Posso vos dar uma perspetiva, sobre a “bolha” à minha volta, do porquê que o fosso de “pobres/ricos” não está a diminuir. Aqui no norte há muita gente a trabalhar em fábricas/empresas com bastante pessoas, a ganhar pouco mais do que o salário mínimo. Mesmo os amigos que tenho que, até não estão mal no trabalho, o que pensam da bolsa é que é “uma cena arriscada” e acaba aí o conhecimento. O “típico tuga” chega a casa depois de fazer o seu trabalho (que muitas vezes é físico ou mesmo que mental, é tarefas repetitivas e cansativas mentalmente) e a única coisa que quer é descansar no sofá, ver uma série, ir ao café dar duas de treta e esquecer os problemas do trabalho. Os que têm crianças, correm para a escola, pegam os miúdos, tratam do jantar e pouco tempo lhes sobra. Não têm paciência ou vontade para pesquisar e a aprender, porque estão mentalmente desgastados. Juntamos a isso a falta de literacia financeira, falta de inteligência emocional e leva à chamada “corrida de ratos”. Eu hoje estou a ouvir o vosso podcast porque me despedi há cerca de um ano atrás de um trabalho que não gostava (fiquei lá 8 anos.) E isto deu-me a oportunidade e o tempo para aprender sobre investimentos e política, para ler sobre assuntos que gosto, para tirar cursos sobre os mais variados assuntos que descobri que tenho interesse. E acabei por descobrir o vosso Podcast pelo meio. Há um ano atrás, não sabia absolutamente nada sobre esses assuntos. E ainda hoje, não tenho amigos com quem trocar ideias sobre investimentos, nenhum deles investe ou percebe sobre o assunto. Portanto não acho difícil, quando não se tem ninguém à volta que perceba ou estimule os assuntos, quando as pessoas estão em empregos que não se sentem motivadas com o que fazem, que não procurem mais. E temos que ser sinceros, nem toda a gente tem a disponibilidade financeira para simplesmente se despedir e tirar tempo para “estudar livremente” em adulto, como tenho feito. A literacia financeira é realmente urgente. Como a inteligência emocional, como perceber a importância de compreender (o mínimo) de política. Mas se não começar nas escolas, se não se tornar realmente acessível a todos (até mesmo às crianças que os pais não têm qualquer conhecimento e não introduzem o assunto), vai ser muito difícil mudar o que já está enraizado e que é ensinado no seio familiar se cada um. Desculpem o testamento, gosto muito de ouvir as vossas conversas sempre que posso e acho que outras perspetivas podem acrescentar a “pontos mortos” que por vezes temos. Espero que a partilha tenha sido útil. Continuação de bom trabalho
Excelente perspectiva, Sónia. Penso que existe uma necessidade para que a generalidade da população faça algum "trabalho de casa" para perceber a importância da literacia financeira. Na maior parte das vezes, na minha opinião, falta visibilidade sobre o(s) incentivo(s) em adquirir esta literacia. O Estado não o garante nas escolas ou nas universidades. A população na sua generalidade não sabe onde, nem como, começar. Onde procurar. O que procurar. E aqueles que tentam partilhar e ajudar, muitas vezes não conseguem uma exposição social suficiente para fazer a verdadeira diferença (não é culpa deles, claro. É uma realidade difícil de gerar impacto). O facto de risco ser facilmente associado a casino, ou perder dinheiro garantidamente, não ajuda. Os bancos, que possuem maior exposição populacional, cobram comissões pornográficas para gerir investimentos que rapidamente afastam o comum dos mortais. Para além de que a linguagem difícil tão frequentemente utilizada para descrever produtos financeiros, não ajuda a chamar o próximo. No meu caso, acabei por começar a "estudar livremente" (parafraseando aqui a tua excelente referência) durante a pandemia. Havia tempo (e digamos, mais algum dinheiro!) para tal. Ao fim do dia, cabe a cada um de nós, individualmente, tentar passar a mensagem (e o incentivo) ao maior número de pessoas. Neste momento, quase que parece a melhor opção em cima da mesa. Fica o desvaneio do meu lado! :)
@@biacotti90 posso não perceber muito, mas se há coisa que já aprendi é que devemos fugir de bancos (no que toca a fazer investimentos lá), que estão cheios de interesses (e nunca é no nosso bem estar). Por isso acho que só mesmo estudando e percebendo um pouco, acredito que é esse caminho. Dito isto, tenho realmente pena que muita gente não tenha oportunidade para o fazer, porque acredito mesmo que poderia mudar vidas. Se as pessoas soubessem o baixo risco comparado com o ganho de simplesmente investir num SP 500 por exemplo, poderiam ganhar muito, poderiam preparar o futuro para os seus filhos, esses filhos iriam começar a vida com muitos mais recursos, muitas mais oportunidades. Entretanto, vão deixando dinheiro (com a melhor das boas vontades) em depósitos a prazos durante anos e anos, por vezes nem o valor da inflação cobre. Só de pensar na quantidade de dinheiro que o tuga tem em depósitos a prazos dá-me nervoso miudinho 🤣 Mas pronto, sou uma optimista. Cada vez mais, diferentes pessoas partilham o seu conhecimento, de maneira despretensiosa por esta Internet fora. Um dia chegamos lá.
