O primeiro capítulo desse livro DEIXA QUALQUER UM SEM PALAVRAS kkk. Esse livro me pegou de jeito, pois a família do meu pai viveu na mesma realidade relatada no livro, inclusive eu vivenciei durante 3 anos isso, embora ainda pequeno. Esse livro abriu muita coisa na minha mente e me mostrou que os meus familiares não tinham consciência do abuso que estavam sofrendo. Hoje isso ainda é comum e espero que essa realidade mude. Com certeza o torto arado será um grande clássico.
Perfeito, "Feliz de ser falante da mesma língua que esse livro foi escrito", esse livro já nasceu um clássico. Só um pequena e insignificante consideração para um comentário tão belo e completo, o Jarê com sua encantaria não fica reduzido só a Bahia não, e nem só a chapada, invade o Maranhão e tem seu culto mais forte em Codó-MA, esta no Piaui e Rio Grande do Norte, chega até no Pará, são muitos cultos em torno do Encantaria (Jarê, Terecô, Tambor de Mina e outros)...!
Livraço! 💜 sugiro também o Água Funda, da Ruth Guimarães. Foi publicado em 1946 e traz uma complexidade narrativa maior pra pensar essa condição de vida no campo, como a dimensão do tempo.
Vou passar esse livro na frente na minha fila de leituras. Minha mãe cresceu numa dessas fazendas onde se trabalhava em semi-escravidão e se passava longos períodos de fome. Sempre que ela conta essas histórias da infância bate uma tristeza, mais ainda em pensar que hoje em dia ainda tem muita gente trabalhando assim
Li Torto Arado umas semanas atrás e foi com certeza o melhor do ano, pelo menos até agora... Ainda nem consegui me entregar direito pra outra leitura, minha cabeça ainda tá meio ali, entre rios e encantados. É realmente lindo e perfeitinho. Em um romance político, Itamar não deixa passar mesmo nenhuma questão, e elas são tratadas de uma forma muito sincera. Lembro de ter visto uma pessoa comentando sobre o receio de uma narrativa feminina feita por um homem, mas depois de ler, acho que não cabe essa crítica. Achei genial a mudança das narradoras nas três partes, me surpreendeu muito! Diria que a de Belonisia é minha preferida, pela profundidade, talvez explicada pelo não-dizer. Lindo demais, nasceu clássico.
Hahaha Eu aqui em 2020. Exatamente porquê o livro será discutido na próxima aula do componente Oficina de Direito e Arte, da Universidade Federal da Bahia. Adorei o vídeo!
Primeiramente, sou recém chegado no seu canal e PARABÉNS! Estava doido pra encontrar algum canal que "conversasse" comigo sobre a obra na tentativa digerí-la. Você fez isso brilhantemente. Acada colocação eu sorria e pensava "é isso!". Sua capacidade de análise e síntese é fantástica. [ATENÇÃO - SPOILER PARA QUEM NÃO LEU] Senti falta na sua apenas falar sobre o desfecho. O fato da entidade ter tomado o corpo de uma das irmãs e a guiado para abrir a cova. E da metáfora da metamorfisação do dono da fazenda em onça que foi morta pela entidade. Na minha humilde opinião de bosta, esse desfecho é foda porque ela foge da moral judaico-cristã do perdão. De se pagar o mal com o bem. A morte do dono da fazenda é uma espécie de redenção, ainda que inútil, de toda violência sofrida pela família, comunidade e ancestralidade... até a África.
Terminei a leitura ontem e são daqueles livros que deixam saudade qdo ae termina. Nós tão distantes dessa realidade narrada no livro, exploração, terra, religião, ruralismo e sobretudo o racismo tão presente.
E tem mais surpresas por vir... Santa Rita pescadeira vai jogar a rede e abocanhar o Jabuti 2020, melhor romance de formação merecidamente para quem é brasileiro e acredita que a arte não pode parar, parabéns Livraço definitivamente literal e nacional!!!!
Excelente vídeo! Terminei Torto Arado no começo dessa semana e fazia um tempo que um livro não me impactava tanto. Belonisia já é uma das melhores personagens da literatura brasileira.
Coincidentemente, acabei-o ontem, e sua resenha me ajudou bastante a digerir a obra! Fiquei um pouco perdida na última parte, tentando entender o "quem, quando, como", mas achei que essa "confusão nsrrativa" seria interessante para mostrar que as histórias se parecem e repetem, que os personagens só mudam de nome e ciclam, enquanto a terra permanece como testemunha de quão lentamente a evolução para uma vida melhor se daria naquele contexto racial, político e social. Concordo com "cara de clássico".
E tem mais surpresas por vir... Santa Rita pescadeira vai jogar a rede e abocanhar o Jabuti 2020, melhor romance de formação merecidamente para quem é brasileiro e acredita que a arte não pode parar, parabéns Livraço definitivamente literal e nacional!!!!
