Gostei demais do conto Aleph. Não é atoa que é o último conto. Deixou o melhor para o final e por razões óbvias, o conto engloba todos os anteriores. Haha!
Parabéns pela análise! Aproveito para acrescentar que a questão das diversas nacionalidades em Aleph, e demais livros de Borges, devem-se ao fato dele retratar a Buenos Aires em seu período belle époque, entre final do séc XIX e início do XX, quando a população da capital argentina chegou a ser composta por 60% de imigrantes europeus das mais diversas nacionalidades. Portanto, embora Borges se afeiçoe ao gênero fantástico, essa questão das nacionalidades nos textos dele se trata apenas de um fiel retrato histórico e da paixão que Borges nutria pela cidade de Buenos Aires. O mesmo ocorre com os contos em Montevidéu, outra queridinha de autor. No final das contas, isso reforça à sua constatação de que para ler Borges é necessário ter um conhecimento mínimo sobre determinadas disciplinas. Mas é uma surra que tomamos com um sorriso no rosto.
Oi, Aline! Adorei ver você falar sobre Borges, estou com vontade de ler o Ficções que vc me indicou, mas vou acabar deixando para as férias, assim posso me 'dedicar' à leitura :) Bjs!
Aline, boa noite, querida! Menina, li O Aleph há uns bons 15 anos ou mais e agora acho que lembro pouquíssimo... Lembro do fascínio e que me levou também ao Ficções e para o Poesia Completa dele, mas não lembro detalhes, então taí: preciso reler. Eu que sou um pouco resistente à releituras, acho que com Borges será muito necessário. Minha opinião é que ele, como outros autores que se utilizam muito da intertextualidade, exige do leitor uma bagagem cultural para conseguir dialogar com ele. Essa ironia, esse humor que vc viu, só foi possível vc perceber porque vc fez as conexões, sacou as entrelinhas. Não é impossível, mas é difícil que um leitor muito jovenzinho possa compreendê-lo nesse nível. Um abração, lindona!
Voltando nesse post porque eu finalmente li Borges, um pouco. Li "Habibi", de Craig Thompson, e "Sinal e Ruído", do Gaiman. Sensacionais. Quanto a Borges, eu já sabia que isso ia acontecer, queria esperar mais, mas fui na sua empolgação e bam: tou apaixonada. Não li todos os contos de "O Aleph" porque não deu tempo. Resolvi fazer uma prova que vai ser no dia 27 de setembro e precisei voltar a estudar - pra essa prova tou relendo "Vigiar e Punir", lendo a "Ciência e Política", de Weber, dentre outros livros. Parei em "A Casa de Astérion". Mas, ao livro, Aline, dá pra escrever um livro sobre cada conto escrito por Borges. "Emma Zunz", assim que acabei, li novamente de tão apaixonada que fiquei (Severa conotação política nesse, o que me deixou enlouquecida) - até li um artigo sobre o conto; tentado devorar tudo e captar talvez algo que não tivesse conseguido sozinha. Até agora meu favorito é "O Imortal", mas "O morto", "a história do guerreiro..." e "biografia de tadeo..." - juntos - não me saem da cabeça. A questão do "pertencimento"/"identidade" me pegou em cheio agora que tou longe de casa, mas me sentindo incrivelmente confortável aqui em SP. Olha, era eu lendo e repetindo pra meu marido cada conto. Sobre a erudição (classicismo pesado em Borges), vejo diversas funções no trabalho, há momentos que é para situar, ambientar os contos, e há momentos que vejo que ele quer relacionar as obras, o conteúdo em si. O que não conhecia consegui resolver com uma pesquisa no oráculo (google), mas não acredito que dificulte mesmo a compreensão, ou a deixe prejudicada, de forma alguma! Nesse quesito, no entanto, "A Casa de Astérion" é o "pior" porque tem que conhecer a mitologia... A escrita é muito, muito gostosa! No entanto, reconheço que aos 14, por exemplo, não teria aproveitado tanto essa obra quanto hoje... Gargalhei em "Os Teólogos". Ironia divina, hein? Não assisti seu vídeo todo com medo de pegar "spoilers" (eu realmente sempre fugi de Borges porque queria ler no momento certo e não sei nadinha das histórias). Assim que terminar, volto pra falar. Mas já tou feliz demais. O que você me recomenda em seguida? P.S: O tal artigo sobre Emma: www.charis.wlc.edu/publications/symposium_spring02/porinsky.pdf
+Aline Aimee "O Aleph" não te deixou com vontade de ler "As mil e uma noites"? Já leu? Não li ainda, mas ele faz referência bem umas 4 vezes (expressamente) nos contos (e sabe-se lá se não implicitamente, mas que não notei porque não li...). Enfim, em suma: gostei muito, muito mesmo. Embora tenha sentido que cada conto é um livro; que as 153 páginas são, na verdade, umas 5 mil por suas milhões de referências, ângulos e abordagens novas (o livro é meio que o próprio Aleph da literatura, né? hauhauahu); e até um pouco cansada ao final da leitura, sei bem que novas portas se abriram pra mim. Muito obrigada!
