Desde de que li A dialética do Esclarecimento, a obra escrita por Adorno e seu amigo Horkheimer, na qual Adorno apresenta este conceito de indústria cultural, trabalho muito com isso para analisar os fenômenos na comunicação, publicidade etc. Indico muito ler Walter Benjamin, autor e amigo de Adorno que influenciou muito nos estudos do mesmo.
Falando da música: hoje tem tanta banda boa quanto tinha em 1991/1992, só pra citar um biênio incrível em termos de lançamentos de qualidade. O que não tem mais é a curadoria que levava isso para as massas: a capa na revista Bizz, a matéria na Rock Brigade, o programa na MTV e etc. Fiz uma playlist só de bandas novas e contemporâneas e é impressionante como tá rolando coisa boa. Mas a falta de curadoria e de veículos apropriados dá a impressão de que nada tá rolando. Em relação aos quadrinhos, então, nem se fala. Quem lia nos anos 80 sabe a dificuldade que era pras coisas chegarem aqui. Hoje a gente tem acesso a praticamente tudo. Sem falar do ótimo momento do quadrinho nacional.
Se eu fosse um adolescente nos anos 70 eu iria ser completamente falido e só iria ouvir talvez um disco ou dois por mês. Hoje eu tenho quase todas as músicas do mundo praticamente de graça e nem preciso me levantar do sofá pra ouvi-las.
@@deborello E outra coisa: antigamente disco não era relançado. Só se fosse uma banda muito grande ou se fosse alguém que tivesse vindo pro Brasil. Só mudou a partir do CD, que as gravadoras começaram a relançar tudo pra incentivar a galera a trocar o vinil pelo CD. Ou tu conhecia alguém que tinha e gravava ou achava usado (quando achava). Tem que ser maluco pra achar que Brasil nos anos 70 e 80 era melhor que hoje.
Street Fighter e Doom são melhores que minecraft e fortnite. Morbid Angel e Pantera são melhores que Avenged Sevenfold. Se vc não concorda, meus pêsames pra vc.
@@sylshark1 O Tom jobim era velho na época? Se faz a partir daí um juízo de valor anacrônico, tudo tem que ser julgado de acordo com a época e contexto social.
A questão do "antes era melhor" é uma falha da nossa percepção, vou explicar. Existem tres fatores que fazem as coisas antigas parecerem melhores: 1- O Tempo, 2- A Memória, 3- O emocional. Explicarei cada uma delas. O Tempo age como um filtro, muita porcaria e muita coisa medíocre é produzida o tempo todo desde sempre, a questão é que as coisas medíocres/ruins acabam caindo no ostracismo e no esquecimento, e só o que de fato era bom perdura. A Memoria é limitada pela nossa capacidade física, logo tendemos a esquecer de coisas que não achamos importantes ou não gostamos, logo acabamos involuntariamente selecionando apenas o que achamos bom ou relevante. E por fim a emoção, memórias que possuem alguma emoção positiva tendem a ficarem gravadas por mais tempo, porem nossa memoria não é como uma filmagem, ela é cheia de lacunas, e quando temos uma emoção positiva ligada a ela tendemos a quando nos recordamos de algo preencher a lacuna deixando a memoria do objeto melhor, que o próprio objeto que deu origem a memoria. Tentei ser sucinto, espero ter auxiliado na discussão.
Eu queria muito ver a reação desse pessoal ao descobrir que coisas como Samba e Lundu já foram vistos com maus olhos no passado. Se não me engano no começo do século XX o samba tinha uma reputação tão ruim quanto o que o funk tem hoje em dia
Mas funk é ruim mesmo, não é feito para ser bom, o propósito é colocar um povo cansado de tanto sofrer em transe. No máximo os caras que vão mais pro rap ou são mais únicos, como o MC Kevin, o MC Hariel, Daleste, etc. Mas no geral é só ruído sonoro para dar um prazerzinho, sendo que o mundo é aquilo, o mundo é um clipe de funk sem música.
@@Pallas.tanatomas a partir do seu ponto de vista, então eu posso caracterizar qualquer tipo de música, principalmente as q eu não gosto, como ruído para dar prazer!
O samba era tido como criminoso, mulheres podiam literalmente ser presas por tocar samba. A música passa por um processo de legitimação, o samba foi legitimado; hoje temos o rap, que até tempo atrás, era visto com mal olhares, passou por um processo de legitimação, o funk também há de passar por esse processo, talvez nos próximos 5 ou 10 anos
Eu creio que atualmente o que acontece é que produzir qualquer coisa 'cultural' é mais acessível. Antigamente, as 'produções artísticas' necessitavam de muito trabalho, por não ter ferramentas que facilitassem a produção, distanciando o povão da 'arte'. Hoje, o sujeito baixa o FL Studio pirata e mete um autotune. E se criar a falácia de que a cultura está em decadência, mas na verdade o sujeito que produz música clássica e ópera ainda existe. No entanto, isso não comunica com o cara que fica pintando fogão seis dias por semana, oito horas por dia. Se antigamente o pobre ouvia música clássica era só porque era o que existia.
"o sujeito baixa o FL Studio pirata e mete um autotune" man até pra isso pode ter qualidade e tem aqueles que fazem isso e fazem muito mal feito que fica uma merda
É irônico que, no caso da arte, tá havendo um limite pra essa acessibilidade Hoje em dia qualquer um sem conhecimento artístico pode gerar arte em IA só de escrever um prompt, e é justamente essa acessibilidade que está matando a arte
Quando alguém vem com esse papo de "No meu tempo, tudo era melhor", ou "No passado, o mundo era melhor", eu já mando um: "Tá certo, bom era nascer na Europa Medieval em meio à peste bubônica e sem antibióticos!" Isso quase sempre é papo de reaça, saudosista de um tempo que nunca viveu e, sobretudo, que nunca existiu.
Muito complexo eu falaria que, os veio de antigamente era melhor, gastavam tempo sendo os pais que os pais não eram, para os netos e os estragando com felicidade e alegria, ao invés de estarem chorando na Net por um tempo que já passou, tendo 30 anos de idade e não 70.
Mesma coisa que falar dos anos 80 e começo dos 90 e aquele papo tudo era bom : Sarney inflação Collor confisco da Poupança Pc Farias Carandiru … e por aí vai …
Eu tava falando com um amigo sobre essa conversa de que as músicas hoje em dia só tem put4ria, aí eu falei que não é bem assim pq até antigamente tinha músicas desse gênero. Aí citei as músicas do Compadre Washington e ele disse que é diferente, mas convenhamos é a mesma merda kkkk
A pessoa que insiste nessa falsa simetria não sabe do que está falando. Sempre teve música falando de putaria, de balada, bebida e pegação, isso nunca foi o problema, o problema é que hoje SÓ ISSO faz sucesso. Os fãs de "sertanejo" não escutam sertanejo raiz, os fãs de funk não escutam funk Melody, tudo que tá no mainstream está lá por questões comerciais, não por questões culturais. E eu fico surpreso que seja única e exclusivamente a direita que critique a decadência da arte em razão do capitalismo
"O mal não pode criar, só pode corromper e arruinar as forças boas que inventaram ou fizeram antes" - J. R. R. Tolkien O pior para Mordor é o melhor para os seres humanos.
Num sentido elementar, ninguém criou nada, só usamos e copiamos coisas já existentes para gerar coisa supostamente novas, que para quem não tem informações, realmente é.
A "decadência" da arte está diretamente ligada a crise econômica. Quanto mais fudidas financeiramente as pessoas estiverem, menos elas poderão se aprofundar no estudo da arte.
@@flashycat_01 O cara que fez essa obra da banana tem como foco esse tipo de coisa. Mas agora pensa em vários artistas, animadores, etc, que são incríveis mas abandonam suas profissões devido a falta de retorno financeiro. Quem hoje em dia vai bancar um Michelangelo, pra ficar a vida toda se dedicando a arte sem nem se preocupar com outra coisa? De talento tá cheio mas e o din din? Se as grandes empresas querem ficar com tudo, os bons artistas não tem motivo pra continuar produzindo.
Acho que a arte não tem muito a ver com crise financeira não. Vejo isso pelo Brasil mesmo. Os anos 80 e início dos 90 foram terríveis com inflação nas alturas e tal, mas a gente tinha muita coisa boa na música, muitas bandas boas nessa época...
@@karlaXdanielle A arte tem correlação com a economia sim, mas o que sempre vai determinar a arte são as mudanças políticas respectivas da época, como as músicas de antigamente eram mais ''tradicionalistas'' basta ouvir os sertanejos daquela época, o contexto da época é refletido na música. Agora atualmente por causa do niilismo incompleto e do hedonismo o foco da música são outras questões e isso é devido as mudanças culturais e sociais de hoje.
Renoir passava fome, direto buscando uma boquinha por aqui e ali. Van Gogh era outro ferrado... falar que a pobreza econômica é diretamente proporcional à qualidade da obra é uma imprecisão. O choro é o samba, trazendo pra perto, tem uma riqueza de ritmo, harmonia... é foi feito por gente marginalizada em nosso país. Gente pobre também tem capacidade de produzir arte de alto nível. Podemos discutir a oportunidade, mas não a capacidade
para aqueles que acham que cultura woke e lacração é um termo novo convido vcs a pesquisarem sobre bolchevismo cultural e oque hitler achava da arte da alemanha na época dele, garanto pra vcs q vai bater exatamente com oque um bolsonarista, assinante da BP ou seguidor do mbl diz.
O grupo denominado 'Nova Acrópole' defende tanto essa ideia de beleza e do belo. E sim, eles tem um pé no nazi fascismo, então tudo que vc falou no vídeo me lembrou muito deles.
@@sammyp.h6915 eu estudei lá por 5 anos, ver um vídeo é muito pouco. Mas eles usam até saudação nazista no início da aula e muita coisa eu só me toquei depois que eu saí de lá.
@@sammyp.h6915 esse resgate pelo antigo, pelo clássico e o discurso de que "antigamente era melhor" "a música clássica é a melhor" todo esse papo você encontra lá. Como tbm encontra racismo, homofobia e dentre outras coisas.
@@alexsandrasilva3672 Nossa Vey, tô até em choque, fez lembrar aquela seita lá, a tal do coexiste. Sla, a única coisa meio estranha que eu vi foi no primeiro vídeo que eu vi deles, sobre o fantasma da Ópera, que é meu livro favorito e a senhora tava abordando uma interpretação até que comum que se tem da obra, de um personagem significar os desejos da protagonista pela arte e o outro o caminho "normal" de uma mulher seguir, até então, normal, só que apesar dela falar que o Fantasma sofre pela aparência, ela não foi afundo nisso e usou imagens de uma adaptação em que o fantasma estava "bonito" e não reforçou esse aspecto da obra, só dele ser um gênio da música etc, mas não sei se se enquadra.
É o seguinte, é inegável que há uma crise em vários âmbitos da sociedade e não apenas brasileira. Crise estética, política, econômica, social e etc. A questão é que o neoliberalismo e a pós-modernidade contribuíram decisivamente para isso, sobretudo o neoliberalismo que matou a arte, o artista e a poiesis, ou seja, a criação.
Olha, existem ate análises objetivas que mostram que a VARIEDADE do que fazia sucesso antigamente era muito maior e isso foi diminuindo conforme os grandes produtores foram desenvolvendo fórmulas de sucesso. Minha impressão é que existe muita coisa boa hoje em dia, no cinema e música, mas chegam muito menos nas grandes massas. Só ver as maiores bilheterias e discos mais bem sucedidos década a década, não tem comparação. E sim, pode ser utilizado como arma de nazifascista maz é um exagero achar que essa opinião descamba necessariamente para isso.
Isso se deve à industrialização da arte, cara, não à uma falta de cérebro das pessoas. E essa industrialização gera muita grana, que é injetada em divulgação e chega nas grandes massas. Isso sempre foi assim.
Exatamente essa fórmula pro sucesso que ferrou tudo, você pode pegar o trap por exemplo e as letras parecerem que obrigatoriamente tem que ter sexo, droga, dinheiro e ostentação, da até para usar aquele meme do Barões da Pisadinha que varias musicas começam igual. Filmes também com os de super heroi e series a la netflix que os personagens são genericos ou simplesmente a cota deles de inclusão. E concordo com você sobre essa parte sempre acharem que tudo vai parar em n4Z1 é a formula magica que o pessoal criou para falarem de algo que não concordam ou não gostam
Uma música que recomendo é Denmark Street, da banda setentista The Kinks. A música retrata essa rua que tinha várias bandas de uma bariedade imensa, o produtor visita uma banda e fala "odeio sua música, odeio seu estilo e odeio seu cabelo. Mas vou te contratar e quem sabe você pode até ir para o topo das paradas", basicamente.
É exatamente isso que eu já ia comentar. Existe uma indústria cultural que promove um gatekeeping de arte, e geralmente só pastelada anti-crítica e insossa tem tido espaço nas produções de massa. Hoje você tem que dar uma escavada e ir atrás da opiniões dos críticos de arte pra achar coisa legal, pois se eu for esperar as grandes massas consumirem essas obras, isso não vai acontecer com frequência. Existe um sufocamento contínuo da arte crítica e é triste isso sempre vir atrelado a um discurso conservador.
Muito bom! Um exemplo que vc mesmo citou é o cinema. É fato que o cinema Hollywoodiano está em decadência, mas não o cinema mundial. Só que isso tbm decorre de uma visão generalista da arte, onde confunde-se, nesse caso específico, o mundo com os EUA.
