Definição é a delimitação precisa do significado de algo. Nem Henry Bugalho, nem Jones Manoel foram felizes em fazer isso. É diferente de estabelecer sinônimo, caracterização, explicação -- embora todos esses recursos sirvam, em contextos menos formais, para as pessoas tentarem definir algo. Um requisito para definição é a diferenciação do termo definido em relação a termos semelhantes. E um importante critério negativo para definições é a tendência, ou seja, definições não podem ser tendenciosas - serem posicionamentos escondidos. Não veremos nada disso neste vídeo. O que analisarei são os critérios positivos para definições: características necessárias e suficientes. E principalmente: como proceder quando não há, conjuntamente, características necessárias e suficientes de algo a ser definido. Assista a estas aulas gratuitas se você quiser aprofundar a questão: *Como ser mais claro na sua fala: th-cam.com/users/liveW_LB0vJvO78?feature=share *Você comete esses erros ao falar de Filosofia? th-cam.com/users/liveehv3CsshiLA?feature=share
Opa, Professor Vitor! Me chamo Renato, tenho 23 anos e faço licenciatura em Química na UFRPE. Conheci seu canal no meio da pandemia e desde então, tenho devorado seus conteúdos disponibilizados no TH-cam! Fiz a leitura da Chauí e O mundo de sofia este ano enquanto assistia às suas aulas, e, como muitos já fizeram, também quero lhe a agradecer por nos trazer seus conteúdos em diversas plataformas. Me ajudou bastante a me conhecer melhor, refletir sobre algumas questões e até dentro do meio acadêmico, seja nas disciplinas mais "duras" e principalmente na área da educação. Obrigado, Professor!
O gatilho para discutir a definição de filosofia tá valendo e a explicação desse aspecto, embora não conclusiva, foi interessante. Mas para quem não sabe como o maracatu começou, a questão da treta foi a acusação feita por Jones Manuel de "simulação de conhecimento" da Gabriela Prioli e que teria, de certo modo, justificado a transformação da tradicional festa de São João nordestina em eventos sertanejo através do agronegócio. Acho que teria ficado nisso se ele, Jones, não tivesse e estendido a crítica de "simulação de conhecimento" a outros intelectuais que popularizam conhecimento no TH-cam, tais como Cortella, Karnal, Pondé e Clóvis Barros. Nesse ponto Bugalho interveio, até em causa própria, embora não tenha sido citado. Sem tirar o valor do que foi exposto neste vídeo, valeria a pena tratar filosoficamente do objeto em si: a simulação do conhecimento e seu papel no debate raso das ideias em tempos de redes sociais como fonte de informação.
Vitor, gosto muito dos seus vídeos. Acompanhei bastante durante a pandemia e estou retornando ao canal agora. Você faz muita diferença com a qualidade do seu trabalho. Muito obrigado.
Algo que me pergunto desde criança é o porquê a gente chama colher de colher e não de mesa? Tipo, o que determinou o nome de cada coisa, porque, afinal, quem veio primeiro, o atributo da coisa ou a coisa propriamente dita? Excelente canal ❤
Professor, eu sou linguista. Se me perguntar a definicao de /f/, eu posso fazer, mas jamais precisaria dela para usar este som perfeitamente ou saber que som ele e' no contexto linguistico. E o trabalho do linguista, e' o mesmo de todo e qualquer cientista, observar fenomenos, coletar dados, descrever, formar hipotese, enfim a aplicacao do metodo cientifico. Obrigada pela aula. Estou adorando este canal.
O Status Quaestionis impede que a definição de filosofia seja relativa, inclusive você usa nos minutos 22:47 a definição Bergsoniana de Filosofia e que é consenso. Embora, nada nos impeça de revisitar conceitos passados em caráter de estudo.
Filosofia é um esforço do intelecto (ou da razão, como preferir chamar) em apresentar, representar ou resolver problemas (aos quais se chega exclusivamente seja pela razão, seja pela união desta c/ a sensibilidade) da forma mais eficiente ou satisfatória disponível ao sujeito que exerce esse esforço. Tais problemas podem se tanto os que não estão no escopo da Ciência, quanto os que estão e, neste caso, o esforço deve considerar como ferramenta a ciência (ou as ciências) pertinente(s) ao problema a ser resolvido. Toda a história da Filosofia foi até hoje movida assim: esforços intelectuais tentando resolver problemas dos mais variados, é assim que as ciências naturais vão surgindo por exemplo e em grande medida, vão se tornando independentes da Filosofia, ao menos no que diz respeito à condução do(s) método(s) de caráter experimental. Por exemplo: quanto maior, mais complicado ou mais complexo for o problema que se coloca à razão, a tendência é que mais esforço intelectual p/ resolvê-lo eficiente ou satisfatoriamente, isto é, mais Filosofia seja necessário. Esse esforço pode ser exercido mentalmente, graficamente, audio-visualmente, criticamente, discursivamente, seja por qual meio ou de que forma for, desde que se trate de um esforço intelectual c/ todas as demais qualificações ou características que até aqui lhe foram atribuídas, trata-se de Filosofia.
Sobre não precisarmos saber sobre o significado das palavras para debatermos, lembrei que cada palavra tem um sentido denotativo e outro conotativo. Denotativo é o sentido literal, a definição completa do termo, enquanto a denotação se refere a questões próximas do termo, que o remetem. Por exemplo, coração. Coração no sentido denotativo é um órgão que bombeia sangue. Agora na denotação pode ser um órgão, o que faz um ser humano vivo, a representação do amor, a raiz de algo, etc. Outro exemplo, agora mais difícil, é o sentido conotativo da palavra justiça. Esse ainda está em disputa. Agora já a conotação de justiça pode ser igualdade, liberdade, direito, felicidade, pensar no próximo etc etc. É possível pensar em significados próximos, mas um concreto é muito difícil.
É muito difícil definir Filosofia sem deixar de fora os exemplos paradigmáticos, não sou eu, e talvez, ninguém contemporâneo a mim quem irá "cravar", de forma definitiva o que é Filosofia ou não. E nem precisa, basta que diferentes visões, do que é Filosofia, Justiça, beleza, arte, Literatura, convivam entre si, sem que a vaidade e o egoísmo suplantem essa diversidade. E para mim, Filosofia, ou pelo menos a boa Filosofia, é um pensamento, ou um conjunto de pensamentos e ideias rigorosas com o objetivo de se chegar a uma conclusão ou verdade não definitiva, fundamentada na razão e nas evidências concretas, o que e um desafio em relação a conceitos abstratos, como o amor.
Tentarei dar uma definição de pronto, sem pensar, para depois reformular afim de comparar a intuição com o raciocinio. Penso que a definição de filosofia é impossivel, tal como a conhecemos, pois não existe uma filosofia e sim várias filosofias, ou melhor dizendo várias formas de filosofar. Esse ato de filosofar se manifesta de diversas formas, sendo impossivel prever as futuras formas de que ele poderá se manifestar. Então penso que a filosofia é, com base eu seu movimento histórico, uma das manifestações da racionalidade, uma das formas de proceder da racionalidade, que atuaria tal como uma espécie de código-fonte e funcionaria tanto por meio da curiosidade especulativa quanto da tentativa racional de obter respostas. Eu definiria a Filosofia como: "O Ato de pensamento racional e intuitivo, no momento da investigação especulativa curiosa e desinteressada acerca de todos os fenomenos que podemos conceber e assimilar, com o intuito de conhecer, definir, demonstrar, conhecer e agir com base no conhecimento e na essência desses objetos". Defendo que essa definição é necessária, por que todas as filosofias que conheci até o momento tiveram essa forma de agir sob seus ditos filósofos e Suficiente pelo menos até o momento, já que as outras ciências ou se limitam ao racional e não focam em todos os fenômenos como a matemática ou tem objetos bem definidos. Não existe definição certa para a filosofia por que não existe limites para ela, para nós humanos até tem, mas para ela eu não sei se saberei um dia.
