Sai do cinema com esse sentimento de “caralho, isso foi mto atual nos anos 60, é atual demais hoje e infelizmente vai ser muito atual sempre”. Que experiência foda
A Paul não fugia do poder... Ele fugia do futuro que ele mesmo enxergava como inevitável caso ele seguisse pela rota do poder. No fim ele aceita que esse futuro é inevitável e o abraça, fazendo todos os sacrifícios necessários
O final é completamente agridoce, corta o coração de verdade. E não falo isso como forma negativa, muito pelo contrário! Você torce muito por Paul ao longo da jornada - mesmo ele dando indícios sutis da sua tirania desde o primeiro filme, ao sempre elevar o tom de voz ao se sentir confrontado, por exemplo -, mas a decisão final dele de partir para cima das Grandes Casas e todo aquele tom de fanatismo/fundamentalismo que salta à tela, é destruidor. Destruidor mesmo. Bom, isso é próprio da política e quem vive ou já viveu esse mundo, sabe do que eu estou falando, guardadas as devidas proporções. Filmaço, um dos melhores que eu já assisti com certeza. É necessário ser apreciado em camadas, tamanha densidade e cuidado em cada detalhe. Mas, certamente... Duna faz você sair do cinema convicto que assistiu um épico que há muito tempo não se via por aí, e talvez por algum tempo também faça você ficar pensando sobre tudo o que aconteceu ali.
Tirano, com T de tubaína, será o filho dele: Leto II. O Maior Tirano de todos. Mas um personagem trágico como o Paul. (o ciclo dele vai do livro O Messias de Duna até O Imperador-Deus de Duna).
Cíclico é uma palavra que define bem Duna. Frank Herbert escreveu o que aconteceu/acontece/acontecerá por muitos anos na nossa sociedade. Que obra fantástica e atemporal. Esse filme TEM que virar clássico.
Mas assim que começa todos os genocidios no mundo, começa com um causa valida que se corrompe no meio do caminho. Viva o bastante como Herois para se tornar o vilão. "Ré-volução" = uma evolução para tras e não para frente
E eu achei que essa fala do Paul encaixava muito bem no filme, mas nao apareceu: "Este é o clímax, Paul pensou. A partir daqui, o futuro se abre, as nu- vens dão lugar a uma espécie de glória. Se eu morrer aqui, dirão que me sacrifiquei para que meu espírito pudesse liderá-los. Se eu sobreviver, di- rão que nada é capaz de se opor a MuadDib"
Excelente crítica PH. Gostei muito como o DV não teve medo em manter a subversão dos papéis de heróis, ao mostrar a virada movida pela ganância de Jessica e Paul, independente da discussão sobre o quanto eles tinham opção, dada a presciência que eles adquiriram.
Percebi que George RR Martin se inspirou muito na história de Paul para construir a história da Daenerys nas crônicas de Gelo e fogo. A sabotagem ao pai, a expulsão da monarquia, as visões sobre o futuro, o acolhimento e aderência de outros povos a sua causa, o senso de justiça e, por fim, a submissão ao poder. Uma pena que a série não soube construir isso de maneira adequada e desrespeitou a história da personagem.
Não é assim no livro! Paul nunca quis ter o papel que teve que ter! No livro fica BEM CLARO que ele tinha que estar ali mas não queria, tanto que a saga dele é de puro arrependimento e culpa no segundo livro
Não entendo essa visão de que ele se corrompeu pelo poder, ele somente mudou de postura assumindo o manto de possível messias e duque justamente após as visões revelarem aquele caminho possível, ou seja, era inevitável, ele tinha que assumir o papel de messias sendo ele messias ou não para que pudessem vencer, bem como tb seria claramente inviável uma vitória efetiva para todos os aliados sem a utilização de questões aristocráticas em relação às hierarquias dominantes, esse foi o cenário mais verossimel e compatível com a situação, não teriam outros meios passiveis de resolver a questão de forma realista que não esse, o que inclusive se ratifica pela própria visão dele
Concordo, ele fala no filme que viu todos os possíveis futuros e que tinha uma passagem estreita que ele conseguia triunfar. No primeiro filme ele sonha com a Chani apunhalando ele, podemos interpretar que ele ja viu a propria morte e que aceitou isso, do contrario ele mataria ela. Acredito que ele foi movido mais pelo sentimento de vingança, pela morte do pai e pelo amor a Chani para libertar o povo dela. No fim ele deve se tornar tudo que nao queria e ir longe, tao longe que nao haverá volta. Epico.
@@ArquiArthur exatamente, inclusive ele não queira ir ao sul, local onde ele tomou o “líquido da vida” e teve essas revelações, ele tinha medo pelas visões que teve em relação às desgraças que poderia trazer ao povo no local, foi a Chani que o convenceu a ir, não teve nada de mudança no caráter dele, tudo só se transformou realmente pela visão que teve após tomar o líquido.
Filme incrível!!! As críticas dele são extremamente atemporais e de cortar o coração, de confrontar! Atuação, fotografia… tudo impecável! Sai do cinema com a sensação de “caraca mano, ISSO QUE É CINEMA!!!”
Eu não fui tão pessimista na história, acho que existe esse dilema de ele ser ou não e sobre até que ponto a crença não nos cega, mas ele tem muitas coisas a favor e o arquétipo de ir pra longe mas ir pra perto, ele não queria ir pro sul mas todas as ações faziam com que ele fosse, além das bene gesserits tentarem todo tempo domar o futuro ao que elas querem e toda vez que tentam ir contra a primeira profecia de um salvador de duna, para mais perto de ter um elas vão. Acho o Paul muito menos egocêntrico, até porque pra mim ele tem um arco de entender que ele não tem pra onde correr mais então ele aceita o que querem dele, mesmo que ele não queira ele aceita perder sua liberdade em prol de ser o que os outros querem dele, um Messias, um carrasco, imperador, mas isso interpretação minha
Sim, outro fato é que ele conseguiu ver múltiplos destinos, então ainda acredito que ele tenha tomado essa decisão pensando no bem do povo ou aqueles que ele gosta.
eu tbm vi isso, fiquei o video todo do ph pensando se ele ta com essa imagem formado por conta de ja saber o enredo dos livros ou se ficou claro isso no filme tbm e eu perdi
Eu tive entendi nessa linha do filme também! Eu não vi ele como um egoísta ao assumir seu papel de salvador mas que ele não tinha escolha já que ele tentou fugir disso com todas as forças e foi meio que obrigado a ser o messias daquele povo
A mãe do Paul ganhou meu coração no primeiro filme, até pq me identifiquei muito com ela pelo fato dela ser “ocultista viciada em especiaria” kkkkk ironia, mas realmente ela me cativou e depois disso conheci a série silo por causa dela e do PH e realmente ela é uma das maiores atrizes desse filme. ❤
Acabei de sair do cinema. Ainda estamos em março, mas, as categorias técnicas do Oscar 25 são de Duna Parte 2. Um dos filmes mais primorosos tecnicamente que já vi. As cenas de ação, a fotografia de contraste nas explosões... toda a sequência da batalha no estádio... surreal... o som, a trilha sonora. Timothée e Austin fenomenais... Filmaaaaço!
No final, Paul fala que ama uma, mas vai casar com outra. Só faltou ele cantar a música do Alexandre Pires pra Chani: estou fazendo amor com outra pessoa, mas meu coração, vai ser pra sempre teu... Caí da poltrona kkkkk
No sexto livro Herbert chega a uma conclusão muito parecida com o que diz Paulo Freire. “O Oprimido na pele de Opressor se torna pior do que o Opressor que o Oprimiu.”