Reaça tem a mania de romantizar tudo que é antigo, eles também ficam presos na ideia do objetivismo, que tudo que é bom deve ser baseado num único critério, se você tem um gosto um pouco fora do padrão deles vão taxar isso de ruim. Mas a verdade é que a arte não ficou pior, na minha percepção a arte só ficou desgastada. Foram tantas coisas que foram produzidas que o repertório da casa das ideias está se esgotando... daqui uns 100 anos os filmes vão perder a graça pelos menos clichês e roteiros repetitivos, vai chegar uma hora que as possibilidades vão se ficando cada vez menos ''inovadoras'' a arte não se recria como dizem por aí, há certas coisas que de fato há prazo de validade. Assim como ocorreu na filosofia, hoje em dia não tem muita coisa pra dissertar, os gregos já discutiram 80% da filosofia da humanidade. Então em síntese, a arte, principalmente do entretenimento vai ficando desgastada
A arte e a filosofia não tá desgastada e você que tá velho e já tá vendo artistas se inspirarem em coisas que você já viu antes. A música grip da Anita por exemplo tu consegue ver um pouco de let me think about da Ida Corr
@@joseotaviodeoliveira4217 Se a arte principalmente a filosofia não está desgastada então te desafio fazer um postulado filosófico agora! mas que seja algo que nem um pensador na história pensou ou que irá de fato revolucionar o meio acadêmico... pois é, você não vai conseguir, e não é por falta de capacidade intelectual ou algo do tipo, e sim que as ideias e a imaginação humana já atingiu o limite da nossa episteme, com ênfase na área abstrata (a priori), óbvio que não estou incluindo a ciência, porque ela usa o método empírico pra investigar os fenômenos, primeiramente a ciência usa o empirismo como principal método de investigação. Mas isso não é a questão do meu questionamento, o fato é que a arte como um todo está sim desgastada. Por exemplo, no mundo do metal não surgiram mais subgêneros novos a mais de 30 anos, ou até mais, isso se dar pelo fato que a capacidade criativa vai ficando mais estreita, então é impossível inovar sem plagiar algo, ou então não ter nenhuma fonte de inspiração, então jamais vamos ver outro gênero no metal ou no Rock que vai revolucionar o mundo da música, até porque as técnicas e arranjos dos instrumentos são vários, então pra quem estuda música é muito difícil (pra não dizer impossível) inovar na área. Você citou Anitta, mas nem de longe isso refuta meu questionamento, vc mesmo disse que ela teve inspiração de outra cantora, mas ela não revolucionou nada no mundo da música, tem trocentos artistas que cantam o mesmo estilo que ela, e quiçá inove muito mais. Concluindo, essa é minha opinião, se não quiser concordar não me importo, apenas minha visão!
E muito desse desgaste, principalmente na arte, foi causado pelo capitalismo A ideia da arte ser pra qualquer um abriu caminho pra um monte de "artista" medíocre lotar a internet com o mesmo tipo de arte, a exigência das empresas em padronizar e simplificar a arte pra aumentar os lucros, e agora a popularização das IAs pra encher as galerias digitais com milhares de artes genéricas
A Arte está repleta de avanços e recuos de percepção. Com o advento das vanguardas modernistas, muita resistência foi percebida nesse campo, principalmente quando algumas dessas vanguardas foram vinculadas à Revolução Bolchevique. Então dizer que isso se resume a um "decadentismo" é enviesar e restringir equivocadamente o que tem acontecido no debate do que é belo ou não. Aliás, o que o reacionário gosta mesmo é vincular ideais de beleza com o figurativismo estético, como o Realismo na Arte atualmente, menos por romantismos do que por alguma limitação cultural pura e simples. Trata-se, na verdade, do curso dialético nas percepções da imagem que ele não consegue concatenar. Ao contrário do que fizeram os Pré-Rafaelitas na Inglaterra, ainda no século XIX - exemplo emblemático de decadentismo -, ideias de retorno a um passado idílico nem sempre estão relacionadas com algum revisionismo estético e intelectual lúcido. Pode ser apenas uma besteira pomposa, travestida de racionalidade, ao estilo de Roger Scruton.
Adoro esses cortes. Pois é,beleza é algo subjetivo,mas a subjetividade não é algo completamente individual,sendo influenciado por quem nos cerca,as influências que nos cercam. Concordo completamente que você não decide achar algo belo,atrai nosso olhar inconscientemente.
Como sempre, interessante e provocativo, sugestão: a partir desse corte fiquei pensando se não seria interessante você comentar sobre a diferença entre esse tipo de decadência com a décadence nietzschiana... Você também menciona o perigo sobre isso, tem um livro do Oswald Spengler (conservador) A decadência do Ocidente, curiosamente os nazis irão rejeitar...
Linck, sua descrição do belo em Kant tá errada A ideia de um belo "desinteressado" não é a de um belo que te "pega de surpresa" ao invés de algo que é ativamente buscado, mas sim de algo que admiramos de forma contemplativa, sem que essa admiração mobilize nenhum interesse de nossa parte perante aquele objeto. O exemplo da mulher gostosa é justamente o exemplo de uma admiração 100% interessada (no caso, um interesse sexual). Exemplos melhores do belo em Kant seriam a contemplação de uma pintura com uma imagem harmoniosa, ou de uma paisagem vibrante mas de forma equilibrada (em contraste com o sublime, que é muito associado ao espetáculo amedrontador e ao mesmo tempo deslumbrante de grandes fenômenos da natureza). Mesmo um filósofo que pensa muito a Vontade, como Schopenhauer (que foi influência para Freud) entende o belo também dessa forma: pra ele, a sensação estética se dá num momento em que a Vontade se desapropria do sujeito e ele pode experienciar a representação não mais como um indivíduo interessado, mas sim como mera subjetividade contemplativa
A filosofia conservadora acredita na manutenção de pilares institucionais por esses pilares tb serem o resultado de décadas, séculos e até milênios de evolução e aperfeiçoamento de ideias. Você rompe esses pilares sob o pretexto de q são a raíz do problema e de repente se defronta com mil problemas q os pilares já tinham resolvido, e isso explica o fracasso de muitos projetos revolucionários. O conservador prefere apostar num aperfeiçoamento gradual de um pilar aperfeiçoado por gerações e resultado de muita tentativa e erro em vez de partir para a lógica mais arriscada da ruptura. Das cinzas do status anterior nem sempre nasce um mundo melhor (geralmente não nasce). O próprio Barack Obama fala sobre isso num famoso documentário do VICE. Algo que ele aprendeu em oito anos presidindo os EUA. A importância das instituições sólidas.
@@joaocandidomartins o dueto com o Tim Maia foi com uma canção dele no disco de 1970, Em Pleno Verão. Black is Beautiful ela canta sozinha no LP de 1971, Ela. Os dois discos com produção do Nelson Motta.
Uma coisa que foi totalmente cooptada pela direita é grego antigo. Eu desisti de estudar pelo TH-cam porque tanto o público como os professores são reaças nandomouristas.
putz, nessas horas eu agradeço por ter aprendido inglês. Eu posso aprender o idioma que eu quiser sem essas chatices. Mas mano, tenta não ligar para a opinião política desses caras, pega só a parte boa da fruta e joga o podre fora.
o cara não consegue aprender alguma coisa por causa da orientação politica de alguem, isso é desculpa de preguiça pra validar sua incapacidade. em qualquer estudo pela internet vc vai encontrar varias pessoas com ideologias diferentes...
Pois então, eu não idealizo o passado,embora eu entenda que atualmente,as redes sociais,a financeirização do capital,e o aquecimento global pioraram ainda mais a qualidade de vida.
Pioraram a qualidade de vida? O tanto de informações que temos hoje é simplesmente fascinante. Além de que antigamente o povo pegava muito mais doenças, fumantes eram ainda piores que hoje e não era todo esse sonho americano que falam, não vem com essa de hoje em dia a qualidade de vida é pior...
Pessoa negra alisando o cabelo não tem nada a ver com não aceitação. Assim como brancos podem pintar e alisar seus cabelos, por quererem deixar seus visuais do jeito que querem, negros também podem. Ô mania de colocar pessoas negras nessas regrinhas rasas.
Sou decadentista e restauracionista por experiência empírica. Fui criado no subúrbio carioca e em decorrência disso fui exposto intensamente a todas manifestações culturais populares. Entretanto ao ter contato com o belo "tradicional" reconheci a superioridade sem que houvesse nenhuma doutrinação externa, foi natural.
Obs: não sou erudito e meu conhecimento de cultura é reduzido. Obs2 a arte popular pré-padronização das classes de poder, tem muito mais qualidade do que a sátira inconsciente que é gerada ao tentar mesclar o popular com o mainstream.
Não existe como fugir da ideologia e a ideologia dominante é conservadora independente de onde vocês moram. A ideologia conservadora é a ideologia da classe dominante e a classe dominante no Brasil SEMPRE FOI branca, conservadora iludida e decadentista. E sim papo de superioridade cultural é coisa de fascista
A aversão de parte da esquerda ao Sertanejo popular, para além do espectro político dos principais representantes, mas para o estilo musical em si, pode ser considerado um problema desse tipo?
Ahn? Nunca vi um esquerdista repudiando sertanejo antigo. Exceto quando o cantor está vivo e se mostrando um escroto, aí é pela pessoa e não pelo estilo. Na real acho mais fácil o sertanejo raiz ser "folclorizado" pela esquerda.
Cara, há de se pensar. O sertanejo popularizado não é algo q veio do popular né, eles são financiados por políticos e pelo agro, então não sei. Eu mesmo odeio sertanejo universitário, e óbvio, tenho aversão aos cantores, menos a Marília Mendonça, dela eu gostava. Mas eu já odiava sertanejo antes de virar alguém politizado, sempre achei horrível
Cara, os esquerdistas implicam com a postura política dos cantores de sertanejo e por isso não gostam da música. É totalmente diferente. Tanto que não existia essa implicância antes do bolsonaro.
3:55 Existe sim uma decadência cultural muito forte no Brasil e isso e inegável,porém não sou nostálgica do passado antigamente tinha banheira do gugu que era tão repugnante quanto as coisas que existem hoje em dia.
A história da estética e da arte mostra que a noção de beleza mudou com o tempo. Não há beleza absoluta, a beleza também é uma construção social em mutação constante.
Tendo dito tudo isso,antes era melhor kkkkkk. Mas cara musicalmente são poucas músicas que realmente me atraem hj, funk em geral acho uma droga, sou paraense e acho muito ruim as novas músicas tbm kkkkki
0:50 KSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKS o fato dele falar que é uma coisa "muito séria" deixa o negócio 100 vezes mais engraçado, fazia tempo que eu não ria desse jeito ksksksks
Olha, nesse ponto eu tenho que discordar totalmente, existem sim nuances que explicitam a decadência do que é "belo". Eu não falo apenas de um âmbito, mas de vários. O meio musical por exemplo, era um meio rico. Qualquer um que pegue uma letra de Vinícius de Morais e compara com algum MC atual, percebe bem as diferenças - salvo aos que cegam a si próprios para não perceberem o mesmo. E falando nestes pontos, também é importante ressaltar as romantizações à coisas ruins - como drogas, tráfico, sexo banal, etc - que, não adianta cair em negação quanto a isto, acarretam influência na geração mais jovem. Se o jovem atual tem menos interessante em diversas coisas (como literatura por exemplo) - e aqui vale deixar em evidência que, não é porque você conhece 8 jovens que lêem frequentemente, que estes jovens representam toda a população daquela faixa etária no Brasil - é por conta de um emaranhado de coisas que acarretaram isto como consequência. Um progressismo bem feito precisa ter responsabilidade de filtrar o que pode ser bom e o que pode ser ruim. Acho que o "progressismo" não é aceitar qualquer progresso ou mudança que surja, é necessário filtrar as coisas e entender quais ficaram ruins.
Muito interessante este corte. Só uma coisa: o funk atual é horroroso mesmo. Está muito distante do brega, donsamba no início, entre outros ritmos antigamente rejeitados.
@@levadamusicobjetificação feminina com indução à cultura do estupro? Não, realmente não é não, né? Vai lá rebolar a Anitta, então. Dá dinheiro e desestabiliza qualquer chance de revolução real no bostil.
Se for o funk branco, concordo, uma tentativa fracassada da elite de sequestrar a música das favelas é horrorosa Mas se for do funk em geral, discordo, já que vai muito de gosto. Eu, por exemplo, detesto rock mais pesado e tem gênero de rock que pra mim é só barulho e grito Ao mesmo tempo que, não ironicamente, consigo muita música clássica horrorosa de ouvir justamente pela incapacidade da música clássica de manter um tom consistente. Já peguei muito ódio de clássico que começa melancólico e do nada aumenta o tom pra algo mais animado
8:44 o uso de tranças protetoras somadas à laces é algo intríseco na cultura da beleza da mulher negra afroamericana. Acho que não é muito por esse lado pelo que já vi sobre o assunto, mas claro que tem gringa que alisa, e também o faz pelas questões estéticas atreladas à noção europeia de beleza.
Sei lá bicho, a noção de que a música mainstream decaiu muito dos anos 80/90 pra cá me parece absolutamente razoável. Não tem questão ideológica nisso.
Tem pra caramba bicho. É muito memória afetiva. E a queda de qualidade eventual no mainstream é consequência do capitalismo, que padroniza tudo pra vender.
