"Esse gibi é um clássico!" Por que NÃO existe um cânone dos quadrinhos?
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- เผยแพร่เมื่อ 1 ธ.ค. 2024
- Cada vez mais ouvimos a seguinte frase: "esse gibi é um clássico!". Surgem todos os dias novos clássicos dos quadrinhos. Mas como podem existir clássicos se não há um cânone dos quadrinhos? Como diabos chegamos nessa situação maluca que jamais estabelecemos um conjunto de obras canônicas e ainda assim dizemos aos quatro ventos que determinada obra é clássica?
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Agora queremos botar você na fogueira: faça sua lista de 10 melhores quadrinhos de todos os tempos. Hahaha
HUAHAUAHAUAHUA BOA
ele fez memo HUAHUHAUAHUAHA MDS EU ADORO ESSE CANAL
Os livros escolares Fundamental 1 das minhas filhas têm capítulos sobre quadrinhos que citam Maus, Persepolis, Ângelo Agostini, entre outros. Ao ver isto, peguei na minha coleção os livros citados para que elas vissem como são obras próximas e estão acessíveis para ler a qualquer momento.
Eu fico com Ítalo Calvino, "clássico é uma obra que nunca termina de dizer o que tem pra dizer"
Nesse futuro distante vão estudar este seu vídeo. E lerão o meu comentário! Bem-vindos, descendentes distantes!
oi soi de 2084 e os Traags são reais e dominaram nosso mundo !
@@ManiacProdu42 Traps?
@@prsgrind8794 Traags é a raça de alies do filme planeta fantastico e dos livros tambem
@@ManiacProdu42 Draags, não? Ao menos é assim que se chamam no livro do Stefan Wul...
@@pbouca foi mal é Traags no filme no livro eu não lembro ando passando tão mal esses dias que esqueço de tudo e nem sei porque falei isso mas ok !
A indisciplina dos quadrinhos é muito bem-vinda. Eu gostaria que o Quadrinho continuasse a ser arredio à canonização, mas na medida em que ele for se tornando um objeto de desejo estético, na medida em que os meios acadêmicos, a crítica especializada, e, por que não, os TH-camrs, editores, e o público fanático começar a criar suas guildas de saber-poder, infelizmente haverá alguma subordinação dos quadrinhos a uma condição legitimadora da arte. O que não vejo também como algo grave desde que surjam contraculturas.
Muito boa colocação. Toda essa discussão sobre a institucionalização e o controle dos saberes,, eliminando o que eles tem de mais rico, a criatividade e contracultura ou desafio do sistema é bastante interessante.
Cânone não seriam as hqs que ao passar dos anos sempre serão lembradas, reimpressos e estarem na vogue e na discussão?
Sim, mas em um mercado tão pequeno, nem sempre são reimpressas.
Esse debate é muito interessante. Comecei a ler quadrinhos recentemente e quando busquei indicações iniciais sempre surgiram obras como Watchmen, Cavaleiro das Trevas, Sandman e Lobo Solitário como clássicos essenciais. Contudo, quanto mais eu pesquiso e busco outras opiniões esses clássicos obrigatórios se tornam cada vez mais numerosos, saindo dos anos 80, começou a aparecer coisas como o Superman do John Byrne, a fase inicial da Marvel com Stan Lee e Kirby, etc. Assim, quanto mais eu leio e mais eu entendo de quadrinhos, "surgem" cada vez mais clássicos para ler, isso falando mais da cena americana de heróis, cada herói tem dezenas de histórias tidas como clássicas dos quadrinhos, onde não há padrões concretos para definir, não precisa ser tão antigo, não precisa fazer parte das primeiras histórias ou dos criadores, não precisa ser cânone ou bem desenhada, ou possuir determinado tipo de narrativa, com um critério abstrato, basta ser boa. Por fim, como um leitor iniciante, acho que seria interessante clássicos bem definidos, essa infinidade de obras tidas como clássicas atualmente é sufocante para quem está entrando agora nos gibis, é difícil entender o que é bom ou o que é importante para ler quando há uma infinidade de obras tão diversas em todos os parâmetro sendo postas como clássicos da nona arte.
Por mais que exista um cânone na literatura, exemplo dado aqui, nem sempre nossa lista vai incluir cânones, dado a subjetividade, liberdade e, principalmente, o gosto. O gosto na minha opinião, essencial para nossas escolhas estéticas e éticas, formam nosso desejo, daí nossas listas serem singulares, para além de qualquer cânone imposto ou mesmo crítica reconhecida. Como nos quadrinhos não existe tal cânone, mas sim algumas referências compartilhadas, cada um se sente mais livre ainda para formar sua própria lista. Muito boa a ideia desse vídeo, abre para vários debates.
