Quando aprendi sobre materialiadade do discurso desenvolvendo meu TCC passei a ser muito crítico das minhas nerdices em especial com os casos dos animadores japoneses que vira e mexe são chamados de preguiçosos online, mas quando vê qualquer documentário ou depoimento de como trabalham não tem como não ficar com raiva das empresas e os fãs que estão discutindo que o cabelo do Goku não esta brilhando direito
Nossa que bom que não é só eu que penso assim, parece que na comunidade otaku isso é pior porque realmente toda temporada se lançam toneladas de animes ''medíocres'', mas raramente vejo alguém questionando: quem animou isso dorme direito, tem tempo pra si? O autor desse mangá sequer teve prazo pra pensar num roteiro decente, de desenhar como queria? Como artista amador, eu sei como é difícil passar dias trabalhando numa arte só pra ouvir que ficou uma bosta, isso faz parte do processo de ser artista e é algo que temos que aprender a lidar, as pessoas não são obrigadas a ligar pros nossos sentimentos. Mas nem consigo imaginar a dor de ter que dedicar sua vida a isso, não conseguir produzir algo bom simplesmente porque você é um escravo que perdeu sua alma a muito tempo. Precisamos urgente de uma reforma trabalhista no japão e uma reforma ética na comunidade otaku.
Total. Ou quando empresas de games fazem crunch e o jogo sai uma porcaria e os acionistas com dinheiro no bolso. Eu tenho visto inclusive q esse debate vem melhorando. As pessoas estao percebendo que a exploração estraga os produtos e isso quebra akele velho discurso de fanboy alienado gritando nos comentarios para passar pano ora corporação de estimação.
Sim, a crítica materialista marxista realmente aborda as condições materiais em que a obra foi criada, mas ela aborda também a relação entre as condições materiais socialmente existentes com a obra. O que significa, entre outras coisas, enxergar a relação entre personagens, enredos, lugares, etc., com possíveis consortes reais. Na verdade, a crítica marxista estuda a relação entre superestrutura e estrutura. Sem separar ambas.
O processo material histórico e cultural que nos conduzirá aos triunfos da crítica materialista. O equilíbrio corajoso é tudo. Até a vitória sempre! ✊🏼
Aprecio e valorizo ambos os tipos de crítica, tanto a materialista quanto a que prefere se debruçar sobre aspectos estéticos; se o crítico atravessar as duas tendências, melhor ainda. A minha crítica à crítica materialista é que, em alguns casos, ela se dedica tanto à infraestrutura que acaba por perder de vista seu suposto objeto de análise (a obra de arte). Nesse sentido, existem críticas que acabam sendo sobre tudo, menos sobre arte. Em alguns casos, os tais "críticos" demonstram inclusive grave deficiência em sua formação como espectador. É o crítico de quadrinhos que pouco entende de quadrinhos, que é insensível aos mesmos. Para eles, a arte é apenas uma muleta, um pretexto para falar de qualquer outro assunto, normalmente político, normalmente da moda.
Concordo em partes, porém, anular o material é atribuir um significado puramente metafísico a arte. Não existe arte quando um indivíduo isolado, fora de sua sociedade. Eu, pessoalmente, tendo muito mais a uma analise materialista do que interpretações subjetivas e idealistas, pq acredito que sejamos fruto de nosso meio e o livre arbítrio ou alma não existem. Na estética Hegeliana, por exemplo, apesar da dialética histórica, a definição da arte enquanto expressão sensível da ideia (espírito), sempre vai ter problemas, tanto que para sua filosofia, a arte teria acabado no romantismo. O que é claro uma decisão arbitrária. (Claro q Hegel é bem mais complexo q isso e ele msm reconhece a possibilidade de retorno da arte, mas, termos abstratos e metafísicos são sempre limitantes a qualquer compreensão).
Realmente, acredito que esses críticos materialistas estão desviando da análise da obra em si mas, pressuponho que esse desvio que "acaba por perder de vista seu suposto objeto de análise (a obra de arte)" é por conta das ideologias pós-estruturalistas e/ou pós-modernas que se consolidaram a partir da década de 70 pra frente. Essas visões pegam as categorias marxianas e hegelianas de analise material e como tipico destas correntes, utilizam a lógica dessas teorias, focam na subjetividade, na individualidade, e acabam por fim criando "um pretexto para falar de qualquer outro assunto, normalmente político, normalmente da moda". Não só na arte isso ocorre mas em qualquer lugar, críticas desse tipo são vazias e não dizem nada, nunca criticam a estrutura e o que gerou aquilo, não é focada no objeto (para marx esse objeto é a mercadoria por exemplo) mas sim nas perspectivas subjetivas que muitas vezes não tem nada haver com a analise -vide exemplo do video, do seriado She-Hulk, analisam o CGI ruim mas esquecem das condições de trabalho do pessoal da computação gráfica para ficar desse jeito-. Enfim, não acredito que seja culpa da crítica materialista marxiana em si mas de uma perspectiva que desvia e foca no subjetivo, critica essa muito presente em círculos da esquerda liberal , liberais, canais de direita, enfim, pessoal que fala só do cheiro de lavanda da capinha do mangá, faz uma "crítica social" mas manda aquela história pessoal e subjetiva de "menino charlinho" sofrido que andava 50km por dia pra ir pra escola, esquecem da história e não analisam a infraestrutura e a superestrutura que gera esse produto de arte. (não sou da área de artes, por favor me corrija se necessário, posso ter falado muita bobagem, única coisa que li foi Marx, Lukács alguns livros de crítica literária, alguns textos de crítica de HQ e mangá por causa deste lindo canal chamado QnS).
@@narutovpsr1 Talvez não tenha me feito entender muito bem, mas a minha posição de maneira alguma se propõe a opor (ou a contrastar) à crítica materialista uma crítica necessariamente idealista. Perceba que se um crítico se atêm à estética, esta estética emana da materialidade da obra, o que configura, em alguma medida, um tipo de "materialismo" (análises formalistas, estruturalistas e fenomenológicas entram nesta abordagem). No vídeo, quando Alexandre se refere ao materialismo, ele é bastante específico ao associá-lo ao marxismo e ao conceito de infraestrutura, quer dizer, às condições materiais implicadas na produção e na recepção das obras de arte - algo que costuma não interessar tanto às perspectivas supracitadas, que privilegiam a estética (ou mesmo a narratologia), ainda que se atendo ao plano material. É por isto que críticas estéticas e materialistas (no sentido infraestrutural) são complementares. E também é por isto que uma crítica que se quer materialista, caso perca de vista a materialidade da obra mesma, acaba divagando para longe dela.
@João Henrique Oswald E eu concordo com você, essa é uma das bases da teoria crítica. Tem um livro que gosto muito chamado História social da arte e da literatura, do marxista Arnolde Hauser e ele reconhece um caráter metafísico da arte, mas, nunca negando a predominância do materialismo. Claro, acho tb importante dizer, que o materialismo marxista foi criado como uma ferramenta, portanto com um objetivo claro, qual seja, a emancipação da classe trabalhadora e superação do capitalismo. O debate estético, infelizmente, não atende ao potencial transformador é muito mais um estudo, normalmente analisando o passado. Não acredito que seja um erro a analise materialista ou equivocada, ainda acredito que seja a melhor ferramenta para a compreensão da realidade, o q não significa q seja a única. Ao mesmo tempo, acho que é perigoso ser materialista e metafísico ao mesmo tempo, pq, além da contradição paradoxal, o idealismo sempre se desenvolverá por uma conveniência interpretativa, como os imperativos categóricos de Kant.