@@eduardojardim7307 Q tu n tinha idade na época q essas músicas era lançadas, ouve só os clássicos e pensa q akilo era o padrão, sendo q o lixo cultural da época vc ignora
Sim, mas aí é o que ele falou: a realidade é complexa, existem 'n' fatores por trás da mudança dos padrões de música, sendo o principal deles, a indústria. Ainda existem vários músicos bons e interessantes hoje em dia, alguns realmente desconhecidos, outros, em nichos específicos. O que mudou é o padrão de música que a indústria alimenta. O mesmo com cinema. Dificilmente o que tá nos holofotes hoje é o que realmente tá inovando na música ou arte, pois o financiamento atualmente não se dá mais por essa mistura de talento + popularidade, mas sim por popularidade exclusivamente. Quem dá mais view, compartilhamento, etc
Também creio que o que aconteceu com a arte(principalmente com a indústria da música) foi a sua "hiper-industrialização" e uso de fórmulas de sucesso ou surgimento de algoritmos que escondem e enterram artes que são mais naturais e críticas, a maioria das coisas boas estão no underground e elas vão ficar escondidas lá sem muita perspectiva de se tornarem as mais populares para as massas a menos que as massas se tornem mais conscientes ou tentem procurar algo diferente/novo. Creio que o ciclo da arte de decair e se renovar também tem haver com a disponibilidade de tecnologia/ferramentas e questões economicas, é só parar para olhar quais eram os equipamentos que um artitas renascentista tinha para um homem das cavernas e para um artista digital moderno(até as inteligências artificiais vão mexer com isso). Eu sinto que essa mentalidade decadentista acabou matando o Rock como um meio popular para jovens experimentarem novos horizontes musicais e até de realidades, o pessoal que era mais velho e tava acostumado com o metal clássico e os rocks dos anos 70 e 80 não conseguiam abraçar os experimentos e projetos dos anos 2000, eles mal conseguiram abraçar o rock dos anos 90 quanto mais os anos 2000 que estavam plantando coisas novas, desde então o Rock parece ter estagnado e as coisas mais inovadoras que acontecem estão no underground
Não vou escrever uma tese aqui, mas gostaria de fazer algumas observações. O assunto é complexo, porque qualquer comentário, por mais técnico que seja, sempre vai ser julgado sob um filtro moral que já parte do princípio de que a pessoa age movida por preconceito ou por desconhecimento da realidade social que envolve o surgimento e o desenvolvimento dos estilos musicais. Isso é problemático, porque coloca sob suspeita qualquer um que, por motivos puramente estéticos, prefere ouvir músicas antigas. Nem tudo na vida é uma batalha dicotômica entre o "certo" e o "errado". É claro que existem pessoas preconceituosas que realmente acreditam que músicas antigas seriam "melhores" do que a produção musical atual. Isso é um fato e pode ser constatado todos os dias nas redes. Mas esse fato não anula o (também real) fato de que há outras pessoas que preferem ouvir músicas antigas por uma simples opção estética e essa escolha não está necessariamente embasada em preconceito. Ignorar essa visão é um estímulo ao patrulhamento do gosto alheio e as escolhas estéticas são pessoais e intransferíveis. Vou citar alguns exemplos. O jornalista Paulo Francis acreditava e defendia publicamente que rock era coisa de criança ou de adultos infantilizados. Pra ele, "música de verdade" seria a música clássica e o jazz de caras como Cole Porter, etc. Outro caso é o do Theodor Adorno, que embora tenha contribuído muito pro entendimento da cultura de massa, tinha um claro preconceito contra o jazz dos anos 20 (que era uma música popular que tocava em rádios). Ele dizia que aquilo seria uma "submúsica". Mas essas pessoas expunham seus preconceitos de forma categórica. O preconceito explícito era a base do que eles pensavam. Isso não significa necessariamente, que alguém que hoje queira ouvir e conhecer a obra do Cole Porter seja preconceituoso ou elitista. Se essa pessoa faz isso por uma escolha estética pessoal e não transforma essa escolha num cavalo de batalha pra afirmar e difundir um pensamento preconceituoso, essa escolha só diz respeito a essa pessoa. É reducionista acreditar que todo mundo que prefere ouvir músicas antigas ou assistir filmes de outras épocas ou ler a literatura feita em outros tempos, seja necessariamente preconceituosa. E só pra concluir, entendo que todo ato humano da vida civil tem um viés político-ideológico. Também acredito que todo preconceito deve ser combatido. Penso que o ideal seria que todos pudessem ouvir todos os estilos de música, sempre orientados sobre as condições sociais e políticas que envolveram o surgimento e o desenvolvimento desses estilos. Agora, presumir que um cara seja preconceituoso ou sei lá o quê, só porque prefere ouvir música de outras épocas é uma generalização temerária. Acho complicado um jovem deixar de conhecer certo estilo musical por receio de ser considerado "preconceituoso". Se ele disser publicamente que prefere músicas antigas sob a alegação de que "antes era melhor", trata-se de um idiota. Mas se ele ouve músicas antigas por uma escolha estética pessoal e o faz de forma humilde e respeitosa em relação ao que se produz hoje, ninguém tem nada com isso.
é que você está dizendo que quem reclama de Anitta são as mesmas que viram banheira do gugu. Não é um espantalho mas é uma falácia. Não que não seja verdade em alguns casos, mas assumir isso dessa forma crua é mei paia. O que acontece mesmo são caras que reclamam de Anitta porque ela rebola e falam que no passado não tinha isso, sendo que tinha sim e muito.
Dizer que um pensamento esta errado porque vai levar a tal coisa não faz sentido, rebate a p do argumento. Então nunca apontar a decadencia da sociedade sera uma afirmaçao correta? nem se for diante da decadencia? kk Então vc ta dizendo que não existe decadência de nenhuma sociedade e nós apenas progredimos. Essa mania de academico de usar argumento ruim
Pois é, é meio que lero lero filosófico e falta de observação e dados. Nos EUA, berço do rap e trap, tá tendo um forte questionamento entre os próprios rappers se a cultura do hip hop não tá fodendo uma geração. E isso não é coisa de velho, ou conservador, mas uma junção de dados e de observação dos próprios envolvidos. Os traps americanos tão recheados de musicas sobre crimes de fato, cometidos pelos próprios artistas. Muitos rappers hoje já denunciam a ligação do rap com o crime ( algo que nao podia falar, tinha que falar que era "denuncia do crime", mas hoje se nota que é mais propaganda do crime ), o próprio Ice Cube fala sobre a criação de musicas via comitê, pra passar mais a mensagem do gueto criminoso, meio que impedindo de passar outros tipos de mensagens nas musicas. Vindo pro Brasil, vc tem a trapização da musica, mesmo o sertanejo, o que tem de shows de sertanejo hoje em dia que termina em morte, é bizarro. O mesmo vale pro hip hop BR, muita gente acha que periferia e favela é o que diz no rap e no trap, mas aquilo é nicho do nicho, minoria da minoria, o que se ouve nesse tipo de música geralmente vem de gente que já teve envolvimento com crime, mas não é o dia a dia dos moradores. Academicos tem mania de achar que na quebrada todos amam rap e funk e mal sabem o transtorno que os pancadões causa. Aqui em SP o maior numero de denuncias contra pancadões vem justamente da favela do Paraisópolis. outra coisa é que essa mentalidade nivela por baixa a capacidade artistica do pobre. Os academicos acham isso lindo, mas o que vejo de gente com potencial que não progride justamente pq cai nessa ladainha academica. Aquela coisa, se o moleque da quebrada desenha, obviamente tem que ser grafite. Isso é PÉSSIMO. Eu trampo com entretenimento, tá tendo sim uma queda consideravel de qualidade, mesmo empresas tem que lidar com essa queda, muitas vezes contratando "ghosts" pra terminar o serviço.
O que é decadência? Para quem? Com que base você fala sobre isso? A gente tem aspectos melhores do que no passado e piores em outros, como qualquer sociedade que já existiu é uma coisa mas GENERALIZAR tudo baseado em exageros e ignorância e romantismo de como as sociedades anteriores funcionavam é puro suco de fascismo.
A gente pode usar critérios como arte e poder de compra: Tava ouvindo um cara falar sobre como a Beyonce (espero que se escreva assim) tinha 10k de horas de prática quando gravou seu primeiro cd. Comprar a riqueza de idéias que é a musica de Luis Gonzaga com a nojeira que se chama de forró atualmente. Ouça o que era chamdo de sertanejo a 30 anos atrás depois escuta o que é sertanejo hj em dia, repara nas letras e nas melodias. Meu avô trabalhando como almoxarife sustentava uma casa grande de 3 quartos, 3 filhos, carro, cachorro e viagem pra praia todo ano, tudo simples mas melhor do que não ter. E eu hoje trabalhando como cozinheiro em um bom restaurante só consigo pagar um aluguel de uma casa pequena.
@@levadamusic "GENERALIZAR tudo baseado em exageros e ignorância e romantismo de como as sociedades anteriores funcionavam é puro suco de fascismo." Bom, essa definição é bem bizarra, tendo em vista que o ser humano existe a o que, 100k anos? Então as pessoas seriam fascista antes mesmo do fascismo existir? É melhor você identificar as suas críticas ao fascismo e pontuar esse aspecto dos discursos. E ta muito enferrujado esse seu argumento aí, eurocentrista para um cagalio. Tem o mesmo efeito se vc me dissesse que eu vou pro inferno.
Como uma pessoa que estuda e está no campo das belas artes, digo: reacionários geralmente só usam a arte naturalista como pano de fundo, eles nem gostam de arte. Tem um monte de artistas naturalistas no campo da pintura hoje em dia, não é um cenário decadente, inclusive tem vários que trabalham em filmes e jogos. Um reacionário não sabe nem o que é o estudo da forma como representação artistica, eles só usam de um passado glorioso que nem existe pra bostejar kkkk
Linck, te acompanho há algum tempo e, apesar de não concordar com boa parte de suas visões, acho algumas das ideias que você apresenta muito interessantes em termos de conteúdo e formato. Esse papo do conservadorismo como progresso cautelar é algo que me pega muito. Porque eu vejo na minha forma de enxergar o mundo muito desse conservadorismo enquanto prudência em face à mudanças - a história da cerca de Chesterton. Entretanto, quando vejo Bolsonaros, Nikolas Ferreiras e outras figuras similares chamando a si mesmo de conservadores, eu tenho pavor da ideia de ser parecido com eles. Lembrando que a ideia de que há um plano de proliferar uma suposta"arte degenerada" a serviço de destruir a objetividade dos valores estéticos e artísticos é literalmente uma tese dos nazistas.
Quanto a questão do Kant, eu ainda diria mais: ao separar os juízo estético das outras formas de razão, Kant coloca a questão da fruição estética como algo individual e, portanto, sem a possibilidade de se estabelecer uma forma de julgar o belo "universal". A questão é que o romantismo alemão, quando procurava reconectar a razão prática ao juízo estético - e aí veio a ideia de uma educação estética -, também estabelecia uma leitura da arte dentro dos moldes de uma "tradição universal" que era em um primeiro momento os gregos e depois os artistas europeus. O lance é que essas leituras imprimiam a esses objetos artísticos valores nacionalistas - que justificam a criação e a forma de uma cultura alemã -, universalistas - porque seriam o padrão para julgar outras obras - e "evolucionistas" - no sentido de que uma crença no progresso partindo da tradição levaria a um espírito elevado. Esses valores, no século XX, são levados em suas últimas instâncias pelo projeto nazifascista: desde a valorização do corpo ideal, visto nos moldes da arte grega, mas também ao retorno da valorização de certa arte romântica alemã "pura"...
Sobre a música eu assisti um video gringo muito bom onde ele analisa que desde os anos 80 90 as letras e ritmos perderam a qualidade, e outro video comparando a musica indiana de algumas décadas com a atual, e a atual parece um pop genérico que seria lançado em qualquer lugar do mundo.
Eu acho engraçado quando leio comentários aqui no yt em vídeos se humor antigos, tipo Escolhinha do professor Raimundo e afins, quando muitos escrevem coisas como: "isso sim era humor de qualidade e não essas baixarias de hoje etc". Quando nessa época, havia tanta malícia no humor quanto hoje. O que de fato existia, era uma maior sutileza. Não era tão escrachado quanto veio a ser, por exemplo do Casseta e Planeta, TV Pirata em diante. Até pq esses dois últimos citados eram de gerações posteriores às do Chico Anysio, Jô Soares, mas chegaram a atuar na mesma época, o que refuta o argumento que o humor antigo era melhor.
@@pedroh.pereira8292 Cara, pode depender do ponto de vista. Mas o fato é que hj em dia não há quase nenhuma sutileza se comparado ao humor do passado. Pelo menos, eu acho.
Eu não levo isso muito a sério, pra mim é a eterna condição de não conseguirmos olhar para frente. Nós andamos de costa e tropeçamos no que vem pela frente.
Mano... não é primeira vez que escuto falar que não gostar de Funk é ter preconceitos enraizados e honestamente, de coração, acho isso tão ruim... Acredito que existe isso tbm, mas não é diretamente obrigatório. Penso que há necessidade de um estudo melhor, mas para mim, funk soa ofencivo, machista, misógino, objetificador de mulheres, reforça o comportamento de desrespeito, abuso que acontecem frequentemente em comunidades. Moro em uma comunidade, e falo isso baseado numa experiência empírica, quantas meninas "novinhas" crianças aqui, ficam grávidas, vitimas de estupr0, são abusadas coletivamente quando embreagadas... Não tenho esse informação precisa, mas trabalhei muito tempo com cartórarios do Estado de São Paulo e Capital, e sempre escutava que o numero de registros de crianças nascidas de mães adolecentes, sem registro de pai estava numa crescente exponencial. Claro, que pode parecer lindo, visto como emancipação, mas não acho que seja isso... Assim, vejo gente vendo muita beleza olhando de fora, sem ter a vivência daqui de baixo, da downtown, mas meu amigo, aqui a situação é completamente diferente desse mundo colorido que estão te vendendo.
Não acredito que todo decadentismo é reacionário, depende em que termos isso é posto, Adorno por exemplo tem uma discussão interessante a respeito da decadência da musica por conta da indústria cultural que, apesar de controversa, não é reacionária. Muitas coisas pioram por conta de circunstancias históricas, o problema para mim está na resolução, quando a solução é a volta a um passado romântico. A solução nunca é voltar no tempo, se as coisas decaíram é em decorrência das contradições do passado, se as coisas não estão boas devemos buscar as respostas para as contradições de nosso tempo.
