Tenho 66 anos e conheci e vivi um pouco do Alaska. O Alaska era um bar maravilhoso. Depois frequentei o Ocidente até 86 mais ou menos. Houve um hiato de mais ou menos 10,12 anos até eu voltar ao ocidente. Mas já era completamente outra a vibe. Interessante isso de Porto Alegre ser Scorpio. Caio Fernando dizia que Porto tinha um cheiro mefítico proveniente do Guaíba. Eu concordo. Hoje por já estar fora de Porto há bastante tempo (e do Brasil) minha impressão é que há em Porto um certo gosto por auto-destruição e decomposição das coisas. Para usar um jargão quase metaforicamente astrológico, se formos nos reportar a símbolos, Câncer representa a água das nascentes, fontes, das cascatas; Peixes, a água final dos oceanos e Scorpio é a água parada, fixa dos lagos e pântanos. Onde tudo se decompõe. Mas é. E mas não é. Sendo. O que quero dizer é que a memória das coisas alternativas não me parece sobreviver muito. Vide a casa do Caio no Menino Deus, a estátua da Elis na orla, os bares lgbtqia dos anos 70, 80, 90 e etc. sem mencionar outros bares, cines, teatros, etc. Quem conta ou lembra dessa história? Parece que a única história digna de ser contada é a história “oficial”, esterilizada, pasteurizada. Enfim. Recordar é sobreviver.
No início dos anos 80 frequentava o Alaska, o Estudantil e o Márius na Esquina Maldita. Depois o trajeto era o Lola , Bar João, o Redenção, Oasis e o Ocidente no meio da Osvaldo, para assistir algum filme no Bristol ou Baltimore, mais adiante teve o Caçimba e no outro lado da avenida no mercadinho teve o Luar Luar, o Caís e o Escaler. Para terminar na Ramiro esquina com Osvaldo o Pinga Pinga. Sem falar nas festas na Odonto, CEUE e Arquitetura
Gostaria de nesse espaço fazer uma saudação à Katia Suman. Katia é uma figura que se confunde com a cidade de Porto Alegre. Fez e faz parte de um período muito importante que essa cidade viveu, através de seu trabalho e divulgação da cultura gaúcha, através da Rádio Ipanema. Participou de boa parte de minha juventude em P. Alegre nesse período e hoje mesmo fora do RS, me trás muitas lembranças dessa época.
Cheguei em POA em 87, sozinha, aos 17... Virei gente grande caminhando pelo Bomfim, atravessando o campus da UFRGS á noite com a turma do diretório, entre punks e hippies rumo a lancheria ou talvez pra ver alguma coisa no Baltimore. No inicio do mês, almoço era na colméia ou no Ocidente, no final, o velho bandejão do RU. Porto de Elis, Fim de século. Flavio Basso atravessando a Perimetral com uma calça de veludo vermelha. Corte de cabelo na video hair. A Katia na rádio Ipanema enquanto na radio cultura numa tarde sonolenta e quente do verao de 88 se escutava "Seu garçom faça o favor de me trazer depressa uma boa média que não seja requentada..." 🎶 Pré vestibular no Unificado, domingo no Escaler, roda gigante da redenção, um cachorro do Rosário, moletom da Gang... E a vida toda pra viver.
Sou um pouco mais novo, sou de 87. queria ter vivido essa época dourada da noite de porto alegre. Mas vivi o odisséia na patrocínio (metaleiros da cb) depois o bell's tbm na patrocínio e perto da epatur (que fechava a patrocínio naquele trecho a ponto dos carros não passarem) e finalizamos com a volta para o Bambus na independência (que tbm já teve seus tempos dourados) nessa época tinha o cabaret do beco(antigo cabaret Voltaire) e o beco a recém tinha chegado na independência. Tinha uma festa muito boa que vc entrava em qlqr uma das duas casas a noite toda se estivesse de allstar. 2009 mais ou menos. Balada eu ia bastante na Neo, na Plínio. Bons tempos, mas acredito que antigamente era melhor ainda. Após 2010 ouve uma verdadeira cruzada contra a noite de porto alegre. Hj em dia vou esporadicamente ao ocidente.