É... a terceira parte é mais complicada de entender, até a segunda foi fácil a leitura tirando uma parte ou outra. Já a terceira.. queria saber mais da onça.
Maneiro você falar que esse livro tem cara de que vai ser discutido em universidades futuramente. Posso dizer que eu comecei a ler ele por um pedido de um professor da faculdade para discutirmos em sala durante o semestre e ta sendo maravilhoso cada discussão. Gostaria que cada vez mais pessoas pudessem ler, é instigante...
Ler esse livro e VÁRIOS outros conteúdos, no mínimo... Já que foi abordado de forma bem direta esse assunto só nas últimas páginas do livro, algo que me incomodou. Mas tbm, no início as personagens não tinham conhecimento da situação e todo o seu embargo histórico, por isso não houve a definição da situação como exploratória desde o começo, creio que se houvesse, seria mais aproveitador no quesito educativo, teriam espaço para abordar mais tópicos históricos no enredo
agree- and those who don't know anything about this part of brazilian history. i never even heard about the enslavement of Black people in Brazil before reading that book (i'm from Germany. haven't ever heard someone talking about racism in South America at all)
Esse livro me lembra muito "Cabra marcado pra morrer" em alguns aspectos. Outro aspecto que achei interessante é a questão mística, especialmente quando envolve a onça, que me remete ao mecanismo pelo qual Alberto Mussa constrói o compêndio místico. Dito isso, apesar das lembranças "Torto Arado" não é igual a nada. Livraço.
Chapada tem cidades com mais de 1000m de altitude, alem de ser cidade pequenininhas e integradas a natureza. É um frio da moléstia, sô, ja peguei sensaçao de 1 grau.
Todo mundo tecendo elogios, e eu tô lutando para superar a primeira parte com coisas como "...senti meu pé pisar em algo duro, e meu rosto se contraiu de dor. Havia ferido meu pé..." Pqp rosto contraído de dor depois de pisar em algo duro??? Pisou em algo duro contraiu o rosto de dor, Sério? Havia ferido meu pé, se não avisa eu diria que esse algo duro que fez o rosto contrair de dor tinha feito cócegas no ombro. Mano tá todo mundo besta? Pelo menos nessa primeira parte que estou lutando pra ler tá cheio dessas coisas, tem "... Ajeitou a roupa rasgada em seu corpo" "... havia a maior festa, a que mais agregava gente e a que mais trazia devotos de fora da fazenda. Muitos vinha de longe para seguir os rituais da brincadeira para festejar com comidas e bebidas..." E o pior, não convence que é narrado por alguém de dentro, alguém com a mínima vivência, é o tempo todo um olhar distante ou de alguém da cidade tentando explicar uma experiência curta numa localidade menos conhecida por quem ouve a história, mas tomada como exótica ao mesmo tempo que respeitosa por quem narra.
HAHAHAHAHAHAHAHA. Adorei as animações no início do vídeo e na apresentação. Andei rondando esse livro, mas não comprei ainda. Tenho ficado submerso no Guimarães Rosa, porém, certamente vou encarar contemporâneos depois. Eis um nome forte da lista. Abreize do interior RJ pra tu e pro Murilo!
Apenas por curiosidade, os Santos católicos não são os mesmos da umbanda ou candomblé, os nomes foram apenas associados para que a prática não fosse proibida. No livro Escravidão, de Laurentino Gomes - volume 1 - ele explica melhor.
Eu to achando que o problema sou eu pq estou achando o primeiro Cap arrastado, parece que vc não sabe onde vai dar. Começa e terminal em lugar algum. Espero que melhore
Um livro que tem sua pegada. Mas há muitos e muitos problemas narrativos. Não resta dúvida de que feito sob medida pra "causar", na onda identitária e tal. Como literatura é fraco, mas como tese é absolutamente adequado para a academia...
Oi! Entendi que quem matou foi a encantada. Entrou no corpo no Bibiana pra cavar a armadilha e no de belonisia pra atrair Salomão pra floresta e depois degolá-lo.
Nao usa Guimarães Rosa como comparação dessa obra, por favor. Guimarães Rosa tinha um estilo de prosa único, que ninguém é capaz de copiar ou criar parecido. Esse autor, o Itamar Vieira Júnior, escreve bem, mas não é, na minha opinião, essa coisa toda que estão falando. Veja, eu julgo autores pelo estilo da prosa, pela escrita em si. Eu não ligo pra história. Não tô nem aí pra isso. Eu quero ver o estilo de escrita e como isso faz a personagem se desenvolver. A história é boa, acho que até única em termos de contexto cultural , regional e político. A segunda parte do livro a mais forte, mas é um estilo simples de narrar. Ele é bom contador de história mas a escrita dele está longe de ser especial.