Dar prioridad a una gestión eficaz de las finanzas personales tiene mayor importancia que la simple cantidad ahorrada, independientemente de la fuente de ingresos. Consultar a un asesor financiero certificado puede ofrecer estrategias personalizadas para optimizar los resultados financieros al reducir los gastos y mejorar los ingresos, independientemente de si se obtienen a través del empleo o de inversiones.
Estoy totalmente de acuerdo. A mis 60 años y recién jubilado, mis fondos de jubilación externos suman alrededor de un millón doscientos cincuenta mil dólares. Sin deuda y con una asignación mínima de fondos de jubilación en relación con el valor de mi cartera durante los últimos tres años, reconozco la importancia de un asesor financiero. . Descuidarlos no es una opción; sin embargo, una investigación exhaustiva es vital para encontrar un asesor confiable y no puede equivocarse con MRS MARIA ARDESSON.
Es bueno ver esto aquí, la belleza de su enfoque es su doble enfoque: si bien busca agresivamente oportunidades de ganancias, es igualmente tenaz a la hora de proteger a los inversores de posibles dificultades. Es un equilibrio que pocos pueden lograr.
Es fantástico saber que reconoces su buen trabajo. Estoy muy feliz de haber encontrado a esta mujer, Ardesson. Ha sido una oportunidad que me ha cambiado la vida desde 2023. Los aprecio, son increíbles y valen la pena.
Há uns anos o brasileiro vem se atentando a esse assunto. A educação financeira através do youtube tem nos dado esperança quanto esse assunto. Espero que cá em Portugal os jovens também se despertem para isso.
Excelente episódio. Quanto a parte da agricultura acho que estavam a desconsiderar o ponto mais importante que é o valor do produto. Os agricultores ganham menos quanto mais produzem porque quanto mais abundante menor o preço do bem. Para além disso não são produtos extremamente diferenciados quando não trabalhados. Depois tem o problema de viver de subsídios por ser um setor com margens mínimas.
Numa empresa não são os só os investidores (patrões e ou terceiros ) que correm o risco , os trabalhadores podem ser despedidos a qualquer momento ou a empresa ir á falência e esses trabalhadores investem nas empresas tanto capital físico como intelectual e além disso todos dentro de uma empresa , de precipício , contribuem para o crescimento dessas empresas por isso os trabalhadores devia de receber uma parte , como recebem alguns admiradores de empresas , na altura de distribuir os lucros especialmente num país que uma boa parte dos salários são miseráveis .
Na minha opinião, o ideal é a empresa (de acordo com sua estratégia, planeamento, contexto, possibilidades, etc.) ter um pacote de condições financeiras (salário base, subsídio de alimentação, carro, cartão de combustível, cheque creche, despesas, stock option, etc.) que possa ser escolhido/montado com o candidato/colaborador, e que ao longo do seu percurso na empresa possa ser alterado, por exemplo, no momento da avaliação de desempenho/revisão salarial. Tudo isto, feito em função do orçamento/custo que a empresa define, seja para uma contratação, ou para uma revisão salarial. Desta forma, a empresa torna-se mais flexível, adaptável, competitiva, etc., e o candidato/colaborador tem mais opção de escolha, perspetiva de mudança dentro da empresa ao longo do tempo, etc. Não se pressionando logo, por exemplo, para stock option, sem ter conhecimento do tema, da realidade da empresa, ou não sendo a opção mais vantajosa para o mesmo naquele momento, etc. Falando-se cada vez mais em literacia financeira, investimentos, etc. (e bem), importa também acrescentar/desmistificar que, não é certo que se alcance a riqueza ou se chegue, sequer, perto disso, mas poderá ser-nos muito útilo, por exemplo, na altura da reforma, de termos possibilidades de nos reformarmos mais cedo, etc. Deve-se também ter sempre em atenção o contexto das pessoas quando se fala nestes temas, seja não só ao nível dos seus conhecimentos, mas também nos salários que recebem, custos que têm, condições do seu agregado familiar, profissões que exercem, planos futuros, etc. Muitas vezes procuram-se respostas curtas e objetivas a temas que dependem de vários factores, o que pode levar a análises/assunções erradas e desfazadas da realidade. One size does not fit all.
