Muito bom o vídeo! Sempre notei que as preposições e os advérbios tinham muitas similaridades (ou muitas vezes eram os mesmos) nas línguas românicas e no inglês. Agora tudo faz sentido.
Muito bom! Mostra como as tais "classes fechadas" são fechadas até certo ponto só, e podem surgir novas expressões nelas sempre. É interessante também notar que quando o advérbio se torna uma proposição, uma coisa que dá para fazer para testar se ainda tem alguma funcionalidade de advérbio é pôr um modificador pra modificá-lo, como "muito": "O livro está sobre a mesa" "*O livro está 'muito sobre' a mesa" (em que "muito" intensifica o "sobre"). "*Entrego doces 'muito a' o João". E, é claro, a função modificadora, "opcional" e não marcadora de caso dos advérbios em oposição à obrigatória e muitas vezes mais gramatical e marcadora de caso das proposições. Os heterogêneos dos advérbios sempre estão metidos nessas coisas...
Vai ver muitos viram preposição para ter algum sentido na vida, desenvolver uma identidade mais sólida. Não deve ser fácil ser sempre parte dos "outros".
Geralmente particulas e preposições e/ou posposições quando começam a sempre a aparecer junto dos nomes em certas posições e como geralmente na fala eles são pronunciados como se fossem um só com as palavras e passam a se tornar sufixos e/ou prefixos e assim se tornam declinações. Mesmo em português você vê isso quando a preposição à se torna só uma crase em outras palavras como em àquele e em espanhol muitas correspondências com o português de pronomes com verbos já não são escritos como palavras separadas mais. Assim com o passar do tempo surgem declinações nominais.
Você acabou de me dar várias ideias pra minha conlang, kkkk. Ela é bem mais analítica, apesar de ter alguns elementos sintéticos, então acaba sendo necessário o uso de aposições (no caso dela, são posposições). Então posso me utilizar mais verbos e advérbios pra indicar essas relações. Substantivos também podem ser usados como aposições?
Essa questão das preposições em Português é realmente interessante, tanto que eu acho meio vazio a língua inglesa (mesmo sendo fluente) por não conter tantas preposições como em Português, sempre que vou falar algo em inglês é como se estivesse faltando isso
Quais preposições em português tem que em inglês não tem? Tipo em é bem parecido em quantidade. Por exemplo em inglês tem of e from e portugues usaria só DE .
Senhor Keo,dá pra O Senhor explicar sobre As Seguintes Características Gramaticais: Ambiguidade,Polissemia,Vagueza,Imprecisão,Redundância e Arbitrariedade,e como Elas afetam Cada Uma das Línguas???
Bom, isso não são características gramaticais. Não é um assunto que eu domine, então infelizmente não é algo que provavelmente vá aparecer por aqui em breve. Eu precisaria encontrar material a respeito primeiro para poder estudar.
Eu prefiro muito mais o uso de preposições do que ter que decorar aquele tanto de terminações usadas para definir casos gramaticais nas línguas sintéticas, para mim é uma tarefa hercúlea.
No ciclo evolutivo das línguas é teorizado que elas muito provavelmente tenham uma certa tendência geral onde elas vão de mais sintéticas para mais analíticas e de mais analíticas para mais aglutinantes e de mais aglutinantes para mais sintéticas. Isso é facilmente imaginável quando vc percebe que para ir de aglutinantes pra sintéticas é só os morfemas começarem a se fundir para determinar mais de um sentido e as sintéticas só precisam ir simplificando os sentidos da maneira mais morfológica e ir se apoiando mais na sintaxe. E por sua vez línguas analíticas só precisam ir juntando suas palavras com outras pra virarem aglutinantes. Isso é de uma forma bem grosseira e simplista claro. Mas é nessa lógica geral. E as complexidades são sempre as mesmas. O tanto de variações do uso sintático que as adposições em geral podem ter é bem chatinho também e provavelmente desgosta mais pq sua língua materna não faz uso das declinações.
@@PiterKeo não só as preposições, mas também a ordem ajuda. Eu dizer em português - O homem come pão - é bem mais simples do quer que decorar uma declinação para o caso sujeito homem e outra diferente para o objeto direto pão, sendo que no plural seriam outras formas diferentes! Ainda bem que as línguas românicas não herdaram isso do latim. Viva o SERMO VULGARIS!
No vídeo vc fala que não é comum linguas possurem aposições e casos gramaticais, mas é comum de linguas possuirem proposições e posposições simultaneamente?
Podem coocorrer sim, mas acho que isso deve ser mais comum em línguas onde já existem também casos gramaticais, ou seja, quando as aposições surgem de advérbios. Se surgem de verbos, eles costumam ficar do mesmo lado que o verbo em relação ao objeto direto.
Dá pra sentir o desgosto do Piter pelas preposições quando vc dá olha olhada no Sorolan
Ahahaha. Eu não tenho nada contra preposições não, mas o Sorolan realmente não tem nenhuma.
Muito bom o vídeo! Sempre notei que as preposições e os advérbios tinham muitas similaridades (ou muitas vezes eram os mesmos) nas línguas românicas e no inglês. Agora tudo faz sentido.
Esse é meu momento, eu pedi esse video algumas semanas atrás, tava moendo os meu miolos com isso
Muito bom! Mostra como as tais "classes fechadas" são fechadas até certo ponto só, e podem surgir novas expressões nelas sempre. É interessante também notar que quando o advérbio se torna uma proposição, uma coisa que dá para fazer para testar se ainda tem alguma funcionalidade de advérbio é pôr um modificador pra modificá-lo, como "muito":
"O livro está sobre a mesa"
"*O livro está 'muito sobre' a mesa" (em que "muito" intensifica o "sobre").
