Obrigado , professor, pela explicação. Consegui entender um pouco melhor o conhecimento como o mais potente dos afetos, em Spinoza. Para a neurociência, nós herdamos o cérebro dos nossos ancestrais, por isso, no exemplo que foi dado, a pessoa tem dificuldade de executar a mudança, pois, antigamente o ser humano era nômade e gastava muita energia, por isto desejava economizar energia. Mas o cenário mudou, agora somos um cérebro que quer economizar energia, porém vivemos numa sociedade sedentária. Deste determinismo, temos a idéia de que não devemos ter força de vontade, mas sim, força de decisão, porque as vontades são como as estações do ano, mudam constantemente, porém devemos usar a nossa razão para conduzir os nossos afetos para a mudança que propomos . Parece que Spinoza propõe o conhecimento destes afetos e que os aceitemos, depois, por consequência, pode vir a mudança mais radical, que queremos, nos afetos e nas atitudes. E não como uma razão que induz e contrária aos meus afetos.
Muito boa a palestra. Realmente é para pensarmos sobre os nossos afetos. Tenho uma duvida. O psicólogo, Jonathan Haidt, tem uma alegoria no qual os afetos, sentimentos e emoções, são um elefante, a razão condutora desse elefante, porém um condutor fraco devido a força do elefante. Quando a pessoa quer mudar, por exemplo, emagrecer, então ela pensa no corpo perfeito, razão, mas a emoção e sentimento pedem o conforto do sedentarismo. Sendo assim, ele propõe que não controlamos, mas pede que conversemos com a razão para conhecermos o sentido da mudança, ainda, motivemos o elefante para a mudança e por fim, escolhermos o melhor caminho para a mudança . Esta visão vai na proposta de fazer o conhecimento como o mais importante dos afetos ou gera um dualismo de razão e afeto mais sofisticado do que de corpo e alma, ou ainda, não tem nada a ver esta exposição da palestra com esta alegoria.
3 ปีที่แล้ว +5
Olá Mateus! No meu entender esse exemplo que você traz mantém a dicotomia. Veja, pensar no corpo perfeito, o que tradicionalmente é tido sim como razão, na verdade é uma imaginação metafísica, um ideal imaginário metafísico. Para Spinoza, e eu concordo com ele, a razão consiste em tentar compreender as causas dos afetos. No caso: por que quero emagrecer? Por que ao mesmo tempo também não quero, caso contrário não estaria encontrando resistências em mim mesmo? De que desejos meus vêm essas resistências? O que sinto ao pensar em emagrecer? Quais são as causas externas em jogo? Em que sentido desejo emagrecer e em que sentido não desejo emagrecer? Só há autoconhecimento real quando abandonamos o ideal do que supostamente "devemos ser" porque seria "o certo"; só então começamos a perceber e compreender nossas motivações e necessidades, e só então elas começam a se transfirmar. Abraço!
1:48 "Um Sonho de Liberdade" é um belíssimo filme que retrata essa ideia de liberdade existencial.l. O personagem é preso injustamente. Na penitenciária ele cria dia a dia seu sonho de fuga. Atualmente temos no Brasil um presidente também preso injustamente que poderia ilustrar mais um exemplo de liberdade existencial. Após quase 2 anos de prisão ele retorna mais forte do que seus inimigos poderiam imaginar. 🩷🌱🌳 Edit: 1:48:00
Acontecimentos não trazem em si sentidos. ❤ Muito obrigada por compartilhar palestra tão incrível e terapêutica! Um abraço, professor André. 🙏
Que bom, Raquel! Um grande abraço 🙌
André Martins é sensacional
Obrigado Rodrigo 🙌
Uma das melhores exposições sobre Spinoza que já ouvi! Impressionante como um pensamento tão poderoso desse não alcança a maioria dos homens.
Uau, que aula! Obrigada!