@@warrah9414 Concordo contigo. A pretexto de "desconstruir" ou "problematizar" houve uma forte guinada para o subjetivismo barato, de pura afetação, muitas vezes derivado de leituras bastante mal feitas de filósofos conhecidos como pós-estruturalistas ou pós-modernos. Como consequência, as análises perderam o rigor e se tornaram contraproducentes, tanto do ponto de vista acadêmico, quanto do ponto de vista crítico. É o tal do "Foucault californiano" de que fala Rosi Braidotti, ao se referir à infeliz apropriação americana do pensamento foucaultiano. É por isto que às vezes o sujeito interessado acaba até sentindo um certo preconceito em relação a estes autores, que têm sim o seu valor, apesar das más derivações. A propósito, Lukács é um exemplo emblemático de filósofo que conseguia fazer crítica materialista sem jamais perder o olhar sensível para as artes.
Pra quem trampa com criação é muito massa ter essa visão, às vezes você se prende muito em tentar agradar uma galerinha que é muito é folgada, fazem umas análises gratuitas e no fim n contribuem pra PN.
Show!!! Creio que é importante uma "crítica" que enriqueça uma leitura, no caso dos quadrinhos, que contribua trazendo diferentes aspectos das obras e de sua produção. Do contrário, tende a ser propaganda disfarçada ou hype de exploração do algoritmo.
Certos aspectos da crítica atual colocada aqui - bem interessante, aliás - foi intensificado pela Internet: tanto a covardia quanto o esvaziamento, a falta de embasamento, o impressionismo altamente subjetivo. A crítica como a de Ruskin ou a de Poe no século XIX - conservadoras, mas materialistas, de fato - me parece quase impossível na Internet, ainda mais na cultura pop…
Cheguei no seu canal pela indicação de um amigo sobre o vídeo anterior, sobre a erotização da violência sexual, e amei o canal! Você conseguiu dar nomes pra coisas que sempre me incomodaram nesse mercado de reviews de quadrinhos, livros e filmes, e que eu não sabia nomear. Muito obrigado e seguirei por aqui! Força aí no trabalho!
Ótimo vídeo.Vejo muito acontecer na comunidade anime e manga.quando gostam ou não gostam obra,que for consenso geral acaba recebendo críticas e ataques.lembrou uma vez que defende Violet evergarden pois o pessoal estava criticando por ser muito melodramático e ser episodico...sendo que isso era que constituída a obra.critival ela só por existir.
o critico que eu PRECISO ver é vc irmão kkkkk! Mesmo eu descordando ou achando que você pode ser um tanto soberbo e ambicioso demais as vezes, você me mostra um ponto de vista diferente sobre certos pontos! Isso é muito importante para eu crescer como ser humano, te admiro por isso e te desejo sucesso sempre meu querido!
Vou ter que rever o video outra hora. Tava vendo com a minha namorada e na metade do vídeo (quando falou do cachorro) começamos a discutir se o godzilla roncava
Eu valorizo bastante pessoas como por exemplo o Araújo do canal capslock que por mais que fique bastante na superestrutura consegue dar sua visão particular de uma maneira sempre interessante, assim como gosto muito do Elba do canal fazendo nerdice que SEMPRE mostra a infraestrutura e como a superestrutura está intremeada com a infra, passando sempre um conteúdo bem completo e bem revisado
Essa crítica de superestrutura é maçante. Todo mundo faz a mesma coisa. Tanto que vários canais não rendem mais pq são mais do mesmo. Essa crítica à infraestrutura é muito importante para podermos avaliar o nosso mundo ao redor e tbm pôde-se dizer que é uma forma de vc se diferenciar…Mas com cuidado pq precisamos nos preservar tbm. Por isso esse canal é tão importante. Ele não tem rabo preso com ninguém, ele é literalmente independente graças aos apoiadores. Parabéns Alexandre. Não conhecia essas estruturas e realmente essa é uma informação libertadora. Foda!!! Que o QNS siga firme e forte.
Falando um pouco do que eu aprendi da matéria de crítica cinematográfica na faculdade, existem vários tipos de crítica, que vai desde o mais superficial ao que pode ser chamado de critico acadêmico que geralmente só é visto ou lido por pessoas do meio, até porque muito provavelmente usará jargões que só quem tá no meio conhece. Enfim, por que falei isso: Primeiro, que aprendemos que todo tipo de crítica é válida. Porém um dos maiores problemas é que esses críticos mais superficiais tendem a ser muito mais ouvidos e levados a sério, ainda mais quando as pessoas estão tão engajadas no famoso "não bote politica no meu gibi" ou "é só algo pra entreter, para de viajar e falar essas merdas", ou o que eu mais 'gosto' "se não gostou faz melhor. Pra ser crítico não precisa estudar eu em, ainda mais essas coisas como cinema ou gibi que e tentativa e erro, tem que estudar nada não". As vezes eu acho que as pessoas não sabem os tipos de crítica, para que uma crítica serve e o que ela deveria esperar e acompanhar. Uma crítica superficial não é problema e pode ser muito divertida de ler ou assistir, dependendo de como é feita. Enquanto uma crítica mais "séria" você pode aprender algo ou até abrir espaço para discutir algo da sociedade (tem crítica que serve para usar o objeto, filme, jogo, gibi, o que for, como um "pretexto" para abrir uma reflexão e discussão como machismo, racismo, e por ai vai, para fazer as pessoas realmente pararem e refletir aquele tema). E todos tem seu valor, mas as pessoas colocam os valores errados, principalmente quando querem invalidar aqueles que se arriscam a usar da crítica para abrir reflexões e discussões. As vezes eu penso se talvez o público não devesse parar e ouvir mais para entender as propostas de cada tipo de crítica e entender que aquele cara "chato" que tá problematizando tá tentando abrir um pouco os olhos para as coisas, seja um problema social, uma discussão ou até um problema do próprio meio de produção. Interessante seu vídeo.
Nossa, eu amo tanto Ratatouille! Meu filme preferida da Pixar... A última frase do Anton Ego me arrepia E embarga minha garganta de uma maneira... Nossa! Perfeição de filme!
Eu não gosto de webtons porque elas incentivam uma leitura sem pensamento. Você apenas fica passando as páginas para baixo rapidamente sem prestar atenção no que está acontecendo.
Tá chegando aos 50 em?!... já que ó senhor está fazendo vídeo sobre filme dá Disney podia fazer também vídeos sobre o seriado South Park, tem muita coisa importante lá para ser comentado!!
Eu acredito que o materialismo tem que ser usado pra se analisar alto. Atualmente eu ando pensando muito nisso. Gostei muito do seu ponto. Eu sou marxista e acho que é importante não ficar pisando em ovos.
Raymond Williams tem análises materialistas da cultura que pegam tudo, da infraestrutura à superestrutura. Recomendo sua crítica à poesia campestre e ao romance novelesco da Inglaterra em "O campo e a cidade".
ótimo vídeo, como de costume. parabéns senti um pouco falta de indicação de bons críticos, estes estão sempre precisando de mais visibilidade, até mesmo pela condição à eles imposta como descrito no seu vídeo. Forte abraço!
Isso que Você falou em relação aos críticos, principalmente no meio de quadrinhos faz muito sentido. Quando é para "criticar" o objeto, que muitos nem fazem isso direito, mais elogiam do quê tudo, esses ditos críticos tem as pencas, agora um gibituber para criticar o meio, alguém que critique eventos como a CCXP ou a Amazon ou alguma editora, pouquíssimos tem culhões. Acompanho alguns canais há algum tempo e alguns até parecem ser literalmente comprados, no sentido em que tem medo de perder a amizade ou parceria com essas empresas. Acho que ter o rabo preso te inviabiliza como crítico de qualquer coisa.