4:35 O ruim eh o sertanejo (em geral), pq em geral eh financiado pelo agronegócio, tem muito bolsonarista e tem todo esse culto a imagem do "homem hetero". Os outros gêneros, tirando o brega que já é algo que já teve o seu auge, ainda nem realizaram todo o seu potencial. Tenho notado que o funk parece estar mudando, estão surgindo vários subgêneros, principalmente com uma pegada mais de musica eletrônica e acho que daí vem coisa muito interessante. Já o rap é o que tem de melhor atualmente mesmo, e inclusive, no geral, eu acho que o rap no Brasil eh muito melhor do que o rap dos Estados Unidos - pq o rap dos Estados Unidos passou pelo mesmo processo que o funk aqui, que foi de se tornar algo mega-comercial, enquanto que no Brasil, enquanto que o funk foi se tornando essa música mainstream mais despolitizada, o rap se manteve politizado, o que acaba sendo a grande vantagem que ele tem sobre o funk. Minhas criticas ao funk não se dão ao gênero em si, mas a certas atitudes que a "cena" adota, como culto a ostentação e toda essa visão de mulher enquanto mercadoria - coisas que em geral são subvertidas por bons artistas (em geral mulheres). De certo modo, o que eu acabo vendo de ruim no gênero, não é ele mesmo (ou seja não é uma questão estética), é o próprio capitalismo, mas isso pode ser mudado por artistas. Agora, o sertanejo não, ele está todo dentro de uma cadeia produtiva do agro, e assim como nos Estados Unidos, a tendencia é ser a musica de reaça (a música é ruim esteticamente e ainda pior politicamente).
@@raulalves2521Se falava mas não era todo mundo, e hoje em dia os assuntos que apareceram foi terraplana, linguagem neutra e dizer qual LGBTDISNEPLUSNEWGeneration fulano pertence
@@yee6870 Não é sempre o cara que não sabe usar vírgula e ponto final. Aliás, você esqueceu o ponto final no fim de uma frase e a letra maiúscula quando começa uma frase.
A pobreza de certos comentários aí embaixo é inacreditável... Tem gente esperneando contra coisas que ele simplesmente NÃO DISSE ou que ele ponderou claramente.
Para ver um vídeo sobre a conceituação de "corrupção contemporânea dos parâmetros/conceito de beleza" vejam o vídeo da Tatiana Feltrin sobre o Roger Scruton: "Beleza". Acompanho o canal desta moça, que tem um considerável conhecimento sobre literatura e crítica literária (e por isso o acompanho, eu, que tenho um conhecimento literário bem chão), mas ela tem, às vezes, umas pegadas reacionárias. Tipo, ela "passa a mão na cabeça" do Olavo de Carvalho... "Não concordo 100% com o que ele diz, mas com quem você concorda 100%?", argumenta. Com relação ao Scruton ela o apoia, embora fique nitidamente constrangida quando ele compara Brahms com Radiohead, colocando, é claro, o Brahms como algo superior ao Radiohead. Ela afirma - como o faz em outros momentos - que Radiohead é uma de suas bandas favoritas, mas não chega a dizer que concorda com o Scruton, ou seja, que Brahms é incomparável a Radiohead, compará-los é um relativismo tolo e típico - e ridículo - dos nossos tempos. "Brahms é genial"(não sei se são exatamente estas as palavras que ela usa), mas fica claro que ela reconhecer a genialidade de Brahms não a faz trocá-lo por Radiohead. Interessante figura, essa Tatiana Feltrin. Num pod cast onde ela é entrevistada, ela afirma sua posição intelectual de direita, mas justifica-a não por ideologias: diz, simplesmente, que a direita a acolheu melhor do que a esquerda. Vale observar por último que ela era ateia, mas que, devido a um livro do Scruton (A Alma do Mundo), que ela resenhou para o canal, agora considera-se agnóstica. Mas suas resenhas literárias são muito boas (embora eu não concorde 100% com o que ela diz - por exemplo, ela deprecia "O Amante de Lady Chatterley", que coloco entre os grandes clássicos do século XX).
Por isso que literatura não é teoria crítica, é muito mais complexo entender filosofia do que ficção. A pessoa pode ler muito não significa que ela vá entender teorias filosofia política,não é atoa que o campo da literatura no Brasil tende a ser bem conservador.
9 หลายเดือนก่อน +1
Conservador de verdade lutaria para a transfobia ser de fato colocada em lei, mas não na mesma lei de discriminação racial. Pois o negro luta p ser aceito como nasceu, já o trans luta para ser aceito como ele acredita que ele é. Ou seja, o conservador colocaria a transfobia na mesma lei de intolerância religiosa.
Sempre que esse debate vem à tona tem um comentário comparando músicas atuais com músicas antigas, Funk putaria com É o Tchan, por exemplo. E me parece que algo óbvio que é ignorado é o quanto a mensagem é explícita. Assim como num filme de criança pode ter um piada direcionada para os adultos, são as tais camadas, mas se a mensagem é explícita não tem camadas. Resumindo: "vai descendo na boquinha da garrafa" não manda a mesma mensagem para todos os públicos, já "senta p1r0c@ preta e branca" sim. E aí não é que um seja melhor que o outro ou mais belo, mas fazer equivalência entre dois tá errado.
Quando falam da música, eu fico lembrando do Choque de Cultura: "Ambiente de música é ambiente de droga." Aí eu n sei se responder se é por isso q eu gosto de droga ou se é por isso que eu gosto de música (sobretudo eletrônica) hahaha
Não acho que tudo de antigamente era melhor, muita coisa mesmo melhorou, mas acho que objetivamente a música popular hoje é pior sim, principalmente no Brasil. Funk, independente de ser ou não ser da classe pobre, é nocivo a sociedade, sexualiza precocemente menores de idade e é vazio de significado. Além de ser extremamente industrializado, todas as músicas possuem os mesmos refrões e cospem verbos à exaustão (sentar, quicar, rebolar...). E acho que essa de "pior pra você, melhor pra outros" é um argumento falacioso, a música popular de hoje objetifica o corpo feminino, enfraquece as relações amorosas porque banaliza o sexo (ou "amor líquido" de Bauman) e aumenta o número de casos de traição, se isso em termos sociais não é objetivamente ruim pra nossa sociedade, eu não sei então o que é. Num âmbito geral, a sociedade melhorou, mas nesse quesito piorou sim. Assim como suspeito de quem enaltece demais o passado (e nisso concordo com você), também suspeito de quem despreza demais o "antigo" e enaltece demais o novo, pois nem tudo que é novo é automaticamente bom. Falta equilíbrio, é uma pena sempre um dos extremos vencer. Pra mim a cultura musical que devemos valorizar das periferias é o rap, pois carrega um valor. Se funk for um reflexo da vida nas periferias, então quer dizer que nessas comunidades o maior valor humano é a putaria? A favela aonde eu moro, pelo menos, graças a Deus não é assim. Meus pais não me ensinaram promiscuidade, funk não me representa ^^
concordo, sou de esquerda, tolero o funk (por conta daquele ditado, aceita que dói menos), moro na quebrada, tenho muitos amigos funkeiros, mas acho funk ruim demais, não curto escutar, não acho que faz bem, nem pra mim, nem pra ninguem...
Sertanejo é phoda.. Harmonias e melodias parecidas, voz de cantores e cantoras parecidas, letras de homens exaltam os homens, letras de mulheres detonam os homens.. Além do domínio do agronegócio na difusão. Então... o povo gosta e não tá nem aí. Eu me esforço, mas para mim é uma bela de música m3rda.
Linch, fala sobre Adorno e indústria cultural! Esse assunto é tão interessante pra aprofundar nesse tema que vc trouxe ❤
Desde de que li A dialética do Esclarecimento, a obra escrita por Adorno e seu amigo Horkheimer, na qual Adorno apresenta este conceito de indústria cultural, trabalho muito com isso para analisar os fenômenos na comunicação, publicidade etc. Indico muito ler Walter Benjamin, autor e amigo de Adorno que influenciou muito nos estudos do mesmo.
Tem vídeo dele de uns dois anos atrás do Linck, mas acho que tá no outro canal, o QnS, não o de Cortes.
Falando da música: hoje tem tanta banda boa quanto tinha em 1991/1992, só pra citar um biênio incrível em termos de lançamentos de qualidade. O que não tem mais é a curadoria que levava isso para as massas: a capa na revista Bizz, a matéria na Rock Brigade, o programa na MTV e etc. Fiz uma playlist só de bandas novas e contemporâneas e é impressionante como tá rolando coisa boa. Mas a falta de curadoria e de veículos apropriados dá a impressão de que nada tá rolando. Em relação aos quadrinhos, então, nem se fala. Quem lia nos anos 80 sabe a dificuldade que era pras coisas chegarem aqui. Hoje a gente tem acesso a praticamente tudo. Sem falar do ótimo momento do quadrinho nacional.
Qual é irmão? Divide a muamba aí na caridade, tô seco pra essa "playlist".
Se eu fosse um adolescente nos anos 70 eu iria ser completamente falido e só iria ouvir talvez um disco ou dois por mês.
Hoje eu tenho quase todas as músicas do mundo praticamente de graça e nem preciso me levantar do sofá pra ouvi-las.
@@deborello E outra coisa: antigamente disco não era relançado. Só se fosse uma banda muito grande ou se fosse alguém que tivesse vindo pro Brasil. Só mudou a partir do CD, que as gravadoras começaram a relançar tudo pra incentivar a galera a trocar o vinil pelo CD. Ou tu conhecia alguém que tinha e gravava ou achava usado (quando achava). Tem que ser maluco pra achar que Brasil nos anos 70 e 80 era melhor que hoje.
Taí uma ideia boa de canal... Copiar um "top 10" MTV da vida. Pq na mídia de massa mesmo só toca lixo (sertanejo, eca)
@@vlad74brbora parceiro que esse lista aí.....tô de saco cheio de ficar recebendo recomendações de funk e pagode ruim no meu feed
"Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores do que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta." Eclesiastes 7.10
Estragou o video quotando essa mitologia judaica
@@IAI-cm8os 💀
@@IAI-cm8osestragou porque? Mesmo um ateu consegue ver a sabedoria da frase
@Laglog não, só gente burra e ignorante vê sabedoria nessa frase
@@IAI-cm8os "mitologia judaica" já da pra ver um possível vies que tu se enquadra
"Antigamente tudo era melhor".
- JoãoGmer327x, fã de anime.
Pra essa gente, é melhor culpar seus problemas por não esta em uma Utopia perfeita do que confronta-los
No caso dele, ele está certo. Naruto classico é melhor que naruto shippuden que é melhor que boruto. Irrefutavel.
Street Fighter e Doom são melhores que minecraft e fortnite. Morbid Angel e Pantera são melhores que Avenged Sevenfold. Se vc não concorda, meus pêsames pra vc.
Tem algum problema em gostar de anime? É um meio de entretenimento como qualquer outro
Antigamente o chocolate era de 200g. 😅😅😅
Achei mto apelativo essa thumb! Poste mais
O Linck tá ficando impossível kkkk
Parabéns para quem fez a pergunta! Esse sempre manda bem
7:03 tem até musica que surgiu assim... "olha que coisa mais linda, mais cheia de graça" ... É realmente mais forte que nós hauuhauhauhuahuha
Garota de Ipanema......oh música ruim santo Deus da vontade de desligar o rádio, parece coisa de maconheiro
e é nojenta, pq foram dois velhos que escreveram essa música para uma garota q tinha idade de ser filha deles
@@sylshark1 Ai você ja tem um bom ponto em... Realmente nessa situação ai a "poesia" dessa musica se torna algo ridículo....
@@sylshark1 O Tom jobim era velho na época?
Se faz a partir daí um juízo de valor anacrônico, tudo tem que ser julgado de acordo com a época e contexto social.
Tenho certeza absoluta que nenhum de vocês sequer estudaram música para julgar uma música como Garota de Ipanema, só estão replicando um discurso.
A questão do "antes era melhor" é uma falha da nossa percepção, vou explicar. Existem tres fatores que fazem as coisas antigas parecerem melhores: 1- O Tempo, 2- A Memória, 3- O emocional. Explicarei cada uma delas. O Tempo age como um filtro, muita porcaria e muita coisa medíocre é produzida o tempo todo desde sempre, a questão é que as coisas medíocres/ruins acabam caindo no ostracismo e no esquecimento, e só o que de fato era bom perdura. A Memoria é limitada pela nossa capacidade física, logo tendemos a esquecer de coisas que não achamos importantes ou não gostamos, logo acabamos involuntariamente selecionando apenas o que achamos bom ou relevante. E por fim a emoção, memórias que possuem alguma emoção positiva tendem a ficarem gravadas por mais tempo, porem nossa memoria não é como uma filmagem, ela é cheia de lacunas, e quando temos uma emoção positiva ligada a ela tendemos a quando nos recordamos de algo preencher a lacuna deixando a memoria do objeto melhor, que o próprio objeto que deu origem a memoria. Tentei ser sucinto, espero ter auxiliado na discussão.
Pros nostálgicos até o ruim de antigamente é melhor que o ruim de hoje, por exemplo...É o tchan.
Aliás você foi preciso.
@@werewolfx51 Pensei nisso também. Umas porcarias do passado hoje soam tão bem por causa de nostalgia
Pode crer, boa observação
Sua observação faz muito sentido
Eu queria muito ver a reação desse pessoal ao descobrir que coisas como Samba e Lundu já foram vistos com maus olhos no passado. Se não me engano no começo do século XX o samba tinha uma reputação tão ruim quanto o que o funk tem hoje em dia
Sim. Ruy Barbosa ficou furioso porque a primeira-dama Nair de Teffé tocou samba e maxixe no palácio do catete.
