Ah gente, editem a legenda desses dois videos, por favorrrrrr. Sou Surda bilíngue, mestranda em Serviço Social é acompanho aqui o canal da Sabrina, mas infelizmente nem todos os videos tem legenda... então, só consigo assistir os que tem. A legenda automática é muito ruim, devido aos erros e falta de pontuação. Super quero entender bem esse vídeo sobre as questões identitárias. Me interesso muito por isso. Então, ficarei na torcida pra que legendem o mais rápido possível.
"Identitarismo é aquele que fica falando para os outros checarem seus privilégios, mas faz pouco pra pautar a transformação social que mexe com as estruturas!" É ISSO
Muito do feminismo radical acabou se perdendo nisso e agora em muitos lugares do centro do capitalismo chegam a marchar do lado de neo-nazistas contra direitos de pessoas trans. A identificação com o sofrimento é tão grande que ao invés de lutar pelo fim da opressão, elas lutam para que outras pessoas tenham seus sofrimentos negados porque só a elas é permitido sofrer
Vc é uma das melhores vozes da resistência atualmente. Gosto muito do seu conteúdo, me fez abrir muito a cabeça em relação ao marxismo e esquerda radical
Isso não é resistência, isso é movimento burgues lutando por privilégio, enquanto dão "poder de fala" criando negro, mulheres e gays profissionais, lesam o Brasil vendendo sua riqueza. Não caia no dividir para conquistar, Eles criam briga entre mulheres negras e mulheres brancas para nos manter em perpetuo conflito enquanto roubam na mão grande.
Eu acredito que o termo seja amplo, mas não vago. Pelo contrário, ele descreve bem a ideia geral, agora claro, isso não implica impedir a adjetivação. Até porque já temos a nomeação dos "sujeitos" (feminismo, racismo, homofobia, transfobia e gordofobia)
Isso não passa de disfarce, é identitarismo mesmo, fazer concurso publico cujo pré-requisito é ser travestir, ou dar privilégios para uma minoria indígena "manter" seu povo na idade neolítica é jogar os índios para o garimpo ou fome.
amo uma fada didática marxista. eu bem me senti culpado pelo "fracasso" da esquerda jogando a culpa na luta anti-opressão LGBT. mas a que esquerda abre mão e negligencia essas pautas não está muito interessada em acabar com as opressões e sim ganhar o poder a qlqr custo.
Maytê Ovalle idem!!! Meu mestrado tá sendo tão difícil, sem apoio e orientação. Todo dia assisto um vídeo da Sabrina para me inspirar, para retomar o sentido.
Simmm... eu nao sei quanto a argumentação, pq meu tema é mto diferente disso e tb acho q se deve a carga de leitura que vai aumentando e etc, mas eu olho pra ela falando e penso “pqp eu quero mto chegar nesse nivel”.
"Neo-marxismo-gaysista-feminista, que é praticamente algo que o Jordan Peterson diria se ele falasse português". Kkkkkk. Ganhei minha noite. Parabéns pelo vídeo, Sabrina!
Quando eu comecei a assistir videos no youtube, acompanhava seu canal e cheguei a comprar o "Open Society", do Popper, por indicação sua. Tu foi abandonando o canal e eu fui ficando muito marxista pro seu liberalismo ahahahaha Vi que você voltou a postar algumas coisas. Vou reinscrever no seu canal.
Pelamor de Deus eu amo essa mulher e esse canal. É uma benção poder assistir uma mulher inteligente como vc falando sobre marxismo e lutas anti opressão no TH-cam 💖
Já vou ler o livro da Wendy Brown. Que aula majestosa. Gente, que condução, domínio dos assuntos, toca nas feridas de todos as alas da esquerda. Incrível. Que maravilhosa descoberta foi esse canal.
Eu nunca tinha ouvido o termo anti opressão e com certeza vou aderir! É exatamente isso que eu acredito: a lista anti opressão e não nas tão criticadas "pautas identitárias". Enquanto o marxismo e as esquerdas não se juntarem à luta contra todas as opressões, não só a de classe, não teremos forças para continuar na luta
Sabrina, obrigada por esse vídeo. Eu te mandei direct pedindo para abordar essa questão aqui no canal. Fico feliz por atendido nossos pedidos, e como sempre, de uma forma muito esclarecedora. Gratidão.
Me sinto orgulhosa de seguir esse canal. Já parei de seguir muitos ativistas negros por ressaltarem ressentimento, promoverem ódio, não trazendo nenhuma pauta para unir as diferentes raças e classes desse país.
Você me ajuda muito, obrigada!! Não tive acesso a informações acadêmicas, e assistir seus vídeos me leva a reflexões que jamais fui capaz de imaginar. Agradeço
Oi, Sabrina. Sou formado em filosofia, além de lecionar. Confesso que minha jornada académica pouco entrei nesses assuntos, mesmo lendo , com alguma cautela e atenção, figuras como Marx, Marcuse e a escola de Frankfurt. Tenho aprendido muitas coisas com seus vídeos, que me proporcionaram ampliar minha interpretação para vários assuntos que me sinto super leigo. Muito obrigado.
Contudo, caríssima doutora, gostaria de fazer alguns reparos a seus vídeos, se você me permite. De forma alguma eles diminuem o brilho intenso de seu trabalho no TH-cam.
Acompanho um pouco do trabalho de Rui Costa Pimenta e do grupo do PCO. Não creia jamais que eles sejam anti-feministas, anti-feministas ou anti-LGBT. Sendo marxistas e trotsquistas, eles creem que a principal luta é a luta entre classes. Talvez você concorde com ele, pelo menos em grandes termos.
Não sei o que a doutora pensa, mas não considero o PT uma organização de esquerda. Com certeza seu governo não mexeu nas políticas do governo neoliberal de FHC: não baixou juros e nem desfez as privatizações criminosas e daninhas ao interesse público daquele tempo. Talvez o PT possa ser classificado como de centro-direita.
Acredito que haja razões para crer que a orientação de centro-direita não foi apenas tática, e nem conjuntural. Mas também acredito que a doutora talvez esteja menosprezando as conquistas e as dificuldades da política prática, que antigamente se chamava de realpolitk. O Brasil é um país muito conservador e tudo é muito difícil por aqui. Penso que, se o PT atraiu o ataque unânime de toda plutocracia brasileira, com uma pauta tão acanhada, com certeza atrairia um ataque ainda mais feroz se houvesse ousado mais.
Uma parte dessa ousadia com certeza seria dar um caráter de combate ideológico a muitas de suas iniciativas. Há quem diga que Lula tem medo patológico ao conflito e jamais tentaria algo mais ousado.
Certíssima, Sabrina! Não interessa sua posição política, nível intelectual ou argumentatividade: o que importa é ser honesto, decente e ter humildade para reconhecer seus erros. De que adianta uma tonelada de diplomas se eles não nos tornam pessoas melhores? Fica a lição: ser uma boa pessoa não significa apenas defender uma boa causa. Feliz ano novo!!!
É o que venho falando para meus amigos que se dizem de esquerda. Quando eles falam com pessoas que têm menos com conhecimento, se comportam com ignorância. Por isso que o povo se afastou.
@@Haysh7 pena. Algo que Leonardo da Vinci dizia era: "nunca conheci um homem tão ignorante que não pudesse aprender algo com ele". Já agi assim e me arrependo muito, hoje busco dar exemplos por conduta. É fácil? Não. Mas vale a pena. Obrigado por responder! Abraços ;)
Argumento irretocável! Foi com você que eu mais aprendi qualquer coisa este ano ( e estou no segundo ano do mestrado ). Parabéns Sabrina muito obrigada por mais um vídeo com tanto conteúdo e assertividade.
Gostaria de dizer que conheci teu canal de vídeo hoje, através de uma curtida de Twitter da Nath Finanças, e estou ENCANTADA com sua análise. Nunca havia escutado tal ponto de vista e o termo "luta anti-opressão" é tudo o que eu precisava para conciliar meus pensamentos sobre o assunto. Muito obrigada. Parabéns! Vou seguir seu trabalho e desejo muito sucesso.
Nossa, esse vídeo me trouxe tanta clareza a respeito desse tema que eu nem tenho como agradecer o suficiente. Gratidão imensa por esse conteúdo valioso por aqui, Sabrina. Você é um pontinho de luz nesse lamaçal que estamos vivendo.
Exponho aqui o trecho de um texto de um filósofo marxista cujas ideias concordo em grande parte. "A ética contemporânea faz grande alvoroço em torno das diferenças culturais. Sua concepção do outro tem em vista essencialmente esse tipo de diferenças. E seu grande ideal é a coexistência tranquila das comunidades culturais, religiosas, nacionais etc., a recusa da “exclusão”. Mas é preciso sustentar que essas diferenças não têm qualquer interesse para o pensamento, não são mais que a evidente multiplicidade infinita da espécie humana, a qual é tão flagrante entre mim e meu primo de Lyon como entre a comunidade xiita do Iraque e os cowboys do Texas. O embasamento objetivo (ou à maneira de historiador) da ética contemporânea é o culturalismo, a fascinação verdadeiramente turística pela multiplicidade dos hábitos, dos costumes, das crenças. E especialmente pela inevitável bizarria das formações imaginárias (religiões, representações sexuais, formas de encarnação da autoridade...). Sim, o essencial da “objetividade” ética provém de uma sociologia vulgar, diretamente herdada do espanto colonial diante dos selvagens, ficando entendido que os selvagens estão também entre nós (drogados dos subúrbios, comunidades religiosas, seitas: todo o aparato jornalístico da ameaçadora alteridade interna), ao que a ética, sem mudar o dispositivo de investigação, opõe seu “reconhecimento” e seus trabalhadores sociais. Contra essas descrições fúteis (tudo o que nos contam ali é uma realidade ao mesmo tempo evidente e por si mesma inconsistente), o pensamento verdadeiro deve afirmar o seguinte: sendo as diferenças o que há, e toda verdade sendo o vir-a-ser do que ainda não é, as diferenças são precisamente o que toda verdade deposita, ou faz aparecer, como insignificante. Nenhuma situação concreta é esclarecida em razão do “reconhecimento do outro”. Em toda configuração coletiva moderna, há pessoas de toda parte, que comem diferentemente, falam múltiplos idiomas, usam diferentes chapéus, praticam diferentes ritos, têm uma relação complicada e variável com a coisa sexual, amam a autoridade ou a desordem; e assim segue o mundo." (A. Badiou. Ética: um ensaio sobre a consciência do mal. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995, p. 40-1)
Nunca haviam me explanado os temas abordados de forma tão clara e lúcida como neste vídeo. Parabéns, professora! Me identifico mais com a esquerda liberal (acabei de aprender o termo), mas confesso que sua aula incitou muitas reflexões sobre um campo com ideias que considero essencialmente utópicas.
