O Estrangeiro (Albert Camus) | Tatiana Feltrin

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  • เผยแพร่เมื่อ 1 ต.ค. 2024
  • TLT - Ligando livros a pessoas
    O Estrangeiro, de Albert Camus
    Onde encontrar o livro (edição do vídeo): amzn.to/2SiWiWm
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    Vídeos sugeridos:
    - A peste:
    • A Peste (Albert Camus)...
    - O Estrangeiro - Literatura Fundamental:
    • Literatura Fundamental...
    - O Estrangeiro - José Monir Nasser
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ความคิดเห็น • 392

  • @theladyinthecastle
    @theladyinthecastle 4 ปีที่แล้ว +456

    Também é interessante que o nome do Meursault é um trocadilho em si. “Meur” e morre (meurre) em francês é pronunciado do mesmo jeito. “Sault” e “sot”, que significa idiota, imbecil, débil, também. Logo, o nome do Meursault é um trocadilho que quer dizer “morre idiota”, “morre imbecil”. “Sot” também era a palavra que se usava para chamar o bobo da corte em um dado momento. Achei interessante compartilhar.

    • @antonionunes6005
      @antonionunes6005 3 ปีที่แล้ว +7

      Fez bem partilhar essa explicação.
      Obrigado 🙏👍

    • @emelythorneguima8284
      @emelythorneguima8284 3 ปีที่แล้ว +3

      Merci!

    • @MarisStellaSchiavoNovaes
      @MarisStellaSchiavoNovaes ปีที่แล้ว +5

      Que detalhamento importante! Obrigada. Favorece ainda mais a compreensão e propósito do texto.

    • @bebelribeirosilva
      @bebelribeirosilva ปีที่แล้ว

      muito bom, adorei saber!! obrigada por compartilhar!!

    • @erianeoliveira1514
      @erianeoliveira1514 11 หลายเดือนก่อน

      Excelente informação !Obrigada Camila!

  • @iandt1367
    @iandt1367 5 ปีที่แล้ว +775

    A leitura de O Estrangeiro fica 870 vezes melhor se precedida pela leitura de O Mito de Sísifo. Inclusive Camus lançou os 2 quase ao mesmo tempo para que fossem lidos um após o outro nessa ordem (Sísifo -> Estrangeiro).
    Inclusive o título O Estrangeiro é trabalhado enquanto conceito filosófico em Sísifo.
    Fica a dica humildemente pra quem quiser deixar a leitura muito mais sensacional.

    • @Gafanhotoateu123
      @Gafanhotoateu123 5 ปีที่แล้ว +9

      Vlw, amigo

    • @vanessafas
      @vanessafas 5 ปีที่แล้ว +11

      Obrigada pela dica! Vou seguir a ordem.

    • @lss927
      @lss927 5 ปีที่แล้ว +3

      👍👍

    • @seykken
      @seykken 5 ปีที่แล้ว +10

      UP
      Veja esse comentário Tatiana, é astronomicamente importante!

    • @debigribs9458
      @debigribs9458 5 ปีที่แล้ว +3

      Eu fiz isso mas não entendi nadinha no mito de Sísifo hhHheushejss

  • @suvacodecobra365
    @suvacodecobra365 3 ปีที่แล้ว +190

    A banda "The Cure" tem uma música chamada "Killing An Arab", inspirada no livro "O Estrangeiro" de Albert Camus.

    • @Ricky06-rp5ws
      @Ricky06-rp5ws ปีที่แล้ว +11

      A banda "Avenged Sevenfold" acabou de lançar um álbum inspirado nesse livro e na filosofia de Albert Camus.

  • @antonioaugusto1175
    @antonioaugusto1175 3 ปีที่แล้ว +57

    O padre quando pede para que ele se arrependa, tem um valor bem maior do que aí dito. Caso o personagem se arrepende-se ele admitiria que a vida tem sentido, que há uma ordem na vida, que existe um transcendente que, caso ele aceite, faria com o "tanto faz" não podesse mais ser dito. Quando o padre pede a ele que se arrependa, o personagem não se enfurece por conta do apelo ser religioso, ele se enfurece por que caso se arrepende-se ele admitiria que a vida tem sentido, e admitir isso é a única coisa capaz de lhe emocionar.

    • @luantavaresx
      @luantavaresx 2 หลายเดือนก่อน +1

      interessante.

  • @HamiltonGJr
    @HamiltonGJr 5 ปีที่แล้ว +151

    Sobre o Sol em Camus (A Peste e O Estrangeiro) devemos lembrar que tudo se passa na Argélia, na África. Tenho um amigo franco-argelino que me contou que lá o Sol não tá pra brincadeira não. Isso me faz imaginar que Camus não poderia deixar de incluir o Sol em suas obras como influenciador onipresente.

    • @dpachannel2052
      @dpachannel2052 3 ปีที่แล้ว +2

      É verdade, no filme do Lucchino Visconti isso fica bem evidente.

  • @GiovaniCrepaldi
    @GiovaniCrepaldi 5 ปีที่แล้ว +96

    Além de passar a ideia do absurdo dentro da vida de Mersault, Camus também faz uso de recursos como a ironia e críticas sociais. Um exemplo disso eh quando o seu vizinho fica perceptivelmente incomodado quando observa o velho espancar seu cachorro, mas , em contrapartida, esse mostra-se altamente confiante na ideia de que bater na sua mulher eh algo,de fato, correto e natural . Realmente, " o estrangeiro" eh um livro a ser lido com calma e reflexão

  • @hectorfeitosa5192
    @hectorfeitosa5192 5 ปีที่แล้ว +85

    Esse livro é bem peculiar, ao menos pra mim. Sempre penso na indiferença dele sem tentar "patologizar" essa postura e sempre me pego pensando nessa passagem do livro: "Como nunca tenho quase nada a dizer, prefiro calar-me”. É um livro muito esquisito mesmo, mas esse é um dos pontos que o torna bom; tirar-nos da zona de conforto...

  • @emversoeprosa7537
    @emversoeprosa7537 5 ปีที่แล้ว +272

    Para Camus, o absurdo é a própria vida, que desprovida de sentido, faz com que o homem movido por esse vazio existencial busque encontrar algum sentido para viver. Sendo sua vida uma busca contínua de sentido.
    E eu acho que é durante o julgamento que Meursault toma consciência do absurdo do mundo, ao menos na minha opinião, o seu julgamento por si só é uma denuncia descarada de como os homens acabam dando sentido e importância para aquilo que eles querem. Meursault, em um momento do livro não aceita deus. Ali eu fiquei pensando que Meursault tinha consciência do absurdo e da falta de sentido da vida, por isso mesmo não importava, ele toma a decisão de não aceitar, ele não diz tanto faz como sempre falou até o momento, por isso me pareceu que é durante essa segunda parte que Meursault aceita e entende a falta de sentido da vida e por isso mesmo e sente paz com seu fim eminente.
    O Meursault é um estrangeiro ao mundo sensível. O personagem é condenado não por matar um homem, mas por não seguir o padrão imposto pela sociedade, o padrão de comportamento que tenta dar ordem e sentido para a vida. Imagina como não deve ser angustiante para as pessoas que vivem nessa "ordem" encontrar um personagem como Meursault. hahaha

    • @josefaduarte6736
      @josefaduarte6736 5 ปีที่แล้ว +23

      Excelente! Você conseguiu colocar em palavras as minhas impressões.

    • @fernandotavares5523
      @fernandotavares5523 5 ปีที่แล้ว +4

      Em Verso e Prosa, não li o livro, mas seu comentário me deixou mais com vontade de ler.

    • @brunocarvalhomartins5906
      @brunocarvalhomartins5906 5 ปีที่แล้ว +1

      Excelente comentário!

    • @TheGuscad
      @TheGuscad 5 ปีที่แล้ว

      @COMANDO BH leu errado kkkkk

    • @alissonrosa1094
      @alissonrosa1094 4 ปีที่แล้ว

      Finalmente uma explicação boa obrigado

  • @andreneves6064
    @andreneves6064 ปีที่แล้ว +7

    Em inglês é "The stranger": o estranho. Pra mim faria mais sentido, considerando a descrição do personagem.

