O CIDADÃO DE BEM E A BANALIZAÇÃO DO MAL | Suze Piza
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- เผยแพร่เมื่อ 2 ต.ค. 2024
- Suze Piza explica o conceito do mal banal no decorrer dos séculos e como, ainda hoje, o dito "cidadão de bem" é capaz de cometer atrocidades sem reconhecer o mal.
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O fato de nos ACOSTUMARMOS com tudo de mal que acontece nos dias atuais , demonstra o quanto de perda da empatia, e sensibilidade dos seres humanos e isso é triste e preocupante.
Tudo está tão banalizado que a cada dia a gente vem perdendo a sensibilidade de sermos mais humanos.
Suze Piza é uma filósofa brasileira em sentido estrito, como poucas e poucos, que não só comenta e interpreta textos, mas faz filosofia.
Toda vez que ouço essa expressão" banalidade do mal" eu me lembro daquela frase do livro que o Ivan disse, ou melhor perguntou ao seu irmão: Se Deus não existe tudo é permitido?
"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". 🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Nos olhamos nos espelhos e não vemos maldades, mas fazemos maldades.
Obrigada por compartilhar!
Impecável!
Eu diria a banalidade do perverso. Vivemos um uma sociedade perversa e assassina do outro.
Obrigada.
Cadê o vídeo do autismo Adultos??????
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"Todo crime, sem exceção, é uma fotografia exata em cores do comportamento do indivíduo".
Ando nas ruas e sinto profunda tristeza quando vejo pessoas sem teto. O número aumentou assustadoramente. Não é possível que as pessoas vejam isso como algo normal.
eu amei essa palestra, tema muito relevante
Muito bom! Esse pensar destacado pela Dra. Suze seria a meta cognição? Fiquei feliz com a oportunidade de assistí- la! Acessarei mais vezes. Gostei Muito!
Cadê um vídeo de altismo Adultos????
Achei os vídeos da prof pra estudar para a prova dela, amo. Sempre excelente.
Cadê o vídeo do autismo Adultos??????
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Eu acho que a professora não entendeu direito Arendt, ao contrário, era justamente o apreço a uma ideologia, a uma personalidade, ao estado, que Eishmann fez o que fez. A desculpa dele era: "Eu não matei ninguém, eu não peguei em nenhuma arma, eu apenas respeitava o juramento que eu fiz ao estado Nazista, assim como eu estou dizendo a verdade, sob juramento. E sim, o soldado, por exemplo, era dotado de sentimentos:o mesmo soldado que incinerava judeus, jantava com sua família e acariciava seus filhos enquanto ouviam Bach. O que as pessoas não conseguiram entender em Arendt, é que a maldade não é coisa de psicopata, ela é genuína do ser humano, qualquer um de nós podemos comete-la. Não vamos longe, só 1% dos assassinos de um presídio são psicopatas, o restante são apenas maus. O que vimos e estamos vendo são pessoas que, em nome de uma ideologia, causa pessoal, ou apreço a personalidades, não se importariam em matar, aniquilar, assassinar reputação daqueles que pensam diferente. É aqui que entra Eishmann, é aqui que entra a aceitação alemã ao Nazismo, é aqui que entra Minions de todas as vertentes, é aqui que entra a banalidade do mal.
Michelle, eu tbem tive a mesma impressäo i.é, de que a profa näo tinha entendido sobre o pensamento de H. Arendt no caso Eishmann em particular, mas tbem no caso NAZI em geral. Eu suponho que, no final das contas, o que falta no discurso da profa. é o que está faltando no discurso de H. Arendt: sair da generalizacäo sobre o que pra ela significa ´banalidade do mal`, etc., e se aprofundar na análise das observacöes feitas por ela.
Dou um exemplo: onde comeca/ onde termina essa chamada banalidade? Será que a banalidade é má quando provoca mortes, ou ela já comeca a ser má num relacionamento amoroso que distoa no sentimento de um povo? ou será que näo se deve incluir como mal a banalidade das paixöes?
A frase - banalidade do mal - provoca, como foi dito, distintas idéias; até mesmo contraditorias: que näo é um mal täo mau assim. Ou ao contrário: que é um mal para além do aceitável - se é que existe um mal aceitável eticamente.
Essa dificuldade em se explicar claramente H Arendt constatou na fala de Eishmann. E constatou isso tbem quem leu Hanna Arendt.
...e pasme: eu tenho dificuldades mil em entender a literatura de Heidegger! Um amigo ao me consolar disse que a escrita de Heidegger é caso típico de alguem que é ou que se sente poderoso.