Sempre vi comentários muito positivos em relação ao canal , vindo aqui pela primeira vez e comprovando ao vivasso o quanto o conteúdo é bacana e responsável
Caraca, é muita informação pra um vídeo só. Já to vendo que vai ser um daqueles vídeos que vou demorar uma semana "digerindo" e voltando sempre pra assistir um trecho. Até conseguir firmar uma opinião e organizar os questionamentos, só tenho a dizer que você é uma luz de sensatez nesse mar de escuridão e loucura cheio de jargões e frases de efeito. Não só a esquerda, mas a sociedade brasileira precisa de você Sabrina!
cara, eu pensava ser a única a assistir os vídeos da professora anotando TUDO. Eu rabisco tudo, faço anotações sobre tudo que você fala. Obrigada por compartilhar seu conhecimento com a gente, isso é mto importante!
Obrigada pelo vídeo, Sabrina e equipe do Teseonze! Tô maratonando tudo de novo nesse ano de 2022, no qual é mais importante e necessário ainda se engajar, fortalecer nosso discurso, e apoiar os nossos!
Vou comentar antes de ver o vídeo. Sendo hiper sincera este é o primeiro vídeo seu que vou assistir. Cheguei em vc por indicação do Samuel Borelli, que eu também conheci após as eleições por indicação se não me engano do PC Siqueira. Quando eu vi o nome do Paulo Ghiraldelli nos vídeos do Samuel eu torci o nariz, parei de seguir essa pessoa desde 2013 quando deu lá o bafafa do protesto dos alunos. Mas pensei, vai que ele mudou..... Passou umas 2 semanas descobri que ele não mudou e o pior a resistência está povoada de esquerdomacho com aquelas antigas posturas de protecionismo. Falaram que era piada, falaram que vc deveria ter resolvido em privado, falaram que loira burra não é machismo.... falaram até que ele teve motivos pra te chamar de burra...... E muitos falavam assim "temos coisas mais importantes do que pauta identitária". Olha, não sei pra você, mas pra mim pauta feminista é discutir sobre maternidade compulsória, violência obstétrica, equiparação salarial, etc, etc, etc. Não reproduzir o machismo praticado pela sociedade conservadora não é pauta é o mínimo de respeito que se espera daqueles que se dizem progressistas. A resposta do Paulo era algo que eu já esperava, o que me chocou foi ver tantos caras amenizando e te criticando, mesmo enquanto homens estavam te defendendo. Foi decepcionante, porém não surpreendente....
Achei legal seu posicionamento. Concordo com ele, principalmente quando vc aborda sobre o acompanhamento pelos seguidores do PG em um quase linchamento dele contra as idéias da Sabrina.
Ainda nem vi o vídeo mas já sei que vai ser 10/10. Inclusive ouvi sua participação no podcast Filosofia Pop sobre ecossocialismo e eu tô simplesmente apaixonado pelo conteúdo incrível que você sempre traz, tem me ajudado demais na construção da minha militância. Muito obrigado
Muito bom, precisamos não incorrer nos mesmos erros do passado, uma vez que todo movimento social, que sacraliza as liberdades individuais, corre o risco de ser incorporado pelo neoliberalismo. Os levantes políticos que varreram o mundo em 1968 traziam uma forte inflexão entre os desejos de maior liberdade individuais e os objetivos políticos de justiça social, uma vez que a luta por justiça sociais pressupõe solidariedade social capaz de submeter vontades, necessidades e desejos a uma luta mais geral. Por isso concordo contigo que o termo "opressão" pode muito bem substituir o termo "identitarismo", não só por unir as pautas contra o capitalismo, mas para evitar as confusões e "treta" do passado, que instrumentalizaram oportunidades eficientes para nossa derrocada.
Perfeito!! Perfeito!!! Perfeito!!! Perfeito!!!! Super em cima da questão! Mandou bem demais, Sabrina! Seu vídeo traduziu as minhas angústias. A questão é trabalhar a aderência dessas lutas e discussões à luta anti-opressão, pelo marxismo. Eu sinto uma dificuldade no próprio espaço acadêmico, marxista, para trabalhar melhor isso e compreender melhor, sem rechaçar de cara, por falta de compreensão e/ou preconceitos. Quem ganha com isso é o capitalismo e a esquerda liberal, como disse. Perfeito! Adorei!
A própria esquerda neoliberal que criou as pautas identitárias que a nossa esquerda gourmet, na figura da loirinha do PSOL aqui do vídeo, adota. Ainda bem que o PT ainda não abraçou o identitarismo por completo.
@@carolinacunha9952 Sabrina é a loirinha (agora é ruivinha) do PSOL. Ecosocialista kkkkkkk Continuem apostando no identitarismo que o Bolsonaro irá levar em 2022.
Nossa Sabrina, sensacional essa parte 1!Eu comecei a, digamos, balançar minhas correntes, pelo contato com o feminismo e vegetarianismo, inicialmente feminismo liberal msm, hj eu enxergo isso. E de uns 2 anos pra cá tenho sentido que aquele feminismo nao tava sendo suficiente, realmente uma CEO por vez nao tava causando mudança suficiente. Ae comecei e estudar mais sobre a esquerda e marxismo e etc. Ainda sei bem pouco, mas já tomei umas duas "xingadas" de pós-modernista qdo tava tentando aprender q fiquei sem entender até pouco tempo atrás. Esse vídeo tá colocando mais umas pecinhas no lugar!Mtoooo obrigada por todo seu esforço, tah foda msm!!Vou ver a parte 2!
O que a Angélica lovatto chama de transgressão resignada é também um ótimo termo pra entender essa questão da rebeldia individual de ser contra opressões de maneira "despossuida" e liberal.
11:55 sempre que converso com a turma do identitarismo principalmente a galera decolonial esse tema é abordado de forma muito enfática, a primazia do sofrimento, a impressão de que a minha comunidade sofreu mais ou é ou foi mais explorada, como que no período escravista americano não tivessem europeus sofrendo também e em grande intensidade, e com isso esse turma desdenha fo marxismo dizendo que um ciência social europeia não pode ser usada em lutas periféricas, que se precisa de uma teoria nova e periférica e eu considero isso um erro, eu vejo gente repetindo o que já foi dito mas pensando ter inventado a roda.
Sabrina, retornando nesse conteúdo depois d ouvir um grupo d marxista falando dos movimentos identitários. Lembrei do seu conteúdo e vim correndo ouvir novamente. Obrigada!!!!
Muito bom e lucido do modo como foram tratados tais assuntos, e como bem pontuado, pautas mesmo sendo legitimas e importantes podem por vezes ofuscar uma questão de abrangência maior como a opressão e exploração de classe.
Sabrina, meu amor! Cheguei tarde nesse aqui, mas resolveu minha vida. Estava com um milhão de dúvidas a respeito e você respondeu todas elas com esses dois videos. Muito obrigada!
Oi Sabrina, eu realmente gosto muito das suas aulas, gosto bastante de filosofia e sua maneira de expor é muito esclarecedora para mim...obrigado e, na medida do possível(em face do novo presidente), desejo a vc e aos que vc ama um excelente ano de 2019.
Que vídeo excelente pra esquerda se localizar e pra entender a real dinâmica entre a luta contra as pautas que são abraçadas pelo liberalismo! Parabéns pelo conteúdo!!
'Gayzismo' é dose, e o cara ainda se diz intelectual pf.... assisti uma entrevista da primeira trans eleita em SP e entendi que a pauta do gênero não pode sair da bandeira da esquerda só para amenizar o confronto com a direita, foi por essas e outras que a esquerda perdeu a identidade e levou caldo na eleição. Sabrina, qdo fiz mestrado em educação, um dos autores que estudei foi o autor de "Ciladas da diferença", do Antonio Flávio Pierucci, onde ele afirma que ao se diferenciar demais, acaba se criando um fosso com os demais grupos sociais, acho que tem a ver com o vc falou sobre o identitarismo puro e simples sem tocar na questão econômica da exploração, que é um lance mais universal
Que? Como assim foi por essas e outras que a esquerda levou caldo nas eleições? Levou caldo nas eleições justamente porque grande parte do eleitorado é conservador e cristão e, graças a uma mega propaganda dos reacionarios, conseguiram jogar essa parte da classe trabalhadora contra a esquerda dizendo que a mesma queria diluir seus valores e quer saber? A esquerda marxista quer mesmo, mas jamais pode escancarar isso. Nem precisa da esquerda marxista, progressistas em geral pensam que determinados valores conservadores devem ser combatidos por conservatem determinadas pautas e costumes nocivos há as minorias. Há única coisa que se deve ter mente e que é comprovadamente verdade, é que o PT ganhou quatro eleições seguidas longe de discursos identitarios e voltados de uma maneira externa e 100% para a classe trabalhadora sendo esta conservadora. Defendendo pautas como aborto ou casamento gay de maneira implícita para não jogar eleitores cristãos para os opositores tucanos. Façam isso novamente ou dificilmente uma esquerda terá espaço no Brasil pois de maneira alguma a esquerda vence defendendo explicitamente um progressismo que uma sociedade conserva despreza. O discurso deve ir para a economia pois lá a esquerda atrai os trabalhadores e assim foi nos ultimos 12 anos com Lula sabendo muito bem o anseio do brasileiro comum. Afinal, ele ja foi um deles. Renata, Realidade material miseravel produz consciências miseráveis. O conservadorismo de uma sociedade vem das classes dominantes e da realidade material na qual ela esta inserida. Pois ela não apenas é dominante na economia como também na cultura e em diversos outros setores sociais. Por isso se chama DOMINANTE. Agora, o que se deve ter em mente e que a esquerda ainda não percebeu, é que, diferente dos países europeus, o Brasil NUNCA passou por uma revolução burguesa, dirigida por uma burguesia industrial e laica como ocorreu em diversos países europeus. As elites daqui são diferentes de lá. O conservadorismo de lá não foi desconstruido apenas graças a esquerda e sim graças as próprias revoluções burguesas de carater secular, o que não houve no Brasil. Quando digo que o conservadorismo de lá foi desconstruido, me refiro a menor influência que a religião exerce na sociedade comparado a do Brasil. E claro que tal influência está sendo exercida em campos que afetam gays, mulheres e mesmo os negros. Mas, como dito também, as revoluçoes que as burguesias europeias fizeram foram de carater secular e isto contribuiu para que os sociais democratas tivessem mais espaço para combater a influência religiosa que antes era exercida sobre as minorias excluidas, resultando em um maior grau de tolerância a estas pessoas. Mas nada disso ocorreu no Brasil. Essa questao identitaria - burguesa - liberal - a esquerda ainda não entendeu. Pensam que basta vencer eleições com um partido progressista para construir uma sociedade progressista, tá errado. Isso é idealismo, o espírito dominante na sociedade não provém dela mesma mas da realidade material sob a qual ela vive. Mas o capital não governa apenas pelo conservadorismo mas também pelo liberalismo e outros "ismos" que possam ser usados para sabotar a luta da classe operária. O PT nunca foi um partido que almejou o socialismo e sim uma social democracia tal como hoje o PSOL e mesmo o PCdoB almejam. Eles pensam(e de certa forma estao corretos) que hoje uma revolução socialista no Brasil é impossível cabendo os partidos lutarem por pequenas reformas tal como Eduard Beinstein há muito sugerira lutando com as ferramentas que possuem em mãos; com a democracia burguesa. Essa é uma análise revisionista mas esta será a taticas da esquerda como há muito o é, mas os marxistas não perceberam isso, pois hoje os mesmos vivem em um idealismo pensando que somente através da educação conseguirao despertar a consciência da classe operária mas tal consciência só pode ser despertada quando os mesmos analisarem sua própria realidade material. A esquerda deve ficar no campo da economia e esquecer a questao da moral e cultural pois estas provém da questão de classe e, portanto, da economia. Essas mudanças podem vim quando a esquerda estiver realmente com o poder político na mão, mas não antes.