Não devo me calar, como crítico literário. Esse livreco é um embuste muito ruim. Parece que há uma histeria em torno de uma obra ruim e medíocre, cheia de inabilidades literárias por conta de um mau escritor sem talento. O livro não flui, é mau escrito, cheio de erros linguísticos e defeitos do tipo. Foi-me uma tortura ter de lê-lo! Deplorável que a opinião do público seja tão baixa. Não dou três anos para essa porcaria ser esquecida. Minha esperança é a de que nasça um grande escritor!!
*SOBRE “TORTO ARADO”* O dicionário da Língua Portuguesa consagra no seu entendimento a seguinte definição para “chupim” ( pássaro nativo da fauna brasileira): [...] “O mesmo que: parasitas, anuns, aproveitadores, chopins, graúnas, interesseiros, melros, tentilhões” Deveras, não podemos creditar ao acaso um pequeno fragmento do texto em comento que versa sobre essa ave peculiar: [...] Chupim aos montes e todo dia, ao alvorecer. Nós seguíamos para espantá-los com nossas armas. Chupim engana, é matreiro e preguiçoso. Come o arroz que a gente planta -ouvíamos falar -, gosta de coisa pronta. Não batalha pelo seu grão. Chupim nos marimbus podia colocar ovos no ninho de xanã, no do sangue-de-boi de penugem vermelha cor de fogo, cantando «tiê, tiê» para os ovos dos filhotes que pensa serem seus. Chupim coloca ovos no ninho de carrega-madeira que esteve construindo sua casa para abrigar sua cria -e as crias do parasita sem saber. Portanto, fazendo uso da hermenêutica, o “chupim” pode se referir a todos aqueles que vampirizam os esforços produtivos do trabalhador. São embusteiros com dezenas de regras e que as mudam conforme os seus alvitres. São aqueles que se apropriam dos esforços e do trabalho árduo de alguém. Um preguiçoso. Um trapaceiro. Um parasita capaz de espoliar o seu hospedeiro e deixá-lo sofrendo as dores fomentadas pela inanição. Sendo assim, todo grande latifundiário que não reconhece o direito Constitucional da “Função Social” da terra e não delega tais direitos e garantias fundamentais, pode ser um “chupim” em potencial, pois usurpa do seu semelhante o direito Constitucional. A nossa Carta Cidadã de 1988 assenta em termos lúcidos: [...]Art. 12. À propriedade privada da terra cabe intrinsecamente uma função social e seu uso é condicionado ao bem-estar coletivo previsto na Constituição Federal e caracterizado nesta Lei. [...] Art. 13. O Poder Público promoverá a gradativa extinção das formas de ocupação e de exploração da terra que contrariem sua função social. O Diploma Penal, em harmonia com a Constituição Federal de 1988, plasma em sua redação o diapasão do que é a “Redução a condição análoga à de escravo”: [...] Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho , quer restringindo , por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto: [...]§ 2 A pena é aumentada de metade , se o crime é cometido I - contra criança ou adolescente ; II - por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem Em um grande latifúndio em que há jornadas extenuantes e degradantes, um local e em que trabalhadores não possuem garantias básicas para a sua sobrevivência , logo, está configurado em termos objetivos a “condição análoga à de escravo”, pois este trabalhador deveria estar laureado por todas as prerrogativas legais consubstanciadas em um Estado Democrático de Direito Qual pretensão subjetiva [ do latifundiário e seus capangas] de ilicitude na “condição análoga à de escravo” ? [...] O tipo fundamental é doloso [ o desejo livre e manifesto de impetrar a maldade] como também são as figuras a ele equiparadas. No entanto, quanto a algumas figuras equiparadas, como visto, o tipo descreve um especial fim de agir consistente no propósito específico de reter a vítima do seu local de trabalho. Em mais alguns fragmentos da obra “Torto Arado” expõe -se em rasgos de tintas as relações tóxicas entre proprietários e trabalhadores: [...] A família Peixoto queria apenas os frutos de Água Negra, não viviam a terra, vinham da capital apenas para se apresentar como donos, para que não os esquecêssemos, mas, tão logo cumpriam sua missão, regressavam [...]Aquela fazenda sempre teria donos e nós éramos meros trabalhadores, sem qualquer direito sobre ela.