"Em vez de ter raiva das traduções, como as pessoas costumam ter, é importante entender que isso é um movimento de interpretação, um movimento de escuta é um movimento de trabalho".
Parabéns pela belíssima entrevista. Por ter sua tradução como referência, passei a admirar a professora Márcia logo após a leitura da apresentação escrita por ela nas edições da obra heideggeriana. Essa admiração pela sua forma de exposição e trabalho com a linguagem cresceu ainda mais após esta entrevista. Parabéns pessoal!
Bastante Maravilhoso e de bastante esclarecimento sobre Algo que sendo, ainda assim vem a ser dentro da estrutura aberta do próprio Ser como um verdadeiro diapasão e que na realidade se desconhece. Por isso que o Ser nunca será conhecido ou decifrado. Ou o ser não é em si. O Ser sempre é sendo na visão do Heidegger que é Tudo e também é Nada que grita na essência da sua própria metafísica.
Muito bom! Ainda estou tentando compreender Heidegger. Mas agradeço as explicações Sui generis dessa excelente tradutora/filósofa... A meu ver, Heidegger e Hegel são os mais difíceis filósofos da História da Filosofia.
O SER HUMANO QUESTIONA A VIDA, É O ÚNICO SER EXISTENTE E AUTO-CONSCIENTE, ENTRE TODOS OS DEMAIS SERES VIVENTES, É UM ENTE QUE ARGUÍ A PRÓPRIA EXISTÊNCIA...!!!
O ENTE HUMANO, ALÉM DE PROVER A SUA PRÓPRIA EXISTÊNCIA, COMO OS DEMAIS ENTES, ENTRETANTO, POSSUÍ INTELIGÊNCIA SUPERIOR, FACILITANDO A SUA SUBSISTÊNCIA E OBTENDO TEMPO LIVRE SUFICIENTE PARA QUESTIONAR A PRÓPRIA EXISTÊNCIA E A RAZÃO DO "SER" ...!!!
Deve-se pensar na multiplicidade da propria natureza em geral para adentrar no mundo que origina a vida, mundo único, impessoal aqui/agora, intemporal eterno enquanto dura.Isso está dentro de nos, ausencia de ego singular, e personalidade multipla.Meu eu real é único, impessoal e intemporal.
Muito bom.Um esforço hercúleo da Márcia Cavalcanti.Considero um ótimo trabalho.Curiosamente, Guimarães Rosa,na época da composição do GSV,estava estudando,junto ao Vicente Ferreira da Silva,o Sein uns Zeit
Esse é um ponto que merece mais cuidado, acho que autores como Safranski tem uma biografia de Heidegger que situam bem como a busca dele por autenticicade se liga ao seu romantismo reacionário. A ideia de impessoal é melhor trabalhada no livro de Ortega y Gasset "El hombre y la gente", mas o autor não completa seu projeto de investigação...
Maravilha. Pela primeira vez ouvi uma pessoa da academia, francamente adepta do pensamento irracionalista, afirmar que Heidegger não leu bem Descartes. Convide-a, por favor, para falar de Descartes. Isso é muito importante neste tempo em que a palavra "cartesiano " transformou-se em xingamento. Não estou falando em defender Descartes, mesmo porque isso é impossível, quando se considera um pensador do início da modernidade. É muito tempo transcorrido para que os erros não tenham sido percebidos. Falo apenas sobre colocar os pingos nos "is", deixando pra traz a estúpida crítica de que a soma das partes é maior do que o todo. Descartes não passou nem perto de fazer está estúpida afirmação, assim como nunca foi o subjetivista atávico que lhe imputaram.
@@franciscowiederwild9462 faz muito tempo que assisti e não me lembro o ponto exato do vídeo, mas parece que o Marcos atendeu ao meu pedido. Assista a este outro vídeo da professora falando sobre Descartes e verá que ela faz um comentário muito aderente ao que eu imaginei ser possível.
Compreendo e admiro que toda tradução é um esforço hermenêutico para tatear sentidos nem sempre intercambiáveis entre as línguas. E, como se diz, toda tradução é também uma traição. Também já li as longas exposições da Márcia Cavalcante a favor de sua versão. Mas nesse caso em específico discordo que as críticas são derivadas de pedantismos ou pura detração intelectual. De fato a tradução de Dasein como Presença me parece severamente inadequada, não por preciosismo, mas por criar ironicamente problemas críticos de exegese, algo tão importante em Heidegger. Primeiro, porque dificulta e cria uma distorção extremamente dramática para a compreensão de toda a obra Ser e Tempo, especialmente para o primeiro leitor, já que o termo Presença pode evocar em português justamente o sentido inverso do que Heidegger pretendeu para Dasein, que seria o afastamento do sentido da presentificação estática do ente, da ontologização do ôntico, de um ente em devir. Segundo, porque o termo Presença contraria estruturalmente e em sentido diametralmente oposto a crítica mais contundente que permeia o núcleo de Ser e Tempo, que é justamente a crítica sobre a "metafísica da presença", tal como expressou com acuidade Derrida.