@@lukasmatheus4777 a Sabrina fala no vídeo sobre esse movimento da classe trabalhadora em direção ao conservadorismo e nisso eu concordo com ela. O povo está defendendo pautas conservadoras porque o trabalho não foi feito.
@@lukasmatheus4777, sinto muito, mas isso é um balanço bem idealista dos governos petistas. O Lulismo obteve sucesso eleitoral dado a sua argúcia na arbitragem de interesses, aproveitando uma conjuntura econômica favorável para administrar mudanças pontuais, porém importantes, na estrutura oligárquica desse país. Depois, não há um átomo de verdade na afirmativa de que "O PT se manteve afastado das pautas identitárias". Pelo contrário: a veia liberal dilatada do petismo transformou a própria classe trabalhadora, em sua complexidade concreta, numa identidade, num processo que ficou conhecido como "pobretologia": uma defesa moral dos mais pobres, cuja principal preocupação e pauta de reivindicação é a inclusão pela via do consumo. Além disso, no período Dilma I, prezou-se, a meu ver acertadamente, pela representatividade de mulheres, indígenas, negros, etc (além claro da defesa das cotas, que vem desde de Lula). Portanto, o PT abraçou contraditoriamente ambas as vertentes da luta identitária. E quanto à economia, por favor, né? Reformismo conservador e imobilismo político não são os melhores instrumentos de atuação tendo, de fato, a centralidade na classe trabalhadora.
@@lukasmatheus4777 a tua posição é conservadora, estás a pensar dentro do pragmatismo do PT e nas estruturas do capitalismo. Ganhar eleição não é ter o poder nas mãos, pois as estruturas socais, jurídicas, ideológicas, midiáticas e afins são todas burguesas. Governa com as regras deles ou te derrubam. Visto que os partidos de esquerda liberal não têm em perspetiva a derrubada do capitalismo por meio da revolução. O PT precisar cair na realidade, radicaliza as suas lutas ou cairá na vala comum que os grande partidos dessa esquerda liberal caiu (as esquerdas europeias). Por outro lado, reconheço que a esquerda precisa pensar e desenvolver uma forma de falar e provar consciência na classe trabalhadora acerca dessas estruturas de opressão. Esse Ananás somos nós que temos que descascar.
Sabrina você é brilhante. Você faz um conteúdo incrível e de muita autocrítica até mesmo para a esquerda. Minha orientação política no momento é de centro esquerda, mas confesso que uso esse rótulo porque sei que ainda preciso de tempo para estudar mais e terminar de entender minha posição. Estudo aqui na Argentina e aqui a faculdade é gratuita para todos como direito fundamental. A educação gratuita aqui é uma realidade é foi uma luta dos próprios estudantes contra a opressão, não foi uma luta somente da esquerda. Parabéns pelo conteúdo.
Que vídeo maravilhoso! Exaltou o que é necessário na questão das identidades de minorias, e fez críticas extremamente pertinentes! Maravilhosa! ❤❤❤❤👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Eu acho as lutas identitarias extremamente importantes, entretanto acho que a esquerda gasta muito mais energia nisso do que deveria, já que a luta de classes deveria ser nossa principal bandeira.
Olha, eu queria fazer algumas ponderações, e talvez eu faça ao assistir a segunda parte. Mas você é uma gigante, e cada vez mais! Meu sentimento é que você é a personalidade do ano no Brasil, junto com a Natalie Wynn, internacionalmente. *Edit: quando eu falei sobre fazer ponderações, é que eu tive uma experiência que me fez pensar sobre como cada geração lida de maneiras diferentes. Creio que as diferenças de formação pessoal de cada geração é algo que merece mais atenção pra que haja mais eficiência na abordagem pra combater determinadas atitudes tóxicas. Falo isso porque percebi que eu com trinta anos assimilo o mundo de uma maneira muito diferente das pessoas dez/quinze anos mais novos/velhos que eu. Acho que existe um componente psicológico muito determinante nisso.
Ações afirmativas como meio e não o fim. Mas, ações afirmativas Sim. Ótimo vídeo. Adoro suas aulas, dá fôlego para a existência e resistência a esse sistema opressor.
Sabrina, eu te agradeço muito por esse vídeo! Eu vi no "ilha de barbados" esses dias o Ciro Gomes dizendo que a pauta identitária tem que acabar, que a gente tem que parar de falar de feminismo, racismo e lgbtqifobia e voltar a falar de emprego e salário. E eu fiquei com um mau estar quando ouvi isso. Você fez por mim o que a minha terapeuta faz: organizou o meu pensamento e me fez entender por que eu fiquei com a sensação de que isso não era verdade. Foi providencial!
Mas o Ciro Gomes está certo. Quanto mais a esquerda falar de pautas identitárias e esquecer a classe trabalhadora irá perder todas as eleições. Maioria dos brasileiros tá pouco se lixando pra feministas que mostram peitos na rua ou gays que fazem suas paradas anuais. Povão quer emprego e salários maiores. O fato de você (e a Sabrina, como toda boa PSOLista) não aceitar essa verdade é mais um motivo que fará o Bolsonaro ser reeleito em 2022. Só o Lula tem alguma chance de ganhar, justamente porque não fica falando de pautas identitárias e foca o seu discurso no pobre e no trabalhador. O mundo não fira em torno do DCE da sua faculdade, Lika Lemos.
Você é maravilhosa. Video incrível, didático e esclarecedor.