Mas funk é ruim mesmo, não é feito para ser bom, o propósito é colocar um povo cansado de tanto sofrer em transe. No máximo os caras que vão mais pro rap ou são mais únicos, como o MC Kevin, o MC Hariel, Daleste, etc. Mas no geral é só ruído sonoro para dar um prazerzinho, sendo que o mundo é aquilo, o mundo é um clipe de funk sem música.
@@Pallas.tanatomas a partir do seu ponto de vista, então eu posso caracterizar qualquer tipo de música, principalmente as q eu não gosto, como ruído para dar prazer!
O samba era tido como criminoso, mulheres podiam literalmente ser presas por tocar samba. A música passa por um processo de legitimação, o samba foi legitimado; hoje temos o rap, que até tempo atrás, era visto com mal olhares, passou por um processo de legitimação, o funk também há de passar por esse processo, talvez nos próximos 5 ou 10 anos
Sim!!!
O horrível de ontem é o belo de hoje e assim sucessivamente...
E o desvalorizado de hoje vai virar o ontem foda de amanhã 😅
o que é ruim vai continuar sendo ruim . pode se passar milênios mas o que causou a decadência romana vai continuar sendo horrível .
Jojo Toddynho e MC pipokinha serão lembradas como ícones culturais em 2087.
Eu creio que atualmente o que acontece é que produzir qualquer coisa 'cultural' é mais acessível. Antigamente, as 'produções artísticas' necessitavam de muito trabalho, por não ter ferramentas que facilitassem a produção, distanciando o povão da 'arte'. Hoje, o sujeito baixa o FL Studio pirata e mete um autotune. E se criar a falácia de que a cultura está em decadência, mas na verdade o sujeito que produz música clássica e ópera ainda existe. No entanto, isso não comunica com o cara que fica pintando fogão seis dias por semana, oito horas por dia. Se antigamente o pobre ouvia música clássica era só porque era o que existia.
Ainda sim, dá pra ter música eletrônica de qualidade 😊
"o sujeito baixa o FL Studio pirata e mete um autotune" man até pra isso pode ter qualidade e tem aqueles que fazem isso e fazem muito mal feito que fica uma merda
É irônico que, no caso da arte, tá havendo um limite pra essa acessibilidade
Hoje em dia qualquer um sem conhecimento artístico pode gerar arte em IA só de escrever um prompt, e é justamente essa acessibilidade que está matando a arte
@@garudadrakon4728 pq "arte" de i.a nem é arte a principio
@@ArthurFonsecamonroe-cd9ib e oq define oq é arte ou não?
Seus vídeos são tão bons, Linck! Foi um ótimo achado, gosto muito das análises sobre quadrinhos e mangás do canal principal.
O livro "A civilização do espetáculo" do escritor e político peruano Mario Vargas Llhosa é conservador ou reacionário?
Quando alguém vem com esse papo de "No meu tempo, tudo era melhor", ou "No passado, o mundo era melhor", eu já mando um: "Tá certo, bom era nascer na Europa Medieval em meio à peste bubônica e sem antibióticos!" Isso quase sempre é papo de reaça, saudosista de um tempo que nunca viveu e, sobretudo, que nunca existiu.
Muito complexo eu falaria que, os veio de antigamente era melhor, gastavam tempo sendo os pais que os pais não eram, para os netos e os estragando com felicidade e alegria, ao invés de estarem chorando na Net por um tempo que já passou, tendo 30 anos de idade e não 70.
@Felipe_Andrade92 é assim que devemos tratar uma premissa absurda
Mesma coisa que falar dos anos 80 e começo dos 90 e aquele papo tudo era bom : Sarney inflação Collor confisco da Poupança Pc Farias Carandiru … e por aí vai …
Gente que já esqueceu que teve o rabo cheio de vermes ou a cabeça cheia de piolhos.
@@giulyanoviniciussanssilva2947 isso é culpa do Elvis, foi inventar a porra do jovem e ninguém mais quer ser Velho.
Eu tava falando com um amigo sobre essa conversa de que as músicas hoje em dia só tem put4ria, aí eu falei que não é bem assim pq até antigamente tinha músicas desse gênero. Aí citei as músicas do Compadre Washington e ele disse que é diferente, mas convenhamos é a mesma merda kkkk
Ele não errou olhe as músicas da anitta e Pablo vittar etc...
A pessoa que insiste nessa falsa simetria não sabe do que está falando. Sempre teve música falando de putaria, de balada, bebida e pegação, isso nunca foi o problema, o problema é que hoje SÓ ISSO faz sucesso. Os fãs de "sertanejo" não escutam sertanejo raiz, os fãs de funk não escutam funk Melody, tudo que tá no mainstream está lá por questões comerciais, não por questões culturais. E eu fico surpreso que seja única e exclusivamente a direita que critique a decadência da arte em razão do capitalismo
Tem aquela música "meu pipi no seu popô, seu popô no meu pipi" (mas foi feita na zoeira)
@@DexterDexter-r1msinceramente, Pabllo Vittar e Anitta tão bem de boa se comparar com outros cantores.
Obrigada pelo trabalho QnS.
"O mal não pode criar, só pode corromper e arruinar as forças boas que inventaram ou fizeram antes"
- J. R. R. Tolkien
O pior para Mordor é o melhor para os seres humanos.
Num sentido elementar, ninguém criou nada, só usamos e copiamos coisas já existentes para gerar coisa supostamente novas, que para quem não tem informações, realmente é.
Obrigado por citar um dos maiores nomes dos conservadores e cristãos
A "decadência" da arte está diretamente ligada a crise econômica.
Quanto mais fudidas financeiramente as pessoas estiverem, menos elas poderão se aprofundar no estudo da arte.
País de primeiro mundo: Banana com Fita.
@@flashycat_01 O cara que fez essa obra da banana tem como foco esse tipo de coisa. Mas agora pensa em vários artistas, animadores, etc, que são incríveis mas abandonam suas profissões devido a falta de retorno financeiro.
Quem hoje em dia vai bancar um Michelangelo, pra ficar a vida toda se dedicando a arte sem nem se preocupar com outra coisa? De talento tá cheio mas e o din din?
Se as grandes empresas querem ficar com tudo, os bons artistas não tem motivo pra continuar produzindo.
Acho que a arte não tem muito a ver com crise financeira não. Vejo isso pelo Brasil mesmo. Os anos 80 e início dos 90 foram terríveis com inflação nas alturas e tal, mas a gente tinha muita coisa boa na música, muitas bandas boas nessa época...
@@karlaXdanielle A arte tem correlação com a economia sim, mas o que sempre vai determinar a arte são as mudanças políticas respectivas da época, como as músicas de antigamente eram mais ''tradicionalistas'' basta ouvir os sertanejos daquela época, o contexto da época é refletido na música. Agora atualmente por causa do niilismo incompleto e do hedonismo o foco da música são outras questões e isso é devido as mudanças culturais e sociais de hoje.
Renoir passava fome, direto buscando uma boquinha por aqui e ali. Van Gogh era outro ferrado... falar que a pobreza econômica é diretamente proporcional à qualidade da obra é uma imprecisão. O choro é o samba, trazendo pra perto, tem uma riqueza de ritmo, harmonia... é foi feito por gente marginalizada em nosso país. Gente pobre também tem capacidade de produzir arte de alto nível. Podemos discutir a oportunidade, mas não a capacidade
Irônico que desde ontem eu tava pensado nesse assunto, e agora tô vendo seu vídeo e muita coisa que eu tava mentalizando você falou no vídeo ❤
para aqueles que acham que cultura woke e lacração é um termo novo convido vcs a pesquisarem sobre bolchevismo cultural e oque hitler achava da arte da alemanha na época dele, garanto pra vcs q vai bater exatamente com oque um bolsonarista, assinante da BP ou seguidor do mbl diz.
Perfeita a colocação
Cultura woke e lacração são termos novos.
@@casio1810 só é novo de nome mano, na pratica já existia
O que exatamente isso evidência?
Tipo, ele concordam em algo, E daí?
@@casio1810é só o resgate e reformulação de algo velho
O grupo denominado 'Nova Acrópole' defende tanto essa ideia de beleza e do belo. E sim, eles tem um pé no nazi fascismo, então tudo que vc falou no vídeo me lembrou muito deles.
Prove?
Krai, não sabia, eu via alguns vídeos deles e nunca notei
@@sammyp.h6915 eu estudei lá por 5 anos, ver um vídeo é muito pouco. Mas eles usam até saudação nazista no início da aula e muita coisa eu só me toquei depois que eu saí de lá.
@@sammyp.h6915 esse resgate pelo antigo, pelo clássico e o discurso de que "antigamente era melhor" "a música clássica é a melhor" todo esse papo você encontra lá. Como tbm encontra racismo, homofobia e dentre outras coisas.
@@alexsandrasilva3672 Nossa Vey, tô até em choque, fez lembrar aquela seita lá, a tal do coexiste.
Sla, a única coisa meio estranha que eu vi foi no primeiro vídeo que eu vi deles, sobre o fantasma da Ópera, que é meu livro favorito e a senhora tava abordando uma interpretação até que comum que se tem da obra, de um personagem significar os desejos da protagonista pela arte e o outro o caminho "normal" de uma mulher seguir, até então, normal, só que apesar dela falar que o Fantasma sofre pela aparência, ela não foi afundo nisso e usou imagens de uma adaptação em que o fantasma estava "bonito" e não reforçou esse aspecto da obra, só dele ser um gênio da música etc, mas não sei se se enquadra.
É o seguinte, é inegável que há uma crise em vários âmbitos da sociedade e não apenas brasileira. Crise estética, política, econômica, social e etc. A questão é que o neoliberalismo e a pós-modernidade contribuíram decisivamente para isso, sobretudo o neoliberalismo que matou a arte, o artista e a poiesis, ou seja, a criação.
Olha, existem ate análises objetivas que mostram que a VARIEDADE do que fazia sucesso antigamente era muito maior e isso foi diminuindo conforme os grandes produtores foram desenvolvendo fórmulas de sucesso. Minha impressão é que existe muita coisa boa hoje em dia, no cinema e música, mas chegam muito menos nas grandes massas. Só ver as maiores bilheterias e discos mais bem sucedidos década a década, não tem comparação. E sim, pode ser utilizado como arma de nazifascista maz é um exagero achar que essa opinião descamba necessariamente para isso.
Isso se deve à industrialização da arte, cara, não à uma falta de cérebro das pessoas. E essa industrialização gera muita grana, que é injetada em divulgação e chega nas grandes massas. Isso sempre foi assim.
Concordo @joao
Exatamente essa fórmula pro sucesso que ferrou tudo, você pode pegar o trap por exemplo e as letras parecerem que obrigatoriamente tem que ter sexo, droga, dinheiro e ostentação, da até para usar aquele meme do Barões da Pisadinha que varias musicas começam igual. Filmes também com os de super heroi e series a la netflix que os personagens são genericos ou simplesmente a cota deles de inclusão. E concordo com você sobre essa parte sempre acharem que tudo vai parar em n4Z1 é a formula magica que o pessoal criou para falarem de algo que não concordam ou não gostam
Uma música que recomendo é Denmark Street, da banda setentista The Kinks. A música retrata essa rua que tinha várias bandas de uma bariedade imensa, o produtor visita uma banda e fala "odeio sua música, odeio seu estilo e odeio seu cabelo. Mas vou te contratar e quem sabe você pode até ir para o topo das paradas", basicamente.
É exatamente isso que eu já ia comentar. Existe uma indústria cultural que promove um gatekeeping de arte, e geralmente só pastelada anti-crítica e insossa tem tido espaço nas produções de massa. Hoje você tem que dar uma escavada e ir atrás da opiniões dos críticos de arte pra achar coisa legal, pois se eu for esperar as grandes massas consumirem essas obras, isso não vai acontecer com frequência. Existe um sufocamento contínuo da arte crítica e é triste isso sempre vir atrelado a um discurso conservador.
Sabe que me veio à mente o filme Meia noite em Paris, toda época tem uma visão idealizada do passado
Muito bom! Um exemplo que vc mesmo citou é o cinema. É fato que o cinema Hollywoodiano está em decadência, mas não o cinema mundial. Só que isso tbm decorre de uma visão generalista da arte, onde confunde-se, nesse caso específico, o mundo com os EUA.
