A Peste e O Mito de Sísifo foram leituras que me marcaram muito, especialmente a segunda. Até hoje volto ao texto e me surpreendo com a possibilidade de outras leituras.
Então, se o sentido é dar sentido, é que não tem sentido, temos que percorrer sem respostas, como disse um grande guru, a razão é viver sem questionar, sem buscar respostas ou indagações.
Eternamente respiramos, sem parar. Nosso coração bate, sem parar... Pensamos , sem parar. Repetimos o ato de beber água... Comemos todos os dias repetidamente... Tudo é repetido. A vida se repete... Pessoas nascem, pessoas morrem... Amam, odeiam... Esta é a vida. Auto flagelação é buscar um sentido no que é ciclico... É automático... Aprnas está equilibrado. Um motor que funciona.
@heiderdacosta, essa visão traz um olhar cru e quase mecânico da vida - e é exatamente esse sentimento de repetição que Camus descreve ao falar do absurdo. Tudo se repete: acordamos, trabalhamos, comemos, dormimos, recomeçamos… E se não houver um significado maior, será que estamos apenas rodando um motor sem propósito? Mas talvez a resposta não seja negar essa repetição, e sim abraçá-la de forma consciente. O problema não é o ciclo em si, mas o que fazemos dentro dele. Se a vida é um motor que segue funcionando, por que não pilotá-lo de forma mais intencional, buscando sentir cada momento ao invés de apenas existir nele? Camus diria que, ao invés de se autoflagelar buscando um sentido inalcançável, podemos simplesmente aceitar o absurdo e encontrar prazer no próprio ato de existir. Sísifo, no final das contas, se torna livre quando escolhe viver a repetição sem resistência. 🚀🔥
Você esqueceu algo muito importante - muito pior do que a Morte. Embora as pessoas se assustem muito com a Morte: A Doença Grave é crucial na reflexão sobre Destino. Na verdade, se fôssemos mais "espertos" saberíamos que a Maior Tragédia é a Doença. Porque ela não só nos coloca cara a cara com a Morte, mas na Dependência do Outro. E o Outro... Grato pelo trabalho.
Creio que podemos interpretar a doença como parte da morte, ou seja, ao pensar na morte contempla-se a doença, tanto como estágio final quanto na iminência da própria morte. Como você mesmo disse: “nos coloca de cara a cara com a morte”.
Se estar doente te der a sensação de que não deu tempo para fazer algo ... Vc ainda não entendeu que a jornada nunca fecha um ciclo completo,ao tecer a linha da vida as pontas sempre estão soltas
@@veronicadarocha9969 Soltas ou amarradas as pontas existem. E não tem isto de entender ou não entender... É na Real que a Coisa Pega. Não é na Receita.
@@LucBo2791 Doença e Morte são 2 coisas diferentes: Doença é Meio do Caminho... Morte é Descanso. Visite Doentes Terminais com longos períodos de doença crônica... depois a gente conversa.
Para mim o grande equívoco da interpretação de Camus da tragédia de Síssifo é querer universalizar o castigo à toda a humanidade (que vive, toda ela, no absurdo). Diferentemente dos gregos, Camus torna o castigo a marca de todo ser humano, e não apenas a pena dos que foram castigados. Não há como escapar ao absurdo dd Camus. Em Camus o absurdo é como a morte. Mas o castigo de Síssifo não é a morte.
@@marciosoares427 em Camus o castigo é a vida, por isso ele é inevitável e abrange toda humanidade. Ele diz, inclusive, que não devemos evita-lo ou buscar sentido fora dele (que seria numa pós vida, onde não teríamos que carregar essa pedra incessantemente), mas sim criarmos consciência da nossa situação e viver o momento, criando sentidos durante o processo
@marciosoares427, esse é um ponto muito interessante! 🔥 De fato, na mitologia grega, Sísifo foi castigado pelos deuses, e sua condenação eterna não se aplica automaticamente a toda a humanidade. Camus, no entanto, amplia essa metáfora para representar a condição humana como um todo, argumentando que todos nós, em algum nível, enfrentamos o absurdo da existência. A grande diferença entre o mito original e a leitura camusiana é que, para os gregos, Sísifo merecia sua punição, enquanto, para Camus, não há culpa nem pecado - há apenas o confronto inevitável entre nossa busca por sentido e a indiferença do universo. E você tocou em um ponto crucial: o absurdo camusiano é como a morte - inevitável e inescapável. Mas, ao contrário da morte, ele não precisa ser um fardo. O que Camus propõe não é a resignação, mas a revolta consciente: se a vida é absurda, então devemos escolher viver plenamente, sem ilusões, sem precisar de um propósito externo. Se o mito original fala de castigo, Camus o transforma em um convite à liberdade. Não podemos escapar do absurdo, mas podemos decidir como enfrentá-lo - e, ao fazer isso, transformamos nossa própria existência em um ato de afirmação. 🚀🔥
Usei esse vídeo para pegar no sono, consegui assistir uns 20" aprox até que dormi... Sonhei que caminhava numa praça até que alguém dizia que meu avô precisava de ajuda com um trabalho... Quando terminei de ajudar meu avô, minha avó não conseguia voltar pra casa... Após ajudar todos os membros da minha família, descobri que vários preguinhos passaram pelo meu sapato quando estava no telhado e entraram nos meus pés... Implorei pra minha mãe me levar no médico pois eu não rstava conseguindo andar já que estavam inflamando... Ela disse sem vontade " tá bom, eu levo... perai um pouco eu já volto" e foi em direção a sala... Quando eu chamei por ela, ninguém veio. Daí meu eu no sonho foi buscar a todos e se deu conta que (o que hoje, 2023 é verdade) estavam já todos mortos. Tive que me virar e chamar um transporte...a enfermeira do posto vendo meus pés machucados dizia , "ok, você vten pregos nos pés... Mas PORQUÊ VOCÊ ESTÁ AQUI?" E eu não sabia dizer e comecei a chorar. Acordei, demorei uns segundos pra perceber que meus pés estavam ok na cama... Moral da história: não ouçam sobre tragédia grega enquanto dormem. Não é legal.
Ou sim. Você tem pregos nos pés, mas não é lá o lugar de tratar. Os pregos foram aparecendo conforme estava se dedicando a outros, e não a si. Mortos, inclusive, enquanto você vive. É uma lição de vida.