6 ปีที่แล้ว +2
Dei um pause aos 15min, só pra fazer algumas considerações, vou tentar depois olhar um pouco a discussão, quando terminar de assistir. Sobre pautas identitárias, e melhor, antes, sobre identidade, eu focalizo a questão de um modo um pouco diferente. Primeiro, as identidades são sociais, logo arbitrárias, logo questionáveis e historicamente transformáveis, o que não significa que elas devam ser necessariamente desativadas. Se pensamos no humano como mercadoria, reificada, equacionada qualitativamente para troca e quantificada (pesada e vendida) e por ai vai, então temos um monte de experiencias econômicas, que nos emprestam categorias para nós nos pensarmos, mas, principalmente, nos impõem dinâmicas sociais próprias do metabolismo do capital que se impõem sobre nós materialmente. Dessa forma, de modo geral eu acho que pensar de forma impessoal no ser humano, como geleia de coisa igual, como trabalho abstrato, etc, como algo ausente de identidade, e que pela própria ausência se preenche por um padrão masculino branco hétero, me parece um certo vício que vem de considerar que toda identidade se expresse em relações de opressão por si sós. Enquanto, identidade é dominação simbólica, mas não só dominação, também é um conteúdo positivo e humanizador, de um vazio que ao se esvaziar, pelos apagamentos, serve à dominação muitas vezes mais. Então, quero dizer que os seres humanos precisam de conteúdos positivos para sua identidade, que todo conteúdo abre portas e fecha outras (nos incluindo ou excluindo de grupos sobrepostos, ou refletindo na forma como pensamos aspectos do mundo e ignoramos outros, etc), nos historiciza, deve sempre estar aberto à mudanças, o que inclui o abandono de uma categoria, a adesão de outra, etc. Segundo, é por meio dos nossos conteúdos positivos, as características que damos significado e incorporamos a nossa identidade e a identidade dos demais, que podemos pensar nossas necessidades materiais, que não se limitam ao fisiológico (e mesmo o fisiológico é suprido já em um processo que coloca, também, cultura no prato). E como pensar economia, acesso a recursos, sem pensar em quais necessidades cada ser social, grupo, cultura possuí? O federalismo já trás muito da pluralidade que precisamos pensar para falar de novos mundos possíveis. Terceiro, a própria igualdade é uma noção própria de uma sociedade conflituosa e com alguma escassez, então a medida em que se tem uma relativa abundância de acesso a igualdade perde certa aplicação. Não que seja possível superar toda e qualquer disputa, mas não faz sentido falar de igualdade sem questionar propriedade privada, a vida para o trabalho, e toda lógica material dentro da qual, e nos limites dela, existimos enquanto seres sociais no sistema capitalista. Então, quando lincamos identidade com igualdade, precisamos problematizar a estrutura de dominação, por a noção de igualdade pode ser muito mais adaptativa do que crítica e revolucionária. Quando se tem abundância em certos aspectos da vida, quando alguns tipos de conflitos são superados, o antagonismo das relações miseráveis de propriedade privada perde espaço, e a igualdade sobre um assunto que não gera conflito é tão útil quanto uma igualdade da quantidade de oxigênio que se pode respirar. Claro que a desigualdade de status não se resume apenas ao nível material de consumo, mas a produção de subjetividades, o que é feito pelo investimento de grandes capitais, por mais que os "indivíduos" produzam/subvertam certos símbolos e identidades, é o grande capital que permite instituições para pensar e fazer pensar (quem promove a ideia do racismo promove porque tem os meios materiais para promover, assim como o racismo estrutural é praticado através dos meios materiais). Dá pra ir até o infinito nessas conversas, mas em quarto lugar, a vida não é feita só de consumir produtos, mas de produzir, de ações que não são apenas meios para outras coisas, e sim são finalidades que permitem nos realizar pelo próprio executar ritualizado de algo, e não apenas pelo que é produzido. Então, podemos automatizar muitas atividades que sejam meios, e enquanto elas são meios, mas precisamos de interesses e identidades para termos símbolos que nos permite preencher de significado aquilo que estamos fazendo, pelo menos parte das atividades da vida. O trabalho assalariado é a grande expressão das atividades que não importam enquanto momento de execução, ao contrário, servem apenas para obter um fim diferente, um dinheiro, que se checasse antes dispensaria a atividade, usada como meio, de existir. Essa subjetividade toda que nos permite valorizar coisas, nos identificarmos com um mundo que nós identificamos, e no qual passamos a existir, implica em transformar em luta, em revolução a sociedade atual que nos limita a nos realizarmos, porque em nossa limitação criamos essa sociedade e/ou tivemos outras sociedades esmagadas e fomos engolidos (e provavelmente passamos a existir precariamente sem referenciais próprios). Eu concordo muito que ao corporificar o coletivo no corpo individual, muitas identidades deixaram de designar grupos para falar de indivíduos que vão deixando de se relacionar, solidarizar, para se representar da forma mais abstrata e idealista possível (numa vitória capitalista individual que motiva quem explora). Existe limitações muito amplas na sociedade capitalista, que vai desda forme, até toda uma estrutura que produz identidades limitadas à existência do humano como mercadoria (enquanto recicla toda uma tradição etnocêntrica sem se dar por consciente ou se problematizar. Por isso, não dá para falar de identidade sem falar de dominação, sem pensar em como que a identidade pode assumir a dominação e ser conservadora ao dar significado a uma vida dominada, logo, como que para falar de identidade de forma emancipadora tem que contextualiza-la na realidade concreta das relações sociais e ambientais. No plano abstrato, é fácil identificar na vida de um negro rico a superação do racismo estrutural, mas a prática da identidade e da existência do povo negro segue material e subjetivadamente marginalizada e esquecida, ao mesmo tempo que o coletivo passa a se ver no individuo e assumir ideias de uma identidade possível no e para o capitalismo (até o debater sobre celebridades deixa de pensar como que não temos espaços organizados por nós e tempos para debatermos em nossas vidas as questões que num clipe são extremamente simbólicas). Apesar disso, da necessidade de falar de identidade como relação de dominação e como superação da dominação, as identidades não deixam de existir após a luta, elas se transformam, mas a diferença permanece, e as relações entre os diferentes precisam ser pensadas também em utopias, em outras dinâmicas sociais. Falar de novos mundos possíveis como superação do capitalismo não pode ser pensar em um mundo ideal calculado com o humano excluído da equação, partindo do universalismo padronizador para conceber uma utopia para seres humanos genéricos no lugar de pluralidades. Vou continuar assistindo aqui. É que o tema me base sempre em reflexões recorrentes.
Melhor video que assisti aqui esse e a parte 2. Um ótimo complemento a ele é ver também sobre esquerda pós moderna. Parabéns fechou o ano em melhor estilo.
Muito bom. Cheguei a concordar com a questão de deixar de lado algumas questões em relação às minorias, para focar apenas nos pontos econômicos e nas forças trabalhistas. Porém, lendo opiniões e refletindo sobre o assunto, percebi que não se pode abandonar a importante questão da defesa dos direitos das minorias a troco de ganhar terreno buscando votos dos moderados e daqueles de centro-direita. Sensacional, Sabrina.
Cara eu não me considero de esquerda, nem revolucionário, mas seu discurso do 25:05 a 25:35 foi demais nossa, parabéns foi um ótimo quebrador de argumento
Sabrina, estava justamente pensando sobre isso. Como é difícil debater raça, gênero e sexualidade com a esquerda marxista. Penso como vc, que a luta deveria ser vista como anti-opressão e não identitária. Parabéns por mais um vídeo incrível!!
Muito bom o vídeo! Eu vejo essa pauta do identitarismo como sendo bem diferente em diversos países no mundo, e a forma como ela forjou a feição da sociedade, por exemplo, nos EUA, lá é possível observar a forma como a segregação racial e a doutrina da "separated but equals" fomentou a criação do orgulho negro e fez com que a sociedade americana se torna-se cada vez mais heterogênea e separada. Isso de deu pelo processo histórico no qual os EUA estava inserido, no qual seu federalismo puro permitiu que os estados federados aprovassem leis que reforçassem a segregação e a criminalização dos casamentos inter-raciais nos Estados Unidos. A tese do identitarismo, ao meu ver, nasceu no bojo da política eugenista de alguns estados e representações políticas com ideias aproximadas da extrema direita, que apregoa que a miscigenação das raças vai provocar um caos social e que tem o risco de provocar o que eles mesmos intitulam de "white genocide". Do lado dos negros vemos o mesmo fenômeno, pois em movimentos como black lives matters é possível se ouvir discursos como a da pureza racial negra e também em alguns bairros o ódio contra quem não é negro é visível. Isso mina toda a unidade nacional em torno dos requisitos para estabilidade social, vejo quer o estopim foi alcançado nos eventos de Chalotsville em 2017, no qual vemos os EUA cada vez mais separado e instável e que cada dia que passa vem fazendo dos EUA um país que necessita cada vez mais de monitoramento de seus cidadãos e proporciona às agencias de inteligencia a falsa "legitimidade" para fiscalizar a a vida privada de seus cidadães.
Ah gente, editem a legenda desses dois videos, por favorrrrrr.
Sou Surda bilíngue, mestranda em Serviço Social é acompanho aqui o canal da Sabrina, mas infelizmente nem todos os videos tem legenda... então, só consigo assistir os que tem.
A legenda automática é muito ruim, devido aos erros e falta de pontuação.
Super quero entender bem esse vídeo sobre as questões identitárias. Me interesso muito por isso.
Então, ficarei na torcida pra que legendem o mais rápido possível.
Gente, não sei quem editou a legenda. Queria avisar que já assisti as duas partes do vídeo e agradecer pela legenda.
Feliz 2019 com muita resistência.
Muito feliz por vc ter conseguido 😍
Coração ficou aquecido ❤️
@@horaassurda que bom que legendaram, bom ver que as pessoas possuem essa preocupação
Isso, apoiar as questões das pessoas surdas, também é luta antiopressão.
"Identitarismo é aquele que fica falando para os outros checarem seus privilégios, mas faz pouco pra pautar a transformação social que mexe com as estruturas!" É ISSO
Falou a branca
@@polianealvesdeoliveira7373 óh um reflexo do que a Sabrina fala no vídeo que provavelmente tu não tenha assistido.
Muito do feminismo radical acabou se perdendo nisso e agora em muitos lugares do centro do capitalismo chegam a marchar do lado de neo-nazistas contra direitos de pessoas trans.
A identificação com o sofrimento é tão grande que ao invés de lutar pelo fim da opressão, elas lutam para que outras pessoas tenham seus sofrimentos negados porque só a elas é permitido sofrer
@@polianealvesdeoliveira7373😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂.
Vc é uma das melhores vozes da resistência atualmente. Gosto muito do seu conteúdo, me fez abrir muito a cabeça em relação ao marxismo e esquerda radical
Isso não é resistência, isso é movimento burgues lutando por privilégio, enquanto dão "poder de fala" criando negro, mulheres e gays profissionais, lesam o Brasil vendendo sua riqueza. Não caia no dividir para conquistar, Eles criam briga entre mulheres negras e mulheres brancas para nos manter em perpetuo conflito enquanto roubam na mão grande.
Eu gosto do termo "luta anti-opressão" também até porque engloba a luta contra a opressão humana e animal. Obrigada por mais esse, Sabrina!
Termo vago e não abrange abordagens mais vanguardistas.
Eu acredito que o termo seja amplo, mas não vago. Pelo contrário, ele descreve bem a ideia geral, agora claro, isso não implica impedir a adjetivação. Até porque já temos a nomeação dos "sujeitos" (feminismo, racismo, homofobia, transfobia e gordofobia)
Eu já me punha a escrever até que vi que tinha dito. Haha obrigado, Leonardo
Isso não passa de disfarce, é identitarismo mesmo, fazer concurso publico cujo pré-requisito é ser travestir, ou dar privilégios para uma minoria indígena "manter" seu povo na idade neolítica é jogar os índios para o garimpo ou fome.
Por causa da Sabrina to querendo fazer um canal do TH-cam e dar minha contribuição por aqui... Maravilhosa!
Ela me inspirou a criar o meu! 💚
Faça!
Vem que a gente assiste!
Por favor!
Faz mesmo. Este espaço carece de vozes que provoquem o pensamento humano.
amo uma fada didática marxista. eu bem me senti culpado pelo "fracasso" da esquerda jogando a culpa na luta anti-opressão LGBT.
mas a que esquerda abre mão e negligencia essas pautas não está muito interessada em acabar com as opressões e sim ganhar o poder a qlqr custo.
``...ganhar o poder a qlqr custo.```
Exatamente!!
Mds, que tudo saber que a loba assiste a Sabrina (mesmo qu3e esse comentário tenha sido feito 4 anos atrás haha) ❤️❤️
Sabrina Fernandes, sou ativista de esquerda e estou gostando imensamente do seu contéudo intelectual e compromisso contra a opressão
"A vivência é tão limitada e tão sujeita a ideologia dominante quanto a teoria é separada da prática." Sabrina você é brilhante.