Muito bom professor, eu fiz alguns comentários adicionais na minha aba de comunidade sobre o seu vídeo, seria bacana dar uma olhadinha, talvez possa abordar algo relacionado ao que mencionei sobre taxonomia de definições futuramente em seu canal. Um abraço! Continue com o excelente trabalho professor, gosto bastante dos seus conteúdos(Que possuem uma pegada mais próxima de uma imparcialidade plena enquanto um ideal a ser buscado na divulgação dos conteúdos filosóficos).
Ótimas observações, David. Você tem razão sobre tudo basicamente - principalmente ao chamar atenção para o fato de não haver somente uma forma de definição. Você vê: ainda que eu tenha arranhado a casquinha da discussão, o vídeo levou 30min. Como o intuito era atingir um público leigo (meu objetivo no canal é esse aliás), resolvi introduzir o mínimo de jargão e nuance possível. Pelo que eu noto, o público do seu canal tende a ser mais iniciado. Penso que o aprofundamento se encaixaria mais aqui, exatamente como você propõe neste post. Para mim, pessoalmente agora, importa mais trabalhar com exemplos paradigmáticos que com definições. Creio que definições em geral tendem a ser fadadas ao fracasso, dada a natureza multicultural da prática filosófica. Mais ou menos como acontece também com a Literatura. Exemplos paradigmáticos para mim dão mais margem para conversa - ampliações, revisões e revoluções de o que se entende por filosofar.
@@istonaoefilosofia Perfeito professor! Fico muito feliz pela atenção. De fato as propostas dos nossos canais são um pouco distintas(E eu diria que sou menos imparcial do que você pela própria proposta do meu canal ser meio parcial já de cara) e a galera do meu canal de fato é um pouco mais "iniciada" como mencionou, ainda sim acho que vale a pena comentar sobre taxonomia das definições em algum momento no seu canal, seria muito bacana e eu com certeza recomendaria.
Boa tentativa! São, sem dúvidas, atributos necessários. Porém, não são suficientes. Em outras palavras, não bastam para definir Filosofia, em contraposição a outras áreas. Várias ciências também pensam, duvidam, indagam e tentam chegar à verdade da essência das coisas. E isto não as torna Filosofia. Mas, novamente: a tentativa foi boa.
Sou formado em filosofia e vi a postura dos dois como problemáticas também, mas não conseguiria colocar de forma tão bem como Vitor colocou. Meu principal ponto na treta foi que não há e nunca houve "filosofia" no singular, mas "filosofias", no plural. Daí os próprios filósofos e filosofantes que vão se arranjando nas suas discordâncias e complementações, formando o ethos que chamamos hoje genericamente de "filosofia". Eu chamo esse tipo de confusão de armadilha da definição. Há coisas que não conseguimos definir, mas elas são bastante concretas, e há outras que definimos bem mas elas não são nada tangíveis. Exemplo do primeiro caso: mulher. Dificilmente alguém consegue definir mulher de forma satisfatória e suficiente, porém, mulheres são seres bastante críveis. Deus, por outro lado, se define bem, mas não há nenhuma concretude ao seu respeito, exceto frases e ações em nome de tal palavra. Por isso querer definir algo muitas vezes é só uma armadilha ou um falso engajamento.
Boa, Everton. Fiquei curioso para saber a definição de Deus. Veja, definição no sentido rigoroso: características necessárias e suficientes. Qual seria?
@@istonaoefilosofia Na verdade eu falei do ponto de vista do senso comum: onipotente, onisciente, onipresente, inerrante e benevolente. Quis dizer que as pessoas definem muito bem, mesmo não tendo uma concretude. Mas eu sou ateu, não considero que "Deus" seja algo necessário em nenhum contexto, hehe.
@@evertondesantana729 Ah, entendi. Mas veja, dizer um atributo necessário de Deus não é o mesmo que dizer que Deus existe. Eu posso dizer um atributo necessário do Saci Pererê e, ainda assim, não defender a existência do Saci Pererê. Por exemplo, é necessário que, para ser Saci Pererê, a entidade seja negra, menino e não tenha uma perna. Percebe? São todos atributos necessários. Nenhum deles indica a existência (para além do mundo imaginativo) do Saci.
Arriscar... Parafraseando o nome do seu canal, uma delimitação não pode ser filosofia. Talvez a filosofia seja um mergulho da razão em uma encruzilhada de profundidades (lembrei meu estudo sobre a Umbanda). No microscópio, todas as definições parecem tornar-se permeáveis à filosofia. Mais que pensar, sinto a filosofia dessa forma. Talvez procurar referências faça mais sentido que procurar definições, até porque as próprias definições me parecem muito mais referenciais que delimitadas, ou seja, essas definições não são ou não deveriam ser camisas de força. A filosofia parece uma espécie de devir conceitual. Enfim, tentei um pouco de poesia para descrever. Divagando aqui. =] Gostei da aula.
Prof. Vitor, creio que sua ideia de que não é possível dizer o que é filosofia pelo que ela é, é consonante com a teoria do valor de Saussure. A teoria do valor postula que os signos linguísticos estão em uma relação negativa e diferencial entre si. Ou seja, o que define uma cadeira é justamente o que ela não é.
Operacionalmente, os termos-chave precisam ser definidos para que se possa durante uma análise ou discussão chegar a bom termo, especialmente quando se trata de questões sociológicas.
Uma pequena errata: Euclides, nos elementos, dá como definição de ponto "aquilo de que nada é parte". No entanto a questão da definição é difícil pq pra definir palavras vc precisa usar outras palavras tornando o raciocínio circular
Boa tentativa. Mas diria que essa definição deixa exemplos paradigmáticos de fora, como aqueles filósofos que não se concentraram nesses temas epistemológicos. Por exemplo, Heráclito, Parmênides e, contemporaneamente, Nietzsche.
Adorei o vídeo. Acrescento que além de tudo, a discussão entre os dois de maneira nenhuma é invalida, foram duas tentativas de definir algo indefinido ainda, e eu achei a discussão empolgante.😅
Estamos na era dos tudólogos de internet. Os caras entram em searas que não dominam, e as pessoas se confundem ao não saber separar o olhar científico ou teórico à opinião pessoal; ou, por outro lado, esses mesmos caras que tratam os assuntos confundem esses dois pontos (o pessoal e o profissional). Aí, já viu...treta pessoal. Ótima análise.
Tenho uma pergunta, não teria sido a filosofia única e exclusivamente uma tradição de pensamento da Grécia Clássica? Sendo assim possível estudar-la pela "ciencia da história"?
Boa tentativa! A definição porém necessita ser precisa o suficiente para delimitar o que é Filosofia, diferenciando-a de outras áreas. A sua definição poderia muito bem funcionar para as Ciências -- ou seja, é muito abrangente.
Devia ser possível definir qualquer coisa, incluindo a filosofia, sem incorrer na transgressão dos requisitos da necessidade e suficiência de uma definição: 1) É uma área do saber, 2) que através de uma reflexão sistemática, 3) tenta dar resposta a um tipo específico de questões ou problemas (considerados "problemas filosóficos"), 4) *nomeadamente* sobre (i) o que é a verdade (metafísica), (2) o que é conhecimento (gnoseologia/epistemologia), (3) o que é o bem (ética), (4) qual o sentido da vida (ontologia). Esta lista poderia continuar, com carácter não taxativo, versando as áreas a que as várias subdisciplinas da filosofia se dedicam (lógica, estética, Antropologia Filosófica, etc).
No vídeo, o professor mesmo falou que definir filosofia como 'sistemática' seria um erro, vez que Sócrates, por exemplo, não era nada sistemático, mas era um filósofo. Infelizmente não conseguimos definir várias coisas, razões pelas quais eu, particulamente, não encontro muito conforto na filosofia. As vezes, quando uma coisa pode ser 'tudo', ela acaba sendo 'nada'.
@@filosofiaantropologia-brun7808 Pois é, eu até hoje não vi uma definição satisfatória, mas fico feliz que tenha encontrado. Se quiser, compartilhe com a gente!
@@filosofiaantropologia-brun7808 Ainda assim, uma definição falível e incompleta, passível de aprimoramento e, de certo modo, de concretude. Queria muito que existisse uma definição precisa, mas não existe. Facilitaria muito se existisse!
