A definição de Gramática
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- เผยแพร่เมื่อ 4 ส.ค. 2024
- Neste trecho, o professor Mário explica como se define a gramática corretamente. Hoje em dia, não se dá muita atenção à definição do que é a gramática. Acaba sendo tratado como algo do passado definir a essência de uma arte. Geralmente, define-se a gramática como a arte de falar, escrever e ler corretamente. Essa definição não está errada, mas ela acaba sendo demasiado curta. Assista ao trecho até o final e entenda como se define corretamente a gramática.
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Parabéns pelo trabalho! Isso é verdadeiramente educação.
Que interessante a ligação das regras de gramática com a literatura! Nunca havia me apercebido, nem ouvido falar.
Parabéns pelo trabalho de vcs!
Deus os proteja sempre!!! 🙏🏽
Gostaria de parabenizar o professor Mario pelas aulas realmente muito boas e seu guia de gramatica da coleção é realmente muito bom!
👏🙏👏
Excelente!
🇧🇷💯🇧🇷💯🇧🇷
FAZ FALTA o estudo da GRAMÁTICA, MUITO BEM ESTUDADA.
Irmã Mirian Joseph (séc. XX): "Gramática [é a] arte de inventar e combinar símbolos" (O Trivium, p. 27)
Napoleão Mendes (séc. XX): Gramática é o estudo metódico dos fatos de uma língua. (Gramática Metódica)
Hugo de São Vitor (séc. XI): Gramática é o conjunto dos fatos materiais da língua em uso na prosa, poesia e retórica. (definição extraída da divisão dada em Didascalicon, p. 111)
Cassiodoro (séc. V): "Gramática é a arte de discutir com beleza, uma habilidade que adquirimos através dos poetas e autores ilustres" (Institutiones, p. 149)
Santo Agostinho (séc. IV): "[Gramática é a arte] de se falar bem [...] pela razão [técnica], pela autoridade [dos escritores] e pelo costume [do que é agradável no uso da fala]". (O Trivium de Santo Agostinho, p. 11)
Dionísio da Trácia (séc. II a.C): "Gramática é um conhecimento experimental [empírico] dos modos de escrever nas formas geralmente correntes entre poetas e prosadores de uma língua" O Trivium, p.31)
Só a definição de Napoleão foge das outras por ser mais extensa, no entanto, guarda ainda semelhança porque a linguagem dos poetas no geral é fato da língua. No fim, as divisões que se fazem depois dessas definições acabam por expressar sempre uma constante: a gramática como arte expressiva que faz uso de sinais arbitrários relacionados a sinais naturais. Seu estudo pode dar-se tanto no âmbito da relação dos sinais em si - e então se reduz a mero esquema lógico - quanto no âmbito da sua relação com a realidade - aí se faz de fato artística, própria do seu uso poético no sentido dado por Olavo de Carvalho na Teoria dos Quatro Discursos: a gramática é meio material pra diversas finalidades: retórica, dialética, lógica e, principalmente, poética, pois é esta que dá aos demais discursos sua matéria básica. Os artistas da palavra são os inventores por excelência da linguagem, pois só com a técnica da qual fala Santo Agostinho pode o homem expressar o belo pela beleza da linguagem a partir da catarse própria de cada indivíduo - como nos explica Mário Ferreira em Convite à Estética. Os modernos só fazem confusão e obscuridade sobre um conceito que é na verdade simples porque não sabem definir nem dividir menos ainda encontrar semelhanças e diferenças de compreensão e extensão entre termos, aí concluem absurdos como o "idioleto" ou a dúvida sobre a existência da gramática ou a confusão entre linguagem e pensamento (alguns chegam a negar que onde não há linguagem não pode haver pensamento), etc. Tudo conceito inventado por ignorante querendo angariar alguma fama com "novos conceitos" - uma praga moderna típica dos modernos que não raro só faz mudar o nome de um termo antigo ou focar em algo absolutamente inútil pra ciência. Graças a Deus apareceu gente pra trazer racionalidade à confusão atual.
Boas observações !
O objetivo da Gramática sempre foi o de produzir no Estudante uma Capacidade de Leitura Lógica com a Apreensão do Conteúdo , e isto só é possível, como ensina Olavo de Carvalho, através da Leitura propriamente dita dos Clássicos da Literatura, notadamente a Poesia. Então, "Os Lusíadas" de Camões deve ser estudado como uma Disciplina nesta Acepção.
O ensino de linguagens na escola, ao menos no meu tempo, polui a percepção do aluno colocando o foco sobre questões inúteis à expressão articulada e profunda de ideias (que é o que realmente interessa). Até quando se vai explicar coisas como a colocação de vírgulas, isso é apresentado como normas imutáveis e como se houvesse um modo necessariamente correto. O ideal nesse caso por exemplo, das vírgulas, seria, antes de tudo, insistir no fato de que elas marcam o que está presente na escuta que capta, marcada pelas pausas que dividem as frases de modo à tornar a expressão cognoscível. A virgula sinaliza ao interlocutor onde ele deve fazer uma pequena parada para absorção do sentido, por isso é importante a criança ser acompanhada na leitura em voz alta, para corrigir a entonação e o ritmo, e é nesse momento que se deve introduzir e falar sobre a virgula, mostrando que ela serve para ritmar a leitura, e ensinar que o ritmo e a intonação influem na compreensão do sentido do texto (é importante a leitura em voz alta, pq é aí que vemos se a criança está ou não internalizando os ritmos mais expressivos de leitura, os ritmos melhor regulados e, se ela captou que é a virgula que rege o ritmo dessa regulação). Nao há o melhor uso da vírgula em termos de regras, se aprende à usa-la lendo textos que se destaquem pela articulação e profundidade da luz que lancem sobre um campo qualquer de fenômenos (ambientais, sociais, históricos, daí a importância da literatura), sua importância não pode ser cobrada do aluno de forma abstrata, como se a justificativa fosse ``escrever certo```, pq a questão nem é escrever certo, e sim entender e ser entendida, e isso implica perceber o quanto a vírgula ajuda a modular a entonação daquela voz interior cujo ritmo visa se adequar à voz do autor para, nessa modulação, absorver as relações/tensões que determinado con-texto propõe. Seu domínio vem com a leitura de textos em que as vírgulas são fundamentais para estabelecer relações temporais, de pressupostos e derivações, de ideias primeiras sobre as quais se fará inferências, essas relações são todas organizadas com vírgulas junto com articuladores das relações/tensões como: ``mas``, ``se X então Y``, ``ou``, ``e``.
Eu particularmente aprendi quase nada na escola, em termos de regras gramaticais, minha capacidade construtiva vem toda do meu esforço e prazer com literaturas de todo tipo.
Os alunos do ensino oficial não sabem nada. É um desastre, porque os advogados, etecétera, etc ,.... podem dar interpretações erradas que levam a cometer erros gravíssimos em documentos de defesa ou acusação, etc., etc., .....
Se continuar assim a linguagem despiora
O Brasil é muito pobre por falta de estudo.