"*Entrego doces 'muito a' o João".
E, é claro, a função modificadora, "opcional" e não marcadora de caso dos advérbios em oposição à obrigatória e muitas vezes mais gramatical e marcadora de caso das proposições.
Os heterogêneos dos advérbios sempre estão metidos nessas coisas...
Vai ver muitos viram preposição para ter algum sentido na vida, desenvolver uma identidade mais sólida. Não deve ser fácil ser sempre parte dos "outros".
Advérbio: uma história de superação.
Die huis
Eu adoro seus vídeos onde fala sobre algo de Casos Gramaticais 💫
Sua didática e atenção a diversos detalhes são muito boas.
Os exemplos do mandarim ficam realmente bem claros.
Nossa! Que achado esse canal!!! 😮
Vou maratonar! Tô boba 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
FENOMENAL MEU QUERIDO
eu quero muito saber como casos gramaticais surgem em uma lingua.
É o fim da vida da adposição hahahahaha
Geralmente particulas e preposições e/ou posposições quando começam a sempre a aparecer junto dos nomes em certas posições e como geralmente na fala eles são pronunciados como se fossem um só com as palavras e passam a se tornar sufixos e/ou prefixos e assim se tornam declinações. Mesmo em português você vê isso quando a preposição à se torna só uma crase em outras palavras como em àquele e em espanhol muitas correspondências com o português de pronomes com verbos já não são escritos como palavras separadas mais. Assim com o passar do tempo surgem declinações nominais.
Ótimo trabalho! Parabéns e obrigada!
Mais um ótimo conteúdo como sempre. Ansioso pelo próximo sobre casos gramaticais. Abs
Você acabou de me dar várias ideias pra minha conlang, kkkk. Ela é bem mais analítica, apesar de ter alguns elementos sintéticos, então acaba sendo necessário o uso de aposições (no caso dela, são posposições). Então posso me utilizar mais verbos e advérbios pra indicar essas relações. Substantivos também podem ser usados como aposições?
Estou pensando em incluir esse aspecto na minha conlang ,onde as preposições surgem através dos verbos.
Essa questão das preposições em Português é realmente interessante, tanto que eu acho meio vazio a língua inglesa (mesmo sendo fluente) por não conter tantas preposições como em Português, sempre que vou falar algo em inglês é como se estivesse faltando isso
Quais preposições em português tem que em inglês não tem? Tipo em é bem parecido em quantidade. Por exemplo em inglês tem of e from e portugues usaria só DE .
@aldalab o ponto que comentei aqui não é sobre quantidade, é sobre o uso, a frequência com que aparecem
Senhor Keo,dá pra O Senhor explicar sobre As Seguintes Características Gramaticais: Ambiguidade,Polissemia,Vagueza,Imprecisão,Redundância e Arbitrariedade,e como Elas afetam Cada Uma das Línguas???
Bom, isso não são características gramaticais. Não é um assunto que eu domine, então infelizmente não é algo que provavelmente vá aparecer por aqui em breve. Eu precisaria encontrar material a respeito primeiro para poder estudar.
"Atenção pais e mães de advérbios! Ideologia de gênero está destruindo nossas classes gramaticais!"
Eu prefiro muito mais o uso de preposições do que ter que decorar aquele tanto de terminações usadas para definir casos gramaticais nas línguas sintéticas, para mim é uma tarefa hercúlea.
Mas dá basicamente no mesmo decorar várias preposições ou decorar vários casos gramaticais.
No ciclo evolutivo das línguas é teorizado que elas muito provavelmente tenham uma certa tendência geral onde elas vão de mais sintéticas para mais analíticas e de mais analíticas para mais aglutinantes e de mais aglutinantes para mais sintéticas. Isso é facilmente imaginável quando vc percebe que para ir de aglutinantes pra sintéticas é só os morfemas começarem a se fundir para determinar mais de um sentido e as sintéticas só precisam ir simplificando os sentidos da maneira mais morfológica e ir se apoiando mais na sintaxe. E por sua vez línguas analíticas só precisam ir juntando suas palavras com outras pra virarem aglutinantes. Isso é de uma forma bem grosseira e simplista claro. Mas é nessa lógica geral. E as complexidades são sempre as mesmas. O tanto de variações do uso sintático que as adposições em geral podem ter é bem chatinho também e provavelmente desgosta mais pq sua língua materna não faz uso das declinações.
@@PiterKeo não só as preposições, mas também a ordem ajuda. Eu dizer em português - O homem come pão - é bem mais simples do quer que decorar uma declinação para o caso sujeito homem e outra diferente para o objeto direto pão, sendo que no plural seriam outras formas diferentes! Ainda bem que as línguas românicas não herdaram isso do latim. Viva o SERMO VULGARIS!
No vídeo vc fala que não é comum linguas possurem aposições e casos gramaticais, mas é comum de linguas possuirem proposições e posposições simultaneamente?
Podem coocorrer sim, mas acho que isso deve ser mais comum em línguas onde já existem também casos gramaticais, ou seja, quando as aposições surgem de advérbios. Se surgem de verbos, eles costumam ficar do mesmo lado que o verbo em relação ao objeto direto.
Muito l😢egal
Esse 😢 foi proposital?
@@PiterKeo não