@@moemaramalho8081 ótima análise, Moema. ♥️😘
Entender as demandas dos outros gera empatia. Empatia , acredito eu , se desenvolve assim, não nasce espontaneamente. Mas eu só acho. Não nascemos humanos, nos tornamos.
"A existência precede a essência." Satre.
Ótimo
Aqueles que não percebem o mal, estão em sintonia com ele.
Extremamente objetivo e abrangente!
Interessante o conceito de pensamento, empatia...
Excelente explicação! Assustador enxergar as coisas desta forma! Mas, infelizmente estamos vivendo esta realidade...
Ficamos felizes que tenha gostado, Marina! Obrigada por nos acompanhar!
Vamos tentar não perder a sensibilidade nos nossos atos. Alteridade/ bom senso e se pôr no lugar do outro. Isto deveria ser a razão pra viver. Caso contrário, o caos tomará conta.
Cadê o vídeo do autismo Adultos??????
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Obrigado Professora !! Incrível capacidade de síntese e de linguagem extremamente acessível !! Obrigado !
Que bom que gostou, Hossoi! Nós quem agradecemos!
Ótimo vídeo. O texto mencionado, da Eliane Brum, tbm é excelente, sobre a boçalidade do mal.
Fica muito menos perceptível esse mal em nós e nós outros.
Creio que nao se trata de ignorancia
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De ignorar tal fato, mas de indiferenca. Indiferenca em relacao ao proximo. Indiferente a dor do outro.
O que e muito pior ...
🙌
No livro "Sapiens: Uma breve história da humanidade" o autor (Harari) nos fala que na França do século XVIII já havia quem denunciasse que o açúcar que chegava para adoçar as refeições era obtido às custas do sofrimento brutal dos escravizados. No entanto, os franceses continuavam comprando açúcar, a despeito de saberem desses fatos.
Aí ele fala algo que eu nunca tinha pensado: Os brancos não odiavam os negros. A escravidão não ocorria porque os europeus tinham um ódio terrível pelos africanos. O que os europeus sentiam pelos africanos escravizados era indiferença. Talvez até pensassem "nossa, coitados", mas na prática, isso não os impedia de consumirem o açúcar vindo das colônias.
Ah é? Hoje? Não havia violência entre os Aztecas? Entre os gregos? Na antiguidade a vida era pacífica????
Parabéns, esclarecedor dos nossos dias.
Excelente conteúdo, parabéns !
Infelizmente é um fenômeno psíquico a psicoadaptação.
Veja, uma das questões mais complexas passíveis de infindáveis discussões em filosofia e ciências humanas é a noção de normalidade. Seja como for, é o que pode ser considerado típico ou esperado, seja para o bem, seja para o mal. O elemento chave parece ser, então, histórico e cultural, pois nunca houve uma noção permanente de "normalidade". Importante é que lutemos para que a destrutividade, atrocidade, maldade, morte, jamais se tornem "normais". A pergunta é por que o nazi-fascismo foi possível e hoje retorna sem qualquer pudor. Esses fenômenos não são espontâneos, têm motivações, oportunidades e objetivos. A banalização é um meio para um fim.
Se Hanna não viu menos mal no sujeito, pq foi contra a execução? Tão fenomenológica e se opôs à responsabilização do indivíduo?
O ser humano é um ser extremamente adaptável, seja para o bem ou para o mal. Adaptações essas, físicas e psicológicas.
Esse vídeo me deu vontade de baixar o app e até pagar para assistir esse conteúdo completo. Infelizmente, a grande quantidade de reclamações me fazem declinar desse desejo.
O que se entende pela afirmação de que "não há separação entre sujeito e objeto... há sempre uma intencionalidade"?
A banalidade do mal é filha dileta do positivisto jurídico de Kelsen , teoria desprovida de quaisquer conteúdos ético -- morais
Quando penso em pessoas que eu julgava excelentes e as vejo postando absurdos, defendendo ditadura, apoiando o fechamento do STF compreendo perfeitamente o que seja a banalidade do mal.
Em outras palavras: ele só refletia um pensamento latente daquele povo, naquela época. O fato de ser um "homem comum" é gritante, porque se ele não o fizesse, outro faria.
E pensar que marchamos rumo ao mesmo paradeiro, ou algo bem próximo!
Acho que o sentimento de indignação com injustiça, corrupção, tráfico de drogas, assassinos, e tantos outros atos reconhecidos pela nossa cultura e tipificados pela nossa legislação como crimes, nunca estiveram tão presentes no coração do brasileiro, principalmente pelos escancarados crimes cometidos em alguns setores da sociedade brasileira, e pela postura do sistema judiciário que tem tomado medidas que vai de encontro com o sentimento de justiça do cidadão brasileiro.