A exegese de Heidegger sobre Descartes em Ser e Tempo é pífia. Força conclusão sobre um único texto de Descartes - Princípios de Filosofia, e exclui tudo aquilo que pode colocá-lo em maus lençóis.
Amei reescutar Tempo Perdido sob o prisma de Heidegger. Obrigada professor!
Fiquei surpreso e maravilhado pela simplicidade, objetividade e profundidade dela...
"Em vez de ter raiva das traduções, como as pessoas costumam ter, é importante entender que isso é um movimento de interpretação, um movimento de escuta é um movimento de trabalho".
Muito boa essa entrevista/aula da Dra Márcia Cavalcante
Parabéns pela belíssima entrevista. Por ter sua tradução como referência, passei a admirar a professora Márcia logo após a leitura da apresentação escrita por ela nas edições da obra heideggeriana. Essa admiração pela sua forma de exposição e trabalho com a linguagem cresceu ainda mais após esta entrevista. Parabéns pessoal!
Meus estudos de Kant serão melhorados com essa informação de Heideger sobre liberdade para Kant. Obrigado 🎉
Essa filósofa é genial. Foi fenomenal ouvi-la.
Muito bom ouvir a abordagem da professora. Gosto muito e sou muitíssimo grato pela tradução por ela realizada. 😁❤📚
Que mulher fantástica. Obrigado pela disposição de ambos.
Ainda não a tinha ouvido....mas subscrevo-a❤
Bastante Maravilhoso e de bastante esclarecimento sobre Algo que sendo, ainda assim vem a ser dentro da estrutura aberta do próprio Ser como um verdadeiro diapasão e que na realidade se desconhece. Por isso que o Ser nunca será conhecido ou decifrado. Ou o ser não é em si. O Ser sempre é sendo na visão do Heidegger que é Tudo e também é Nada que grita na essência da sua própria metafísica.
Material de estudo maravilhoso!
Muito bom! Ainda estou tentando compreender Heidegger. Mas agradeço as explicações Sui generis dessa excelente tradutora/filósofa...
A meu ver, Heidegger e Hegel são os mais difíceis filósofos da História da Filosofia.
Obrigada pelos esclarecimentos 👏👏👏👏👏
Parabéns!!! Muito legal esse bate papo.
Nos convenceram tão rápido que “Ser-aí” era o correto... incrível o testemunho sobre a tradução!
Mas é Aí ou LÁ, SER-AÍ, sempre de algum modo já situado no mundo. Não é só presença, mas LUGAR, EXISTÊNCIA.
ESSE FINAL FOI FANTÁSTICO!
O TODO É A EXISTÊNCIA, QUE SE DESVELA NO "SER", E QUE É O OBSERVADOR DE PARTE DO TODO A SER OBSERVADO, E QUE É UM "SER EXISTENTE" REVELADO ...!!!
O SER HUMANO QUESTIONA A VIDA, É O ÚNICO SER EXISTENTE E AUTO-CONSCIENTE, ENTRE TODOS OS DEMAIS SERES VIVENTES, É UM ENTE QUE ARGUÍ A PRÓPRIA EXISTÊNCIA...!!!
O ENTE HUMANO, ALÉM DE PROVER A SUA PRÓPRIA EXISTÊNCIA, COMO OS DEMAIS ENTES, ENTRETANTO, POSSUÍ INTELIGÊNCIA SUPERIOR, FACILITANDO A SUA SUBSISTÊNCIA E OBTENDO TEMPO LIVRE SUFICIENTE PARA QUESTIONAR A PRÓPRIA EXISTÊNCIA E A RAZÃO DO "SER" ...!!!
❤
Bom dia , Professora Márcia !
Deve-se pensar na multiplicidade da propria natureza em geral para adentrar no mundo que origina a vida, mundo único, impessoal aqui/agora, intemporal eterno enquanto dura.Isso está dentro de nos, ausencia de ego singular, e personalidade multipla.Meu eu real é único, impessoal e intemporal.
