Que maravilhoso momento ❤❤❤❤❤ É exatamente o que o Dennys falou, sinto que estou numa igreja, ao invés de numa universidade. Isso me fez, por diversas vezes, querer parar de cursá-la. Espero que a ABPBE crie uma universidade para promover a ciência de verdade no Brasil! Uma boa notícia que recebi recentemente é que a Rede D'or está com uma grade ótima para a Psicologia.
Livro excelente para despertar a curiosidade sobre filosofia :: aprender a viver (Luc Ferry) e os romanceados de Irvin Yalom ( A Cura de Schopenhauer, Quando Nietzche chorou, Mentiras no Divã), dicas de leiga para leigos.
O que achei mais interessante neste episódio foi o fato dele trazer elementos que complexificam questões trazidas de maneira mais simplificada em episódios anteriores, justamente por a filosofia estar nesse lugar de maternidade das formas de pensamento no Ocidente. A pergunta repetida como mantra, importantíssima na dinâmica da ciência, cadê as evidências? - ou seja, cadê ou artigos bem feitos ou meta-análises que confirmem ou mensurem a eficiência ou eficácia de tal ou qual prática clínica, pode ser feita de maneira pobre epistemologicamente se não considera regimes específicos de probidade empírico e racional. Nesse sentido, cadê as evidências é uma pergunta que poderia ser feita, diga-se, a própria filosofia, quando a mesma não se vê obrigada ao uso da prova experimental (estrito senso), trazendo camadas de reflexividade muito interessantes sobre as dificuldades e facilidades de se perguntar certas coisas. Na sociologia que aprendi, por exemplo, era sempre algo diminuidor chamar o pensamento de filosófico, justamente nesse sentido de que a reflexão filosófica não se vê obrigada a confrontar o aparato lógico de suas operações a nenhum dado de confrontação com o que se convencionou chamar de realidade. Uma resposta interessante, dada pelo próprio Dennys Xavier, foi a de que a dinâmica de validação científica da áreas de saúde e exatas, nas quais o sistema de prova pode se constituir, mal ou bem, por uma cada vez mais exigente estrutura de regras de padronização e identificação da qualidade do conhecimento, simplesmente não opera nas ciências humanas e sociais, sempre por demais marcadas (ia escrever maculadas) por dinâmicas muito políticas e sociais, para ficar no bom tom. Fiquei pensando no quanto do debate sobre a psicanálise e suas formas autoregulatórias de validação não giram em torno de justificativas como a que o professor Xavier deu para ter desistido de escrever artigos em revistas acadêmicas... e confessar sua preferência por livros (que sabemos, não passam necessariamente pela prova da retificação meticulosa dos pares). No limite, a dificuldade com a dinâmica de clã das estruturas universitárias brasileiras, etc. explicam muito não apenas sobre nossa vã filosofia. Interessante também perceber que o livro do Thomas Kuhn que ele indicou, que é um livro de história da ciência mas também de epistemologia, dialoga de maneira crítica, com o livro do Karl Popper, citado no Que Bobagem! Por ser um livro de história da ciência, Kuhn mobiliza o conhecimento já produzido pela ciência para tentar descrever, a posteriori, em boa epistemologia, a maneira pela qual a ciência evoluiu. Diferente do Conjecturas e Refutações, que ao tentar demarcar o limiar entre a ciência e a não ciência por princípios apriorísticos (a falsificabilidade, por exemplo), o livro de Kuhn desnuda a praxis dos cientistas nos movimentos que o pensamento faz para progredir dentro das comunidades científicas. Isso para dizer que é claro que me parece muito válidas e pertinentes as perguntas sobre as formas de validação do conhecimento acadêmico nas suas manifestações mais ou menos científicas. Mas para mim ficou claro que se fossemos usar uma única régua da PBE para todo e qualquer tipo de conhecimento, teríamos que fazer perguntas do tipo: por que devemos usar dinheiro público para manter cursos de filosofia que não é uma disciplina que - pergunta sincera: pode ter seu valor mensurado por algum tipo de pesquisa para aferir sua eficiência? Enfim, muito bom o episódio e as dimensões de clareza e complexidade trazidas para confirmar algumas coisas ditas e contradizer outras de outros episódios. Excelente, mais uma vez.
Me apraz uma definição de filosofia , por Edmund Husserl, na qual ele diz que filosofia é a ciência dos resquícios . Cada área tem seu objeto de estudo . Matemática, Física , Química ,Biologia e demais explicam várias coisas . Entretanto muitas coisas restam sem explicação . O que sobra , os resquícios, ficam para a filosofia .
