Minha filha tem 2 anos e 9 meses e um dia desses meu marido deixou a colher cheia de arroz cair no chão, o que sujou a sala e ele já ficou chateado e reclamou. Ela disse "pai, não se preocupe, eu pego pra você". Fiquei impressionada com a maturidade dela diante do problema rs.
Não tenho mais essa preocupação porque toda comunicação tem seus LIMITES. Publicar alguma coisa implica de uma leitura inacabada do outro. Com toda boa vontade da sua teoria, a realidade cobra seu preço. Toda vez que um ser novo nasce, ele, quer queira quer não, mais dia menos dia, vaiter de enfrentar essa realidade. Violenta por natureza. Nenhum bebe quer nascer, ele é colocado pra fora do útero materno, dali pra frente a batalha começa. A não-violência é uma forma de interromper um processo de crescimento. O que é uma escola? Uma cadeia diferenciada, onde pais depositam ingenuamente seus filhos pensando que ela vai dar conta de um certo tipo de educação, mas é o laboratório do mundo, com toda carga de violência desse mundo. Segundo esse discurso, o mundo é bom, a pessoa é boa, que nunca foi erroneamente tratado por Rosseau. A capacitação de pais e professores é algo absolutamente relativo. Há pessoas malévolas independentes da criação de pais amorosos, de bem, que equívoco esse discurso. Crianças precisam de afeto e limites, mas o consumismo e a individualidade estimulada por um anseio contínuo de consumo e consumação, cuja novas tecnologias incessantemente dimensionam para o lado que pode gerar pequenos monstros ou pequenos gênios. A criança é pura, em tese, educação é uma palavra ampla demais, cuja significação cabe qualquer teoria, qualquer experimento. Piaget, Montessori, behevioristas e um muito mais importante, ele, Edgard Morin, entre tantos outros, conseguem dimensionar o tamanho do percurso e toda sua complexidade, e não esse reducionismo achista pela simplória tese de que através da não-violência educacional chegar-se-a a um estágio melhor em termos existenciais.
Gilberto, eu tinha essa mesma impressão a respeito de ser algo reducionista e utópico. Mas eu insistiria para que você pudesse avançar um pouco direto na fonte, no material do Marshall Rosenberg, seja o livro texto base (Non Violent Communication), seja um pequeno workshop de 4 partes disponibilizado no youtube. No meu caso, após ler alguns dos livros do Marshall, e conhecer através de amigos os trabalhos decorrentes disso que estão em andamento na Palestina, e em outros locais, pude ver que os resultados práticos, reais, efetivos, são muito maiores que eu imaginei logo no primeiro contato. No meu caso, depois de cerca de 2 anos me informando, só recentemente eu acabei precisando de um uso mais intenso, por uma série de conflitos simultâneos que ocorreram na minha vida. Ao mesmo tempo, me vi tratando muito bem de situações em que antes eu simplesmente criaria um "bem x mal" e entraria num ciclo sem solução. Consegui evitar esse ciclo, consegui me sentir bem mais fortalecido emocionalmente para ouvir palavras que antes me deixariam mal (porque vem das pessoas mais próximas), e melhor, consegui chegar em soluções novas para problemas antigos. Mas os casos de sucesso na aplicação da CNV vão muito além disso, e já foram usados inclusive em conflitos tribais que envolviam comunidades dizimadas em países da áfrica, na resistência não-violenta na Palestina, e inúmeros outros. Isso, infelizmente, não foi abordado neste pequeno vídeo.
Gilberto Albertini, isso é uma tentativa de direcionar a linguagem e se baseia no relativismo moderno. Note que o conceito é paradoxal: classificar uma forma de linguagem como violenta não descreve um fato, mas expressa apenas uma avaliação. E mais: redefine a noção de violência, esvaziando seu real significado e atenuando sua gravidade.
Mano, me dá um abraço. Eu estou refletindo sobre o uso desse método e chegando na conclusão que ele pode ser útil no sentido de manipular o comportamento de pessoas para ganhar confiança ou controlar conflitos. Porém penso que para quem comprou isso como um método definitivo de comunicação terá efeitos colaterais negativos. A meu ver esse sistema é castratório por incentivar a auto inibição em favor do bem estar, o sonho tolo da modernidade. Ele me lembra filmes de ficção cientifica onde as pessoas são perfeitamente controladas pelo sistema civil ( Gattaca, por exemplo) em troca de segurança e conforto. Obrigado por compartilhar seu ponto de vista.
Sou muito fã de CNV. Mas fiquei só com uma dúvida: No início Dominic diz que não possível se comunicar sozinho. Mas no meio pro fim fala sobre o âmbito intrapessoal da comunicação. Como é isto na prática?
Derek Cajun Oi Cara! Neste grupo sempre aparecem cursos, alguns são bons outros não!!! Mas procure seguir o Dominic barter. facebook.com/groups/152034741533485/?ref=bookmarks
Ótimas e exitosas ponderações e reflexões!!!
Minha filha tem 2 anos e 9 meses e um dia desses meu marido deixou a colher cheia de arroz cair no chão, o que sujou a sala e ele já ficou chateado e reclamou. Ela disse "pai, não se preocupe, eu pego pra você". Fiquei impressionada com a maturidade dela diante do problema rs.
Não foi maturidade, ela só não aprendeu ser violenta. kk
Acho que foi empatia pelo pai.