@@filosofiaantropologia-brun7808 Você definiu como "síntese do conhecimento humano derivado das ciências da natureza e da cultura [...]" Síntese implica que ela abarca todo o conhecimento de forma "resumida", o que não acontece nem mesmo dentro das ciências. Além disso, você diz que ela deriva das ciências da natureza, quando é exatamente o oposto. A filosofia deu origem às ciências, não o contrário. Algo não pode ser e não ser ao mesmo tempo. O problema da definição, é que ela afasta todas as outras possibilidades. A própria filosofia questiona a possibilidade de se saber sobre tudo, inclusive sobre ela mesma. Vão sempre haver discussões.
Filosofia é a procura da definição o que seria a realidade e o que seria ilusão dentro da nossa consciencia...na melhor da hipóteses, ter em mente que deveríamos nos definir para definir os objetos e o outro, que estão a nossa volta. A desbanalização do banal.
Oi, Antônio. Sim, há aulas sobre o Husserl. Duas aulas, aliás. Elas estão no curso Filosofia Contemporânea: Fenomenologia, Hermenêutica e Existencialismo. Além do Husserl, abordo Merleau-Ponty, Edith Stein, Schleiermacher, Gadamer, Heidegger, Ortega y Gasset, Albert Camus, Simone de Beauvoir e Sartre. Esse curso, no entanto, não está disponível no TH-cam, apenas no Núcleo de Formação Filosófica. Se você quiser conhecer, é só clicar aqui: www.istonaoefilosofia.com.br/nucleo
@@istonaoefilosofia De quem é a definição de definição apresentada? "definição é a atribuição de significado de uma entidade que a ela confere atributos ao mesmo tempo necessários e suficientes"
Isso é bem próprio do final do século 20 e do século 21, a era da pós modernidade que dissolveu qualquer conceito objetivo de verdade kkkk Agora tudE é fluídE kkkk
Diria que é suficiente e necessário, e, define bem, filosofia, um método bastante sólido. Termo que por acaso aprendi em um canal que defende que, 'isto não é filosofia', 🤭mas em fim, uma ótima definição para filosofia necessária e suficiente é o método TEA!🤫 perdoe-me prof. por me apropriar de sua máxima 😇
O espectro de esquerda é outro nível. Olha o nível desse debate. @evertondesantana729 concordo contigo: a universalização do conceito gera muitos equívocos.
É outro "nivel" mesmo, um nível tão baixo que precisaríamos de uma escala especial para caracterizar esse "nível", se é que podemos dizer que a esquerda tem algum... Olavo tinha razão e sempre terá. Nesta contenda eu torço pela briga...
@@MarceloCP22vc cita um cara anti filosófico e charlatão por excelência e vem falar de nível? Olha o próprio umbigo reaça. Se é pra citar filósofos de direita, cite alguém que preste e ao menos se dá o trabalho de pensar
@@MarceloCP22 migo. Eu sou prof de Filosofia. Li o Olavo. Fiz o curso dele. Sei uma quantidade boa dos sofismas por ele elaborados. Não "paga" de cult aqui. De epistemologia sabemos bem para aplicar rasteira epistêmica em Otário - saberia de Seu Zé de Alagoas (se você não sabe quem é, deve ser porque está com a cabresto muito apertado apontado para o financiador do golpe militar de 64). Bem menos ralé da intelectualidade nacional. Aqui não.
@Mr09eduardo09 primeiro eu cito quem eu quiser, se você é um bom conhecedor da filosofia me explica por que sua "verdade" é melhor do que a minha, ou se a verdade de Platão é melhor do que a de Aristóteles, ou ainda existe a verdade absoluta... Realmente; "o mundo vai ser dominado pelos idiotas, não pela sua inteligência, Mas por sua quantidade." Carvalho, Olavo
Meu currículo lattes não é grande coisa, mas eu não me auto-intitulo nada. Já o Bugalho tem o lattes bem fraquinho e enche a boca pra falar que é filósofo
O bugalho tem jeito daquele cara que fez graduação em filosofia a 45 anos atrás, quase jubilou, terminou na base do empurrão e colou grau - mas aí desde então ele se apresenta como filósofo e é isso. Ele vive da credencial mas não sabe fazer o que supostamente saber explicar
Filosofia na, minha concepção e que filosofia não existe uma verdade absoluta e um método que nos, faz pensar sobre como as coisas funcionam? Sou uma iniciante, no mundo filosófico, comecei a ter uma experiência na filosofia, através de suas aulas. Me perdoe sobre o meu conceito sobre filosofia
Me pareceu uma tentativa de conceituar a filosofia de uma maneira metafísica, partindo de uma de uma categoria fixa. Mas e se olharmos de uma maneira dialética em que a filosofia é uma determinação histórica e, portanto, mutável? Assim,o que foi filosofia para Sócrates não seria filosofia hoje, por exemplo, como você disse a respeito de existir um método. Mas não deixa de ter sido filosofia no contexto dele e o reconhecemos como tal em um exercício não anacrônico. Pra mim, então, cabe observar o que é no nosso tempo filosofia. O mesmo raciocínio se aplica à determinação de arte. Será que a arte contemporânea seria considerada arte para os artistas renascentistas?
Professor, um questionamento. O que seriam "simuladores de conhecimento" em um cenário onde temos várias fontes de conhecimento e ninguém consegue apontar o que de fato seria "conhecer"? Além disso, acho que sair rotulando [vários] profissionais como "simuladores do conhecimento" não me parece construitivo e tampouco correto, afinal, são referências em suas respectivas áreas. Na minha visão, é o mesmo que chamar de "mentiroso". É fomentar um discurso violento e de ego.
@@G_1791 Não conheço todos, alguns apenas de nome. A Gabriela Prioli é especialista em Direto Penal. Ela é uma excelente oradora e divulgadora político-jurídica. A fala dela pode não conter uma grande reflexão filosófica, mas está 100% correta de acordo com o Direito, em especial o art. 5º, II, Constituição, que permite que se toque qualquer música em qualquer festa, independentemente de ser Natal, Páscoa, Festa de São João, ou Carnaval. Abraços.
@@caioct8589 interessante teu ponto, mas não responde minha pergunta: qual dos citados é referencia em sua repectiva area? Ser advogado e conhecer as leis tenho um amigo meu q faz igual, agora, ter artigos academicos, livros, ser citado como referencia em artigos e livros de pares, ser estudado na academia, entre outros é o q tornam alguém referencia em sua area. Obs: interessante tu citar uma lei q em nenhum momento foi citada pela Prioli
No entanto, acusou vários profissionais de "simuladores de conhecimento". Como ele pode afirmar isso sem sequer definir o que é conhecimento? Me pareceu bastante arrogante!
@@caioct8589 É lamentável que, mesmo com todo o conhecimento que ele possui, ou pelo menos com base nas capas de livros que ele apresenta, ele não tenha aprendido sobre o respeito e não o aplique.
@@caioct8589ele acusou o Karnal, um historiador renomado e professor universitário, de simular conhecimento. Eu garanto que ele jamais assistiu uma palestra inteira, leu um livro ou estudou algum trabalho do Karnal; se o fizesse não teria falado aquelas bobagens cobertas por vaidade e dogmatismo.
@@filosofiaantropologia-brun7808 O problema é que, quem analisa algo sempre o faz a partir de seu próprio ponto de vista, com uso de suas próprias ferramentas (dogmas, métodos, teorias etc.). Exemplifico: Do ponto de vista do Direito, a fala de Gabriela Prioli é totalmente coerente, ou melhor, legal, vez que está abarcada pelo ordenamento jurídico brasileiro. Afinal, pode-se tocar qualquer música em qualquer festa, não chegando a ser sequer uma preocupação do Direito tutelar essa conduta. JM pode analisar a retórica da Prioli do ponto de vista filosófico, econômico, etc. Porém, partir para violência do discurso, rotulando e desqualificando a pessoa, em um nível passível de lhe ferir a honra, é, no mínimo, má-fé. Dizer que alguém 'simula conhecimento' é equiparável a dizer que alguém 'mente', 'engana', 'deturpa', fere a honra e deixa de ser um discurso legítimo ou, até mesmo, legal.