Acho que valeria a pena ter citado e indicado pra leitura Gaston Bachelard, grande filósofo e cientista francês. E seus livros A formação do espírito científico e A epistemologia. De resto, arriscar pegar um diálogo platônico e ler sem pressa, estudando, compreendendo...ou acho que vale muito ler Aristóteles, Ética a Nicômaco, possa ser uma boa. Ou arriscar ler Bachelard, ou outro filósofo que tenha chamado a atenção. Até mesmo alguns textos que são possiveis lê-los, como por exemplo A questão da técnica de Heidegger, ou, Que é isto a Filosofia (também de Heidegger - são textos pequenos, mas não tão fáceis quanto parecem), Ortega y Gasset também tem um livrinho curto sobre a técnica. Mas se alguém puder, pague um curso online de filosofia. É essencial estudar tendo um professor, faz diferença. O Isto não é Filosofia é incrivelmente bom, Matheus Salvatori, Razão Inadequada, Amauri Ferreira, Hilton Boenos Aires (excelente professor)
Fico pensando como as pessoas falam em objetividade na ciência, mas não enxergam a objetividade na ética. Existem muitos exemplos, mas no vídeo em questão só encontrei um, o de falar em liberdade depois em churrasco depois, não faz sentido, são indivíduos.
Como sempre mais um tema interessante. Receio não concordar com o professor quando fala sobre pessoas que não se fazem perguntas metafísicas (de onde viemos e para onde vamos), acho que todos se fazem estas perguntas porém NINGUEM tem esta resposta minimamente satisfatória e a filosofia só especula pobremente tanto quanto as religiões.
mas a filosofia busca dentro da realidade e não em respostas para nos confortar, pode não ser a resposta, mas ao contrário da religião, ela não quer te consolar.
Nossa... Sensacional!!! ❤️ Impossível não ser admiradora do prof. Dennys Xavier!
Como não admirar o prof. Dennys! Não dá vontade de parar de ouvir....😍
Que maravilhoso momento ❤❤❤❤❤ É exatamente o que o Dennys falou, sinto que estou numa igreja, ao invés de numa universidade. Isso me fez, por diversas vezes, querer parar de cursá-la. Espero que a ABPBE crie uma universidade para promover a ciência de verdade no Brasil! Uma boa notícia que recebi recentemente é que a Rede D'or está com uma grade ótima para a Psicologia.
fantástico! tão elucidante que chega emocionar
Livro excelente para despertar a curiosidade sobre filosofia :: aprender a viver (Luc Ferry) e os romanceados de Irvin Yalom ( A Cura de Schopenhauer, Quando Nietzche chorou, Mentiras no Divã), dicas de leiga para leigos.
Meu irmão!!! Que papo do caralho!! Puta que pariu!!! Sensacional!! Parabéns, Leo, Lu e Dennys!!
Os PBEcast são sempre um sopro de esperança de que há vida inteligente na terra. Espetacular esse episódio.
O que achei mais interessante neste episódio foi o fato dele trazer elementos que complexificam questões trazidas de maneira mais simplificada em episódios anteriores, justamente por a filosofia estar nesse lugar de maternidade das formas de pensamento no Ocidente. A pergunta repetida como mantra, importantíssima na dinâmica da ciência, cadê as evidências? - ou seja, cadê ou artigos bem feitos ou meta-análises que confirmem ou mensurem a eficiência ou eficácia de tal ou qual prática clínica, pode ser feita de maneira pobre epistemologicamente se não considera regimes específicos de probidade empírico e racional. Nesse sentido, cadê as evidências é uma pergunta que poderia ser feita, diga-se, a própria filosofia, quando a mesma não se vê obrigada ao uso da prova experimental (estrito senso), trazendo camadas de reflexividade muito interessantes sobre as dificuldades e facilidades de se perguntar certas coisas. Na sociologia que aprendi, por exemplo, era sempre algo diminuidor chamar o pensamento de filosófico, justamente nesse sentido de que a reflexão filosófica não se vê obrigada a confrontar o aparato lógico de suas operações a nenhum dado de confrontação com o que se convencionou chamar de realidade. Uma resposta interessante, dada pelo próprio Dennys Xavier, foi a de que a dinâmica de validação científica da áreas de saúde e exatas, nas quais o sistema de prova pode se constituir, mal ou bem, por uma cada vez mais exigente estrutura de regras de padronização e identificação da qualidade do conhecimento, simplesmente não opera nas ciências