Vidas em sentido.......sentindo dor , absurdo ser feliz. Mesmo usando a Arte de viver...melhor não ter nascido. Mesmo meditando. Vida em sentido contrário me esforço, levo a pedra subir o morro, tá lá a pedra! Felicidade! COMEÇAR DE NOVO!MEU DEUS! HOJE NÃO DÁ. HOJE NÃO DÁ. VOU CONSERTAR A MINHA ASA QUEBRADA E DESCANSAR. ☹️
A nostalgia da unidade diz com nossa ânsia por solidez, estabilidade, previsibilidade e segurança. Eis, aí, a teoria de tudo, a ciência movendo-se por uma vontade de verdade como um sintoma de lassidão. Daí alguns clamarem por novos paradigmas filosófico-científicos: redefinir o olhar, reaprender.
@alexandre9832, essa reflexão toca em algo muito profundo: a nostalgia da unidade como reflexo do nosso desejo por estabilidade e sentido em um mundo que, na visão de Camus, é essencialmente fragmentado e absurdo. Desde a filosofia até a ciência, buscamos explicações que nos deem segurança, tentando encontrar uma "teoria de tudo" que una todas as peças soltas da existência. Mas será que essa busca é genuína ou apenas um sintoma do nosso desconforto com a incerteza? Camus nos lembraria que não há garantias, não há ordem absoluta - e talvez a grande libertação esteja justamente em aceitar isso. Como você bem apontou, a saída pode estar em redefinir o olhar, em reaprender a enxergar o mundo sem a necessidade de encaixá-lo em uma estrutura fixa e previsível. Talvez a nova filosofia não precise dar respostas definitivas, mas sim nos ensinar a dançar com o absurdo, a aceitar a fluidez da existência sem precisar congelá-la em dogmas científicos ou metafísicos. E quem sabe, nesse movimento, descobrimos um sentido que não está no "tudo", mas nos pequenos momentos que escolhemos viver. 🔥✨
Estudiosos da Escola Madyamaka do budismo tibetano, aproximou o Dalai Lama da neurociência, com a fundação Mind and Life Institute. Atualmente têm-se discutido muito o Budismo Secular, laico, sem nenhuma relação com aspectos religiosos. A razão é a lógica conduzem à visão de mundo.
Talvez seja possível divisar um certo irracionalismo no budismo considerando que a iluminação ou despertar é uma condição que extrapola ou ultrapassa o mental. Nos "Versos Fundamentais do Caminho do Meio" (Mulamadhyamakakarika) e na "Dissolução das Controvérsias" (Vigrahavyāvartani), a partir da vacuidade (shunya), consideradas a coemergência e codependência dos fenômenos (pratytiasamutpada), Nagarjuna, mestre madhyamaka (da Escola do Caminho do Meio), buscar infirmar toda filosofia ou racionalidade orientada a estabelecer a ontologia a partir de qualquer substancialidade. O sábio da escola de Nalanda é categórico ao afirmar que shunya não é uma metafisica apresentada em substituição a outras metafísicas, mas a demonstração lógica (Nagarjuna opera nos horizontes da linguagem ou da tradição) da insubstancialidade característica dos fenômenos compostos verificados no âmbito da verdade relativa que circunscreve o mental.
A ciência namaste tenta de todo jeito colocar conceitos budistas para os ocidentais, quebraram a cara com o Dalai Lama, fujam dessa ciência. O budismo de verdade é Buda, Darma e Sangha.
A Vida é uma dialética... Ao nascermos já começa o eterno sofrimento. O choro significa sair de ambiente onde estávamos confortado e passamos para outro onde não estamos e sofremos. Doravante, será sofrimento, ao aprende andar, ao desconforto quando sempre choramos por algo para nos confortar. Quando desenvolvemos o senso racional complexo, viramos cidadãos com direitos e deveres, assim sofrendo com as instituições morais, desde o sentimento se propriedade, a propriedade quando se forma no nosso espirito; as instituições: bem x mal; ganho x perda; o ter, o poder, o amor, a fidelidade, a família, o trabalho, etc. O mito de Sififo representa esse a repetição desse sofrimento, a busca pela tal felicidade. O menos pior é assumir uma postura que se entende a vida como essa dialética, uma coisa tem que existir e passa dar existência a outra...
@silvestreteles2006, essa visão dialética da vida é extremamente profunda e dialoga bem com a ideia do absurdo de Camus. 🔥 O que você descreve - o sofrimento como parte inevitável da existência, desde o nascimento até as estruturas sociais que nos moldam - lembra a noção de que a vida é uma constante tensão entre desejo e frustração, conquista e perda, conforto e desconforto. O Mito de Sísifo, nesse sentido, representa essa repetição inevitável, mas Camus nos convida a dar um passo além: se não podemos evitar a condição absurda da vida, podemos pelo menos aceitá-la conscientemente. Como você disse, a saída não está em negar o sofrimento, mas em compreendê-lo como parte do processo da existência - tudo se define na relação com seu oposto. Se a vida é essa dialética interminável, talvez a maior liberdade esteja em parar de esperar um fim para o sofrimento e, ao invés disso, encontrar significado no próprio movimento. Não porque a busca pela felicidade vai acabar um dia, mas porque podemos escolher viver cada instante com presença e consciência, sem ficar reféns da ilusão de que a vida só vale a pena se estivermos sempre confortáveis. 🚀🔥
Em questão ; Boa vida, ou, Vida boa... Eu concordo... Melhor não ter nascido. Já que a vida por sí só é mais sofrimento quê alegrias. Vivemos um duelo entre o bem e o mal, o sim e o não, o faz e desfaz, uma rotina se descanso... O homem trabalha meia vida para ganhar dinheiro e a outra metade gastam para recuperar a saúde. Pergunto??? Qual o real sentido da vida??? Não somos Deus e não somos eternos... Pois então sê pararmos para pensar sobre o sentido da vida??? Vão surgir muitas dúvidas. Pois é o número sobre os suicídios quê vêm aumentando... Não pensar sobre, é o mesmo quê pensar demais... Tudo posso, mas ném tudo me é lícito... Então????????..............
O início da "idiotice humana" : Buscas. Inconformar -se com a natureza da vida... Falseando -a numa busca... A torna sem sentido e a nós passageiros sem destino querendo saber para onde vamos.
Fantástico. Adorei acompanhar o pensamento, o raciocínio. Desculpem mas não consegui adaptar-me à pronúncia do nome Camus. Ou pronunciamos à maneira francesa (ü) ou à maneira portuguesa (u). O (i) é absurdo!