A discussão também pode ser feita a partir de referenciais do Pierre Bourdieu, principalmente aqueles discutidos em "A distinção". Acho que são mais coerentes e certeiros do que uma crítica materialista, embora o Bourdieu use noções como capital, mas de outro modo. "A distinção" é uma obra sobre crítica social do julgamento do gosto e não sei se você já leu. E em outros escritos ele fala em "detentores de capital simbólico", "Voz autorizada", "habitus", "reprodução" e "campo", noções que servem para ultrapassar esse lance de super/infraestrutura. E ultrapassa esse lance pelo fato dessas noções muitas vezes não informarem nada sobre práticas concretas. Exemplificando e dando nomes aos bois: Há alguns anos o André Pereira da UFMG apresentou a tese ""Uma mão lava a outra": crowdfunding e novas formas de produzir quadrinhos no Brasil". Na tese praticamente todos os entrevistados disseram que para ter êxito no meio tinham que cultivar boas relações (ou seja, não tensionar tanto, ser cordial, seguir cartilhas) e ter proximidade com o Sidão. O Sidão aparece na tese como uma variável, como uma categoria e não apenas como sujeito dentro do campo. É uma figura que acaba tendo legitimidade, "Uma voz autorizada", e isso é expresso na e pela fala dos entrevistados (O surgimento mesmo das Graphic MSP pode ser visto como uma apropriação do cenário independente para que as coisas que deveriam mudar nada mudem). Da mesma forma temos vozes autorizadas dentro da tradução de quadrinhos, que é meramente comercial, pouco atenta com critérios de valorização de culturas e domesticadora num nível que mutila obras e impõe posicionamentos moralistas aos autores. O habitus no meio é basicamente esse e há um campo bem estabelecido que tenta eliminar práticas totalmente alheias...e creio que os "críticos" (vide o casal FDP e vários canais do TH-cam) que temos são pessoas totalmente sintonizadas com esse campo e agem para reproduzir e manter essas práticas "como elas devem ser", na concepção de quem tem mais poder simbólico.
Uma crítica crítica crítica é a que enxerga o problema da crítica crítica, pois até nela faltam indicações que a fundamentem. Sabe que hoje só se critica o crítico carente de apontamentos, uma vez categorizadas as insuficiências dessa crítica acrítica (e mostradas as possíveis condições que porventura tenham-nas produzido), mas não se ele é orientado com soluções que o fizessem alcançar um patamar de crítica state of the art e se afastar desse estado crítico de criticar sem critérios críticos. Essa educação é o que está ausente hoje no que se lê, ouve e vê internet afora e cuja tônica crítica mal ultrapassa o imediatismo do "não gostei".
Excelente vídeo Alexandre, como sempre. Eu tenho vontade de me tornar um crítico de cinema, quadrinhos e arte no geral mas muitas vezes me desanimo pela quantidade de conteúdo superficial que satura essa área. Você poderia me indicar alguns livros ou autores para poder me aprofundar mais sobre crítica e realmente produzir críticas relevantes?
Eu tô fazendo um trabalho de escola sobre o Pré-Modernismo e vi muito disso nos sites e documentos que falam sobre, mas um dos melhores que eu li, sobre a visão mercadológica e como ela moldou o modernismo brasileiro, ele cria uma magnum opus incrível "Somos apenas uma cultura mórbida, que é feita apenas de homens e livros." Eu achei isso tão impactante que cravou na minha cabeça.
Excelente vídeo, como de costume. Acho que vou passar a semana inteira refletindo sobre os criticos que eu acompanho... e também como eu mesmo critico os produtos que eu consumo.
Já faz um bom tempo que não vejo um vídeo com uma abordagem tão sensata, clara e ao mesmo tempo visceral sobre o universo da crítica (do que há de bom e de ruim nesse sentido). Para mim o que falta no contingente enorme de pseudo críticos atualmente é formação. Falo de formação não no sentido acadêmico mas no sentido de vivência e busca pelo conhecimento. No meu caso o que me fez querer ver além do jardim e me aprofundar em leitura textual de modo geral em tudo que é forma de expressão, agregar estudos de História, Filosofia da Arte e Semiologia, foi o meu inconformismo em ter a compreensão da minha própria limitação cognitiva e crítica. O processo a partir disso não acaba, a emancipação da consciência requer exercício e busca contínua, não dá para ter autonomia de pensamento vendo o mundo através de um ponto de ideia fixa e superficial.
Ce é foda mesmo. Cada video sempre abrindo e iluminando facetas que, eu pelo menos na minha ignorância nunca perceberia. E sim, os vídeos são claros e informativos, da para entender perfeitamente
Isso é muito visível entre os TH-camrs de games!!!! Edit: o único canal que vi fazer um pouco disso foi o Nautilus, no podcast deles... Trazendo questões relativas às condições de trabalho na indústria dos games
Concordo em gênero, número e grau no que disse no vídeo Linck, mas se não me engano, o Crítico do filme só favorece o restaurante, porque a comida que ele prova é parecida com a que ele comia na infância. Isso pra mim é uma forma do filme dizer que, para AQUELE crítico a comida é boa, isso por conta que ela lhe traz nostálgia. Isto é, a crítica leva em conta a vivência do crítico, o que vc disse muito bem no Confins do universo que participou. Resumindo: sua análise foi estupenda, mas no filme em questão existe detalhes a mais que traz o questionamento mais aprofundado sobre a "personalidade" da crítica. Seu canal é foda!!!!
Muito bom vídeo! Me lembrou um do canal entreplanos que vem nessa toada. Mas apenas para ficar claro, a crítica que você fez ao Druuna, no sentido de ser uma perspectiva masculina e sensualizada de cenas de abuso sexual seria um exemplo de crítica materialista? Afinal, foi produzido em um contexto machista e é fruto de uma cultura erótica que objetifica a mulher.
Toda crítica é materialista, seja pela manutenção ou pela mudança, quando reclamam da CG She-hulk com certeza vai ter uma galera tomando chibatada pra melhorar sem ganhar um centavo extra, tendo q trabalhar bem mais. Amo seu conteúdo. PS fala de x-men
Sobre o campo da crítica artística, eu sempre tenho uma dificuldade imensa em falar se uma obra é boa ou ruim. Para mim, é muito mais fácil fazer um texto de 5 páginas fazendo uma puta crítica a um produto (independente do tipo) do que apontar, simplesmente, com raríssimas exceções, se aquilo é bom ou ruim. As vezes bate aquela coisa do "qual de fato a minha opinião sobre isso", sentindo que analisar cruamente uma obra ou apontar uma referência ou conceito que ninguém viu ali não é algo vindo de mim, mas também me deprime críticas como a que fizeram com a She-Hulk. É importante falar se você gosta ou não da coisa em questão, mas falar também o motivo, cacete.
Muito bom o crítico ao meu ver pode ser alguém em um estado seguro que reforça de forma polêmica algo muito repetitivo ou alguém que funciona como um arqueologo.
Rapaz! Tava "pensando" aqui...esses vídeos de prof Link não são mais resenhas/críticas, são Eventos kkkk. A galera (materialista ou não) que gosta e que não- gosta fica aguardando ansiosamente o Evento kkkkk. Ao menos é a minha socialista e franciscana percepção kkkkk. Eu gosto e preciso do crítico que me incomoda quando eu leio/escuto, O Infraestrutural.
Grato pelo vídeo Alexandre, pois consegui entender e separar os críticos. Vale ressaltar que alguns "críticos" começam colocando o dedo na ferida e disparando para todos os lados até começarem a receber algum "cachê" e se tornarem críticos APENAS de superestrutura, pq aí "rendem o rabo deles"... e coisas assim.
Ótima explicação teórica e excelente analogia com Ego, mas o problema desse tipo de análise é que ela fica no "ar". Vc, no vídeo, fala para mim, mas com quem vc está discutindo? Quem são os teus interlocutores? Dar nome aos bois seria um ato de coragem? Seria abrir uma 'diálogo' com eles? O medo de ser 'excluído' é maior que o desejo da clareza e do debate explicito? Eu não sei as respostas.