Sempre teve filme ruim alguém se lembra do Sessão da Tarde com os filmes da década de 80 kkk
decadentismo é um ótimo termo, mas eu era do time que falava 'passadismo' na área de história, vou usar os dois agora kkkk
Reaça tem a mania de romantizar tudo que é antigo, eles também ficam presos na ideia do objetivismo, que tudo que é bom deve ser baseado num único critério, se você tem um gosto um pouco fora do padrão deles vão taxar isso de ruim. Mas a verdade é que a arte não ficou pior, na minha percepção a arte só ficou desgastada. Foram tantas coisas que foram produzidas que o repertório da casa das ideias está se esgotando... daqui uns 100 anos os filmes vão perder a graça pelos menos clichês e roteiros repetitivos, vai chegar uma hora que as possibilidades vão se ficando cada vez menos ''inovadoras'' a arte não se recria como dizem por aí, há certas coisas que de fato há prazo de validade. Assim como ocorreu na filosofia, hoje em dia não tem muita coisa pra dissertar, os gregos já discutiram 80% da filosofia da humanidade. Então em síntese, a arte, principalmente do entretenimento vai ficando desgastada
A arte e a filosofia não tá desgastada e você que tá velho e já tá vendo artistas se inspirarem em coisas que você já viu antes. A música grip da Anita por exemplo tu consegue ver um pouco de let me think about da Ida Corr
@@joseotaviodeoliveira4217 Se a arte principalmente a filosofia não está desgastada então te desafio fazer um postulado filosófico agora! mas que seja algo que nem um pensador na história pensou ou que irá de fato revolucionar o meio acadêmico... pois é, você não vai conseguir, e não é por falta de capacidade intelectual ou algo do tipo, e sim que as ideias e a imaginação humana já atingiu o limite da nossa episteme, com ênfase na área abstrata (a priori), óbvio que não estou incluindo a ciência, porque ela usa o método empírico pra investigar os fenômenos, primeiramente a ciência usa o empirismo como principal método de investigação. Mas isso não é a questão do meu questionamento, o fato é que a arte como um todo está sim desgastada. Por exemplo, no mundo do metal não surgiram mais subgêneros novos a mais de 30 anos, ou até mais, isso se dar pelo fato que a capacidade criativa vai ficando mais estreita, então é impossível inovar sem plagiar algo, ou então não ter nenhuma fonte de inspiração, então jamais vamos ver outro gênero no metal ou no Rock que vai revolucionar o mundo da música, até porque as técnicas e arranjos dos instrumentos são vários, então pra quem estuda música é muito difícil (pra não dizer impossível) inovar na área. Você citou Anitta, mas nem de longe isso refuta meu questionamento, vc mesmo disse que ela teve inspiração de outra cantora, mas ela não revolucionou nada no mundo da música, tem trocentos artistas que cantam o mesmo estilo que ela, e quiçá inove muito mais. Concluindo, essa é minha opinião, se não quiser concordar não me importo, apenas minha visão!
E muito desse desgaste, principalmente na arte, foi causado pelo capitalismo
A ideia da arte ser pra qualquer um abriu caminho pra um monte de "artista" medíocre lotar a internet com o mesmo tipo de arte, a exigência das empresas em padronizar e simplificar a arte pra aumentar os lucros, e agora a popularização das IAs pra encher as galerias digitais com milhares de artes genéricas
Pior que realmente não consigo discordar quando alguém fala que antigamente era melhor principalmente na questão da cultura.
Se o cara de cinema não consegue perceber que a arte piorou, e defender Funk, é um sinal evidente até que as opiniões pioraram, o TH-cam tá mal tbm.
Não lembro a última vez que vi um grupo de jovens tocando violão e cantando. Isso era belo.
Bela análise, Linck! Vou usar essa agora. O belo rouba meu olhar.😂😂😂
Este é o melhor corte deste canal!
A Arte está repleta de avanços e recuos de percepção. Com o advento das vanguardas modernistas, muita resistência foi percebida nesse campo, principalmente quando algumas dessas vanguardas foram vinculadas à Revolução Bolchevique. Então dizer que isso se resume a um "decadentismo" é enviesar e restringir equivocadamente o que tem acontecido no debate do que é belo ou não.
Aliás, o que o reacionário gosta mesmo é vincular ideais de beleza com o figurativismo estético, como o Realismo na Arte atualmente, menos por romantismos do que por alguma limitação cultural pura e simples. Trata-se, na verdade, do curso dialético nas percepções da imagem que ele não consegue concatenar.
Ao contrário do que fizeram os Pré-Rafaelitas na Inglaterra, ainda no século XIX - exemplo emblemático de decadentismo -, ideias de retorno a um passado idílico nem sempre estão relacionadas com algum revisionismo estético e intelectual lúcido. Pode ser apenas uma besteira pomposa, travestida de racionalidade, ao estilo de Roger Scruton.
Acontece que esse papo é muito lugar comum. Todo mundo acha que antes era melhor. Mas acontece que o mundo muda e temos que aceitar isso
Há quem afirme na filosofia que hoje vivemos uma crise estética.
Adoro esses cortes. Pois é,beleza é algo subjetivo,mas a subjetividade não é algo completamente individual,sendo influenciado por quem nos cerca,as influências que nos cercam. Concordo completamente que você não decide achar algo belo,atrai nosso olhar inconscientemente.
O belo pode ser natural, mas a Gracyanne...
😂😂😂
😂😂😂😂😂😂😂😂
Pelo amor de Deus 😭
kkkk
A graciane usa a mais tempo do que eu to vivo (26 anos)
Como sempre, interessante e provocativo, sugestão: a partir desse corte fiquei pensando se não seria interessante você comentar sobre a diferença entre esse tipo de decadência com a décadence nietzschiana... Você também menciona o perigo sobre isso, tem um livro do Oswald Spengler (conservador) A decadência do Ocidente, curiosamente os nazis irão rejeitar...
Linck, sua descrição do belo em Kant tá errada
A ideia de um belo "desinteressado" não é a de um belo que te "pega de surpresa" ao invés de algo que é ativamente buscado, mas sim de algo que admiramos de forma contemplativa, sem que essa admiração mobilize nenhum interesse de nossa parte perante aquele objeto. O exemplo da mulher gostosa é justamente o exemplo de uma admiração 100% interessada (no caso, um interesse sexual). Exemplos melhores do belo em Kant seriam a contemplação de uma pintura com uma imagem harmoniosa, ou de uma paisagem vibrante mas de forma equilibrada (em contraste com o sublime, que é muito associado ao espetáculo amedrontador e ao mesmo tempo deslumbrante de grandes fenômenos da natureza). Mesmo um filósofo que pensa muito a Vontade, como Schopenhauer (que foi influência para Freud) entende o belo também dessa forma: pra ele, a sensação estética se dá num momento em que a Vontade se desapropria do sujeito e ele pode experienciar a representação não mais como um indivíduo interessado, mas sim como mera subjetividade contemplativa
A filosofia conservadora acredita na manutenção de pilares institucionais por esses pilares tb serem o resultado de décadas, séculos e até milênios de evolução e aperfeiçoamento de ideias. Você rompe esses pilares sob o pretexto de q são a raíz do problema e de repente se defronta com mil problemas q os pilares já tinham resolvido, e isso explica o fracasso de muitos projetos revolucionários. O conservador prefere apostar num aperfeiçoamento gradual de um pilar aperfeiçoado por gerações e resultado de muita tentativa e erro em vez de partir para a lógica mais arriscada da ruptura. Das cinzas do status anterior nem sempre nasce um mundo melhor (geralmente não nasce). O próprio Barack Obama fala sobre isso num famoso documentário do VICE. Algo que ele aprendeu em oito anos presidindo os EUA. A importância das instituições sólidas.
Black is Beautiful tá mais pra anos 70, final dos 60. Inclusive há uma música com este nome gravada pela Elis Regina em 1971
Ela gravou solo, no disco de 1970, e também em dueto com o Tim Maia.
@@joaocandidomartins o dueto com o Tim Maia foi com uma canção dele no disco de 1970, Em Pleno Verão.
Black is Beautiful ela canta sozinha no LP de 1971, Ela.
Os dois discos com produção do Nelson Motta.
@@FabioGomesFotoCinema ah sim, é verdade, o dueto com ele veio antes mesmo.
Uma coisa que foi totalmente cooptada pela direita é grego antigo. Eu desisti de estudar pelo TH-cam porque tanto o público como os professores são reaças nandomouristas.
Porra, mas estudar pelo youtube é foda. Lê Paideia.
putz, nessas horas eu agradeço por ter aprendido inglês. Eu posso aprender o idioma que eu quiser sem essas chatices. Mas mano, tenta não ligar para a opinião política desses caras, pega só a parte boa da fruta e joga o podre fora.
o cara não consegue aprender alguma coisa por causa da orientação politica de alguem, isso é desculpa de preguiça pra validar sua incapacidade. em qualquer estudo pela internet vc vai encontrar varias pessoas com ideologias diferentes...
@@Proggoo152é mais pq é chato ter que aguentar aula de história ser usada como palanque político
@@Proggoo152não concordo com o tom, mas concordo 🗿
Embora tem gente que não importa o conteúdo, ideologicamente não dá pra aguentar três minutos.
Sempre chamei essa coisa do "antes era melhor" de Dilema MTV hehe
Até o Olavo de carvalha falava parafraseando T.S Eliot: "Todo mundo é moderno e antigo ao mesmo tempo".
Antigamente era muito melhor . Era 40 anos mais novo e 30 quilos mais leve .
De quebra não tinha evangélico.
Qual o problema dos evangélicos?? 😭
@@phmmarchon9623 alguns são insuportáveis.
@@phmmarchon9623por onde começar...
Mas antes tinha mais evangélicos que agora
Fato tinha pouco evangélico
Caramba, isso explica bastante os comentários de canais que falam sobre "Bostil" hahaha
Pois então, eu não idealizo o passado,embora eu entenda que atualmente,as redes sociais,a financeirização do capital,e o aquecimento global pioraram ainda mais a qualidade de vida.
Pioraram a qualidade de vida? O tanto de informações que temos hoje é simplesmente fascinante. Além de que antigamente o povo pegava muito mais doenças, fumantes eram ainda piores que hoje e não era todo esse sonho americano que falam, não vem com essa de hoje em dia a qualidade de vida é pior...
Pessoa negra alisando o cabelo não tem nada a ver com não aceitação. Assim como brancos podem pintar e alisar seus cabelos, por quererem deixar seus visuais do jeito que querem, negros também podem. Ô mania de colocar pessoas negras nessas regrinhas rasas.
Sou decadentista e restauracionista por experiência empírica. Fui criado no subúrbio carioca e em decorrência disso fui exposto intensamente a todas manifestações culturais populares. Entretanto ao ter contato com o belo "tradicional" reconheci a superioridade sem que houvesse nenhuma doutrinação externa, foi natural.
Obs: não sou erudito e meu conhecimento de cultura é reduzido. Obs2 a arte popular pré-padronização das classes de poder, tem muito mais qualidade do que a sátira inconsciente que é gerada ao tentar mesclar o popular com o mainstream.
N sabia que tava liberado neonazista por aqui
E fala igual playboy da zona sul, aí tu me quebra.
Não existe como fugir da ideologia e a ideologia dominante é conservadora independente de onde vocês moram.
A ideologia conservadora é a ideologia da classe dominante e a classe dominante no Brasil SEMPRE FOI branca, conservadora iludida e decadentista.
E sim papo de superioridade cultural é coisa de fascista
@@Fabricio_dos_SantosCheirinho de preconceito aí viu. Quer dizer que todo mundo que nasceu nesse meio deve escrever herroenamente?
A aversão de parte da esquerda ao Sertanejo popular, para além do espectro político dos principais representantes, mas para o estilo musical em si, pode ser considerado um problema desse tipo?
Ahn? Nunca vi um esquerdista repudiando sertanejo antigo. Exceto quando o cantor está vivo e se mostrando um escroto, aí é pela pessoa e não pelo estilo. Na real acho mais fácil o sertanejo raiz ser "folclorizado" pela esquerda.
@@pastpatourele tá falando do sertanejo universitário
Cara, há de se pensar. O sertanejo popularizado não é algo q veio do popular né, eles são financiados por políticos e pelo agro, então não sei. Eu mesmo odeio sertanejo universitário, e óbvio, tenho aversão aos cantores, menos a Marília Mendonça, dela eu gostava. Mas eu já odiava sertanejo antes de virar alguém politizado, sempre achei horrível
Cara, os esquerdistas implicam com a postura política dos cantores de sertanejo e por isso não gostam da música. É totalmente diferente. Tanto que não existia essa implicância antes do bolsonaro.
não ,é só uma merda msm
3:55 Existe sim uma decadência cultural muito forte no Brasil e isso e inegável,porém não sou nostálgica do passado antigamente tinha banheira do gugu que era tão repugnante quanto as coisas que existem hoje em dia.
A história da estética e da arte mostra que a noção de beleza mudou com o tempo. Não há beleza absoluta, a beleza também é uma construção social em mutação constante.
Tendo dito tudo isso,antes era melhor kkkkkk. Mas cara musicalmente são poucas músicas que realmente me atraem hj, funk em geral acho uma droga, sou paraense e acho muito ruim as novas músicas tbm kkkkki
0:50 KSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKSKS
o fato dele falar que é uma coisa "muito séria" deixa o negócio 100 vezes mais engraçado, fazia tempo que eu não ria desse jeito ksksksks
Risinho de deboche é argumento de puta.
Um dos melhores cortes
esse corte valeu minha inscrição.
Olha, nesse ponto eu tenho que discordar totalmente, existem sim nuances que explicitam a decadência do que é "belo".
Eu não falo apenas de um âmbito, mas de vários. O meio musical por exemplo, era um meio rico. Qualquer um que pegue uma letra de Vinícius de Morais e compara com algum MC atual, percebe bem as diferenças - salvo aos que cegam a si próprios para não perceberem o mesmo.
E falando nestes pontos, também é importante ressaltar as romantizações à coisas ruins - como drogas, tráfico, sexo banal, etc - que, não adianta cair em negação quanto a isto, acarretam influência na geração mais jovem.
Se o jovem atual tem menos interessante em diversas coisas (como literatura por exemplo) - e aqui vale deixar em evidência que, não é porque você conhece 8 jovens que lêem frequentemente, que estes jovens representam toda a população daquela faixa etária no Brasil - é por conta de um emaranhado de coisas que acarretaram isto como consequência. Um progressismo bem feito precisa ter responsabilidade de filtrar o que pode ser bom e o que pode ser ruim.
Acho que o "progressismo" não é aceitar qualquer progresso ou mudança que surja, é necessário filtrar as coisas e entender quais ficaram ruins.
Muito interessante este corte. Só uma coisa: o funk atual é horroroso mesmo.
Está muito distante do brega, donsamba no início, entre outros ritmos antigamente rejeitados.
Não é não.