Olha se nao é a mulher que me inspira a terminar meu mestrado e ser doutora!
Maytê Ovalle idem!!! Meu mestrado tá sendo tão difícil, sem apoio e orientação. Todo dia assisto um vídeo da Sabrina para me inspirar, para retomar o sentido.
E sinto que a minha argumentação melhorou sabe!?
Simmm... eu nao sei quanto a argumentação, pq meu tema é mto diferente disso e tb acho q se deve a carga de leitura que vai aumentando e etc, mas eu olho pra ela falando e penso “pqp eu quero mto chegar nesse nivel”.
Tô aqui na mesma que vcs, @May e @Carolina BS. Ela é inspiradora mesmo.
@@OArquiteto1 Hoje sou mestre em Direito Público!
"Neo-marxismo-gaysista-feminista, que é praticamente algo que o Jordan Peterson diria se ele falasse português".
Kkkkkk. Ganhei minha noite.
Parabéns pelo vídeo, Sabrina!
Toda vez que o Peterson crítica os pós-modernos eu me ofendo kkkk
Quando eu comecei a assistir videos no youtube, acompanhava seu canal e cheguei a comprar o "Open Society", do Popper, por indicação sua. Tu foi abandonando o canal e eu fui ficando muito marxista pro seu liberalismo ahahahaha Vi que você voltou a postar algumas coisas. Vou reinscrever no seu canal.
Nossa, tenho alguns amigos absorvendo massivamente o que o Jordan B. Peterson diz e tô só com cara de q?????????
th-cam.com/video/buD2RM0xChM/w-d-xo.html
Tem mais links th-cam.com/video/9arXKu_1p9I/w-d-xo.html esses debates do Jordan Peterson sãoo muito bons, ele vence todas as vezes nesses debates.
Conheci o canal hoje
Sabrina vc é inspiração!!!!
Sua aula muito esclarecedora,
Muito consistente seu conhecimento
Obrigada por compartilhar
É muito bom ver alguem como você que entende de marxisismo falando sobre isso e não ter vergonha de ser marxista.
Pelamor de Deus eu amo essa mulher e esse canal. É uma benção poder assistir uma mulher inteligente como vc falando sobre marxismo e lutas anti opressão no TH-cam 💖
Já vou ler o livro da Wendy Brown. Que aula majestosa. Gente, que condução, domínio dos assuntos, toca nas feridas de todos as alas da esquerda. Incrível. Que maravilhosa descoberta foi esse canal.
Eu nunca tinha ouvido o termo anti opressão e com certeza vou aderir! É exatamente isso que eu acredito: a lista anti opressão e não nas tão criticadas "pautas identitárias".
Enquanto o marxismo e as esquerdas não se juntarem à luta contra todas as opressões, não só a de classe, não teremos forças para continuar na luta
Não sou marxista. A sua qualidade argumentativa é brilhante. Parabéns.
Sabrina, obrigada por esse vídeo. Eu te mandei direct pedindo para abordar essa questão aqui no canal. Fico feliz por atendido nossos pedidos, e como sempre, de uma forma muito esclarecedora. Gratidão.
Me sinto orgulhosa de seguir esse canal. Já parei de seguir muitos ativistas negros por ressaltarem ressentimento, promoverem ódio, não trazendo nenhuma pauta para unir as diferentes raças e classes desse país.
Você me ajuda muito, obrigada!! Não tive acesso a informações acadêmicas, e assistir seus vídeos me leva a reflexões que jamais fui capaz de imaginar. Agradeço
Tão bom ver esses caras se incomodando com seus vídeos e discurso.
Parabéns pelos vídeos, você é foda 👏
Na minha humilde opinião, não tem o que por nem tirar! Mais um vídeo importante e muito bem feito! Parabéns!
"Em geral, o debate de identidade não nega nem substitui a discussão de classe". Isso aì, Sabrina!
Oi, Sabrina.
Sou formado em filosofia, além de lecionar. Confesso que minha jornada académica pouco entrei nesses assuntos, mesmo lendo , com alguma cautela e atenção, figuras como Marx, Marcuse e a escola de Frankfurt.
Tenho aprendido muitas coisas com seus vídeos, que me proporcionaram ampliar minha interpretação para vários assuntos que me sinto super leigo.
Muito obrigado.
Eita, Sabrina, vc é gigante. Tá anos-luz à frente no debate contra a opressão da classe trabalhadora! Precisamos te ouvir e ler muito mais!
Prezada doutora Sabrina, gostaria de dizer que gosto muito de seus vídeos, pois você tem a didática e simplicidade, sem perder o rigor jamais.
Contudo, caríssima doutora, gostaria de fazer alguns reparos a seus vídeos, se você me permite. De forma alguma eles diminuem o brilho intenso de seu trabalho no TH-cam.
Acompanho um pouco do trabalho de Rui Costa Pimenta e do grupo do PCO. Não creia jamais que eles sejam anti-feministas, anti-feministas ou anti-LGBT. Sendo marxistas e trotsquistas, eles creem que a principal luta é a luta entre classes. Talvez você concorde com ele, pelo menos em grandes termos.
Não sei o que a doutora pensa, mas não considero o PT uma organização de esquerda. Com certeza seu governo não mexeu nas políticas do governo neoliberal de FHC: não baixou juros e nem desfez as privatizações criminosas e daninhas ao interesse público daquele tempo. Talvez o PT possa ser classificado como de centro-direita.
Acredito que haja razões para crer que a orientação de centro-direita não foi apenas tática, e nem conjuntural.
Mas também acredito que a doutora talvez esteja menosprezando as conquistas e as dificuldades da política prática, que antigamente se chamava de realpolitk. O Brasil é um país muito conservador e tudo é muito difícil por aqui. Penso que, se o PT atraiu o ataque unânime de toda plutocracia brasileira, com uma pauta tão acanhada, com certeza atrairia um ataque ainda mais feroz se houvesse ousado mais.
Uma parte dessa ousadia com certeza seria dar um caráter de combate ideológico a muitas de suas iniciativas. Há quem diga que Lula tem medo patológico ao conflito e jamais tentaria algo mais ousado.
Certíssima, Sabrina! Não interessa sua posição política, nível intelectual ou argumentatividade: o que importa é ser honesto, decente e ter humildade para reconhecer seus erros. De que adianta uma tonelada de diplomas se eles não nos tornam pessoas melhores? Fica a lição: ser uma boa pessoa não significa apenas defender uma boa causa. Feliz ano novo!!!
É o que venho falando para meus amigos que se dizem de esquerda. Quando eles falam com pessoas que têm menos com conhecimento, se comportam com ignorância. Por isso que o povo se afastou.
@@Haysh7 pena. Algo que Leonardo da Vinci dizia era: "nunca conheci um homem tão ignorante que não pudesse aprender algo com ele". Já agi assim e me arrependo muito, hoje busco dar exemplos por conduta. É fácil? Não. Mas vale a pena. Obrigado por responder! Abraços ;)
O melhor canal da "onda progressista" do TH-cam"! Traz conteúdo, com qualidade. Sou fã.
Sei que tô no caminho certo, quando acompanho e gosto muito de dois canais tão bem produzidos, cheio de conteúdos e informativos. Vocês são demais.
Ela é da Esquerda Radical
Bom dia. Poderia postar os links dos canais nacionais e internacionais da "onda progressista" do TH-cam ? Obrigadissimo!
Argumento irretocável! Foi com você que eu mais aprendi qualquer coisa este ano ( e estou no segundo ano do mestrado ). Parabéns Sabrina muito obrigada por mais um vídeo com tanto conteúdo e assertividade.
Gostaria de dizer que conheci teu canal de vídeo hoje, através de uma curtida de Twitter da Nath Finanças, e estou ENCANTADA com sua análise. Nunca havia escutado tal ponto de vista e o termo "luta anti-opressão" é tudo o que eu precisava para conciliar meus pensamentos sobre o assunto. Muito obrigada. Parabéns! Vou seguir seu trabalho e desejo muito sucesso.
Fico tão feliz em ouvir essas posições. É bom saber que a gente não está só
Nossa, esse vídeo me trouxe tanta clareza a respeito desse tema que eu nem tenho como agradecer o suficiente. Gratidão imensa por esse conteúdo valioso por aqui, Sabrina. Você é um pontinho de luz nesse lamaçal que estamos vivendo.
Exponho aqui o trecho de um texto de um filósofo marxista cujas ideias concordo em grande parte.
"A ética contemporânea faz grande alvoroço em torno das diferenças culturais. Sua concepção do outro tem em vista essencialmente esse tipo de diferenças. E seu grande ideal é a coexistência tranquila das comunidades culturais, religiosas, nacionais etc., a recusa da “exclusão”.
Mas é preciso sustentar que essas diferenças não têm qualquer interesse para o pensamento, não são mais que a evidente multiplicidade infinita da espécie humana, a qual é tão flagrante entre mim e meu primo de Lyon como entre a comunidade xiita do Iraque e os cowboys do Texas.
O embasamento objetivo (ou à maneira de historiador) da ética contemporânea é o culturalismo, a fascinação verdadeiramente turística pela multiplicidade dos hábitos, dos costumes, das crenças. E especialmente pela inevitável bizarria das formações imaginárias (religiões, representações sexuais, formas de encarnação da autoridade...). Sim, o essencial da “objetividade” ética provém de uma sociologia vulgar, diretamente herdada do espanto colonial diante dos selvagens, ficando entendido que os selvagens estão também entre nós (drogados dos subúrbios, comunidades religiosas, seitas: todo o aparato jornalístico da ameaçadora alteridade interna), ao que a ética, sem mudar o dispositivo de investigação, opõe seu “reconhecimento” e seus trabalhadores sociais.
Contra essas descrições fúteis (tudo o que nos contam ali é uma realidade ao mesmo tempo evidente e por si mesma inconsistente), o pensamento verdadeiro deve afirmar o seguinte: sendo as diferenças o que há, e toda verdade sendo o vir-a-ser do que ainda não é, as diferenças são precisamente o que toda verdade deposita, ou faz aparecer, como insignificante. Nenhuma situação concreta é esclarecida em razão do “reconhecimento do outro”. Em toda configuração coletiva moderna, há pessoas de toda parte, que comem diferentemente, falam múltiplos idiomas, usam diferentes chapéus, praticam diferentes ritos, têm uma relação complicada e variável com a coisa sexual, amam a autoridade ou a desordem; e assim segue o mundo."