[...] não teríamos direito à casa, nem mesmo à terra onde plantavam sua roça. Não teríamos direito a nada, sairíamos da fazenda carregando nossos poucos pertences. Se não pudéssemos trabalhar, seríamos convidados a deixar Água Negra, terra onde toda uma geração de filhos de trabalhadores havia nascido. Deveras, a lâmina de gume afiada pode muito bem representar a dominação do grande latifundiário com seu poder de quase vida e morte sobre os seus subordinados, bem como o desejo manifesto de uma revolta pulsante, pois em ambos os casos é possível sentir o gosto ferroso do sangue que encharca a terra. É a tensão centenária no Brasil ( desde os ciclos rurais analisados por Caio Prado Jr), entre dominadores e dominados. Segundo a “ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO” (OIT) [...] Mais de 40 milhões de pessoas foram vítimas da escravidão moderna em 2016, sendo que 71% eram mulheres e meninas. [...] Das 24,9 milhões de pessoas submetidas a trabalho forçado, 16 milhões foram exploradas no setor privado (por ex. trabalho doméstico, construção ou agricultura), 4,8 milhões sofreram exploração sexual forçada e 4 milhões estavam em situação de trabalho forçado imposto por autoridades de governos. Sendo assim, embora o autor tenha trazido ao debate a “condição análoga à de escravo” no âmbito rural, é de sobejo entendimento que a “condição análoga à de escravo” está presente no âmbito urbano. A diferença entre esses análogos e que muitos estão dispersos pelos rincões do Brasil e outros tantos, estão presos em quartinhos imundos e insalubres mantidos por uma classe média parasitária em regiões urbanas. Desta forma, enquanto houver pessoas cerceadas dos seus direitos e, enquanto houver os “chupins” do trabalho alheio, sempre haverá o cheiro metálico do sangue. Sempre haverá a lâmina que brandirá. Sente-se o fio da lâmina. A abertura do corte. O gosto ferroso do sangue. Já que a comunidade de “Agua Negra” trás imbuída em sua “Teologia” regional elementos de um cristianismo ancestral, eu termino essa simples análise com uma citação de Jesus Cristo: [...] Jesus lhe disse: “Ninguém que tiver posto a mão num arado e olhar para trás não está apto para o Reino de Deus.” ( Lucas 9:62) Pois se não mantiver o olhar fixo à frente, o solo é rasgado de modo “torto” e a semente perece.
Pq literatura brasileira tem muita religião afro… entidade, terreiro e tal… Não curto religião, ai acabo desanimando para ler esses livros … Mas tem um livro que até curti “O avesso da pele” do Jeferson Tenório … até fala de religião africana, mas não tanto como Torto Arado.
O primeiro capítulo desse livro DEIXA QUALQUER UM SEM PALAVRAS kkk. Esse livro me pegou de jeito, pois a família do meu pai viveu na mesma realidade relatada no livro, inclusive eu vivenciei durante 3 anos isso, embora ainda pequeno. Esse livro abriu muita coisa na minha mente e me mostrou que os meus familiares não tinham consciência do abuso que estavam sofrendo. Hoje isso ainda é comum e espero que essa realidade mude. Com certeza o torto arado será um grande clássico.
Este livro foi o melhor que li 2020 (até agora). Que livro sensacional!
Perfeito, "Feliz de ser falante da mesma língua que esse livro foi escrito", esse livro já nasceu um clássico. Só um pequena e insignificante consideração para um comentário tão belo e completo, o Jarê com sua encantaria não fica reduzido só a Bahia não, e nem só a chapada, invade o Maranhão e tem seu culto mais forte em Codó-MA, esta no Piaui e Rio Grande do Norte, chega até no Pará, são muitos cultos em torno do Encantaria (Jarê, Terecô, Tambor de Mina e outros)...!
Livraço! 💜 sugiro também o Água Funda, da Ruth Guimarães. Foi publicado em 1946 e traz uma complexidade narrativa maior pra pensar essa condição de vida no campo, como a dimensão do tempo.
just read it in german and it's quite amazing!
many greetings from the german booktube community!
em 2021 meus professores já tinham colocado esse livro como leitura obrigatória na escola, incrível!
Vou passar esse livro na frente na minha fila de leituras. Minha mãe cresceu numa dessas fazendas onde se trabalhava em semi-escravidão e se passava longos períodos de fome. Sempre que ela conta essas histórias da infância bate uma tristeza, mais ainda em pensar que hoje em dia ainda tem muita gente trabalhando assim
Li Torto Arado umas semanas atrás e foi com certeza o melhor do ano, pelo menos até agora... Ainda nem consegui me entregar direito pra outra leitura, minha cabeça ainda tá meio ali, entre rios e encantados. É realmente lindo e perfeitinho. Em um romance político, Itamar não deixa passar mesmo nenhuma questão, e elas são tratadas de uma forma muito sincera. Lembro de ter visto uma pessoa comentando sobre o receio de uma narrativa feminina feita por um homem, mas depois de ler, acho que não cabe essa crítica. Achei genial a mudança das narradoras nas três partes, me surpreendeu muito! Diria que a de Belonisia é minha preferida, pela profundidade, talvez explicada pelo não-dizer. Lindo demais, nasceu clássico.
Terminei a leitura ontem, sem dúvidas é até agora o melhor livro que li este ano.
Hahaha Eu aqui em 2020. Exatamente porquê o livro será discutido na próxima aula do componente Oficina de Direito e Arte, da Universidade Federal da Bahia. Adorei o vídeo!