Quando retornei a PoA, no final de 1981, a Cachaçal que me foi apresentado era ali, entre o Barlei (Sarmento) e o Marius/Alaska (Oswaldo). A Esquina Maldita. Anos depois o povo foi migrando para o miolo da avenida
Como estudante de eng Elétrica e PG em Ciência da Computação da UFRGS durante a década de 1980, tenho forte ligação afetiva com esta esquina. Eu era estudante e o meu pai professor na esquina Sarmento Leite x Oswaldo Aranha.
lembro que nessa esquina, defronte ao prédio da Engenharia Elétrica havia uma casa um tanto antiga, onde se realizava, as reuniões dançantes dos alunos da Faculdade de Medicina aos sábados à noite! isso nos anos 1960, inicio de 1970....
Eu frequentei nos anos 90 o ocidente, elo perdido, liquid, bambus, bar do João, afters na lancheira do parque, depois teve a cidade baixa pulsando, eu mesmo fiz uma balada de Psy trance de 2006 até 2011 todas as quartas feiras no Mr Dam, se chamava quarta dimensão, ao lado do opinião, bons tempos.
Me chamo Miro sou do Sakura restaurante ,era uma época que todos personagens e frequentadores,se conheciam pelos nomes, começando por Isac o garçom lendário do alsca
Minha relação com a esquina maldita foi tomar café no Marius ali pelos anos 2010 antes da aula no campus centro. Brincadeira, esse livro é sensacional, eu já o li centenas de vezes.
Ok. Não quero entrar em discussão pq tenho preguiça. Mas como esse pessoal acha que foram revolucionários e importantes. Era só festa, trago e chapação. Nada mais do que isso
Bons tempos do Lola (metaleiros), bar do João (punks) .......não se topavam, mas quando vinham os playboys da Matriz botavam eles pra correr!! E, claro Luar Luar e Escaler. Frequentei essa esquina e só pensava em tomar cerveja!!KKKKKKK
Conheci o Lola quando se chamava Leblon, e seus habituês eram os "vagabundos" (nós) disputando vaga nas mesinhas de snuke. Nada de metaleiro ainda. Nem punk no Bar João. Rolava até muito sambão com cozinha completa integrando a roqueirada (nós). E todo mundo conhecia as letras. Tempos do Escaler e Luar, claro, a Lancheria, o Cacimba, e nos arredores o Vertente, Café Bonfim, Pinga Pinga. E as inesquecíveis festinhas de Faculdade (Ufrgs): DCE, Ceue, Daeca, Arquitetura, Medicina, Odonto, Farmácia, Ins. de Artes...(alô Cafu, salve!) uma melhor que a outra e sempre se dava um jeito de furar sem pagar. Tudo terminava de manhã no Van Gogh e começava no Unimúsica da Reitoria. Tempo bom
@@jorges8865 Cacimba era muito famoso, e virou "lenda" depois que fechou (se não me engano uma briga....vai saber...) curti bem os anos 80...e parece que Van Gogh vai fechar tb....
As atribuições de Saturno são na verdade atribuições solares, de abundância e tradicionalistas. A referência a escorpião é exatamente o oposto, é plutoniana, a Hades.
O pulsar da cidade era intenso nos anos 80 ,era uma cidade agregadora, que abraça a quem quisesse estar enturmado,marcou época que perdurou até os anos 2.005,depois foi só o ocaso,que persiste até os dias de hoje.
Tenho 66 anos e conheci e vivi um pouco do Alaska. O Alaska era um bar maravilhoso. Depois frequentei o Ocidente até 86 mais ou menos. Houve um hiato de mais ou menos 10,12 anos até eu voltar ao ocidente. Mas já era completamente outra a vibe. Interessante isso de Porto Alegre ser Scorpio. Caio Fernando dizia que Porto tinha um cheiro mefítico proveniente do Guaíba. Eu concordo. Hoje por já estar fora de Porto há bastante tempo (e do Brasil) minha impressão é que há em Porto um certo gosto por auto-destruição e decomposição das coisas. Para usar um jargão quase metaforicamente astrológico, se formos nos reportar a símbolos, Câncer representa a água das nascentes, fontes, das cascatas; Peixes, a água final dos oceanos e Scorpio é a água parada, fixa dos lagos e pântanos. Onde tudo se decompõe. Mas é. E mas não é. Sendo. O que quero dizer é que a memória das coisas alternativas não me parece sobreviver muito. Vide a casa do Caio no Menino Deus, a estátua da Elis na orla, os bares lgbtqia dos anos 70, 80, 90 e etc. sem mencionar outros bares, cines, teatros, etc. Quem conta ou lembra dessa história? Parece que a única história digna de ser contada é a história “oficial”, esterilizada, pasteurizada. Enfim. Recordar é sobreviver.
