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Minha formação em Psicologia foi totalmente voltada pra questão social. Minha faculdade é uma das duas únicas no Brasil em que o curso pertence ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, e não no de Ciências da Saúde. Percebo como isso impacta diretamente na formação do psicólogo. Vejo pessoas que fizeram semestres de anatomia mas nunca sequer estudaram o currículo básico de humanas (Sociologia, Antropologia, História...). Se focam na patologia mas não nos condicionantes sociais e ambientais que levam a pessoa a desenvolvê-la. Também há o problema do ensino privado: instituições de ensino que não ensinam Saúde Pública ou o SUS. Isso é uma falha grave na formação.
Esse corte ficou um pouco estranho. Começa falando muito de remédio, os quais não são de competência do psicólogo, mas sim do psiquiatra, e pula pra psicologia social. Acho que entendi a ideia, mas ficou esquisito. Me parece que a intenção foi dizer que as pessoas procuram ajuda psicológica para conseguir lidar com coisas que não deveriam ser toleradas. Seria dizer problemas do sistema (sociais ou coletivos) entendidos e tratado como dificuldades individuais. Acho esse tema muito interessante. Talvez seria válido preparar alguma coisa mais aprofundada sobre o tema. Acredito que, como eu, muitas pessoas tem esse conflitos. Sempre me revoltou a equiparação entre “estar bem” e ser produtivo.
Compreender a Psicologia no âmbito privado têm muito haver não só com o processo de inserção da nossa ciência no Brasil, mas da sua própria constituição enquanto disciplina específica. É sempre bom lembrar que a Psi vem pouco tempo depois das Ciências sociais; logo após o capitalismo se hegemonizar e se transformar em força reacionária e contrarrevolucionaria. Na história da Psicologia, esse fenômeno de hegemonização do capitalismo a gente vai chamar de "a crise da subjetividade privatizada". Quando a ideologia liberal se deteriora, e a necessidade de intervenção direcionadas para as relações do, e no sujeito se tornam necessárias para a manutenção da ideologia liberal. Figueiredo L.C.M comenta um pouco sobre isso. Mas enfim, compreender o carácter normatizador da Psicologia na atual conjuntura, pressupõe compreender que o seu papel, nessa forma de sociabilidade nasceu dessa msm necessidade. Quando se tornou claro para a classe trabalhadora a real natureza alienante e exploratória do capitalismo e da burguesia. Daí o foco da Psi em processos de normatização no âmbito privado, clinico... E msm quando ela vai parra as políticas de Estado, ela adquiri esse carácter normatizador. Apenas com a ascensão do SUS, SUAS e a LDB 96, que temos algumas mudanças; mas msm assim o carácter norrmatizador sempre está presente. E nesse rolê todo, é claro que a gente sofre do msm mal de toda a classe trabalhadora; ainda mais nas atuais formas de reprodução do capital que acabam por precarizar toda e qualquer relação laboral frente a necessidade de valorização do capital... Infelizmente essa face é majoritária na Psi. Ainda bem que os soviéticos promoveram uma alternativa frente a Psicologia burguesa, representada pela Troika da psicologia soviética... Mas isso já é outra coisa.
Bacana ele comentar isso. A nossa profissão ainda é muito desvalorizada. O correto é haver investimento em políticas públicas voltadas para a Saúde mental, pois as pessoas que mais precisam são justamente as que não podem pagar. Onde moro, por exemplo, só há um profissional na policlinica para atender uma grande demanda. O maior obstáculo da profissão é que você precisa ter recursos financeiros para poder tentar fazer um trabalho rentável, fora que para fazer trabalhos sociais é importante ter uma estrutura minima para garantir a privacidade do público que lidaremos, pois normalmente surge assuntos sensíveis. Em resumo, não dá para se fazer um trabalho em psico sem os recursos materiais para lhe dar embasamento.
A saúde mental fica ainda mais prejudicada quando você não trampa com aquilo que se identifica. Depois q eu terminei a facul e comecei a morar sozinho preciso dedicar a maior parte do meu tempo pra um freela que vai em direção totalmente oposta aos meus ideias e à minha formação. Essa situação coloca projetos pessoais, como o canal, em segundo plano. Aí tudo que queremos é um jeito de não perder o tesão nos projetos, mas ainda assim continuar dando conta do trampo alienado pra pagar as contas. É foda, viu!
