Fala pessoal, tudo certo? Estudo bastante esse assunto também, acho que mt por uma questão de angustia mesmo, por não sentir q me identifico nem como branco nem como negro. Tenho a pele morena clara, e o cabelo crespo 4c. Concordo c mtos argumentos q falaram, como, no senso comum, é mt mais comum me chamarem de pardo ou até de branco, do que de negro. Aoesar de que em ambientes mais academicos, rola uma visão as vezes até de que eu sou preto. Também não posso negar q, durante a vida, não é como se eu sentisse q não sofresse racismo. Desde pequeno, principalmente a questão do cabelo, sempre foi algo q me pegou mt. E também, consigo lembrar de vários momentos c colegas, professores ou familiares em que minha identidade discutida. Então, ouvindo o que vocês disseram, me vêem alguns pontos: - Temos q considerar que mtas pessoas não se dizem negra pq historicamente era ruim ser visto como negro. Lembro de assistir um episódio de cobras e lagartos, c lazaro ramos, em que tinham píadas na época como "Seu pai não é negro, foguinho, é moreno!!", "não gosto de negro e não gosto de pobre" (essa é a thais araujo para o lazaro ramos no primeiro ou segundo episódio da novela); então, na conta de pretos, pardos, brancos, etc, acho q a definição também pode ter mudado mt pela questão do orgulho negro; principalmente de pessoas com traços como o meu (que tem origem negra mas são bem misturadas). Então acho q nessa confusão tão grande, hoje não devemos ter um dado nada certo em relação a identidade de país. - Vi que teve um ano em q o IBGE deixou livre a categorização de identidade, e ai, surgiram mais de 130 classificações que as pessoas colocaram, incluindo umas esdruxulas como "cor de burro quando foge". Ter um número maior ou menor de categorias, é vantajoso pra quem? e desvantajoso para quem? Para mim, parece q é certo que temos pessoas no Brasil que merecem ajuda de políticas públicas, e que hoje em dia a política de cotas está enfrentando mt dificuldade c as declarações. Como dar essa ajuda para quem realmente tem direito? São questões que ficam na minha cabeça. Vi um estudo que dividia a diferença de renda entre "brancos" e "não-brancos", e que pelos dados, havia uma diferença enorme entre esses. Bem, não fiz mt perguntas, mais ideias, debates, temas e angustias. Se tiverem algo para comentar sobre o que disse, tamo aí para crescer o conhecimento!! Forte abraço, ficarei feliz se responderem! ^^
Minha situação é parecida com a sua, apesar de que eu provavelmente sou mais caboclo do que mulato. Gravei alguns vídeos sobre o assunto, caso queira trocar uma ideia.
Tem um ponto da transmissão, não vou lembrar agora qual foi, em que o Léo diz que o brasileiro tipo Taís Araújo é de fato negro e que ele quando se declara pardo é porque tá negando sua negritude. Eu já não concordo. Do ponto de vista objetivo essas pessoas são pardas. O pardo escuro é tão pardo quanto o pardo claro. Se vc diz que o pardo escuro é negro, então o pardo claro é branco. E aí começa toda aquela confusão... Na verdade, o que acontece muitas vezes é que o pardo escuro é "percebido" como negro. E não tem problema nisso. Eu sou contra demonizar percepções e autopercepções, assim como sou contra demonizar certos termos, tipo a galera que chama negro de moreno. Eu acho que devemos evoluir no debate e aprofundar as reflexões, mas sem nunca deixar de considerar a realidade espontânea e orgânica do povo, o dia a dia.
Não só os mulatos são pardos, mas os ameríndios, cafuzos e caboclos também são pardos. Os europeus meridionais, árabes e orientais também são bem pigmentados. Então as pessoas realmente brancas ou rosadas do Brasil estão em minoria.
Uma live muito boa. Tema relevante e que merece ser debatido.
Bão demais, senhores.