Livro foda. Itamar narrando vozes femininas foi impecável. Concordo demais quando você diz que já veio com cara de clássico.
Primeiramente, sou recém chegado no seu canal e PARABÉNS! Estava doido pra encontrar algum canal que "conversasse" comigo sobre a obra na tentativa digerí-la. Você fez isso brilhantemente. Acada colocação eu sorria e pensava "é isso!". Sua capacidade de análise e síntese é fantástica.
[ATENÇÃO - SPOILER PARA QUEM NÃO LEU]
Senti falta na sua apenas falar sobre o desfecho. O fato da entidade ter tomado o corpo de uma das irmãs e a guiado para abrir a cova. E da metáfora da metamorfisação do dono da fazenda em onça que foi morta pela entidade.
Na minha humilde opinião de bosta, esse desfecho é foda porque ela foge da moral judaico-cristã do perdão. De se pagar o mal com o bem. A morte do dono da fazenda é uma espécie de redenção, ainda que inútil, de toda violência sofrida pela família, comunidade e ancestralidade... até a África.
Terminei a leitura ontem e são daqueles livros que deixam saudade qdo ae termina. Nós tão distantes dessa realidade narrada no livro, exploração, terra, religião, ruralismo e sobretudo o racismo tão presente.
E tem mais surpresas por vir... Santa Rita pescadeira vai jogar a rede e abocanhar o Jabuti 2020, melhor romance de formação merecidamente para quem é brasileiro e acredita que a arte não pode parar, parabéns Livraço definitivamente literal e nacional!!!!
Vim do futuro pra avisar que tem show do tool no Brasil, ano que vem.
Excelente vídeo! Terminei Torto Arado no começo dessa semana e fazia um tempo que um livro não me impactava tanto. Belonisia já é uma das melhores personagens da literatura brasileira.
Torto Arado: Melhor livro lido em 2020.
Este livro realmente já nasceu como um clássico! Eu gostei demais
Coincidentemente, acabei-o ontem, e sua resenha me ajudou bastante a digerir a obra! Fiquei um pouco perdida na última parte, tentando entender o "quem, quando, como", mas achei que essa "confusão nsrrativa" seria interessante para mostrar que as histórias se parecem e repetem, que os personagens só mudam de nome e ciclam, enquanto a terra permanece como testemunha de quão lentamente a evolução para uma vida melhor se daria naquele contexto racial, político e social. Concordo com "cara de clássico".
E tem mais surpresas por vir... Santa Rita pescadeira vai jogar a rede e abocanhar o Jabuti 2020, melhor romance de formação merecidamente para quem é brasileiro e acredita que a arte não pode parar, parabéns Livraço definitivamente literal e nacional!!!!
É... a terceira parte é mais complicada de entender, até a segunda foi fácil a leitura tirando uma parte ou outra. Já a terceira.. queria saber mais da onça.
Estou há dois anos enrolando para ler Torto Arado. Vou aproveitar esse pontapé! Ps: adorei o som das vinhetas no começo.
É ooootimo
Já é livro de análise em universidade. Um novo clássico brasileiro com certeza.
Eu amei o livro todo, mas a terceira parte é mto boa!!! Eu curti demais!
"o que é o narrador senão um espírito?" excelente isso
este livro já está sendo discutido na universidade a qual eu estudo que é a UFRB, este livro é fascinante
Uma preciosidade. Adorei esse livro.
Falô magrão! Me fez entender melhor essa obra. Sou de Humaitá RS.
Maneiro você falar que esse livro tem cara de que vai ser discutido em universidades futuramente. Posso dizer que eu comecei a ler ele por um pedido de um professor da faculdade para discutirmos em sala durante o semestre e ta sendo maravilhoso cada discussão. Gostaria que cada vez mais pessoas pudessem ler, é instigante...
Todo brasileiro deveria ler esse livro para entender o racismo estrutural.
Ler esse livro e VÁRIOS outros conteúdos, no mínimo... Já que foi abordado de forma bem direta esse assunto só nas últimas páginas do livro, algo que me incomodou. Mas tbm, no início as personagens não tinham conhecimento da situação e todo o seu embargo histórico, por isso não houve a definição da situação como exploratória desde o começo, creio que se houvesse, seria mais aproveitador no quesito educativo, teriam espaço para abordar mais tópicos históricos no enredo
@@wendecorreia8829 cuma??
agree- and those who don't know anything about this part of brazilian history.
i never even heard about the enslavement of Black people in Brazil before reading that book (i'm from Germany. haven't ever heard someone talking about racism in South America at all)
Papo de comunista
@@MauricioKraychete resposta típica de quem se recusa a pensar.
acabei de ler e estou encantado com essa obra!
Acabei de acabar esse livro. Perfeição ♡
"Só são exóticos pq moramos longe". Perfeito!!!!!