Baita tema! Lembro que na (falecida) Jornada de Estudos sobre Romances Gráficos da UnB de 2010 (ou 2011, não lembro) fizemos um bate-papo de encerramento do evento sobre isso, pontuando aspectos que tua reflexão também traz, Alexandre. Acrescento, ainda, que há uma grande dificuldade no campo dos quadrinhos no estabelecimento dessa "régua" que é o cânone, uma vez que muitas criações não gozam da mesma permanência que outras, pois se baseiam justamente na perecibilidade (caso do humor gráfico); a questão dos diferentes suportes das HQs também é outro fator que multiplica essa complexidade - o que me parece bom, no fim das contas.
Vídeo muito maneiro. Os vídeos de crítica específica de um gibi são ótimos, mas esses que comentam sobre temas dos quadrinhos, as conjunturas da nossa cena, são meus favoritos.
Estou lembrando de um caso ocorrido na década de 90, quando uma casa de exposições (um museu, se não me engano) estava exatamente fazendo uma exposição. Acontece que havia logo à entrada uma peça, na condição de mero ornamento. Até que um dia um especialista em um renomado artista bateu os olhos nela e reconheceu sua autoria. Após isso, ela tornou-se peça de exposição, mudando de estatuto.
Excelente vídeo!
Descobri o canal há pouco tempo e tenho curtido muito as discussões levantadas. Também é muito gratificante ver a paixão e o entusiasmo genuíno pelos quadrinhos.
Vida linda ao Quadrinhos na Serjeta!
Toda vez que recebo notificação de um vídeo novo seu, me pergunto "Será que finalmente ele fez um vídeo ruim?" Bem, ainda não foi dessa vez. Felizmente
Conseguiu explicar sim. Muito bom o vídeo!
Simples e direto...vc sempre pontuando temas para pensarmos...legal esse seu vídeo...e concordo e faço muito do que vc falou ao final: gosto de descobrir quadrinhos não muito citados, que me instigam seja pela capa, pela premissa ou pela arte...valeu Alexandre...abração carioca...
Caramba que video bom. Já estou compartilhando.
Que vídeo instigante! Muito pertinente a reflexão sobre institucionalização ou a ausência dela, e o quanto isso está ligado a uma indefinição ou plasticidade de critérios, mobilizáveis para a constituição de um cânone.. Daria uma ótima seara de pesquisa.
Comecei a ver seus videos a algumas semanas e estou amando.
Só agora que eu vi que você só tem poucos inscritos proporcionalmente a qualidade das suas análises. Não posso ajudar com dinheiro infelizmente, mas garanto que vou fazer a propaganda boca-a-boca.
Olha, é uma tarefa árdua se pararmos para pensar na imensa variedade de títulos, e subgêneros, sem falar que temos uma "mídia especializada" ainda em formação, e que até em termos de uma busca por adjetivos em sua crítica busca referências em outras mídias como o cinema e a literatura, ou seja, um hibridismo. Claro, são muitas nuances, mas é um ponto que deve ser levado em consideração.
Excelente reflexão. Sempre fora da caixa 👍
Acabei de conhecer teu canal e é simplesmente muito bom, já virou um dos meus favoritos sobre quadrinhos
Virou o meu favorito de todos.
Parabéns, como sempre trazendo muita reflexão sobre o tema. Forte abraço
pq esses quadrinhos desse video sao tao grandes meu deus isso virou uma questao na minha mente
Desses canais sobre quadrinhos no TH-cam a gente já viu de tudo: desde os que estão ali só para ganhar cliques nos links patrocinados; os com boa vontade, mas vazios e outros que - embora desenvolvam até análises interessantes de um material ou outro - resolveram prestar o papel de ascom/advogado de editora multinacional.
No caso desses últimos rola o rabo-preso, não por receber materiais da editora, mas pela possibilidade (nossa, quanta derrota!) de num futuro poder receber algo (quadrinhos, emprego?).
Tenho acompanhado o QnS faz um tempinho e caramba... Verdadeiras aulas esses seus vídeos, Alexandre.
Vida longa ao QnS!
(Ano passado defendi uma dissertação sobre Lourenço Mutarelli e o seu romance ‘O Grifo de Abdera’. Ainda bem que não me atrevi a analisar, mais profundamente, a parte dos quadrinhos contidos no romance. Assistindo aos seus vídeos percebi o risco que corri se houvesse tentado, uma vez que não tenho tanta bagagem em estudos sobre quadrinhos e não tinha ninguém com tais conhecimentos para me orientar).