Excelente conversa mas eu tenho uma visão diferente principalmente do host mais novo. Para mim é mais importante existir cada vez menos pobres e (aumentarmos) pessoas a viver com melhor qualidade de vida (que temos vindo a ver isso no mundo) do que existir cada vez menos ricos. E quanto às pessoas quererem assumir risco, não é isso que vejo na maior parte da população e é exatamente por isso que o regime socialista impera no País e vai sempre crescente porque somos uma sociedade maioritariamente dependente do estado. O comentário da @soniavazmartins espelha de forma exemplar a realidade de grande parte dos portugueses. Um abraço :)
A maioria dos portugueses se tiverem acesso fácil à remuneração total ou parcial correspondente ao seu trabalho realizado, neste momento, e a curto prazo, vai ter um impacto mais negativo do que positivo, logo não vai aumentar a literacia financeira, pelo contrário poderá originar mais endividamento. Teoricamente é bom, mas na realidade portuguesa é outra porque as pessoas estão "viciadas no consumo"
Como se faz então o dito 1 Milhão de Euros? :D Gostava que a entrevista tivesse proporcionado mais conheciment sobre a Paynest e um pouco mais sobre o Nuno Pereira. Penso que fugiu um pouco demais para o I.A., no entanto, foi mt bom aprender tudo do que falaram. ;)
Realmente perder tempo a discutir stock options em Portugal é um bocado perda de tempo...perguntem ao pessoal da farfecth! As empresas portuguesas são de base familiar desenhadas para dar quase nenhum lucro (tributável) por causa da barbara carga de impostos. Colocar a empresas no mercado de capitais não é o objectivo de 99,9% das empresas. o mercado de capitais em Portugal é uma anedota e uma aldrabice pegada. Alguém quer stock options neste ambiente? não me parece
Podes ter educação financeira mas se não tiveres margem no orçamento para investir de alguma forma nunca vais conseguir aumentar a tua saúde financeira.
Quem é que em Portugal consegue comprar uma casa sem recorrer ao endividamento? Uma pequena percentagem de pessoas. Existe sempre a hipótese de arrendar, mas nesse caso vais ter sempre uma despesa de algo que nem é teu.
9:20, Surge-me a questão de sempre , Onde holdar esse Sp durante 40 anos? Banco? Taxas um bocado absurdas ... Xtbs e afins? Será que estão abertas em 2/3 anos? E em 40 anos? Obrigado pelo excelente conteúdo .
Várias XTB e afins, são reguladas e controladas pelo Banco de Portugal (no caso interno) e por bancos estrangeiros. É claro que o risco de algo correr mal, existe sempre (temos exemplos de isso mesmo em bancos nacionais), mas mesmo não se aguentem, a maior parte tem fundos de garantia em que asseguram que o cliente não perde o seu dinheiro (é consultar para cada uma em específico), e pode transferir os seus ativos para outra.
Quase todas as xtbs da vida têm fundo de garantia até 100k. É uma questão de veres uns vídeos no TH-cam sobre a matéria. E depois verificar nos websites dessas xtbs
Compra atraves dum banco tradicional. Nao uso corretoras por isso mesmo. Eu prefiro ter uma conta de titulos, porque nao vai ser usada na resolucao da falencia desse banco. É a maneira mais tradicional de investir
Comprar Ações (seja individuais ou ETF's) é ser dono de shares - onde o holding acontece, é irrelevante - existe um registo "físico" dessa ownership e se uma xtb ou um Trading212 desaparecer, é possível recuperar ownership através de outra correctora ou banco.
Conversa muito interessante, com pessoas muito inteligentes. Vou fazer uma crítica construtiva. O título deste vídeo "como fazer um milhão " não é abordado nem explicado. Na minha opiniao, perdem credibilidade, pois anunciam um tema e falam sobre outro. No entanto, obrigado pelo conteúdo e continuem a produzir novo conteúdo e a ensinar-nos.
O foda e vocês darem de exemplos de empresa, essas merdas de Amazon, Microsoft, Uber, etc, ou seja, empresas que só cresceram e só existem por causa de favores e relações expurgas com políticos, receberam dinheiro impresso grátis etc. Aí fica difícil competir. Não existe investimento num cenário de juros negativo. 38oitao
A "educação financeira" não é solução sem o aumento de salários! Estes convidados liberais não percebem que ninguém se importa sobre "gerir" o que não se tem!