Sempre pensei sobre isso e as causas atuais, sobre a que nível as pessoas mais reacionárias não subverteriam a cadeia e se tornariam os opressores desse novo mundo
Os dilemas me deixaram angustiado de certa forma, sai do cinema pensando que por mais cruel que fosse iniciar a guerra santa, Paul não tinha muitas opções para criar um império melhor, ainda mais quando olhamos para trás e vemos que o pai dele morreu por “governar com o coração” Baita filme, lindo de ver e cheio de questões pra se refletir
Só mesmo um ignorante pra achar que a obra é uma crítica a um lado apenas. É sobre a sociedade , as pessoas. Um ótimo complemento a tese de duna é o “poema” dos irmãos karamazov: “o grande inquisidor”. As pessoas sempre buscarão um líder , e estão dispostas a trocar sua liberdade por uma suposta segurança. Esse é o mundo
Da mesma maneira que os mais velhos tem aquela sensação de ter vivido o clássico Império Contra-ataca no cinema, eu saí do cinema sabendo que no futuro vou falar de Duna part2 começando por: "esse eu vi no cinema". Um clássico da ficção científica.
melhor analise que vi ate agora!! ate segui. Depois de ver o filme senti que eu precisava de uma explicação/ análise para confirmar ou entender o que eu já achava, e esse vídeo atendeu completamente essa necessidade. parabens!!!!
Acho uma "perda" de personagem importante do roteiro adaptado em relação ao livro, é Liet, o ecologista, que na minha leitura era a o próprio Frank Hebert. No primeiro filme, optaram por fazer desse personagem uma mulher, sem relação direta com Chani, mas Liet representava o otimismo da vontade, diante do pessimismo da razão. O paraíso Fremen era apresentado como um sonho realizável e por mais que estivesse atrelado a proficia do Lisan al Gaib, só dependia dos próprios Fremen. Chani herda esse papel por sangue, por ser filha de Liet, mas no filme, essa parte tão pulsante se perde, e nos parece que o paraíso é fora , e não Arakis.
Goste de pensar em grandes obras da ficção científica como Fundação, Duna e Star Wars, sendo um possível cenário futuro real para a humanidade. Desde sempre a humanidade busca o controle do mundo e o poder de controlar seu próprio destino, dai surgiu a economia, a política, a nobreza, e principalmente a fé. É fascinante pensar que daqui 10000 anos ou mais nossa espécie estará mais avançada tecnologicamente do que nunca, contudo estaremos afundados ainda mais em proselitismos e sincretismos religiosos também.
Paul no auge de sua compreensão entende as palavras do Imperador. Seu pai era fraco e ele verbaliza "precisamos ser Harkonens" e a ai fecha do ciclo pq kwisatz haderach é um experimento de laboratório cujo resultado é a união de atreides e harkonens. A religião se mistura com a política e a ciência, o resultado é o mesmo: Poder. Nesse caso, o poder absoluto. E aí começam os problemas
Grande crítica PH, uma reflexão ótima. O filme propõe muitas discussões, todas extremamente instigantes. A história da humanidade seria cíclica? Estariamos sempre voltando aos mesmos lugares? Para o senso comum, a história da humanidade seria linear, sempre "evoluindo", mas será mesmo? Quando ainda estava na universidade, um colega definiu a história da humanidade como uma espiral, ou seja, a ideia de que sempre estaríamos voltando ao estado inicial, mas em uma posição levemente acima. A questão é que a própria ideia de "evolução" é questionável, será que realmente caminhamos de forma inexorável rumo a um futuro melhor? A realidade material aponta para não, pensar que o futuro será com certeza melhor beira a uma crença religiosa, uma utopia, um sonho. A história da humanidade é transformação, mudança, mas não obrigatoriamente para melhor. Desde a segunda metade do século XVIII os Iluministas já condenavam a união entre religião e política, coisa tão normal desde as antigas teocracias da antiguidade até o direito devino dos Reis da época moderna, muitos morreram lutando pela ideia de um Estado laico. Hoje estamos vendo em quase todo o mundo a volta da mistura de religião e política, incluindo o Brasil, trazendo de volta o fanatismo religioso, a intransigência, os lideres religiosos inquestionáveis, pois estariam falando a "verdade de Deus". Parece que ninguém quer olhar para os exemplos do passado não tão distantes, e por isso temos novamente que lutar por algo que parecia superado, o que leva a uma visão pessimista da história. Porém, o que anima minimamente é que não existe determinismo na história, ou seja, não caminhamos de forma inexorável rumo a um futuro melhor, mas isso não significa que a ruina total é o unico destino, o futuro ainda está aberto e talvez, somente talvez, possamos construir um futuro melhor se não deixarmos o derrotismo nos dominar.
Poucas vezes vi um filme ser tão ligado ao seu tempo e, até mesmo, premonitório com relação a realidade e conflitos atuais. Muita gente vai se espantar quando se der conta que essa não é a história de um herói, mas de um opressor... não consegui deixar de relacioná-lo ao imperialismo do século XIX e os conflitos no Oriente nos dias atuais.
Na verdade tudo é muito bom até o quarto livro, o 5 e o 6 que perderam a linha 😂. (Meu preferido é o terceiro livro, quando o filho dele vira o mochila de criança brabo 😂)
Poxa acho o imperador deus o melhor tbm, de longe oq tem mais temas importantes e q nos deixa bem pessimistas kakakaka. Mas o 5 e o 6 n acho q seja ruim, mas poderiam ter vindo com outro nome, poderiam ter expandido a história das Bene. Mas é isso, o brilhantismo do Herbert é fazer e tentar, arriscar mesmo que errando
Parabéns pelos excelentes comentários. Voltando ao que vc disse no vídeo de crítica sobre o personagem de Javier Bardem (Stilgar) e relacionando aos seus comentários: eu entendo quando vc aponta que haveria um descompasso naquele personagem, quanto aos momentos “engraçados”; no cinema, enquanto eu assistia ao filme, vi pessoas rindo nos trechos em que Stilgar encaixava os acontecimentos na profecia; no entanto, pessoalmente, eu não enxerguei tais momentos com graça (no sentido de “engraçado”) mas tive pena do personagem pois, desejoso do Salvador, entendia estar diante de uma graça (no sentido divino). Para mim, nesse ponto, o filme não perdeu mas, sim, engrandeceu ao mostrar , de forma viva, o reflexo daqueles que , na dificuldade, espera e tem esperança na graça Divina.
Mto legal o paralelo que vc trouxe com a Primavera Árabe. Pra mim, é bem isso: como dertupar e usar um desejo legítimo das massas em benefício próprio, pervertendo a intenção original e, se bobear, colocando algo ainda pior no lugar. De certa forma, vimos o mesmo no Brasil de 2013 pra cá... E nunca da bom rs (por isso, infelizmente concordo com a visão pessimista de Duna).
Assisti ontem e gostei muito da adaptação, mas as mudanças de maior peso em relação ao livro me incomodaram um pouco. Entendi que o diretor escolheu dar ênfase no lado religioso da obra, porém senti uma grande falta da abordagem ecológica e da importância dos vermes para a produção de especiaria e como isso se interliga com a dinâmica daquele universo
Acho que o Diretor vai abordar melhor esses temas somente no próximo filme, pois Messias de Duna é um livro bem menor e dará mais espaço para outras abordagens.