  • @ingridjohanna1179
    @ingridjohanna1179 5 ปีที่แล้ว +131

    Melhor canal sobre literatura!

  • @ABibliotecaDeGaia
    @ABibliotecaDeGaia 5 ปีที่แล้ว +235

    Vamos lá. A resenha de O Estrangeiro, deve ser a que mais assisti em canais aqui do TH-cam, mas nenhuma trouxe 10% das informações que ouvi você abordar. Essa é melhor resenha deste livro que já assisti. Apesar de não ter lido ainda, sempre achei as resenhas tão clichês, todas tão igualzinhas, que me perguntava se realmente a pessoa tinha lido, ou apenas visto o vídeo em outro canal para falar as mesmas coisas. Bons escritores sempre trazem, em algumas cenas, mensagens que podem mudar o significado de uma história, seja ela paralela à principal ou não. Muito me irrita ver quando alguém leu um livro só por ler, sem sequer tentar compreender a história, e as motivações dos personagens. Seja pelos textos de apoio ou não, você quando lê um livro e trás uma resenha no canal, você transmite a quem assiste o interesse que teve pelo livro, você se entrega a leitura, e explora seus significados. O que faz do seu canal, o melhor canal literário que temos atualmente no TH-cam! Meu sonho é fazer resenhas com essa profundidade. ☺️ Parabéns!

    • @JoanaCosta14
      @JoanaCosta14 5 ปีที่แล้ว +11

      Exatamente, a Tati nos faz ter vontade de ler qualquer livro (bom), por esse motivo ela é única no TH-cam.

    • @armandoribeiro918
      @armandoribeiro918 ปีที่แล้ว +1

      Sem afetação, direto👍👍👍👍👍

    • @elenapimenta3711
      @elenapimenta3711 5 หลายเดือนก่อน

      Traz *

  • @_pirata
    @_pirata 5 ปีที่แล้ว +35

    Moro em Fortaleza, aqui o Sol me castiga dia sim, dia também; seja manhã, tarde ou noite; durante todo o ano... 😂🔥🌞

  • @felipe.s96
    @felipe.s96 5 ปีที่แล้ว +165

    É interessante comparar o Raskólnikov com o Mersault. Enquanto o primeiro se encontra constantemente em uma situação onde a sua consciência moral e a sua racionalidade entram em conflito, o segundo parece não ter esse confronto.

    • @PedroHenrique-yy8zc
      @PedroHenrique-yy8zc 5 ปีที่แล้ว

      Boa.

    • @yuriamaral2715
      @yuriamaral2715 3 ปีที่แล้ว

      Muito bem colocado

    • @sandraviana4698
      @sandraviana4698 3 ปีที่แล้ว +2

      Interessante q em ambas obras percebe-se o fator telúrico

    • @imcida
      @imcida ปีที่แล้ว +1

      Boa! Pensei também em Sônia e Marie (os interesses românticos de cada um, respectivamente). Mulheres que meio que não "ligam" para a apatia dos namorados problemáticos

    • @clarissaganzer
      @clarissaganzer 2 หลายเดือนก่อน

      Ótima comparação. Realmente!

  • @ramonawrr
    @ramonawrr 5 ปีที่แล้ว +47

    Oi tati! O francês do L’étranger é muito simples, sabendo passé composé, imparfait e futur simple já é o suficiente pra dar conta do livro. É claro que consultando o dicionário dependendo do seu conhecimento do vocabulário, mas a gramática em si não é monstruosa. Eu li depois de um ano e pouco fazendo francês. Inclusive tem um áudio book aqui no TH-cam completo do livro que eu usei pra acompanhar. (To falando isso porque sei que você já estudou francês por um tempo)

    • @MatheusMarlley
      @MatheusMarlley 4 ปีที่แล้ว +1

      Sim! Concordo! Comecei estudar francês sozinho há 7 meses e ja estou lendo este livro. Sigam meu canal Mochila Viajante!

  • @r.c.7793
    @r.c.7793 4 ปีที่แล้ว +8

    Transcrição da brilhante análise de José Monir Nasser em sua aula d'O Estrangeiro (disponível no youtube - Notas transcritas a partir de 3:52:00): Mersault vive moralmente omisso às situações que estão ocorrendo em seu entorno. Mersault é um exemplo extremo, pq ele é uma personagem literária, com uma distorção caricatural.
    Essa inexistência da percepção do certo e do errado, uma certa anestesia, pode acontecer com nós todos.
    É um sujeito sem consciência moral, perdeu a capacidade de distinguir o certo do errado. É um sujeito só de quantidades, não tem nenhuma qualidade. A vida para ele é apenas uma expectativa de novas sensações (sentidos); não tem sentimentos (paixões), não tem um conceito sobre si próprio, a mãe não significa nada, etc. Ele é sensorial, a vida para ele é apenas uma expectativa de novas sensações.
    Sabendo que vai morrer, só sente a inviabilidade da sua vida sensorial (não poderá mais curtir o mar e o sol), não tem autoconsciência da monstruosidade moral que ele vivencia. Ele vive a dialética das sensações, é manipulado pelas sensações do meio (sol, mar), não tem uma existência moral de imaginar que deve fazer isso ou aquilo, que pode eventualmente trocar isso por aquilo outro. Não tem consciência moral. O brasileiro é muito parecido com o Mersault, uma parte grande da cultura brasileira é Mersault (vive a dialética das sensações): tem o projeto pessoal das sensações, a proposta de vida é curtir o que for possível: é uma ideia quantitativa, não dá para construir civilizações com isso, embora a vida seja divertida.
    O Mersault é profundamente associado ao Raskolnikov (Crime e Castigo): o último tem duas chances na vida: ou vai para o hospício ou vira presidente da república - isto é, adquire poder (quando os outros à sua volta são Mersault). Esta é a razão por que Gilberto Gil um dia foi ministro do governo petista, ninguém soube o que era certo e o que era errado: ninguém teve a possibilidade de julgar se ele tem ou não tem alguma validade moral; só é possível existir o Raskolnikov com poder numa sociedade sem consciência moral do que é certo e do que é errado.
    O personagem deve nos ajudar a compreender na vida real sua atitude: quando formos apanhados numa atitude parecida, podemos elaborar o problema, sabendo que uma das possibilidades humanas é ser Mersault.
    Como distinguir obras de arte: avaliar duas variáveis: a profundidade do conteúdo e a complexidade de forma. As grandes obras (como as escolhidas nos seus cursos) têm, então, uma grande possibilidade de interpretações.
    Logoterapia: explicar com suas próprias palavras o que vc está vivendo. É uma maneira de organizar nosso sofrimento.
    Beletrista: saber tudo sobre Camus, por ex.; conhecimento periférico da obra, etc. Não é esse o objetivo do presente curso.
    4:03:00: compreensão do mundo contemporâneo, onde há muitos Raskolnikovs e Mersaults soltos por aí - análise do louco que quer criar o homem novo numa nova sociedade (ideólogos socialistas, marxistas, ...). O Mersault é o homem dominante no mundo atual, embora não tenha sido essa a intenção de Camus. Camus achava que a vida é um absurdo, que nada na vida faz sentido. No seu livro O Mito de Sísifo, discorre sobre 4 maneiras de lidar com a vida frente à sua absurdidade (da vida): 1 -escolher viver de modo absurdo (tal como o personagem Don Juan, que popularizou-se na versão de Molière) (é uma fórmula para gerar loucos); 2 - suicídio (o maior dos pecados: é o desprezo da existência de Deus); 3 - produção de um novo mundo* (essa fórmula de construção de sociedade justa baseada em critérios humanos gerou 100 milhões de mortos no século XX) (* esse enfoque está no livro O Homem Revoltado; também nos Irmãos Karamázov, onde Ivan pretende fazer uma outra coisa no lugar da obra de Deus, pois ele não a aprecia - e então surgem Robespierre e Sangi?, monstros da Revolução Francesa que acham que têm mais capacidade de fazer justiça do que Deus) e 4 - conviver com o absurdo da vida (é o que ele acha que Mersault faz), sem entrar no jogo, manter distância do jogo: fórmula que gera a matéria prima social que permite que os malucos autores da terceira fórmula possam existir.
    O processo de destruição do entendimento entre certo e errado (senso moral) começa por um processo que o antecede, que é a destruição entre o real e o imaginário: deixar as pessoas em dúvida sobre o que é imaginário e o que é aplicável na prática. Um exemplo (negativo) disso é o filme “Quem somos nós”, que constrói essa ideia de que há uma indiferença entre imaginação e realidade [há um vídeo no youtube do prof. Monir sobre esse filme (ele chama de contribuição para a saúde pública!): th-cam.com/video/sjiqFwRptZY/w-d-xo.html]
    Fritzjoff Capra já renegou o livro Ponto de Mutação.
    Vc pega o dalai lama e põe a falar com um físico nuclear: concluirão que a física nuclear é igual ao budismo e vice-versa, porque o dalai lama não tem a menor ideia do que seja física, e o físico não tem a menor ideia do que seja o budismo: essa é a única razão pela qual eles acham que é a mesma coisa, que têm que fazer essa ligação!
    Esse tipo de coisas, como o filme Quem Somos Nós, o livro Ponto de Mutação, são instrumentos da Nova Era, que é uma mistificação do conhecimento humano que serve ao propósito de modificação do mundo, no sentido que nós estamos criticando aqui. Um programa como esse aqui [refere-se às aulas do Monir] tem por objetivo desmontar esse tipo de coisa.
    O livro do Guénon (O Reino da Quantidade) nos dá ideia de quanto as psicologias modernas são cúmplices (mesmo inconscientes) da perda do sentido do real, que é a causa dos males que a humanidade vive. A questão é que elas querem dar a entender que não há psicopatia nenhuma: um estuprador não é um doente, “é um modo de ser, um estilo enfático de namorar”. Esse é o objetivo: extinguir do mundo a ideia de que há coisas certas e erradas, tornar ilegítima qualquer ideia de autoridade que não seja do Estado (ninguém mais pode brigar com o filho; se seu filho de 8 anos quiser passar dois dias numa rave, vc não deve impedi-lo).