Ansiosa que estava por esta essa resenha! Ainda não li torto arado, mas já está de próximo.
Ps: Adorei os efeitos sonoros. Abraços Yuri e Murilo 🤘🏿🖤.
Me esclareceu algumas coisas mesmo que eu estava pensando no começo da minha leitura.
Obrigada!
Esse livro me lembra muito "Cabra marcado pra morrer" em alguns aspectos. Outro aspecto que achei interessante é a questão mística, especialmente quando envolve a onça, que me remete ao mecanismo pelo qual Alberto Mussa constrói o compêndio místico. Dito isso, apesar das lembranças "Torto Arado" não é igual a nada. Livraço.
Essas animações novas ficaram mt brabas. Ficou parecendo programa de sobrevivência do DC. Mt bom
Eu também amei esse livro
e de fato! estou vendo a resenha e irei ler ele para o meu vestibular esse ano! kkkkkkkk ele faz parte das 10 obras literárias obrigatória da UEL
Livro foda, tive o prazer de conhecer Itamar na Flica, melhor leitura de 2019.
Ainda não li mas quero. Esse vídeo foi o empurrãozinho pra eu ir atrás
Comprei por causa dessa resenha. Li e achei sensacional.
👊
Excelente resenha: Gostei da camisa do Tool .
Obrigado pelo vídeo!
ESSE LIVRO É UM ACONTECIMENTO!
Um dos melhores livros que li esse ano!
Que livro maravilhoso! Toca o coração!
"(...) que vai ser discutido na faculdade quando todo mundo aqui tiver morto"
Ah, estou aqui pela sinceridade nua e crua
Kkkk a previsão dele se antecipou a gente está discutindo esse livro na Faculdade hoje 😂
nem foi necessário a morte de todos kkkkkkk vou fazer uma prova sobre esse livro.
Tool é foda demais!
Bela camisa do Tool. Adoro a banda!
Torto Arado é maravilhoso. Gostei muito.
mais um livro que representa a cultura africana s2 . Que amor, ameiii
To assistindo a playlist de vocês sobre literatura brasileira. Não vi nada sobre Milton Hatoum... Conhecem? Já leram algo? Fiquei curiosa pra saber...
Excelente livro!!
Esse livro já nasceu um clássico
Estou Fazendo um trabalho da escola sobre esse livro 🥰
Chapada tem cidades com mais de 1000m de altitude, alem de ser cidade pequenininhas e integradas a natureza. É um frio da moléstia, sô, ja peguei sensaçao de 1 grau.
Só esperando o meu chegar. Acho que não vai dar tempo a gente morrer pra Torto Arado estar nos trabalhos acadêmicos.
já está 🥰
Verdade, um livro que se eternizará.
Aqui na Chapada Diamantina ta frio pa cacete tb! 🥶🥶🥶
Livro muito bom😊
Excelente!
Todo mundo tecendo elogios, e eu tô lutando para superar a primeira parte com coisas como "...senti meu pé pisar em algo duro, e meu rosto se contraiu de dor. Havia ferido meu pé..." Pqp rosto contraído de dor depois de pisar em algo duro??? Pisou em algo duro contraiu o rosto de dor, Sério? Havia ferido meu pé, se não avisa eu diria que esse algo duro que fez o rosto contrair de dor tinha feito cócegas no ombro. Mano tá todo mundo besta? Pelo menos nessa primeira parte que estou lutando pra ler tá cheio dessas coisas, tem "... Ajeitou a roupa rasgada em seu corpo" "... havia a maior festa, a que mais agregava gente e a que mais trazia devotos de fora da fazenda. Muitos vinha de longe para seguir os rituais da brincadeira para festejar com comidas e bebidas..." E o pior, não convence que é narrado por alguém de dentro, alguém com a mínima vivência, é o tempo todo um olhar distante ou de alguém da cidade tentando explicar uma experiência curta numa localidade menos conhecida por quem ouve a história, mas tomada como exótica ao mesmo tempo que respeitosa por quem narra.
HAHAHAHAHAHAHAHA. Adorei as animações no início do vídeo e na apresentação. Andei rondando esse livro, mas não comprei ainda.
Tenho ficado submerso no Guimarães Rosa, porém, certamente vou encarar contemporâneos depois. Eis um nome forte da lista.
Abreize do interior RJ pra tu e pro Murilo!
É mesmo um grande livro!
Excepcional
Apenas por curiosidade, os Santos católicos não são os mesmos da umbanda ou candomblé, os nomes foram apenas associados para que a prática não fosse proibida. No livro Escravidão, de Laurentino Gomes - volume 1 - ele explica melhor.
Interessante Leia, vou ler
Interessante a premissa do livro!
Eu to achando que o problema sou eu pq estou achando o primeiro Cap arrastado, parece que vc não sabe onde vai dar. Começa e terminal em lugar algum. Espero que melhore
Será que Lavoura arcaica foi lavrada com Torto arado?