Eu sempre sou chamado de louco quando crítico que o preço do gibi tá alto por uma série de fatores atuais e de anos atrás, parte deles do próprio público, e não simplesmente porque as editoras resolveram que sim. Sempre soube que era porque eu coloco o dedo na ferida, mas nunca imaginei que tinha um nome pra isso. Vídeo excelente.
Achei esse um dos teus melhores vídeos. Vejo poucas pessoas fazendo crítica de verdade. Principalmente no meio político. Cada um fica com a sua panelinha medindo palavras e filtrando fatos apenas pra não desagradar sua tribo.
Excelente vídeo! A tua crítica ao Omelete e a organização da CCXP foi uma crítica materialista e, por isso mesmo, gerou tanta repercussão. Se fosse meramente uma crítica à forma do evento, certamente não teria causado o mesmo burburinho…
Descobri esse canal recentemente e tenho curtido muito as análises. Mas uma crítica a um artista que, em especial, curto muito, tem me deixado incomodado. Não desmerecendo o canal, mas este vídeo expõe sua contradição me dando um conforto a mais para permanecer nele.
Sempre respeito quem cita Tio Karlitos..rs... sobre a estética, é interessante que cabe a crítica... o problema pode ser termos uma crítica pobre/vazia, como essa do CG da Mulher-Hulk, ou pode ser sobre os significados da imagem. O problema de fundo, na minha impressão totalmente particular, é que não interessa pro Mercado discussões com senso crítico elevado em qualquer assunto. Afinal, quanto mais rasteiro o debate, sobre qualquer assunto, mais fácil de controlar a narrativa.
Cara, é exatamente por este tipo de reflexão que você provoca que sigo teu canal. Me dá uma preguiça da enorme maioria de yoututbers, porque as análises de livros, filmes, gibis, séries e o caramba a quatro, além de uma estética infantil, não são capazes de ir além do óbvio.
Melhor filme da pixar, extremamente subestimado, passou desapercebido na época mas o subtexto dele está mais atual do q nunca, acho que vale uma análise no canal ein
Acabei de ver alguns críticos (que até acompanho e respeito inclusive) comemorando o fato de estar na banca da CCXP. Na hora pensei "será que a crítica feita pelo QNS mudou algo?". Aí topo com esse vídeo e vejo tua lucidez de outsider. Fico me perguntando se é possível fazer uma crítica legítima estando no jogo. Talvez estar de fora (ou em outro meio, afinal estamos sempre em algo) seja o caminho para uma crítica menos contaminada pelo oba oba que domina o meio. Mas e o CGI da Mulher-Hulk hein! Quando sai o vídeo do somelier de trailer?! 🤣🤣🤣
Não é a toa que Nietzsche incomodava kkk.Discussão super importante, pois precisamos de mais ácides nas críticas na cultura pop,pois infelizmente o universo nerd virou refúgio de adulto infantilizado.
curti pra caramba a critica, principalmente pelas referencias que elas trazem
2 ปีที่แล้ว +1
Vou ter que discordar, acho que as criticas cinematográficas deveriam ser relativas a arte, explicar a arte, mostrar os filmes vagabundos ou com traços vagabundos, criados pela pela indústria cinematográfica, que se preocupa mais nos ganhos financeiros do que na produção de boas obras de arte. Mas também mostrar os filmes bem orquestrados, mestres nas falas em entrelinhas, belos em montagem e entusiasmantes em roteiro. Critica à infraestrutura é importante? Sim, pois expõe os problemas causados pela exploração do trabalhador, ou causados pela disparidade de renda entre as produções. Mas ela não dispensa a critica a arte de maneira nenhuma, independente das condições de produção, o resultado final é algo que deva ser avaliado, e então, louvado ou vaiado pelos seus erros e acertos cinematográficos, independente de se os trabalhadores trabalharam 16 horas por dia ou o que seja. A questão da infraestrutura é como o próprio nome diz, estrutural, e não relativas a filmes específicos. Alguém pode chamar atenção para essas bandeiras através de um filme especifico? Sim, mas não é esse o trabalho da critica da arte, quem faz critica de arte assina um compromisso com a arte, e não é obrigação dele falar dos problemas da indústria ao ponto de chamá-lo de "covarde" por não fazê-lo. Seria como culpar um vendedor de sapatos por não explicar para os compradores que o sapato foi feito por mão de obra escrava. Enfim, o resumo é, na minha opinião: A critica a infraestrutura não substitui a critica a arte, diria que são complementares, mas não excludentes. Peço perdão se tenha entendido algum ponto do seu discurso errado, gostei do vídeo, me chamou atenção para novos pontos de vista. E DEIXANDO BEM CLARO: não estou defendendo critica vagabunda, só estou dizendo que o trabalho de um critico de arte é com relação ao encanto pela arte e não com problemas sociais, e não há problema nisso, não podemos jogar a responsabilidades pelos problemas da nossa sociedade em quem é mais fácil de culpar.
Lembrando que Marx sempre relaciona a superestrutura com a infraestrutura sem separar uma da outra e toda nossa produção cultural, social, religiosa vem de como produzimos, de toda nossas condições e necessidades materiais e claro da ideologia da classe dominante de cada período histórico.
APOIE-NOS no Catarse, ajude a Sarjeta a continuar independente, conheça as recompensas!
www.catarse.me/quadrinhosnasarjeta
Quando aprendi sobre materialiadade do discurso desenvolvendo meu TCC passei a ser muito crítico das minhas nerdices em especial com os casos dos animadores japoneses que vira e mexe são chamados de preguiçosos online, mas quando vê qualquer documentário ou depoimento de como trabalham não tem como não ficar com raiva das empresas e os fãs que estão discutindo que o cabelo do Goku não esta brilhando direito
Nossa que bom que não é só eu que penso assim, parece que na comunidade otaku isso é pior porque realmente toda temporada se lançam toneladas de animes ''medíocres'', mas raramente vejo alguém questionando: quem animou isso dorme direito, tem tempo pra si? O autor desse mangá sequer teve prazo pra pensar num roteiro decente, de desenhar como queria? Como artista amador, eu sei como é difícil passar dias trabalhando numa arte só pra ouvir que ficou uma bosta, isso faz parte do processo de ser artista e é algo que temos que aprender a lidar, as pessoas não são obrigadas a ligar pros nossos sentimentos. Mas nem consigo imaginar a dor de ter que dedicar sua vida a isso, não conseguir produzir algo bom simplesmente porque você é um escravo que perdeu sua alma a muito tempo. Precisamos urgente de uma reforma trabalhista no japão e uma reforma ética na comunidade otaku.
Total. Ou quando empresas de games fazem crunch e o jogo sai uma porcaria e os acionistas com dinheiro no bolso. Eu tenho visto inclusive q esse debate vem melhorando. As pessoas estao percebendo que a exploração estraga os produtos e isso quebra akele velho discurso de fanboy alienado gritando nos comentarios para passar pano ora corporação de estimação.
Quando eu tive esse estalo, também mudou a forma como eu enxergo essas obras. No meu caso foi com hunterxhunter
@@guintterbom gosto do cacete meu camarada.
Sim, a crítica materialista marxista realmente aborda as condições materiais em que a obra foi criada, mas ela aborda também a relação entre as condições materiais socialmente existentes com a obra. O que significa, entre outras coisas, enxergar a relação entre personagens, enredos, lugares, etc., com possíveis consortes reais. Na verdade, a crítica marxista estuda a relação entre superestrutura e estrutura. Sem separar ambas.
Concordo demais! Parece que boa parte dos críticos esqueceu que analisar o porquê daquela obra existir é tão relevante quanto analisar o enredo dela.