  • @polimata_o
    @polimata_o 2 ปีที่แล้ว +12

    "Quatro batidas secas na porta da desgraça". Quando li o final desse capítulo estava completamente imerso! Como se sentisse o calor daquele sol. E, ouvindo os sons dos tiros, mirasse ao longe o Sr. Meursault ainda com o braço erguido segurando aquela arma diante do corpo inerte. De longe A MELHOR LEITURA do ano de 2022!

  • @jessicacarolinemari
    @jessicacarolinemari 5 ปีที่แล้ว +146

    No livro 'A peste' há uma referência sobre o assassinato de um árabe por um francês na Argélia, que na época era colônia francesa. Acredito que o Camus, nesse trecho, se referiu ao livro 'O estrangeiro' ao escrever 'A peste'.

    • @renataziliotto9001
      @renataziliotto9001 5 ปีที่แล้ว +5

      Sim. Menciona. Também me atentei a isso.

    • @dbernat
      @dbernat 5 ปีที่แล้ว +12

      Sim, o Camus costuma fazer isso. Em "O Estrangeiro" tem um fait-divers que o Mersault encontra na cela sobre um tchecoslovaco que é o enredo da peça "Le Malentendu", que é parte do ciclo do Absurdo, a primeira das duas peças representadas.

    • @Gohandeterno
      @Gohandeterno 5 ปีที่แล้ว +4

      Obrigado pela nota.

    • @pedrofelix4382
      @pedrofelix4382 4 ปีที่แล้ว +4

      Interessante saber disso, pessoal ! Obrigado 😊 vou pesquisar mais sobre o assunto gostei dessas referências ... tidos de bom pra todos vcs

    • @andrewsnim1
      @andrewsnim1 ปีที่แล้ว +3

      Camus inventou o Universo Compartilhado

  • @bernardofilho6684
    @bernardofilho6684 3 ปีที่แล้ว +25

    5:48 Vim, anos depois da resenha, fazer uma pequena correção. Meursault não atirou no árabe porque sentiu que ele pegaria a faca, muito pelo contrário, todo o ato envolvendo o assassinato tem como culpado o calor da praia. O personagem fora afligido pelo calor e isso o levou até o homicídio, isso que deixa toda a cena ainda mais confusa e a morte ainda mais sem sentido. Ele não tinha motivos para fazer o que fez, nem muito interesse em fazer aquilo também, simplesmente aconteceu.

    • @Eflaar
      @Eflaar ปีที่แล้ว +3

      Na verdade pegou a faca sim, inclusive brincava com ela na mão; refletia a luz do sol, com a faca, na face de meursault

    • @matheusalbert1925
      @matheusalbert1925 5 หลายเดือนก่อน

      O árabe pega a faca, mas realmente o calor foi um dos responsáveis (que no julgamento a tentativa de explicar só lhe deu mais um motivo para ter aquela condenação)

  • @Floreiando
    @Floreiando 5 ปีที่แล้ว +54

    Mersault é um estrangeiro no mundo.

  • @mateussivelly1462
    @mateussivelly1462 5 ปีที่แล้ว +31

    A letra de A Revolta dos Dandis, dos Engenheiros do Hawaii é muito inspirada nesse livro...
    Além do nome ser inspirado diretamente em outro livro do Camus, O Homem Revoltado, a letra bebe na fonte do tanto faz de o Estrangeiro...
    Entre um rosto e um retrato, o real e o abstrato
    Entre a loucura e a lucidez
    Entre o uniforme e a nudez
    Entre o fim do mundo e o fim do mês
    Entre a verdade e o rock inglês
    Entre os outros e vocês
    Eu me sinto um estrangeiro
    Passageiro de algum trem
    Que não passa por aqui
    Que não passa de ilusão
    e na referência à morte de Camus, em um acidente de carro...
    o escritor sofreu um acidente em uma viagem - no bolso do escritor foi encontrado um bilhete de trem, que o escritor havia comprado, mas preferiu aceitar uma carona de seu editor...

  • @AngelaGuedes
    @AngelaGuedes 5 ปีที่แล้ว +41

    Já antes de dar play no vídeo escuto na mente a frase "Olá bom hoje a gente vai conversar um pouco sobre o incríiiiivel..."

  • @obrunodarocha
    @obrunodarocha 5 ปีที่แล้ว +19

    Se alguém quer um texto de apoio verdadeiramente bom sobre O Estrangeiro: O Mito de Sísifo, do próprio Camus

  • @mullerss1
    @mullerss1 5 ปีที่แล้ว +10

    "do idiota do Dostoiévski"..poxa Tati, respeito com o seu Fiodor!
    auhauhauaahu
    :D

  • @mdgcr1
    @mdgcr1 5 ปีที่แล้ว +7

    Essa referência ao sol como fator de gatilho para o assassinato cometido pelo Meursault me fez lembrar do episódio do livro Angústia do Graciliano Ramos, quando no intento de matar Julião , o Luiz dá a entender que se não estivesse sem cigarro poderia evitar a ânsia de matar o “inimigo”.... o tempo todo da perseguição, ele se refere à falta do cigarro como um fator a mais para o ódio homicida.

  • @fernandoxavier6928
    @fernandoxavier6928 5 ปีที่แล้ว +13

    Ótimo vídeo! Aqui o link para a aula de "O Estrangeiro" do José Monir Nasser: th-cam.com/video/qsyOMe18yRg/w-d-xo.html

  • @daniielvit
    @daniielvit 8 หลายเดือนก่อน +7

    Acabei de ler o L'étranger na sua língua original e posso dizer que esta é uma obra muito imersiva, por mais que o personagem seja apático, podemos nos identificar com ele muitas vezes.
    Durante a leitura, comecei a estudar a filosofia camusiana e isso transformou totalmente minha ótica em relação à obra, pois essa indiferença transmite o "niilismo" do personagem. Esse livro com toda certeza está no pódio dos MELHORES livros que já li.
    Amei a resenha revelou e abordou o livro de forma cativante :)

    • @bernardofigueira4290
      @bernardofigueira4290 3 หลายเดือนก่อน

      perdão, mas não seria absurdismo em vez de niilismo?