Esses quadrinhos são enormes pelo amor de Deus.
Que aula! Vídeo perfeito!
Muito bom.
Boa provocação a sua. De fato, o status das coisas, incluindo dos objetos artísticos, muito tem a ver com certo regime de verdades, com as atribuições de especialistas ou pessoas e instituições às quais damos crédito.
Certa altura do vídeo me fez pensar que o propósito último dessa discussão foi tão somente para mostrar essas HQs de tamanho bizarramente grande.
Realmente não é possível listar os 10 melhores HQs da história, assim como na literatura, cinema, música...
Mesmo nestas outras artes tendo clássicos nunca será unanimidade pela riqueza destas obras e experiências pessoais.
Flash Gordon, Principe Valente, Little Nemo in Slumberland, Super Homem, Batman, Disney, Sobrinhos do Capitão, Tarzan,
Conectando ao que vc fala ao final, cabe vídeo opinando sobre a natureza hiperbólica dos canais de quadrinhos? Sinto que essas terminologias "material obrigatório", "revolucionou a indústria", "é um marco", tão sendo cada vez mais usados só pra vender um produto mediano.
O PN é um dos que faz isso com qlqr coisa que lança. Acho que valeria um vídeo esse teu apontamento.
Faz um tempo que tudo que sai no país parece ser ótimo, as críticas negativas parecem ter se diluído.
@@victorbarcellos8028 E se você é um colecionador sério, você deve adquirir.
@@victorbarcellos8028 real, as vezes até preferiria se eles falassem: "Comprem! Comprem! Comprem!"
@@victorbarcellos8028 Nossa! Quando li seu comentário pensei na hora no vídeo do PN sobre Capra.
Eu não cheguei a fazer uma lista, porque só escutei o vídeo, já que estava dirigindo de volta para casa, mas meu primeiro pensamento, o primeiro da lista não foi dos anos 70 ou 80, foi Spirit do Will Eisner.
Excelente vídeo! Algo que sempre digo é que não existem "os melhores", mas sim "os melhores entres os que você consumiu". Como afirmar os melhores uma mídia que você não consumiu nem 10%? Isso vale pra livros, quadrinhos, jogos, filmes...pra afirmar, só conhecendo bem todos, o que nosso tempo de vida nunca permitirá haha.
MELHOR CANAL DE QUADRINHOS DE TODOS!!!!!!!!!!!!!!!!!
Mano, teu canal é fantástico! pprt
Sem dúvida, clássico só se usarem como licença poética mesmo, no máximo uma HQ marca uma geração e influencia outras.
Ótimo vídeo. Lembro que Adorno e Horkheimmer, no ensaio "Indústria cultural", sublinham que Krazy Kat foge da banalização da cultura de massa, onde as HQs estavam inseridas. E lembro também de uma ideia do Walter Banjamin, sobre o cinema, mas pode ser aplicada as HQs: as novas linguagens artísticas da modernidade, por ter um novo modo de produção (de massa), tornavam obsoletos conceitos tradicionais de arte, com a ideia de clássico ou cânone. Embora, como seu vídeo discute, esses conceitos sejam aplicados, seu uso corresponde mais a um ritual de culto, uma convenção adotada por um grupo de especialiazados.
Excelente vídeo!!! Concordo com seu ponto de vista
Abordagem inteligente e muito crítica! Parabéns mais um vez por produzir vídeos criativos e interessantes...cara você é sensacional!!!
Análise perfeita, fica até difícil de comentar!
Excelente análise!
Excelentes vídeo e reflexões. Talvez, apenas talvez, gibi não precise de cânone...sei lá. Mas...Caramba! Como se chama esse formatão PAREDE aí? Que legal!
Uma coisa que eu tava pensando e que foi abordada mais pro final do vídeo fala sobre como a guetificação global dos quadrinhos (uau, que palavrão. Aposto que alguém já teve um termo melhor pra isso) é limitada aqui no Brasil pelo consumo e pela falta de curadoria. É impensável um Sertão Grande Veredas sair de catálogo, agora pense quantas HQs gozam deste status. Outra coisa é que pela gentrificação de objetos de cultura aqui no Brasil, isso acaba limitando a compra. Eu sou de classe média e acabo limitado a comprar algumas poucas coleções, mesmo que HQs que eu não acho tanto o meu filão me interessem porque como crítico, eu preciso estar aberto a todo tipo de obra, porque isso vai te dar perspectiva, mas aqui não há esse incentivo de democratização do substancial e por conseguinte, da cultura, o que mina a possibilidade de uma formação crítica dentre quem pode ter a sua pequena coleção.
realmente, eu imagino se as pessoas precisassem esperar 5 anos para uma reimpressão das obras de Machado de Assis por exemplo. Isso é algo que os leitores de quadrinhos estão acostumados, mas acho que deveria ser naturalizado.