O processo material histórico e cultural que nos conduzirá aos triunfos da crítica materialista. O equilíbrio corajoso é tudo. Até a vitória sempre! ✊🏼
Aprecio e valorizo ambos os tipos de crítica, tanto a materialista quanto a que prefere se debruçar sobre aspectos estéticos; se o crítico atravessar as duas tendências, melhor ainda. A minha crítica à crítica materialista é que, em alguns casos, ela se dedica tanto à infraestrutura que acaba por perder de vista seu suposto objeto de análise (a obra de arte). Nesse sentido, existem críticas que acabam sendo sobre tudo, menos sobre arte. Em alguns casos, os tais "críticos" demonstram inclusive grave deficiência em sua formação como espectador. É o crítico de quadrinhos que pouco entende de quadrinhos, que é insensível aos mesmos. Para eles, a arte é apenas uma muleta, um pretexto para falar de qualquer outro assunto, normalmente político, normalmente da moda.
Concordo em partes, porém, anular o material é atribuir um significado puramente metafísico a arte. Não existe arte quando um indivíduo isolado, fora de sua sociedade.
Eu, pessoalmente, tendo muito mais a uma analise materialista do que interpretações subjetivas e idealistas, pq acredito que sejamos fruto de nosso meio e o livre arbítrio ou alma não existem. Na estética Hegeliana, por exemplo, apesar da dialética histórica, a definição da arte enquanto expressão sensível da ideia (espírito), sempre vai ter problemas, tanto que para sua filosofia, a arte teria acabado no romantismo. O que é claro uma decisão arbitrária.
(Claro q Hegel é bem mais complexo q isso e ele msm reconhece a possibilidade de retorno da arte, mas, termos abstratos e metafísicos são sempre limitantes a qualquer compreensão).
Realmente, acredito que esses críticos materialistas estão desviando da análise da obra em si mas, pressuponho que esse desvio que "acaba por perder de vista seu suposto objeto de análise (a obra de arte)" é por conta das ideologias pós-estruturalistas e/ou pós-modernas que se consolidaram a partir da década de 70 pra frente. Essas visões pegam as categorias marxianas e hegelianas de analise material e como tipico destas correntes, utilizam a lógica dessas teorias, focam na subjetividade, na individualidade, e acabam por fim criando "um pretexto para falar de qualquer outro assunto, normalmente político, normalmente da moda". Não só na arte isso ocorre mas em qualquer lugar, críticas desse tipo são vazias e não dizem nada, nunca criticam a estrutura e o que gerou aquilo, não é focada no objeto (para marx esse objeto é a mercadoria por exemplo) mas sim nas perspectivas subjetivas que muitas vezes não tem nada haver com a analise -vide exemplo do video, do seriado She-Hulk, analisam o CGI ruim mas esquecem das condições de trabalho do pessoal da computação gráfica para ficar desse jeito-. Enfim, não acredito que seja culpa da crítica materialista marxiana em si mas de uma perspectiva que desvia e foca no subjetivo, critica essa muito presente em círculos da esquerda liberal , liberais, canais de direita, enfim, pessoal que fala só do cheiro de lavanda da capinha do mangá, faz uma "crítica social" mas manda aquela história pessoal e subjetiva de "menino charlinho" sofrido que andava 50km por dia pra ir pra escola, esquecem da história e não analisam a infraestrutura e a superestrutura que gera esse produto de arte. (não sou da área de artes, por favor me corrija se necessário, posso ter falado muita bobagem, única coisa que li foi Marx, Lukács alguns livros de crítica literária, alguns textos de crítica de HQ e mangá por causa deste lindo canal chamado QnS).
@@narutovpsr1 Talvez não tenha me feito entender muito bem, mas a minha posição de maneira alguma se propõe a opor (ou a contrastar) à crítica materialista uma crítica necessariamente idealista. Perceba que se um crítico se atêm à estética, esta estética emana da materialidade da obra, o que configura, em alguma medida, um tipo de "materialismo" (análises formalistas, estruturalistas e fenomenológicas entram nesta abordagem). No vídeo, quando Alexandre se refere ao materialismo, ele é bastante específico ao associá-lo ao marxismo e ao conceito de infraestrutura, quer dizer, às condições materiais implicadas na produção e na recepção das obras de arte - algo que costuma não interessar tanto às perspectivas supracitadas, que privilegiam a estética (ou mesmo a narratologia), ainda que se atendo ao plano material. É por isto que críticas estéticas e materialistas (no sentido infraestrutural) são complementares. E também é por isto que uma crítica que se quer materialista, caso perca de vista a materialidade da obra mesma, acaba divagando para longe dela.
@João Henrique Oswald E eu concordo com você, essa é uma das bases da teoria crítica. Tem um livro que gosto muito chamado História social da arte e da literatura, do marxista Arnolde Hauser e ele reconhece um caráter metafísico da arte, mas, nunca negando a predominância do materialismo.
Claro, acho tb importante dizer, que o materialismo marxista foi criado como uma ferramenta, portanto com um objetivo claro, qual seja, a emancipação da classe trabalhadora e superação do capitalismo. O debate estético, infelizmente, não atende ao potencial transformador é muito mais um estudo, normalmente analisando o passado.
Não acredito que seja um erro a analise materialista ou equivocada, ainda acredito que seja a melhor ferramenta para a compreensão da realidade, o q não significa q seja a única. Ao mesmo tempo, acho que é perigoso ser materialista e metafísico ao mesmo tempo, pq, além da contradição paradoxal, o idealismo sempre se desenvolverá por uma conveniência interpretativa, como os imperativos categóricos de Kant.
@@warrah9414 Concordo contigo. A pretexto de "desconstruir" ou "problematizar" houve uma forte guinada para o subjetivismo barato, de pura afetação, muitas vezes derivado de leituras bastante mal feitas de filósofos conhecidos como pós-estruturalistas ou pós-modernos. Como consequência, as análises perderam o rigor e se tornaram contraproducentes, tanto do ponto de vista acadêmico, quanto do ponto de vista crítico. É o tal do "Foucault californiano" de que fala Rosi Braidotti, ao se referir à infeliz apropriação americana do pensamento foucaultiano. É por isto que às vezes o sujeito interessado acaba até sentindo um certo preconceito em relação a estes autores, que têm sim o seu valor, apesar das más derivações. A propósito, Lukács é um exemplo emblemático de filósofo que conseguia fazer crítica materialista sem jamais perder o olhar sensível para as artes.
Pra quem trampa com criação é muito massa ter essa visão, às vezes você se prende muito em tentar agradar uma galerinha que é muito é folgada, fazem umas análises gratuitas e no fim n contribuem pra PN.
Show!!! Creio que é importante uma "crítica" que enriqueça uma leitura, no caso dos quadrinhos, que contribua trazendo diferentes aspectos das obras e de sua produção. Do contrário, tende a ser propaganda disfarçada ou hype de exploração do algoritmo.
Certos aspectos da crítica atual colocada aqui - bem interessante, aliás - foi intensificado pela Internet: tanto a covardia quanto o esvaziamento, a falta de embasamento, o impressionismo altamente subjetivo. A crítica como a de Ruskin ou a de Poe no século XIX - conservadoras, mas materialistas, de fato - me parece quase impossível na Internet, ainda mais na cultura pop…
Cheguei no seu canal pela indicação de um amigo sobre o vídeo anterior, sobre a erotização da violência sexual, e amei o canal! Você conseguiu dar nomes pra coisas que sempre me incomodaram nesse mercado de reviews de quadrinhos, livros e filmes, e que eu não sabia nomear. Muito obrigado e seguirei por aqui! Força aí no trabalho!
Ótimo conteúdo. Nunca vi alguém analisar quadrinhos/filmes de super-heróis como você faz em seu canal
A função da crítica no capitalismo é basicamente ser um guia de consumo, descrevendo se a obra vale ou não seu tempo e dinheiro.