Acho que a conversa é importante... Vou dar um exemplo de algo que aprendi e do qual eu não fazia quando estava em Portugal... Eu vivo na Alemanha,e eu aqui tenho ainda o meu emprego e tenho um trabalho secundário que me permite investir um pouco e tudo o mais,e isso eu nunca fazia estando em Portugal!!.. Conclusão quando nos dizem empreender não tem apenas a ver em ter negócio próprio,por exemplo começar por Investir 20 € por mês já é um primeiro passo ,e depois o nosso Mindset vai começar a mudar ,e se hoje investimos 20 € em por exemplo ETFS ,e isso nos vai motivar a no próximo mês fazer tudo para colocar 30€ e assim sucessivamente o que vai fazer com que nós vejamos que estamos a gastar e sem necessidade!!! Isso é a realidade,por exemplo falam em ETFS ,muitos dirão o que é??? Aqui está outra situação que é as pessoas preferem se sentar em frente á TV 2 ou 3 horas ,mas não queremos tirar 1 hora por dia e pesquisar sobre como investir! É fácil ,hoje em dia temos aplicações como a Trading 212 ou XTB só para mencionar duas ,e no qual podemos começar com 10 ,ou 20 € !!! .Agora claro temos de dedicar algum tempo aprender !! A Literacia Financeira é essencial,mas em Portugal ainda preferimos enterrar a Cabeça na Areia quando toca a falar sobre Finanças!!!. Excelente Entrevista 🎉🎉🎉
O fosso dos ricos e os pobres a meu ver é uma falsa questão. Para ganhar mais, é preciso assumir risco, sacrificar muito, investir, procurar fazer algo, aprender, etc.... Não podem querer tornar padrão ou obrigatório que quem tem a ideia, arrisca, investe, dedica parte da sua vida de corpo e alma, tem de partilhar os ganhos do seu esforço. É rídiculo. Tratar bem os funcionários e pagar bem é óbvio que faz parte do pacote para ter e reter bons funcionários. Mas é errado vender a ideia que TODOS vão receber bem e que todos têm direito a equity ou stock options. Arrisco dizer que esta conversa em parte andou um pouco a roçar os ideiais socialistas de tirar aos ricos para dar aos pobres... Ainda assim pessoas muito inteligentes e conversa interessante.
Excelente episódio. No entanto, tendo em conta o background do convidado, o tema do episódio e saber que temos dos países com menor literacia financeira da europa, ouvir o convidado referir-se várias vezes ao 13o e 14o mês como "subsídios de férias" fez-me alguma confusão. O ano tem 12 meses e não 13 nem 14 e é preciso cada vez mais desmistificar o que é o 13º e o 14º mês. Sinceramente não sei a origem histórica para que haja o 13º e o 14º mês visto que há países que têm e países que não têm mas o que acontece é que as pessoas (aquelas que não pedem o salário em duodécimos) estão nada mais nada menos a receber menos do que deveriam ao longo dos 12 meses do ano e depois vão receber o 13º e o 14º mês a valer menos devido à inflação. Quem sai a ganhar? As empresas que deixam esse 13º e 14º mês de cada colaborador a render nem que seja 4-5% ao ano. É por neste país continuar-se a referir ao 13º e ao 14º mês como "subsídios de férias" que muitas pessoas continuam a: - Negociar o salário em líquido mensal invés de bruto anual. - Não se esforçarem para aprender mais sobre literacia financeira e poupanças e preferir receber o 13º e o 14º mês porque "poupam mais". - Acharem que se de hoje para amanhã o governo acabasse com o 13º e o 14º mês e distribuíssem esses valores pelos restantes 12 meses do ano (os chamados duodécimos) que estariam a ser roubados. Vamos lá todos pouco a pouco contribuir para o aumento da literacia financeira deste país já que na escola não nos ensinam.
Posso vos dar uma perspetiva, sobre a “bolha” à minha volta, do porquê que o fosso de “pobres/ricos” não está a diminuir. Aqui no norte há muita gente a trabalhar em fábricas/empresas com bastante pessoas, a ganhar pouco mais do que o salário mínimo. Mesmo os amigos que tenho que, até não estão mal no trabalho, o que pensam da bolsa é que é “uma cena arriscada” e acaba aí o conhecimento.
O “típico tuga” chega a casa depois de fazer o seu trabalho (que muitas vezes é físico ou mesmo que mental, é tarefas repetitivas e cansativas mentalmente) e a única coisa que quer é descansar no sofá, ver uma série, ir ao café dar duas de treta e esquecer os problemas do trabalho. Os que têm crianças, correm para a escola, pegam os miúdos, tratam do jantar e pouco tempo lhes sobra.
Não têm paciência ou vontade para pesquisar e a aprender, porque estão mentalmente desgastados.
Juntamos a isso a falta de literacia financeira, falta de inteligência emocional e leva à chamada “corrida de ratos”. Eu hoje estou a ouvir o vosso podcast porque me despedi há cerca de um ano atrás de um trabalho que não gostava (fiquei lá 8 anos.) E isto deu-me a oportunidade e o tempo para aprender sobre investimentos e política, para ler sobre assuntos que gosto, para tirar cursos sobre os mais variados assuntos que descobri que tenho interesse. E acabei por descobrir o vosso Podcast pelo meio. Há um ano atrás, não sabia absolutamente nada sobre esses assuntos. E ainda hoje, não tenho amigos com quem trocar ideias sobre investimentos, nenhum deles investe ou percebe sobre o assunto.
