POESIA GAÚCHA - RENATO JAGUARÃO.

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  • เผยแพร่เมื่อ 10 ก.ย. 2024
  • MEU ADEUS AO CAVALO SOLIDÃO
    DECLAMA - RENATO JAGUARÃO
    LETRA - RENATO JAGUARÃO
    Eu nasci nessas estancias, da pampa que ao largo vai, trago a sina de ginete, que herdei do meu velho pai,
    Nas dita demarcatória, não tive terra, tropilha, me toca o sangue encarnado dum lanceiro farroupilha.
    Que maula, sou pelo duro, a história se me esqueceu, fiquei cuidando cavalos e campos que não são meu.
    É a vida, é a história, cosas de destino, revolução, uns nascem pra maiungo, outros nascem pra peão..
    Um dia na estancia, um flete se desmamo, me deram como descarte, e o potro guacho vingo, era o último oficio, pras corda de um domador, o meu primeiro cavalo, que vida me regalo...
    Se fomo quase dez luas naquele lançante incremente, onde cavalo e ginete, medem força e paciência, era pura resistência, no palanque inclinado, o cabresto estirado, preste se arrebenta, o tempo faz sujeita, a força é quase em vão, dei nome de solidão, e terminei de infrenar.
    Era flor aquele pingo crinudo, soio salgo, ligeiro como tainha, era sestroso o bagual, não tinha marca sinal, mas era tudo que eu tinha.
    Que lindo, aquele retosso, naqueles findar de tarde, era a própria liberdade, demarcando território, o taura fica simplório, no orgulho do preparado, se brandeava pro meu costado, como quem pede um mate.
    Nas noites depois da lida, nos rumava pro bolicho, saia dando relincho, faceiro bem aplumado, eu todo perfumado, no estrato de amor gaúcho, era os dois virado em luxo, buscando algum cambicho.
    Faceirice era medonha, naquela nossa toada, ringindo basto na estrada, encurtando os corredor, a sina de um payador, que vida não deu parada.
    Sempre quis erguer um rancho nas volta de algum fundão, pra eu mais o solidão, ter na morte um poso certo, um galpão, mangueira perto, a sombra de um caponete, pro descanso do ginete e uns ponteio no violão.
    Pra quem tem quaje nada, qualquer cosa é fortuna, um campo, beijando a laguna, na silhuetada tarde, galpão pelego um catre, pra lua que se boleia.
    A cada gole de canha, as ideia se empareia, o pensamento volteia, tal qual compaço de tango, asi no mais vai ao tranco, a vida se faz pequena, o branco mescra a melena, o tempo que se perdeu.
    A china que nunca tive, a cria que não lambeu, o campo que não é meu, mas rondei como se fosse, o destino é quase um coise, pra quem sem nada nasceu.
    Pra ser campeiro me basta, o céu, planura, as estrada, é muito pra um monarca, sem posse nem procedência, que tem por dono a querência, cantada numa payada.
    Um dia se vai o taura, na puxada de um bocal, a doma agora é solita, não tras amadrinhador, por fim em algum corredor, ha de sobrar uma terra, uma cruz onde encerra a vida de um domador.
    Nem quero muito alvoroso, também quem vai se importa, é so no mais pra constar nos anais do camperismo, nessa vida de chucrismo, alguém há de me lembrar...
    Só meu pingo, só ele me basta, nessa última tropeada, no fim dessa estrada, onde repousa um campeiro, eu recordo, parceiro, dos bolichos, das função, foste meu único amigo, te chamei de solidão.

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