Isso acontece porque as editoras (brasileiras) de quadrinhos tratam eles ainda como produto descartável, daí não tem a cultura da reimpressão, como acontece nos livros. Agora, pegamos MAUS, por exemplo, da Cia das Letras. Sempre está no prelo, o pessoal nem sabe em que reimpressão está (a não ser quem viu a mais recente, daí pode nos dizer), pois nunca deu por falta.
Também há a questão da projeção de demanda. Muitos clássicos da literatura brasileira são exigidos na escola e universidade. Então é claro que Machado de Assis nunca sairá do prelo, porque sempre terá publico. Se houvesse uma disciplina de "quadrinhos" na escola, ou mesmo curso universitário, seria criado um canone, daí teríamos livros que seriam a base curricular, e por isso sempre estariam disponíveis no prelo também, porque as editoras saberiam que a demanda por eles é permanente.
@ Eu concordo muito em relação a demanda, não foi a melhor comparação. Quanto à Maus, foi o exemplo perfeito, além do fato de estar sempre em catálogo é sempre acessível, a Cia não relança Maus em uma edição deluxe, capa dura, com toneladas de extras por 300 conto, como faz a Panini com Monstro do Pântano do Alan Moore por exemplo. Isso é algo que eu também vejo problemático para o tratamento recebido pelos quadrinhos, pessoas como eu que não tiveram acesso às versões antigas e acessíveis da obra, precisam se contentar com omnibus caríssimos ou viver procurando em sebo edições antigas mais baratas. Nesta situação, eu sou a pessoa que caso não encontre em sebo, não terei acesso à esta obra, por exemplo.
@ Não, discordo. O problema é a cultura da leitura. Pega os livros mais vendidos. 8 mil cópias como um número de mais vendidos é uma vergonha. Os italianos têm uma certa vergonha do quanto eles leem, porque é menos se comparado com os franceses, mas eles têm tantas bancas de jornal quanto nós, mas a comparação é entre um país continental versus um país mais ou menos do tamanho de Santa Catarina. Nenhuma editora que se preze vai continuar publicando sem se engajar com políticas de incentivo à leitura em escolas.
@@caiogeliel Sim, eu não acharia ruim um Monstro do Pântano nesse formato se a obra em capa cartão continuasse acessível. O que acontece é que seguimos alienando o público, afinal o cara prefere gastar em uma saída no bar do que com um livro caro que ele pode não achar tão bacana da primeira vez.
Faça a sua lista.estamos aguardando.
Pô Xandão, quando tu vai fazer um vídeo indicando o que pra você são o TOP "algum número". Seria interessante ver. Outro ótimo vídeo. Abração cara.
Farei!
Acho que em termos de quadrinhos e games o "classico" não se trata tanto de valor histórico ou um conjunto de qualidades especificas mas sim com relevância. São obras que deixaram suas marcas nesse meio e de alguma forma e influenciaram o que vieram depois.
Eu vou pesquisando muito por ciclos, que duram de dois minutos a sei lá um milhão de anos, tem a ver com o objetivo da minha coleção e jogo interno entre objeto e abstração. Ah sim, muito desse objeto tem a ver com o que estou produzindo no momento, ou seja o que posso usar não somente pra entreterimento.
Apesar de toda fala estética, eu acho que o canone hoje é um telefone sem fio gigantesco. Eu sempre achei mais sólido o conceito do Ezra Pound de separar as obras por criarem tendências, difundir propostas mais populares, explorarem um determinado recurso com mais profundidade... ( Inventores, Mestres, Diluidores, Bons escritores sem qualidades salientes, Beletristas e Lançadores de moda eram as classificações se não me engano). Acho uma forma de pensar aplicável, se não para classificação, pelo menos para situar em um espectro de coisas que uma obra consegue ou não alcançar!
Genial. Mas subscrevo o pleito pelo vídeo do Top 10. Na verdade, interessante é o esquema do canal "Meus 2 centavos" que falava de movimentos artísticos e trazia, no vídeo, indicações sobre aquele determinado movimento cinematográfico.