Isso é um detalhe interessante e, de fato, pode gerar certa confusão! 🔥 O nome Albert Camus deve ser pronunciado à francesa, ou seja, algo como Al-bér Ca-miü (/alˈbɛʁ kaˈmy/). O "u" final tem aquele som característico do francês, meio entre o "u" e o "i", mas nunca deveria ser "Camís", como às vezes ouvimos em algumas adaptações erradas. No entanto, em português, algumas pessoas acabam pronunciando como "Camú", o que se aproxima mais da fonética natural do idioma. Já o "Cami(i)s" seria, ironicamente, um absurdo - digno de um questionamento camusiano! 😂🔥 Seja como for, o mais importante é a mensagem que ele nos deixou, independentemente da forma como o nome é falado. Mas que a pronúncia correta pode evitar arrepios nos ouvidos dos amantes da língua francesa, isso pode! 🎭🇫🇷
"É preciso imaginar Sísifo feliz". Entrei em extase chorei de emoção. deve ter sido a mesma senção de ter sido supostamente tocado pelo Espirito Santo, como ensinam os sacerdotes Cristãos
@larisantiagocruz, essa visão é forte e profunda, e de certa forma, ressoa tanto com Camus quanto com outras tradições filosóficas e mitológicas. 🔥 Se ao nascer abrimos uma Caixa de Pandora, então a vida seria essencialmente marcada pelo sofrimento, pela incerteza e pelos desafios inevitáveis. Nietzsche dizia que "viver é sofrer", e Schopenhauer via a existência como um ciclo interminável de dor e frustração. Mas Camus nos oferece um olhar diferente: se a vida é sofrimento, se o absurdo é inevitável, o que nos resta? A resposta dele não é desistir ou se resignar, mas abraçar essa condição e encontrar beleza mesmo dentro do caos. A própria lenda da Caixa de Pandora traz um detalhe crucial: no fundo da caixa, depois de todos os males, resta a esperança. Talvez o sentido da vida não seja escapar do sofrimento, mas aprender a viver apesar dele - ou até encontrar propósito nele. 🚀🔥
De repente imaginei que talvez, a depressão de muitos aposentados, sem levar em conta o contexto financeiro e social, é a saída deste trabalho sem sentido que Sisifo faz. E fomos tão adestrados ao trabalho, muitas vezes repetitivo e sem sentido. Qdo saímos desta rotina, muitos se sentem perdidos achando que perderam o sentido de suas vidas, qdo na realidade, encontraram este sentido sendo livres.
@@luisaugustobonilha8210 pois é, não estou pensando Sísifo feliz, não sou gratiluz. No meu ponto de vista, não há como ser feliz sendo escravizado por convenções sociais construídas ao longo da nossa existência.
@@Shalimardasilva A partir do momento que surgiu o 2o humano na face da terra, a moral e a ética passaram a ser necessárias para que pudessemos existir, e com elas, as convenções sociais , boas e ruins, sem elas não estaríamos aqui. Aliás, o que é gratiluz?
@@luisaugustobonilha8210 ética muda conforme a sociedade muda. Resta a nós modificarmos leis de acordo com a evolução da sociedade e de seus costumes. O trabalho, em nossa sociedade, após a revolução industrial principalmente, serviu apenas para aumentar as desigualdades. E muitos estão adestrados a achar que só este tipo de vida pode existir, por isto coloquei o comentário. Em determinadas instituições há programas para dirimir os "problemas" pós aposentadoria. As pessoas não sabem usufruir sua liberdade. Gratiluz é quase um similar de poliana.
Agora,,eu Buguei TRADUZAM, por gentileza, CPFL, eu conhecia, em outra área, um departamento destinado à Área das Aquisições kkk Comissão Permanente (*F?) De Licitação
@semhistorianaotemfilme2945, essa é uma confissão sincera e profunda, e não é uma questão incomum para quem reflete sobre a existência. 🔥 A ideia de não ter escolhido estar aqui ressoa com o que Camus chama de o absurdo da vida - esse choque entre o desejo humano por sentido e um mundo que não nos dá respostas prontas. No seu caso, sua fé em Deus e em Jesus pode trazer conforto e propósito, mas ainda assim, isso não significa que a vida seja fácil ou que faça total sentido para você. Muitos pensadores, inclusive dentro do cristianismo, abordaram essa questão. Jó, na Bíblia, por exemplo, chegou a lamentar o próprio nascimento diante do sofrimento extremo, mas sua jornada foi um caminho de amadurecimento e encontro com Deus, mesmo sem respostas definitivas. Camus diria que, já que estamos aqui, o que nos resta é viver da melhor maneira possível, com autenticidade e presença. Mas a fé também pode oferecer outra resposta: talvez a vida tenha um propósito que ainda não conseguimos enxergar totalmente, mas que se revela aos poucos, no dia a dia. Se você prefere não estar aqui, isso mostra o peso da existência. Mas já que está, como pode fazer dessa experiência algo mais leve, mais significativo, mesmo em meio às dificuldades? Talvez essa seja a pergunta mais importante. 🙏🔥
Dos pré-socráticos aos filósofos hodiernos, a busca do sentido da vida sempre esteve em pauta, direta ou indiretamente. Assumir a responsabilidade nos valores éticos e morais, aprimorar-se intelectualmente, controlar suas fortes paixões e administrar todos os seus afetos, você despertará para o maravilhoso sentido da sua própria vida.
Receio que haja uma confusão entre construir sentidos, possibilidade assinalada pela liberdade que caracteriza a condição humana desprovida de qualquer essência, ante a inexistência de um criador e de um fator de ordenação moral do mundo, e finalidade, que pressuporia todos os condicionamentos aqui mencionados e recusados. Por isso, não haveria uma descoberta de sentido, mas uma construção dele. A ateleologia não se corrigiria, ou, em outros termos, uma teleologia não se implementaria por mais sentidos que o ser humano construísse. Eis a angústia que a liberdade assinala ao homem que não pode buscar amparo em nada que não seja sua própria deliberação.
@oconhecimentoliberta6700, essa visão resgata uma tradição filosófica fundamental: a busca pelo sentido da vida sempre esteve presente na história do pensamento humano, e cada época tentou responder a essa questão de uma forma diferente. 🔥 Enquanto muitos buscam um sentido transcendental, outros, como Camus, afirmam que não há um significado pré-determinado - somos nós que precisamos criá-lo. E seu comentário traz uma perspectiva prática sobre como construir esse sentido na própria vida: ✅ Assumir responsabilidade ética e moral → Em um mundo sem sentido absoluto, somos responsáveis por definir nossos próprios valores e agir de acordo com eles. ✅ Aprimoramento intelectual → O pensamento crítico e o autoconhecimento nos ajudam a enxergar a vida de forma mais ampla e consciente. ✅ Controle das paixões e administração dos afetos → Aqui ressoa a filosofia estoica, que ensina que não controlamos o mundo, mas podemos controlar nossas reações e emoções. No fundo, sua reflexão mostra que o sentido da vida pode não estar "lá fora", esperando para ser descoberto, mas dentro de nós, na forma como escolhemos viver, agir e crescer. 💡🔥
"Descobrir o absurdo é perceber que, por mais que a gente pense e tente entender, nunca vamos ter todas as respostas sobre a vida e o universo. É aceitar que a razão tem seus limites. Não somos Deus pra ter a resposta de tudo, temos nossos limites. " Espero ter ajudado.