@@filosofiaantropologia-brun7808 Mas em nenhum momento foi uma proposta minha analisar o argumento do JM do ponto de vista filosófico. Não tenho sequer meios para isso. Somente posso fazer uma análise no campo que me compete [o do Direito], razão pela qual eu falei que era problemático rotular pessoas como 'simuladores de conhecimento', vez que, independentemente da ratio utilizada, continuaria sendo uma atribuição de 'rótulo' e de cunho 'negativo', passível de ofender a honra de uma pessoa e, na minha visão, um discurso violento.
Horrível essa linha de argumentação; se os filósofos, que fazem filosofia, não são confiáveis ao tentar defini-la, quem seriam então mais capaz de fazê-lo? Se os filósofos não tiveram muito sucesso em definir o que é filosofia, quem você acha que teve? E quem é que vai decidir qual a definição mais adequada? Um leigo, alguém que não faz filosofia? Um aventureiro? Um tudólogo?
@@istonaoefilosofia eu assisti e não estou negando a validade da linha fundamental da sua sustentação não. Confesso que aprendi muito nesse vídeo, mas ainda assim não impede de eu ter algumas críticas sobre esse ou aquele ponto lateral ao cerne da questão posta. Por exemplo, você usou uma abordagem dentro de um campo de visão; nada impede que existam outras searas cujos métodos ou pontos de vista sustentem a validade dos argumentos do Jones Manoel. A meu ver o posicionamento dele acerca do objeto da Filosofia foi consistente com o método que ele defende, que é o materialismo científico. Essa idéia de que existe um padrão, do qual todo aquele que ousar divergir é visto como heterodoxo ou equivocado, me parece uma visão pueril; se assemelha muito àqueles estudantes de Gramática que resolvem questionar, por exemplo, o Cegalla por que ele não está de acordo com a NGB neste ou naquele ponto. Ora, se nem os gramáticos entram em acordo, é mais provável que não exista uma padronização naquele ponto!
Linguistas? Eu não sei como essa resposta não é óbvia. Há uma ciência inteira para estudar como as línguas funcionam, mas parece que a linguística é completamente proibida de entrar no que pertence a ela. Aliás, neste caso temos um problema semântico.
Nesse embate entre o Jones e o Henri, o que me pegou foi quando Jones citou os "filósofos" queridinhos do Brasil. Por um lado, entendo a importância de se popularizar a filosofia, trazendo assuntos do cotidiano e fazendo um diálogo com as ideias de pensadores e pensadoras do passado. Mas ao mesmo tempo, esses divulgadores são pagos para dar palestras em empresas, e para fazer programas de TV, o que não é errado, porém, o discurso deles nestes espaços, me soam muito alienantes. Não consigo dizer com a convicção do Jones que eles simulam conhecimento, mas questiono que tipo de ideias esses divulgadores fazem circular. Uma coisa é certa: por serem os queridinhos do Brasil, e serem aceitos em muitos espaços de destaque na mídia, seus discursos de forma alguma incomodam os que estão no poder. Que diria Sócrates desse pessoal ?
Parece que você confunde definições [discursos sobre o significado/análise de conceitos; em geral usando o operador de sinonímia] com caracterizações [mais específicamente, para o âmbito filosófico, aquelas que tem extensão modal (em geral, necessária)]. Ademais, parece que pelo menos metade de tais conceitos que definem a filosofia (como justiça ou bem) não são 'fundamentais' em nenhum sentido relevante
Na verdade, não. Definição é o que falei mesmo, ao menos em contextos formais. Sinonimia, análise de conceitos e discursos é outra coisa. E os exemplos que usei de termos fundamentais não são definições - como eu disse no vídeo - são casos paradigmáticos, isto é, exemplos. Você pode disputa-los, sem problemas. Exemplos paradigmáticos, a despeito do nome, não são irrefutáveis.
@@istonaoefilosofia em geral, se utiliza "definição" alvejando termos (conceitos, ou seja, entidades linguísticas); fala-se de maneira bastante natural "qual é a definição de "x"" e não "qual é a definição de x"?. em contextos lógico-formais, inclusive, o operador de sinonímia (:=) é intercambiavelmente usado como "definição". Mas, nem é a disputa de definição q é o importante aqui. a questão é definir confundir questões conceituais, que em geral se confinam a questões (intensionais ou extensionais) de um significado/palavra, com questão não-conceituais, em geral, sobre as condiçoes de instanciação de determinado universal (beleza, justiça, etc). 2. A minha questão sobre o escopo de substituição de X, em "o que é X" para definir filosofia, é sobre se "fundamentalidade" (o que já é uma propriedade bastante complicada) é adequada para minimamente definir tais tópicos
Eu concordo com você sobre a fundamentalidade como questão delicada. Mesmo. Só acho que debater ela no vídeo desviaria o propósito para outra questão e tornaria o vídeo, cujo público almejado é amplo, destinado a um público mais iniciado em Filosofia, como claramente é o seu caso, devido ao vocabulário que você domina.
Definição é a delimitação precisa do significado de algo. Nem Henry Bugalho, nem Jones Manoel foram felizes em fazer isso.
É diferente de estabelecer sinônimo, caracterização, explicação -- embora todos esses recursos sirvam, em contextos menos formais, para as pessoas tentarem definir algo. Um requisito para definição é a diferenciação do termo definido em relação a termos semelhantes. E um importante critério negativo para definições é a tendência, ou seja, definições não podem ser tendenciosas - serem posicionamentos escondidos. Não veremos nada disso neste vídeo. O que analisarei são os critérios positivos para definições: características necessárias e suficientes. E principalmente: como proceder quando não há, conjuntamente, características necessárias e suficientes de algo a ser definido.
Assista a estas aulas gratuitas se você quiser aprofundar a questão:
*Como ser mais claro na sua fala:
th-cam.com/users/liveW_LB0vJvO78?feature=share
*Você comete esses erros ao falar de Filosofia?
th-cam.com/users/liveehv3CsshiLA?feature=share
Em hipótese alguma ouvi do Professor qualquer dogmaticidade eu alguma definição hermética em sua aula. Foste muito feliz. Parabéns, Professor.
Opa, Professor Vitor! Me chamo Renato, tenho 23 anos e faço licenciatura em Química na UFRPE. Conheci seu canal no meio da pandemia e desde então, tenho devorado seus conteúdos disponibilizados no TH-cam! Fiz a leitura da Chauí e O mundo de sofia este ano enquanto assistia às suas aulas, e, como muitos já fizeram, também quero lhe a agradecer por nos trazer seus conteúdos em diversas plataformas. Me ajudou bastante a me conhecer melhor, refletir sobre algumas questões e até dentro do meio acadêmico, seja nas disciplinas mais "duras" e principalmente na área da educação. Obrigado, Professor!
O gatilho para discutir a definição de filosofia tá valendo e a explicação desse aspecto, embora não conclusiva, foi interessante. Mas para quem não sabe como o maracatu começou, a questão da treta foi a acusação feita por Jones Manuel de "simulação de conhecimento" da Gabriela Prioli e que teria, de certo modo, justificado a transformação da tradicional festa de São João nordestina em eventos sertanejo através do agronegócio. Acho que teria ficado nisso se ele, Jones, não tivesse e estendido a crítica de "simulação de conhecimento" a outros intelectuais que popularizam conhecimento no TH-cam, tais como Cortella, Karnal, Pondé e Clóvis Barros. Nesse ponto Bugalho interveio, até em causa própria, embora não tenha sido citado.
Sem tirar o valor do que foi exposto neste vídeo, valeria a pena tratar filosoficamente do objeto em si: a simulação do conhecimento e seu papel no debate raso das ideias em tempos de redes sociais como fonte de informação.
Que a "treta", simplesmente, CONTINUEEEEEE.
Vitor, gosto muito dos seus vídeos. Acompanhei bastante durante a pandemia e estou retornando ao canal agora. Você faz muita diferença com a qualidade do seu trabalho. Muito obrigado.
Bem-vindo de volta, Lucca!