Muito obrigada pelos vídeos. São sempre muito interessantes e esclarecedores, e me incentivam muito a ler mais e melhor. Como você citou Juan Rulfo, queria saber se poderia algum dia quem sabe fazer um vídeo sobre Pedro Páramo. Bjs
Parabéns pelo excelente canal (que tive a sorte de conhecer ao procurar uma boa resenha sobre esse livro que me iniciou em Borges). O aleph é um livro difícil, mas delicioso. Tenho certeza que vou relê-lo muitas e muitas vezes ao longo da vida.
Oi Aline! De fato eu estou nessa: o que é isso? Eu e meu marido estamos fazendo uma leitura compartilhada do livro Nova Antologia Pessoal, nosso primeiro Borges. Realmente é uma leitura que não dá para ser feita sem pesquisa, é mesmo difícil e também instigante. A obra inteira é permeada de muita história e filosofia, muitas vezes não dá para perceber o que é conto ou ensaio. Quero me aprofundar mais e entender melhor sua obra. Tem algum livro ou textos que você indica? Beijos Fran Borges
PoesiasProsas eAlgoMais Do próprio Borges, além de Ficções e O Aleph, que são os melhores, há o Outras Inquisições, onde ele comenta suas leituras e influências. Nos posfácios dos seus livros, o Borges também costuma dar umas explicações sobre a origem das ideias e referências. A História da Eternidade, dele também, fala dessas teorias filosóficas do tempo a que ele recorre muito (tempo silmultâneo, tempo cíclico). Tem um livro excelente do Monegal chamado a Borges: Uma poética de leitura, que analisa os pontos principais da obra dele. É um livro acadêmico. O livro que cito no vídeo, Contos Fantásticos no Labirinto de Borges, tem um ensaio no final que comenta esses temas mais recorrentes, além dos contos, que são ótimos. Ufa! Acho que é isso! Beijo, e obrigada pela companhia! :)
Quando vi o vídeo pensei: "como será que ela conseguir falar por mais de 20 minutos sobre esse livro?!". Li em 2012 mas ouvindo vc penso que não li, deve ter sido outro livro...
Eu li, ou não li. Talvez fosse outra pessoa lendo e eu olhando de fora. Ou talvez eu tenha lido num universo paralelo onde eu era um jaguar num labirinto de espelhos.
Nossa, muito bom, Aline! Obrigada pela partilha!
Excelente Apresentação do Livro.
Parabéns !!!
Obrigada por existir. Salvou minha vida. Achei o livro com uma narrativa muito complicada.
Gostei demais do conto Aleph. Não é atoa que é o último conto. Deixou o melhor para o final e por razões óbvias, o conto engloba todos os anteriores. Haha!
Adorei! Ajuda demais na compreensão deste livro maravilhoso.
Parabéns pela análise! Aproveito para acrescentar que a questão das diversas nacionalidades em Aleph, e demais livros de Borges, devem-se ao fato dele retratar a Buenos Aires em seu período belle époque, entre final do séc XIX e início do XX, quando a população da capital argentina chegou a ser composta por 60% de imigrantes europeus das mais diversas nacionalidades. Portanto, embora Borges se afeiçoe ao gênero fantástico, essa questão das nacionalidades nos textos dele se trata apenas de um fiel retrato histórico e da paixão que Borges nutria pela cidade de Buenos Aires. O mesmo ocorre com os contos em Montevidéu, outra queridinha de autor. No final das contas, isso reforça à sua constatação de que para ler Borges é necessário ter um conhecimento mínimo sobre determinadas disciplinas. Mas é uma surra que tomamos com um sorriso no rosto.
+Alexandre Bacana isso sobre Buenos Aires. E de fato é uma surra. A cada releitura descobrimos algo novo.
Esse livro é excelente! Borges é um dos meus escritores preferidos
Você sempre se expressa muito bem! Adorei o vídeo. Abraços!
Obrigada! E que bom que gostou! :)
O vídeo foi muito esclarecedor. Estou começando a ler Borges, então, pode imaginar.