Infere-se, por analogia, que o mito da origem bíblica, com o Adão e a Eva no paraíso, vindo à desobedecer e depois fadados ao eterno sofrimento, vai ser uma mera cópia dessas alegorias mitológicas...
Acho que tem muitas diferenças entre os dois mitos pra poder dizer que é uma cópia. A linha dos acontecimentos é a mesma: Pecado - castigo - ter que trabalhar Mas se vc for analisar cada um dos pontos, vai ver que tem muitos elementos, símbolos e significados que vão muito além de pura estética. Por exemplo: Sísifo engana a morte para ter a vida eterna; Eva come a maçã para ter o conhecimento inteiro; Um queria permanecer na terra para sempre, a outra queria conhecer além dos limites impostos (e inclusive foi enganada)... Da pra dizer que tem uma inspiração, eu acho
@silvestreteles2006, essa é uma observação interessante e toca em um ponto que muitos estudiosos já analisaram: a repetição de padrões mitológicos em diferentes tradições. 🔥 O mito de Adão e Eva e a expulsão do paraíso pode, de fato, ser visto como uma variação da estrutura mítica presente em outras culturas. Assim como Sísifo é condenado a empurrar sua pedra eternamente, Adão e Eva são condenados a uma vida de sofrimento e trabalho após a queda. Ambos os mitos falam sobre uma perda irreversível e uma existência marcada pela luta constante. A grande diferença é que, enquanto o mito bíblico coloca essa condição como uma consequência do pecado, Camus interpreta Sísifo não como um condenado, mas como um símbolo da condição humana universal - não há um erro original, apenas um confronto inevitável com o absurdo. Se analisarmos de forma mais ampla, vários mitos da criação e do castigo trazem a mesma mensagem essencial: O ser humano nasce em um estado idealizado (paraíso, harmonia, ignorância feliz). Um evento marca a transição para uma condição de sofrimento e luta. A vida então se torna um ciclo repetitivo, onde buscamos um sentido ou redenção para esse estado de queda. Talvez a grande questão seja: aceitamos o sofrimento como punição ou o abraçamos como parte inevitável da vida? Camus escolheria a segunda opção - e nos convidaria a viver plenamente, sem precisar de um paraíso perdido como justificativa para nossa condição. 🚀🔥
Q droga d frase chata pra interpretar Tudo é permitido, até alguém aparecer e lhe impedir. Então o "tudo" não se aplica a essa sentença. Não podemos começar com um "tudo" e terminar com um " porém"
Existencialismo foi uma das piores filosofias já inventadas. O marxismo, o multiculturalismo, o kantismo e a filosofia da linguagem são também horrendos.
Adorei a aula! Explicações claras sobre ideias tão complexas. "A simplicidade é o último grau de sofisticação" (da Vinci). Parabéns, Mestre!
A Peste e O Mito de Sísifo foram leituras que me marcaram muito, especialmente a segunda. Até hoje volto ao texto e me surpreendo com a possibilidade de outras leituras.
“O sentido da vida é dar sentido à vida.” - Viktor Emil Frankl
Chico Xavier
"Quele que tem um PORQUE suporta quaisquer COMO."
Tudo na vida depende do quanto vc quer comer alguém - Filósofo Piton
Então, se o sentido é dar sentido, é que não tem sentido, temos que percorrer sem respostas, como disse um grande guru, a razão é viver sem questionar, sem buscar respostas ou indagações.
Por isso que a vida não tem sentido . E isso é ótimo porque aumenta o campo do possível
Gratidão, Café filosófico. ❤ Há cada palestra, uma surpresa com filósofos incríveis, com conhecimento e argumentos implacáveis!
"A razão quem define os nossos limites ". Gostei.
A manutenção da virtude é um atenuante da perspectiva trágica.
Excelente explanação sobre o existencialismo na obra de Camus!
Eternamente respiramos, sem parar. Nosso coração bate, sem parar... Pensamos , sem parar. Repetimos o ato de beber água... Comemos todos os dias repetidamente... Tudo é repetido.
A vida se repete... Pessoas nascem, pessoas morrem... Amam, odeiam... Esta é a vida. Auto flagelação é buscar um sentido no que é ciclico... É automático... Aprnas está equilibrado. Um motor que funciona.
@heiderdacosta, essa visão traz um olhar cru e quase mecânico da vida - e é exatamente esse sentimento de repetição que Camus descreve ao falar do absurdo. Tudo se repete: acordamos, trabalhamos, comemos, dormimos, recomeçamos… E se não houver um significado maior, será que estamos apenas rodando um motor sem propósito?
Mas talvez a resposta não seja negar essa repetição, e sim abraçá-la de forma consciente. O problema não é o ciclo em si, mas o que fazemos dentro dele. Se a vida é um motor que segue funcionando, por que não pilotá-lo de forma mais intencional, buscando sentir cada momento ao invés de apenas existir nele?
Camus diria que, ao invés de se autoflagelar buscando um sentido inalcançável, podemos simplesmente aceitar o absurdo e encontrar prazer no próprio ato de existir. Sísifo, no final das contas, se torna livre quando escolhe viver a repetição sem resistência. 🚀🔥
Crer é apelar
As palestras apresentadas por vocês tem muito a ensinar se estivermos abertos. Parabéns a toda equipe.
Hibris = "Realização Híbrida" ??? Não!
Ótima Palestra: tão eficiente e tão sem pretensão.
GRATO!
Aula absurdamente boa!
*_O SILÊNCIO FALA E O TEMPO RESPONDE ._*
*_O TEMPO FALA E O SILÊNCIO RESPONDE ._*
*_Eternos mestres_*
*_(Felis)_*
Você esqueceu algo muito importante - muito pior do que a Morte. Embora as pessoas se assustem muito com a Morte:
A Doença Grave é crucial na reflexão sobre Destino.
Na verdade, se fôssemos mais "espertos" saberíamos que a Maior Tragédia é a Doença. Porque ela não só nos coloca cara a cara com a Morte, mas na Dependência do Outro. E o Outro...