Faltou o conceito de "Beleza", a ranger rosa desses heróis de Super Sentai! 🤩 kkkkkkk
Bão demais o vídeo, parabéns!
Sou da exata e amei sua explicação, gratidão.
Filosofia é a transformação da consciência por influência da realidade.
Como "filósofo" o Bugalho é um ótimo bagulho.
Faleci KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Segura esse conceito Bugalho: tou na fazendo dotorado no exterior mais nao quero trabalhar de garçom. kkkkkkkkkkkkkkk
😂😂😂😂😂
Algo que me pergunto desde criança é o porquê a gente chama colher de colher e não de mesa? Tipo, o que determinou o nome de cada coisa, porque, afinal, quem veio primeiro, o atributo da coisa ou a coisa propriamente dita?
Excelente canal ❤
Leia o livro a espécie fabuladora, ele fala muito sobre essa coisa que temos de dar sentido e nomes as coisas e o surgimento
Professor, eu sou linguista. Se me perguntar a definicao de /f/, eu posso fazer, mas jamais precisaria dela para usar este som perfeitamente ou saber que som ele e' no contexto linguistico. E o trabalho do linguista, e' o mesmo de todo e qualquer cientista, observar fenomenos, coletar dados, descrever, formar hipotese, enfim a aplicacao do metodo cientifico. Obrigada pela aula. Estou adorando este canal.
O Status Quaestionis impede que a definição de filosofia seja relativa, inclusive você usa nos minutos 22:47 a definição Bergsoniana de Filosofia e que é consenso. Embora, nada nos impeça de revisitar conceitos passados em caráter de estudo.
Filosofia é um esforço do intelecto (ou da razão, como preferir chamar) em apresentar, representar ou resolver problemas (aos quais se chega exclusivamente seja pela razão, seja pela união desta c/ a sensibilidade) da forma mais eficiente ou satisfatória disponível ao sujeito que exerce esse esforço. Tais problemas podem se tanto os que não estão no escopo da Ciência, quanto os que estão e, neste caso, o esforço deve considerar como ferramenta a ciência (ou as ciências) pertinente(s) ao problema a ser resolvido.
Toda a história da Filosofia foi até hoje movida assim: esforços intelectuais tentando resolver problemas dos mais variados, é assim que as ciências naturais vão surgindo por exemplo e em grande medida, vão se tornando independentes da Filosofia, ao menos no que diz respeito à condução do(s) método(s) de caráter experimental.
Por exemplo: quanto maior, mais complicado ou mais complexo for o problema que se coloca à razão, a tendência é que mais esforço intelectual p/ resolvê-lo eficiente ou satisfatoriamente, isto é, mais Filosofia seja necessário.
Esse esforço pode ser exercido mentalmente, graficamente, audio-visualmente, criticamente, discursivamente, seja por qual meio ou de que forma for, desde que se trate de um esforço intelectual c/ todas as demais qualificações ou características que até aqui lhe foram atribuídas, trata-se de Filosofia.
Sobre não precisarmos saber sobre o significado das palavras para debatermos, lembrei que cada palavra tem um sentido denotativo e outro conotativo. Denotativo é o sentido literal, a definição completa do termo, enquanto a denotação se refere a questões próximas do termo, que o remetem.
Por exemplo, coração. Coração no sentido denotativo é um órgão que bombeia sangue. Agora na denotação pode ser um órgão, o que faz um ser humano vivo, a representação do amor, a raiz de algo, etc.
Outro exemplo, agora mais difícil, é o sentido conotativo da palavra justiça. Esse ainda está em disputa. Agora já a conotação de justiça pode ser igualdade, liberdade, direito, felicidade, pensar no próximo etc etc.
É possível pensar em significados próximos, mas um concreto é muito difícil.
É muito difícil definir Filosofia sem deixar de fora os exemplos paradigmáticos, não sou eu, e talvez, ninguém contemporâneo a mim quem irá "cravar", de forma definitiva o que é Filosofia ou não.
E nem precisa, basta que diferentes visões, do que é Filosofia, Justiça, beleza, arte, Literatura, convivam entre si, sem que a vaidade e o egoísmo suplantem essa diversidade.
E para mim, Filosofia, ou pelo menos a boa Filosofia, é um pensamento, ou um conjunto de pensamentos e ideias rigorosas com o objetivo de se chegar a uma conclusão ou verdade não definitiva, fundamentada na razão e nas evidências concretas, o que e um desafio em relação a conceitos abstratos, como o amor.
Tentarei dar uma definição de pronto, sem pensar, para depois reformular afim de comparar a intuição com o raciocinio. Penso que a definição de filosofia é impossivel, tal como a conhecemos, pois não existe uma filosofia e sim várias filosofias, ou melhor dizendo várias formas de filosofar. Esse ato de filosofar se manifesta de diversas formas, sendo impossivel prever as futuras formas de que ele poderá se manifestar. Então penso que a filosofia é, com base eu seu movimento histórico, uma das manifestações da racionalidade, uma das formas de proceder da racionalidade, que atuaria tal como uma espécie de código-fonte e funcionaria tanto por meio da curiosidade especulativa quanto da tentativa racional de obter respostas. Eu definiria a Filosofia como: "O Ato de pensamento racional e intuitivo, no momento da investigação especulativa curiosa e desinteressada acerca de todos os fenomenos que podemos conceber e assimilar, com o intuito de conhecer, definir, demonstrar, conhecer e agir com base no conhecimento e na essência desses objetos". Defendo que essa definição é necessária, por que todas as filosofias que conheci até o momento tiveram essa forma de agir sob seus ditos filósofos e Suficiente pelo menos até o momento, já que as outras ciências ou se limitam ao racional e não focam em todos os fenômenos como a matemática ou tem objetos bem definidos. Não existe definição certa para a filosofia por que não existe limites para ela, para nós humanos até tem, mas para ela eu não sei se saberei um dia.
Muito bom professor, eu fiz alguns comentários adicionais na minha aba de comunidade sobre o seu vídeo, seria bacana dar uma olhadinha, talvez possa abordar algo relacionado ao que mencionei sobre taxonomia de definições futuramente em seu canal.
Um abraço! Continue com o excelente trabalho professor, gosto bastante dos seus conteúdos(Que possuem uma pegada mais próxima de uma imparcialidade plena enquanto um ideal a ser buscado na divulgação dos conteúdos filosóficos).
Ótimas observações, David. Você tem razão sobre tudo basicamente - principalmente ao chamar atenção para o fato de não haver somente uma forma de definição.
Você vê: ainda que eu tenha arranhado a casquinha da discussão, o vídeo levou 30min. Como o intuito era atingir um público leigo (meu objetivo no canal é esse aliás), resolvi introduzir o mínimo de jargão e nuance possível. Pelo que eu noto, o público do seu canal tende a ser mais iniciado. Penso que o aprofundamento se encaixaria mais aqui, exatamente como você propõe neste post.
Para mim, pessoalmente agora, importa mais trabalhar com exemplos paradigmáticos que com definições. Creio que definições em geral tendem a ser fadadas ao fracasso, dada a natureza multicultural da prática filosófica. Mais ou menos como acontece também com a Literatura.
Exemplos paradigmáticos para mim dão mais margem para conversa - ampliações, revisões e revoluções de o que se entende por filosofar.
@@istonaoefilosofia
Perfeito professor! Fico muito feliz pela atenção.
De fato as propostas dos nossos canais são um pouco distintas(E eu diria que sou menos imparcial do que você pela própria proposta do meu canal ser meio parcial já de cara) e a galera do meu canal de fato é um pouco mais "iniciada" como mencionou, ainda sim acho que vale a pena comentar sobre taxonomia das definições em algum momento no seu canal, seria muito bacana e eu com certeza recomendaria.
Eu não conhecia essa palavra doxofia, nem sei falar, adorei sua aula.
Parabéns pela aula, Professor.
Massa seu vídeo. mas eu gostaria mesmo de saber o que você acha do debate da gabriela priori com a astrid.
Olá, só pra saber mesmo... o senhor leu o livro do escritor Matt Haig, A Biblioteca da Meia-noite 🕛, ??? Obg pela aula professor.
