Reabilitação pós-operatória do reparo do manguito rotador

Live com Beatriz Vicenzi @beatrizvicenzi.fisioterapia sobre o protocolo pós-op. de reparo do manguito rotador, que foi transmitida em 26 de maio de 2020.
Se você está fazendo o Curso Aberto de Atualização em Reabilitação do Ombro, essa é a Aula 13.
Enquanto estiver assistindo a aula, lembre-se que os objetivos de aprendizado essenciais dessa aula são:
1. Conhecer o tempo de imobilização e as fases da reabilitação fisioterapêutica pós-operatória de acordo com guidelines internacionais.
2. Conhecer os critérios de progressão e de retorno ao esporte após o reparo cirúrgico do manguito rotador.
Bibliografia sugerida para o teste de certificação:
1. Thigpen CA, Shaffer MA, Gaunt BW, Leggin BG, Williams GR, Wilcox RB 3rd. The American Society of Shoulder and Elbow Therapists' consensus statement on rehabilitation following arthroscopic rotator cuff repair. J Shoulder Elbow Surg. 2016 Apr;25(4):521-35.
2. Jung C, Tepohl L, Tholen R, Beitzel K, Buchmann S, Gottfried T, Grim C, Mauch B, Krischak G, Ortmann H, Schoch C, Mauch F. Rehabilitation following rotator cuff repair: A work of the Commission Rehabilitation of the German Society of Shoulder and Elbow Surgery e. V. (DVSE) in collaboration with the German Association for Physiotherapy (ZVK) e. V., the Association Physical Therapy, Association for Physical Professions (VPT) e. V. and the Section Rehabilitation-Physical Therapy of the German Society for Orthopaedics and Trauma e. V. (DGOU). Obere Extrem. 2018;13(1):45-61.
Mini-Resumo: A fisioterapia após reparo cirúrgico do manguito rotador pode iniciar no pós-operatório imediato, mas, geralmente, inicia após o tempo de imobilização de 4 a 6 semanas, conhecido na literatura como tardio e que apresenta melhores relações de custo-benefício para os pacientes. Uma parte importante do processo é a educação do paciente para adesão ao tratamento que reduz o risco de re-ruptura. Os objetivos da reabilitação pós-operatória são restabelecer a amplitude de movimento passiva e ativa, fortalecer os músculos que estão em volta da articulação glenoumeral e escapulotorácica e treinar para que eles trabalhem sinergicamente durante os movimentos do ombro, restaurar a função do membro e reduzir dor. Após retirada da imobilização, é priorizado o ganho de amplitude de movimento gradual e a redução de dor. Após 12 semanas, se o paciente estiver com a amplitude de movimento passiva completa, intensidade de dor baixa e boa condição muscular é iniciado o fortalecimento muscular. O ideal é que a reabilitação seja supervisionada e complementada com exercícios domiciliares. Durante todo o protocolo é respeitado o processo de cicatrização do reparo porque a não cicatrização ou re-ruptura pode ocorrer nos primeiros 3 a 6 meses após a cirurgia. Ao longo da reabilitação, importante respeitar a individualidade de cada paciente (idade, expectativas, estado de saúde), características da ruptura do manguito rotador (tamanho, cronicidade e qualidade do tecido), suas lesões associadas (fratura úmero próximal ou tuberosidade maior, instabilidade, tenodese bicipital); manter uma boa comunicação com a família e a equipe médica que o operou. Além disso, é fundamendal compartilhar a responsabilidade pelas decisões de tratamento com o paciente e o cirurgião.
Observação: o texto do mini resumo é uma adaptação do original de Gisele Harumi Hotta @harumihotta