Ótimo vídeo.Vejo muito acontecer na comunidade anime e manga.quando gostam ou não gostam obra,que for consenso geral acaba recebendo críticas e ataques.lembrou uma vez que defende Violet evergarden pois o pessoal estava criticando por ser muito melodramático e ser episodico...sendo que isso era que constituída a obra.critival ela só por existir.
o critico que eu PRECISO ver é vc irmão kkkkk! Mesmo eu descordando ou achando que você pode ser um tanto soberbo e ambicioso demais as vezes, você me mostra um ponto de vista diferente sobre certos pontos! Isso é muito importante para eu crescer como ser humano, te admiro por isso e te desejo sucesso sempre meu querido!
Eu penso o mesmo.
Vou ter que rever o video outra hora. Tava vendo com a minha namorada e na metade do vídeo (quando falou do cachorro) começamos a discutir se o godzilla roncava
Eu valorizo bastante pessoas como por exemplo o Araújo do canal capslock que por mais que fique bastante na superestrutura consegue dar sua visão particular de uma maneira sempre interessante, assim como gosto muito do Elba do canal fazendo nerdice que SEMPRE mostra a infraestrutura e como a superestrutura está intremeada com a infra, passando sempre um conteúdo bem completo e bem revisado
O Elba e o Araújo conseguem me prender em videos de 1 hora, especialmente pra mim que tenho tdah é incrível
1:45 a boca desse sujeito é um cemitério de gênios. Ele mata as pessoas com palavras. como foi o que aconteceu com o chef gusteau
Essa crítica de superestrutura é maçante. Todo mundo faz a mesma coisa. Tanto que vários canais não rendem mais pq são mais do mesmo.
Essa crítica à infraestrutura é muito importante para podermos avaliar o nosso mundo ao redor e tbm pôde-se dizer que é uma forma de vc se diferenciar…Mas com cuidado pq precisamos nos preservar tbm. Por isso esse canal é tão importante. Ele não tem rabo preso com ninguém, ele é literalmente independente graças aos apoiadores. Parabéns Alexandre. Não conhecia essas estruturas e realmente essa é uma informação libertadora. Foda!!! Que o QNS siga firme e forte.
Falando um pouco do que eu aprendi da matéria de crítica cinematográfica na faculdade, existem vários tipos de crítica, que vai desde o mais superficial ao que pode ser chamado de critico acadêmico que geralmente só é visto ou lido por pessoas do meio, até porque muito provavelmente usará jargões que só quem tá no meio conhece. Enfim, por que falei isso:
Primeiro, que aprendemos que todo tipo de crítica é válida. Porém um dos maiores problemas é que esses críticos mais superficiais tendem a ser muito mais ouvidos e levados a sério, ainda mais quando as pessoas estão tão engajadas no famoso "não bote politica no meu gibi" ou "é só algo pra entreter, para de viajar e falar essas merdas", ou o que eu mais 'gosto' "se não gostou faz melhor. Pra ser crítico não precisa estudar eu em, ainda mais essas coisas como cinema ou gibi que e tentativa e erro, tem que estudar nada não".
As vezes eu acho que as pessoas não sabem os tipos de crítica, para que uma crítica serve e o que ela deveria esperar e acompanhar. Uma crítica superficial não é problema e pode ser muito divertida de ler ou assistir, dependendo de como é feita. Enquanto uma crítica mais "séria" você pode aprender algo ou até abrir espaço para discutir algo da sociedade (tem crítica que serve para usar o objeto, filme, jogo, gibi, o que for, como um "pretexto" para abrir uma reflexão e discussão como machismo, racismo, e por ai vai, para fazer as pessoas realmente pararem e refletir aquele tema). E todos tem seu valor, mas as pessoas colocam os valores errados, principalmente quando querem invalidar aqueles que se arriscam a usar da crítica para abrir reflexões e discussões.
As vezes eu penso se talvez o público não devesse parar e ouvir mais para entender as propostas de cada tipo de crítica e entender que aquele cara "chato" que tá problematizando tá tentando abrir um pouco os olhos para as coisas, seja um problema social, uma discussão ou até um problema do próprio meio de produção.
Interessante seu vídeo.
Nossa, eu amo tanto Ratatouille! Meu filme preferida da Pixar...
A última frase do Anton Ego me arrepia E embarga minha garganta de uma maneira... Nossa! Perfeição de filme!
Mais uma análise ótima. Adoraria te ver comentar sobre o formato das Webtoons e talvez algumas obras que estão ganhando destaque no ocidente.
Eu não gosto de webtons porque elas incentivam uma leitura sem pensamento. Você apenas fica passando as páginas para baixo rapidamente sem prestar atenção no que está acontecendo.
@@FredMaverik tenho aquele aplicativo verde cheio de webtoons que so leio enquanto estou cagando porque eu sou demorado
Tenho certeza que da pra extrair algo desse formato de leitura, continuem cagando com saúde gente 🤧
Tá chegando aos 50 em?!... já que ó senhor está fazendo vídeo sobre filme dá Disney podia fazer também vídeos sobre o seriado South Park, tem muita coisa importante lá para ser comentado!!
Eu acredito que o materialismo tem que ser usado pra se analisar alto. Atualmente eu ando pensando muito nisso. Gostei muito do seu ponto. Eu sou marxista e acho que é importante não ficar pisando em ovos.
Raymond Williams tem análises materialistas da cultura que pegam tudo, da infraestrutura à superestrutura. Recomendo sua crítica à poesia campestre e ao romance novelesco da Inglaterra em "O campo e a cidade".
Mais una excelente análise! Isso de certa forma me lembrou o seu caso de critica da CCXP e os ataques dos sangue sugas a você.
ótimo vídeo, como de costume.
parabéns
senti um pouco falta de indicação de bons críticos, estes estão sempre precisando de mais visibilidade, até mesmo pela condição à eles imposta como descrito no seu vídeo. Forte abraço!
Isso que Você falou em relação aos críticos, principalmente no meio de quadrinhos faz muito sentido. Quando é para "criticar" o objeto, que muitos nem fazem isso direito, mais elogiam do quê tudo, esses ditos críticos tem as pencas, agora um gibituber para criticar o meio, alguém que critique eventos como a CCXP ou a Amazon ou alguma editora, pouquíssimos tem culhões. Acompanho alguns canais há algum tempo e alguns até parecem ser literalmente comprados, no sentido em que tem medo de perder a amizade ou parceria com essas empresas. Acho que ter o rabo preso te inviabiliza como crítico de qualquer coisa.
A discussão também pode ser feita a partir de referenciais do Pierre Bourdieu, principalmente aqueles discutidos em "A distinção". Acho que são mais coerentes e certeiros do que uma crítica materialista, embora o Bourdieu use noções como capital, mas de outro modo. "A distinção" é uma obra sobre crítica social do julgamento do gosto e não sei se você já leu. E em outros escritos ele fala em "detentores de capital simbólico", "Voz autorizada", "habitus", "reprodução" e "campo", noções que servem para ultrapassar esse lance de super/infraestrutura. E ultrapassa esse lance pelo fato dessas noções muitas vezes não informarem nada sobre práticas concretas.
Exemplificando e dando nomes aos bois: Há alguns anos o André Pereira da UFMG apresentou a tese ""Uma mão lava a outra": crowdfunding e novas formas de produzir quadrinhos no Brasil". Na tese praticamente todos os entrevistados disseram que para ter êxito no meio tinham que cultivar boas relações (ou seja, não tensionar tanto, ser cordial, seguir cartilhas) e ter proximidade com o Sidão. O Sidão aparece na tese como uma variável, como uma categoria e não apenas como sujeito dentro do campo. É uma figura que acaba tendo legitimidade, "Uma voz autorizada", e isso é expresso na e pela fala dos entrevistados (O surgimento mesmo das Graphic MSP pode ser visto como uma apropriação do cenário independente para que as coisas que deveriam mudar nada mudem).