Quando eu era moleque, brega tinha mesma estigma do funk
Vai do gosto de cada um, por exemplo, tenho vontade de arrancar meus ouvidos quando escuto sertanejo ou samba akakakkaka
@@levadamusicobjetificação feminina com indução à cultura do estupro? Não, realmente não é não, né? Vai lá rebolar a Anitta, então. Dá dinheiro e desestabiliza qualquer chance de revolução real no bostil.
Se for o funk branco, concordo, uma tentativa fracassada da elite de sequestrar a música das favelas é horrorosa
Mas se for do funk em geral, discordo, já que vai muito de gosto. Eu, por exemplo, detesto rock mais pesado e tem gênero de rock que pra mim é só barulho e grito
Ao mesmo tempo que, não ironicamente, consigo muita música clássica horrorosa de ouvir justamente pela incapacidade da música clássica de manter um tom consistente. Já peguei muito ódio de clássico que começa melancólico e do nada aumenta o tom pra algo mais animado
8:44 o uso de tranças protetoras somadas à laces é algo intríseco na cultura da beleza da mulher negra afroamericana. Acho que não é muito por esse lado pelo que já vi sobre o assunto, mas claro que tem gringa que alisa, e também o faz pelas questões estéticas atreladas à noção europeia de beleza.
Sei lá bicho, a noção de que a música mainstream decaiu muito dos anos 80/90 pra cá me parece absolutamente razoável. Não tem questão ideológica nisso.
Tem pra caramba bicho. É muito memória afetiva. E a queda de qualidade eventual no mainstream é consequência do capitalismo, que padroniza tudo pra vender.
Quantos anos vc tem?
@@felipemmarcico entre 6 e 93. Qual o seu ponto?
@@eduardojardim7307 Q tu n tinha idade na época q essas músicas era lançadas, ouve só os clássicos e pensa q akilo era o padrão, sendo q o lixo cultural da época vc ignora
Sim, mas aí é o que ele falou: a realidade é complexa, existem 'n' fatores por trás da mudança dos padrões de música, sendo o principal deles, a indústria.
Ainda existem vários músicos bons e interessantes hoje em dia, alguns realmente desconhecidos, outros, em nichos específicos. O que mudou é o padrão de música que a indústria alimenta. O mesmo com cinema. Dificilmente o que tá nos holofotes hoje é o que realmente tá inovando na música ou arte, pois o financiamento atualmente não se dá mais por essa mistura de talento + popularidade, mas sim por popularidade exclusivamente. Quem dá mais view, compartilhamento, etc
Faz um video sobre filosofos mais diferentoēs que vc cita de vez em quando como o sloterdijk. Daria otimas indicações...
Também creio que o que aconteceu com a arte(principalmente com a indústria da música) foi a sua "hiper-industrialização" e uso de fórmulas de sucesso ou surgimento de algoritmos que escondem e enterram artes que são mais naturais e críticas, a maioria das coisas boas estão no underground e elas vão ficar escondidas lá sem muita perspectiva de se tornarem as mais populares para as massas a menos que as massas se tornem mais conscientes ou tentem procurar algo diferente/novo.
Creio que o ciclo da arte de decair e se renovar também tem haver com a disponibilidade de tecnologia/ferramentas e questões economicas, é só parar para olhar quais eram os equipamentos que um artitas renascentista tinha para um homem das cavernas e para um artista digital moderno(até as inteligências artificiais vão mexer com isso).
Eu sinto que essa mentalidade decadentista acabou matando o Rock como um meio popular para jovens experimentarem novos horizontes musicais e até de realidades, o pessoal que era mais velho e tava acostumado com o metal clássico e os rocks dos anos 70 e 80 não conseguiam abraçar os experimentos e projetos dos anos 2000, eles mal conseguiram abraçar o rock dos anos 90 quanto mais os anos 2000 que estavam plantando coisas novas, desde então o Rock parece ter estagnado e as coisas mais inovadoras que acontecem estão no underground
Não vou escrever uma tese aqui, mas gostaria de fazer algumas observações. O assunto é complexo, porque qualquer comentário, por mais técnico que seja, sempre vai ser julgado sob um filtro moral que já parte do princípio de que a pessoa age movida por preconceito ou por desconhecimento da realidade social que envolve o surgimento e o desenvolvimento dos estilos musicais. Isso é problemático, porque coloca sob suspeita qualquer um que, por motivos puramente estéticos, prefere ouvir músicas antigas. Nem tudo na vida é uma batalha dicotômica entre o "certo" e o "errado". É claro que existem pessoas preconceituosas que realmente acreditam que músicas antigas seriam "melhores" do que a produção musical atual. Isso é um fato e pode ser constatado todos os dias nas redes. Mas esse fato não anula o (também real) fato de que há outras pessoas que preferem ouvir músicas antigas por uma simples opção estética e essa escolha não está necessariamente embasada em preconceito. Ignorar essa visão é um estímulo ao patrulhamento do gosto alheio e as escolhas estéticas são pessoais e intransferíveis.
Vou citar alguns exemplos. O jornalista Paulo Francis acreditava e defendia publicamente que rock era coisa de criança ou de adultos infantilizados. Pra ele, "música de verdade" seria a música clássica e o jazz de caras como Cole Porter, etc. Outro caso é o do Theodor Adorno, que embora tenha contribuído muito pro entendimento da cultura de massa, tinha um claro preconceito contra o jazz dos anos 20 (que era uma música popular que tocava em rádios). Ele dizia que aquilo seria uma "submúsica". Mas essas pessoas expunham seus preconceitos de forma categórica. O preconceito explícito era a base do que eles pensavam. Isso não significa necessariamente, que alguém que hoje queira ouvir e conhecer a obra do Cole Porter seja preconceituoso ou elitista. Se essa pessoa faz isso por uma escolha estética pessoal e não transforma essa escolha num cavalo de batalha pra afirmar e difundir um pensamento preconceituoso, essa escolha só diz respeito a essa pessoa. É reducionista acreditar que todo mundo que prefere ouvir músicas antigas ou assistir filmes de outras épocas ou ler a literatura feita em outros tempos, seja necessariamente preconceituosa.
E só pra concluir, entendo que todo ato humano da vida civil tem um viés político-ideológico. Também acredito que todo preconceito deve ser combatido. Penso que o ideal seria que todos pudessem ouvir todos os estilos de música, sempre orientados sobre as condições sociais e políticas que envolveram o surgimento e o desenvolvimento desses estilos. Agora, presumir que um cara seja preconceituoso ou sei lá o quê, só porque prefere ouvir música de outras épocas é uma generalização temerária. Acho complicado um jovem deixar de conhecer certo estilo musical por receio de ser considerado "preconceituoso". Se ele disser publicamente que prefere músicas antigas sob a alegação de que "antes era melhor", trata-se de um idiota. Mas se ele ouve músicas antigas por uma escolha estética pessoal e o faz de forma humilde e respeitosa em relação ao que se produz hoje, ninguém tem nada com isso.
cara, por um bom tempo eu achei que ele tava falando do cantor Belo kkkkkkkkkkkkk
Reclama da Anitta, mas fala "hoje as coisas estão chatas" pq no domingo passava banheira do Gugu pra família. Em suma é pura hipocrisia
Isso aí não é um espantalho não?
@@deborello por favor, discorra
é que você está dizendo que quem reclama de Anitta são as mesmas que viram banheira do gugu. Não é um espantalho mas é uma falácia. Não que não seja verdade em alguns casos, mas assumir isso dessa forma crua é mei paia.
O que acontece mesmo são caras que reclamam de Anitta porque ela rebola e falam que no passado não tinha isso, sendo que tinha sim e muito.
@@CalculoMental-jn6nt na prática vc concordou comigo
@@antonioon3157 sim, eu concordei contigo. Eu só estou desenvolvendo o que o cara respondeu ali em cima
Dizer que um pensamento esta errado porque vai levar a tal coisa não faz sentido, rebate a p do argumento. Então nunca apontar a decadencia da sociedade sera uma afirmaçao correta? nem se for diante da decadencia? kk Então vc ta dizendo que não existe decadência de nenhuma sociedade e nós apenas progredimos. Essa mania de academico de usar argumento ruim
Pois é, é meio que lero lero filosófico e falta de observação e dados. Nos EUA, berço do rap e trap, tá tendo um forte questionamento entre os próprios rappers se a cultura do hip hop não tá fodendo uma geração. E isso não é coisa de velho, ou conservador, mas uma junção de dados e de observação dos próprios envolvidos. Os traps americanos tão recheados de musicas sobre crimes de fato, cometidos pelos próprios artistas. Muitos rappers hoje já denunciam a ligação do rap com o crime ( algo que nao podia falar, tinha que falar que era "denuncia do crime", mas hoje se nota que é mais propaganda do crime ), o próprio Ice Cube fala sobre a criação de musicas via comitê, pra passar mais a mensagem do gueto criminoso, meio que impedindo de passar outros tipos de mensagens nas musicas. Vindo pro Brasil, vc tem a trapização da musica, mesmo o sertanejo, o que tem de shows de sertanejo hoje em dia que termina em morte, é bizarro.
O mesmo vale pro hip hop BR, muita gente acha que periferia e favela é o que diz no rap e no trap, mas aquilo é nicho do nicho, minoria da minoria, o que se ouve nesse tipo de música geralmente vem de gente que já teve envolvimento com crime, mas não é o dia a dia dos moradores. Academicos tem mania de achar que na quebrada todos amam rap e funk e mal sabem o transtorno que os pancadões causa. Aqui em SP o maior numero de denuncias contra pancadões vem justamente da favela do Paraisópolis. outra coisa é que essa mentalidade nivela por baixa a capacidade artistica do pobre. Os academicos acham isso lindo, mas o que vejo de gente com potencial que não progride justamente pq cai nessa ladainha academica. Aquela coisa, se o moleque da quebrada desenha, obviamente tem que ser grafite. Isso é PÉSSIMO.
Eu trampo com entretenimento, tá tendo sim uma queda consideravel de qualidade, mesmo empresas tem que lidar com essa queda, muitas vezes contratando "ghosts" pra terminar o serviço.
O que é decadência? Para quem? Com que base você fala sobre isso? A gente tem aspectos melhores do que no passado e piores em outros, como qualquer sociedade que já existiu é uma coisa mas GENERALIZAR tudo baseado em exageros e ignorância e romantismo de como as sociedades anteriores funcionavam é puro suco de fascismo.
A gente pode usar critérios como arte e poder de compra:
Tava ouvindo um cara falar sobre como a Beyonce (espero que se escreva assim) tinha 10k de horas de prática quando gravou seu primeiro cd. Comprar a riqueza de idéias que é a musica de Luis Gonzaga com a nojeira que se chama de forró atualmente. Ouça o que era chamdo de sertanejo a 30 anos atrás depois escuta o que é sertanejo hj em dia, repara nas letras e nas melodias.
Meu avô trabalhando como almoxarife sustentava uma casa grande de 3 quartos, 3 filhos, carro, cachorro e viagem pra praia todo ano, tudo simples mas melhor do que não ter. E eu hoje trabalhando como cozinheiro em um bom restaurante só consigo pagar um aluguel de uma casa pequena.
@@levadamusic "GENERALIZAR tudo baseado em exageros e ignorância e romantismo de como as sociedades anteriores funcionavam é puro suco de fascismo."
Bom, essa definição é bem bizarra, tendo em vista que o ser humano existe a o que, 100k anos? Então as pessoas seriam fascista antes mesmo do fascismo existir?
É melhor você identificar as suas críticas ao fascismo e pontuar esse aspecto dos discursos.
E ta muito enferrujado esse seu argumento aí, eurocentrista para um cagalio. Tem o mesmo efeito se vc me dissesse que eu vou pro inferno.
A discussão sobre o Belo, sempre vai passar pela Graciany. Esse, antes era melhor, é balela.
Esse vídeo fica muito melhor se você assistir pensando no cantor Belo.
Esse tema é muito pertinente e eu já me perguntei isso algumas vezes. Tentar entender o "belo" foi um dos temas capturados pelo Brasil Paralerdos
Como uma pessoa que estuda e está no campo das belas artes, digo: reacionários geralmente só usam a arte naturalista como pano de fundo, eles nem gostam de arte. Tem um monte de artistas naturalistas no campo da pintura hoje em dia, não é um cenário decadente, inclusive tem vários que trabalham em filmes e jogos.
Um reacionário não sabe nem o que é o estudo da forma como representação artistica, eles só usam de um passado glorioso que nem existe pra bostejar kkkk
O belo que ficou pra trás é o de 1996, disco Vento dos Areais
Linck, te acompanho há algum tempo e, apesar de não concordar com boa parte de suas visões, acho algumas das ideias que você apresenta muito interessantes em termos de conteúdo e formato. Esse papo do conservadorismo como progresso cautelar é algo que me pega muito. Porque eu vejo na minha forma de enxergar o mundo muito desse conservadorismo enquanto prudência em face à mudanças - a história da cerca de Chesterton. Entretanto, quando vejo Bolsonaros, Nikolas Ferreiras e outras figuras similares chamando a si mesmo de conservadores, eu tenho pavor da ideia de ser parecido com eles.
Lembrando que a ideia de que há um plano de proliferar uma suposta"arte degenerada" a serviço de destruir a objetividade dos valores estéticos e artísticos é literalmente uma tese dos nazistas.
Infelizmente equilibrar o envelhecimento populacional e o reacionarismo que a idade, pode trazer, está virando um desafio cultural.
Nunca pergunte: "Por que será que antigamente tudo era melhor?" Essa pergunta não é inteligente.
Eclesiastes 7:10
'sempre houve músicas 'ruins', mas hoje há menos músicas boas' Zhong Xina
Verdade seja dita , musicalmente a música era sim melhor.