No início dos anos 80 frequentava o Alaska, o Estudantil e o Márius na Esquina Maldita.
Depois o trajeto era o Lola , Bar João, o Redenção, Oasis e o Ocidente no meio da Osvaldo, para assistir algum filme no Bristol ou Baltimore, mais adiante teve o Caçimba e no outro lado da avenida no mercadinho teve o Luar Luar, o Caís e o Escaler. Para terminar na Ramiro esquina com Osvaldo o Pinga Pinga. Sem falar nas festas na Odonto, CEUE e Arquitetura
Gostaria de nesse espaço fazer uma saudação à Katia Suman. Katia é uma figura que se confunde com a cidade de Porto Alegre. Fez e faz parte de um período muito importante que essa cidade viveu, através de seu trabalho e divulgação da cultura gaúcha, através da Rádio Ipanema. Participou de boa parte de minha juventude em P. Alegre nesse período e hoje mesmo fora do RS, me trás muitas lembranças dessa época.
Sensacional. Saudades de vcs❤
É lamentável o descaso com a história, prédios antigos e a própria identidade 😢amei encontrar o Sarau, Katia,vc é demais ♥️
Cheguei em POA em 87, sozinha, aos 17... Virei gente grande caminhando pelo Bomfim, atravessando o campus da UFRGS á noite com a turma do diretório, entre punks e hippies rumo a lancheria ou talvez pra ver alguma coisa no Baltimore. No inicio do mês, almoço era na colméia ou no Ocidente, no final, o velho bandejão do RU. Porto de Elis, Fim de século. Flavio Basso atravessando a Perimetral com uma calça de veludo vermelha. Corte de cabelo na video hair. A Katia na rádio Ipanema enquanto na radio cultura numa tarde sonolenta e quente do verao de 88 se escutava "Seu garçom faça o favor de me trazer depressa uma boa média que não seja requentada..." 🎶 Pré vestibular no Unificado, domingo no Escaler, roda gigante da redenção, um cachorro do Rosário, moletom da Gang... E a vida toda pra viver.
Meu velho era o dono do Bar Alaska na Esquina Maldita.
Fui advogado do seu Alfredo Ribeiro.
@@marcotulioderose7219 Lembro dele falando seu nome.
É quase impossível mudar o mundo como um todo, mas mudar ao menos sua própria vida e a vida de sua aldeia é muito necessário sempre !!!
Sou um pouco mais novo, sou de 87. queria ter vivido essa época dourada da noite de porto alegre.
Mas vivi o odisséia na patrocínio (metaleiros da cb) depois o bell's tbm na patrocínio e perto da epatur (que fechava a patrocínio naquele trecho a ponto dos carros não passarem) e finalizamos com a volta para o Bambus na independência (que tbm já teve seus tempos dourados) nessa época tinha o cabaret do beco(antigo cabaret Voltaire) e o beco a recém tinha chegado na independência. Tinha uma festa muito boa que vc entrava em qlqr uma das duas casas a noite toda se estivesse de allstar. 2009 mais ou menos.
Balada eu ia bastante na Neo, na Plínio.
Bons tempos, mas acredito que antigamente era melhor ainda.
Após 2010 ouve uma verdadeira cruzada contra a noite de porto alegre.
Hj em dia vou esporadicamente ao ocidente.