Estou lendo o terceiro livro. Gostei demais do filme. Todas as imagens do filme são perfeitas. Tem que ser visto no cinema. Duna é sobre política, poder. História incrível!
@@brenons8202 Fui no sábado peguei a sessão de 20:40 legendado! Resultado: sala com um pingado de gente! Um silêncio que tjnha até medo de comer kkkkk❤😅
Robespierre teve a cabeça cortada pela revolução que ele mesmo liderou... O preço do poder é o sangue, e muda-se tudo pra que continue igual. Bela obra, bom filme, ótima critica!
Você só esqueceu de uma coisa ! O conhecimento tem um preço , apartir do momento em que se toma a Água da vida,grandes poderes vem com grandes responsabilidades ! Preço esse que exige a aquele que não vive uma utopia e tem responsabilidades nas costas, a precisar de agir !
Na minha imaginação, o livro tem um tom mais leve. O filme ficou muito obscuro e algo realmente que conota o fanático, gostei dessa invertida que Denis Villeneuve colocou.
Nka tinha assistido um filme numa sala IMAX...mas eu tô muito feliz de ter assistido O FIlME que se encaixa em tudo nisso. A trilha é impressionante. Parecia que eu tava lá dentro do filme. Maravilhoso.
Ph te acompanho por uns anos e fico feliz por sua evolução geral, ainda assim, sem perder suas origens cearences. Como conterrâneo seu, aprecio de mais suas colocações e gírias da nossa região. Parabéns maxo!
Obrigada pelo melhor vídeo sobre o que realmente me interessa em "Duna": a crítica ao fundamentalismo que nos ameaça com a combinação de crenças religiosas e poder político.
O mundo é mais religioso do que pensamos. Apenas normalizados. E dina mostra bem isso. Muito bom o roteiro. Tudo é coclo e quando não olhamos pro passado retornamos a ele sem conseguir superar as dificuldades. PH TU és bom. Duna parece uma sociedade bem engessada.
Experiência do ano, filme do ano, atemporal, surreal, vai ficar martelando na cabeça muito tempo e toda vez que eu ouvir a duna, as discussões do filme voltarão a memória!!!!
Acho que falou falar das Bene Gesserit, pq foi literalmente elas que construiram os lados da profecia: por uma lado propagando o mito do salvador; e pelo outro geneticamente produzindo um salvador.
Discordo da afirmação de que eles tinham "tudo pra vencer". Não, eles não tinham. O uso das armas atômicas, as armas do inimigo, foi essencial. Sim, Duna é pessimista e seu pessimismo está lá pra que todos cheguemos a essa exata conclusão: não vale a pena. Sim, vale. Grande filme, mensagem conservadora.
Quando estava com 15 anos li o livro Duna. Que me ensinou a ser pragmatico e entender que ser politico não é ser politiqueiro. compreender o papel na sociedade.
único ponto negativo desse filme pra mim foi que não houve um timeskip considerável... poderia ter seguido igual nos livros do Paul aprendendo os costumes Fremen durante anos, a Alia nascendo e sofrendo preconceito por ser diferente... aquela passagem com o Paul atacando os Harkonenn no norte de Duna poderia muito bem marcar essa passagem de tempo, com isso o filme ficaria perfeito, ao menos pra mim. :D
Também senti a ausência do Tufir Hawat dessa vez servindo o Barão e o encontro de Gurney com a Jéssica sendo atacada por ele por um breve momento. Sem contar que há um acontecimento no livro que antecede o ataque do Paul que acho mais cruel e que traria mais drama, porém adorei algumas adaptações do diretor aqui, um dos melhores filmes que já assisti sem dúvidas!!!
Realmente, o time skip dava tempo pra criar muitas situações que achariamos revoltante: o nascimento do filho do Paul e da Chani e a morte dele no ataque ao Sietch Tabr, fazendo ele correr desesperado ao sul e tomando a água da vida; isso seria um motivo muito mais pesado pra situação que se dá a seguir. Senti falta do Thufir também, a morte do Barão seria mais emblemática e etc etc
Tem uns TH-camr que não tem noção nenhuma sobre sociologia, política ou qualquer assunto mais complexo, falando que o filme é um tapa na cara da "cultura Woke". Os caras não conseguem ver além da primeira camada, análise mais rasa que um pires. Por isso adoro o PH, complexidade e análise de qualidade sobre o filme (crítica) e sobre os temas abordados e a relação com o mundo real. Um deleite, parabéns mais uma vez PH!
Em certa cena Paul diz que agora vê tudo, todos os cenários, e em todos aquele povo é destruído, exceto um, uma pequena "fresta". Paul não queria o poder, ele temia pelas mortes que viriam se seguisse aquele caminho, mas quando bebe a "água da vida" passa a ver tudo. Há que se entender que o personagem não abraça o poder pelo poder, o título de duque e etc... Ele realmente pode ver o que será necessário independente de sua vontade. Paul não é um herói, muito menos um vilão.
sobre o filme ser uma crítica a fanatismo religioso, n dá pra n pensar q ele tbm é uma visão estadunidense em contexto de guerra fria sobre fanatismo, e n qualquer fanatismo, o fanatismo islâmico. é mto conveniente pros interesses econômicos dos eua ficar levantando esses temas enquanto esses grupos foram financiados por eles pro combate das revoluções socialistas. mesmo depois de inúmeros massacres endossado por eles na guerra fria, como na indonésia, e a guerra ao terror q matou 4 milhões de pessoas em 20 anos, eles continuam produzindo essas visões despolitizadas desviando de qualquer autocrítica. o humor no personagem do javier é parte desse cinismo
Obrigado pelo vídeo. Ficou clara a interpretação e fiquei preocupado com ela, pois apesar de ser clara eu esperi algo mais otimista. Adoraria que você tivesse parcialmente errado, mas acredito que você esteja certo já que tens um esclarecimento maior por ter lido a obra base. Agora irei assistir a parte 3 com o coração bem apertado e a mente aberta para futuras reflexões.
PH, você sabia que o Frank Hebert era amante dos cogumelos mágicos, que por sinal ele mesmo aprendeu a cultivar? E sim, não importa o quão aberta seja nossa visão, poder sem simplicidade leva à tirania e não à redenção. Foi essa a mensagem (pessimista) que sinto que ele quis deixar.
Espero que o terceiro filme não confirme isso, gosto dessa visão de corrupção extrema do Paul pelo poder, mas prefiro mais a visão dele do segundo livro como alguém que arriscou tudo por conta de um futuro viável, sendo essa “guerra santa” necessária. Muito ansioso pra ver como o diretor vai explorar essa dicotomia no terceiro filme, mas espero que não vá só pra esse rumo de corrupção pelo poder/religião, que venha uma tragédia de destino, Paul é o Édipo que se entrega ao destino ao invés de tentar fugir dele.
Eu não li os livros, então falo pelos filmes parte I e II. Eu em momento algum vi o Paul curtindo isso do poder, concordo com o que trouxe que ele foi meio que na linha do “vi todos os futuros possíveis e esse é o único em que o resultado é melhor”, logo ele se entrega àquela circunstância para evitar consequências para o próprio povo frémen pelos quais ele começou a se importar. Tem a coisa da vinganca? Sim. Mas não vi ela na onda do poder e sim da necessidade de fazer o necessário para que menos mortes acontecessem
Certamente um grande épico, e ouso dizer antecipadamente que será o unico do ano, toda a jornada do paul no início da um quentinho no coração e no fim uma grande assustada em sua ascenção ao poder, aquele que tanto foi negado por ele, e ja deixo aqui a minha teoria ( nao li os livros ) acho que paul é tipo moises o qual esta abrindo caminho e levando o povo para a terra prometida enquanto a irmã dele será a messias no caso Jesus
Ainda tem muita coisa a ser falada sobre Duna. Pense numa obra que mesmo sendo supostamente simples e óbvia, de tão comum e corriqueira, ser tão infindável!
