Palabras de Rigo Programa Espacial Autónomo Intergaláctico L1260168

A Galeria "A" do Centro Cultural e de Investigação do Funchal inaugura este sábado, dia 27 de abril de 2024, a instalação do artista madeirense Rigo23, denominada "Programa Espacial Autónomo Intergaláctico", pelas 18h00.
A exposição iniciou a sua itinerância em Nova Iorque, e prosseguiu em Viena de Áustria, onde esteve exposta 10 meses entre 2023 e 2024 no Weltmuseum, para continuar no Funchal, na cidade que o viu nascer.
El Programa Espacial Autónomo InterGaláctico (AISP) es una colaboración informal entre Rigo 23 y el proceso iniciado por el EZLN (Ejercito Zapatista de Liberación Nacional) cuando, el 1 de enero de 1994, se anunció como un grupo rebelde armado, produciendo poesía como un arma principal con la que crear espacios para que muchos otros mundos existan y florezcan dentro de este mundo globalizado. Un proceso liderado desde los territorios mayas del Sureste de México, por campesinos mayas y sus aliados.
Desde el primer “Festival Mundial de la Ira Digna” (Digna Rabia) de 2009, Rigo ha colaborado con artistas y bordadores de territorios autónomos zapatistas, ha consultado con líderes locales y ha trabajado con artistas, poetas y organizadores para mantener la colaboración continua con AISP.
O “Programa Espacial Autónomo InterGalactico” foi apresentado em:
- EDELO (En Donde Era La ONU), San Cristobal de Las Casas, Chiapas, México - no final da residência artística na qual a peça foi produzida (2012).
- REDCAT, CalArts’ downtown center for contemporary arts, Los Angeles, EUA - exposição individual com curadoria de Clara Kim (2012).
- Times Museum, Guangzhou, China - incluída na exposição colectiva “Autonomous Zones” com curadoria de Hou Hanru (2013).
- Anglim Gilbert Gallery, São Francisco, Califórnia - exposição individual com curadoria de Ed Gilbert (2017).
- Sweeney Gallery, Arts Block, University of California Riverside, EUA - incluída na exposição colectiva “Mundos Alternos: Art and Science Fiction In The Americas” com de Tylor Stallings, Joanna Szupinska-Myers e Robb Hernandez (2018).
- Queens Museum, Nova York, EUA - incluída na exposição colectiva “Mundos Alternos: Art and Science Fiction In The Americas”com curadoria de Hitomi Iwasaki em colaboração com Tylor Stallings, Joanna Szupinska-Myers e Robb Hernandez (2019).
Bio de Rigo:
(Funchal, 1966). Vive e trabalha em São Francisco, Estados Unidos. Trabalhando sobre muitos suportes e utilizando uma linguagem plástica eclética, o seu conceptualismo é mais próximo da cultura popular que da erudita. O ativismo pela defesa dos direitos humanos e pelo direito à diferença de comunidades minoritárias percorre as suas propostas. O artista começou o seu percurso nos anos 80, em Lisboa, no contexto da banda desenhada, dos fanzines e dos murais do pós-25 de Abril. Em meados dos anos 80, partiu para São Francisco, onde se envolveu ativamente na pintura de murais, com ligações a comunidades minoritárias. Tem apostado em meios de produção artística inseridos em coletivos temporários e autónomos, mantendo ainda uma produção mais individual no campo da pintura, do desenho, da escultura, da instalação e da produção gráfica. Recentemente, colaborou com comunidades Zapatistas do sul do México, que lutam pela autonomia e pela defesa dos direitos dos povos indígenas, e com a comunidade da Ribeira Seca, na ilha da Madeira.
Ricardo Gouveia (Rigo 23) nasceu e cresceu no Funchal, tendo-se estabelecido em São Francisco, nos Estados Unidos, onde se formou em 1991 no Instituto de Arte de São Francisco, como Bachelor of Fine Arts, obtendo o grau de Master of Fine Arts pela Universidade de Stanford em 1997. Desenvolveu a carreira artística naquela cidade, onde existe um grande número de murais da sua autoria. A sua obra estende-se da banda desenhada à pintura, trabalhando sobretudo no âmbito da arte pública, produzindo pinturas e intervenções murais em espaço urbano. Algumas dessas intervenções, como One Tree, em 1995, na baixa de São Francisco, realizaram-se em conexão com a comunidade hispânica, com clara intenção política.
Para dar continuidade à estratégia de apoio a artistas madeirenses, na Galeria A, trazemos esta exposição, que iniciou a sua itinerância em Nova Iorque, e prosseguiu em Viena de Áustria, onde esteve exposta 10 meses entre 2023 e 2024 no Weltmuseum, para continuar no Funchal, na cidade que o viu nascer.
A inauguração decorrerá dia 27 de abril pelas 18h00.