Muito esclarecedor. Seria possível fazer uma associação entre a semiótica discursiva e a análise do discurso (considerando que ambas são fortes e de origem Francesa)?
Boa tarde, Professor Rômulo! É possível que um índice semiótico seja representado por uma imagem sem que automaticamente se torne um ícone semiótico? Especificamente, estou pensando em uma imagem ou ícone gráfico de um rosto feliz que representa o adjetivo 'feliz' ou o substantivo abstrato 'felicidade'. Agradeço antecipadamente por sua orientação e insights sobre este tópico.
bacana a pergunta, visto isoladamente uma imagem de um rosto feliz hoje, assim como um meme, já é naturalmente um símbolo; engraçado isso né, na verdade se caminharmos pelo caminho da percepção, tudo aquilo que arbitrariamente e culturalmente já tem significado é símbolo; um ícone é a primeiridade de uma percepção, justamente o momento em que ainda estamos construindo um interpretante; então os memes por exemplo, já são símbolos; mas por exemplo, uma foto de família ela pode funcionair como ícone ou índice, na medida que constroi diferentes interpretantes na mente do intérprete. (lembrança real, do dia da foto, interpretante dinâmico) e ou (sentimento de nostalgia) interpretante imediato de cada um.
Tudo bacana, mas em relação à chamada do vídeo praticamente NÃO apresenta as anunciadas "diferenças" entre as duas - o vídeo se alonga na semiologia e suas atualizações e depois esclarece a convenção do meio em adotar o termo "semiótica" (1969). e nada de diferenças entre a escola de Peirce e a da semiótica francesa/discursiva...
oi meu amigo, então, na verdade o projeto da semiologia, em sua face mais abrangente, ficou nos fundamentos e não progrediu. Acabamos por adotar mais o "termo" semiótica; a diferença mais essencial dos dois projetos é que Saussure procurou desenvolver algo aprofundado na linha fonética, deixando de lado a porção semântica de Greimas; por outro lado, Peirce, mais filósofo do que linguista, ampliou seus estudos de categorias com o nome semiótica. Basicamente as diferenças que podemos realmente afirmar partem daí, abraços
Muito esclarecedor. Seria possível fazer uma associação entre a semiótica discursiva e a análise do discurso (considerando que ambas são fortes e de origem Francesa)?
tenho interesse justamente nisso tbm
Olá, atualmente tento fazer estes diálogos; segue uma Playlist sobre Análise do Discurso th-cam.com/play/PLN70EV2hKZWGvCVSQk7ddfoPBqPeem2Ha.html
Boa tarde, Professor Rômulo!
É possível que um índice semiótico seja representado por uma imagem sem que automaticamente se torne um ícone semiótico? Especificamente, estou pensando em uma imagem ou ícone gráfico de um rosto feliz que representa o adjetivo 'feliz' ou o substantivo abstrato 'felicidade'.
Agradeço antecipadamente por sua orientação e insights sobre este tópico.
??? Acho difícil esse exemplo NÃO ser ícone antes...mas vamos aguardar o esclarecimento.
bacana a pergunta, visto isoladamente uma imagem de um rosto feliz hoje, assim como um meme, já é naturalmente um símbolo; engraçado isso né, na verdade se caminharmos pelo caminho da percepção, tudo aquilo que arbitrariamente e culturalmente já tem significado é símbolo; um ícone é a primeiridade de uma percepção, justamente o momento em que ainda estamos construindo um interpretante; então os memes por exemplo, já são símbolos; mas por exemplo, uma foto de família ela pode funcionair como ícone ou índice, na medida que constroi diferentes interpretantes na mente do intérprete. (lembrança real, do dia da foto, interpretante dinâmico) e ou (sentimento de nostalgia) interpretante imediato de cada um.
Tudo bacana, mas em relação à chamada do vídeo praticamente NÃO apresenta as anunciadas "diferenças" entre as duas - o vídeo se alonga na semiologia e suas atualizações e depois esclarece a convenção do meio em adotar o termo "semiótica" (1969). e nada de diferenças entre a escola de Peirce e a da semiótica francesa/discursiva...
oi meu amigo, então, na verdade o projeto da semiologia, em sua face mais abrangente, ficou nos fundamentos e não progrediu. Acabamos por adotar mais o "termo" semiótica; a diferença mais essencial dos dois projetos é que Saussure procurou desenvolver algo aprofundado na linha fonética, deixando de lado a porção semântica de Greimas; por outro lado, Peirce, mais filósofo do que linguista, ampliou seus estudos de categorias com o nome semiótica. Basicamente as diferenças que podemos realmente afirmar partem daí, abraços