Confesso que agora eu to revirando a minha cabeça, pq por um certo lado eu sinto até pena do Paul, pq ele tenta ao máximo evitar o Jirad, mas meio que o destino criado pelas Bene Gesserit chama ele. Fico com essa sensação de que o Paul mesmo "sendo" o messias, continua sendo apenas mais um fruto das artimanhas das bruxas.
Ele muda a profecia de certa forma, as pessoas estavam tão desesperadas e consumidas pela esperança que o profeta representava que quando ele chega e muda certas partes da profecia as pessoas aceitam essas mudanças, da pra ver isso na cena que ele chat falando que é o escolhido PORQUE A PROFECIA NÃO EXISTE chani fala “diga as pessoas que um messias vira salvá-las e elas vão esperar, por séculos “
Gostei o ponto que autoritarismo e justiça tem uma linha tênue. Mais no contexto de hoje com STF. Parece que a gente almeja um desejo de justiça mas parece estar procurando o outro lado oscuro. Gostei muito da tua crítica.
Eu não concordo que seria egoísmo do Paul, mas sim, o bem comum de toda uma nação a partir das restauração do seu poder. E uma coisa é amor, outra coisa é paixão (ou paixotine, no caso do filme).
Só eu fiquei incomodada com a gravidez mais longa da humanidade? Ele leva anos para aprender a ser fremen e convencê-los a guerrear com ele, caramba! Foi preguiça do diretor? Ninguém fala do tema…..
Quando vc lê um livro dos anos 60 que permaneceu tão atual, onde encontramos o neoliberalismo, escravidão, politica, meio ambiente, amor, fé e principalmente a dependencia de comodities. Percebemos o quão rasa esta a nossa atual sociedade, que se voltou apenas em questões pequenas de pseudo herois.
Cara não consegui enxergar isso que você falou “o poder corrompe o sujeito”, ele já tinha o poder em suas mãos, e mesmo assim nada fez, ele só resolveu lutar realmente quando depois de ter a presciência teve acesso ao futuro e viu, que a única forma de libertar os Fremen, era sendo quem eles acreditam que ele era, ele não utilizou ninguém ao seu Bel prazer kkkkk, não vejo ele sendo corrompido, ele tento evitar ao máximo, e em todos os futuro que ele viu o único que daria certo era ele assumindo o papel de ser o Messias e destronando o imperador, não acho que isso seja ser corrompido.
tem muitos sinais sutis que ele ta indo pra um lado sombrio, a parada do anel do pai dele, ele trazer de volta o nome da casa e a ele mandando os fremem pro paraíso no final.
Eu não conhecia Duna, nunca tinha ouvido falar, assisti os 2 filmes e achei fantastico. Mas fico um pouco preocupado com o destino do Paul, pra quem conhece Shingeky No Kyojin, ele me passa a mesma vibe do Eren, ele é mesmo o salvador ouele vai virar um psicopata/tirano até o fim da obra? ( Não respondam a minha pergunta. não quero spoiler )
Você já tem a resposta, é a mesma vibe do Eren, tanto que te leva a se perguntar se realmente eles tinham escolha em algum momento ou se estava tudo predestinado. A diferença é que o Frank Hebert fez isso bem, e o Isayama, não.
Sai do cinema com esse sentimento de “caralho, isso foi mto atual nos anos 60, é atual demais hoje e infelizmente vai ser muito atual sempre”. Que experiência foda
Porque nós vivemos os mesmos dilemas desde que o mundo é mundo, não vai mudar.
nao consigo parar de pensar em Duna
é muito épico
quero mais QUERO MAIS
tô na msm, meu nobre. Agr é só partir pros livros
Vai ter uma série na segunda metade desse ano
@@samerf1 onde isso?
@@laissantana1402 No Max obviamente, Duna é publicado pela Warner
@@samerf1 ah sim eu sei eu quis dizer onde vc viu isso kkkkkkkk não escrevi direito
A Paul não fugia do poder... Ele fugia do futuro que ele mesmo enxergava como inevitável caso ele seguisse pela rota do poder. No fim ele aceita que esse futuro é inevitável e o abraça, fazendo todos os sacrifícios necessários
Só isso!!!! simples e verdadeiro. Esse blá blá blá de crítico enche o saco, principalmente quando querem dar uma cientista político...
O final é completamente agridoce, corta o coração de verdade. E não falo isso como forma negativa, muito pelo contrário! Você torce muito por Paul ao longo da jornada - mesmo ele dando indícios sutis da sua tirania desde o primeiro filme, ao sempre elevar o tom de voz ao se sentir confrontado, por exemplo -, mas a decisão final dele de partir para cima das Grandes Casas e todo aquele tom de fanatismo/fundamentalismo que salta à tela, é destruidor. Destruidor mesmo. Bom, isso é próprio da política e quem vive ou já viveu esse mundo, sabe do que eu estou falando, guardadas as devidas proporções. Filmaço, um dos melhores que eu já assisti com certeza. É necessário ser apreciado em camadas, tamanha densidade e cuidado em cada detalhe. Mas, certamente... Duna faz você sair do cinema convicto que assistiu um épico que há muito tempo não se via por aí, e talvez por algum tempo também faça você ficar pensando sobre tudo o que aconteceu ali.
Tirano, com T de tubaína, será o filho dele: Leto II. O Maior Tirano de todos. Mas um personagem trágico como o Paul. (o ciclo dele vai do livro O Messias de Duna até O Imperador-Deus de Duna).
Cíclico é uma palavra que define bem Duna. Frank Herbert escreveu o que aconteceu/acontece/acontecerá por muitos anos na nossa sociedade. Que obra fantástica e atemporal. Esse filme TEM que virar clássico.
Ele não vai virar,ele já é um clássico.
"vai acontecer pq ta escrito, ou ta escrito pq vai acontecer"
Maktub.
Autorizado por alguém de acordo com o Gal Beijaminarola: alguém escreveu essa coisa toda.
"…como pode uma insurgência que nasce como uma insurgência super válida, se perde pelo mesmo motivo que nasceu…"
ah, nossos 20 centavos…
Com certeza... iniciou com uma crítica à desvalorização dos serviços públicos e hoje o messianismo BR é signo de privatização.
Mas assim que começa todos os genocidios no mundo, começa com um causa valida que se corrompe no meio do caminho. Viva o bastante como Herois para se tornar o vilão. "Ré-volução" = uma evolução para tras e não para frente
Gosto da forma como as frases no início dos filmes refletem o fim deles. Parecido com o que é feito no livro...
E eu achei que essa fala do Paul encaixava muito bem no filme, mas nao apareceu:
"Este é o clímax, Paul pensou. A partir daqui, o futuro se abre, as nu-
vens dão lugar a uma espécie de glória. Se eu morrer aqui, dirão que me
sacrifiquei para que meu espírito pudesse liderá-los. Se eu sobreviver, di-
rão que nada é capaz de se opor a MuadDib"
a princesa Irulan meio que aborda isso quando o imperador vai pedir conselhos para ela de como lidar com o MuadDib.