Não entendi muito bem a terceira parte onde relata a morte de S.. e a onça?
Um livro que tem sua pegada. Mas há muitos e muitos problemas narrativos. Não resta dúvida de que feito sob medida pra "causar", na onda identitária e tal. Como literatura é fraco, mas como tese é absolutamente adequado para a academia...
Boa tarde!
Acabei de ler o livro agora, adorei sua resenha, mas não entendi muito bem o final, quem matou Salomão? Poderia me ajudar?
Oi! Entendi que quem matou foi a encantada. Entrou no corpo no Bibiana pra cavar a armadilha e no de belonisia pra atrair Salomão pra floresta e depois degolá-lo.
Pelo meu conhecimento, a brincadeira de JARÊ é muitíssimo parecida com a UMBANDA
Prêmio Nobel de Literatura é pouco!
Estou lendo esse livro e achei muito simples e profundo ao mesmo tempo...
Entendo perfeitamente pq está sendo considerado um clássico!
cara esse livro vai cair no vestibular 2023 da UESB kkkk
Não achei nada demais desse livro. Pelo contrário. A primeira parte é boa. A segunda razoável. A terceira sofrível.
Já é tema de vestibular, vai cair na uel 2023
Ok, fui convencida hahah
Vai cair no vestibular mesmo! E não inerente ao Nordeste, é leitura obrigatória na Unicentro (Paraná), UFMS...
👏🏼
Nao usa Guimarães Rosa como comparação dessa obra, por favor. Guimarães Rosa tinha um estilo de prosa único, que ninguém é capaz de copiar ou criar parecido. Esse autor, o Itamar Vieira Júnior, escreve bem, mas não é, na minha opinião, essa coisa toda que estão falando. Veja, eu julgo autores pelo estilo da prosa, pela escrita em si. Eu não ligo pra história. Não tô nem aí pra isso. Eu quero ver o estilo de escrita e como isso faz a personagem se desenvolver.
A história é boa, acho que até única em termos de contexto cultural , regional e político. A segunda parte do livro a mais forte, mas é um estilo simples de narrar. Ele é bom contador de história mas a escrita dele está longe de ser especial.
Infelizmente, não gostei. Mas entendo a importancia da história na História.
Não devo me calar, como crítico literário. Esse livreco é um embuste muito ruim. Parece que há uma histeria em torno de uma obra ruim e medíocre, cheia de inabilidades literárias por conta de um mau escritor sem talento. O livro não flui, é mau escrito, cheio de erros linguísticos e defeitos do tipo. Foi-me uma tortura ter de lê-lo! Deplorável que a opinião do público seja tão baixa. Não dou três anos para essa porcaria ser esquecida. Minha esperança é a de que nasça um grande escritor!!
" o tal de protagonismo feminino..."
*SOBRE “TORTO ARADO”*
O dicionário da Língua Portuguesa consagra no seu entendimento a seguinte definição para “chupim” ( pássaro nativo da fauna brasileira):
[...] “O mesmo que: parasitas, anuns, aproveitadores, chopins, graúnas, interesseiros, melros, tentilhões”
Deveras, não podemos creditar ao acaso um pequeno fragmento do texto em comento que versa sobre essa ave peculiar:
[...] Chupim aos montes e todo dia, ao alvorecer. Nós seguíamos para espantá-los com nossas armas. Chupim engana, é matreiro e preguiçoso. Come o arroz que a gente planta -ouvíamos falar -, gosta de coisa pronta. Não batalha pelo seu grão. Chupim nos marimbus podia colocar ovos no ninho de xanã, no do sangue-de-boi de penugem vermelha cor de fogo, cantando «tiê, tiê» para os ovos dos filhotes que pensa serem seus. Chupim coloca ovos no ninho de carrega-madeira que esteve construindo sua casa para abrigar sua cria -e as crias do parasita sem saber.
Portanto, fazendo uso da hermenêutica, o “chupim” pode se referir a todos aqueles que vampirizam os esforços produtivos do trabalhador. São embusteiros com dezenas de regras e que as mudam conforme os seus alvitres. São aqueles que se apropriam dos esforços e do trabalho árduo de alguém. Um preguiçoso. Um trapaceiro. Um parasita capaz de espoliar o seu hospedeiro e deixá-lo sofrendo as dores fomentadas pela inanição.
Sendo assim, todo grande latifundiário que não reconhece o direito Constitucional da “Função Social” da terra e não delega tais direitos e garantias fundamentais, pode ser um “chupim” em potencial, pois usurpa do seu semelhante o direito Constitucional.
A nossa Carta Cidadã de 1988 assenta em termos lúcidos:
[...]Art. 12. À propriedade privada da terra cabe intrinsecamente uma função social e seu uso é condicionado ao bem-estar coletivo previsto na Constituição Federal e caracterizado nesta Lei.