Grato pelo trabalho.
Creio que podemos resumir em sofrer um desequilíbrio sem recursos de consciência.
Creio que podemos interpretar a doença como parte da morte, ou seja, ao pensar na morte contempla-se a doença, tanto como estágio final quanto na iminência da própria morte. Como você mesmo disse: “nos coloca de cara a cara com a morte”.
Se estar doente te der a sensação de que não deu tempo para fazer algo ... Vc ainda não entendeu que a jornada nunca fecha um ciclo completo,ao tecer a linha da vida as pontas sempre estão soltas
@@veronicadarocha9969 Soltas ou amarradas as pontas existem. E não tem isto de entender ou não entender... É na Real que a Coisa Pega. Não é na Receita.
@@LucBo2791 Doença e Morte são 2 coisas diferentes:
Doença é Meio do Caminho...
Morte é Descanso.
Visite Doentes Terminais com longos períodos de doença crônica... depois a gente conversa.
Ótima explanação. Pena que não se abordaram as razões do afastamento de Camus do existencialismo de Sartre.
Espetacular esse professor, uma palestra emocionante, Obrigada CPFL!! 📚🙏👏👏
O sentido da vida é a alegria de ser. Gostei muito da palestra.
Excelente este programa. Acompanho há anos.
Para mim o grande equívoco da interpretação de Camus da tragédia de Síssifo é querer universalizar o castigo à toda a humanidade (que vive, toda ela, no absurdo). Diferentemente dos gregos, Camus torna o castigo a marca de todo ser humano, e não apenas a pena dos que foram castigados. Não há como escapar ao absurdo dd Camus. Em Camus o absurdo é como a morte. Mas o castigo de Síssifo não é a morte.
@@marciosoares427 em Camus o castigo é a vida, por isso ele é inevitável e abrange toda humanidade. Ele diz, inclusive, que não devemos evita-lo ou buscar sentido fora dele (que seria numa pós vida, onde não teríamos que carregar essa pedra incessantemente), mas sim criarmos consciência da nossa situação e viver o momento, criando sentidos durante o processo
@marciosoares427, esse é um ponto muito interessante! 🔥
De fato, na mitologia grega, Sísifo foi castigado pelos deuses, e sua condenação eterna não se aplica automaticamente a toda a humanidade. Camus, no entanto, amplia essa metáfora para representar a condição humana como um todo, argumentando que todos nós, em algum nível, enfrentamos o absurdo da existência.
A grande diferença entre o mito original e a leitura camusiana é que, para os gregos, Sísifo merecia sua punição, enquanto, para Camus, não há culpa nem pecado - há apenas o confronto inevitável entre nossa busca por sentido e a indiferença do universo.
E você tocou em um ponto crucial: o absurdo camusiano é como a morte - inevitável e inescapável. Mas, ao contrário da morte, ele não precisa ser um fardo. O que Camus propõe não é a resignação, mas a revolta consciente: se a vida é absurda, então devemos escolher viver plenamente, sem ilusões, sem precisar de um propósito externo.
Se o mito original fala de castigo, Camus o transforma em um convite à liberdade. Não podemos escapar do absurdo, mas podemos decidir como enfrentá-lo - e, ao fazer isso, transformamos nossa própria existência em um ato de afirmação. 🚀🔥
❤❤❤fantastique ! Merci pour votre exposé, excellent !❤🎉🎉😅❤
Usei esse vídeo para pegar no sono, consegui assistir uns 20" aprox até que dormi... Sonhei que caminhava numa praça até que alguém dizia que meu avô precisava de ajuda com um trabalho... Quando terminei de ajudar meu avô, minha avó não conseguia voltar pra casa... Após ajudar todos os membros da minha família, descobri que vários preguinhos passaram pelo meu sapato quando estava no telhado e entraram nos meus pés... Implorei pra minha mãe me levar no médico pois eu não rstava conseguindo andar já que estavam inflamando... Ela disse sem vontade " tá bom, eu levo... perai um pouco eu já volto" e foi em direção a sala... Quando eu chamei por ela, ninguém veio.
Daí meu eu no sonho foi buscar a todos e se deu conta que (o que hoje, 2023 é verdade) estavam já todos mortos. Tive que me virar e chamar um transporte...a enfermeira do posto vendo meus pés machucados dizia , "ok, você vten pregos nos pés... Mas PORQUÊ VOCÊ ESTÁ AQUI?" E eu não sabia dizer e comecei a chorar. Acordei, demorei uns segundos pra perceber que meus pés estavam ok na cama...
Moral da história: não ouçam sobre tragédia grega enquanto dormem. Não é legal.
Ou sim. Você tem pregos nos pés, mas não é lá o lugar de tratar. Os pregos foram aparecendo conforme estava se dedicando a outros, e não a si. Mortos, inclusive, enquanto você vive. É uma lição de vida.
Maravilhosa apresentação
Excelente debate. Nos orienta diante da confusão do mundo, do absurdo da vida.
Não poderia ser mais atual e por isso fundamental.👏👏👏👏
GRATA!
Mais um Filósofo, que estou a conhecer!
Me a Agrada, também está, questão!!!
Agora! Fique!!!!
Bem p , não consigo concluir meu raciocínio l
E agora?
Existe a expressão, filosófica feminina??,
Quanto ao que se refere!!!
Aquele tal,mitobozim, está totalmente,
Lá vou eu!!!
Com minhas palavras, xulas
Olá, não posso responder, mim mesma!.
.É somente pensamento # Anarquista incoerente com alguns pontos !!
Mais, uma vez, venho a discordar!
A Imortalidade!.. .
Existe!
Que aula incrível! Parabéns ao professor pela excelente intervenção!
Parabéns pela palestra! Maravilhosa!
que professor tão interessante e claro. Amei
👏👏👏👏👏❤️❤️❤️❤️❤️
Parabéns
Obrigada pelas profundas reflexões
Aceita o absurdo e explora as possibilidades com virtudes. 😊
Acabei de terminar o livro, essa frase resume muito bem!
Engrandecedor.
Obrigada 🙏🤍
SISIFO FELIZ!!❤🙏
André Comte-Sponville sugere que larguemos Sísifo com sua pedra imaginária e alcemos voos mais altos com Ícaro. 😂
Sensasional
Que trecho magnífico dentre tantos (primeiro paradoxo); “esgotar o absurdo no campo do possível_” assim se tem possibilidade sentido
Fascinante
Show de bola
Que programa maravilhoso! Amei! ❤
MUITO bom!🙏🏻
Valeu!