  • @MundoGamesDo
    @MundoGamesDo 5 ปีที่แล้ว +25

    "E eu me sinto um estrangeiro, passageiro de algum tremm"

    • @dirilenegama8117
      @dirilenegama8117 4 ปีที่แล้ว +1

      Que não passa por aqui...

    • @Jow931
      @Jow931 3 ปีที่แล้ว +1

      @@dirilenegama8117 e que não passa de ilusão

  • @arthurmartinuzzodossantos3295
    @arthurmartinuzzodossantos3295 5 ปีที่แล้ว +12

    Tatiiiiiiiiiii, você ja leu '' Não verás pais nenhum '' de Ignacio Loyola ??? É uma distopia brasileira FANTÁSTICA !

  • @franklinruan3807
    @franklinruan3807 3 ปีที่แล้ว +5

    O mais perceptível desse livro é a indiferença do personagem pra tudo ao seu redor. Ele não está preocupado em agradar os outros simplesmente porque ele é indiferente a tudo. A morte da mãe não importa, assim como ir pro cinema com a namorada após o falecimento da progenitora.
    O que mais me fascina em livros literários é essa seriedade em retratar os personagens. Quem não conhece alguém similar aos personagens desse livro, que julgaram o protagonista não por assassinato, mas sim por ele não se adequar às suas visões de mundo? A cena do julgamento é fascinante nesse sentido, visto que a maior parte do tempo ele está sendo acusado de não se importar com a mãe, fato reforçado pelo "testemunho" desse crime por parte dos funcionários do asilo no qual ela estava radicada. Assim como Meursault era indiferente a tudo e todos, era como se ele mesmo fosse somente um espectador no seu próprio julgamento, considerando que a maior parte do tempo ele só observava, falando pouco, e até mesmo o advogado falava substituindo o protagonista, como se ele não estivesse lá. Ele era um estrangeiro em seu próprio julgamento.
    Eu também gostei muito da cena do capelão, na qual ele não consegue compreender como um condenado a morte pode estar tão calmo e tão indiferente ao inexorável destino que o espera. Meursault simplesmente não se importa com Deus, mesmo nos seus últimos momentos, algo impensável para o religioso, afinal, caso ele aceitasse que Meursault poderia estar realmente calmo, toda sua fé baseada na existência de Deus, e no sentido da vida por ela dada, seria invalidade.

  • @barbarasartore9296
    @barbarasartore9296 5 ปีที่แล้ว +10

    Eu já tinha lido O Estrangeiro, mas só agora vendo você descrever o Mersault que me fez pensar na similaridade dele com o Bartleby, de ser o personagem que as pessoas não entendem muito bem a conduta

  • @pedrohenriquecardosodearau3232
    @pedrohenriquecardosodearau3232 5 ปีที่แล้ว +5

    Tati, Chico Buarque em seu último disco tem uma música inspirada no Estrangeiro, "Caravanas"

  • @felipecoutomelo
    @felipecoutomelo 5 ปีที่แล้ว +7

    O Estrangeiro é o próprio personagem, e este sentimento de ser um estrangeiro é bem descrito quando o mesmo diz: "vejo por trás dos meus olhos", é como se apenas observasse a vida passar. Este livro, ao meu ver, tem como viés testar os limites da filosofia Absurdista/Existencialista. Absurdismo, pois refere-se a latência entre a razão da existência e o suicídio (vide O mito de sísifo), onde o mesmo não ver importância na própria morte, tampouco na vida, quando privado da liberdade. Sobre o Existencialismo ateu, temos a influência do pensamento de Sartre, principalmente em questão a contingência e na plenitude da liberdade, sem se furtar das consequências, outrossim, este compreende que ele matou e foi uma escolha. Outros personagem reforçam o que supracitei. Sobre a questão do Sol, minha interpretação é que este representa a moral e o impacto de não estar agindo dentre as normas sociais, até mesmo como o Sol fosse "deus/sociedade", julgando antes mesmo do individuo atuar.

  • @GutyT1
    @GutyT1 5 ปีที่แล้ว +11

    O livro é realmente maravilhoso e suscita multiplicas questões; políticas, culturais, filosóficas e etc. É impressionante como uma obra tão "pequena" pode ser ao mesmo tempo tão grande.
    Para quem curte cinema, há um filme maravilhoso chamado "O homem que não estava lá", roteirizado e dirigido pelos irmãos Coen, que dialoga bastante com esta obra de Camus.

  • @cecidantass
    @cecidantass 3 หลายเดือนก่อน +5

    Uma parte que acho enigmática do livro é quando o Mersault diz que tem uma “vontade tola de chorar” quando o promotor tá falando dele e, segundo o próprio Mersault, deu pra sentir até que ponto as pessoas o detestavam. Achei estranho, como se ele se importasse com a opinião da gente no tribunal.

  • @obrunodarocha
    @obrunodarocha 5 ปีที่แล้ว +39

    Posso recomendar a música Killing an arab do The Cure? Teje recomendado

  • @versos_cancoes
    @versos_cancoes 2 ปีที่แล้ว +10

    Eu amei o Estrangeiro, ele é estranhamente maravilhoso. No começo achamos o Estrangeiro super estranho, mas no final você fica com dó dele, por estar sendo preso por não ter simplesmente chorado no enterro da mãe. Maravilhoso.

    • @grangeirobisneto
      @grangeirobisneto ปีที่แล้ว +6

      Personagem que não inspira simpatia nenhuma. Não concordo que ele tenha sido julgado por não ter chorado no enterro da mãe, apesar de esse fato ter servido como um tópico para análise da personalidade perante o Júri. Mas a condenação foi pelo assassinato. E, por mais que entendamos que Mersault é a personificação do homem absurdo de Camus, não há como redimir tamanha indiferença diante do mundo.
      Acredito (se é possível formular qualquer tipo de juízo sobre as intenções do autor) que a última coisa pretendida por Camus tenha sido causar dó nos leitores.
      Porém, obviamente, cada um lê conforme sua vivência e com seus próprios olhos.
      Realmente é um livro maravilhoso.

    • @saturno2263
      @saturno2263 9 หลายเดือนก่อน

      ​@@grangeirobisnetoconcordo cntg

    • @akhbcify
      @akhbcify หลายเดือนก่อน

      O único sentimento que ele desencadeou em mim foi de angústia. Jamais seria amiga de uma pessoa sem sentimentos e medíocre como ele.

  • @RodrigoDantasArq
    @RodrigoDantasArq 5 ปีที่แล้ว +7

    Também li esse livro recentemente, curti. Já ouviu falar de "O caso Mersault"? O livro conta a mesma história, só que na visão do árabe. Beijos.