[...] Art. 13. O Poder Público promoverá a gradativa extinção das formas de ocupação e de exploração da terra que contrariem sua função social.
O Diploma Penal, em harmonia com a Constituição Federal de 1988, plasma em sua redação o diapasão do que é a “Redução a condição análoga à de escravo”:
[...] Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho , quer restringindo , por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:
[...]§ 2 A pena é aumentada de metade , se o crime é cometido
I - contra criança ou adolescente ;
II - por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem
Em um grande latifúndio em que há jornadas extenuantes e degradantes, um local e em que trabalhadores não possuem garantias básicas para a sua sobrevivência , logo, está configurado em termos objetivos a “condição análoga à de escravo”, pois este trabalhador deveria estar laureado por todas as prerrogativas legais consubstanciadas em um Estado Democrático de Direito
Qual pretensão subjetiva [ do latifundiário e seus capangas] de ilicitude na “condição análoga à de escravo” ?
[...] O tipo fundamental é doloso [ o desejo livre e manifesto de impetrar a maldade] como também são as figuras a ele equiparadas. No entanto, quanto a algumas figuras equiparadas, como visto, o tipo descreve um especial fim de agir consistente no propósito específico de reter a vítima do seu local de trabalho.
Em mais alguns fragmentos da obra “Torto Arado” expõe -se em rasgos de tintas as relações tóxicas entre proprietários e trabalhadores:
[...] A família Peixoto queria apenas os frutos de Água Negra, não viviam a terra, vinham da capital apenas para se apresentar como donos, para que não os esquecêssemos, mas, tão logo cumpriam sua missão, regressavam [...]Aquela fazenda sempre teria donos e nós éramos meros trabalhadores, sem qualquer direito sobre ela.[...] não teríamos direito à casa, nem mesmo à terra onde plantavam sua roça. Não teríamos direito a nada, sairíamos da fazenda carregando nossos poucos pertences. Se não pudéssemos trabalhar, seríamos convidados a deixar Água Negra, terra onde toda uma geração de filhos de trabalhadores havia nascido.
Deveras, a lâmina de gume afiada pode muito bem representar a dominação do grande latifundiário com seu poder de quase vida e morte sobre os seus subordinados, bem como o desejo manifesto de uma revolta pulsante, pois em ambos os casos é possível sentir o gosto ferroso do sangue que encharca a terra. É a tensão centenária no Brasil ( desde os ciclos rurais analisados por Caio Prado Jr), entre dominadores e dominados.
Segundo a “ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO” (OIT)
[...] Mais de 40 milhões de pessoas foram vítimas da escravidão moderna em 2016, sendo que 71% eram mulheres e meninas.
[...] Das 24,9 milhões de pessoas submetidas a trabalho forçado, 16 milhões foram exploradas no setor privado (por ex. trabalho doméstico, construção ou agricultura), 4,8 milhões sofreram exploração sexual forçada e 4 milhões estavam em situação de trabalho forçado imposto por autoridades de governos.
Sendo assim, embora o autor tenha trazido ao debate a “condição análoga à de escravo” no âmbito rural, é de sobejo entendimento que a “condição análoga à de escravo” está presente no âmbito urbano. A diferença entre esses análogos e que muitos estão dispersos pelos rincões do Brasil e outros tantos, estão presos em quartinhos imundos e insalubres mantidos por uma classe média parasitária em regiões urbanas.
Desta forma, enquanto houver pessoas cerceadas dos seus direitos e, enquanto houver os “chupins” do trabalho alheio, sempre haverá o cheiro metálico do sangue. Sempre haverá a lâmina que brandirá. Sente-se o fio da lâmina. A abertura do corte. O gosto ferroso do sangue.
Já que a comunidade de “Agua Negra” trás imbuída em sua “Teologia” regional elementos de um cristianismo ancestral, eu termino essa simples análise com uma citação de Jesus Cristo:
[...] Jesus lhe disse: “Ninguém que tiver posto a mão num arado e olhar para trás não está apto para o Reino de Deus.” ( Lucas 9:62)
Pois se não mantiver o olhar fixo à frente, o solo é rasgado de modo “torto” e a semente perece.
Pretendo ler em breve no Kindle, pois só ouço elogios. Espero que a faceta religiosa não seja muito o foco, pois acho que cada um tem a sua.
E qual o problema de ler sobre outras religiões que não são a sua?
Muito pelo contrário, é mais enriquecedor ainda conhecer outras religiões, culturas e crenças
Muito spoiler
Pq literatura brasileira tem muita religião afro… entidade, terreiro e tal… Não curto religião, ai acabo desanimando para ler esses livros … Mas tem um livro que até curti “O avesso da pele” do Jeferson Tenório … até fala de religião africana, mas não tanto como Torto Arado.