Maravilhoso ❤👏👏👏👏
Adoro esse assunto sobre existencialismo ❤
Muito bom! É preciso imaginar Sísifo feliz hahah
A arte, do seu significado de realizar, a vida é arte e a arte não existe sem vida.
By Henrique
Mto bom
Agradeço pelo conhecimento.
Simplesmente, espetacular !!
Perfeita explanação
Ótima explanação. Grato.
Boa noite ❤
Vidas em sentido.......sentindo dor , absurdo ser feliz. Mesmo usando a Arte de viver...melhor não ter nascido. Mesmo meditando. Vida em sentido contrário me esforço, levo a pedra subir o morro, tá lá a pedra! Felicidade! COMEÇAR DE NOVO!MEU DEUS! HOJE NÃO DÁ. HOJE NÃO DÁ. VOU CONSERTAR A MINHA ASA QUEBRADA E DESCANSAR. ☹️
Viva a Arte a literatura!!!A ARTE SALVA!🙏
Excelente programa!! Parabéns!
❤
Muito bom❤
A nostalgia da unidade diz com nossa ânsia por solidez, estabilidade, previsibilidade e segurança. Eis, aí, a teoria de tudo, a ciência movendo-se por uma vontade de verdade como um sintoma de lassidão. Daí alguns clamarem por novos paradigmas filosófico-científicos: redefinir o olhar, reaprender.
@alexandre9832, essa reflexão toca em algo muito profundo: a nostalgia da unidade como reflexo do nosso desejo por estabilidade e sentido em um mundo que, na visão de Camus, é essencialmente fragmentado e absurdo.
Desde a filosofia até a ciência, buscamos explicações que nos deem segurança, tentando encontrar uma "teoria de tudo" que una todas as peças soltas da existência. Mas será que essa busca é genuína ou apenas um sintoma do nosso desconforto com a incerteza?
Camus nos lembraria que não há garantias, não há ordem absoluta - e talvez a grande libertação esteja justamente em aceitar isso. Como você bem apontou, a saída pode estar em redefinir o olhar, em reaprender a enxergar o mundo sem a necessidade de encaixá-lo em uma estrutura fixa e previsível.
Talvez a nova filosofia não precise dar respostas definitivas, mas sim nos ensinar a dançar com o absurdo, a aceitar a fluidez da existência sem precisar congelá-la em dogmas científicos ou metafísicos. E quem sabe, nesse movimento, descobrimos um sentido que não está no "tudo", mas nos pequenos momentos que escolhemos viver. 🔥✨
Obrigada!!! Excelente aula❤
"He who has a 'Why' can bear any 'how'".
- Jordan Peterson
Café Filosófico é sempre uma ótima pedida. E essa palestra foi maravilhosa!
Ótima aula.
Parabéns! Excelente conteúdo, otima explicação.
"Minha alma não aspira à vida imortal, mas esgota o campo do possível" _ Píndaro
Estudiosos da Escola Madyamaka do budismo tibetano, aproximou o Dalai Lama da neurociência, com a fundação Mind and Life Institute. Atualmente têm-se discutido muito o Budismo Secular, laico, sem nenhuma relação com aspectos religiosos. A razão é a lógica conduzem à visão de mundo.
Talvez seja possível divisar um certo irracionalismo no budismo considerando que a iluminação ou despertar é uma condição que extrapola ou ultrapassa o mental.
Nos "Versos Fundamentais do Caminho do Meio" (Mulamadhyamakakarika) e na "Dissolução das Controvérsias" (Vigrahavyāvartani), a partir da vacuidade (shunya), consideradas a coemergência e codependência dos fenômenos (pratytiasamutpada), Nagarjuna, mestre madhyamaka (da Escola do Caminho do Meio),
buscar infirmar toda filosofia ou racionalidade orientada a estabelecer a ontologia a partir de qualquer substancialidade.
O sábio da escola de Nalanda é categórico ao afirmar que shunya não é uma metafisica apresentada em substituição a outras metafísicas, mas a demonstração lógica (Nagarjuna opera nos horizontes da linguagem ou da tradição) da insubstancialidade característica dos fenômenos compostos verificados no âmbito da verdade relativa que circunscreve o mental.
Ac
A ciência namaste tenta de todo jeito colocar conceitos budistas para os ocidentais, quebraram a cara com o Dalai Lama, fujam dessa ciência. O budismo de verdade é Buda, Darma e Sangha.
A Vida é uma dialética...
Ao nascermos já começa o eterno sofrimento. O choro significa sair de ambiente onde estávamos confortado e passamos para outro onde não estamos e sofremos. Doravante, será sofrimento, ao aprende andar, ao desconforto quando sempre choramos por algo para nos confortar. Quando desenvolvemos o senso racional complexo, viramos cidadãos com direitos e deveres, assim sofrendo com as instituições morais, desde o sentimento se propriedade, a propriedade quando se forma no nosso espirito; as instituições: bem x mal; ganho x perda; o ter, o poder, o amor, a fidelidade, a família, o trabalho, etc.
O mito de Sififo representa esse a repetição desse sofrimento, a busca pela tal felicidade. O menos pior é assumir uma postura que se entende a vida como essa dialética, uma coisa tem que existir e passa dar existência a outra...
@silvestreteles2006, essa visão dialética da vida é extremamente profunda e dialoga bem com a ideia do absurdo de Camus. 🔥
O que você descreve - o sofrimento como parte inevitável da existência, desde o nascimento até as estruturas sociais que nos moldam - lembra a noção de que a vida é uma constante tensão entre desejo e frustração, conquista e perda, conforto e desconforto.
O Mito de Sísifo, nesse sentido, representa essa repetição inevitável, mas Camus nos convida a dar um passo além: se não podemos evitar a condição absurda da vida, podemos pelo menos aceitá-la conscientemente. Como você disse, a saída não está em negar o sofrimento, mas em compreendê-lo como parte do processo da existência - tudo se define na relação com seu oposto.
Se a vida é essa dialética interminável, talvez a maior liberdade esteja em parar de esperar um fim para o sofrimento e, ao invés disso, encontrar significado no próprio movimento. Não porque a busca pela felicidade vai acabar um dia, mas porque podemos escolher viver cada instante com presença e consciência, sem ficar reféns da ilusão de que a vida só vale a pena se estivermos sempre confortáveis. 🚀🔥
O sentido da vida é viver até que a morte chegue
Se nada faz sentido, há muito o que fazer
Em questão ; Boa vida, ou, Vida boa...
Eu concordo...
Melhor não ter nascido.