Quando retornei a PoA, no final de 1981, a Cachaçal que me foi apresentado era ali, entre o Barlei (Sarmento) e o Marius/Alaska (Oswaldo). A Esquina Maldita. Anos depois o povo foi migrando para o miolo da avenida
Como estudante de eng Elétrica e PG em Ciência da Computação da UFRGS durante a década de 1980, tenho forte ligação afetiva com esta esquina. Eu era estudante e o meu pai professor na esquina Sarmento Leite x Oswaldo Aranha.
Recentemente me mudei para Porto Alegre vindo do Nordeste. Adorando as histórias desse cidade!
lembro que nessa esquina, defronte ao prédio da Engenharia Elétrica havia uma casa um tanto antiga, onde se realizava, as reuniões dançantes dos alunos da Faculdade de Medicina aos sábados à noite! isso nos anos 1960, inicio de 1970....
Kátia, maravilho-sa!
Estudei na FFCMPA,em frente da esquina maldita,em 81-88,depois migrei para o Ocidente,verdes anos,valeu a pena...
Eu frequentei nos anos 90 o ocidente, elo perdido, liquid, bambus, bar do João, afters na lancheira do parque, depois teve a cidade baixa pulsando, eu mesmo fiz uma balada de Psy trance de 2006 até 2011 todas as quartas feiras no Mr Dam, se chamava quarta dimensão, ao lado do opinião, bons tempos.
Me chamo Miro sou do Sakura restaurante ,era uma época que todos personagens e frequentadores,se conheciam pelos nomes, começando por Isac o garçom lendário do alsca
Minha relação com a esquina maldita foi tomar café no Marius ali pelos anos 2010 antes da aula no campus centro. Brincadeira, esse livro é sensacional, eu já o li centenas de vezes.
O mundo está SEMPRE em mudanças para melhor e para pior. O mundo como a própria natureza é sempre CÍCLICO!!!
O meu bar era o JOÃO, o "bar João".
O Alfredo existe há 71 anos…
@@joseluisnunesmartins1610 Esse é em outra esquina.
Ok. Não quero entrar em discussão pq tenho preguiça. Mas como esse pessoal acha que foram revolucionários e importantes. Era só festa, trago e chapação. Nada mais do que isso
eu também quero mas não consigo 🤣🤣🤣🤣
Alô thurma do Bonfim e a galera do Beira Rio, do Fogaça e do Falcão.....
.
Muito bom 😂
Bons tempos do Lola (metaleiros), bar do João (punks) .......não se topavam, mas quando vinham os playboys da Matriz botavam eles pra correr!! E, claro Luar Luar e Escaler. Frequentei essa esquina e só pensava em tomar cerveja!!KKKKKKK
Conheci o Lola quando se chamava Leblon, e seus habituês eram os "vagabundos" (nós) disputando vaga nas mesinhas de snuke. Nada de metaleiro ainda. Nem punk no Bar João. Rolava até muito sambão com cozinha completa integrando a roqueirada (nós). E todo mundo conhecia as letras. Tempos do Escaler e Luar, claro, a Lancheria, o Cacimba, e nos arredores o Vertente, Café Bonfim, Pinga Pinga. E as inesquecíveis festinhas de Faculdade (Ufrgs): DCE, Ceue, Daeca, Arquitetura, Medicina, Odonto, Farmácia, Ins. de Artes...(alô Cafu, salve!) uma melhor que a outra e sempre se dava um jeito de furar sem pagar. Tudo terminava de manhã no Van Gogh e começava no Unimúsica da Reitoria. Tempo bom
@@jorges8865 Cacimba era muito famoso, e virou "lenda" depois que fechou (se não me engano uma briga....vai saber...) curti bem os anos 80...e parece que Van Gogh vai fechar tb....
Não era pior que a voluntários da pátria esquina com a garibaldi até a década de 90
Saturninos ???
As atribuições de Saturno são na verdade atribuições solares, de abundância e tradicionalistas.
A referência a escorpião é exatamente o oposto, é plutoniana, a Hades.
O pulsar da cidade era intenso nos anos 80 ,era uma cidade agregadora, que abraça a quem quisesse estar enturmado,marcou época que perdurou até os anos 2.005,depois foi só o ocaso,que persiste até os dias de hoje.