Immanuel Kant: Crítica da Razão Pura | Uma Introdução
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- เผยแพร่เมื่อ 7 ก.พ. 2025
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As obras mais importantes da filosofia de Immanuel Kant, as suas três críticas, têm o propósito propedêutico de habilitar a filosofia a tornar-se um sistema científico. O pensador iluminista afirmou ter sido desperto de seu sonho dogmático por David Hume, o cético irlandês que criticou a noção de causalidade e o pensamento racionalista, ao alegar que todo conhecimento precisa passar pela experiência. Isto Hume herdou de seus antecessores na tradição empirista, como John Locke e George Berkeley. Por exemplo, Hume não achava correto pressupormos que o sol vai nascer amanhã só porque ele nasceu hoje e em todos os dias antecedentes. Segundo ele, o hábito estava por trás de muitas ditas certezas filosóficas e isto era um equívoco. Já os racionalistas como Descartes, Leibniz e Wolff, acreditavam que a razão poderia produzir conhecimentos a priori, isto é, sem passar pela experiência.
Para muitos, o projeto crítico de Immanuel Kant resolveu esta contenda, buscando estabelecer as condições para o conhecimento na Crítica da Razão Pura, para a ética na Crítica da Razão Prática e para a estética e a teleologia na Crítica da faculdade de julgar. A estética se preocupa com o que podemos sentir e a teleologia com o que podemos esperar, no sentido de finalidade da natureza. É importante ter em mente que o termo “Crítica”não diz respeito a um ataque, como a palavra em seu uso cotidiano pode sugerir. Mas sim a “condições de possibilidade para” a razão pura, a razão prática e a faculdade de julgar. Para que a filosofia possa se tornar um sistema científico.
O filósofo alemão da cidade de Koningsberg, que hoje pertence à Rússia, demonstrou que a realidade, tal como nós a conhecemos, é uma representação da nossa mente. Nós compreendemos a nossa existência a partir de categorias como tempo e espaço. Os objetos que nós vemos são representações da nossa mente de acordo com as próprias configurações dela, e não exatamente as coisas como elas são em si mesmas. Para Kant, a cognição humana se organiza em faculdades mentais. Existe a faculdade da razão, do entendimento e a faculdade de julgar. Diante de um fenômeno, nosso entendimento busca compreendê-lo, com auxílio da razão na criação de conceitos, ao passo que a imaginação cria uma representação do fenômeno em conformidade com a cognição humana. É assim que nos relacionamos com o mundo. Então podemos dizer que tudo o que vemos, percebemos e sentimos é mediado por esse filtro das nossas limitações constituintes. Ao mundo real, como gostamos de dizer, nós não temos acesso integral, segundo Kant.
Por isso, objetos metafísicos como alma, Deus e eternidade jamais poderiam ser tomados como reais objetos de investigação filosófica, uma vez que nossas limitações não permitem ter acesso a tais coisas. A metafísica não pode ser considerada uma ciência porque tenta tratar das essências de modo especulativo. Kant afirmou, em uma famosa passagem da Crítica da Razão Pura, que:
“A humanidade marcha sem descanso para questões que não podem ser resolvidas com o uso empírico da razão, nem por princípios que dela emanam”.
A filosofia kantiana tem um lema: “A razão só pode compreender o que ela mesma criou”. Isto desencadeou uma grande revolução na filosofia moderna, que orientou-se para uma direção subjetiva, do idealismo alemão que sucedeu Kant até a fenomenologia no século 20.
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Eu amo os Vídeos sobre, Kant.
Meu caro, seus vídeos são um trabalho formidável. Claro, objetivo, mas sem perder a riqueza do que se pretende passar.
Ótimo vídeo. Gosto desses temas mais técnicos. O canal do Mateus me parece que vai pelo rumo certo. Sem demagogias como outros canais que se dizem de filosofia e tratam de temas bastante banais. Parabéns!!
Matheus, vídeo muito legal! Parabéns. Gostaria de ver algo parecido, mas específico para Fichte, pois daí poderíamos comparar as sutilezas existentes com projeto kantiano, e também quais os pontos nos quais Fichte se afastou de Kant.
Sim! Vou trazer uma introdução a Fichte em breve
@@MatheusBenites Bom demais! Obrigado, Matheus.
Maravilhoso!!!
Pretende fazer mais vídeos assim de outros Filósofos?