(A. Badiou. Ética: um ensaio sobre a consciência do mal. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995, p. 40-1)
Nunca haviam me explanado os temas abordados de forma tão clara e lúcida como neste vídeo. Parabéns, professora! Me identifico mais com a esquerda liberal (acabei de aprender o termo), mas confesso que sua aula incitou muitas reflexões sobre um campo com ideias que considero essencialmente utópicas.
Sempre vi comentários muito positivos em relação ao canal , vindo aqui pela primeira vez e comprovando ao vivasso o quanto o conteúdo é bacana e responsável
Caraca, é muita informação pra um vídeo só. Já to vendo que vai ser um daqueles vídeos que vou demorar uma semana "digerindo" e voltando sempre pra assistir um trecho. Até conseguir firmar uma opinião e organizar os questionamentos, só tenho a dizer que você é uma luz de sensatez nesse mar de escuridão e loucura cheio de jargões e frases de efeito. Não só a esquerda, mas a sociedade brasileira precisa de você Sabrina!
Esses vídeos são ouro. Melhores vídeos sobre o tema até hoje ✊🏽⚧☭
Adoro esse debate todo. Gosto de saber das nuances na esquerda. Faz bem, faz se desenvolver e se emancipar. Obrigada
No final fico sempre muito grato pela aula. Obrigado por mais esse vídeo 💙
Esse vídeo abriu a minha cabeça de uma forma... que você nem imagina!
Isso devia ser um podcast pra gente assistir no banho, na faxina, no transito... Adorei!
cara, eu pensava ser a única a assistir os vídeos da professora anotando TUDO. Eu rabisco tudo, faço anotações sobre tudo que você fala. Obrigada por compartilhar seu conhecimento com a gente, isso é mto importante!
Obrigada pelo vídeo, Sabrina e equipe do Teseonze! Tô maratonando tudo de novo nesse ano de 2022, no qual é mais importante e necessário ainda se engajar, fortalecer nosso discurso, e apoiar os nossos!
Muito obrigado por me ajudar a abrir meus olhos. Seus vídeos são incríveis e esse então foi maravilhoso. Obrigado
Sugestão de vídeo para a playlist do dicionário: R de Revolução
Vou comentar antes de ver o vídeo. Sendo hiper sincera este é o primeiro vídeo seu que vou assistir. Cheguei em vc por indicação do Samuel Borelli, que eu também conheci após as eleições por indicação se não me engano do PC Siqueira.
Quando eu vi o nome do Paulo Ghiraldelli nos vídeos do Samuel eu torci o nariz, parei de seguir essa pessoa desde 2013 quando deu lá o bafafa do protesto dos alunos. Mas pensei, vai que ele mudou..... Passou umas 2 semanas descobri que ele não mudou e o pior a resistência está povoada de esquerdomacho com aquelas antigas posturas de protecionismo. Falaram que era piada, falaram que vc deveria ter resolvido em privado, falaram que loira burra não é machismo.... falaram até que ele teve motivos pra te chamar de burra......
E muitos falavam assim "temos coisas mais importantes do que pauta identitária". Olha, não sei pra você, mas pra mim pauta feminista é discutir sobre maternidade compulsória, violência obstétrica, equiparação salarial, etc, etc, etc.
Não reproduzir o machismo praticado pela sociedade conservadora não é pauta é o mínimo de respeito que se espera daqueles que se dizem progressistas.
A resposta do Paulo era algo que eu já esperava, o que me chocou foi ver tantos caras amenizando e te criticando, mesmo enquanto homens estavam te defendendo. Foi decepcionante, porém não surpreendente....
Achei legal seu posicionamento. Concordo com ele, principalmente quando vc aborda sobre o acompanhamento pelos seguidores do PG em um quase linchamento dele contra as idéias da Sabrina.
Concordo com sua fala!!!
Com relação a Paulo G. deixei de seguir há anos!!!
Ainda nem vi o vídeo mas já sei que vai ser 10/10. Inclusive ouvi sua participação no podcast Filosofia Pop sobre ecossocialismo e eu tô simplesmente apaixonado pelo conteúdo incrível que você sempre traz, tem me ajudado demais na construção da minha militância. Muito obrigado
Muito bom, precisamos não incorrer nos mesmos erros do passado, uma vez que todo movimento social, que sacraliza as liberdades individuais, corre o risco de ser incorporado pelo neoliberalismo. Os levantes políticos que varreram o mundo em 1968 traziam uma forte inflexão entre os desejos de maior liberdade individuais e os objetivos políticos de justiça social, uma vez que a luta por justiça sociais pressupõe solidariedade social capaz de submeter vontades, necessidades e desejos a uma luta mais geral. Por isso concordo contigo que o termo "opressão" pode muito bem substituir o termo "identitarismo", não só por unir as pautas contra o capitalismo, mas para evitar as confusões e "treta" do passado, que instrumentalizaram oportunidades eficientes para nossa derrocada.
Perfeito!! Perfeito!!! Perfeito!!! Perfeito!!!! Super em cima da questão! Mandou bem demais, Sabrina! Seu vídeo traduziu as minhas angústias. A questão é trabalhar a aderência dessas lutas e discussões à luta anti-opressão, pelo marxismo. Eu sinto uma dificuldade no próprio espaço acadêmico, marxista, para trabalhar melhor isso e compreender melhor, sem rechaçar de cara, por falta de compreensão e/ou preconceitos. Quem ganha com isso é o capitalismo e a esquerda liberal, como disse. Perfeito! Adorei!
A própria esquerda neoliberal que criou as pautas identitárias que a nossa esquerda gourmet, na figura da loirinha do PSOL aqui do vídeo, adota. Ainda bem que o PT ainda não abraçou o identitarismo por completo.
"Loirinha do PSOL" ? De quem vc tá falando? Me poupe!
@@carolinacunha9952 Sabrina é a loirinha (agora é ruivinha) do PSOL. Ecosocialista kkkkkkk
Continuem apostando no identitarismo que o Bolsonaro irá levar em 2022.
ora ora se não é minha inspiração
Aproveita aqui minha participação, para agradecer a professora! Bem esclarecedor! Uma bela aula! É muito bonita! Por sinal!
Nossa Sabrina, sensacional essa parte 1!Eu comecei a, digamos, balançar minhas correntes, pelo contato com o feminismo e vegetarianismo, inicialmente feminismo liberal msm, hj eu enxergo isso. E de uns 2 anos pra cá tenho sentido que aquele feminismo nao tava sendo suficiente, realmente uma CEO por vez nao tava causando mudança suficiente. Ae comecei e estudar mais sobre a esquerda e marxismo e etc. Ainda sei bem pouco, mas já tomei umas duas "xingadas" de pós-modernista qdo tava tentando aprender q fiquei sem entender até pouco tempo atrás. Esse vídeo tá colocando mais umas pecinhas no lugar!Mtoooo obrigada por todo seu esforço, tah foda msm!!Vou ver a parte 2!
Já é meu vídeo favorito do canal. Muito importante esse debate.
O que a Angélica lovatto chama de transgressão resignada é também um ótimo termo pra entender essa questão da rebeldia individual de ser contra opressões de maneira "despossuida" e liberal.
11:55 sempre que converso com a turma do identitarismo principalmente a galera decolonial esse tema é abordado de forma muito enfática, a primazia do sofrimento, a impressão de que a minha comunidade sofreu mais ou é ou foi mais explorada, como que no período escravista americano não tivessem europeus sofrendo também e em grande intensidade, e com isso esse turma desdenha fo marxismo dizendo que um ciência social europeia não pode ser usada em lutas periféricas, que se precisa de uma teoria nova e periférica e eu considero isso um erro, eu vejo gente repetindo o que já foi dito mas pensando ter inventado a roda.
Sabrina, retornando nesse conteúdo depois d ouvir um grupo d marxista falando dos movimentos identitários. Lembrei do seu conteúdo e vim correndo ouvir novamente. Obrigada!!!!
Excelente vídeo Sabrina, muito bem explicado. Adorei!
Muito bom e lucido do modo como foram tratados tais assuntos, e como bem pontuado, pautas mesmo sendo legitimas e importantes podem por vezes ofuscar uma questão de abrangência maior como a opressão e exploração de classe.
Siiim esse é um dos meus vídeos preferidos! A esquerda inteira deveria te assistir e te ler, Sabrina!!
Sabrina, meu amor! Cheguei tarde nesse aqui, mas resolveu minha vida. Estava com um milhão de dúvidas a respeito e você respondeu todas elas com esses dois videos. Muito obrigada!
Estou extasiado por esse canal, descobri ontem e já estou maratonando. Obrigado por oferecer estes conteúdos fantásticos!
Sempre gosto muito dos seus vídeos, não conhecia, um feliz encontro.
Vou passar a assistir daqui pra frente, as notificações est]ao ativadas.
Oi Sabrina, eu realmente gosto muito das suas aulas, gosto bastante de filosofia e sua maneira de expor é muito esclarecedora para mim...obrigado e, na medida do possível(em face do novo presidente), desejo a vc e aos que vc ama um excelente ano de 2019.
Que vídeo excelente pra esquerda se localizar e pra entender a real dinâmica entre a luta contra as pautas que são abraçadas pelo liberalismo! Parabéns pelo conteúdo!!