Uauuuu!!! Valeu! Acho que essa é uma das essências do PIÁ.... bjs. obrigada!
Não tenho mais essa preocupação porque toda comunicação tem seus LIMITES. Publicar alguma coisa implica de uma leitura inacabada do outro. Com toda boa vontade da sua teoria, a realidade cobra seu preço. Toda vez que um ser novo nasce, ele, quer queira quer não, mais dia menos dia, vaiter de enfrentar essa realidade. Violenta por natureza. Nenhum bebe quer nascer, ele é colocado pra fora do útero materno, dali pra frente a batalha começa. A não-violência é uma forma de interromper um processo de crescimento. O que é uma escola? Uma cadeia diferenciada, onde pais depositam ingenuamente seus filhos pensando que ela vai dar conta de um certo tipo de educação, mas é o laboratório do mundo, com toda carga de violência desse mundo. Segundo esse discurso, o mundo é bom, a pessoa é boa, que nunca foi erroneamente tratado por Rosseau. A capacitação de pais e professores é algo absolutamente relativo. Há pessoas malévolas independentes da criação de pais amorosos, de bem, que equívoco esse discurso. Crianças precisam de afeto e limites, mas o consumismo e a individualidade estimulada por um anseio contínuo de consumo e consumação, cuja novas tecnologias incessantemente dimensionam para o lado que pode gerar pequenos monstros ou pequenos gênios. A criança é pura, em tese, educação é uma palavra ampla demais, cuja significação cabe qualquer teoria, qualquer experimento. Piaget, Montessori, behevioristas e um muito mais importante, ele, Edgard Morin, entre tantos outros, conseguem dimensionar o tamanho do percurso e toda sua complexidade, e não esse reducionismo achista pela simplória tese de que através da não-violência educacional chegar-se-a a um estágio melhor em termos existenciais.
Gilberto, eu tinha essa mesma impressão a respeito de ser algo reducionista e utópico. Mas eu insistiria para que você pudesse avançar um pouco direto na fonte, no material do Marshall Rosenberg, seja o livro texto base (Non Violent Communication), seja um pequeno workshop de 4 partes disponibilizado no youtube. No meu caso, após ler alguns dos livros do Marshall, e conhecer através de amigos os trabalhos decorrentes disso que estão em andamento na Palestina, e em outros locais, pude ver que os resultados práticos, reais, efetivos, são muito maiores que eu imaginei logo no primeiro contato. No meu caso, depois de cerca de 2 anos me informando, só recentemente eu acabei precisando de um uso mais intenso, por uma série de conflitos simultâneos que ocorreram na minha vida. Ao mesmo tempo, me vi tratando muito bem de situações em que antes eu simplesmente criaria um "bem x mal" e entraria num ciclo sem solução. Consegui evitar esse ciclo, consegui me sentir bem mais fortalecido emocionalmente para ouvir palavras que antes me deixariam mal (porque vem das pessoas mais próximas), e melhor, consegui chegar em soluções novas para problemas antigos. Mas os casos de sucesso na aplicação da CNV vão muito além disso, e já foram usados inclusive em conflitos tribais que envolviam comunidades dizimadas em países da áfrica, na resistência não-violenta na Palestina, e inúmeros outros. Isso, infelizmente, não foi abordado neste pequeno vídeo.
Gilberto Albertini, isso é uma tentativa de direcionar a linguagem e se baseia no relativismo moderno. Note que o conceito é paradoxal: classificar uma forma de linguagem como violenta não descreve um fato, mas expressa apenas uma avaliação. E mais: redefine a noção de violência, esvaziando seu real significado e atenuando sua gravidade.
Mano, me dá um abraço.
Eu estou refletindo sobre o uso desse método e chegando na conclusão que ele pode ser útil no sentido de manipular o comportamento de pessoas para ganhar confiança ou controlar conflitos. Porém penso que para quem comprou isso como um método definitivo de comunicação terá efeitos colaterais negativos. A meu ver esse sistema é castratório por incentivar a auto inibição em favor do bem estar, o sonho tolo da modernidade. Ele me lembra filmes de ficção cientifica onde as pessoas são perfeitamente controladas pelo sistema civil ( Gattaca, por exemplo) em troca de segurança e conforto.
Obrigado por compartilhar seu ponto de vista.
Interessante.
👏
Sou muito fã de CNV. Mas fiquei só com uma dúvida: No início Dominic diz que não possível se comunicar sozinho. Mas no meio pro fim fala sobre o âmbito intrapessoal da comunicação. Como é isto na prática?
Existe curso para aprender esta forma de comunicação ? Alguém poderia indicar algum ?
Derek Cajun Oi Cara! Neste grupo sempre aparecem cursos, alguns são bons outros não!!! Mas procure seguir o Dominic barter. facebook.com/groups/152034741533485/?ref=bookmarks
+Derek Cajun Existe cursos com o Dominic de Introdução a Comunicação Não-Violenta! Tem um grupo no facebook que tem informações de cursos.
16-17 julho 2016 no centro de retiros de serra serena da Brahma kumaris - com Tiago Bueno. Recomendo.
existe o mini curso online da Viviane Ribeiro. Tem página no face tb.
Hmmm, não encontrei Mariana ...
Descobertas
para aquecer o peito, gosto muito