Portanto não acho difícil, quando não se tem ninguém à volta que perceba ou estimule os assuntos, quando as pessoas estão em empregos que não se sentem motivadas com o que fazem, que não procurem mais.
E temos que ser sinceros, nem toda a gente tem a disponibilidade financeira para simplesmente se despedir e tirar tempo para “estudar livremente” em adulto, como tenho feito.
A literacia financeira é realmente urgente. Como a inteligência emocional, como perceber a importância de compreender (o mínimo) de política. Mas se não começar nas escolas, se não se tornar realmente acessível a todos (até mesmo às crianças que os pais não têm qualquer conhecimento e não introduzem o assunto), vai ser muito difícil mudar o que já está enraizado e que é ensinado no seio familiar se cada um.
Desculpem o testamento, gosto muito de ouvir as vossas conversas sempre que posso e acho que outras perspetivas podem acrescentar a “pontos mortos” que por vezes temos. Espero que a partilha tenha sido útil.
Continuação de bom trabalho
Excelente perspectiva, Sónia.
Penso que existe uma necessidade para que a generalidade da população faça algum "trabalho de casa" para perceber a importância da literacia financeira.
Na maior parte das vezes, na minha opinião, falta visibilidade sobre o(s) incentivo(s) em adquirir esta literacia. O Estado não o garante nas escolas ou nas universidades. A população na sua generalidade não sabe onde, nem como, começar. Onde procurar. O que procurar. E aqueles que tentam partilhar e ajudar, muitas vezes não conseguem uma exposição social suficiente para fazer a verdadeira diferença (não é culpa deles, claro. É uma realidade difícil de gerar impacto).
O facto de risco ser facilmente associado a casino, ou perder dinheiro garantidamente, não ajuda.
Os bancos, que possuem maior exposição populacional, cobram comissões pornográficas para gerir investimentos que rapidamente afastam o comum dos mortais. Para além de que a linguagem difícil tão frequentemente utilizada para descrever produtos financeiros, não ajuda a chamar o próximo.
No meu caso, acabei por começar a "estudar livremente" (parafraseando aqui a tua excelente referência) durante a pandemia. Havia tempo (e digamos, mais algum dinheiro!) para tal.
Ao fim do dia, cabe a cada um de nós, individualmente, tentar passar a mensagem (e o incentivo) ao maior número de pessoas. Neste momento, quase que parece a melhor opção em cima da mesa.
Fica o desvaneio do meu lado! :)
Parabéns o seu comentário foi excelente 👏
TMJ Sónia
@@biacotti90 posso não perceber muito, mas se há coisa que já aprendi é que devemos fugir de bancos (no que toca a fazer investimentos lá), que estão cheios de interesses (e nunca é no nosso bem estar).
Por isso acho que só mesmo estudando e percebendo um pouco, acredito que é esse caminho. Dito isto, tenho realmente pena que muita gente não tenha oportunidade para o fazer, porque acredito mesmo que poderia mudar vidas.
Se as pessoas soubessem o baixo risco comparado com o ganho de simplesmente investir num SP 500 por exemplo, poderiam ganhar muito, poderiam preparar o futuro para os seus filhos, esses filhos iriam começar a vida com muitos mais recursos, muitas mais oportunidades.
Entretanto, vão deixando dinheiro (com a melhor das boas vontades) em depósitos a prazos durante anos e anos, por vezes nem o valor da inflação cobre. Só de pensar na quantidade de dinheiro que o tuga tem em depósitos a prazos dá-me nervoso miudinho 🤣
Mas pronto, sou uma optimista. Cada vez mais, diferentes pessoas partilham o seu conhecimento, de maneira despretensiosa por esta Internet fora. Um dia chegamos lá.
@@soniavazmartins exatamente, muito bem dito (ou melhor, escrito neste caso!) 😊
Dar prioridad a una gestión eficaz de las finanzas personales tiene mayor importancia que la simple cantidad ahorrada, independientemente de la fuente de ingresos. Consultar a un asesor financiero certificado puede ofrecer estrategias personalizadas para optimizar los resultados financieros al reducir los gastos y mejorar los ingresos, independientemente de si se obtienen a través del empleo o de inversiones.
La gente minimiza el papel del planificador, hasta que sus errores los queman. Por eso he trabajado con planificadores expertos como Maria Ardesson.