  • @BarbaraLyma
    @BarbaraLyma 8 หลายเดือนก่อน +2

    "Quem matou foi o sol" rs

  • @angeeonunees
    @angeeonunees 5 ปีที่แล้ว +5

    Me assustei bastante por ter ido dormir pensando exatamente nesse livro. Acordo, pego o celular e essa é a primeira notificação que vejo hahaha

  • @folk3185
    @folk3185 ปีที่แล้ว +1

    Ele é não é louco, apenas nilista

  • @ingridjohanna1179
    @ingridjohanna1179 5 ปีที่แล้ว +28

    Sua resenha foi maravilhosa e muito rica com os outros textos de apoio. Li esse livro no ano passado, vi uma resenha que me decepcionou, pois não bastasse Meursault ser julgado no livro, foi julgado pela youtuber. li e não julguei o protagonista, só o achei um pouco estranho , mas justamente por isso gostei do livro.Quantas vezes somos do grupo do tanto faz?Quantas pessoas que conhecemos são assim? É como que com tantos horrores a sociedade está sim, insensível e isso é o "normal" ultimamente. Não entendo a cobrança para sermos tão sentimentais e inflamados. E o julgamento do protagonista foi cheio de hipocrisia.Quando que chorar é prova de sentimento verdadeiro? Richthofen chorou no enterro dos pais. E o tempo todo o personagem lembrava da mãe, de frases que ela dizia: Ela contemplava a natureza; Ela não mentia. Lembra também a corrente niilista e será que nunca se fizeram a pergunta ,por que existo? E como no livro, se a resposta não tiver fundamentada na esperança de uma vida pós-morte junto com Deus vc é um monstro? Sinceramente, devo ser execrável pq eu gostei do personagem e senti tristeza com seu destino. Cada um deveria ter o direito de ser como quiser, ele não quer s apegar para não sofrer.Ele foge da dor.Por isso a resignação com o seu final. Agora com sua resenha sinto que o personagem não foi mais uma vez julgado. Obrigada mesmo

    • @anacruz1887
      @anacruz1887 5 ปีที่แล้ว +3

      Ingrid Johanna já até sei de quem você está falando...tv fiquei decepcionada com a leitura dela. Tati arrasou!!!!

    • @Daniela.Mccaffrey
      @Daniela.Mccaffrey 4 ปีที่แล้ว

      Verdade!

  • @matronadi
    @matronadi ปีที่แล้ว +1

    Notas transcritas a partir de 3:52:00: Mersault vive moralmente omisso às situações que estão ocorrendo em seu entorno. Mersault é um exemplo extremo, pq ele é uma personagem literária, com uma distorção caricatural.
    Essa inexistência da percepção do certo e do errado, uma certa anestesia, pode acontecer com nós todos.
    É um sujeito sem consciência moral, perdeu a capacidade de distinguir o certo do errado. É um sujeito só de quantidades, não tem nenhuma qualidade. A vida para ele é apenas uma expectativa de novas sensações (sentidos); não tem sentimentos (paixões), não tem um conceito sobre si próprio, a mãe não significa nada, etc. Ele é sensorial, a vida para ele é apenas uma expectativa de novas sensações.
    Sabendo que vai morrer, só sente a inviabilidade da sua vida sensorial (não poderá mais curtir o mar e o sol), não tem autoconsciência da monstruosidade moral que ele vivencia. Ele vive a dialética das sensações, é manipulado pelas sensações do meio (sol, mar), não tem uma existência moral de imaginar que deve fazer isso ou aquilo, que pode eventualmente trocar isso por aquilo outro. Não tem consciência moral. O brasileiro é muito parecido com o Mersault, uma parte grande da cultura brasileira é Mersault (vive a dialética das sensações): tem o projeto pessoal das sensações, a proposta de vida é curtir o que for possível: é uma ideia quantitativa, não dá para construir civilizações com isso, embora a vida seja divertida.
    O Mersault é profundamente associado ao Raskolnikov (Crime e Castigo): o último tem duas chances na vida: ou vai para o hospício ou vira presidente da república - isto é, adquire poder (quando os outros à sua volta são Mersault). Esta é a razão por que Gilberto Gil um dia foi ministro do governo petista, ninguém soube o que era certo e o que era errado: ninguém teve a possibilidade de julgar se ele tem ou não tem alguma validade moral; só é possível existir o Raskolnikov com poder numa sociedade sem consciência moral do que é certo e do que é errado.
    O personagem deve nos ajudar a compreender na vida real sua atitude: quando formos apanhados numa atitude parecida, podemos elaborar o problema, sabendo que uma das possibilidades humanas é ser Mersault.
    Como distinguir obras de arte: avaliar duas variáveis: a profundidade do conteúdo e a complexidade de forma. As grandes obras (como as escolhidas nos seus cursos) têm, então, uma grande possibilidade de interpretações.
    Logoterapia: explicar com suas próprias palavras o que vc está vivendo. É uma maneira de organizar nosso sofrimento.
    Beletrista: saber tudo sobre Camus, por ex.: conhecimento periférico da obra etc. Não é esse o objetivo do presente curso.
    4:03:00: compreensão do mundo contemporâneo, onde há muitos Raskolnikovs e Mersaults soltos por aí - análise do louco que quer criar o homem novo numa nova sociedade (ideólogos socialistas, marxistas, ...). O Mersault é o homem dominante no mundo atual, embora não tenha sido essa a intenção de Camus. Camus achava que a vida é um absurdo, que nada na vida faz sentido. No seu livro O Mito de Sísifo, discorre sobre 4 maneiras de lidar com a vida frente à sua absurdidade (da vida): 1 -escolher viver de modo absurdo (tal como o personagem Don Juan, que popularizou-se na versão de Molière) (é uma fórmula para gerar loucos); 2 - suicídio (o maior dos pecados: é o desprezo da existência de Deus); 3 - produção de um novo mundo* (essa fórmula de construção de sociedade justa baseada em critérios humanos gerou 100 milhões de mortos no século XX) (* esse enfoque está no livro O Homem Revoltado; também nos Irmãos Karamázov, onde Ivan pretende fazer uma outra coisa no lugar da obra de Deus, pois ele não a aprecia - e então surgem Robespierre e Sangi?, monstros da Revolução Francesa que acham que têm mais capacidade de fazer justiça do que Deus) e 4 - conviver com o absurdo da vida (é o que ele acha que Mersault faz), sem entrar no jogo, manter distância do jogo: fórmula que gera a matéria prima social que permite que os malucos autores da terceira fórmula possam existir.
    O processo de destruição do entendimento entre certo e errado (senso moral) começa por um processo que o antecede, que é a destruição entre o real e o imaginário: deixar as pessoas em dúvida sobre o que é imaginário e o que é aplicável na prática. Um exemplo (negativo) disso é o filme “Quem somos nós”, que constrói essa ideia de que há uma indiferença entre imaginação e realidade [há um vídeo no youtube do prof. Monir sobre esse filme (ele chama de contribuição para a saúde pública!): th-cam.com/video/sjiqFwRptZY/w-d-xo.html ].
    Fritzjoff Capra já renegou o livro Ponto de Mutação.
    Vc pega o dalai lama e põe a falar com um físico nuclear: concluirão que a física nuclear é igual ao budismo e vice-versa, porque o dalai lama não tem a menor ideia do que seja física, e o físico não tem a menor ideia do que seja o budismo: essa é a única razão pela qual eles acham que é a mesma coisa, que têm que fazer essa ligação!
    Esse tipo de coisas, como o filme Quem Somos Nós, o livro Ponto de Mutação, são instrumentos da Nova Era, que é uma mistificação do conhecimento humano que serve ao propósito de modificação do mundo, no sentido que nós estamos criticando aqui. Um programa como esse aqui [refere-se às aulas do Monir] tem por objetivo desmontar esse tipo de coisa.
    O livro do Guénon (O Reino da Quantidade) nos dá ideia de quanto as psicologias modernas são cúmplices (mesmo inconscientes) da perda do sentido do real, que é a causa dos males que a humanidade vive. A questão é que elas querem dar a entender que não há psicopatia nenhuma: um estuprador não é um doente, “é um modo de ser, um estilo enfático de namorar”. Esse é o objetivo: extinguir do mundo a ideia de que há coisas certas e erradas, tornar ilegítima qualquer ideia de autoridade que não seja do Estado (ninguém mais pode brigar com o filho; se seu filho de 8 anos quiser passar dois dias numa rave, vc não deve impedi-lo). Resenha Monir

  • @r.c.7793
    @r.c.7793 4 ปีที่แล้ว +4

    O filme do Luchino Visconti é excelente! É de 1967, com Marcello Mastroianni representando a personagem Mersault.

