O primeiro aforismo é uma "paródia" da frase introdutória d'O Capital, onde Marx diz: "A riqueza das sociedades em que domina o modo de produção capitalista aparece como uma 'imensa coleção de mercadorias' ". Isso é importante pra entender que o fetichismo da sociedade capitalista chegou a tal ponto que as relações sociais não são pautadas nem mesmo por algo concreto que possui algum valor de uso, como pensava o Marx em relação às mercadorias, mas sim por uma abstração completa, a imagem, o irreal. No mais, excelente vídeo. Aliás, o livro "Simulacros e simulação" do Jean Baudrillard é um ótimo complemento pra leitura da "Sociedade do espetáculo"...
É importante pensar, no exemplo que citou, sobre as questões sociais em que uma criança que mora em uma favela está inserida, pois em ver o bandido como o “bem” e o policial como o “mal” evidenciam-se muitos fatores que a leva a pensar dessa forma, e não é possível dizer que essa concepção no contexto em que esteja inserida seja irreal. então fiquei pensando se realmente cabe a questão do espetáculo mediado por imagens. Enfim, Debord nos leva a pensar muito.
muito interessante seu apontamento, Larissa! e super pertinente ao tema. infelizmente, na realidade social do brasil, não conseguimos aplicar essa dinâmica de forma tão monocromática uma vez que o Estado marginaliza os negros e pobres só para depois poder travar uma guerra violenta contra esses cidadãos tão historicamente invisibilizados e utilizar-se da imagem de Estado protetor. ou seja, pra quem está dentro das comunidades carentes a realidade não é vivida como essa imagem subversiva de "policial ruim" e "bandido bom". para nós, sim. talvez, em última instância, a utilização de uma imagem irreal de "salvador" pelo Estado caiba melhor no que é abordado pelo autor do que a realidade vivida por essa criança que é sistematicamente abandonada e depois oprimida por esse Estado.
Cabe uma discussão sobre porque os moradores da favela, se bem que nem todos pensam assim, consideram os bandidos como os benfeitores e não a polícia. Será que a polícia realmente cumpre seu papel de defender a sociedade, ou é mais um instrumento de opressão contra as classes menos favorecidas. Sobretudo as que moram nas favelas.
Mais para existir um mundo invertido tem que se ter uma versão de uma realidade a qual se foca, o polo positivo ou negativo dentro de uma realidade abordada. Caso contrário não da para se afirmar se é invertido sem um prévio conhecimento do fato o qual se vive. A favela tem sua realidade o outro lado tem a sua realidade sem isto não se pode cogitar um mundo invertido, como na terra não existe um só fato sempre se cogita um fato invertido.
Sempre lembro do filme "O Homem Duplicado" (baseado na obra de Saramago), no qual o protagonista é um professor e, numa cena, está escrevendo no quadro e abordando Hegel.
Comecei a ler hoje e bah, me senti lendo um adolescente que encontrou a verdade da vida. Talvez volte ao livro, mas essa divisão real vs ilusório é tão zzzzz. Boa noite, grande vídeo.
O primeiro aforismo é uma "paródia" da frase introdutória d'O Capital, onde Marx diz: "A riqueza das sociedades em que domina o modo de produção capitalista aparece como uma 'imensa coleção de mercadorias' ". Isso é importante pra entender que o fetichismo da sociedade capitalista chegou a tal ponto que as relações sociais não são pautadas nem mesmo por algo concreto que possui algum valor de uso, como pensava o Marx em relação às mercadorias, mas sim por uma abstração completa, a imagem, o irreal. No mais, excelente vídeo. Aliás, o livro "Simulacros e simulação" do Jean Baudrillard é um ótimo complemento pra leitura da "Sociedade do espetáculo"...
vlw !
Minha tese favorita é a 14 "[...] O espetáculo não deseja chegar a nada que não seja ele mesmo". [p. 17]
É importante pensar, no exemplo que citou, sobre as questões sociais em que uma criança que mora em uma favela está inserida, pois em ver o bandido como o “bem” e o policial como o “mal” evidenciam-se muitos fatores que a leva a pensar dessa forma, e não é possível dizer que essa concepção no contexto em que esteja inserida seja irreal. então fiquei pensando se realmente cabe a questão do espetáculo mediado por imagens. Enfim, Debord nos leva a pensar muito.
muito interessante seu apontamento, Larissa! e super pertinente ao tema. infelizmente, na realidade social do brasil, não conseguimos aplicar essa dinâmica de forma tão monocromática uma vez que o Estado marginaliza os negros e pobres só para depois poder travar uma guerra violenta contra esses cidadãos tão historicamente invisibilizados e utilizar-se da imagem de Estado protetor. ou seja, pra quem está dentro das comunidades carentes a realidade não é vivida como essa imagem subversiva de "policial ruim" e "bandido bom". para nós, sim. talvez, em última instância, a utilização de uma imagem irreal de "salvador" pelo Estado caiba melhor no que é abordado pelo autor do que a realidade vivida por essa criança que é sistematicamente abandonada e depois oprimida por esse Estado.
Caiu uma questão no Enem sobre esse livro. Já o li. Vou lê-lo novamente.
Muito bom.
Mas se vc fizesse um série desse livro todo.
Ou um guia pelo menos do vocabulário, seria fera demais
Caral** debord, q da hora! Obrigada pelo conteúdo, já quero ler o livro
Cabe uma discussão sobre porque os moradores da favela, se bem que nem todos pensam assim, consideram os bandidos como os benfeitores e não a polícia. Será que a polícia realmente cumpre seu papel de defender a sociedade, ou é mais um instrumento de opressão contra as classes menos favorecidas. Sobretudo as que moram nas favelas.
Já ouvi dizer que o papel principal da polícia é a proteção ao patrimônio, e não à população.
Valeu por mais esse vídeo @Mateus Salvadori. Uma dúvida: o Debord foi influenciado pela Escola de Frankfurt?
Poderia comentar o capitulo 26 até 28? Não compreendi direito...
Obrigado.
Gratidão.
Obrigada pela ajuda professor!
Filosofar é preciso!
Mais para existir um mundo invertido tem que se ter uma versão de uma realidade a qual se foca, o polo positivo ou negativo dentro de uma realidade abordada. Caso contrário não da para se afirmar se é invertido sem um prévio conhecimento do fato o qual se vive. A favela tem sua realidade o outro lado tem a sua realidade sem isto não se pode cogitar um mundo invertido, como na terra não existe um só fato sempre se cogita um fato invertido.
Hegel é tão foda, que quase todo mundo está sob seu guarda-chuva.
Sempre lembro do filme "O Homem Duplicado" (baseado na obra de Saramago), no qual o protagonista é um professor e, numa cena, está escrevendo no quadro e abordando Hegel.
@@FrankCastiglione Se não me engano no filme do Villeneuve, o professor também está abordando 'Hegel" na cena da faculdade!
@@pgbpriuvnri eu pensava que esse título era de Jesus Cristo, a quem Hegel prestava muita devoção...🤦🏽♂️🤭😅
@@pgbpriuvnri não...kkkkkkkk um dos dois é o maior...🤣🤣
Discussões atuais...
#filosofarépreciso
👏👏👏
Comecei a ler hoje e bah, me senti lendo um adolescente que encontrou a verdade da vida. Talvez volte ao livro, mas essa divisão real vs ilusório é tão zzzzz. Boa noite, grande vídeo.
minha cabeça...ai
✨
e esse mãozão 🤪
Livro de 1967
Cara, que explicacao dificil de entender bicho.