Já que a vida por sí só é mais sofrimento quê alegrias. Vivemos um duelo entre o bem e o mal, o sim e o não, o faz e desfaz, uma rotina se descanso...
O homem trabalha meia vida para ganhar dinheiro e a outra metade gastam para recuperar a saúde. Pergunto???
Qual o real sentido da vida???
Não somos Deus e não somos eternos...
Pois então sê pararmos para pensar sobre o sentido da vida???
Vão surgir muitas dúvidas.
Pois é o número sobre os suicídios quê vêm aumentando...
Não pensar sobre, é o mesmo quê pensar demais...
Tudo posso, mas ném tudo me é lícito...
Então????????..............
vídeo incrível! ótimo escritor, todos deveriam ler
bom
Kkkk! Concordo plenamente, estou bem, passando por esta controvérsia!
EM ORAS, APOIO!
A IA, mas vejo tantas as possibilidades
O início da "idiotice humana" : Buscas. Inconformar -se com a natureza da vida... Falseando -a numa busca... A torna sem sentido e a nós passageiros sem destino querendo saber para onde vamos.
Acho que a morte e apenas um ponto final. Morrer significa viver.
Fantástico. Adorei acompanhar o pensamento, o raciocínio.
Desculpem mas não consegui adaptar-me à pronúncia do nome Camus. Ou pronunciamos à maneira francesa (ü) ou à maneira portuguesa (u). O (i) é absurdo!
Isso é um detalhe interessante e, de fato, pode gerar certa confusão! 🔥
O nome Albert Camus deve ser pronunciado à francesa, ou seja, algo como Al-bér Ca-miü (/alˈbɛʁ kaˈmy/). O "u" final tem aquele som característico do francês, meio entre o "u" e o "i", mas nunca deveria ser "Camís", como às vezes ouvimos em algumas adaptações erradas.
No entanto, em português, algumas pessoas acabam pronunciando como "Camú", o que se aproxima mais da fonética natural do idioma. Já o "Cami(i)s" seria, ironicamente, um absurdo - digno de um questionamento camusiano! 😂🔥
Seja como for, o mais importante é a mensagem que ele nos deixou, independentemente da forma como o nome é falado. Mas que a pronúncia correta pode evitar arrepios nos ouvidos dos amantes da língua francesa, isso pode! 🎭🇫🇷
O Destino é a (consciência da) morte!
"É preciso imaginar Sísifo feliz". Entrei em extase chorei de emoção. deve ter sido a mesma senção de ter sido supostamente tocado pelo Espirito Santo, como ensinam os sacerdotes Cristãos
O sentido da vida é o sofrimento, como se ao nascer você abrisse uma caixa de Pandora.
@larisantiagocruz, essa visão é forte e profunda, e de certa forma, ressoa tanto com Camus quanto com outras tradições filosóficas e mitológicas. 🔥
Se ao nascer abrimos uma Caixa de Pandora, então a vida seria essencialmente marcada pelo sofrimento, pela incerteza e pelos desafios inevitáveis. Nietzsche dizia que "viver é sofrer", e Schopenhauer via a existência como um ciclo interminável de dor e frustração.
Mas Camus nos oferece um olhar diferente: se a vida é sofrimento, se o absurdo é inevitável, o que nos resta? A resposta dele não é desistir ou se resignar, mas abraçar essa condição e encontrar beleza mesmo dentro do caos.
A própria lenda da Caixa de Pandora traz um detalhe crucial: no fundo da caixa, depois de todos os males, resta a esperança. Talvez o sentido da vida não seja escapar do sofrimento, mas aprender a viver apesar dele - ou até encontrar propósito nele. 🚀🔥
😮😮😮😮😮
É preciso pensar Sísifo feliz!
De repente imaginei que talvez, a depressão de muitos aposentados, sem levar em conta o contexto financeiro e social, é a saída deste trabalho sem sentido que Sisifo faz. E fomos tão adestrados ao trabalho, muitas vezes repetitivo e sem sentido. Qdo saímos desta rotina, muitos se sentem perdidos achando que perderam o sentido de suas vidas, qdo na realidade, encontraram este sentido sendo livres.
@@Shalimardasilva Discordo. alguém que encontra o sentido na vida só quando para de trabalhar é alguém que não sabe pensar Sísifo feliz!
@@luisaugustobonilha8210 pois é, não estou pensando Sísifo feliz, não sou gratiluz. No meu ponto de vista, não há como ser feliz sendo escravizado por convenções sociais construídas ao longo da nossa existência.
@@Shalimardasilva A partir do momento que surgiu o 2o humano na face da terra, a moral e a ética passaram a ser necessárias para que pudessemos existir, e com elas, as convenções sociais , boas e ruins, sem elas não estaríamos aqui. Aliás, o que é gratiluz?
@@luisaugustobonilha8210 ética muda conforme a sociedade muda. Resta a nós modificarmos leis de acordo com a evolução da sociedade e de seus costumes. O trabalho, em nossa sociedade, após a revolução industrial principalmente, serviu apenas para aumentar as desigualdades. E muitos estão adestrados a achar que só este tipo de vida pode existir, por isto coloquei o comentário. Em determinadas instituições há programas para dirimir os "problemas" pós aposentadoria. As pessoas não sabem usufruir sua liberdade. Gratiluz é quase um similar de poliana.
será de proficuidade com certeza
Agora,,eu Buguei
TRADUZAM, por gentileza, CPFL, eu conhecia, em outra área, um departamento destinado à Área das Aquisições kkk
Comissão Permanente (*F?) De Licitação
Amo Deus , sou totalmente crente em Jesus , mas prefiria nao ter vindo pra ca , caso houvesse essa opção.
@semhistorianaotemfilme2945, essa é uma confissão sincera e profunda, e não é uma questão incomum para quem reflete sobre a existência. 🔥
A ideia de não ter escolhido estar aqui ressoa com o que Camus chama de o absurdo da vida - esse choque entre o desejo humano por sentido e um mundo que não nos dá respostas prontas. No seu caso, sua fé em Deus e em Jesus pode trazer conforto e propósito, mas ainda assim, isso não significa que a vida seja fácil ou que faça total sentido para você.
Muitos pensadores, inclusive dentro do cristianismo, abordaram essa questão. Jó, na Bíblia, por exemplo, chegou a lamentar o próprio nascimento diante do sofrimento extremo, mas sua jornada foi um caminho de amadurecimento e encontro com Deus, mesmo sem respostas definitivas.