  • @mariaeduardacordeirolopes5104
    @mariaeduardacordeirolopes5104 หลายเดือนก่อน +1

    Não vale observar o Meursault como uma pessoa, e sim como a personificação da filosofia do absurdo. Então, denominar ele como "psicopata" ou "sociopata" fica fora de questão

    • @tatifeltrin
      @tatifeltrin  หลายเดือนก่อน +1

      Sempre vale ler e entender o que está no texto e não seguir o que dizem que vale ou não vale :)

  • @denisechristians5169
    @denisechristians5169 5 ปีที่แล้ว +6

    Esse é um dos me-lho-res livros que li na vida, faz parte do meu Top 5. Quando vi o aviso da tua resenha, fiquei tão feliz que parei tudo, fiz um café, peguei um bolinho e me acomodei para assistir. Tipo cinema com pipoca... hehehe E o melhor: tua avaliação do livro é exatamente a mesma que tenho. Obrigada mais uma vez, Tati, por ser tão especial e transmitir às pessoas as alegrias dos grandes livros. Beijão.

    • @malub612
      @malub612 4 ปีที่แล้ว

      Denise Christians bem isso!🙂

  • @marciofadel4709
    @marciofadel4709 5 ปีที่แล้ว +3

    hahahahaha, proxeneta... acho que 99% correu pro dicionário

  • @ACFCflu1
    @ACFCflu1 11 หลายเดือนก่อน +1

    O personagem principal é um niilista, não vê nenhum grande sentido na vida. Mas desfruta dos prazeres que ela oferece sem culpa.

    • @caleffi_
      @caleffi_ 5 หลายเดือนก่อน +1

      Na verdade, é um absurdista

  • @tatianehannisdal5215
    @tatianehannisdal5215 5 ปีที่แล้ว +4

    Talvez esse personagem seja parente do “Bartleby”... 😂

  • @mairajordao7591
    @mairajordao7591 5 ปีที่แล้ว +4

    Foi o primeiro livro que li em 2019 e o que mais me surpreendeu foi a frieza do personagem(E não tinha pensado nisso mas concordo com vc que ele pode ser um psicopata)e claro o final...eh mesmo impressionante!!!
    Ps:Pensei até na tese de legítima defesa ou dolo eventual(assumir o risco de matar no caso do primeiro tiro) Mas aqueles 4 tiros desnecessários foi o que pra mim justificaram a prisão do protagonista!!!
    Enfim...O livro eh ótimo e a sua resenha foi mt maravilhosa pra variar.
    Bjo!!!

  • @JoanaCosta14
    @JoanaCosta14 5 ปีที่แล้ว +6

    É Camu fazendo biquinho para falar o "u" 🤭

  • @marcelolopes4470
    @marcelolopes4470 4 ปีที่แล้ว +4

    Percebi que durante o seu julgamento, O estrangeiro se sente um "estrangeiro"!!!

  • @NatonJolyBotogoske
    @NatonJolyBotogoske 2 ปีที่แล้ว +27

    O que me dói muito nesse livro é que me identifico demais com o Mersault. Isso faz com que eu tenha medo, medo literal, de me acharem um psicopata por não reagir como as pessoas "normais" reagem a estímulos.

    • @andromeda-qf3ld
      @andromeda-qf3ld ปีที่แล้ว +4

      Eu também, não chorei no velório da minha melhor amiga nem no da minha avó e fui embora o mais rápido que pude, me culpei por muito tempo, chegando a achar que pudesse ter algum grau de psicopatia, até que me disseram que pessoas com TDAH (tenho diagnóstico desde os 6 anos) possuem distúrbios hormonais que fazem com que elas não reajam de uma maneira "emocionalmente adequada" (não sintam certas emoções na intensidade que deveriam sentir).

    • @thiagomatos8282
      @thiagomatos8282 ปีที่แล้ว +1

      Eu também me identifiquei bastante com o personagem. De alguma forma, o "tanto faz" se faz presente em minha vida. Mas a leitura me fez refletir sobre as consequências de ser tão indiferente a tudo. Existem aspectos em que a indiferença pode ser catastrófica. No caso do velório e luto, não vejo problema algum. Cada um lida à sua maneira com a morte e tudo bem!

    • @marthaduarte2384
      @marthaduarte2384 8 หลายเดือนก่อน +1

      O que ainda pode ser mais favorável do que você abrir mão da sua identidade para agradar gregos e troianos. O medo de ser quem se é parece incomodar e travar muita gente!... Nada como a literatura e o autoconhecimento para nos ajudar a lidar com os nossos dilemas.
      Deixo, solidariamente, uma canção para você: "Esperando por mim", do Legião Urbana. Analise a letra. Espero que lhe ajude a se aceitar e compreender mais e melhor os movimentos do viver.
      Boa sorte!🙏

  • @1974Leia
    @1974Leia 5 ปีที่แล้ว +8

    Eu também fiquei impactada quando terminei esse livro. Li na época da faculdade e até hoje sei exatamente a sensação que tive quando terminei a leitura.

  • @laizaragao551
    @laizaragao551 5 ปีที่แล้ว +20

    "Um cara solitário que atrai gente esquisita" Já me identifiquei com esse moço 😂😂😂.Mais uma resenha perfeita!

  • @maxcady6915
    @maxcady6915 4 ปีที่แล้ว +6

    Que ano foi 1942, hein? Casablanca no cinema, O Estrangeiro na literatura e Nighthawks na pintura.

  • @matheus_ooliv
    @matheus_ooliv 3 ปีที่แล้ว +3

    Achei o livro ótimo. Inclusive me identifiquei com a apatia do personagem, nada o abala, nada o impressiona e de certa forma no fim ele se dá conta que se importa sim com as coisas, mas se dá conta quando é tarde demais (acho que homens no geral se dão conta que precisam da família e da esposa quando se divorciam rs). Mas aí quando o Camus discorre a "filosofia" dele, fico com a impressão que absurdismo é apenas pessimismo e revolta mesmo, não tem nada que se aproveite ali. Enfim, minha impressão. kkk

  • @marilinemariline9556
    @marilinemariline9556 ปีที่แล้ว +1

    Eu li o livro e não entendi porque cultuar uma estória de um psicopata. Nada nesta estória, nem na narrativa me cativou.

    • @OFF_02
      @OFF_02 2 หลายเดือนก่อน

      Mersault não era um psicopata. Toda narrativa dele gira em torno da filosofia do absurdismo, seu próprio final reflete isso. Você pressupor que tudo aconteceu porque ele tinha um problema mental é simplesmente falta de noção.

  • @michelpintocosta885
    @michelpintocosta885 5 ปีที่แล้ว +3

    Livro ótimo! Daqueles que se percebe que há uma camada por baixo das letras.
    Time conhecimento desse canal em razão da 'blitzkrieg' sofrida pela dona do canal. Não curto TH-camrs, mas seu canal é muito bom.
    Críticas diretas, honestas e confiáveis.
    Assinei. 📖

  • @frankensah
    @frankensah 3 ปีที่แล้ว +1

    O Olavo menciona esse personagem n'O Jardim das Aflições.
    ''Albert Camus dá em l’Étranger o retrato do tipo cuja mediocridade pacata esconde a mais absoluta insensibilidade moral. Um dia o sujeito caminha pela praia e, sem qualquer motivo, até mesmo sem sentir raiva, resolve matar dois transeuntes a tiros. Até o fim ele não compreende a revolta e a indignação que seu crime desperta. Como a inteligência humana não opera no vazio, mas apenas elabora e transforma os dados que recebe da esfera sensível, é natural que, quando um homem já não sente a realidade de alguma coisa, o conceito dessa coisa, o esquema que corresponde a ela no plano da inteligência abstrata, logo
    comece a lhe parecer também vazio de sentido.''