Estou tão feliz porque consegui baixar os quadrinhos citados😍
Poxa, só obra massa! Vou pesquisar umas aqui... valeu
Habibi de Craig Thompson
Uma História de Sarajevo, Área de Segurança de Gorazde de Joe Sacco (todos dele, mas para mim esses dois são especiais)
Que maravilha não ter esse cânone... A meio do video estava achando que você ía no sentido contrário!
Uma coisa acrescento, no entanto... os quadrinhos têm 150 anos (se não incluirmos modos de narrativa gráfica sequencial rupestres ou medievais)... o conceito de clássico, ou antigo, tem de ser visto de forma proporcional a esse tempo de existência e à actual velocidade (e volume) e produção.. ou, pelo menos, como algo cuja relevância positiva resiste à passagem do tempo por um período (proporcionalmente) relevante.
Tenho um amigo canadiano que coleciona, sobretudo, undergrounds dos 60's aos 90's... carradas de coisas lindas de que nunca ouvi ninguém falar, de fazer corar qualquer autor que tenha ganho a vida no meio... eu mesmo, ainda hoje, reli um fanzine português, de 2009, em que colaborei... que coisa maravilhosa, publicada em 95 exemplares!
Abraço
Muito bom o vídeo, Prof. Alexandre! Você teria alguma indicação bibliografica que faz essa discussão do conceito de clássico em relação ao quadrinhos? (Ou mesmo o conceito de clássico em si e suas diferentes concepções históricas). Eu conheço aquele texto do Ítalo calvino que traz várias definições, mas queria ver mais uma discussão histórica mesmo.
Ótimo vídeo
Que doideiraaaaaa esses gibis gigantes 😮😮😮
Q vídeo ótimo! Obrigado.
Put* merda!!! Obrigado por trazer esse assunto em cima da mesa, precisávamos falar um pouco dessa confusão bizarra.
O conhecimento mais interessante que tirei desse video é que nos anos 20-30
o planeta era habitado por gigantes ;P
Isso ocorre porque por décadas, quadrinhos tinha como público crianças, com o tempo as histórias foram amadurecendo e ganhando mais profundidade, por isso quadrinhos da década de 80 como você mesmo citou, as pessoas passaram a ter um olhar diferente. Os mangas então nem se fala começou com astro boy, hoje tem categoria para várias faixas etárias, com histórias tão ricas como nenhuma outra no mundo.
Ao meu ver, clássico é aquilo que revoluciona, que faz algo novo, algo que causa um impacto, e é bem recebido pelo seu público alvo, Whatman, Sandman, Maus, Batman Piada Mortal, Batman Cavaleiro das Trevas, nem todos esses quadrinho eu lí mais eu sei que são clássicos, e que na época tiveram sua forma de inovar, com ideias, Ideias não morrem, cada um com sua arte, seu charme único, tem muitos HQ,s que para um certo tipo de público são muito bons, mas, não tiveram a mesma repercução e o mesmo impacto, isso no geral tira o mérito de "clássico" de determinada obra, clássico também é transmitido como um sentimento, e é esse o motivo que não impede que as obras menos repercutidas seja chamada de "clássicas" por um determinado público que ve aquilo e sente boas lembranças, pra eles é um clássico, porque as pessoas ditam seu universo pessoal, e é por isso que, relativizam esse conceito de "clássico".
Muito bom seu vídeo! Fiquei muito impressionado com as edições em tamanho gigante que você tem! Futuramente faça uma exposição com elas! Gostei do finalzinho quando você diz que os quadrinhos são uma arte não disciplinada. Será que esse é o "carma" ou então a essência dos quadrinhos ? Ou você acredita na evolução do estudo mais formal até que se torne uma arte disciplinada?
Acho difícil. Para isso, somente um acolhimento em massa das universidades.
Qual a "vantagem" de ser disciplinada?
Didática e conhecimento andando de mãos dadas.
Excelente abordagem, como de costume. Estou desanimando de acompanhar outros canais de quadrinhos porque "vendem" muitos autores/artistas e obras como gênios e clássicos. Me pergunto se essa curadoria que é passada para o público do que é clássico seria feita só por interesse comercial ou necessidade de tomar o lugar desta elite que não está atenta aos quadrinhos.
Conhecendo Seus videoas agora, Parabens, so recomendo nao ficar tao tenso :-)
Qto a academia Recomendo o Prof Waldomiro Vergueiro e os Cursos na ECA-USP Abs
Enquanto alguém das ciências sociais, uma diferença que eu percebo muito das outras "altas artes" pro quadrinho nessa criação do canone está no nascimento e criação dos projetos nacionais enquanto experiências culturais homogêneas. Muitos desses canones do cinema, da literatura, da música, são levantados em volta de um processo de criação de uma identidade nacional, coisas como Vitor Hugo, Wagner, Jorge Amado, Cervantes...