@@khyzarusnap sim sim... fica no ar. Mas achei q isso em cena ficaria mais impactante ainda hahah
Excelente crítica PH. Gostei muito como o DV não teve medo em manter a subversão dos papéis de heróis, ao mostrar a virada movida pela ganância de Jessica e Paul, independente da discussão sobre o quanto eles tinham opção, dada a presciência que eles adquiriram.
Percebi que George RR Martin se inspirou muito na história de Paul para construir a história da Daenerys nas crônicas de Gelo e fogo. A sabotagem ao pai, a expulsão da monarquia, as visões sobre o futuro, o acolhimento e aderência de outros povos a sua causa, o senso de justiça e, por fim, a submissão ao poder. Uma pena que a série não soube construir isso de maneira adequada e desrespeitou a história da personagem.
Pensei no mesmo kkk é a mesma jornada
Não é assim no livro! Paul nunca quis ter o papel que teve que ter! No livro fica BEM CLARO que ele tinha que estar ali mas não queria, tanto que a saga dele é de puro arrependimento e culpa no segundo livro
E montar dragão (vermes)
@@isabellamatias4114 Mas não foi assim no filme?
Nem o Leto II
Não entendo essa visão de que ele se corrompeu pelo poder, ele somente mudou de postura assumindo o manto de possível messias e duque justamente após as visões revelarem aquele caminho possível, ou seja, era inevitável, ele tinha que assumir o papel de messias sendo ele messias ou não para que pudessem vencer, bem como tb seria claramente inviável uma vitória efetiva para todos os aliados sem a utilização de questões aristocráticas em relação às hierarquias dominantes, esse foi o cenário mais verossimel e compatível com a situação, não teriam outros meios passiveis de resolver a questão de forma realista que não esse, o que inclusive se ratifica pela própria visão dele
Concordo, ele fala no filme que viu todos os possíveis futuros e que tinha uma passagem estreita que ele conseguia triunfar. No primeiro filme ele sonha com a Chani apunhalando ele, podemos interpretar que ele ja viu a propria morte e que aceitou isso, do contrario ele mataria ela. Acredito que ele foi movido mais pelo sentimento de vingança, pela morte do pai e pelo amor a Chani para libertar o povo dela. No fim ele deve se tornar tudo que nao queria e ir longe, tao longe que nao haverá volta. Epico.
@@ArquiArthur exatamente, inclusive ele não queira ir ao sul, local onde ele tomou o “líquido da vida” e teve essas revelações, ele tinha medo pelas visões que teve em relação às desgraças que poderia trazer ao povo no local, foi a Chani que o convenceu a ir, não teve nada de mudança no caráter dele, tudo só se transformou realmente pela visão que teve após tomar o líquido.
Filme incrível!!! As críticas dele são extremamente atemporais e de cortar o coração, de confrontar! Atuação, fotografia… tudo impecável! Sai do cinema com a sensação de “caraca mano, ISSO QUE É CINEMA!!!”
Eu não fui tão pessimista na história, acho que existe esse dilema de ele ser ou não e sobre até que ponto a crença não nos cega, mas ele tem muitas coisas a favor e o arquétipo de ir pra longe mas ir pra perto, ele não queria ir pro sul mas todas as ações faziam com que ele fosse, além das bene gesserits tentarem todo tempo domar o futuro ao que elas querem e toda vez que tentam ir contra a primeira profecia de um salvador de duna, para mais perto de ter um elas vão. Acho o Paul muito menos egocêntrico, até porque pra mim ele tem um arco de entender que ele não tem pra onde correr mais então ele aceita o que querem dele, mesmo que ele não queira ele aceita perder sua liberdade em prol de ser o que os outros querem dele, um Messias, um carrasco, imperador, mas isso interpretação minha
Vi nessa linha tbm ....
Sim, outro fato é que ele conseguiu ver múltiplos destinos, então ainda acredito que ele tenha tomado essa decisão pensando no bem do povo ou aqueles que ele gosta.
Siiim. Pensei algo parecido. Ele meio q não tinha escolha.
eu tbm vi isso, fiquei o video todo do ph pensando se ele ta com essa imagem formado por conta de ja saber o enredo dos livros ou se ficou claro isso no filme tbm e eu perdi
Eu tive entendi nessa linha do filme também!
Eu não vi ele como um egoísta ao assumir seu papel de salvador mas que ele não tinha escolha já que ele tentou fugir disso com todas as forças e foi meio que obrigado a ser o messias daquele povo
A mãe do Paul ganhou meu coração no primeiro filme, até pq me identifiquei muito com ela pelo fato dela ser “ocultista viciada em especiaria” kkkkk ironia, mas realmente ela me cativou e depois disso conheci a série silo por causa dela e do PH e realmente ela é uma das maiores atrizes desse filme. ❤
PQP! Assisti ontem. "O maior épico desde Senhor dos Aneis" com certeza. Formidável!
Acabei de sair do cinema. Ainda estamos em março, mas, as categorias técnicas do Oscar 25 são de Duna Parte 2. Um dos filmes mais primorosos tecnicamente que já vi. As cenas de ação, a fotografia de contraste nas explosões... toda a sequência da batalha no estádio... surreal... o som, a trilha sonora. Timothée e Austin fenomenais... Filmaaaaço!
No final, Paul fala que ama uma, mas vai casar com outra. Só faltou ele cantar a música do Alexandre Pires pra Chani: estou fazendo amor com outra pessoa, mas meu coração, vai ser pra sempre teu... Caí da poltrona kkkkk
Mas ele não fará amor com a princesa oficial. Será um casamento de fachada.
@@mms1177e ainda meteu 3 menino na oficial.
Cara, qualquer pessoa com cérebro sabe que ele fez isso pra proteger a Chani, ele se sacrificou por ela, para protege-la
É um contrato social, ele decidiu ir contra as próprias emoções, contrapondo o governo do pai, talvez uma forma de demonstrar força.
@@mms1177Menina não sou muito entendida, mas o casamento tem que ser consumado pra efetivar uma aliança, no livro ele não efetiva?😅
No sexto livro Herbert chega a uma conclusão muito parecida com o que diz Paulo Freire.
“O Oprimido na pele de Opressor se torna pior do que o Opressor que o Oprimiu.”
vide Gaza
Sempre pensei sobre isso e as causas atuais, sobre a que nível as pessoas mais reacionárias não subverteriam a cadeia e se tornariam os opressores desse novo mundo
Eren em Shingeki no kyojin
99% da raca humana querem vinganca, nao justica.
Essa frase resume o Lule.
Os dilemas me deixaram angustiado de certa forma, sai do cinema pensando que por mais cruel que fosse iniciar a guerra santa, Paul não tinha muitas opções para criar um império melhor, ainda mais quando olhamos para trás e vemos que o pai dele morreu por “governar com o coração”
Baita filme, lindo de ver e cheio de questões pra se refletir
Mas no fim ele acaba criando um império de genocídios e autoritarismo, então não foi la tão melhor que o imperador anterior
Como as coincidências com o Brasil e um certo Messias que explora através da fé de explorados é explicita.
Dos dois lados. De um Lula é o Deus salvador. Do outro Bolsonaro é o Deus salvador. Tá foda.