Anos 80/90 musicalmente era foda demais
Quanto a questão do Kant, eu ainda diria mais: ao separar os juízo estético das outras formas de razão, Kant coloca a questão da fruição estética como algo individual e, portanto, sem a possibilidade de se estabelecer uma forma de julgar o belo "universal". A questão é que o romantismo alemão, quando procurava reconectar a razão prática ao juízo estético - e aí veio a ideia de uma educação estética -, também estabelecia uma leitura da arte dentro dos moldes de uma "tradição universal" que era em um primeiro momento os gregos e depois os artistas europeus. O lance é que essas leituras imprimiam a esses objetos artísticos valores nacionalistas - que justificam a criação e a forma de uma cultura alemã -, universalistas - porque seriam o padrão para julgar outras obras - e "evolucionistas" - no sentido de que uma crença no progresso partindo da tradição levaria a um espírito elevado. Esses valores, no século XX, são levados em suas últimas instâncias pelo projeto nazifascista: desde a valorização do corpo ideal, visto nos moldes da arte grega, mas também ao retorno da valorização de certa arte romântica alemã "pura"...
Sobre a música eu assisti um video gringo muito bom onde ele analisa que desde os anos 80 90 as letras e ritmos perderam a qualidade, e outro video comparando a musica indiana de algumas décadas com a atual, e a atual parece um pop genérico que seria lançado em qualquer lugar do mundo.
Eu acho engraçado quando leio comentários aqui no yt em vídeos se humor antigos, tipo Escolhinha do professor Raimundo e afins, quando muitos escrevem coisas como: "isso sim era humor de qualidade e não essas baixarias de hoje etc". Quando nessa época, havia tanta malícia no humor quanto hoje. O que de fato existia, era uma maior sutileza. Não era tão escrachado quanto veio a ser, por exemplo do Casseta e Planeta, TV Pirata em diante. Até pq esses dois últimos citados eram de gerações posteriores às do Chico Anysio, Jô Soares, mas chegaram a atuar na mesma época, o que refuta o argumento que o humor antigo era melhor.
Maior sutileza? Na escolinha dos estereótipos???
@@pedroh.pereira8292 Cara, pode depender do ponto de vista. Mas o fato é que hj em dia não há quase nenhuma sutileza se comparado ao humor do passado. Pelo menos, eu acho.
Eu não levo isso muito a sério, pra mim é a eterna condição de não conseguirmos olhar para frente. Nós andamos de costa e tropeçamos no que vem pela frente.
Mano... não é primeira vez que escuto falar que não gostar de Funk é ter preconceitos enraizados e honestamente, de coração, acho isso tão ruim... Acredito que existe isso tbm, mas não é diretamente obrigatório. Penso que há necessidade de um estudo melhor, mas para mim, funk soa ofencivo, machista, misógino, objetificador de mulheres, reforça o comportamento de desrespeito, abuso que acontecem frequentemente em comunidades. Moro em uma comunidade, e falo isso baseado numa experiência empírica, quantas meninas "novinhas" crianças aqui, ficam grávidas, vitimas de estupr0, são abusadas coletivamente quando embreagadas... Não tenho esse informação precisa, mas trabalhei muito tempo com cartórarios do Estado de São Paulo e Capital, e sempre escutava que o numero de registros de crianças nascidas de mães adolecentes, sem registro de pai estava numa crescente exponencial. Claro, que pode parecer lindo, visto como emancipação, mas não acho que seja isso... Assim, vejo gente vendo muita beleza olhando de fora, sem ter a vivência daqui de baixo, da downtown, mas meu amigo, aqui a situação é completamente diferente desse mundo colorido que estão te vendendo.
Cuidado amigo, os playbas de condomínio vão vir falar que você tem 300 ismos 😂😂😂
Perfeitamente colocado este comentário...
Não acredito que todo decadentismo é reacionário, depende em que termos isso é posto, Adorno por exemplo tem uma discussão interessante a respeito da decadência da musica por conta da indústria cultural que, apesar de controversa, não é reacionária. Muitas coisas pioram por conta de circunstancias históricas, o problema para mim está na resolução, quando a solução é a volta a um passado romântico. A solução nunca é voltar no tempo, se as coisas decaíram é em decorrência das contradições do passado, se as coisas não estão boas devemos buscar as respostas para as contradições de nosso tempo.
Tem um vídeo novo do Christian Dunker sobre isso, muito interessante
4:35 O ruim eh o sertanejo (em geral), pq em geral eh financiado pelo agronegócio, tem muito bolsonarista e tem todo esse culto a imagem do "homem hetero". Os outros gêneros, tirando o brega que já é algo que já teve o seu auge, ainda nem realizaram todo o seu potencial. Tenho notado que o funk parece estar mudando, estão surgindo vários subgêneros, principalmente com uma pegada mais de musica eletrônica e acho que daí vem coisa muito interessante. Já o rap é o que tem de melhor atualmente mesmo, e inclusive, no geral, eu acho que o rap no Brasil eh muito melhor do que o rap dos Estados Unidos - pq o rap dos Estados Unidos passou pelo mesmo processo que o funk aqui, que foi de se tornar algo mega-comercial, enquanto que no Brasil, enquanto que o funk foi se tornando essa música mainstream mais despolitizada, o rap se manteve politizado, o que acaba sendo a grande vantagem que ele tem sobre o funk. Minhas criticas ao funk não se dão ao gênero em si, mas a certas atitudes que a "cena" adota, como culto a ostentação e toda essa visão de mulher enquanto mercadoria - coisas que em geral são subvertidas por bons artistas (em geral mulheres). De certo modo, o que eu acabo vendo de ruim no gênero, não é ele mesmo (ou seja não é uma questão estética), é o próprio capitalismo, mas isso pode ser mudado por artistas. Agora, o sertanejo não, ele está todo dentro de uma cadeia produtiva do agro, e assim como nos Estados Unidos, a tendencia é ser a musica de reaça (a música é ruim esteticamente e ainda pior politicamente).
Cara, o sertonejo não é reaça não, a implicância da esquerda é principalmente ideológica, porque os artistas são bolsonaristas.
Sertanejo é financiado pelo agro, funk pelo crime. O nível produção de arte está ligado com a educação e na falta dela
As mulheres do funk são as mais que falam puctaria vulgo pipokinha 😂
@Jesus_Nazareth Né?? 😂
E o funk? Que como você mesmo falou tem esse culto a objetificação das mulheres e tbm a pobreza nas favelas 😂
Obrigado pela definição direta do que é belo,ainda mais se tratando de kant q é uma leitura rebruscada demais pro meu interesse
Não sabia que eu era reacionário. Acho funk, proibidão, sertanejo universitário e assemelhados, decadentes. Inartes
Agora sabe, da tempo de corrigir esse desvio.
Penúltimo vídeo do Filosofares foi sobre julgamento estético em Kant, diferença entre belo e sublime
A impressão que eu tenho é que de um modo geral a educação, a cultura e o conhecimento das pessoas hoje em dia é bem baixo...
E quando foi alto?
Em que momento os velhos da nossa sociedade debatiam Kant ou Sócrates ao invés de jogar Bocha e falar da vida alheia nas praças?
@@raulalves2521Se falava mas não era todo mundo, e hoje em dia os assuntos que apareceram foi terraplana, linguagem neutra e dizer qual LGBTDISNEPLUSNEWGeneration fulano pertence
No passado e hoje em dia, sempre houveram pessoas ignorantes, isso é apenas um preconceito e problema perceptivo da tua parte!
é sempre o cara que não sabe usar vírgula e ponto final
@@yee6870 Não é sempre o cara que não sabe usar vírgula e ponto final. Aliás, você esqueceu o ponto final no fim de uma frase e a letra maiúscula quando começa uma frase.
A pobreza de certos comentários aí embaixo é inacreditável... Tem gente esperneando contra coisas que ele simplesmente NÃO DISSE ou que ele ponderou claramente.
Para ver um vídeo sobre a conceituação de "corrupção contemporânea dos parâmetros/conceito de beleza" vejam o vídeo da Tatiana Feltrin sobre o Roger Scruton: "Beleza". Acompanho o canal desta moça, que tem um considerável conhecimento sobre literatura e crítica literária (e por isso o acompanho, eu, que tenho um conhecimento literário bem chão), mas ela tem, às vezes, umas pegadas reacionárias. Tipo, ela "passa a mão na cabeça" do Olavo de Carvalho... "Não concordo 100% com o que ele diz, mas com quem você concorda 100%?", argumenta. Com relação ao Scruton ela o apoia, embora fique nitidamente constrangida quando ele compara Brahms com Radiohead, colocando, é claro, o Brahms como algo superior ao Radiohead. Ela afirma - como o faz em outros momentos - que Radiohead é uma de suas bandas favoritas, mas não chega a dizer que concorda com o Scruton, ou seja, que Brahms é incomparável a Radiohead, compará-los é um relativismo tolo e típico - e ridículo - dos nossos tempos. "Brahms é genial"(não sei se são exatamente estas as palavras que ela usa), mas fica claro que ela reconhecer a genialidade de Brahms não a faz trocá-lo por Radiohead. Interessante figura, essa Tatiana Feltrin. Num pod cast onde ela é entrevistada, ela afirma sua posição intelectual de direita, mas justifica-a não por ideologias: diz, simplesmente, que a direita a acolheu melhor do que a esquerda. Vale observar por último que ela era ateia, mas que, devido a um livro do Scruton (A Alma do Mundo), que ela resenhou para o canal, agora considera-se agnóstica. Mas suas resenhas literárias são muito boas (embora eu não concorde 100% com o que ela diz - por exemplo, ela deprecia "O Amante de Lady Chatterley", que coloco entre os grandes clássicos do século XX).
Por isso que literatura não é teoria crítica, é muito mais complexo entender filosofia do que ficção. A pessoa pode ler muito não significa que ela vá entender teorias filosofia política,não é atoa que o campo da literatura no Brasil tende a ser bem conservador.
Conservador de verdade lutaria para a transfobia ser de fato colocada em lei, mas não na mesma lei de discriminação racial.
Pois o negro luta p ser aceito como nasceu, já o trans luta para ser aceito como ele acredita que ele é.
Ou seja, o conservador colocaria a transfobia na mesma lei de intolerância religiosa.
Pra mim tudo isso é Bullying.
Mas o manifesto futurista não é fascista? E a burguesia realmente não destruiu os antigos valores?
Teve q mudar a thumb 🤣🤣🤣
Sempre que esse debate vem à tona tem um comentário comparando músicas atuais com músicas antigas, Funk putaria com É o Tchan, por exemplo. E me parece que algo óbvio que é ignorado é o quanto a mensagem é explícita. Assim como num filme de criança pode ter um piada direcionada para os adultos, são as tais camadas, mas se a mensagem é explícita não tem camadas. Resumindo: "vai descendo na boquinha da garrafa" não manda a mesma mensagem para todos os públicos, já "senta p1r0c@ preta e branca" sim.
E aí não é que um seja melhor que o outro ou mais belo, mas fazer equivalência entre dois tá errado.
Quando falam da música, eu fico lembrando do Choque de Cultura: "Ambiente de música é ambiente de droga." Aí eu n sei se responder se é por isso q eu gosto de droga ou se é por isso que eu gosto de música (sobretudo eletrônica) hahaha
Deve ter levado uns tapas da esposa belo, lindo e muito moral kkkkkk
Não acho que tudo de antigamente era melhor, muita coisa mesmo melhorou, mas acho que objetivamente a música popular hoje é pior sim, principalmente no Brasil. Funk, independente de ser ou não ser da classe pobre, é nocivo a sociedade, sexualiza precocemente menores de idade e é vazio de significado. Além de ser extremamente industrializado, todas as músicas possuem os mesmos refrões e cospem verbos à exaustão (sentar, quicar, rebolar...). E acho que essa de "pior pra você, melhor pra outros" é um argumento falacioso, a música popular de hoje objetifica o corpo feminino, enfraquece as relações amorosas porque banaliza o sexo (ou "amor líquido" de Bauman) e aumenta o número de casos de traição, se isso em termos sociais não é objetivamente ruim pra nossa sociedade, eu não sei então o que é. Num âmbito geral, a sociedade melhorou, mas nesse quesito piorou sim. Assim como suspeito de quem enaltece demais o passado (e nisso concordo com você), também suspeito de quem despreza demais o "antigo" e enaltece demais o novo, pois nem tudo que é novo é automaticamente bom. Falta equilíbrio, é uma pena sempre um dos extremos vencer.
Pra mim a cultura musical que devemos valorizar das periferias é o rap, pois carrega um valor. Se funk for um reflexo da vida nas periferias, então quer dizer que nessas comunidades o maior valor humano é a putaria? A favela aonde eu moro, pelo menos, graças a Deus não é assim. Meus pais não me ensinaram promiscuidade, funk não me representa ^^
concordo, sou de esquerda, tolero o funk (por conta daquele ditado, aceita que dói menos), moro na quebrada, tenho muitos amigos funkeiros, mas acho funk ruim demais, não curto escutar, não acho que faz bem, nem pra mim, nem pra ninguem...
Mata 🗣️
Não é música popular, é música de massa.
O sertanejo também é bastante atacado, junto com os gêneros citados
Sertanejo é phoda.. Harmonias e melodias parecidas, voz de cantores e cantoras parecidas, letras de homens exaltam os homens, letras de mulheres detonam os homens.. Além do domínio do agronegócio na difusão. Então... o povo gosta e não tá nem aí. Eu me esforço, mas para mim é uma bela de música m3rda.
@@danterodrigues" Cerveja... Traição... Mulher inalcançável... Homem vagabundo... Carro... Bois... Ressaca..."
sempre fiquei curioso com o estudo do Belo, não sabia que um cantor de pagode romântico tinha tanto contrúdo acadêmico
Bem bacana esse corte! De fato existe um engano sobre o que significa ser conservador.