Excelente! Parabéns!
Obrigado 😃
Vídeo incrível! Parabéns!
Muito obrigado 😁
Muito bom.Um esforço hercúleo da Márcia Cavalcanti.Considero um ótimo trabalho.Curiosamente, Guimarães Rosa,na época da composição do GSV,estava estudando,junto ao Vicente Ferreira da Silva,o Sein uns Zeit
Excelente 👏👏👏👏👏👏
O SER DO HOMEM É PARTE DO MUNDO QUE QUER CONHECER-SE JUNTO COM O MUNDO !!!
Sem palavras!
imaginar que a professora Márcia não foi convidada para o lançamento de sua tradução de Ser e Tempo...
Gostaria de saber mais acerca da relação entre o conceito de autenticidade e nazismo.
Esse é um ponto que merece mais cuidado, acho que autores como Safranski tem uma biografia de Heidegger que situam bem como a busca dele por autenticicade se liga ao seu romantismo reacionário. A ideia de impessoal é melhor trabalhada no livro de Ortega y Gasset "El hombre y la gente", mas o autor não completa seu projeto de investigação...
MARAVILHOSA
Aos interessados, o conteúdo começa lá pelos 27 min
Maravilha. Pela primeira vez ouvi uma pessoa da academia, francamente adepta do pensamento irracionalista, afirmar que Heidegger não leu bem Descartes. Convide-a, por favor, para falar de Descartes. Isso é muito importante neste tempo em que a palavra "cartesiano " transformou-se em xingamento. Não estou falando em defender Descartes, mesmo porque isso é impossível, quando se considera um pensador do início da modernidade. É muito tempo transcorrido para que os erros não tenham sido percebidos.
Falo apenas sobre colocar os pingos nos "is", deixando pra traz a estúpida crítica de que a soma das partes é maior do que o todo. Descartes não passou nem perto de fazer está estúpida afirmação, assim como nunca foi o subjetivista atávico que lhe imputaram.
Onde a Márcia diz categoricamente, nesta entrevista, que "Heidegger não leu bem Descartes"?
@@franciscowiederwild9462 faz muito tempo que assisti e não me lembro o ponto exato do vídeo, mas parece que o Marcos atendeu ao meu pedido. Assista a este outro vídeo da professora falando sobre Descartes e verá que ela faz um comentário muito aderente ao que eu imaginei ser possível.
th-cam.com/video/iu_xmMLhE40/w-d-xo.html
BOM ❤❤❤❤❤❤😊😊😊😊😊😊😊😊🎉🎉🎉🎉🎉🎉🎉🎉🎉🎉🎉
Muito boa a professora! Porém o entrevistador poderia focar desde o introdutório até os pontos centrais da obra, e não ter ido direto ao esquecimento.
A pauta é um recorte, tratar da obra toda seria impossível. Porém, sua opinião é um porém!
Compreendo e admiro que toda tradução é um esforço hermenêutico para tatear sentidos nem sempre intercambiáveis entre as línguas. E, como se diz, toda tradução é também uma traição. Também já li as longas exposições da Márcia Cavalcante a favor de sua versão. Mas nesse caso em específico discordo que as críticas são derivadas de pedantismos ou pura detração intelectual. De fato a tradução de Dasein como Presença me parece severamente inadequada, não por preciosismo, mas por criar ironicamente problemas críticos de exegese, algo tão importante em Heidegger. Primeiro, porque dificulta e cria uma distorção extremamente dramática para a compreensão de toda a obra Ser e Tempo, especialmente para o primeiro leitor, já que o termo Presença pode evocar em português justamente o sentido inverso do que Heidegger pretendeu para Dasein, que seria o afastamento do sentido da presentificação estática do ente, da ontologização do ôntico, de um ente em devir. Segundo, porque o termo Presença contraria estruturalmente e em sentido diametralmente oposto a crítica mais contundente que permeia o núcleo de Ser e Tempo, que é justamente a crítica sobre a "metafísica da presença", tal como expressou com acuidade Derrida.
A fenomenologia inaugura o fim da filosofia.
O sentido DE ser não é o mesmo que o sentido DO ser. Esta última expressão não é Heidegger por excelência ?
Acho que seria mais correto diferenciar a questão do ser da questão do sentido do ser
A exegese de Heidegger sobre Descartes em Ser e Tempo é pífia. Força conclusão sobre um único texto de Descartes - Princípios de Filosofia, e exclui tudo aquilo que pode colocá-lo em maus lençóis.
QUEREMOS UM SOBRE GADAMER!