Estoy totalmente de acuerdo. A mis 60 años y recién jubilado, mis fondos de jubilación externos suman alrededor de un millón doscientos cincuenta mil dólares. Sin deuda y con una asignación mínima de fondos de jubilación en relación con el valor de mi cartera durante los últimos tres años, reconozco la importancia de un asesor financiero. . Descuidarlos no es una opción; sin embargo, una investigación exhaustiva es vital para encontrar un asesor confiable y no puede equivocarse con MRS MARIA ARDESSON.
Es bueno ver esto aquí, la belleza de su enfoque es su doble enfoque: si bien busca agresivamente oportunidades de ganancias, es igualmente tenaz a la hora de proteger a los inversores de posibles dificultades. Es un equilibrio que pocos pueden lograr.
Es fantástico saber que reconoces su buen trabajo. Estoy muy feliz de haber encontrado a esta mujer, Ardesson. Ha sido una oportunidad que me ha cambiado la vida desde 2023. Los aprecio, son increíbles y valen la pena.
Sigo escuchando mucho sobre la Sra. Maria Ardesson, debe ser realmente buena.
Há uns anos o brasileiro vem se atentando a esse assunto. A educação financeira através do youtube tem nos dado esperança quanto esse assunto. Espero que cá em Portugal os jovens também se despertem para isso.
Excelente episódio. Quanto a parte da agricultura acho que estavam a desconsiderar o ponto mais importante que é o valor do produto. Os agricultores ganham menos quanto mais produzem porque quanto mais abundante menor o preço do bem. Para além disso não são produtos extremamente diferenciados quando não trabalhados. Depois tem o problema de viver de subsídios por ser um setor com margens mínimas.
Exatamente, quando somos mais novos é que devemos correr riscos depois a vida começasse a complicar e aumenta a aversão ao risco.
As coisas estão mais rápidas, nomeadamente a circulação de produtos, com riscos menores, mas custos mais elevados.
Têm que deixar o convidado falar mais. Digo com carinho
Numa empresa não são os só os investidores (patrões e ou terceiros ) que correm o risco , os trabalhadores podem ser despedidos a qualquer momento ou a empresa ir á falência e esses trabalhadores investem nas empresas tanto capital físico como intelectual e além disso todos dentro de uma empresa , de precipício , contribuem para o crescimento dessas empresas por isso os trabalhadores devia de receber uma parte , como recebem alguns admiradores de empresas , na altura de distribuir os lucros especialmente num país que uma boa parte dos salários são miseráveis .
Na minha opinião, o ideal é a empresa (de acordo com sua estratégia, planeamento, contexto, possibilidades, etc.) ter um pacote de condições financeiras (salário base, subsídio de alimentação, carro, cartão de combustível, cheque creche, despesas, stock option, etc.) que possa ser escolhido/montado com o candidato/colaborador, e que ao longo do seu percurso na empresa possa ser alterado, por exemplo, no momento da avaliação de desempenho/revisão salarial.
Tudo isto, feito em função do orçamento/custo que a empresa define, seja para uma contratação, ou para uma revisão salarial.
Desta forma, a empresa torna-se mais flexível, adaptável, competitiva, etc., e o candidato/colaborador tem mais opção de escolha, perspetiva de mudança dentro da empresa ao longo do tempo, etc. Não se pressionando logo, por exemplo, para stock option, sem ter conhecimento do tema, da realidade da empresa, ou não sendo a opção mais vantajosa para o mesmo naquele momento, etc.
Falando-se cada vez mais em literacia financeira, investimentos, etc. (e bem), importa também acrescentar/desmistificar que, não é certo que se alcance a riqueza ou se chegue, sequer, perto disso, mas poderá ser-nos muito útilo, por exemplo, na altura da reforma, de termos possibilidades de nos reformarmos mais cedo, etc.
Deve-se também ter sempre em atenção o contexto das pessoas quando se fala nestes temas, seja não só ao nível dos seus conhecimentos, mas também nos salários que recebem, custos que têm, condições do seu agregado familiar, profissões que exercem, planos futuros, etc.
Muitas vezes procuram-se respostas curtas e objetivas a temas que dependem de vários factores, o que pode levar a análises/assunções erradas e desfazadas da realidade.
One size does not fit all.
Vocês nunca desiludem. ☺
Riqueza gera educação, mas educação NÃO gera riqueza, definitivamente, pelo menos educação formal.
Excelente conversa mas eu tenho uma visão diferente principalmente do host mais novo. Para mim é mais importante existir cada vez menos pobres e (aumentarmos) pessoas a viver com melhor qualidade de vida (que temos vindo a ver isso no mundo) do que existir cada vez menos ricos.
E quanto às pessoas quererem assumir risco, não é isso que vejo na maior parte da população e é exatamente por isso que o regime socialista impera no País e vai sempre crescente porque somos uma sociedade maioritariamente dependente do estado. O comentário da @soniavazmartins espelha de forma exemplar a realidade de grande parte dos portugueses.