@@dyonatha279KKKKKKKKKKKKK
@@dyonatha279Né isso, os dois são messias prós bestiolados😂😂😂
Só mesmo um ignorante pra achar que a obra é uma crítica a um lado apenas. É sobre a sociedade , as pessoas. Um ótimo complemento a tese de duna é o “poema” dos irmãos karamazov: “o grande inquisidor”. As pessoas sempre buscarão um líder , e estão dispostas a trocar sua liberdade por uma suposta segurança. Esse é o mundo
Da mesma maneira que os mais velhos tem aquela sensação de ter vivido o clássico Império Contra-ataca no cinema, eu saí do cinema sabendo que no futuro vou falar de Duna part2 começando por: "esse eu vi no cinema". Um clássico da ficção científica.
melhor analise que vi ate agora!! ate segui. Depois de ver o filme senti que eu precisava de uma explicação/ análise para confirmar ou entender o que eu já achava, e esse vídeo atendeu completamente essa necessidade. parabens!!!!
George Lucas claramente se inspirou em Duna para criar Anakin Skywalker. A semelhança com o Paul é muito clara.
Acho uma "perda" de personagem importante do roteiro adaptado em relação ao livro, é Liet, o ecologista, que na minha leitura era a o próprio Frank Hebert.
No primeiro filme, optaram por fazer desse personagem uma mulher, sem relação direta com Chani, mas Liet representava o otimismo da vontade, diante do pessimismo da razão.
O paraíso Fremen era apresentado como um sonho realizável e por mais que estivesse atrelado a proficia do Lisan al Gaib, só dependia dos próprios Fremen.
Chani herda esse papel por sangue, por ser filha de Liet, mas no filme, essa parte tão pulsante se perde, e nos parece que o paraíso é fora , e não Arakis.
É o que Bakunin diz: mesmo o homem mais bem preparado, qdo chega ao poder, SE CORROMPE.😅
Goste de pensar em grandes obras da ficção científica como Fundação, Duna e Star Wars, sendo um possível cenário futuro real para a humanidade. Desde sempre a humanidade busca o controle do mundo e o poder de controlar seu próprio destino, dai surgiu a economia, a política, a nobreza, e principalmente a fé. É fascinante pensar que daqui 10000 anos ou mais nossa espécie estará mais avançada tecnologicamente do que nunca, contudo estaremos afundados ainda mais em proselitismos e sincretismos religiosos também.
Paul no auge de sua compreensão entende as palavras do Imperador. Seu pai era fraco e ele verbaliza "precisamos ser Harkonens" e a ai fecha do ciclo pq kwisatz haderach é um experimento de laboratório cujo resultado é a união de atreides e harkonens. A religião se mistura com a política e a ciência, o resultado é o mesmo: Poder. Nesse caso, o poder absoluto. E aí começam os problemas
Grande crítica PH, uma reflexão ótima. O filme propõe muitas discussões, todas extremamente instigantes. A história da humanidade seria cíclica? Estariamos sempre voltando aos mesmos lugares?
Para o senso comum, a história da humanidade seria linear, sempre "evoluindo", mas será mesmo?
Quando ainda estava na universidade, um colega definiu a história da humanidade como uma espiral, ou seja, a ideia de que sempre estaríamos voltando ao estado inicial, mas em uma posição levemente acima. A questão é que a própria ideia de "evolução" é questionável, será que realmente caminhamos de forma inexorável rumo a um futuro melhor? A realidade material aponta para não, pensar que o futuro será com certeza melhor beira a uma crença religiosa, uma utopia, um sonho. A história da humanidade é transformação, mudança, mas não obrigatoriamente para melhor.
Desde a segunda metade do século XVIII os Iluministas já condenavam a união entre religião e política, coisa tão normal desde as antigas teocracias da antiguidade até o direito devino dos Reis da época moderna, muitos morreram lutando pela ideia de um Estado laico. Hoje estamos vendo em quase todo o mundo a volta da mistura de religião e política, incluindo o Brasil, trazendo de volta o fanatismo religioso, a intransigência, os lideres religiosos inquestionáveis, pois estariam falando a "verdade de Deus". Parece que ninguém quer olhar para os exemplos do passado não tão distantes, e por isso temos novamente que lutar por algo que parecia superado, o que leva a uma visão pessimista da história. Porém, o que anima minimamente é que não existe determinismo na história, ou seja, não caminhamos de forma inexorável rumo a um futuro melhor, mas isso não significa que a ruina total é o unico destino, o futuro ainda está aberto e talvez, somente talvez, possamos construir um futuro melhor se não deixarmos o derrotismo nos dominar.
Na disciplina de teoria da história? Deu saudades das aulas ;~~
Poucas vezes vi um filme ser tão ligado ao seu tempo e, até mesmo, premonitório com relação a realidade e conflitos atuais. Muita gente vai se espantar quando se der conta que essa não é a história de um herói, mas de um opressor... não consegui deixar de relacioná-lo ao imperialismo do século XIX e os conflitos no Oriente nos dias atuais.
Capitão Nascimento mandou um abraço.
Para mim, o melhor é o quarto livro: O Imperador Deus de Duna. Depois é ladeira abaixo
Também acho cara. O quinto e o sexto livro são os que eu menos gosto.
Na verdade tudo é muito bom até o quarto livro, o 5 e o 6 que perderam a linha 😂. (Meu preferido é o terceiro livro, quando o filho dele vira o mochila de criança brabo 😂)
Eu achei o terceiro livro muito viajado e parei de ler, imagina o resto
Poxa acho o imperador deus o melhor tbm, de longe oq tem mais temas importantes e q nos deixa bem pessimistas kakakaka. Mas o 5 e o 6 n acho q seja ruim, mas poderiam ter vindo com outro nome, poderiam ter expandido a história das Bene. Mas é isso, o brilhantismo do Herbert é fazer e tentar, arriscar mesmo que errando
O bom do 5 e 6 é a briga entre as BG e as HM
PH vc é muito diferenciado, trabalho de qualidade absurda 👏👏
Parabéns pelos excelentes comentários.
Voltando ao que vc disse no vídeo de crítica sobre o personagem de Javier Bardem (Stilgar) e relacionando aos seus comentários: eu entendo quando vc aponta que haveria um descompasso naquele personagem, quanto aos momentos “engraçados”; no cinema, enquanto eu assistia ao filme, vi pessoas rindo nos trechos em que Stilgar encaixava os acontecimentos na profecia; no entanto, pessoalmente, eu não enxerguei tais momentos com graça (no sentido de “engraçado”) mas tive pena do personagem pois, desejoso do Salvador, entendia estar diante de uma graça (no sentido divino).
Para mim, nesse ponto, o filme não perdeu mas, sim, engrandeceu ao mostrar , de forma viva, o reflexo daqueles que , na dificuldade, espera e tem esperança na graça Divina.
Mto legal o paralelo que vc trouxe com a Primavera Árabe. Pra mim, é bem isso: como dertupar e usar um desejo legítimo das massas em benefício próprio, pervertendo a intenção original e, se bobear, colocando algo ainda pior no lugar. De certa forma, vimos o mesmo no Brasil de 2013 pra cá... E nunca da bom rs (por isso, infelizmente concordo com a visão pessimista de Duna).
Assisti ontem e gostei muito da adaptação, mas as mudanças de maior peso em relação ao livro me incomodaram um pouco. Entendi que o diretor escolheu dar ênfase no lado religioso da obra, porém senti uma grande falta da abordagem ecológica e da importância dos vermes para a produção de especiaria e como isso se interliga com a dinâmica daquele universo
Simm, também senti muita falta da parte ecológica!!
Acho que o Diretor vai abordar melhor esses temas somente no próximo filme, pois Messias de Duna é um livro bem menor e dará mais espaço para outras abordagens.