Camus diria que, já que estamos aqui, o que nos resta é viver da melhor maneira possível, com autenticidade e presença. Mas a fé também pode oferecer outra resposta: talvez a vida tenha um propósito que ainda não conseguimos enxergar totalmente, mas que se revela aos poucos, no dia a dia.
Se você prefere não estar aqui, isso mostra o peso da existência. Mas já que está, como pode fazer dessa experiência algo mais leve, mais significativo, mesmo em meio às dificuldades? Talvez essa seja a pergunta mais importante. 🙏🔥
Dos pré-socráticos aos filósofos hodiernos, a busca do sentido da vida sempre esteve em pauta, direta ou indiretamente.
Assumir a responsabilidade nos valores éticos e morais, aprimorar-se intelectualmente, controlar suas fortes paixões e administrar todos os seus afetos, você despertará para o maravilhoso sentido da sua própria vida.
Receio que haja uma confusão entre construir sentidos, possibilidade assinalada pela liberdade que caracteriza a condição humana desprovida de qualquer essência, ante a inexistência de um criador e de um fator de ordenação moral do mundo, e finalidade, que pressuporia todos os condicionamentos aqui mencionados e recusados. Por isso, não haveria uma descoberta de sentido, mas uma construção dele. A ateleologia não se corrigiria, ou, em outros termos, uma teleologia não se implementaria por mais sentidos que o ser humano construísse. Eis a angústia que a liberdade assinala ao homem que não pode buscar amparo em nada que não seja sua própria deliberação.
@oconhecimentoliberta6700, essa visão resgata uma tradição filosófica fundamental: a busca pelo sentido da vida sempre esteve presente na história do pensamento humano, e cada época tentou responder a essa questão de uma forma diferente. 🔥
Enquanto muitos buscam um sentido transcendental, outros, como Camus, afirmam que não há um significado pré-determinado - somos nós que precisamos criá-lo. E seu comentário traz uma perspectiva prática sobre como construir esse sentido na própria vida:
✅ Assumir responsabilidade ética e moral → Em um mundo sem sentido absoluto, somos responsáveis por definir nossos próprios valores e agir de acordo com eles.
✅ Aprimoramento intelectual → O pensamento crítico e o autoconhecimento nos ajudam a enxergar a vida de forma mais ampla e consciente.
✅ Controle das paixões e administração dos afetos → Aqui ressoa a filosofia estoica, que ensina que não controlamos o mundo, mas podemos controlar nossas reações e emoções.
No fundo, sua reflexão mostra que o sentido da vida pode não estar "lá fora", esperando para ser descoberto, mas dentro de nós, na forma como escolhemos viver, agir e crescer. 💡🔥
A moça que aparece no 44:08 me lembrou a Clarisse Lispector. Tudo a ver!
*_O QUE SERIA DAS PALAVRAS SE NÃO FOSSEM OS OUVIDOS ?_*
*_(Felis)_*
*_OBSERVAI A JUSTIÇA ,_*
*_AS LEIS E A CONSTITUIÇÃO ._*
*_VOCÊ ESTÁ DESTINADO .(?)_*
Faz Parte do Gado Americanos
“O absurdo é a razão lúcida que constata os seus limites.”
O que essa frase quer dizer?
"Descobrir o absurdo é perceber que, por mais que a gente pense e tente entender, nunca vamos ter todas as respostas sobre a vida e o universo. É aceitar que a razão tem seus limites. Não somos Deus pra ter a resposta de tudo, temos nossos limites. " Espero ter ajudado.
O absurdo me abraçou já há algum tempo
A transcrição está cheia de erros.
*_NÃO TENHA O CONTENTAMENTO DE UM DEUS ._* *_(Felis)_*
Esse vídeo é muito perigoso.
Cruz-maltino RJ.
🤍🤍🤍
Infere-se, por analogia, que o mito da origem bíblica, com o Adão e a Eva no paraíso, vindo à desobedecer e depois fadados ao eterno sofrimento, vai ser uma mera cópia dessas alegorias mitológicas...
Acho que tem muitas diferenças entre os dois mitos pra poder dizer que é uma cópia.
A linha dos acontecimentos é a mesma:
Pecado - castigo - ter que trabalhar
Mas se vc for analisar cada um dos pontos, vai ver que tem muitos elementos, símbolos e significados que vão muito além de pura estética. Por exemplo: Sísifo engana a morte para ter a vida eterna;
Eva come a maçã para ter o conhecimento inteiro;
Um queria permanecer na terra para sempre, a outra queria conhecer além dos limites impostos (e inclusive foi enganada)...
Da pra dizer que tem uma inspiração, eu acho
@silvestreteles2006, essa é uma observação interessante e toca em um ponto que muitos estudiosos já analisaram: a repetição de padrões mitológicos em diferentes tradições. 🔥
O mito de Adão e Eva e a expulsão do paraíso pode, de fato, ser visto como uma variação da estrutura mítica presente em outras culturas. Assim como Sísifo é condenado a empurrar sua pedra eternamente, Adão e Eva são condenados a uma vida de sofrimento e trabalho após a queda. Ambos os mitos falam sobre uma perda irreversível e uma existência marcada pela luta constante.
A grande diferença é que, enquanto o mito bíblico coloca essa condição como uma consequência do pecado, Camus interpreta Sísifo não como um condenado, mas como um símbolo da condição humana universal - não há um erro original, apenas um confronto inevitável com o absurdo.
Se analisarmos de forma mais ampla, vários mitos da criação e do castigo trazem a mesma mensagem essencial:
O ser humano nasce em um estado idealizado (paraíso, harmonia, ignorância feliz).
Um evento marca a transição para uma condição de sofrimento e luta.
A vida então se torna um ciclo repetitivo, onde buscamos um sentido ou redenção para esse estado de queda.
Talvez a grande questão seja: aceitamos o sofrimento como punição ou o abraçamos como parte inevitável da vida? Camus escolheria a segunda opção - e nos convidaria a viver plenamente, sem precisar de um paraíso perdido como justificativa para nossa condição. 🚀🔥
Qual Camy qual carapuça... a prenúncia em francês é Cam(û)!
...AR = PRANA...
Q droga d frase chata pra interpretar
Tudo é permitido, até alguém aparecer e lhe impedir. Então o "tudo" não se aplica a essa sentença.
Não podemos começar com um "tudo" e terminar com um " porém"
Existencialismo foi uma das piores filosofias já inventadas.
O marxismo, o multiculturalismo, o kantismo e a filosofia da linguagem são também horrendos.
E qual seria a boa? Fiquei curioso 🤔
Sisifo = CLT ( Trabalho )
QUAL O SEGREDO DA LIBERDADE ?
quero desnacer............
quero desnacer