Um abraço :)
Muito bom o raciocínio do detentor do conhecimento.
A maioria dos portugueses se tiverem acesso fácil à remuneração total ou parcial correspondente ao seu trabalho realizado, neste momento, e a curto prazo, vai ter um impacto mais negativo do que positivo, logo não vai aumentar a literacia financeira, pelo contrário poderá originar mais endividamento. Teoricamente é bom, mas na realidade portuguesa é outra porque as pessoas estão "viciadas no consumo"
Spot on! Em portugal se as pessoas recebessem ao dia ou à semana chegava a altura de pagar as contas e já não tinham dinheiro nenhum
Como se faz então o dito 1 Milhão de Euros? :D
Gostava que a entrevista tivesse proporcionado mais conheciment sobre a Paynest e um pouco mais sobre o Nuno Pereira. Penso que fugiu um pouco demais para o I.A., no entanto, foi mt bom aprender tudo do que falaram. ;)
E como é q se faz o milhão?
Ou seja!... Resumindo,... estamos vivênciando um novo estilo de (BCCE) Banco 🏦 De Conta Corrente Empresarial!...
Realmente perder tempo a discutir stock options em Portugal é um bocado perda de tempo...perguntem ao pessoal da farfecth! As empresas portuguesas são de base familiar desenhadas para dar quase nenhum lucro (tributável) por causa da barbara carga de impostos. Colocar a empresas no mercado de capitais não é o objectivo de 99,9% das empresas. o mercado de capitais em Portugal é uma anedota e uma aldrabice pegada. Alguém quer stock options neste ambiente? não me parece
Podes ter educação financeira mas se não tiveres margem no orçamento para investir de alguma forma nunca vais conseguir aumentar a tua saúde financeira.
Quem é que em Portugal consegue comprar uma casa sem recorrer ao endividamento? Uma pequena percentagem de pessoas.
Existe sempre a hipótese de arrendar, mas nesse caso vais ter sempre uma despesa de algo que nem é teu.
A minha pergunta é, o que se comprava com 20.000€ à 40 anos atrás e o que se compra com um milhão agora.
9:20, Surge-me a questão de sempre , Onde holdar esse Sp durante 40 anos? Banco? Taxas um bocado absurdas ... Xtbs e afins? Será que estão abertas em 2/3 anos? E em 40 anos? Obrigado pelo excelente conteúdo .
Várias XTB e afins, são reguladas e controladas pelo Banco de Portugal (no caso interno) e por bancos estrangeiros. É claro que o risco de algo correr mal, existe sempre (temos exemplos de isso mesmo em bancos nacionais), mas mesmo não se aguentem, a maior parte tem fundos de garantia em que asseguram que o cliente não perde o seu dinheiro (é consultar para cada uma em específico), e pode transferir os seus ativos para outra.
@@tigas19 Grande !! Então têm uma espécie de seguro que cobre as ações dos clientes em caso da empresa falir? Faz sentido , Obrigado!
Quase todas as xtbs da vida têm fundo de garantia até 100k. É uma questão de veres uns vídeos no TH-cam sobre a matéria. E depois verificar nos websites dessas xtbs
Compra atraves dum banco tradicional. Nao uso corretoras por isso mesmo. Eu prefiro ter uma conta de titulos, porque nao vai ser usada na resolucao da falencia desse banco. É a maneira mais tradicional de investir
Comprar Ações (seja individuais ou ETF's) é ser dono de shares - onde o holding acontece, é irrelevante - existe um registo "físico" dessa ownership e se uma xtb ou um Trading212 desaparecer, é possível recuperar ownership através de outra correctora ou banco.
Como posso fazer também uma carreira internacional?
Uma pergunta vocês comentadores ja fizeram um milhão de euros ?
Só não entendi o porquê da frigideira na mesa! 🤔
uma sociedade onde é mau tom falar de dinheiro interessa muito a malandro e governo
Conversa muito interessante, com pessoas muito inteligentes.
Vou fazer uma crítica construtiva.
O título deste vídeo "como fazer um milhão " não é abordado nem explicado.
Na minha opiniao, perdem credibilidade, pois anunciam um tema e falam sobre outro.
No entanto, obrigado pelo conteúdo e continuem a produzir novo conteúdo e a ensinar-nos.
O foda e vocês darem de exemplos de empresa, essas merdas de Amazon, Microsoft, Uber, etc, ou seja, empresas que só cresceram e só existem por causa de favores e relações expurgas com políticos, receberam dinheiro impresso grátis etc. Aí fica difícil competir. Não existe investimento num cenário de juros negativo. 38oitao
A "educação financeira" não é solução sem o aumento de salários! Estes convidados liberais não percebem que ninguém se importa sobre "gerir" o que não se tem!