Oi, Aline!
Adorei ver você falar sobre Borges, estou com vontade de ler o Ficções que vc me indicou, mas vou acabar deixando para as férias, assim posso me 'dedicar' à leitura :)
Bjs!
É uma boa ideia! ;)
Muito boa a análise. Acabei de ler a obra.
Que maravilhoso encontrar um canal como o seu! Adorei seus comentários...!
+lijaga Obrigada! Seja bem-vindo(a)! :)
Mais que uma resenha, é uma palestra (no melhor sentido) sobre a obra. Parabéns!
Aline, boa noite, querida! Menina, li O Aleph há uns bons 15 anos ou mais e agora acho que lembro pouquíssimo... Lembro do fascínio e que me levou também ao Ficções e para o Poesia Completa dele, mas não lembro detalhes, então taí: preciso reler. Eu que sou um pouco resistente à releituras, acho que com Borges será muito necessário. Minha opinião é que ele, como outros autores que se utilizam muito da intertextualidade, exige do leitor uma bagagem cultural para conseguir dialogar com ele. Essa ironia, esse humor que vc viu, só foi possível vc perceber porque vc fez as conexões, sacou as entrelinhas. Não é impossível, mas é difícil que um leitor muito jovenzinho possa compreendê-lo nesse nível.
Um abração, lindona!
Concordo muito, Ale! Li pela primeira vez quando nova e tinha plena noção de que estava perdendo várias coisas!
Beijo!
que bela resenha!
Obrigada!
Voltando nesse post porque eu finalmente li Borges, um pouco.
Li "Habibi", de Craig Thompson, e "Sinal e Ruído", do Gaiman. Sensacionais.
Quanto a Borges, eu já sabia que isso ia acontecer, queria esperar mais, mas fui na sua empolgação e bam: tou apaixonada.
Não li todos os contos de "O Aleph" porque não deu tempo. Resolvi fazer uma prova que vai ser no dia 27 de setembro e precisei voltar a estudar - pra essa prova tou relendo "Vigiar e Punir", lendo a "Ciência e Política", de Weber, dentre outros livros.
Parei em "A Casa de Astérion".
Mas, ao livro, Aline, dá pra escrever um livro sobre cada conto escrito por Borges.
"Emma Zunz", assim que acabei, li novamente de tão apaixonada que fiquei (Severa conotação política nesse, o que me deixou enlouquecida) - até li um artigo sobre o conto; tentado devorar tudo e captar talvez algo que não tivesse conseguido sozinha.
Até agora meu favorito é "O Imortal", mas "O morto", "a história do guerreiro..." e "biografia de tadeo..." - juntos - não me saem da cabeça. A questão do "pertencimento"/"identidade" me pegou em cheio agora que tou longe de casa, mas me sentindo incrivelmente confortável aqui em SP. Olha, era eu lendo e repetindo pra meu marido cada conto.
Sobre a erudição (classicismo pesado em Borges), vejo diversas funções no trabalho, há momentos que é para situar, ambientar os contos, e há momentos que vejo que ele quer relacionar as obras, o conteúdo em si. O que não conhecia consegui resolver com uma pesquisa no oráculo (google), mas não acredito que dificulte mesmo a compreensão, ou a deixe prejudicada, de forma alguma! Nesse quesito, no entanto, "A Casa de Astérion" é o "pior" porque tem que conhecer a mitologia... A escrita é muito, muito gostosa! No entanto, reconheço que aos 14, por exemplo, não teria aproveitado tanto essa obra quanto hoje...
Gargalhei em "Os Teólogos". Ironia divina, hein?
Não assisti seu vídeo todo com medo de pegar "spoilers" (eu realmente sempre fugi de Borges porque queria ler no momento certo e não sei nadinha das histórias). Assim que terminar, volto pra falar. Mas já tou feliz demais.
O que você me recomenda em seguida?
P.S: O tal artigo sobre Emma: www.charis.wlc.edu/publications/symposium_spring02/porinsky.pdf
Ah, que maravilha "presenciar" um primeiro encontro com Borges e ele ser apaixonante!
+Aline Aimee "O Aleph" não te deixou com vontade de ler "As mil e uma noites"? Já leu? Não li ainda, mas ele faz referência bem umas 4 vezes (expressamente) nos contos (e sabe-se lá se não implicitamente, mas que não notei porque não li...). Enfim, em suma: gostei muito, muito mesmo. Embora tenha sentido que cada conto é um livro; que as 153 páginas são, na verdade, umas 5 mil por suas milhões de referências, ângulos e abordagens novas (o livro é meio que o próprio Aleph da literatura, né? hauhauahu); e até um pouco cansada ao final da leitura, sei bem que novas portas se abriram pra mim. Muito obrigada!