Parabéns ao entrevistador e aos entrevistados.
🇧🇷⛪⚔️
Fala pessoal, tudo certo?
Estudo bastante esse assunto também, acho que mt por uma questão de angustia mesmo, por não sentir q me identifico nem como branco nem como negro. Tenho a pele morena clara, e o cabelo crespo 4c.
Concordo c mtos argumentos q falaram, como, no senso comum, é mt mais comum me chamarem de pardo ou até de branco, do que de negro. Aoesar de que em ambientes mais academicos, rola uma visão as vezes até de que eu sou preto. Também não posso negar q, durante a vida, não é como se eu sentisse q não sofresse racismo. Desde pequeno, principalmente a questão do cabelo, sempre foi algo q me pegou mt. E também, consigo lembrar de vários momentos c colegas, professores ou familiares em que minha identidade discutida. Então, ouvindo o que vocês disseram, me vêem alguns pontos:
- Temos q considerar que mtas pessoas não se dizem negra pq historicamente era ruim ser visto como negro. Lembro de assistir um episódio de cobras e lagartos, c lazaro ramos, em que tinham píadas na época como "Seu pai não é negro, foguinho, é moreno!!", "não gosto de negro e não gosto de pobre" (essa é a thais araujo para o lazaro ramos no primeiro ou segundo episódio da novela); então, na conta de pretos, pardos, brancos, etc, acho q a definição também pode ter mudado mt pela questão do orgulho negro; principalmente de pessoas com traços como o meu (que tem origem negra mas são bem misturadas). Então acho q nessa confusão tão grande, hoje não devemos ter um dado nada certo em relação a identidade de país.
- Vi que teve um ano em q o IBGE deixou livre a categorização de identidade, e ai, surgiram mais de 130 classificações que as pessoas colocaram, incluindo umas esdruxulas como "cor de burro quando foge". Ter um número maior ou menor de categorias, é vantajoso pra quem? e desvantajoso para quem? Para mim, parece q é certo que temos pessoas no Brasil que merecem ajuda de políticas públicas, e que hoje em dia a política de cotas está enfrentando mt dificuldade c as declarações. Como dar essa ajuda para quem realmente tem direito? São questões que ficam na minha cabeça. Vi um estudo que dividia a diferença de renda entre "brancos" e "não-brancos", e que pelos dados, havia uma diferença enorme entre esses.
Bem, não fiz mt perguntas, mais ideias, debates, temas e angustias. Se tiverem algo para comentar sobre o que disse, tamo aí para crescer o conhecimento!!
Forte abraço, ficarei feliz se responderem! ^^
Minha situação é parecida com a sua, apesar de que eu provavelmente sou mais caboclo do que mulato. Gravei alguns vídeos sobre o assunto, caso queira trocar uma ideia.
Tem um ponto da transmissão, não vou lembrar agora qual foi, em que o Léo diz que o brasileiro tipo Taís Araújo é de fato negro e que ele quando se declara pardo é porque tá negando sua negritude. Eu já não concordo. Do ponto de vista objetivo essas pessoas são pardas. O pardo escuro é tão pardo quanto o pardo claro. Se vc diz que o pardo escuro é negro, então o pardo claro é branco. E aí começa toda aquela confusão... Na verdade, o que acontece muitas vezes é que o pardo escuro é "percebido" como negro. E não tem problema nisso. Eu sou contra demonizar percepções e autopercepções, assim como sou contra demonizar certos termos, tipo a galera que chama negro de moreno. Eu acho que devemos evoluir no debate e aprofundar as reflexões, mas sem nunca deixar de considerar a realidade espontânea e orgânica do povo, o dia a dia.
Não só os mulatos são pardos, mas os ameríndios, cafuzos e caboclos também são pardos. Os europeus meridionais, árabes e orientais também são bem pigmentados. Então as pessoas realmente brancas ou rosadas do Brasil estão em minoria.