'Gayzismo' é dose, e o cara ainda se diz intelectual pf.... assisti uma entrevista da primeira trans eleita em SP e entendi que a pauta do gênero não pode sair da bandeira da esquerda só para amenizar o confronto com a direita, foi por essas e outras que a esquerda perdeu a identidade e levou caldo na eleição. Sabrina, qdo fiz mestrado em educação, um dos autores que estudei foi o autor de "Ciladas da diferença", do Antonio Flávio Pierucci, onde ele afirma que ao se diferenciar demais, acaba se criando um fosso com os demais grupos sociais, acho que tem a ver com o vc falou sobre o identitarismo puro e simples sem tocar na questão econômica da exploração, que é um lance mais universal
Que? Como assim foi por essas e outras que a esquerda levou caldo nas eleições? Levou caldo nas eleições justamente porque grande parte do eleitorado é conservador e cristão e, graças a uma mega propaganda dos reacionarios, conseguiram jogar essa parte da classe trabalhadora contra a esquerda dizendo que a mesma queria diluir seus valores e quer saber? A esquerda marxista quer mesmo, mas jamais pode escancarar isso. Nem precisa da esquerda marxista, progressistas em geral pensam que determinados valores conservadores devem ser combatidos por conservatem determinadas pautas e costumes nocivos há as minorias. Há única coisa que se deve ter mente e que é comprovadamente verdade, é que o PT ganhou quatro eleições seguidas longe de discursos identitarios e voltados de uma maneira externa e 100% para a classe trabalhadora sendo esta conservadora. Defendendo pautas como aborto ou casamento gay de maneira implícita para não jogar eleitores cristãos para os opositores tucanos. Façam isso novamente ou dificilmente uma esquerda terá espaço no Brasil pois de maneira alguma a esquerda vence defendendo explicitamente um progressismo que uma sociedade conserva despreza. O discurso deve ir para a economia pois lá a esquerda atrai os trabalhadores e assim foi nos ultimos 12 anos com Lula sabendo muito bem o anseio do brasileiro comum. Afinal, ele ja foi um deles.
Renata, Realidade material miseravel produz consciências miseráveis. O conservadorismo de uma sociedade vem das classes dominantes e da realidade material na qual ela esta inserida. Pois ela não apenas é dominante na economia como também na cultura e em diversos outros setores sociais. Por isso se chama DOMINANTE. Agora, o que se deve ter em mente e que a esquerda ainda não percebeu, é que, diferente dos países europeus, o Brasil NUNCA passou por uma revolução burguesa, dirigida por uma burguesia industrial e laica como ocorreu em diversos países europeus. As elites daqui são diferentes de lá. O conservadorismo de lá não foi desconstruido apenas graças a esquerda e sim graças as próprias revoluções burguesas de carater secular, o que não houve no Brasil. Quando digo que o conservadorismo de lá foi desconstruido, me refiro a menor influência que a religião exerce na sociedade comparado a do Brasil. E claro que tal influência está sendo exercida em campos que afetam gays, mulheres e mesmo os negros. Mas, como dito também, as revoluçoes que as burguesias europeias fizeram foram de carater secular e isto contribuiu para que os sociais democratas tivessem mais espaço para combater a influência religiosa que antes era exercida sobre as minorias excluidas, resultando em um maior grau de tolerância a estas pessoas. Mas nada disso ocorreu no Brasil. Essa questao identitaria - burguesa - liberal - a esquerda ainda não entendeu. Pensam que basta vencer eleições com um partido progressista para construir uma sociedade progressista, tá errado. Isso é idealismo, o espírito dominante na sociedade não provém dela mesma mas da realidade material sob a qual ela vive.
Mas o capital não governa apenas pelo conservadorismo mas também pelo liberalismo e outros "ismos" que possam ser usados para sabotar a luta da classe operária. O PT nunca foi um partido que almejou o socialismo e sim uma social democracia tal como hoje o PSOL e mesmo o PCdoB almejam. Eles pensam(e de certa forma estao corretos) que hoje uma revolução socialista no Brasil é impossível cabendo os partidos lutarem por pequenas reformas tal como Eduard Beinstein há muito sugerira lutando com as ferramentas que possuem em mãos; com a democracia burguesa. Essa é uma análise revisionista mas esta será a taticas da esquerda como há muito o é, mas os marxistas não perceberam isso, pois hoje os mesmos vivem em um idealismo pensando que somente através da educação conseguirao despertar a consciência da classe operária mas tal consciência só pode ser despertada quando os mesmos analisarem sua própria realidade material. A esquerda deve ficar no campo da economia e esquecer a questao da moral e cultural pois estas provém da questão de classe e, portanto, da economia. Essas mudanças podem vim quando a esquerda estiver realmente com o poder político na mão, mas não antes.
@@lukasmatheus4777 a Sabrina fala no vídeo sobre esse movimento da classe trabalhadora em direção ao conservadorismo e nisso eu concordo com ela. O povo está defendendo pautas conservadoras porque o trabalho não foi feito.
@@lukasmatheus4777, sinto muito, mas isso é um balanço bem idealista dos governos petistas. O Lulismo obteve sucesso eleitoral dado a sua argúcia na arbitragem de interesses, aproveitando uma conjuntura econômica favorável para administrar mudanças pontuais, porém importantes, na estrutura oligárquica desse país.
Depois, não há um átomo de verdade na afirmativa de que "O PT se manteve afastado das pautas identitárias". Pelo contrário: a veia liberal dilatada do petismo transformou a própria classe trabalhadora, em sua complexidade concreta, numa identidade, num processo que ficou conhecido como "pobretologia": uma defesa moral dos mais pobres, cuja principal preocupação e pauta de reivindicação é a inclusão pela via do consumo. Além disso, no período Dilma I, prezou-se, a meu ver acertadamente, pela representatividade de mulheres, indígenas, negros, etc (além claro da defesa das cotas, que vem desde de Lula). Portanto, o PT abraçou contraditoriamente ambas as vertentes da luta identitária.
E quanto à economia, por favor, né? Reformismo conservador e imobilismo político não são os melhores instrumentos de atuação tendo, de fato, a centralidade na classe trabalhadora.
@@lukasmatheus4777 a tua posição é conservadora, estás a pensar dentro do pragmatismo do PT e nas estruturas do capitalismo. Ganhar eleição não é ter o poder nas mãos, pois as estruturas socais, jurídicas, ideológicas, midiáticas e afins são todas burguesas. Governa com as regras deles ou te derrubam. Visto que os partidos de esquerda liberal não têm em perspetiva a derrubada do capitalismo por meio da revolução. O PT precisar cair na realidade, radicaliza as suas lutas ou cairá na vala comum que os grande partidos dessa esquerda liberal caiu (as esquerdas europeias). Por outro lado, reconheço que a esquerda precisa pensar e desenvolver uma forma de falar e provar consciência na classe trabalhadora acerca dessas estruturas de opressão. Esse Ananás somos nós que temos que descascar.
@@CarlosHortmann, se brincar, camarada, já caiu faz um tempinho.
Sabrina você é brilhante. Você faz um conteúdo incrível e de muita autocrítica até mesmo para a esquerda. Minha orientação política no momento é de centro esquerda, mas confesso que uso esse rótulo porque sei que ainda preciso de tempo para estudar mais e terminar de entender minha posição. Estudo aqui na Argentina e aqui a faculdade é gratuita para todos como direito fundamental. A educação gratuita aqui é uma realidade é foi uma luta dos próprios estudantes contra a opressão, não foi uma luta somente da esquerda. Parabéns pelo conteúdo.
Obrigada, Sabrina... Esclareceu muito...😘
Que vídeo maravilhoso! Exaltou o que é necessário na questão das identidades de minorias, e fez críticas extremamente pertinentes! Maravilhosa! ❤❤❤❤👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Homem branco de esquerda aqui, porém aplaudindo cada vírgula da Sabrina, concordando com absolutamente tudo e correndo pra ver a parte 2!
Eu acho as lutas identitarias extremamente importantes, entretanto acho que a esquerda gasta muito mais energia nisso do que deveria, já que a luta de classes deveria ser nossa principal bandeira.
Reconhecimento, visibilidade... São duas palavras que por conta da consequente limitação fazem com que o movimento se apequene.
Olha, eu queria fazer algumas ponderações, e talvez eu faça ao assistir a segunda parte.
Mas você é uma gigante, e cada vez mais! Meu sentimento é que você é a personalidade do ano no Brasil, junto com a Natalie Wynn, internacionalmente.
*Edit: quando eu falei sobre fazer ponderações, é que eu tive uma experiência que me fez pensar sobre como cada geração lida de maneiras diferentes.
Creio que as diferenças de formação pessoal de cada geração é algo que merece mais atenção pra que haja mais eficiência na abordagem pra combater determinadas atitudes tóxicas.
Falo isso porque percebi que eu com trinta anos assimilo o mundo de uma maneira muito diferente das pessoas dez/quinze anos mais novos/velhos que eu.
Acho que existe um componente psicológico muito determinante nisso.
Muito fez de estar acompanhando Sabrina.
Começando agora a maratonar. obrigada pela playlist
Ações afirmativas como meio e não o fim. Mas, ações afirmativas Sim. Ótimo vídeo. Adoro suas aulas, dá fôlego para a existência e resistência a esse sistema opressor.
Sabrina, eu te agradeço muito por esse vídeo! Eu vi no "ilha de barbados" esses dias o Ciro Gomes dizendo que a pauta identitária tem que acabar, que a gente tem que parar de falar de feminismo, racismo e lgbtqifobia e voltar a falar de emprego e salário. E eu fiquei com um mau estar quando ouvi isso. Você fez por mim o que a minha terapeuta faz: organizou o meu pensamento e me fez entender por que eu fiquei com a sensação de que isso não era verdade. Foi providencial!
Mas o Ciro Gomes está certo. Quanto mais a esquerda falar de pautas identitárias e esquecer a classe trabalhadora irá perder todas as eleições. Maioria dos brasileiros tá pouco se lixando pra feministas que mostram peitos na rua ou gays que fazem suas paradas anuais. Povão quer emprego e salários maiores.
O fato de você (e a Sabrina, como toda boa PSOLista) não aceitar essa verdade é mais um motivo que fará o Bolsonaro ser reeleito em 2022. Só o Lula tem alguma chance de ganhar, justamente porque não fica falando de pautas identitárias e foca o seu discurso no pobre e no trabalhador.
O mundo não fira em torno do DCE da sua faculdade, Lika Lemos.
@@Nimbereth haha adorei seu comentário
Vai trabalhar, sustentar uma família com salário mínimo e tu vai entender porque a pauta identitaria é secundária
@@96jsmta organizado pelo menos pra apontar dedo na militância da coleguinha ou é só comentador da luta de classes?
A classe trabalhadora é a mais importante, desculpa.
Excelente! Material essencial para nossos tempos
Rainha sensata, vídeo maravilhoso e necessário ♥️
Muito obrigado pelo esclarecimento, ter você nessa rede é incrível!
Você é maravilhosa. Video incrível, didático e esclarecedor.
Dei um pause aos 15min, só pra fazer algumas considerações, vou tentar depois olhar um pouco a discussão, quando terminar de assistir.