Respondendo ao desafio,
Filosofia é pensar, duvidar, indagar e tentar chegar a verdade da essência das coisas.
Boa tentativa! São, sem dúvidas, atributos necessários. Porém, não são suficientes. Em outras palavras, não bastam para definir Filosofia, em contraposição a outras áreas. Várias ciências também pensam, duvidam, indagam e tentam chegar à verdade da essência das coisas. E isto não as torna Filosofia. Mas, novamente: a tentativa foi boa.
Filosofia é uma forma de conhecimento construído a partir do uso exclusivo da reflexão racional. Que tal, professor?
@@sergiusantos Boa tentativa. Mas abrangente demais. Sua definição inclui as Ciências.
Sou formado em filosofia e vi a postura dos dois como problemáticas também, mas não conseguiria colocar de forma tão bem como Vitor colocou. Meu principal ponto na treta foi que não há e nunca houve "filosofia" no singular, mas "filosofias", no plural. Daí os próprios filósofos e filosofantes que vão se arranjando nas suas discordâncias e complementações, formando o ethos que chamamos hoje genericamente de "filosofia".
Eu chamo esse tipo de confusão de armadilha da definição. Há coisas que não conseguimos definir, mas elas são bastante concretas, e há outras que definimos bem mas elas não são nada tangíveis. Exemplo do primeiro caso: mulher. Dificilmente alguém consegue definir mulher de forma satisfatória e suficiente, porém, mulheres são seres bastante críveis. Deus, por outro lado, se define bem, mas não há nenhuma concretude ao seu respeito, exceto frases e ações em nome de tal palavra.
Por isso querer definir algo muitas vezes é só uma armadilha ou um falso engajamento.
😅
Boa, Everton. Fiquei curioso para saber a definição de Deus. Veja, definição no sentido rigoroso: características necessárias e suficientes. Qual seria?
@@istonaoefilosofia Na verdade eu falei do ponto de vista do senso comum: onipotente, onisciente, onipresente, inerrante e benevolente. Quis dizer que as pessoas definem muito bem, mesmo não tendo uma concretude. Mas eu sou ateu, não considero que "Deus" seja algo necessário em nenhum contexto, hehe.
@@evertondesantana729 Ah, entendi. Mas veja, dizer um atributo necessário de Deus não é o mesmo que dizer que Deus existe. Eu posso dizer um atributo necessário do Saci Pererê e, ainda assim, não defender a existência do Saci Pererê. Por exemplo, é necessário que, para ser Saci Pererê, a entidade seja negra, menino e não tenha uma perna. Percebe? São todos atributos necessários. Nenhum deles indica a existência (para além do mundo imaginativo) do Saci.
@@istonaoefilosofia É verdade. Não tinha lembrando dessa variável lógica.
Arriscar...
Parafraseando o nome do seu canal, uma delimitação não pode ser filosofia. Talvez a filosofia seja um mergulho da razão em uma encruzilhada de profundidades (lembrei meu estudo sobre a Umbanda).
No microscópio, todas as definições parecem tornar-se permeáveis à filosofia. Mais que pensar, sinto a filosofia dessa forma. Talvez procurar referências faça mais sentido que procurar definições, até porque as próprias definições me parecem muito mais referenciais que delimitadas, ou seja, essas definições não são ou não deveriam ser camisas de força. A filosofia parece uma espécie de devir conceitual. Enfim, tentei um pouco de poesia para descrever. Divagando aqui. =]
Gostei da aula.
Dois marmanjos tretando por causa de uma patricinha.
Quen e a patricinha?
Prof. Vitor, creio que sua ideia de que não é possível dizer o que é filosofia pelo que ela é, é consonante com a teoria do valor de Saussure. A teoria do valor postula que os signos linguísticos estão em uma relação negativa e diferencial entre si. Ou seja, o que define uma cadeira é justamente o que ela não é.
17:50 E que tal um lencinho, professor? 😅
Um vídeo sucinto e bom. Obrigado.
Lacan deve ter feito bom uso dessa premissa de que "não precisa de definição". A palavra é.
Na minha opinião qualquer definição tem uma característica dogmática e autoritária. Isso se contrapõe, essencialmente, ao que é filosofar. S.M.J.
Operacionalmente, os termos-chave precisam ser definidos para que se possa durante uma análise ou discussão chegar a bom termo, especialmente quando se trata de questões sociológicas.
Olha a oratória desse rapaz, maaano
Uma pequena errata: Euclides, nos elementos, dá como definição de ponto "aquilo de que nada é parte". No entanto a questão da definição é difícil pq pra definir palavras vc precisa usar outras palavras tornando o raciocínio circular
O que tu acha do pessoal da alta linguagem?
A filosofia é a investigação conceitual e categorial do sujeito, do objeto e como eles relacionam, espero ter dado respondido a altura do desafio :)
Boa tentativa. Mas diria que essa definição deixa exemplos paradigmáticos de fora, como aqueles filósofos que não se concentraram nesses temas epistemológicos. Por exemplo, Heráclito, Parmênides e, contemporaneamente, Nietzsche.
Alguém aí sabe uma definição bem definida da definição de definição?🤔
Didática excelente.
O ChatGPT é capaz de filosofar?
E o que é um assento? Vamos nos colocar em uma discussão sem fim.
A ideia de semelhança de família daria alguma luz de conjuntos que formam a filosofia?
Qual exemplo paradigmático a ideia de "amigo da sabedoria" não abarca?
O o problema não é esse. O problema é que dentro desse rótulo cabe tudo, filósofos e não filósofos.
Adorei o vídeo. Acrescento que além de tudo, a discussão entre os dois de maneira nenhuma é invalida, foram duas tentativas de definir algo indefinido ainda, e eu achei a discussão empolgante.😅
Estamos na era dos tudólogos de internet. Os caras entram em searas que não dominam, e as pessoas se confundem ao não saber separar o olhar científico ou teórico à opinião pessoal; ou, por outro lado, esses mesmos caras que tratam os assuntos confundem esses dois pontos (o pessoal e o profissional). Aí, já viu...treta pessoal. Ótima análise.
Eles estão mais é para tretólogos😅
Tenho uma pergunta, não teria sido a filosofia única e exclusivamente uma tradição de pensamento da Grécia Clássica? Sendo assim possível estudar-la pela "ciencia da história"?
Estou cansado dos diplomados em Filosofia que se arvoram da condição de filósofos.
muito bom!
Filosofar é encontrar caminhos, inclusive para resolver as pendengas alheias.
Boa tentativa! A definição porém necessita ser precisa o suficiente para delimitar o que é Filosofia, diferenciando-a de outras áreas. A sua definição poderia muito bem funcionar para as Ciências -- ou seja, é muito abrangente.
Muito bom! ❤
Devia ser possível definir qualquer coisa, incluindo a filosofia, sem incorrer na transgressão dos requisitos da necessidade e suficiência de uma definição: 1) É uma área do saber, 2) que através de uma reflexão sistemática, 3) tenta dar resposta a um tipo específico de questões ou problemas (considerados "problemas filosóficos"), 4) *nomeadamente* sobre (i) o que é a verdade (metafísica), (2) o que é conhecimento (gnoseologia/epistemologia), (3) o que é o bem (ética), (4) qual o sentido da vida (ontologia). Esta lista poderia continuar, com carácter não taxativo, versando as áreas a que as várias subdisciplinas da filosofia se dedicam (lógica, estética, Antropologia Filosófica, etc).
No vídeo, o professor mesmo falou que definir filosofia como 'sistemática' seria um erro, vez que Sócrates, por exemplo, não era nada sistemático, mas era um filósofo. Infelizmente não conseguimos definir várias coisas, razões pelas quais eu, particulamente, não encontro muito conforto na filosofia. As vezes, quando uma coisa pode ser 'tudo', ela acaba sendo 'nada'.
@@filosofiaantropologia-brun7808 Pois é, eu até hoje não vi uma definição satisfatória, mas fico feliz que tenha encontrado. Se quiser, compartilhe com a gente!
@@filosofiaantropologia-brun7808 Ainda assim, uma definição falível e incompleta, passível de aprimoramento e, de certo modo, de concretude. Queria muito que existisse uma definição precisa, mas não existe. Facilitaria muito se existisse!