Justamente por ser uma arte "inferior", o quadrinho não passa por esses processos até o momento em que essa forma de criação do canone deixa de ser um mecanismo usado nessa criação de nacionalidade.
5:08 Descobri q os Omnbus q estão lançando aqui são MUITO pequenos...! Cara, Q gibi grande ; !!
Eu queria poder conhecer quadrinhos de todos os continentes, só falta dinheiro kkkkkkk
Inclusive, 2023, Krazy Kat constou na 35 bienal de São Paulo.
Alexandre você que é muito pequeno ou esses quadrinhos que são gigantes?
Brincadeira a parte, excelente vídeo.
Ah, outra importante contribuição do século XX para o tema (ao menos em termos literários, embora nas artes plásticas e teatro haja movimento semelhante) foi a reavaliação constante das "listas" canônicas com o abandono definitivo das regras e parâmetros retóricos, empregados na definição dos clássicos. Afinal, um clássico também existia para ser modelar, prototípico - para servir de modelo para novas criações. Com as reavaliações da crítica literária no século XX, autores tão díspares (e, por vezes, desprezados à sua época) como Sade, Fourier, Lautreamont, Poe, etc. passaram a figurar na lista de clássicos em um movimento contínuo de expansão e reavaliação. Balzac já era considerado um clássico quando Lukács o transformou em modelo de arte narrativa realista, mas o crítico húngaro o fez a partir de parâmetros distintos (envolvendo outros pressupostos filosóficos) daqueles da crítica sobrecarregada de retórica da época de Balzac ou Stendhal. Assim, esse princípio teórico fez com que aquilo que restou da noção de cânone ganhasse um dinamismo impensável em um passado até mesmo recente (século XIX).
Interessante, como pensar o Clássico em algo que é realmente Popular.
Eu gosto dos quadrinhos pq não há regras...não precisamos de clássicos... não precisamos de parâmetros.... é a arte mais popular do mundo....e isso é muito interessante
A arte mais popular do mundo? Não é não amigo. Hoje esse mercado não enche nem estádio de time de segunda divisão.
@@QuadrinhosNaSarjeta talvez eu tenha me expressado errado...não falei popular no sentido de popularidade...venda de mercado...etc...falei em termos de aspectos, características da arte em si.
@@QuadrinhosNaSarjeta mas de qualquer forma...achei legal vc responder meu comentário... acompanho seu canal ...e gosto muito das suas análises...legal esse contato..
Se eu tivesse que levar para uma ilha deserta uma BD, seria a série Ken Parker... O clássico dos clássicos... pessoalmente falando, claro. E já li muita coisa! A noção de clássico vem por cumulação da crítica do meio especializado e dos seus usufruidores ao longo do tempo, curto ou longo... Abraço.
Pra mim um disco clássico, um filme clássico, ou um livro clássico etc... foi um projeto de qualidade, que foi inovador no seu tempo e que é uma referência para outros projetos de outros artistas. 😡 Essa é a minha visão sobre o termo "clássico."
Essas HQS de tamanho lençol é bom ler na cama pois se pegar no sono já se compre com ela. Kkk
linck, então poderia vc a traçar um cânone, mas na sua opinião já que não existe um de fato.
Que bom que as histórias em quadrinhos não recebam rótulos. É uma arte livre e por excelência rica. Um brinde aos quadrinhos, a arte dos quadrinhos. 🍷🍷
Vídeo muito massa. Muito interessante... acaba que é uma arte de buscas e muito pessoal, é uma jornada mais no escuro ... Isso de tudo ser um clássico nos quadrinhos é muito ruim, tem uma editora famosa que a cada anúncio fala no "rei disso", "mestre daquilo", "deus daquilo outro", "o maior disso", "o melhor naquilo", "o pica das galaxias dos quadrinho" ... é criar uma falsa expectativa que atrapalha a experiencia do leitor...no meu modo de ver... abraços
Que dica de pesquisa p uma tese no estudo de HQ vc sugere? Quwro fazer um projeto de pesquisa e, sinceramente, tá dificil fazer um recorte. O queswi com certeza é pesquisar HQ. Por favor, me dá uma direção? O que falta academicamente no universo HQ?
olá, excelente vídeo :) tenho uma dúvida meio boba e queria saber a sua opinião. quando vc falou sobre a escassez de pesquisas e estudos de quadrinhos na academia fiquei pensando que até um tempo atrás eu tinha certeza que ia de cinema (tenho 17), mas agora penso em história. quais cursos vc acha que dao uma noção (?) melhor em relação aos quadrinhos?