Minha formação em Psicologia foi totalmente voltada pra questão social. Minha faculdade é uma das duas únicas no Brasil em que o curso pertence ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, e não no de Ciências da Saúde. Percebo como isso impacta diretamente na formação do psicólogo. Vejo pessoas que fizeram semestres de anatomia mas nunca sequer estudaram o currículo básico de humanas (Sociologia, Antropologia, História...). Se focam na patologia mas não nos condicionantes sociais e ambientais que levam a pessoa a desenvolvê-la. Também há o problema do ensino privado: instituições de ensino que não ensinam Saúde Pública ou o SUS. Isso é uma falha grave na formação.
Qual a faculdade?
Vai trabalhar filósofa kkk
Esse corte ficou um pouco estranho. Começa falando muito de remédio, os quais não são de competência do psicólogo, mas sim do psiquiatra, e pula pra psicologia social. Acho que entendi a ideia, mas ficou esquisito. Me parece que a intenção foi dizer que as pessoas procuram ajuda psicológica para conseguir lidar com coisas que não deveriam ser toleradas. Seria dizer problemas do sistema (sociais ou coletivos) entendidos e tratado como dificuldades individuais. Acho esse tema muito interessante. Talvez seria válido preparar alguma coisa mais aprofundada sobre o tema. Acredito que, como eu, muitas pessoas tem esse conflitos. Sempre me revoltou a equiparação entre “estar bem” e ser produtivo.
E ai camaradas! Bora falar sobre as plataformas de atendimento online e a precarização do trabalho do psicólogo?
Compreender a Psicologia no âmbito privado têm muito haver não só com o processo de inserção da nossa ciência no Brasil, mas da sua própria constituição enquanto disciplina específica. É sempre bom lembrar que a Psi vem pouco tempo depois das Ciências sociais; logo após o capitalismo se hegemonizar e se transformar em força reacionária e contrarrevolucionaria. Na história da Psicologia, esse fenômeno de hegemonização do capitalismo a gente vai chamar de "a crise da subjetividade privatizada". Quando a ideologia liberal se deteriora, e a necessidade de intervenção direcionadas para as relações do, e no sujeito se tornam necessárias para a manutenção da ideologia liberal. Figueiredo L.C.M comenta um pouco sobre isso.
Mas enfim, compreender o carácter normatizador da Psicologia na atual conjuntura, pressupõe compreender que o seu papel, nessa forma de sociabilidade nasceu dessa msm necessidade. Quando se tornou claro para a classe trabalhadora a real natureza alienante e exploratória do capitalismo e da burguesia. Daí o foco da Psi em processos de normatização no âmbito privado, clinico... E msm quando ela vai parra as políticas de Estado, ela adquiri esse carácter normatizador. Apenas com a ascensão do SUS, SUAS e a LDB 96, que temos algumas mudanças; mas msm assim o carácter norrmatizador sempre está presente.
E nesse rolê todo, é claro que a gente sofre do msm mal de toda a classe trabalhadora; ainda mais nas atuais formas de reprodução do capital que acabam por precarizar toda e qualquer relação laboral frente a necessidade de valorização do capital...
Infelizmente essa face é majoritária na Psi. Ainda bem que os soviéticos promoveram uma alternativa frente a Psicologia burguesa, representada pela Troika da psicologia soviética... Mas isso já é outra coisa.
Bacana ele comentar isso. A nossa profissão ainda é muito desvalorizada. O correto é haver investimento em políticas públicas voltadas para a Saúde mental, pois as pessoas que mais precisam são justamente as que não podem pagar. Onde moro, por exemplo, só há um profissional na policlinica para atender uma grande demanda.
O maior obstáculo da profissão é que você precisa ter recursos financeiros para poder tentar fazer um trabalho rentável, fora que para fazer trabalhos sociais é importante ter uma estrutura minima para garantir a privacidade do público que lidaremos, pois normalmente surge assuntos sensíveis.
Em resumo, não dá para se fazer um trabalho em psico sem os recursos materiais para lhe dar embasamento.
É, então não tem solução
Muito foda
Excelente ❤
A saúde mental fica ainda mais prejudicada quando você não trampa com aquilo que se identifica.
Depois q eu terminei a facul e comecei a morar sozinho preciso dedicar a maior parte do meu tempo pra um freela que vai em direção totalmente oposta aos meus ideias e à minha formação. Essa situação coloca projetos pessoais, como o canal, em segundo plano. Aí tudo que queremos é um jeito de não perder o tesão nos projetos, mas ainda assim continuar dando conta do trampo alienado pra pagar as contas. É foda, viu!
O socialismo substituirá o capitalismo, assim como o capitalismo substituiu o feudalismo.
Salve
☭