🙏🏻👍❤
Trazer esta conversa à-americana para portugal, só porque sim, sem olhar para a realidade nacional é brincar de papagaio.
Papagaio é aquele que repete constantemente o mesmo...abre a tua mente a algo que pode transforma-la😊
Acho que a conversa é importante...
Vou dar um exemplo de algo que aprendi e do qual eu não fazia quando estava em Portugal...
Eu vivo na Alemanha,e eu aqui tenho ainda o meu emprego e tenho um trabalho secundário que me permite investir um pouco e tudo o mais,e isso eu nunca fazia estando em Portugal!!..
Conclusão quando nos dizem empreender não tem apenas a ver em ter negócio próprio,por exemplo começar por Investir 20 € por mês já é um primeiro passo ,e depois o nosso Mindset vai começar a mudar ,e se hoje investimos 20 € em por exemplo ETFS ,e isso nos vai motivar a no próximo mês fazer tudo para colocar 30€ e assim sucessivamente o que vai fazer com que nós vejamos que estamos a gastar e sem necessidade!!!
Isso é a realidade,por exemplo falam em ETFS ,muitos dirão o que é???
Aqui está outra situação que é as pessoas preferem se sentar em frente á TV 2 ou 3 horas ,mas não queremos tirar 1 hora por dia e pesquisar sobre como investir! É fácil ,hoje em dia temos aplicações como a Trading 212 ou XTB só para mencionar duas ,e no qual podemos começar com 10 ,ou 20 € !!!
.Agora claro temos de dedicar algum tempo aprender !!
A Literacia Financeira é essencial,mas em Portugal ainda preferimos enterrar a Cabeça na Areia quando toca a falar sobre Finanças!!!.
Excelente Entrevista 🎉🎉🎉
O fosso dos ricos e os pobres a meu ver é uma falsa questão. Para ganhar mais, é preciso assumir risco, sacrificar muito, investir, procurar fazer algo, aprender, etc.... Não podem querer tornar padrão ou obrigatório que quem tem a ideia, arrisca, investe, dedica parte da sua vida de corpo e alma, tem de partilhar os ganhos do seu esforço. É rídiculo.
Tratar bem os funcionários e pagar bem é óbvio que faz parte do pacote para ter e reter bons funcionários.
Mas é errado vender a ideia que TODOS vão receber bem e que todos têm direito a equity ou stock options.
Arrisco dizer que esta conversa em parte andou um pouco a roçar os ideiais socialistas de tirar aos ricos para dar aos pobres...
Ainda assim pessoas muito inteligentes e conversa interessante.
Deus diz pra pagar o funcionário antes do pôr do sol. Pronto.
Somos virgens...
Com o Nuno não fiquei a saber como fazer 1 000 000€
Não ficaste a saber porque os entrevistadores nunca mais se calavam, preferem a sua voz
A Amazon nao tinha rios de dinheiro! O Bezos andou a pedir aos Friends Fools and Family
Bons convidados, péssimos hosts que vão em rant durante demasiado tempo com opiniões próprias demasiado cravadas
estes miudos nao vivem a realidade pá !
Excelente episódio. No entanto, tendo em conta o background do convidado, o tema do episódio e saber que temos dos países com menor literacia financeira da europa, ouvir o convidado referir-se várias vezes ao 13o e 14o mês como "subsídios de férias" fez-me alguma confusão. O ano tem 12 meses e não 13 nem 14 e é preciso cada vez mais desmistificar o que é o 13º e o 14º mês. Sinceramente não sei a origem histórica para que haja o 13º e o 14º mês visto que há países que têm e países que não têm mas o que acontece é que as pessoas (aquelas que não pedem o salário em duodécimos) estão nada mais nada menos a receber menos do que deveriam ao longo dos 12 meses do ano e depois vão receber o 13º e o 14º mês a valer menos devido à inflação. Quem sai a ganhar? As empresas que deixam esse 13º e 14º mês de cada colaborador a render nem que seja 4-5% ao ano.
É por neste país continuar-se a referir ao 13º e ao 14º mês como "subsídios de férias" que muitas pessoas continuam a:
- Negociar o salário em líquido mensal invés de bruto anual.
- Não se esforçarem para aprender mais sobre literacia financeira e poupanças e preferir receber o 13º e o 14º mês porque "poupam mais".
- Acharem que se de hoje para amanhã o governo acabasse com o 13º e o 14º mês e distribuíssem esses valores pelos restantes 12 meses do ano (os chamados duodécimos) que estariam a ser roubados.
Vamos lá todos pouco a pouco contribuir para o aumento da literacia financeira deste país já que na escola não nos ensinam.