A excelência artística é retroativa. Borges trabalha bem esse conceito em suas obras. O passado é construído da frente pra trás. Como você mesmo exemplifica, quando Chris Ware cita King, este se torna clássico. O presente cria o passado. Os clássicos são as obras que nós consideramos clássicas. O mesmo vale para outras formas de arte.
No caso específico da literatura, o cânone sofreu uma erosão gradativa por conta da falência dessa cultura das listas e da ideia de "museu do mundo". Nos dias de hoje, há uma setorialização (em gêneros) e uma regionalização (levando em conta uma nova percepção em termos de territorizalização fora dos limites Ocidentais; afinal, o "clássico" era sempre greco-romano, por vezes judaico-cristão, não persa, chinês, etc.). O cinema começou a modelar essa nova estrutura de cânone e o cinema acabou por seguir essa percepção. Creio que os quadrinhos precisam ter em conta essa alteração social e política.
Você conhece o Mangasia: The Definitive Guide to Asian Comics do Paul Gravett? Recomenda?
Sei da existência, mas nunca li.
Para mim, a palavra clássica é usada ou devia ser usada, para obras que envelheceram bem com o passar dos anos. Nisso se junta a arte, o roteiro, etc.
E para mim, um novato nesse mundos das HQs, considero clássico a HQ de Watchmen, Devilman, Fritz The Cat, os Pulps, entre outros.
E Snoopy, Charlie Brown, Calvin and Hobbes.
Não tem nada clássico em solo brasileiro?? Me incomoda isso....
Amigo Sargetinha, acho que o Clássico é algo que passou pela prova do tempo, continua icônico, relevante e quase atemporal. Faz sentido ou tem falha aí?
Quero muito ler esse comics versus art
Você já leu os livros do Moacy Cirne? Abordam bem esse tema.
Sim, e ele chega a lugares semelhantes.
Os critérios dos gibitubers para o que é clássico ou não é bem isso que você disse, Alexandre... Tá pra botar à venda? Trata como CLÁSSICO MASTER ou NOVO CLÁSSICO, anuncia como O NOVO MAUS, ou o que seja, MAS, nunca delimite os critérios que o levaram ao título de clássico para a obra em questão. É isso que seguem os influencers de gibi. E a taxação de alguma obra como clássica geralmente segue lado a lado com frases como VOCÊ PRECISA TER NA SUA COLEÇÃO, ou, TODO COLECIONADOR DE RESPEITO TEM ISSO NA PRATELEIRA, ou, É ESSENCIAL, etc. Tudo levando ao consumismo. E o clássico mais importante é sempre o que está no catálogo. Algo que gosto do qns é que aqui se fala de muita coisa independente de estar no mercado ou não. Outros canais já foram assim em algum nível em tempos onde a amazon não influenciava tanto o conteúdo. Aliás, Chris Ware já saiu no Brasil? É um dos grandes que ainda não li pois não faço parte dos fanáticos com poder aquisitivo ou seja, leio muita coisa por scan. E os trabalhos do Chris Ware são difíceis de se ler em tela, eu espero o dia que eu o tenha em mãos. Dos livros que me orientou muito em busca do quadrinho perfeito que o Daniel Clowes queria encontrar no mundo, indico pra quem se interessar o Comics: A Global History; cataloga muita coisa importante, principalmente (pelo que me lembro) dos quadrinhos norte-americanos, serve muito mais do que esses mil quadrinhos para ler antes de morrer, e se me lembro bem aponta uma bibliografia legal ao final. Esse eu li na época que eu trabalhava na Fnac então conseguia ler todo dia as coisas que tinha lá, ler material físico mesmo em mãos, coisa que eu não conseguiria comprar. Acho que esse livro tenta fazer um exercício de construir uma seleção canônica para a história dos quadrinhos.
Ainda bem que a tecnologia ta aí pra facilitar as coisas e pra complicar mais ainda.
cara ,é vero isto,não costumo assistir canal de quadrinhos no youtube,mas estou começando a respeitar voce ,tenho uma loja ,converso muito com clientes e vejo a limitação no que tange aos classicos ,adoro o liberatore,adoro o pazienza ,a historia de astarte de pazienza para mim é um classico poderoroso,vuilleimin acho muito muito mais anarquico e sujo que o crumb,lorenzo mattoti é de outro planeta , ou seja não tenho lista de classico ,e muita lista é construida por quem eu não respeito
gosto do seu canal
sei la, se o universo da " alta arte" fosse assim se um cânone, talvez atingissem mais pessoas, porém não seriam consideradas " alta arte".