@@filosofiaantropologia-brun7808 Você definiu como "síntese do conhecimento humano derivado das ciências da natureza e da cultura [...]" Síntese implica que ela abarca todo o conhecimento de forma "resumida", o que não acontece nem mesmo dentro das ciências. Além disso, você diz que ela deriva das ciências da natureza, quando é exatamente o oposto. A filosofia deu origem às ciências, não o contrário. Algo não pode ser e não ser ao mesmo tempo. O problema da definição, é que ela afasta todas as outras possibilidades. A própria filosofia questiona a possibilidade de se saber sobre tudo, inclusive sobre ela mesma. Vão sempre haver discussões.
Filosofia é a procura da definição o que seria a realidade e o que seria ilusão dentro da nossa consciencia...na melhor da hipóteses, ter em mente que deveríamos nos definir para definir os objetos e o outro, que estão a nossa volta. A desbanalização do banal.
Excelente video!
Nem vou tentar 😂
Muito bom !!!
Muito esclarecedor. Professor no INEF existem aulas sobre a filosofia de Edmund Husserl ?
Oi, Antônio. Sim, há aulas sobre o Husserl. Duas aulas, aliás. Elas estão no curso Filosofia Contemporânea: Fenomenologia, Hermenêutica e Existencialismo. Além do Husserl, abordo Merleau-Ponty, Edith Stein, Schleiermacher, Gadamer, Heidegger, Ortega y Gasset, Albert Camus, Simone de Beauvoir e Sartre. Esse curso, no entanto, não está disponível no TH-cam, apenas no Núcleo de Formação Filosófica. Se você quiser conhecer, é só clicar aqui: www.istonaoefilosofia.com.br/nucleo
@@istonaoefilosofia De quem é a definição de definição apresentada? "definição é a atribuição de significado de uma entidade que a ela confere atributos ao mesmo tempo necessários e suficientes"
@@zofir6486 Vá até a aula que recomendo na descrição do vídeo. A bibliografia está toda lá.
Filosofia é aquela atividade humana que não se consegue estabelecer atributos necessários e suficientes para defini-la. Resolvido a questão 😂.
Isso é bem próprio do final do século 20 e do século 21, a era da pós modernidade que dissolveu qualquer conceito objetivo de verdade kkkk Agora tudE é fluídE kkkk
Boa tentativa. Mas isso também não é exclusivo da Filosofia, portanto não é uma definição. A Literatura também se enquadra nessa dificuldade.
@@Nina_S00 hahaha boa 😀
Kkkkkkk...
Tá mais ligada a atividade de pensar sobre os que já pensaram sob o ponto de vista filosófico da filosofia.
Diria que é suficiente e necessário, e, define bem, filosofia, um método bastante sólido. Termo que por acaso aprendi em um canal que defende que, 'isto não é filosofia', 🤭mas em fim, uma ótima definição para filosofia necessária e suficiente é o método TEA!🤫 perdoe-me prof. por me apropriar de sua máxima 😇
Hahaha! Eu queria que fosse, Koll, queria que fosse...
Oque é o método TEA ?
14:40 Método cartesiano...
Gostei...treta filosófica é muito bom...
Eles estão é confundindo alho com bugalho kkk
Mas, e se olhar para a história não do que os filósofos disseram sobre filosofia, mas os aspectos da filosofia como prática?
E não foi o que eu fiz?
Lembrei de Ludwig Joseph Johann Wittgenstein, em seus exemplos. O que é ótimo, por sinal.
O espectro de esquerda é outro nível. Olha o nível desse debate. @evertondesantana729 concordo contigo: a universalização do conceito gera muitos equívocos.
É outro "nivel" mesmo, um nível tão baixo que precisaríamos de uma escala especial para caracterizar esse "nível", se é que podemos dizer que a esquerda tem algum... Olavo tinha razão e sempre terá.
Nesta contenda eu torço pela briga...
@@MarceloCP22vc cita um cara anti filosófico e charlatão por excelência e vem falar de nível? Olha o próprio umbigo reaça. Se é pra citar filósofos de direita, cite alguém que preste e ao menos se dá o trabalho de pensar
@@MarceloCP22 migo. Eu sou prof de Filosofia. Li o Olavo. Fiz o curso dele. Sei uma quantidade boa dos sofismas por ele elaborados. Não "paga" de cult aqui. De epistemologia sabemos bem para aplicar rasteira epistêmica em Otário - saberia de Seu Zé de Alagoas (se você não sabe quem é, deve ser porque está com a cabresto muito apertado apontado para o financiador do golpe militar de 64). Bem menos ralé da intelectualidade nacional. Aqui não.
@Mr09eduardo09 primeiro eu cito quem eu quiser, se você é um bom conhecedor da filosofia me explica por que sua "verdade" é melhor do que a minha, ou se a verdade de Platão é melhor do que a de Aristóteles, ou ainda existe a verdade absoluta...
Realmente; "o mundo vai ser dominado pelos idiotas, não pela sua inteligência, Mas por sua quantidade." Carvalho, Olavo
@@MarceloCP22Olavo só sabia xingar, ele próprio era a métrica do nível baixo.
Perfeito
Meu currículo lattes não é grande coisa, mas eu não me auto-intitulo nada. Já o Bugalho tem o lattes bem fraquinho e enche a boca pra falar que é filósofo
O bugalho tem jeito daquele cara que fez graduação em filosofia a 45 anos atrás, quase jubilou, terminou na base do empurrão e colou grau - mas aí desde então ele se apresenta como filósofo e é isso. Ele vive da credencial mas não sabe fazer o que supostamente saber explicar
É difícil saber quem me irrita mais, se o Bagulho ou o Stalinista JM...
Nossa só agora que eu percebi que toda essa conversa tem a ver com o nome do teu canal kkk😅
"Treta"
Filosofia na, minha concepção e que filosofia não existe uma verdade absoluta e um método que nos, faz pensar sobre como as coisas funcionam? Sou uma iniciante, no mundo filosófico, comecei a ter uma experiência na filosofia, através de suas aulas. Me perdoe sobre o meu conceito sobre filosofia
👏🏼👏🏼👏🏼
Me pareceu uma tentativa de conceituar a filosofia de uma maneira metafísica, partindo de uma de uma categoria fixa. Mas e se olharmos de uma maneira dialética em que a filosofia é uma determinação histórica e, portanto, mutável? Assim,o que foi filosofia para Sócrates não seria filosofia hoje, por exemplo, como você disse a respeito de existir um método. Mas não deixa de ter sido filosofia no contexto dele e o reconhecemos como tal em um exercício não anacrônico. Pra mim, então, cabe observar o que é no nosso tempo filosofia. O mesmo raciocínio se aplica à determinação de arte. Será que a arte contemporânea seria considerada arte para os artistas renascentistas?
Professor, um questionamento. O que seriam "simuladores de conhecimento" em um cenário onde temos várias fontes de conhecimento e ninguém consegue apontar o que de fato seria "conhecer"? Além disso, acho que sair rotulando [vários] profissionais como "simuladores do conhecimento" não me parece construitivo e tampouco correto, afinal, são referências em suas respectivas áreas. Na minha visão, é o mesmo que chamar de "mentiroso". É fomentar um discurso violento e de ego.
Só um ponto que eu observaria no teu comentario: quais dos "simuladores de conhecimento" q o Jones citou é referencia em alguma area?
Simulador de conhecimento é a forma educada de chamar de sofista ou mentiroso sem o risco de levar um processo
@@lodic6359 Exato, apenas mais uma forma de praticar a violência no discurso. O que é, na minha visão, igualmente problemático.
@@G_1791 Não conheço todos, alguns apenas de nome. A Gabriela Prioli é especialista em Direto Penal. Ela é uma excelente oradora e divulgadora político-jurídica. A fala dela pode não conter uma grande reflexão filosófica, mas está 100% correta de acordo com o Direito, em especial o art. 5º, II, Constituição, que permite que se toque qualquer música em qualquer festa, independentemente de ser Natal, Páscoa, Festa de São João, ou Carnaval. Abraços.