Estou lendo o terceiro livro. Gostei demais do filme. Todas as imagens do filme são perfeitas. Tem que ser visto no cinema. Duna é sobre política, poder. História incrível!
Fui quinta as 14h, tinha eu e mais 3 pessoas, nada melhor que um cinema assim
Eu tbm, mas acho q depois desse burburinho da estreia o final de semana irá lotar as salas
@@brenons8202 Fui no sábado peguei a sessão de 20:40 legendado! Resultado: sala com um pingado de gente! Um silêncio que tjnha até medo de comer kkkkk❤😅
Você é muito bom!! Além da crítica, você explica todo o contexto!!
Robespierre teve a cabeça cortada pela revolução que ele mesmo liderou... O preço do poder é o sangue, e muda-se tudo pra que continue igual.
Bela obra, bom filme, ótima critica!
Você só esqueceu de uma coisa ! O conhecimento tem um preço , apartir do momento em que se toma a Água da vida,grandes poderes vem com grandes responsabilidades ! Preço esse que exige a aquele que não vive uma utopia e tem responsabilidades nas costas, a precisar de agir !
Na minha imaginação, o livro tem um tom mais leve. O filme ficou muito obscuro e algo realmente que conota o fanático, gostei dessa invertida que Denis Villeneuve colocou.
PH, seria excelente um vídeo sobre messias de duna!
Nka tinha assistido um filme numa sala IMAX...mas eu tô muito feliz de ter assistido O FIlME que se encaixa em tudo nisso. A trilha é impressionante. Parecia que eu tava lá dentro do filme. Maravilhoso.
Ph te acompanho por uns anos e fico feliz por sua evolução geral, ainda assim, sem perder suas origens cearences. Como conterrâneo seu, aprecio de mais suas colocações e gírias da nossa região. Parabéns maxo!
Obrigado de coração
Obrigada pelo melhor vídeo sobre o que realmente me interessa em "Duna": a crítica ao fundamentalismo que nos ameaça com a combinação de crenças religiosas e poder político.
O mundo é mais religioso do que pensamos. Apenas normalizados. E dina mostra bem isso. Muito bom o roteiro. Tudo é coclo e quando não olhamos pro passado retornamos a ele sem conseguir superar as dificuldades. PH TU és bom.
Duna parece uma sociedade bem engessada.
Experiência do ano, filme do ano, atemporal, surreal, vai ficar martelando na cabeça muito tempo e toda vez que eu ouvir a duna, as discussões do filme voltarão a memória!!!!
Acho que falou falar das Bene Gesserit, pq foi literalmente elas que construiram os lados da profecia: por uma lado propagando o mito do salvador; e pelo outro geneticamente produzindo um salvador.
Dois filmaços que assisti no cinema esse ano: "Pobres Criaturas" e "Duna parte 2"! Se puderem, assistam Duna numa sala IMAX! Super recomendo!!
Discordo da afirmação de que eles tinham "tudo pra vencer". Não, eles não tinham. O uso das armas atômicas, as armas do inimigo, foi essencial. Sim, Duna é pessimista e seu pessimismo está lá pra que todos cheguemos a essa exata conclusão: não vale a pena. Sim, vale. Grande filme, mensagem conservadora.
Um filme que me fez ir ao cinema depois de quase 2 anos.
Uma obra prima. Mesmo tendo lido o livro, me surpreendeu incrivelmente.
Quando estava com 15 anos li o livro Duna. Que me ensinou a ser pragmatico e entender que ser politico não é ser politiqueiro. compreender o papel na sociedade.
OBRA DE ARTE!!!! QUE FILMAO DA PORRA. So me deu mais vontade de ler o livro e conhecer as diferencas que foram tomadas.
Leia, mano. Se vc gostou dos filmes vai pirar com o livro.
Explanação perfeita! Também curti as alterações feitas no arco da Chani.
único ponto negativo desse filme pra mim foi que não houve um timeskip considerável... poderia ter seguido igual nos livros do Paul aprendendo os costumes Fremen durante anos, a Alia nascendo e sofrendo preconceito por ser diferente... aquela passagem com o Paul atacando os Harkonenn no norte de Duna poderia muito bem marcar essa passagem de tempo, com isso o filme ficaria perfeito, ao menos pra mim. :D
Se o filme tivesse novamente dado um final aberto demais como no ultimo filme teria sido massacrado por todos
Também senti a ausência do Tufir Hawat dessa vez servindo o Barão e o encontro de Gurney com a Jéssica sendo atacada por ele por um breve momento. Sem contar que há um acontecimento no livro que antecede o ataque do Paul que acho mais cruel e que traria mais drama, porém adorei algumas adaptações do diretor aqui, um dos melhores filmes que já assisti sem dúvidas!!!
Realmente, o time skip dava tempo pra criar muitas situações que achariamos revoltante: o nascimento do filho do Paul e da Chani e a morte dele no ataque ao Sietch Tabr, fazendo ele correr desesperado ao sul e tomando a água da vida; isso seria um motivo muito mais pesado pra situação que se dá a seguir. Senti falta do Thufir também, a morte do Barão seria mais emblemática e etc etc
Tem uns TH-camr que não tem noção nenhuma sobre sociologia, política ou qualquer assunto mais complexo, falando que o filme é um tapa na cara da "cultura Woke". Os caras não conseguem ver além da primeira camada, análise mais rasa que um pires.
Por isso adoro o PH, complexidade e análise de qualidade sobre o filme (crítica) e sobre os temas abordados e a relação com o mundo real. Um deleite, parabéns mais uma vez PH!
Uau. Esse vídeo é tão fundamental quanto ver o filme! Obrigada Ph!
PH, faz um vídeo situando a gente que não leu tudo em onde paramos na narrativa dos livros e o que ainda tem de bom pra ser explorado! Valeu!!
Hmmmm. Eu não gosto pq aí fala de spoilers. Mas me diz um pouco mais como você imagina esse vídeo. Falando pra quais caminhos o filme pode ir?
Eu acho que tem filmes que ficariam muito bons como séries e tem séries que ficariam muito bons como filmes. Acho duna um exemplo disso.
Temos visões de mundo e ideologias diferentes porem suas reflexões acerca de obras cinematográficas são excepcionais.
Em certa cena Paul diz que agora vê tudo, todos os cenários, e em todos aquele povo é destruído, exceto um, uma pequena "fresta".
Paul não queria o poder, ele temia pelas mortes que viriam se seguisse aquele caminho, mas quando bebe a "água da vida" passa a ver tudo.
Há que se entender que o personagem não abraça o poder pelo poder, o título de duque e etc... Ele realmente pode ver o que será necessário independente de sua vontade.
Paul não é um herói, muito menos um vilão.
Que explicação sensacional cara 👏 Espero que Duna 3 continue na mesma linha.
Faltou pesar a questão sentimental, rancor e odio sao sentimentos que movem e alteram, e moldam o personagem principal tambem
sobre o filme ser uma crítica a fanatismo religioso, n dá pra n pensar q ele tbm é uma visão estadunidense em contexto de guerra fria sobre fanatismo, e n qualquer fanatismo, o fanatismo islâmico. é mto conveniente pros interesses econômicos dos eua ficar levantando esses temas enquanto esses grupos foram financiados por eles pro combate das revoluções socialistas. mesmo depois de inúmeros massacres endossado por eles na guerra fria, como na indonésia, e a guerra ao terror q matou 4 milhões de pessoas em 20 anos, eles continuam produzindo essas visões despolitizadas desviando de qualquer autocrítica. o humor no personagem do javier é parte desse cinismo
Obrigado pelo vídeo.