Sobre pautas identitárias, e melhor, antes, sobre identidade, eu focalizo a questão de um modo um pouco diferente.
Primeiro, as identidades são sociais, logo arbitrárias, logo questionáveis e historicamente transformáveis, o que não significa que elas devam ser necessariamente desativadas. Se pensamos no humano como mercadoria, reificada, equacionada qualitativamente para troca e quantificada (pesada e vendida) e por ai vai, então temos um monte de experiencias econômicas, que nos emprestam categorias para nós nos pensarmos, mas, principalmente, nos impõem dinâmicas sociais próprias do metabolismo do capital que se impõem sobre nós materialmente. Dessa forma, de modo geral eu acho que pensar de forma impessoal no ser humano, como geleia de coisa igual, como trabalho abstrato, etc, como algo ausente de identidade, e que pela própria ausência se preenche por um padrão masculino branco hétero, me parece um certo vício que vem de considerar que toda identidade se expresse em relações de opressão por si sós. Enquanto, identidade é dominação simbólica, mas não só dominação, também é um conteúdo positivo e humanizador, de um vazio que ao se esvaziar, pelos apagamentos, serve à dominação muitas vezes mais. Então, quero dizer que os seres humanos precisam de conteúdos positivos para sua identidade, que todo conteúdo abre portas e fecha outras (nos incluindo ou excluindo de grupos sobrepostos, ou refletindo na forma como pensamos aspectos do mundo e ignoramos outros, etc), nos historiciza, deve sempre estar aberto à mudanças, o que inclui o abandono de uma categoria, a adesão de outra, etc.
Segundo, é por meio dos nossos conteúdos positivos, as características que damos significado e incorporamos a nossa identidade e a identidade dos demais, que podemos pensar nossas necessidades materiais, que não se limitam ao fisiológico (e mesmo o fisiológico é suprido já em um processo que coloca, também, cultura no prato). E como pensar economia, acesso a recursos, sem pensar em quais necessidades cada ser social, grupo, cultura possuí? O federalismo já trás muito da pluralidade que precisamos pensar para falar de novos mundos possíveis.
Terceiro, a própria igualdade é uma noção própria de uma sociedade conflituosa e com alguma escassez, então a medida em que se tem uma relativa abundância de acesso a igualdade perde certa aplicação. Não que seja possível superar toda e qualquer disputa, mas não faz sentido falar de igualdade sem questionar propriedade privada, a vida para o trabalho, e toda lógica material dentro da qual, e nos limites dela, existimos enquanto seres sociais no sistema capitalista. Então, quando lincamos identidade com igualdade, precisamos problematizar a estrutura de dominação, por a noção de igualdade pode ser muito mais adaptativa do que crítica e revolucionária. Quando se tem abundância em certos aspectos da vida, quando alguns tipos de conflitos são superados, o antagonismo das relações miseráveis de propriedade privada perde espaço, e a igualdade sobre um assunto que não gera conflito é tão útil quanto uma igualdade da quantidade de oxigênio que se pode respirar. Claro que a desigualdade de status não se resume apenas ao nível material de consumo, mas a produção de subjetividades, o que é feito pelo investimento de grandes capitais, por mais que os "indivíduos" produzam/subvertam certos símbolos e identidades, é o grande capital que permite instituições para pensar e fazer pensar (quem promove a ideia do racismo promove porque tem os meios materiais para promover, assim como o racismo estrutural é praticado através dos meios materiais).
Dá pra ir até o infinito nessas conversas, mas em quarto lugar, a vida não é feita só de consumir produtos, mas de produzir, de ações que não são apenas meios para outras coisas, e sim são finalidades que permitem nos realizar pelo próprio executar ritualizado de algo, e não apenas pelo que é produzido. Então, podemos automatizar muitas atividades que sejam meios, e enquanto elas são meios, mas precisamos de interesses e identidades para termos símbolos que nos permite preencher de significado aquilo que estamos fazendo, pelo menos parte das atividades da vida. O trabalho assalariado é a grande expressão das atividades que não importam enquanto momento de execução, ao contrário, servem apenas para obter um fim diferente, um dinheiro, que se checasse antes dispensaria a atividade, usada como meio, de existir.
Essa subjetividade toda que nos permite valorizar coisas, nos identificarmos com um mundo que nós identificamos, e no qual passamos a existir, implica em transformar em luta, em revolução a sociedade atual que nos limita a nos realizarmos, porque em nossa limitação criamos essa sociedade e/ou tivemos outras sociedades esmagadas e fomos engolidos (e provavelmente passamos a existir precariamente sem referenciais próprios). Eu concordo muito que ao corporificar o coletivo no corpo individual, muitas identidades deixaram de designar grupos para falar de indivíduos que vão deixando de se relacionar, solidarizar, para se representar da forma mais abstrata e idealista possível (numa vitória capitalista individual que motiva quem explora). Existe limitações muito amplas na sociedade capitalista, que vai desda forme, até toda uma estrutura que produz identidades limitadas à existência do humano como mercadoria (enquanto recicla toda uma tradição etnocêntrica sem se dar por consciente ou se problematizar. Por isso, não dá para falar de identidade sem falar de dominação, sem pensar em como que a identidade pode assumir a dominação e ser conservadora ao dar significado a uma vida dominada, logo, como que para falar de identidade de forma emancipadora tem que contextualiza-la na realidade concreta das relações sociais e ambientais. No plano abstrato, é fácil identificar na vida de um negro rico a superação do racismo estrutural, mas a prática da identidade e da existência do povo negro segue material e subjetivadamente marginalizada e esquecida, ao mesmo tempo que o coletivo passa a se ver no individuo e assumir ideias de uma identidade possível no e para o capitalismo (até o debater sobre celebridades deixa de pensar como que não temos espaços organizados por nós e tempos para debatermos em nossas vidas as questões que num clipe são extremamente simbólicas). Apesar disso, da necessidade de falar de identidade como relação de dominação e como superação da dominação, as identidades não deixam de existir após a luta, elas se transformam, mas a diferença permanece, e as relações entre os diferentes precisam ser pensadas também em utopias, em outras dinâmicas sociais. Falar de novos mundos possíveis como superação do capitalismo não pode ser pensar em um mundo ideal calculado com o humano excluído da equação, partindo do universalismo padronizador para conceber uma utopia para seres humanos genéricos no lugar de pluralidades.
Vou continuar assistindo aqui. É que o tema me base sempre em reflexões recorrentes.
Obrigada pela aula Sabrina! ❤
Meu sonho é que ao terminar 2019 esse canal esteja com 1M de inscritos
Utopia hehe 💖
Estava esperando esse vídeo! Muito bom, seguindo pra parte dois.
Silvana Vituriano fiquei a semana toda entrando para ver se já estava no ar!
Que aula! Vamos à parte 2 agora. 💜
Melhor video que assisti aqui esse e a parte 2.
Um ótimo complemento a ele é ver também sobre esquerda pós moderna.
Parabéns fechou o ano em melhor estilo.
Venho aprendendo muito contigo. Obrigada! Abraço.
Esse vídeo foi super esclarecedor, Sabrina! Fiz as anotações e, definitivamente, vai ser só assim daqui pra frente. Obrigada
voltando aqui de pois de uns meses. agora tenho ferramentas pra entender esse vídeo. obg
Tá melhor que sessão de análise. Maravilhosa! Conteúdo lindo.
Coloquei em 1,25x pq tava meio devagar.
Outro recurso útil é a mudança de velocidade. Funciona bastante bem.
Muito bom. Cheguei a concordar com a questão de deixar de lado algumas questões em relação às minorias, para focar apenas nos pontos econômicos e nas forças trabalhistas. Porém, lendo opiniões e refletindo sobre o assunto, percebi que não se pode abandonar a importante questão da defesa dos direitos das minorias a troco de ganhar terreno buscando votos dos moderados e daqueles de centro-direita. Sensacional, Sabrina.
Ótimo dia pra maratonar... 😊
Obrigado pelo vídeo e pelo trabalho em geral do Tese Onze.
HORA DA AULA. ♥♥♥
Cara eu não me considero de esquerda, nem revolucionário, mas seu discurso do 25:05 a 25:35 foi demais nossa, parabéns foi um ótimo quebrador de argumento
Eu assisto chorando e aplaudindo! Obrigada por isso ♥️
Sabrina, estava justamente pensando sobre isso. Como é difícil debater raça, gênero e sexualidade com a esquerda marxista. Penso como vc, que a luta deveria ser vista como anti-opressão e não identitária. Parabéns por mais um vídeo incrível!!
Sabrina, "Luta anti-opressão" é a idéia! E vou aderir o caderninho para assistir seus vídeos também rs.
Muito bom o vídeo!
Eu vejo essa pauta do identitarismo como sendo bem diferente em diversos países no mundo, e a forma como ela forjou a feição da sociedade, por exemplo, nos EUA, lá é possível observar a forma como a segregação racial e a doutrina da "separated but equals" fomentou a criação do orgulho negro e fez com que a sociedade americana se torna-se cada vez mais heterogênea e separada. Isso de deu pelo processo histórico no qual os EUA estava inserido, no qual seu federalismo puro permitiu que os estados federados aprovassem leis que reforçassem a segregação e a criminalização dos casamentos inter-raciais nos Estados Unidos. A tese do identitarismo, ao meu ver, nasceu no bojo da política eugenista de alguns estados e representações políticas com ideias aproximadas da extrema direita, que apregoa que a miscigenação das raças vai provocar um caos social e que tem o risco de provocar o que eles mesmos intitulam de "white genocide". Do lado dos negros vemos o mesmo fenômeno, pois em movimentos como black lives matters é possível se ouvir discursos como a da pureza racial negra e também em alguns bairros o ódio contra quem não é negro é visível.
Isso mina toda a unidade nacional em torno dos requisitos para estabilidade social, vejo quer o estopim foi alcançado nos eventos de Chalotsville em 2017, no qual vemos os EUA cada vez mais separado e instável e que cada dia que passa vem fazendo dos EUA um país que necessita cada vez mais de monitoramento de seus cidadãos e proporciona às agencias de inteligencia a falsa "legitimidade" para fiscalizar a a vida privada de seus cidadães.
Eu adorei o termo Anti-opressão, faz muito sentido e define tudo em poucas palavras, ótimo trabalho Sabrina!!!