@@caioct8589 interessante teu ponto, mas não responde minha pergunta: qual dos citados é referencia em sua repectiva area? Ser advogado e conhecer as leis tenho um amigo meu q faz igual, agora, ter artigos academicos, livros, ser citado como referencia em artigos e livros de pares, ser estudado na academia, entre outros é o q tornam alguém referencia em sua area. Obs: interessante tu citar uma lei q em nenhum momento foi citada pela Prioli
❤❤❤
Isto É Filosofia....não define, mas deixa claro o que é.
Eu posso não ter conhecimento suficiente para definir o que é filosofia, mas tenho sabedoria suficiente para não tentar fazê-lo, assim como JM fez.
No entanto, acusou vários profissionais de "simuladores de conhecimento". Como ele pode afirmar isso sem sequer definir o que é conhecimento? Me pareceu bastante arrogante!
@@caioct8589 É lamentável que, mesmo com todo o conhecimento que ele possui, ou pelo menos com base nas capas de livros que ele apresenta, ele não tenha aprendido sobre o respeito e não o aplique.
@@caioct8589ele acusou o Karnal, um historiador renomado e professor universitário, de simular conhecimento. Eu garanto que ele jamais assistiu uma palestra inteira, leu um livro ou estudou algum trabalho do Karnal; se o fizesse não teria falado aquelas bobagens cobertas por vaidade e dogmatismo.
@@filosofiaantropologia-brun7808 O problema é que, quem analisa algo sempre o faz a partir de seu próprio ponto de vista, com uso de suas próprias ferramentas (dogmas, métodos, teorias etc.). Exemplifico: Do ponto de vista do Direito, a fala de Gabriela Prioli é totalmente coerente, ou melhor, legal, vez que está abarcada pelo ordenamento jurídico brasileiro. Afinal, pode-se tocar qualquer música em qualquer festa, não chegando a ser sequer uma preocupação do Direito tutelar essa conduta. JM pode analisar a retórica da Prioli do ponto de vista filosófico, econômico, etc. Porém, partir para violência do discurso, rotulando e desqualificando a pessoa, em um nível passível de lhe ferir a honra, é, no mínimo, má-fé. Dizer que alguém 'simula conhecimento' é equiparável a dizer que alguém 'mente', 'engana', 'deturpa', fere a honra e deixa de ser um discurso legítimo ou, até mesmo, legal.
@@filosofiaantropologia-brun7808 Mas em nenhum momento foi uma proposta minha analisar o argumento do JM do ponto de vista filosófico. Não tenho sequer meios para isso. Somente posso fazer uma análise no campo que me compete [o do Direito], razão pela qual eu falei que era problemático rotular pessoas como 'simuladores de conhecimento', vez que, independentemente da ratio utilizada, continuaria sendo uma atribuição de 'rótulo' e de cunho 'negativo', passível de ofender a honra de uma pessoa e, na minha visão, um discurso violento.
Estudar Filosofia com o Vitor é necessário e suficiente para aprender Filosofia
Estamos juntos, Édson!
Horrível essa linha de argumentação; se os filósofos, que fazem filosofia, não são confiáveis ao tentar defini-la, quem seriam então mais capaz de fazê-lo? Se os filósofos não tiveram muito sucesso em definir o que é filosofia, quem você acha que teve? E quem é que vai decidir qual a definição mais adequada? Um leigo, alguém que não faz filosofia? Um aventureiro? Um tudólogo?
Você não entendeu absolutamente nada do que eu disse. Assista ao vídeo de novo.
@@istonaoefilosofia eu assisti e não estou negando a validade da linha fundamental da sua sustentação não. Confesso que aprendi muito nesse vídeo, mas ainda assim não impede de eu ter algumas críticas sobre esse ou aquele ponto lateral ao cerne da questão posta. Por exemplo, você usou uma abordagem dentro de um campo de visão; nada impede que existam outras searas cujos métodos ou pontos de vista sustentem a validade dos argumentos do Jones Manoel. A meu ver o posicionamento dele acerca do objeto da Filosofia foi consistente com o método que ele defende, que é o materialismo científico. Essa idéia de que existe um padrão, do qual todo aquele que ousar divergir é visto como heterodoxo ou equivocado, me parece uma visão pueril; se assemelha muito àqueles estudantes de Gramática que resolvem questionar, por exemplo, o Cegalla por que ele não está de acordo com a NGB neste ou naquele ponto. Ora, se nem os gramáticos entram em acordo, é mais provável que não exista uma padronização naquele ponto!
Linguistas? Eu não sei como essa resposta não é óbvia. Há uma ciência inteira para estudar como as línguas funcionam, mas parece que a linguística é completamente proibida de entrar no que pertence a ela. Aliás, neste caso temos um problema semântico.
Nesse embate entre o Jones e o Henri, o que me pegou foi quando Jones citou os "filósofos" queridinhos do Brasil. Por um lado, entendo a importância de se popularizar a filosofia, trazendo assuntos do cotidiano e fazendo um diálogo com as ideias de pensadores e pensadoras do passado. Mas ao mesmo tempo, esses divulgadores são pagos para dar palestras em empresas, e para fazer programas de TV, o que não é errado, porém, o discurso deles nestes espaços, me soam muito alienantes. Não consigo dizer com a convicção do Jones que eles simulam conhecimento, mas questiono que tipo de ideias esses divulgadores fazem circular. Uma coisa é certa: por serem os queridinhos do Brasil, e serem aceitos em muitos espaços de destaque na mídia, seus discursos de forma alguma incomodam os que estão no poder. Que diria Sócrates desse pessoal ?
Professor, você acabou de mostrar para todo mundo o método de Sócrates, para em seguida dizer que Sócrates não tinha método? Fala sério!
Você não faz a mínima ideia de o que é método num contexto formal, faz?
@@istonaoefilosofia será? Isso é por sua conta.
"A filosofia é o exílio voluntário entre montanhas geladas". Bugalho, Henry.
No passado, as tretas já foram entre um Cassirer e um Heidegger. Hoje em dia são entre Manoel e Bugalho.... Cada época com as tretas que merece, neh?!
Poxa, será que perdemos coisas na qualidade dessa treta?
Parece que você confunde definições [discursos sobre o significado/análise de conceitos; em geral usando o operador de sinonímia] com caracterizações [mais específicamente, para o âmbito filosófico, aquelas que tem extensão modal (em geral, necessária)]. Ademais, parece que pelo menos metade de tais conceitos que definem a filosofia (como justiça ou bem) não são 'fundamentais' em nenhum sentido relevante
Na verdade, não. Definição é o que falei mesmo, ao menos em contextos formais. Sinonimia, análise de conceitos e discursos é outra coisa. E os exemplos que usei de termos fundamentais não são definições - como eu disse no vídeo - são casos paradigmáticos, isto é, exemplos. Você pode disputa-los, sem problemas. Exemplos paradigmáticos, a despeito do nome, não são irrefutáveis.
@@istonaoefilosofia em geral, se utiliza "definição" alvejando termos (conceitos, ou seja, entidades linguísticas); fala-se de maneira bastante natural "qual é a definição de "x"" e não "qual é a definição de x"?. em contextos lógico-formais, inclusive, o operador de sinonímia (:=) é intercambiavelmente usado como "definição".
Mas, nem é a disputa de definição q é o importante aqui. a questão é definir confundir questões conceituais, que em geral se confinam a questões (intensionais ou extensionais) de um significado/palavra, com questão não-conceituais, em geral, sobre as condiçoes de instanciação de determinado universal (beleza, justiça, etc).
2. A minha questão sobre o escopo de substituição de X, em "o que é X" para definir filosofia, é sobre se "fundamentalidade" (o que já é uma propriedade bastante complicada) é adequada para minimamente definir tais tópicos
Eu concordo com você sobre a fundamentalidade como questão delicada. Mesmo. Só acho que debater ela no vídeo desviaria o propósito para outra questão e tornaria o vídeo, cujo público almejado é amplo, destinado a um público mais iniciado em Filosofia, como claramente é o seu caso, devido ao vocabulário que você domina.
❤❤❤