Ficou clara a interpretação e fiquei preocupado com ela, pois apesar de ser clara eu esperi algo mais otimista. Adoraria que você tivesse parcialmente errado, mas acredito que você esteja certo já que tens um esclarecimento maior por ter lido a obra base.
Agora irei assistir a parte 3 com o coração bem apertado e a mente aberta para futuras reflexões.
completamente impressionada com esse texto. Parabéns!
Parabéns PH, uma análise que enriquece a experiência do filme 👏👏👏
Que vídeo incrível!!! Que explicação inteligente. Não consigo parar de pensar nesse filme, maravilhoso!
Long live to the fighters!
no livro não é mártires ?
PH, você sabia que o Frank Hebert era amante dos cogumelos mágicos, que por sinal ele mesmo aprendeu a cultivar? E sim, não importa o quão aberta seja nossa visão, poder sem simplicidade leva à tirania e não à redenção. Foi essa a mensagem (pessimista) que sinto que ele quis deixar.
caramba depois dessa analise não tem como assinar o canal , incrível !
Espero que o terceiro filme não confirme isso, gosto dessa visão de corrupção extrema do Paul pelo poder, mas prefiro mais a visão dele do segundo livro como alguém que arriscou tudo por conta de um futuro viável, sendo essa “guerra santa” necessária. Muito ansioso pra ver como o diretor vai explorar essa dicotomia no terceiro filme, mas espero que não vá só pra esse rumo de corrupção pelo poder/religião, que venha uma tragédia de destino, Paul é o Édipo que se entrega ao destino ao invés de tentar fugir dele.
Eu não li os livros, então falo pelos filmes parte I e II. Eu em momento algum vi o Paul curtindo isso do poder, concordo com o que trouxe que ele foi meio que na linha do “vi todos os futuros possíveis e esse é o único em que o resultado é melhor”, logo ele se entrega àquela circunstância para evitar consequências para o próprio povo frémen pelos quais ele começou a se importar.
Tem a coisa da vinganca? Sim. Mas não vi ela na onda do poder e sim da necessidade de fazer o necessário para que menos mortes acontecessem
Sua avaliacao é primorosa.
Certamente um grande épico, e ouso dizer antecipadamente que será o unico do ano, toda a jornada do paul no início da um quentinho no coração e no fim uma grande assustada em sua ascenção ao poder, aquele que tanto foi negado por ele, e ja deixo aqui a minha teoria ( nao li os livros ) acho que paul é tipo moises o qual esta abrindo caminho e levando o povo para a terra prometida enquanto a irmã dele será a messias no caso Jesus
meia noite te conto um segredo hahaha
Melhor ir ler
PH amo seus comentários sociológicos
Ainda tem muita coisa a ser falada sobre Duna.
Pense numa obra que mesmo sendo supostamente simples e óbvia, de tão comum e corriqueira, ser tão infindável!
Confesso que agora eu to revirando a minha cabeça, pq por um certo lado eu sinto até pena do Paul, pq ele tenta ao máximo evitar o Jirad, mas meio que o destino criado pelas Bene Gesserit chama ele. Fico com essa sensação de que o Paul mesmo "sendo" o messias, continua sendo apenas mais um fruto das artimanhas das bruxas.
Ele muda a profecia de certa forma, as pessoas estavam tão desesperadas e consumidas pela esperança que o profeta representava que quando ele chega e muda certas partes da profecia as pessoas aceitam essas mudanças, da pra ver isso na cena que ele chat falando que é o escolhido
PORQUE A PROFECIA NÃO EXISTE chani fala “diga as pessoas que um messias vira salvá-las e elas vão esperar, por séculos “
A professia existe sim, no terceiro livro ela é abordada mesmo
Gostei o ponto que autoritarismo e justiça tem uma linha tênue. Mais no contexto de hoje com STF. Parece que a gente almeja um desejo de justiça mas parece estar procurando o outro lado oscuro. Gostei muito da tua crítica.
O colonizador não irá libertar o colonizado
Eu não saía do cinema com essa sensação de vislumbre do cinema desde de Star Wars Os Últimos Jedis
Muito bom! Fiquei sem fôlego com muitas senas. E tem muita profundidade de temas aí
PRECISA E PERFEITA TUA ANÁLISE!!!👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
essa série saiu de uma coletânea de livros. Mas acho engraçado ver as pessoas supondo algo que já está determinado.
Assisti ontem na sala IMAX....filme espetacular
tbm, incrivel
Excelente crítica. A profecia como utilitarismo é trágica. O trabalho explotatório de viéses é fantástico.
Eu não concordo que seria egoísmo do Paul, mas sim, o bem comum de toda uma nação a partir das restauração do seu poder. E uma coisa é amor, outra coisa é paixão (ou paixotine, no caso do filme).
Só eu fiquei incomodada com a gravidez mais longa da humanidade? Ele leva anos para aprender a ser fremen e convencê-los a guerrear com ele, caramba! Foi preguiça do diretor? Ninguém fala do tema…..
Pra mim chegou no nível máximo. Tão gigante como O Senhor dos Anéis e Star Wars.
Pura aula de Geografia essa jornada toda. MT bom.
Quando vc lê um livro dos anos 60 que permaneceu tão atual, onde encontramos o neoliberalismo, escravidão, politica, meio ambiente, amor, fé e principalmente a dependencia de comodities. Percebemos o quão rasa esta a nossa atual sociedade, que se voltou apenas em questões pequenas de pseudo herois.
Cara não consegui enxergar isso que você falou “o poder corrompe o sujeito”, ele já tinha o poder em suas mãos, e mesmo assim nada fez, ele só resolveu lutar realmente quando depois de ter a presciência teve acesso ao futuro e viu, que a única forma de libertar os Fremen, era sendo quem eles acreditam que ele era, ele não utilizou ninguém ao seu Bel prazer kkkkk, não vejo ele sendo corrompido, ele tento evitar ao máximo, e em todos os futuro que ele viu o único que daria certo era ele assumindo o papel de ser o Messias e destronando o imperador, não acho que isso seja ser corrompido.
tem muitos sinais sutis que ele ta indo pra um lado sombrio, a parada do anel do pai dele, ele trazer de volta o nome da casa e a ele mandando os fremem pro paraíso no final.
Não gostei da crítica, no filme é abordado que ele teve a visão do futuro que ele vence, então seus atos foram justificados para chegar na vitória
Filme foda e comentários fodas PH, parabéns pela exposição
Como disse o Peter do Ei Nerd, “Tradições Vencem!”
Já quero ver de novo, filmaço
Terminei o filme e vim assistir PH, estava mega ansioso pra ver esse video 🤩
Excelente comentário PH...❤❤❤
Eu não conhecia Duna, nunca tinha ouvido falar, assisti os 2 filmes e achei fantastico. Mas fico um pouco preocupado com o destino do Paul, pra quem conhece Shingeky No Kyojin, ele me passa a mesma vibe do Eren, ele é mesmo o salvador ouele vai virar um psicopata/tirano até o fim da obra? ( Não respondam a minha pergunta. não quero spoiler )
Você já tem a resposta, é a mesma vibe do Eren, tanto que te leva a se perguntar se realmente eles tinham escolha em algum momento ou se estava tudo predestinado. A diferença é que o Frank Hebert fez isso bem, e o Isayama, não.
Quando eu assisti a esse filme só consegui me lembrar da história de Canudos