Eu comprei na Amazon Eu amei sua Resenha O Conto A Intrusa tem nesse livro
Que delícia de vídeo!!!! Quero mais, muito mais!
Obrigada! :)
Muito obrigada pelos vídeos. São sempre muito interessantes e esclarecedores, e me incentivam muito a ler mais e melhor. Como você citou Juan Rulfo, queria saber se poderia algum dia quem sabe fazer um vídeo sobre Pedro Páramo. Bjs
Precisaria reler. Mas deixarei a ideia anotada. :)
Parabéns pelo excelente canal (que tive a sorte de conhecer ao procurar uma boa resenha sobre esse livro que me iniciou em Borges).
O aleph é um livro difícil, mas delicioso. Tenho certeza que vou relê-lo muitas e muitas vezes ao longo da vida.
E ele sempre cresce com a releitura! :)
Borges é "O CARA"! Parabéns pelo vídeo!
+Roberio Hillel obrigada! :)
Aline, Borges entrou para a lista de autores que preciso ler por sua causa. Vc é a culpada! rsrsrs
Tomara que goste! Venha me contar o que achou quando ler!
Beijinhos!
Não conhecia esse escritor, vou começar a ler as obras dele.
interessante
OK, mais um livro que acabou de entrar para a minha listinha... beijos :)
:-)
Top 3 do Mundo,Jorge Luis Borges
Acabei hoje de ler Ficções - achei SENSACIONAL. Vou comprar o Aleph... você falou que ele tem três livros de conto... qual o outro?
O livro de Areia
@@AlineAimee oh loco! Rápida! Obrigado!
Oi Aline!
De fato eu estou nessa: o que é isso? Eu e meu marido estamos fazendo uma leitura compartilhada do livro Nova Antologia Pessoal, nosso primeiro Borges. Realmente é uma leitura que não dá para ser feita sem pesquisa, é mesmo difícil e também instigante. A obra inteira é permeada de muita história e filosofia, muitas vezes não dá para perceber o que é conto ou ensaio. Quero me aprofundar mais e entender melhor sua obra. Tem algum livro ou textos que você indica?
Beijos Fran Borges
PoesiasProsas eAlgoMais Do próprio Borges, além de Ficções e O Aleph, que são os melhores, há o Outras Inquisições, onde ele comenta suas leituras e influências. Nos posfácios dos seus livros, o Borges também costuma dar umas explicações sobre a origem das ideias e referências. A História da Eternidade, dele também, fala dessas teorias filosóficas do tempo a que ele recorre muito (tempo silmultâneo, tempo cíclico). Tem um livro excelente do Monegal chamado a Borges: Uma poética de leitura, que analisa os pontos principais da obra dele. É um livro acadêmico. O livro que cito no vídeo, Contos Fantásticos no Labirinto de Borges, tem um ensaio no final que comenta esses temas mais recorrentes, além dos contos, que são ótimos.
Ufa! Acho que é isso!
Beijo, e obrigada pela companhia!
:)
qual destes dois é melhor? Ficções ou O Aleph?
+Kauê Leonardo Puxa, os dois são excelentes. Não sei se consigo escolher.
Aline Aimee 😄 qual vc recomenda eu ler primeiro, pois nunca li nenhum e to na amazon ha dias c duvida sobre qual comprar
Prá iniciar indico um Borges menos “pesado”, O Informe de Brodie.
Quando vi o vídeo pensei: "como será que ela conseguir falar por mais de 20 minutos sobre esse livro?!".
Li em 2012 mas ouvindo vc penso que não li, deve ter sido outro livro...
Espero que isso seja bom, rsrs. :P
Precisaria da resenha do livro (o livro oral 1979)
Eu li, ou não li. Talvez fosse outra pessoa lendo e eu olhando de fora. Ou talvez eu tenha lido num universo paralelo onde eu era um jaguar num labirinto de espelhos.
Olha, eu vou tentar ler. Juro que vou tentar... hahahahah
+Verônica D'Angelo hehe Boa sorte e boa leitura! ;)
qual do Borges é melhor? O Aleph ou Ficções?
+Kauê Leonardo Sou incapaz de escolher! Amo os dois da mesma forma!
(Só vim avisar que parei de te stalkear um pouquinho porque tou estudando mais pesado... hauahua Beijão!)
Marivone Vieira Bons estudos! :)
Aline Aimee Obrigada.