  • @NelloMorlotti
    @NelloMorlotti 3 ปีที่แล้ว +1

    Matando Um Árabe
    Parado na praia
    Com uma arma em minha mão
    Olhando fixamente para o mar
    Olhando fixamente para a areia
    Olhando fixamente para o cano
    Do árabe no chão
    Vejo sua boca aberta
    Mas não escuto nenhum som
    Eu estou vivo
    Eu estou morto
    Eu sou um estrangeiro
    Matando um árabe
    Eu posso voltar atrás
    Ou eu posso abrir fogo com a arma
    Olhando fixamente para o céu
    Olhando fixamente para o sol
    Qualquer escolha que eu faça
    Tem a mesma importância
    Absolutamente nenhuma
    Eu estou vivo
    Eu estou morto
    Eu sou um estrangeiro
    Matando um árabe
    Senti a arma disparar
    Acalmando minha mão
    Olhando fixamente para o mar
    Olhando fixamente para a areia
    Olhando fixamente para eu mesmo
    Refletindo nos olhos
    O homem morto na praia
    O homem morto na praia
    Eu estou vivo
    Eu estou morto
    Eu sou um estrangeiro
    Matando um árabe
    The Cure

  • @elisacabral5990
    @elisacabral5990 5 ปีที่แล้ว +4

    Devorei O Estrangeiro entre os afazeres e o jantar. Uma leitura deliciosa, incrível, profundas reflexões do personagem no termino da obra, amei.

  • @ssousa4098
    @ssousa4098 4 ปีที่แล้ว +3

    Acredito que todos temos um pouco de "Meursault" em nós mas a verdade de pensamentos e sentimentos não é bem visto em vários meios da sociedade ,a hipocrisia é muito mais aceita acho que isso faz muita gente se sentir um estranho no ninho mas no fundo temos sempre muito em comum .
    Se eu fingir que me importo com a morte de alguém que eu nem conheço (diferentemente do livro) é mais aceito do que ser autêntico e dizer que na verdade eu não ligo.
    Já passei por isso e fui tratado mais ou menos como o Meursault.

  • @brunamoll4079
    @brunamoll4079 5 ปีที่แล้ว +1

    acho que esse livro também incomoda porque o cara é cru, nao tem grandes emoções e fala tudo objetivamente, e a gente tá mais acostumado com as coisas floreadas e com rodeios cheio de emoções e nada objetivos, as vezes mentiras pra mascarar as verdades. acho esse um choque bem grande também de como nao somos preparados para ver as coisas como elas são cruamente

  • @marcelo_winston_lennon
    @marcelo_winston_lennon 4 ปีที่แล้ว +1

    Acabei de ler hoje, em plena crise de Corona vírus...

  • @henriquedias1705
    @henriquedias1705 2 ปีที่แล้ว +1

    Acabei de ler a obra. Devo me preocupar por identificar me com o personagem?😅

  • @MusicMakers-o7c
    @MusicMakers-o7c 4 หลายเดือนก่อน +1

    Você é ótima.

  • @FabianoFariaNievola
    @FabianoFariaNievola 3 หลายเดือนก่อน

    O Absurdo, na prática. Assim como “O Processo”, do Kafka.

  • @fabiolignelli7372
    @fabiolignelli7372 4 ปีที่แล้ว +2

    Na minha opinião, há uma "conexão existencialista" entre Meursault (O Estrangeiro - Camus) e Raskólnikov (Crime e Castigo - Dostoiévski), guardadas as peculiaridades e idiossincrasias de ambos personagens. Estes dois livros: obras-primas. Considero um dos pontos mais altos, quiçá o mais alto, em O Estrangeiro: o insight do protagonista, antes de sua execução:"...Acho que dormi, pois acordei com estrelas sobre o rosto. Subiam até mim os ruídos do campo. Aromas de noite, de terra e de sol refrescavam-me as têmporas. A paz maravilhosa deste verão adormecido entrava em mim como uma maré. Neste momento, e no limite da noite, soaram sirenes. Anunciavam partidas para um mundo que me era para sempre INDIFERENTE..." (...) "...Como se esta grande cólera me tivesse purificado do mal, esvaziado de esperança, diante desta noite carregada de sinais e de estrelas, eu me abria pela primeira vez à terna INDIFERENÇA do mundo. Por senti-lo tão parecido comigo, tão fraternal, enfim, senti que fora feliz e que ainda o era..."

  • @ibrahim9611
    @ibrahim9611 2 ปีที่แล้ว

    Tanto faz, porque nossa diferença, de fato não faz nenhuma diferença. O resto tudo ilusão.

  • @hernanileal3337
    @hernanileal3337 5 ปีที่แล้ว +1

    Uma curiosidade,a história do tcheco morto pela familia por engano é uma peça do próprio Camus chamada O equívoco (Le malentendu). Agora se ambas são baseadas em fatos, eu nao sei.

  • @antoniopatricio8760
    @antoniopatricio8760 ปีที่แล้ว +2

    em uma de minhas andanças pelo Emaus, achei O Estrangeiro e Madame Bouvary em francês junto de uma gramática de francês. tem vezes que o universo ajuda demais kkkkk

  • @pdsimao007
    @pdsimao007 หลายเดือนก่อน

    O personagem não tem defeitos nem virtudes. Não é essa a intenção do autor. Não importa as atitudes do personagem. Camus só está pregando do absurdo, sua filosofia.

  • @srtaCeLiS
    @srtaCeLiS 5 ปีที่แล้ว +16

    Não tem coisa melhor do que um vídeo seu com mais de 15 minutos. 😍🤩
    Ótimo livro.
    Um forte abraço

  • @JulianaSantos-vp3dq
    @JulianaSantos-vp3dq 3 หลายเดือนก่อน

    Ah tá bom Tati, me convenceu mais uma vez... bora ler esse também 😂😂😂

  • @reppok123
    @reppok123 5 ปีที่แล้ว +3

    Fantástico esse vídeo! É lamentável a crise editorial e a falta de educação formal nesse país!

  • @ocadafalso2417
    @ocadafalso2417 4 ปีที่แล้ว +2

    Pessoal, somos um canal novo que propõe discutir textos literários e filosóficos entre três professores, um de história, outro de sociologia e outro de filosofia. Nosso primeiro vídeo, já disponível no canal, aborda O estrangeiro, do Camus. Confiram lá, acho que vocês vão gostar!
    Que bacana ver o Camus comentado pelas redes, parabéns Tatiana!

  • @tecontooqueli
    @tecontooqueli 5 ปีที่แล้ว +4

    Amei O estrangeiro! So conheco essa obra do Camus. Qro mt ler A peste!!!

  • @marianaferreiramaia311
    @marianaferreiramaia311 5 ปีที่แล้ว +4

    Mlr, eu tava super propensa a fazer uma resenha desse livro no instagram hoje.

  • @patriciaeva6126
    @patriciaeva6126 5 ปีที่แล้ว +1

    Gostei muito desta análise. Mas na parte em que ele não se preocupa com o advogado eu interpretei que no fundo ele achava que não era preciso porque como ele não se sentia culpado não via motivos para ter de se defender. Um pouco como que a testar a justiça do Universo.

  • @professorlc
    @professorlc ปีที่แล้ว +2

    Esse é, disparado, o melhor canal de resenha de livros! A Tati é diferenciada.

  • @natycbr
    @natycbr ปีที่แล้ว

    Me pareceu o relato de um psicopata, no sentido literal da palavra, que é uma pessoa que não tem sentimentos, só no caso do livro o protagonista não era cruel. Pode-se ser um psicopata não cruel.

  • @OGarrancho
    @OGarrancho 3 ปีที่แล้ว +2

    Táti, li "O Estrangeiro" na faculdade, há mais de 20 anos... E hoje, domingo, reli. Sabia desta tua resenha e corri ao teu canal para te ouvir. E o que seria de nós, leitores, sem o teu trabalho? Mesmo para mim, que sou professor de literatura, assistir às tuas análises após concluída a leitura/releitura é sempre tão enriquecedor. Estou adorando este hábito: ler tuas indicações e após vir aqui me esbaldar com esses vídeos. Muito obrigado.

  • @alexcarvv
    @alexcarvv 5 ปีที่แล้ว +2

    Excelente análise! Fico imaginando você falando de outro livro absurdo e impactante: "O Casamento", de Nelson Rodrigues.