Da mesma forma temos vozes autorizadas dentro da tradução de quadrinhos, que é meramente comercial, pouco atenta com critérios de valorização de culturas e domesticadora num nível que mutila obras e impõe posicionamentos moralistas aos autores. O habitus no meio é basicamente esse e há um campo bem estabelecido que tenta eliminar práticas totalmente alheias...e creio que os "críticos" (vide o casal FDP e vários canais do TH-cam) que temos são pessoas totalmente sintonizadas com esse campo e agem para reproduzir e manter essas práticas "como elas devem ser", na concepção de quem tem mais poder simbólico.
Obrigada pela indicação da tese.
Passa uma bibliografia sobre crítica aí pra gente ler, se for possível! seu conteúdo é muito bom, parabéns.
Uma crítica crítica crítica é a que enxerga o problema da crítica crítica, pois até nela faltam indicações que a fundamentem. Sabe que hoje só se critica o crítico carente de apontamentos, uma vez categorizadas as insuficiências dessa crítica acrítica (e mostradas as possíveis condições que porventura tenham-nas produzido), mas não se ele é orientado com soluções que o fizessem alcançar um patamar de crítica state of the art e se afastar desse estado crítico de criticar sem critérios críticos. Essa educação é o que está ausente hoje no que se lê, ouve e vê internet afora e cuja tônica crítica mal ultrapassa o imediatismo do "não gostei".
Tem um vídeo do Entre Planos com essa temática, recomendo muito
Excelente vídeo Alexandre, como sempre. Eu tenho vontade de me tornar um crítico de cinema, quadrinhos e arte no geral mas muitas vezes me desanimo pela quantidade de conteúdo superficial que satura essa área. Você poderia me indicar alguns livros ou autores para poder me aprofundar mais sobre crítica e realmente produzir críticas relevantes?
Muito bom!!! Entendi e explodiu minha cabeça, abrindo p outros temas dentro dessa estrutura. Rsrs
Eu tô fazendo um trabalho de escola sobre o Pré-Modernismo e vi muito disso nos sites e documentos que falam sobre, mas um dos melhores que eu li, sobre a visão mercadológica e como ela moldou o modernismo brasileiro, ele cria uma magnum opus incrível "Somos apenas uma cultura mórbida, que é feita apenas de homens e livros." Eu achei isso tão impactante que cravou na minha cabeça.
Sim, necessário a legenda sobre crítica e crítica materialista, eu não sabia.
Excelente vídeo, como de costume.
Acho que vou passar a semana inteira refletindo sobre os criticos que eu acompanho... e também como eu mesmo critico os produtos que eu consumo.
Cara, que comentário ótimo! Sempre pensei assim, mas nunca soube colocar em palavras ou com o fundamento que você explanou. Obrigado!
Já faz um bom tempo que não vejo um vídeo com uma abordagem tão sensata, clara e ao mesmo tempo visceral sobre o universo da crítica (do que há de bom e de ruim nesse sentido). Para mim o que falta no contingente enorme de pseudo críticos atualmente é formação. Falo de formação não no sentido acadêmico mas no sentido de vivência e busca pelo conhecimento. No meu caso o que me fez querer ver além do jardim e me aprofundar em leitura textual de modo geral em tudo que é forma de expressão, agregar estudos de História, Filosofia da Arte e Semiologia, foi o meu inconformismo em ter a compreensão da minha própria limitação cognitiva e crítica. O processo a partir disso não acaba, a emancipação da consciência requer exercício e busca contínua, não dá para ter autonomia de pensamento vendo o mundo através de um ponto de ideia fixa e superficial.
A cada dia que passa tenho mais orgulho de seguir esse canal, obrigada pelo conteúdo!
Ce é foda mesmo. Cada video sempre abrindo e iluminando facetas que, eu pelo menos na minha ignorância nunca perceberia. E sim, os vídeos são claros e informativos, da para entender perfeitamente
Que analise! Realmente mudou minha visão sobre TH-cam e os sanguessugas
Essa é uma excelente crítica a prêmios de quadrinhos no Brasil
Isso é muito visível entre os TH-camrs de games!!!! Edit: o único canal que vi fazer um pouco disso foi o Nautilus, no podcast deles... Trazendo questões relativas às condições de trabalho na indústria dos games
Que aula!!! Não perco um vídeo desde que conheci o canal!! Parabéns!!!
Parabéns pelo vídeo. Nunca tinha pensando Marx e a crítica ❤️
Faça uma vídeo sobre "Família Dinossauros". É antigo, mas eu lembro de as críticas serem muito boas.
Crítica de verdade tem que cutucar onde dói. Senão é só torcida.
Cada vídeo, uma aula
Grato pelo trabalho Mestre
Seu vídeo abriu meus olhos para algumas coisas. Não sei se isso é bom ou ruim, ainda.
Vossa excelência nos leva a um pensamento muitíssimo reflexivo e rico. Obrigado por criticar os críticos.
Eu acompanho esse canal a pouco tampo e to me surpreendendo cada vez mais
Fico de cara como esse canal não tem mais seguidores. Os vídeos são muito bons, bem como os assuntos. Parabéns!
Concordo em gênero, número e grau no que disse no vídeo Linck, mas se não me engano, o Crítico do filme só favorece o restaurante, porque a comida que ele prova é parecida com a que ele comia na infância. Isso pra mim é uma forma do filme dizer que, para AQUELE crítico a comida é boa, isso por conta que ela lhe traz nostálgia. Isto é, a crítica leva em conta a vivência do crítico, o que vc disse muito bem no Confins do universo que participou.
Resumindo: sua análise foi estupenda, mas no filme em questão existe detalhes a mais que traz o questionamento mais aprofundado sobre a "personalidade" da crítica.
Seu canal é foda!!!!
Muito bom vídeo! Me lembrou um do canal entreplanos que vem nessa toada. Mas apenas para ficar claro, a crítica que você fez ao Druuna, no sentido de ser uma perspectiva masculina e sensualizada de cenas de abuso sexual seria um exemplo de crítica materialista? Afinal, foi produzido em um contexto machista e é fruto de uma cultura erótica que objetifica a mulher.
Ratatouille é o melhor filme da Pixar até hoje, do mesmo jeito que a Disney ainda não fez um filme que superasse O Rei Leão.
Toda crítica é materialista, seja pela manutenção ou pela mudança, quando reclamam da CG She-hulk com certeza vai ter uma galera tomando chibatada pra melhorar sem ganhar um centavo extra, tendo q trabalhar bem mais.
Amo seu conteúdo.
PS fala de x-men
Sobre o campo da crítica artística, eu sempre tenho uma dificuldade imensa em falar se uma obra é boa ou ruim. Para mim, é muito mais fácil fazer um texto de 5 páginas fazendo uma puta crítica a um produto (independente do tipo) do que apontar, simplesmente, com raríssimas exceções, se aquilo é bom ou ruim.
As vezes bate aquela coisa do "qual de fato a minha opinião sobre isso", sentindo que analisar cruamente uma obra ou apontar uma referência ou conceito que ninguém viu ali não é algo vindo de mim, mas também me deprime críticas como a que fizeram com a She-Hulk. É importante falar se você gosta ou não da coisa em questão, mas falar também o motivo, cacete.
Que delícia de vídeo. Já é um dos meus favoritos
minha crítica/resenha/analise deste vídeo é que ele esta show de bola
Muito bom o crítico ao meu ver pode ser alguém em um estado seguro que reforça de forma polêmica algo muito repetitivo ou alguém que funciona como um arqueologo.
