1939) em Vila Real, ele tem o "r" afrancesado. A explicação para o fenómeno, pensa ele, está no fascínio que sempre sentiu pela França, que lhe transmitido pelo pai dele, meu avô, que esteve emigrado em França nos anos 1920-1930, e que era muito crítico da situação política e económica de Portugal.
Boa noite de França
O Unas podia fazer um podcast sobre genealogia
Eu amo esse assunto. ❤
Sou brasileiro e se alguém aqui falar ''Os filho'' todos vão achar que essa pessoa não foi à escola. O professor disse que tem uma questão histórica,não quero saber mais que ele,mas estou surpreso com essa informação. Para nós no Brasil falar desse jeito é burrice mesmo,tem nada de histórico não.
O professor está a roubar da escola linguística brasileira que defende que essas "burrices" são antigas e suficientemente disseminadas, como tal têm de ser normalizadas. Em particular, comecei a ouvir essa estória no brasileiro "Movimento 140."
O que é a destruição gradual da norma de qualquer língua com tantos falantes como o português, e somente mascara politicamente os problemas sociais de falta ao acesso à educação.
"Não, meu caro, você não precisa de investimento na sua educação, decidimos que está bem assim. O quê, as pessoas da sua região já não conseguem emprego fora dela porque afinal aceitar tudo por decreto não significa que os estereótipos sobre uma pessoa consoante as diferenças de sua fala sejam feitos à mesma, não haver educação sobre o real padrão nacional, leva afinal a maior crivagem, mais estigmas sociais ao invés de os resolver?"
"Bom, entre isso e investirmos mais na sua educação, ficamos assim, xau, se vira."
Em Portugal existe um fascínio em querer imitar a burrice e em querer falar como outros países , seja em colocar palavras em inglês a meio do discurso como este débil mental do Unas ou em querer utilizar palavras de português Br
Isso é porque os teus professores não sabem português, abraço
@@simmon023 Nossa, agressão gratuita.
@@simmon023 O "cavalheiro" é que parece que não sabe português. Releia com calma.
Quer se queira quer não, o Brasileiro é uma lingua diferente do Português.
A mesma coisa acontece com o Neerlandês e o Africâner.
Eu gostaria de ir a Portugal para adotar as expressões locais. Só acho que não conseguirei imitar o sotaque.
Acredito que os linguistas não estão preocupados com variações da norma padrão. O foco é a comunicação. Logo, se alguém falar os filho, as outras pessoas vão entender.
Muita gente gosta de falar: - Eu escrevo e falo muito bem. Porém, comete erros. Então, acho que virar polícia da língua no dia a dia é um modo pedante e não educado.
Se estamos a escrever um texto, iremos observar a norma padrão. Porém, no dia a dia, falamos de outro modo.
A propósito dos americanos...Eu sou portuguesa e tb entendo as Américas como 2continentes q são. A América do Norte e a A. do Sul como é óbvio. E na do Norte tb há ainda 2países ou 3 se incluirmos, uma parte do Alasca q pertence à Rússia e deve voltar p a R.
Apesar de nos EUA considerarem que "América do Norte" e "América do Sul" são dois continente diferentes, penso que essa divisão é relativamente recente, pelo menos mais recente do que o próprio país, que não é velho. Pois só se entende que em 1776 tenham optado pela designação "Estados Unidos da América" e não "Estados Unidos da América do Norte" ou "Estados Unidos das Américas" porque, nessa altura, consideravam que a América do Norte e a América do Sul constituíam apenas sub-regiões de um só continente, a América (singular).
então como é que, de um momento para o outro, o pessoal deixou de falar galaico-lusitano e se pôs a falar latim
Perguntas para se fazerem ao próprio professor, nas suas redes!
DP
para você lhe fazer quando o voltar a convidar*
Mas afinal é vizinho ou vezinho, é que por aqui ainda se houve ( ó becinho bota mais um-a maurguinha)
Muitos prolfaças por este episódio.