humanas e sociais, sempre por demais marcadas (ia escrever maculadas) por dinâmicas muito políticas e sociais, para ficar no bom tom. Fiquei pensando no quanto do debate sobre a psicanálise e suas formas autoregulatórias de validação não giram em torno de justificativas como a que o professor Xavier deu para ter desistido de escrever artigos em revistas acadêmicas... e confessar sua preferência por livros (que sabemos, não passam necessariamente pela prova da retificação meticulosa dos pares). No limite, a dificuldade com a dinâmica de clã das estruturas universitárias brasileiras, etc. explicam muito não apenas sobre nossa vã filosofia. Interessante também perceber que o livro do Thomas Kuhn que ele indicou, que é um livro de história da ciência mas também de epistemologia, dialoga de maneira crítica, com o livro do Karl Popper, citado no Que Bobagem! Por ser um livro de história da ciência, Kuhn mobiliza o conhecimento já produzido pela ciência para tentar descrever, a posteriori, em boa epistemologia, a maneira pela qual a ciência evoluiu. Diferente do Conjecturas e Refutações, que ao tentar demarcar o limiar entre a ciência e a não ciência por princípios apriorísticos (a falsificabilidade, por exemplo), o livro de Kuhn desnuda a praxis dos cientistas nos movimentos que o pensamento faz para progredir dentro das comunidades científicas. Isso para dizer que é claro que me parece muito válidas e pertinentes as perguntas sobre as formas de validação do conhecimento acadêmico nas suas manifestações mais ou menos científicas. Mas para mim ficou claro que se fossemos usar uma única régua da PBE para todo e qualquer tipo de conhecimento, teríamos que fazer perguntas do tipo: por que devemos usar dinheiro público para manter cursos de filosofia que não é uma disciplina que - pergunta sincera: pode ter seu valor mensurado por algum tipo de pesquisa para aferir sua eficiência? Enfim, muito bom o episódio e as dimensões de clareza e complexidade trazidas para confirmar algumas coisas ditas e contradizer outras de outros episódios. Excelente, mais uma vez.
A
A
Usa o Google tradutor…❤😂
Me apraz uma definição de filosofia , por Edmund Husserl, na qual ele diz que filosofia é a ciência dos resquícios . Cada área tem seu objeto de estudo . Matemática, Física , Química ,Biologia e demais explicam várias coisas . Entretanto muitas coisas restam sem explicação . O que sobra , os resquícios, ficam para a filosofia .
Sensacional!!!!
Muito bom!
Armaria.....sensacionalllllllll
Acho que valeria a pena ter citado e indicado pra leitura Gaston Bachelard, grande filósofo e cientista francês. E seus livros A formação do espírito científico e A epistemologia. De resto, arriscar pegar um diálogo platônico e ler sem pressa, estudando, compreendendo...ou acho que vale muito ler Aristóteles, Ética a Nicômaco, possa ser uma boa. Ou arriscar ler Bachelard, ou outro filósofo que tenha chamado a atenção. Até mesmo alguns textos que são possiveis lê-los, como por exemplo A questão da técnica de Heidegger, ou, Que é isto a Filosofia (também de Heidegger - são textos pequenos, mas não tão fáceis quanto parecem), Ortega y Gasset também tem um livrinho curto sobre a técnica. Mas se alguém puder, pague um curso online de filosofia. É essencial estudar tendo um professor, faz diferença. O Isto não é Filosofia é incrivelmente bom, Matheus Salvatori, Razão Inadequada, Amauri Ferreira, Hilton Boenos Aires (excelente professor)
Ameiiiii
Fico pensando como as pessoas falam em objetividade na ciência, mas não enxergam a objetividade na ética. Existem muitos exemplos, mas no vídeo em questão só encontrei um, o de falar em liberdade depois em churrasco depois, não faz sentido, são indivíduos.
Arrepiada
Como sempre mais um tema interessante. Receio não concordar com o professor quando fala sobre pessoas que não se fazem perguntas metafísicas (de onde viemos e para onde vamos), acho que todos se fazem estas perguntas porém NINGUEM tem esta resposta minimamente satisfatória e a filosofia só especula pobremente tanto quanto as religiões.
mas a filosofia busca dentro da realidade e não em respostas para nos confortar, pode não ser a resposta, mas ao contrário da religião, ela não quer te consolar.
O exencidl sobre coletivismo 😢 a farmácia sa veia