Rapaz! Tava "pensando" aqui...esses vídeos de prof Link não são mais resenhas/críticas, são Eventos kkkk. A galera (materialista ou não) que gosta e que não- gosta fica aguardando ansiosamente o Evento kkkkk. Ao menos é a minha socialista e franciscana percepção kkkkk. Eu gosto e preciso do crítico que me incomoda quando eu leio/escuto, O Infraestrutural.
Grato pelo vídeo Alexandre, pois consegui entender e separar os críticos. Vale ressaltar que alguns "críticos" começam colocando o dedo na ferida e disparando para todos os lados até começarem a receber algum "cachê" e se tornarem críticos APENAS de superestrutura, pq aí "rendem o rabo deles"... e coisas assim.
Obrigado por compartilhar esse conhecimento que era óbvio mas mesmo assim não fazia idéia
Ótima explicação teórica e excelente analogia com Ego, mas o problema desse tipo de análise é que ela fica no "ar". Vc, no vídeo, fala para mim, mas com quem vc está discutindo? Quem são os teus interlocutores? Dar nome aos bois seria um ato de coragem? Seria abrir uma 'diálogo' com eles? O medo de ser 'excluído' é maior que o desejo da clareza e do debate explicito? Eu não sei as respostas.
Eu gostaria de saber algumas fontes bibliográficas que falam sobre o método crítico materialista como método em si.
Eu sempre sou chamado de louco quando crítico que o preço do gibi tá alto por uma série de fatores atuais e de anos atrás, parte deles do próprio público, e não simplesmente porque as editoras resolveram que sim. Sempre soube que era porque eu coloco o dedo na ferida, mas nunca imaginei que tinha um nome pra isso. Vídeo excelente.
Assino embaixo!
você vai longe QNS, certeza você terá mais de um milhão de seguidores
Achei esse um dos teus melhores vídeos. Vejo poucas pessoas fazendo crítica de verdade. Principalmente no meio político. Cada um fica com a sua panelinha medindo palavras e filtrando fatos apenas pra não desagradar sua tribo.
Tiozão Gibis monstruoso!
Excelente vídeo, Alexandre!
A crítica da crítica sobre a crítica de uma crítica kkkkkk vc ensaiou muito isso
Acho que a cultura só vai pra frente quando todos nos tornamos críticos e finalmente mostrar que o exercício de dissertar é viver
Excelente vídeo! A tua crítica ao Omelete e a organização da CCXP foi uma crítica materialista e, por isso mesmo, gerou tanta repercussão. Se fosse meramente uma crítica à forma do evento, certamente não teria causado o mesmo burburinho…
Excelente vídeo, o TH-cam tá saturado de crítica rasa e infantis sobre qualquer produto de mídia
Descobri esse canal recentemente e tenho curtido muito as análises. Mas uma crítica a um artista que, em especial, curto muito, tem me deixado incomodado. Não desmerecendo o canal, mas este vídeo expõe sua contradição me dando um conforto a mais para permanecer nele.
Sempre respeito quem cita Tio Karlitos..rs... sobre a estética, é interessante que cabe a crítica... o problema pode ser termos uma crítica pobre/vazia, como essa do CG da Mulher-Hulk, ou pode ser sobre os significados da imagem. O problema de fundo, na minha impressão totalmente particular, é que não interessa pro Mercado discussões com senso crítico elevado em qualquer assunto. Afinal, quanto mais rasteiro o debate, sobre qualquer assunto, mais fácil de controlar a narrativa.
Cara, é exatamente por este tipo de reflexão que você provoca que sigo teu canal. Me dá uma preguiça da enorme maioria de yoututbers, porque as análises de livros, filmes, gibis, séries e o caramba a quatro, além de uma estética infantil, não são capazes de ir além do óbvio.
Vídeo simplesmente sensacional
Melhor filme da pixar, extremamente subestimado, passou desapercebido na época mas o subtexto dele está mais atual do q nunca, acho que vale uma análise no canal ein
Acabei de ver alguns críticos (que até acompanho e respeito inclusive) comemorando o fato de estar na banca da CCXP. Na hora pensei "será que a crítica feita pelo QNS mudou algo?". Aí topo com esse vídeo e vejo tua lucidez de outsider. Fico me perguntando se é possível fazer uma crítica legítima estando no jogo. Talvez estar de fora (ou em outro meio, afinal estamos sempre em algo) seja o caminho para uma crítica menos contaminada pelo oba oba que domina o meio. Mas e o CGI da Mulher-Hulk hein! Quando sai o vídeo do somelier de trailer?! 🤣🤣🤣
De certa forma isso tangencia o caso da CCXP
Não é a toa que Nietzsche incomodava kkk.Discussão super importante, pois precisamos de mais ácides nas críticas na cultura pop,pois infelizmente o universo nerd virou refúgio de adulto infantilizado.
Perfeito. Não precisa se preocupar, deu pra entender tudinho kkkkk
Muito bom, ótima explicação. 👏👏👏
nossa esse vídeo abriu meus olhos...
E eu que pensei que Ratatouille fosse um filme de terror: aquela cozinha cheia de ratos...
gosto de críticos que não tem medo do cancelamento diz oque pensa
Que horror expôr a cachorra com apnéia aguda. Pobre canina.
usando esse video pra complementar meu trabalho de fim de semestres
Precisamos ouvir Julio Cabrera
curti pra caramba a critica, principalmente pelas referencias que elas trazem
Vou ter que discordar, acho que as criticas cinematográficas deveriam ser relativas a arte, explicar a arte, mostrar os filmes vagabundos ou com traços vagabundos, criados pela pela indústria cinematográfica, que se preocupa mais nos ganhos financeiros do que na produção de boas obras de arte. Mas também mostrar os filmes bem orquestrados, mestres nas falas em entrelinhas, belos em montagem e entusiasmantes em roteiro.
Critica à infraestrutura é importante? Sim, pois expõe os problemas causados pela exploração do trabalhador, ou causados pela disparidade de renda entre as produções. Mas ela não dispensa a critica a arte de maneira nenhuma, independente das condições de produção, o resultado final é algo que deva ser avaliado, e então, louvado ou vaiado pelos seus erros e acertos cinematográficos, independente de se os trabalhadores trabalharam 16 horas por dia ou o que seja.
A questão da infraestrutura é como o próprio nome diz, estrutural, e não relativas a filmes específicos. Alguém pode chamar atenção para essas bandeiras através de um filme especifico? Sim, mas não é esse o trabalho da critica da arte, quem faz critica de arte assina um compromisso com a arte, e não é obrigação dele falar dos problemas da indústria ao ponto de chamá-lo de "covarde" por não fazê-lo. Seria como culpar um vendedor de sapatos por não explicar para os compradores que o sapato foi feito por mão de obra escrava.
Enfim, o resumo é, na minha opinião: A critica a infraestrutura não substitui a critica a arte, diria que são complementares, mas não excludentes.
Peço perdão se tenha entendido algum ponto do seu discurso errado, gostei do vídeo, me chamou atenção para novos pontos de vista.
E DEIXANDO BEM CLARO: não estou defendendo critica vagabunda, só estou dizendo que o trabalho de um critico de arte é com relação ao encanto pela arte e não com problemas sociais, e não há problema nisso, não podemos jogar a responsabilidades pelos problemas da nossa sociedade em quem é mais fácil de culpar.
Excelente explicação, mano.
Troco infraestrutura por contexto histórico-econômico.
Exatamente quando quando saiu o novo trailer do filme do Sonic não porque a música está legal mas o combate está tosco
Tenho medo de ser crítico materialista sobre a minha profissão no LinkedIn 😟
isso foi uma indireta pra alguém!
Lembrando que Marx sempre relaciona a superestrutura com a infraestrutura sem separar uma da outra e toda nossa produção cultural, social, religiosa vem de como produzimos, de toda nossas condições e necessidades materiais e claro da ideologia da classe dominante de cada período histórico.