Que bom, Joice! Ajude a divulgar! Em maio estarei de volta no Café Filosófico, não perca!
Essa do Professor, André foi magnífica.
Que bom, Alam. Em maio próximo estarei em novo Café Filosófico, com transmissão ao vivo pelo TH-cam!
Obrigado , professor, pela explicação. Consegui entender um pouco melhor o conhecimento como o mais potente dos afetos, em Spinoza.
Para a neurociência, nós herdamos o cérebro dos nossos ancestrais, por isso, no exemplo que foi dado, a pessoa tem dificuldade de executar a mudança, pois, antigamente o ser humano era nômade e gastava muita energia, por isto desejava economizar energia. Mas o cenário mudou, agora somos um cérebro que quer economizar energia, porém vivemos numa sociedade sedentária. Deste determinismo, temos a idéia de que não devemos ter força de vontade, mas sim, força de decisão, porque as vontades são como as estações do ano, mudam constantemente, porém devemos usar a nossa razão para conduzir os nossos afetos para a mudança que propomos .
Parece que Spinoza propõe o conhecimento destes afetos e que os aceitemos, depois, por consequência, pode vir a mudança mais radical, que queremos, nos afetos e nas atitudes. E não como uma razão que induz e contrária aos meus afetos.
Excelente!!! 🌱🌳🍎
Muito obrigada por compartilhar :)
🥰 se puder compartilhe 🙏😊
Parabéns!!!!!! PARABENS!!!!
Muito boa a palestra. Realmente é para pensarmos sobre os nossos afetos. Tenho uma duvida. O psicólogo, Jonathan Haidt, tem uma alegoria no qual os afetos, sentimentos e emoções, são um elefante, a razão condutora desse elefante, porém um condutor fraco devido a força do elefante. Quando a pessoa quer mudar, por exemplo, emagrecer, então ela pensa no corpo perfeito, razão, mas a emoção e sentimento pedem o conforto do sedentarismo. Sendo assim, ele propõe que não controlamos, mas pede que conversemos com a razão para conhecermos o sentido da mudança, ainda, motivemos o elefante para a mudança e por fim, escolhermos o melhor caminho para a mudança . Esta visão vai na proposta de fazer o conhecimento como o mais importante dos afetos ou gera um dualismo de razão e afeto mais sofisticado do que de corpo e alma, ou ainda, não tem nada a ver esta exposição da palestra com esta alegoria.
Olá Mateus! No meu entender esse exemplo que você traz mantém a dicotomia. Veja, pensar no corpo perfeito, o que tradicionalmente é tido sim como razão, na verdade é uma imaginação metafísica, um ideal imaginário metafísico. Para Spinoza, e eu concordo com ele, a razão consiste em tentar compreender as causas dos afetos. No caso: por que quero emagrecer? Por que ao mesmo tempo também não quero, caso contrário não estaria encontrando resistências em mim mesmo? De que desejos meus vêm essas resistências? O que sinto ao pensar em emagrecer? Quais são as causas externas em jogo? Em que sentido desejo emagrecer e em que sentido não desejo emagrecer?
Só há autoconhecimento real quando abandonamos o ideal do que supostamente "devemos ser" porque seria "o certo"; só então começamos a perceber e compreender nossas motivações e necessidades, e só então elas começam a se transfirmar.
Abraço!
🇳🇱 Claro que não existe livre-arbitrio, até a pasta de dente é o marketing manda .
1:48 "Um Sonho de Liberdade" é um belíssimo filme que retrata essa ideia de liberdade existencial.l. O personagem é preso injustamente. Na penitenciária ele cria dia a dia seu sonho de fuga. Atualmente temos no Brasil um presidente também preso injustamente que poderia ilustrar mais um exemplo de liberdade existencial. Após quase 2 anos de prisão ele retorna mais forte do que seus inimigos poderiam imaginar. 🩷🌱🌳 Edit: 1:48:00
@escolaandrepedro1