Muito bom o vídeo. Mas acho que tem uns pontos interessantes pra se comentar.
- Livros como "1000 quadrinhos pra ler...." são excelentes. Não pra definir o que é ou o que não é clássico. São guias. Servem de referência pra se descobrir coisas novas, muitas bem conhecidas, outras não. Ora, não é basicamente a mesma coisa deste canal, quando fala de quadrinho A ou B?
- Mesmo exemplificando com o fato de outras artes terem estudos acadêmicos muito mais avançados, mesmo neles, definir o que é clássico e o que não é, é uma guerra. Não é tanto questão de determinar quadrinhos, mas determinar qual a definição de clássico mesmo. Mais ou menos o que vc falou mesmo.
- Acho que 2 pontos interessantes, vc mesmo levantou mas não considerou. Quando vc diz do Cris Ware, você diz de alguém que pro bem ou pro mal, é um quadrinista renomado. Profissionais tem voz em dizer sim, o que pode ou não ser considerado um clássico, muito além do que qualquer crítico.
Isso não entra em critério de excelência ou afins. Mas de relevância.
Watchmen é um clássico? É, não tem como negar. Mesmo que muitos quadrinhos melhores que esse não recebam o mesmo reconhecimento. Ainda que muito, MUITO antes de Watchmen, quadrinhos adultos ousavam muito mais.
Watchmen mudou o mercado. Mudou a oferta e mudou a demanda.
Penso no Alex Ross, falando do Andrew Loomis. O cara não tinha nada publicado nos EUA a décadas. Agora os trabalhos dele estão aparecendo de novo.
- O ponto mais importante. Vc só queria mesmo uma desculpa pra mostrar esses petardos, tudo num vídeo só, hahahahahaha
ME DESCOBRIU!
Só para acrescentar: profissionais também podem compor essa elite cultural ou pauta-la em alguma dose.
@@QuadrinhosNaSarjeta Sim. O importante, pro mercado, é ter algum ponto de referência, pro bem ou pro mal. Como aconteceu com a indústria da música naquele interim entre o declínio do rádio e a evolução do Spotify. Imagina o cinema sem isso?
É um mal necessário.
Também considero sem sentido essa coisa de '1001 quadrinhos para se ler antes de morrer'. É uma lista muito ocidental, com poucos exemplos até europeus fora do eixo francófono. O que tem lá de quadrinho asiático (entenda-se japonês) é submetido e legitimado aos olhares ocidentais. Sobre quadrinhos europeus: Dá para contar nos dedos o número de quadrinhos alemães. Quadrinho africano só tem Aya (que saiu na França) ou alguns trabalhos do Barly Baruti lançados na França e relaciona essas produções com poucos trabalhos da Índia, pelo simples exotismo. Muito triste é ver tradutor e gente do meio supostamente sabida se ancorando nessa obra para dar carteirada ou para falar que não existe quadrinho, por exemplo, na África pq o Paul Gravett e o pessoal dessa obra não citou.
Nenhuma diferença entre cinema, ou outra arte
manooo eu nunca vi quadrinhos desse tamanho pqp
Aquela lista dos 100 discos BR, da Rowling Stones. Cai nisso aí. Os primeiros são aqueles q se tornaram modelos do q é a música brasileira. Criam uma identidade do q é o Brasil, a sua importância etc. Entretanto, a música nem sempre foi gravada e o quadrinho? Será q tbm n teve sua era de imagens voláteis? E esses q nunca gravaram um disco ou aqueles pais q fizeram quadrinhos para seus filhos só para q pudessem dormir? Os quadrinhos queimados da biblioteca de Alexandria.... Um ótimo cânone tvz seriam os sentimentos mais específicos do agora.
Por que esses quadrinhos são tão grandes? Tem algo a ver com a idade deles?
Eu desconfio que provavelmente eram lançadas numa pagina de Jornal, antes mesmo das revistas em quadrinhos. Aí os próprios balões e textos eram pensados pro tamanho de uma página de jornal. Se convertido num livro, tem q manter as dimensões se não o texto a ler dos balões ficaria ilegível.
Originalmente esses quadrinhos eram publicados em jornais. Essas coleções reproduzem o formato das páginas dos jornais.
4:22 "Little" aonde? Livro Enorme!!!( Brincadeira ;) ).
amo seus vídeos, mas confesso que vc me decepcionou com essa noite estrelada ai no fundo.kkk
Acho que nunca vi livros com tamanho de um pranchas. rs