  • @DeborahJagerProjetosnoPapel
    @DeborahJagerProjetosnoPapel 5 ปีที่แล้ว +3

    Adorei essa história; li porque vc leu a primeira linha e eu fiquei curiosa!!! Isso tem muito teeemmpooo! Kkk

  • @Lenabook
    @Lenabook 5 ปีที่แล้ว +16

    Conheço uma moça com a mesma personalidade do Mersault... ela tem diagnóstico de autismo/Asperger!!! Ela leva uma vida independente, trabalha, mora sozinha, já teve namorado, mas tem esse grau de "frieza", falta de emoção, às vezes até de tato em certas situações. Pra mim, esse personagem é a descrição dela... qndo li, vi essa conhecida personificada em Mersault!!!

    • @tatifeltrin
      @tatifeltrin  5 ปีที่แล้ว +4

      Pensei em Asperger, também - ele não tem filtro, diz o que pensa, sem se preocupar com o que os outros vão pensar - mas talvez tenha um quê de psicopatia ali, também...

    • @Lenabook
      @Lenabook 5 ปีที่แล้ว +1

      Concordo, mas acredito q a psicopatia tenta seduzir, tenha certo grau narcisita que eu não vejo nesse personagem... mas isso só Camus poderia explicar🤔

    • @PedroHenrique-yy8zc
      @PedroHenrique-yy8zc 5 ปีที่แล้ว +2

      Ou pode ser, que ela possui baixa produção hormonal. Conduzindo a mesma a viver de forma apática.

    • @fabianocaruso
      @fabianocaruso 5 ปีที่แล้ว

      A iluminação em Camus é sobre como as pessoas são julgadas pela personalidade, pelo comportamento - que precisa muitas vezes ser floreado socialmente (mesmo que esta pessoa seja um canalha) em detrimento as suas ações e aspirações éticas. O autista não é uma psicopatia, é na verdade em alguma medida o inverso. É um estado de constante constrangimento social - porque nós percebemos os outros com uma outra frequência - parece que os outros estão o tempo todo performando para parecer mais do que são - mas com uma certa ingenuidade, inocência, diferente da dos narcisistas que fazem em busca de recompensa própria, usando os outros em benefício próprio o tempo inteiro.

    •  5 ปีที่แล้ว +1

      Apenas para pontuar um dado sobre Asperger: há diferenças na manifestação da síndrome em homens e mulheres.
      As mulheres possuem maior percepção social, apesar do marcante sentimento de inadequação. Assim, sabem mimetizar comportamentos e reações que satisfaçam, ao menos em parte, as expectativas do entorno social.
      No mais, Asperger está dentro de um espectro (autismo) e possui variações de indivíduo para indivíduo.

  • @g.g.kelevra7929
    @g.g.kelevra7929 5 ปีที่แล้ว +5

    "Todo mundo sabe que a vida não vale a pena ser vivida", ao ler essa frase, numa leitura que já estava pra lá de modorrenta, aceitei a derrota: O Estrangeiro não valeu a impressão. Essa frase faz desse livro o que ele sempre foi: desperdício de papel. Cabrera Infante comenta isso num de seus ensaios de Mea Cuba: "Camus foi um romancista que queria ser levado a sério como filósofo, e O Estrangeiro não chega perto do que imagina ser". O problema é que ficou instituído que esta é uma grande obra. Nabokov estava certo quando disse que chamar alguns escritores de gênio, era uma ofensa à sua inteligência, o russo dizia que Faulkner escrevia "crônicas de milho" e Camus simplesmente não existia.

  • @jnobrega_9802
    @jnobrega_9802 5 ปีที่แล้ว +2

    Tati, vc citou um livro da Cosac Naify. Acredita que conheci hoje o Charles Cosac! Ele continua editando alguns livros, mas só de arte. Uma pessoa interessantíssima!

  • @veronicasales4439
    @veronicasales4439 5 ปีที่แล้ว +1

    Vejo o personagem como uma pessoa apática, conformada,que vive no piloto automático por não ter outra opção. Nao vi pscicopatia no personagem, apenas falta de emoção pela falta de paixão pela vida.

  • @cleriochagas4171
    @cleriochagas4171 7 หลายเดือนก่อน

    Sem tabaco e sem sexo realmente fica complicado...

  • @HamiltonGJr
    @HamiltonGJr 5 ปีที่แล้ว +2

    Quando eu li o livro tive a sensação de que estava lendo um livro mal-escrito. Inicialmente imaginei que seria a tradução. Depois comecei a perceber que o livroera fantástico e atribuí a aparente máescrita ao fato de ser uma espécie de diário, que deveria parecer escrito pelo protagonista. Agora soube que a tradução de fato é problemática e fiquei sem saber o que pensar sobre minhas impressões sobre o livro.

  • @kayoxdlivebr
    @kayoxdlivebr 5 ปีที่แล้ว +1

    Não li o livro, mas ele parece ter um transtorno de personalidade do Cluster A, talvez esquizoide. Meu palpite já que foi perhuntado

  • @willgafa
    @willgafa 4 ปีที่แล้ว +1

    Ninguém me convence que Bohemian Raphsody não é baseado neste livro.

  • @gleybarbosa9945
    @gleybarbosa9945 2 ปีที่แล้ว +1

    Realmente no original, a palavra mãe tem diferença semântica. Ele diz que a maman tinha morrido e não ma mère morreu. Isso demonstra uma proximidade com a mãe. Pq é muito diferente um francês q se dirige a mãe como maman(mamãe) e mère(mãe) em português essa diferença não tão marcada mas em francês sim, só dai o q vc fala "como cada um ter sua forma de sofrer o luto é muito coerente, pra mim ele é um cara q acha q a vida não faz sentido e não uma pessoa fria...

  • @Oscar-zy3tz
    @Oscar-zy3tz 4 ปีที่แล้ว +1

    Não li o livro ainda, mas baseado em sua ótima resenha, achei que o protagonista desse livro representa um tipo de personalidade muito comum no mundo.
    Cansei de encontrar homens e mulheres frios e calculistas - i. e. psicopatas - que não sentem emoções reais. A única diferença com o protagonista de O ESTRANGEIRO, é que este não se sente obrigado a simular o leque de emoções dos neurotipicos (as pessoas ditas "normais").
    Recomendo não se iludirem muito quando verem pessoas profundamente emocionadas. Frequentemente, não passa de um estratagema usado para manipular as pessoas.

  • @danielebarrosdecarvalho1582
    @danielebarrosdecarvalho1582 3 ปีที่แล้ว +1

    Passei com essa resenha kkkk. O cara não liga para nada, gente!!! mas é interessante

  • @u3u36
    @u3u36 4 ปีที่แล้ว +1

    Achei esse livro bom especialmente na parte do julgamento, mas achei o fim meio bobinho, fraco, previsível.

  • @marciok.2185
    @marciok.2185 3 ปีที่แล้ว +1

    Li esse livro quando estudava Francês e foi o livro que mais me indicaram para a prática de leitura, por ser um livro pequeno e de fácil vocabulário. Mas nem imaginava sobre a profundidade do tema. Realmente é um livro filosófico. Recentemente vi um filme chamado Nebraska, que recomendo muito. Tem uma cena sobre os motivos do casamento que me lembrou O Estrageiro. Essa coisa do "tanto faz".

  • @paulovitormendespvm
    @paulovitormendespvm ปีที่แล้ว +1

    Li esse livro e se pareceu muito com o último condenado do Victor Hugo

    • @luanaqueiroz9893
      @luanaqueiroz9893 9 หลายเดือนก่อน

      Eu também acho, li os dois simultaneamente, inclusive.

  • @flaviorochagil8194
    @flaviorochagil8194 2 ปีที่แล้ว +1

    Sem dúvida um livro impactante. Li há alguns anos e me diverti muito com a postura fora dos padrões do protagonista, que de fato foi condenado por isso. Fique com vontade de ler novamente. Parabéns pela resenha. Ela está e entre meus top 10

  • @Anngst.
    @Anngst. 3 ปีที่แล้ว +1

    Eu li esse livro aos 14 anos, eu acho.
    Eu lembro que achei o protagonista estranho, não conseguia o compreender muito bem.
    Hoje tenho 16 anos e acho que me tornei uma Meursault, ao contrário dele que não se importou com a morte da mãe, me tornei assim justamente por perder os meus pais.