Não estou convencido através desse vídeo que se possa classificar como mal banal ou não, o que o eventual criminoso acredita como sendo um ato mal ou não.
Principalmente considerando o exemplo usado, onde os atos cometidos pelo Nazista em questão eram de cometimento a crime culturalmente aceitos pelo mundo como tal, sendo reconhecidos, sem margem pra contestamento, como crimes graves,. Sendo assim, tenho dificuldade de conceber que o nazista em questão não tinha consciência de que seus atos não eram crimes ou que era um "mal banal". Acho que a banalização de crimes não está no grau de importância que o criminoso da a seus atos, mas na resposta que a sociedade dá às ações dos criminosos.
O mal hoje é tão banalizado que alguns humanos chegam a se opor aos direitos humanos.
Excelente análise. As aulas da professora no ICL são maravilhosas!
Deve ser mesmo uma experiência enriquecedora tê-la como mestra! Se pudesse, eu ficaria imensamente feliz!
Banalidade do mal ou boçalidade do mal, a trágica verdade é que milhões de brasileiros não a estão enxergando.
Excelente reflexão! É a banalidade do mal que leva o "cidadão de bem" a defender a pena de morte, tortura, redução da maioridade penal e a ditadura militar.
O Hagiman seria um miojo já vem pronto só precisa cozinhar vamos dizer assim.
Seres comuns que abdicaram da capacidade de pensar por si só não é apenas a suspensão da moral, mas a antecâmara do fascismo
Muito boa reflexão!
Neste momento estou tomando chá de Hortelã, não acuso pensar em cela.
Essa Professora é fantástica.
Tudo pode ser sintetizado na crise da alteridade.
Incrível!
Importante reflexão para os dias atuais.
❤❤❤💯
Que show!
Ótimo conteúdo. Oportuno para entendermos esse momento
Essas pessoas sempre existiram mas agora encontraram um terreno fértil em um governo fascista na situação atual.
Olá Suze & Casa do Saber,
Mais um excelente vídeo, muito obrigada!
Que sejamos empáticos, dignos, justos, que haja Igualdade Social 🇧🇷 “Mudanças estruturais começam com indivíduos”. Um abraço 🌸
Talvez não se trate de banalidade do mal, mas de humanidade do mal. Se tornou inconcebível, ao longo do tempo, admitir que o homem é capaz de sentimentos e atos horrendos. A humanidade, tal como conhecemos é uma criação, uma idealização do ser humano, do homo sapiens, como quer que se chame. Fazemos isso quando legamos o melhor de nós à imagem de Deus e o pior de nós à imagem do Diabo, de entidades malignas, seja lá o que for. A virtude no homem foi uma saída encontrada para se contrapor e, talvez, tentar aplacar nossa bestialidade. As leis tribais, religiosas, como no Antigo Testamento, são tentativas de construir essa humanização para não destruirmos uns aos outros, a nós mesmos. A moral é uma construção para a vida em sociedade que amarrou para dentro de nós os sentimentos mais humanos, mas que não são considerados nobres, virtuosos e estamos sempre sendo confrontados com a besta dentro de nós que, amarrada, presa, amordaçada se debate querendo se soltar. As leis e os ordenamentos religiosos e jurídicos são criações para aplacar nossos "demônios", na tentativa de criar harmonia e paz social. Essa construção da humanidade que nos impõe que sentimentos humanos são somente aqueles considerados virtuosos, nos impediu de ver e aceitar que somos sim capazes de cometer e apoiar as maiores atrocidades. A barbárie é um ato humano: relativizamos certas barbáries ao mesmo tempo que nos chocamos com outras, a depender de quem é a vítima e qual o interesse. O maior problema é encararmos isto como algo sobrenatural, anormal, irracional, proveniente da loucura (afinal, o que é mesmo a loucura?), do desarranjo psíquico, biológico, como algo alheio e distante de nós, mas sempre à espreita de se apoderar de nós. Ilusão, construção ilusória. O culto milenar à Razão nos legou a ilusão sobre nós mesmos. O que chamamos de maldade é mais próprio de nós do que imaginamos, queremos ou podemos aceitar.
Nunca consegui materializar os humanos como você o fez. Parabéns.
Como escreveu o ator Flávio Migliacio antes de tirar sua própria vida "A HUMANIDADE NÃO DEU CERTO ". Espécie Destruidora. Está no DNA da espécie humana.